A história do Rock N Roll perderia bons capítulos sem o Kiss, seja por músicas, maquiagens, shows grandiosos ou polêmicas. A banda nova-iorquina, que no início dos anos setenta chamava-se Wicked Lester, foi oficialmente fundada em 1973 com a alcunha definitiva…
Edição #111
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KISS
Por Thiago Sarkis Gene Simmons A história do Rock N Roll perderia bons capítulos sem o Kiss, seja por músicas, maquiagens, shows grandiosos ou polêmicas. A banda nova-iorquina, que no início dos anos setenta chamava-se Wicked Lester, foi oficialmente fundada em 1973 com a alcunha definitiva que em pouco tempo a eternizaria. Por trás do projeto, ex-integrantes de entre outras desconhecidas e praticamente amadoras formações: Bullfrog Bheer, Post War Baby Boom, The Missing Links, Rainbow – não o de Ritchie Blackmore -, Long Island Sounds, Cathedral, Uncle Joe. Na verdade, dois músicos que engatinhavam artisticamente. O mais velho deles, um salva-vidas e professor de inglês nascido em Israel e batizado Chaim Witz, na época já atendendo por Eugene Klein, desfazendo-se completamente de qualquer ligação com o nome do pai que abandonara sua família. Falamos, sim, de uma das principais celebridades das últimas décadas, o baixista e vocalista Gene Simmons. O mais novo, o motorista de táxi Stanley Harvey Eisen, ou Paul Stanley, como queiram, guitarrista, vocalista, frontman, e hoje pintor nas horas vagas. Para o disco de estréia, Kiss (1974), uniram-se a eles o baterista George Peter John Criscuola (Peter Criss) e, por fim, o guitarrista Paul Daniel Frehley (Ace Frehley). Consolidava-se ali a inesquecível formação clássica do grupo. De lá pra cá, estes gigantes do Hard Rock e do show business protagonizaram turnês suntuosas, orgias, separações, reuniões, escândalos, finais anunciados e jamais efetivados, e criação de produtos de todos os tipos – caixões, colônias etc. Assim embalaram a moda, influenciaram gerações, lotaram estádios, pintaram os rostos de orquestras sinfônicas, e se aproximaram da impressionante marca de cem milhões de cópias vendidas com participações em trilhas sonoras, lançamentos de compilações, álbuns, box sets, vídeos, singles, e tudo o que você possa – ou não – imaginar. Dez anos após o último trabalho de estúdio, Psycho Circus (1998), contando agora com o apoio do guitarrista Tommy Thayer (ex-Black N Blue), além do baterista Eric Doyle Mensinger Eric Singer (também Alice Cooper, ex-Lita Ford, Gary Moore, Black Sabbath, Badlands e E.S.P.), os mentores do Kiss dão uma pausa em reality shows, revistas em quadrinhos, pinacotecas, e retornam às vestimentas do clássico Destroyer (1976) para a nova gira mundial. Em entrevista exclusiva, Gene Simmons fala de seus empreendimentos, rebela-se contra a pirataria, discute as possibilidades de um próximo CD, responde às questões levantadas pelos brasileiros dos Secos & Molhados e revela os bastidores de uma das maiores bandas de todos os tempos. Live Evil Deep PurplePor Vitão Bonesso/Fotos: Marcus Herren Saber que o Deep Purple viria pelo terceiro ano consecutivo ao Brasil chegou a causar certo espanto, mas, por outro lado, aquela sensação de ah… não vou deixar de ir dessa vez, porque pode ser a última… acabou ficando de lado. Tudo leva a crer que a banda irá retornar constantemente ao Brasil, já que fã é o que não falta, levando a cada apresentação desde cinquentões, que cresceram ao som de In Rock, Fireball e Machine Head; quarentões, que pegaram o trem andando quando o Purple estava retornando com Perfect Strangers; a turma mais nova, que há pelo menos treze anos acompanha a banda na fase Steve Morse; sem contar com a pivetada, que acompanha os pais, tios e, quem sabe, avós, proporcionando uma junção de várias gerações. Isto mostra que a música do grupo continua atual e eficaz nos dias de hoje… Tommy Thayer A relação de Tommy Thayer com o Kiss vem de longa data. Apesar de ter sido oficializado no grupo apenas no início de 2002, o ex-guitarrista do Black N Blue colaborou em composições de álbuns que precederam sua entrada, e trabalhou por muitos anos como assistente de Gene Simmons, ajudando o linguarudo em assuntos que iam desde a logística de turnês, efeitos, figurinos e concepção de shows, até questões burocráticas, contratuais e de imprensa. Foi além, e auxiliou Ace Frehley na conturbada Reunion Tour, que sucedeu o álbum Psycho Circus. Com o entusiasmo de quem um dia fez parte do Cold Gin, banda cover do grupo que atualmente integra, Tommy nos detalhou personalidades, funcionamento e a estrutura do Kiss. Live Evil Dream TheaterPor Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa Após a turnê de 2005, que teve duas memoráveis noites em São Paulo, o Dream Theater prometeu voltar logo. Com o nono álbum nas prateleiras, Systematic Chaos, James LaBrie (vocal), John Petrucci (guitarra), Mike Portnoy (bateria), John Myung (baixo) e Jordan Rudess (teclado), agendaram mais uma série de shows no Brasil. Em 8 de março, com um público maior na estrutura montada no estacionamento do Credicard Hall, em São Paulo (SP), a ânsia pelo retorno parece ter virado… pressa! Antes disso, lá pelas 19h, o Hangar esquentou os Prog-maníacos. A banda do baterista Aquiles Priester, que fez nome no Angra, foi a escolhida após lançar o terceiro álbum, Reason Of Your Conviction, apostando num som mais pesado, sombrio. Agora com o vocalista Nando Fernandes, o Hangar mostrou que veio para ficar. Com faixas como Hastiness, a faixa-título e a misteriosa Savior, do Inside Your Soul (2001), o grupo fez uma apresentação curta, mas de qualidade… Eric Singer Eric Singer encontrava-se em estúdio trabalhando no próximo álbum de Alice Cooper quando o contatamos. Prestes a embarcar para a nova turnê do Kiss, imagine o quão abarrotada estava a agenda do baterista. Ainda assim, ele, solícito como poucos, mostrou interesse em falar ao Brasil, e garantiu que daria um jeito para que isso ocorresse. Segundo nos relatou o próprio, na primeira data que agendamos, ele havia virado a noite atrás do kit de bateria, o que impossibilitou a nossa conversa. Reiterou, então, que no dia seguinte tudo se acertaria. Porém, nada de ligação… Até que às três e meia da manhã (horário de Brasília; uma e meia da madrugada em Nova York) o telefone toca e um ofegante músico pede desculpas e explica como vinha sendo sua rotina. Desculpas? Ora, ossos do ofício, e sorte de quem dorme com uma caneta na mão e uma pauta ao lado. Live Evil – 2º HEAVY ROCK REVIVALSelvageria Comando Nuclear Salário Mínimo Stress TaurusBlackmore Rock Bar – São Paulo/SP1º de março de 2008Por Thiago R. S. Matos/Fotos: Samira da Costa Recorde de público em mais um evento de qualidade no Blackmore Rock Bar, no bairro de Moema, em São Paulo. A noite de 1º de março (sábado) prometia um espetáculo digno dos áureos tempos do Metal nacional, contando com a presença de bandas como Selvageria e Comando Nuclear, os mais novos expoentes na tradição oitentista do Metal em português, e as lendárias bandas dos anos 80 Salário Mínimo, Taurus e Stress, esta última de volta à cidade paulistana depois de dois anos para a divulgação de seu primeiro DVD oficial.
Baranga
Por Antonio Carlos Monteiro Xande (vocal), Deca (guitarra), Paulão (bateria) e Soneca (baixo) são simples, apressados e vão direto ao ponto – nem sobrenomes artísticos eles têm! Juntos, formam uma banda também de um nome só, a Baranga (eles preferem no feminino), que chega a seu terceiro disco juntando aquelas mesmas características (simplicidade e urgência sem firulas) em nome de um som que mistura Rock N Roll básico, Punk, Heavy Metal, Rock setentista e letras que resumem tudo isso com uma competência louvável. Meu Mal, o terceiro disco, acaba de sair e traz a banda no auge da forma. Nada melhor do que um papo com os quatro para saber mais sobre o álbum e muito mais.
CORPSE GRINDER
Por Ivanei Salgado Vinte anos de estrada! Na imensa safra de bandas de Death Metal ao redor do mundo, poucas chegam inabaláveis a essa marca, como é o caso do Corpse Grinder, pois integridade e fidelidade às raízes não faltaram a esses mineiros de Machado/MG. Formado no final da década de ouro do Metal e nos primórdios do Death Metal, o grupo sofreu algumas alterações ao longo da carreira, mas manteve a tríade Júnior (guitarra e vocal), Rômulo Jr. (bateria) e Flávio (baixo). Com um currículo invejável, que conta com Demos de estúdio e ao vivo, Split-CD, participação em coletâneas, figuração em centenas de zines e três álbuns oficiais, o Triturador de Cadáver, vive uma nova fase com um novo membro. Hélio Bonegrinder chegou para ficar, e agora o quarteto divulga seu mais recente CD, Hail To The Death Metal Legion, e se prepara para o lançamento de um álbum comemorativo de 20 anos, com um DVD ao vivo de bônus. O guitarrista e vocalista Júnior falou sobre esse momento promissor na carreira do Corpse Grinder. Backspage Por Vitão BonessoNa chegada do verão europeu de 1986 começaram as especulações a respeito das atrações que iriam compor o set da sétima edição do Castle Donington – Monsters Of Rock. O fato havia se tornado uma tradição entre os headbangers ingleses, que chegavam até mesmo a apostar pequenas somas em possíveis confirmações. Aos poucos as bandas iam sendo confirmadas pela revista semanal Kerrang e pelo programa, também semanal, Friday Rock Show, comandado pelo lendário DJ Tommy Vance, falecido em março de 2005. Desta vez os promotores Paul Loasby e Maurice Jones retardaram ao máximo a divulgação do cast definitivo. A dupla queria de todas as maneiras incluir Ozzy Osbourne como headliner, a contragosto dos managers do Scorpions, que queriam a banda alemã como a atração principal.
EVIDENCE ONE
Por Ricardo Campos Tudo começou como um simples projeto do guitarrista Robby Böbel (Frontline), mas não demorou até que se transformasse em um bombástico quarteto de Hard/Heavy alemão, hoje um quinteto composto por Rami Ali (bateria), Jörg Warthy Wartmann (guitarra), Carsten Lizard Schulz (vocal), Thomas Hutch Bauer (baixo) e Wolfgang Schimmi Schimmer (guitarra) – foto. Nesta entrevista, o vocalista nos conta tudo sobre o atual álbum, The Sky Is The Limit, a função que Robby Böbel exerce na banda e comenta abertamente sobre suas influências. Nada como talento e sorte caminhando juntos…
Gamma Ray
Por Thiago Sarkis Em 1989, um ano após deixar o Helloween, mesmo refutando formar um novo conjunto, Kai Hansen deu início às atividades do Gamma Ray. Na época, tinha a seu lado Ralf Scheepers (vocal), Uwe Wessel (baixo), e Mathias Burchardt (bateria), e não objetivava grandes realizações. Aos poucos, com discos como Heading For Tomorrow (1990) e Sigh No More (1991), viu o projeto tomar corpo e se tornar uma banda real, já com algumas alterações em sua formação. No entanto, foi apenas com o lançamento de Land Of The Free (1995) que o guitarrista, compositor, e vocalista alemão pôde sentir-se novamente tão relevante e influente quanto nos tempos de seu antigo grupo e dos álbuns da série Keepers Of The Seven Keys. Devidamente reestabelecido na cena, ele viveu ótimas fases, e raros conflitos. Decidiu, então, arriscar, e retornar ao marco que o recolocou no mapa gravando Land Of The Free II (2007). Respeitado e estimado por seu passado e presente, Kai Hansen abriu o jogo à Roadie Crew, falou do novo trabalho, da iminente turnê no Brasil com seus ex-companheiros, e de tudo o que envolve Helloween e Gamma Ray. ClassiCrew1978 Log Live Rock n Roll RainbowPor Vitão Bonesso Logo após a longa turnê que promoveu o álbum Rising (1976), o guitarrista Ritchie Blackmore voltaria a reformular o line-up do Rainbow, despedindo o tecladista Tony Carey e o baixista Jimmy Bain. Dos primórdios, somente o vocalista Ronnie James Dio permanecia no posto, assim como o baterista Cozy Powell, que assumira a bateria no final de 1975. Long Live Rock N Roll é o último capítulo do que se pode dizer sobre a fase menos americanizada do Rainbow, tendo Ronnie como parceiro principal de Ritchie Blackmore nas composições, que eventualmente tinha também uma mãozinha de Cozy Powell. 1988 Winger Wingerpor Ricardo Batalha O Winger surgiu em 1987 com a união de Charles Frederick Kip Winger (baixo e vocal), Richard Earl Beach Jr. Reb Beach (guitarra e vocal) e Paul Taylor (teclado e vocal), três ex-integrantes da banda de Alice Cooper. A formação foi completada com o já experiente e técnico Rod Morgenstein (Dixie Dregs), que foi recrutado para a bateria após ter sido apresentado a Kip e Reb no escritório do empresário da banda, Eiichi Naito. Kip já havia tocado junto com Reb numa banda chamada ViceVersa, bem como tinha gravado uma Demo de quatro faixas com Paul Taylor e Ken Mary (bateria, House Of Lords) no estúdio do irmão de Kip, Paul Winger. Curiosamente, esta Demo que saiu sob o nome provisório Rome trazia o futuro megahit Miles Away, música que só sairia no segundo disco do Winger.
HELLOWEEN
Por Thiago Sarkis Vinte anos se passaram desde o lançamento de Keeper Of The Seven Keys II (1988), e da saída de Kai Hansen do Helloween. Os fãs, até hoje, não esquecem nem um nem o outro. Há aqueles que saúdam os trabalhos recentes do grupo germânico, dentre os quais o novo álbum, Gambling With The Devil (2007), sucesso de críticas em todo o mundo. Por outro lado, praticamente inexistem admiradores de Heavy e Power Metal que questionem a década de oitenta do conjunto alemão, especialmente, é claro, os lendários Keepers. Independentemente dos favoritos do público, chega a hora de transformar o bom em algo ainda melhor. Pivô das desavenças com Hansen, Michael Weikath (guitarra) declara trégua, afirma ser tempo de paz, e se encaminha para mais uma excursão pelo Brasil, onde, acompanhado por Andi Deris (vocal), Sascha Gerstner (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Dani Nöble (bateria), apresentará o mais recente lançamento do Helloween e tocará ao lado do Gamma Ray, banda liderada por seu ex-companheiro e desafeto. Veja na seqüência o que ele nos revelou sobre o disco atual e as expectativas para as datas sul-americanas da Hellish Rock Tour. EditorialMídia impressa e Internet: convivência em harmoniaÀs vésperas de completar 10 anos em bancas, a revista Roadie Crew vive um momento glorioso, com mais de cinco anos de liderança no mercado, graças ao grande número de headbangers e de apreciadores do velho – e sempre bom – Rock `n` Roll, que sustentam esse cenário na base da paixão pelo gênero musical que não depende de fatores sazonais, nem de modismos. É importante fazermos um agradecimento aos fãs do Rock/Metal, cuja fidelidade ao seu gosto musical só é comparável ao vínculo emocional que existe entre um torcedor e seu clube de futebol preferido. Enquanto o mercado fonográfico está de pernas para o ar com a crise do CD como meio de comercialização de música, e enquanto a Internet vem avançando no espaço de algumas mídias impressas que investiram em outro tipo de público, o leitor que procura conteúdo mais profundo tem onde encontrar tudo o que precisa para satisfazer sua necessidade de informação e de entretenimento. Essa é justamente a espécie de público que sabe o que quer, que conhece muito bem o cenário musical que curte e sabe reconhecer nos próprios artistas, ou mesmo nos meios de comunicação, quem faz seu trabalho com conhecimento de causa e, acima de tudo, com prazer.É por isso que não basta o uso desenfreado da tecnologia, nem o poder econômico. Credibilidade não se conquista publicando asneiras e informações de fontes duvidosas ou sem preocupação com a verdade, seja num simples fanzine ou numa grande rede de televisão. Quanto ao uso de tecnologia, o mundo está cheio de falsos profetas como os que diziam que o rádio iria deixar de existir quando chegou a TV, da mesma forma que os adivinhos falam que a Internet vai substituir a mídia impressa. Esses são os mesmo que acreditavam que um furo de reportagem poderia ser publicado numa revista mensal, ou mesmo semanal… Isso nunca foi possível porque a inércia não permite, pois do momento em que se registra a informação até o momento que ela chega às mãos do leitor a noticia já se tornou velha. Por isso, existem conteúdos adequados à mídia impressa – revistas, jornais ou livros -, como existem conteúdos adequados à mídia eletrônica, e não adianta forçar para que essas coisas se confundam. O ideal é poder contar com as duas formas de comunicação aproveitando o que há de melhor em cada uma delas. Nada supera um site construído com tecnologia avançada para veicular o trabalho musical de um artista em vídeo e em áudio. Também é importantíssimo ter como divulgar de forma praticamente instantânea as informações que surgem diariamente sobre o que acontece no mundo. Mas é insubstituível o prazer de destacar de uma revista o pôster da banda preferida para decorar o quarto, colecionar as publicações que abordam sua diversão predileta, ou pelo menos as edições que tragam matérias com seus ídolos. Continuará sendo impraticável usar a Internet para ler uma longa entrevista, um interessante e extenso artigo ou uma reportagem com profundidade, curtindo as fotos da matéria numa viagem de avião, no metrô, no ônibus, ou no sofá da sala. Vai continuar sendo incômodo fixar os olhos no brilho da tela para ler textos longos. Por isso a Internet é um instrumento indispensável como mídia para qualquer área de interesse, seja cultural, política, esportiva, etc, mas nunca será o único meio de comunicação viável. Haverá sempre espaço para outros veículos desde que sejam utilizados da maneira adequada.Airton Diniz
Jimi Jamison
Por Ricardo Batalha Se você ainda não é familiarizado com o nome Jimi Jamison é porque não se deu conta de que ele é o dono daquela voz marcante do megahit Burnig Heart do Survivor, música que fez parte da trilha do filme Rocky 4. Se isto não bastasse, Jamison também mostra seu talento em The Moment Of Truth, outro grande hit do Survivor, que integra a trilha do filme Karate Kid. E não é só. A fama nas telinhas trambém veio com Im Always Here, tema do seriado de TV Baywatch. Mas a carreira do norte-americano de 56 anos de idade não se resume a trilhas. Além do Survivor, o vocalista que agora segue firme em sua carreira solo, obteve destaque com bandas como Target e Cobra, além do projeto Voices Of Classic Rock. Antecipando a vinda de Jimi Jamison ao Brasil, que fará uma apresentação especial no Manifesto Bar (SP) no próximo dia 29 de maio – em evento que também contará com Jeff Scott Soto -, conversamos para saber detalhes de sua curiosa e intensa carreira.
Legion Of The Damned
Por Ricardo Campos Pense numa banda relativamente nova fazendo uma sonoridade completamente fiel a clássicos de ícones do Thrash Metal como Slayer, Kreator, Sepultura, Possessed, Sodom e tantos outros. Este é o Legion Of The Damned, banda holandesa que começou se chamando Occult e após a mudança de nome emplacou os álbuns Malevolent Rapture (2006) e Sons Of The Jackal (2007), este último lançado no Brasil pela Laser Company. Atualmente Maurice Swinkels (vocal), Erik Fleuren (bateria), Harold Gielen (baixo) e Richard Ebisch (guitarra) – foto – já trabalham um novo álbum, Feel The Blade, mas isso é assunto para outra entrevista, pois nesta retratamos a evolução da banda, assim como o seu relacionamento com as suas influências. Aqui, então, Legion Of The Damned!
POSSESSED
Por Thiago Sarkis Quando escreveu death metal em seu caderno durante uma aula de inglês no colegial, Jeff Becerra (vocal e baixo) mal sabia o que estava fazendo; apenas colocara no papel uma idéia que lhe viera. Em 1984, persistindo com sua criação, ele cunhou o termo em fita Demo até hoje cultuada no underground. Mesmo assim, o que se ouve naquele trabalho é um Thrash Metal fortemente influenciado por Slayer, um som em formação ainda relativamente distante do que passaríamos a reconhecer como Death Metal após álbuns como Seven Churches (1985) do próprio Possessed e Scream Bloody Gore (1987) do Death. Acompanhado por Mike Sus (bateria), Mike Torrao e Larry LaLonde (guitarra), Becerra conseguira transformar a nomenclatura fictícia que inventara em um estilo real, extremo, aterrador para a época, e influente para sempre. Quantos não foram os ícones inspirados ou, ao menos motivados, por esta lendária formação que assinou também Beyond The Gates (1986), e o EP The Eyes Of Horror (1987), dois estimados lançamentos, embora sem iguais repercussão e espanto causados por Seven Churches? Dentre os admiradores confessos, Morbid Angel, Obituary, Cannibal Corpse, Napalm Death, Kreator, Vader e Sepultura. Por anos, sabendo das condições de Jeff, procuramos contatá-lo. As respostas raramente vinham e freqüentemente não conseguíamos completar as matérias em decorrência de cancelamentos, dificuldades na comunicação e inúmeras mensagens sem retorno. Soberba? Desdém? Arrogância do músico? Neste caso não. Falamos aqui, primeiramente, de um homem paralisado da cintura para baixo, sobrevivendo à base de analgésicos, e fadado a passar o resto da vida em uma cadeira de rodas em virtude de um assalto que sofreu em 1989 no qual foi baleado por dois drogadictos. De qualquer forma, finalmente conseguimos, e em três sessões de entrevista – duas delas abortadas pelos efeitos dos medicamentos em Jeff – fomos ao passado, e buscamos informações deste curto, porém referencial e venerado percurso artístico. Live Evil Iron MaidenPor Ricardo Campos/Fotos: Ricardo Zupa O Iron Maiden é uma das maiores bandas da história do Heavy Metal mundial e facilmente pode ser considerada unanimidade no Brasil. Uma retrospectiva de shows em nosso território, tendo como marco zero o Rock In Rio de 1985, e considerando até mesmo a fase mais baixa com o vocalista Blaze Bayley, comprova isso com folga. Mas o que aconteceu desta vez superou tudo. Há quase uma década reunida na voz de Bruce Dickinson e cordas de Adrian Smith a banda anunciou no ano passado um pacote de bombas que foram mais que uma cartada de mestre: o lançamento especial do Live After Death (1985) em DVD – o álbum ao vivo mais famoso do Iron Maiden e um dos maiores da história da música pesada – e uma turnê mundial que teria como foco o relançamento e os álbuns de estúdio Powerslave (1984), Somewhere In Time (1986) e Seventh Son Of A Seventh Son (1988), a Somewhere Back In Time World Tour 08. Marketing certeiro para quem até pouco tempo atrás estava tocando o A Matter Of Life And Death (2006) na íntegra nos shows… Mas a coisa não pára por aí. A banda tratou de conseguir o seu próprio Boeing 757, customizado e batizado como Ed Force One, que tem como piloto o próprio Bruce Dickinson, já experiente na função.
SOILWORK
Por Ricardo Campos Por mais que qualquer integrante desta banda sueca negue, o Soilwork sofreu um duro golpe no final de 2005, quando Peter Wichers – guitarrista, fundador e principal compositor – decidiu largar o mundo dos palcos e ter como foco o mercado da produção musical. O que seria deles sem a peça central para o desenvolvimento da rica sonoridade que tanto brilhou e cresceu com o exímio Natural Born Chaos (2002)? A resposta é Sworn To A Great Divide, que traz o estreante Daniel Antonsson ao lado de Björn Speed Strid (vocal), Sven Karlsson (teclado), Ola Frenning (guitarra), Dirk Verbeuren (bateria) e Ola Flink (baixo), e apresenta uma sonoridade mais pesada, entretanto consideravelmente mais simples e sem aquele incrível senso de melodia do trabalho já mencionado. O que o futuro nos reserva para um próximo álbum, só o próprio pode nos dizer, mas por enquanto saiba tudo sobre o momento vivido pela banda e sua reestruturação através das palavras de Björn. Live Evil Sonata ArcticaPor Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa O Sonata Arctica ainda nem chegou a uma década, mas após cerca de oito anos e cinco discos, já mostra pinta de banda veterana. É isso o que se viu na segunda passagem dos finlandeses pelo Brasil – primeira após seis anos -, que aportaram em São Paulo (SP), no Citibank Hall, numa terça-feira (26 de fevereiro). Muito mudou desde aquela primeira série de shows, quando ainda só tinham balançado o mundo do Melódico com Ecliptica (1999) e Silence (2000). Hoje, o quinteto divulga Unia, fugindo das raízes do estilo num som mais pomposo, liderado por vozes e teclados. E tal qual uma banda veterana, o que os brasileiros viram foi um show em que os finlandeses tentaram casar esses dois vieses de seu som. Para quem podia achar que o público pouco compareceria devido à maratona marcada para este começo de ano, a apresentação surpreendeu por encher o local.
Wig Wam
Por Thiago Sarkis O Wig Wam é um contra-senso ao tradicional da música pesada de seu país. Oriundo da Noruega, conhecida pelo Black Metal de maquiagens sepulcrais, o grupo formado por Flash (baixo), Glam (vocal), Teeny (guitarra) e Sporty (bateria) – foto – traz a extravagância dos anos setenta e oitenta para o século 21, combinando, musicalmente, elementos de vertentes de Glam e Hard Rock. O líder e vocalista Glam revelou suas influências, e deu informações sobre a trajetória e os últimos lançamentos da banda. Stay Heavy ReportPor Cintia Diniz e Vinicius NevesMídia Especializada X Mídia Convencional A última passagem dos ingleses do Iron Maiden pelo Brasil mexeu não só com a mídia especializada, mas também com os grandes veículos de comunicação de nosso país. Certamente o fato da vinda do grupo em seu próprio avião, com o vocalista Bruce Dickinson pilotando, trouxe um interesse maior da mídia, com todo o marketing envolvido nesta turnê, mas infelizmente fomos obrigados a escutar muita asneira, principalmente no dia da chegada da banda a São Paulo, quando uma certa emissora, a única a ter entrevista exclusiva, dedicou espaço especial à banda em seu jornal noturno. Quando a reportagem teve início, confesso que ficamos muito empolgados e até emocionados em ver imagens da chegada do avião e outras cenas, que mostravam para os leigos o quanto a cena Heavy Metal é forte, fascinante, unida e poderosa, afinal, quantos podem usar um avião exclusivo com seu nome inscrito nele? (tirem desta lista os sheiks árabes que pintam seus aviões em ouro). Mas, ao término da matéria, estávamos boquiabertos com as besteiras que foram propagadas em rede nacional (e de alcance internacional). Deram pelo menos 10 anos extras de existência para a banda e nem mencionaram a presença deles na maior noite do Rock In Rio 3, só para citar alguns foras.
THRAM
Por Maurício Dehò Uma mistura de um instrumental pesado com um vocal mais melódico. Tudo em função de mostrar a realidade do mundo e acordar os ouvintes com um tapa na cara. É assim que a Thram, de São José dos Campos (SP), formada por Gabriel Godoy (baixo), Adriano Bonfim (vocal), Lucas Godoy (guitarra) e Marcus Dotta (bateria) – foto – se apresenta no segundo álbum, Pictures Of Reality. Conversamos com Lucas para saber um pouco mais do conceito, que além do som em si, tem um encarte diferenciado, onde se investiu em fotografias no lugar das letras. Eles ainda contaram sobre o lado humano do Nevermore, com quem tocaram em Curitiba (PR), em outubro de 2006.
Background - Voivod
Por Guilherme Spiazzi Bandas que carregam um conceito surgem e desaparecem. Pelo menos tem sido assim desde o final de década de 60, com grupos que flertavam com o Psicodélico. No decorrer dos anos 70, muito experimentalismo era feito e as ramificações do Rock iam ficando cada vez maiores. Enquanto alguns grupos se afundavam em auto-indulgência técnica e musical, o Punk apareceu para ser o total oposto dessa concepção. No meio da amálgama de acontecimentos, a N.W.O.B.H.M. (New Wave Of British Heavy Metal) tomou conta do cenário, prometendo fazer uma música interessante e furiosa. Logo ali, no meio dessa transição, surgiu no ano de 1976 em São Francisco/CA (EUA) o Chrome, desenvolvendo o seu Space Rock e cantando sobre um futuro paranóico, alienígenas e máquinas viventes. No entanto, foi somente em 1984 que outra banda viria para reinterpretar e trazer um novo sopro de vida para esse gênero. Essa banda era a canadense Voivod.
BACKSPAGE
Por Vitão Bonesso Na chegada do verão europeu de 1986 começaram as especulações a respeito das atrações que iriam compor o set da sétima edição do Castle Donington – Monsters Of Rock. O fato havia se tornado uma tradição entre os headbangers ingleses, que chegavam até mesmo a apostar pequenas somas em possíveis confirmações. Aos poucos as bandas iam sendo confirmadas pela revista semanal Kerrang e pelo programa, também semanal, Friday Rock Show, comandado pelo lendário DJ Tommy Vance, falecido em março de 2005. Desta vez os promotores Paul Loasby e Maurice Jones retardaram ao máximo a divulgação do cast definitivo. A dupla queria de todas as maneiras incluir Ozzy Osbourne como headliner, a contragosto dos managers do Scorpions, que queriam a banda alemã como a atração principal.
CLASSICREW
1978 Log Live Rock n Roll Rainbow Por Vitão Bonesso Logo após a longa turnê que promoveu o álbum Rising (1976), o guitarrista Ritchie Blackmore voltaria a reformular o line-up do Rainbow, despedindo o tecladista Tony Carey e o baixista Jimmy Bain. Dos primórdios, somente o vocalista Ronnie James Dio permanecia no posto, assim como o baterista Cozy Powell, que assumira a bateria no final de 1975. Long Live Rock N Roll é o último capítulo do que se pode dizer sobre a fase menos americanizada do Rainbow, tendo Ronnie como parceiro principal de Ritchie Blackmore nas composições, que eventualmente tinha também uma mãozinha de Cozy Powell. 1988 Winger Winger por Ricardo Batalha O Winger surgiu em 1987 com a união de Charles Frederick Kip Winger (baixo e vocal), Richard Earl Beach Jr. Reb Beach (guitarra e vocal) e Paul Taylor (teclado e vocal), três ex-integrantes da banda de Alice Cooper. A formação foi completada com o já experiente e técnico Rod Morgenstein (Dixie Dregs), que foi recrutado para a bateria após ter sido apresentado a Kip e Reb no escritório do empresário da banda, Eiichi Naito. Kip já havia tocado junto com Reb numa banda chamada ViceVersa, bem como tinha gravado uma Demo de quatro faixas com Paul Taylor e Ken Mary (bateria, House Of Lords) no estúdio do irmão de Kip, Paul Winger. Curiosamente, esta Demo que saiu sob o nome provisório Rome trazia o futuro megahit Miles Away, música que só sairia no segundo disco do Winger.
EDITORIAL - MÍDIA IMPRESSA E INTERNET: CONVIVÊNC
Às vésperas de completar 10 anos em bancas, a revista Roadie Crew vive um momento glorioso, com mais de cinco anos de liderança no mercado, graças ao grande número de headbangers e de apreciadores do velho – e sempre bom – Rock `n` Roll, que sustentam esse cenário na base da paixão pelo gênero musical que não depende de fatores sazonais, nem de modismos. É importante fazermos um agradecimento aos fãs do Rock/Metal, cuja fidelidade ao seu gosto musical só é comparável ao vínculo emocional que existe entre um torcedor e seu clube de futebol preferido. Enquanto o mercado fonográfico está de pernas para o ar com a crise do CD como meio de comercialização de música, e enquanto a Internet vem avançando no espaço de algumas mídias impressas que investiram em outro tipo de público, o leitor que procura conteúdo mais profundo tem onde encontrar tudo o que precisa para satisfazer sua necessidade de informação e de entretenimento. Essa é justamente a espécie de público que sabe o que quer, que conhece muito bem o cenário musical que curte e sabe reconhecer nos próprios artistas, ou mesmo nos meios de comunicação, quem faz seu trabalho com conhecimento de causa e, acima de tudo, com prazer. É por isso que não basta o uso desenfreado da tecnologia, nem o poder econômico. Credibilidade não se conquista publicando asneiras e informações de fontes duvidosas ou sem preocupação com a verdade, seja num simples fanzine ou numa grande rede de televisão. Quanto ao uso de tecnologia, o mundo está cheio de falsos profetas como os que diziam que o rádio iria deixar de existir quando chegou a TV, da mesma forma que os adivinhos falam que a Internet vai substituir a mídia impressa. Esses são os mesmo que acreditavam que um furo de reportagem poderia ser publicado numa revista mensal, ou mesmo semanal… Isso nunca foi possível porque a inércia não permite, pois do momento em que se registra a informação até o momento que ela chega às mãos do leitor a noticia já se tornou velha. Por isso, existem conteúdos adequados à mídia impressa – revistas, jornais ou livros -, como existem conteúdos adequados à mídia eletrônica, e não adianta forçar para que essas coisas se confundam. O ideal é poder contar com as duas formas de comunicação aproveitando o que há de melhor em cada uma delas. Nada supera um site construído com tecnologia avançada para veicular o trabalho musical de um artista em vídeo e em áudio. Também é importantíssimo ter como divulgar de forma praticamente instantânea as informações que surgem diariamente sobre o que acontece no mundo. Mas é insubstituível o prazer de destacar de uma revista o pôster da banda preferida para decorar o quarto, colecionar as publicações que abordam sua diversão predileta, ou pelo menos as edições que tragam matérias com seus ídolos. Continuará sendo impraticável usar a Internet para ler uma longa entrevista, um interessante e extenso artigo ou uma reportagem com profundidade, curtindo as fotos da matéria numa viagem de avião, no metrô, no ônibus, ou no sofá da sala. Vai continuar sendo incômodo fixar os olhos no brilho da tela para ler textos longos. Por isso a Internet é um instrumento indispensável como mídia para qualquer área de interesse, seja cultural, política, esportiva, etc, mas nunca será o único meio de comunicação viável. Haverá sempre espaço para outros veículos desde que sejam utilizados da maneira adequada. Airton Diniz
Eternal Idols - Dimebag Darrel (parte 2)
Por Maurício Dehò Após quatro discos no Glam Rock, mas sempre incrementando a sonoridade com peso, e tendo encontrado o vocalista perfeito para o posto, o Pantera achou seu rumo. No fim de 1989 começaram as gravações de Cowboys From Hell, outra vez nos estúdios do pai, Jerry Abbott. A produção foi de Terry Date junto à banda, que usou a experiência de uma década dentro do estúdio. Se o visual e a voz furiosa de Phil Anselmo tinham uma importância enorme, Date conseguiu com Darrell tirar um som com personalidade de sua Dean ML. A partir desse disco, o guitarrista atingiu um nível único. As palhetadas são ferozes e os solos virtuosos, mas na medida. Tudo isso misturado à distorção suja e à presença de efeitos não passam apenas linhas de guitarra, faz dos riffs de Dimebag também um elemento percussivo, cheio de groove.
Garage Demos
Envie material completo (CD-Demo, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” CAIXA POSTAL 43015 CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP Nesta edição: Billion Dollar Babies, Comando_Etílico, Cruscifire, Dark Whisper, Darkness In Flames, Darksmile, Laments Of Soul, Núcleo Zero, Sacriffice, Still Life, The Force
Hidden Tracks - Sanctuary
por Jorge Krening Quando se fala em Seattle (EUA) logo vêm à mente bandas da onda Grunge, como Alice In Chains, Soundgarden e Nirvana. Só que muitos se esquecem que desta região também surgiram clássicos grupos de Heavy Metal, casos do Metal Church, Queensrÿche e o Sanctuary. Este último foi formado no ano de 1985 por músicos jovens, mas que desde cedo já detinham muito talento e uma boa experiência no currículo. O vocalista Warrel Dane estava na ativa desde 1981 com uma banda de Heavy/Power Metal chamada Serpents Knight. Nascido no dia 7 de março de 1961, Warrel treinou cinco anos como cantor de Ópera, fato que explica sua versatilidade como vocalista. À frente do Serpents Knight, chegou a gravar um álbum intitulado Released From The Crypt, lançado de forma independente no ano de 1983. Já o baixista Jim Sheppard tocava em uma banda de Glam Rock local chamada Sleeze, que tinha como vocalista um cara chamado Layne Staley, que tempos depois ficaria famoso por integrar a banda Grunge Alice In Chains. Não existem registros aparentes de que os guitarristas Lenny Rutledge e Sean Blosl tivessem tocado em outras bandas antes do Sanctuary, assim como o baterista Dave Budbill.
LIVE EVIL - DEEP PURPLE
Por Vitão Bonesso/Fotos: Marcus Herren Saber que o Deep Purple viria pelo terceiro ano consecutivo ao Brasil chegou a causar certo espanto, mas, por outro lado, aquela sensação de ah… não vou deixar de ir dessa vez, porque pode ser a última… acabou ficando de lado. Tudo leva a crer que a banda irá retornar constantemente ao Brasil, já que fã é o que não falta, levando a cada apresentação desde cinquentões, que cresceram ao som de In Rock, Fireball e Machine Head; quarentões, que pegaram o trem andando quando o Purple estava retornando com Perfect Strangers; a turma mais nova, que há pelo menos treze anos acompanha a banda na fase Steve Morse; sem contar com a pivetada, que acompanha os pais, tios e, quem sabe, avós, proporcionando uma junção de várias gerações. Isto mostra que a música do grupo continua atual e eficaz nos dias de hoje.
LIVE EVIL - DREAM THEATER
Por Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa Após a turnê de 2005, que teve duas memoráveis noites em São Paulo, o Dream Theater prometeu voltar logo. Com o nono álbum nas prateleiras, Systematic Chaos, James LaBrie (vocal), John Petrucci (guitarra), Mike Portnoy (bateria), John Myung (baixo) e Jordan Rudess (teclado), agendaram mais uma série de shows no Brasil. Em 8 de março, com um público maior na estrutura montada no estacionamento do Credicard Hall, em São Paulo (SP), a ânsia pelo retorno parece ter virado… pressa! Antes disso, lá pelas 19h, o Hangar esquentou os Prog-maníacos. A banda do baterista Aquiles Priester, que fez nome no Angra, foi a escolhida após lançar o terceiro álbum, Reason Of Your Conviction, apostando num som mais pesado, sombrio. Agora com o vocalista Nando Fernandes, o Hangar mostrou que veio para ficar. Com faixas como Hastiness, a faixa-título e a misteriosa Savior, do Inside Your Soul (2001), o grupo fez uma apresentação curta, mas de qualidade.
LIVE EVIL - IRON MAIDEN
Por Ricardo Campos/Fotos: Ricardo Zupa O Iron Maiden é uma das maiores bandas da história do Heavy Metal mundial e facilmente pode ser considerada unanimidade no Brasil. Uma retrospectiva de shows em nosso território, tendo como marco zero o Rock In Rio de 1985, e considerando até mesmo a fase mais baixa com o vocalista Blaze Bayley, comprova isso com folga. Mas o que aconteceu desta vez superou tudo. Há quase uma década reunida na voz de Bruce Dickinson e cordas de Adrian Smith a banda anunciou no ano passado um pacote de bombas que foram mais que uma cartada de mestre: o lançamento especial do Live After Death (1985) em DVD – o álbum ao vivo mais famoso do Iron Maiden e um dos maiores da história da música pesada – e uma turnê mundial que teria como foco o relançamento e os álbuns de estúdio Powerslave (1984), Somewhere In Time (1986) e Seventh Son Of A Seventh Son (1988), a Somewhere Back In Time World Tour 08. Marketing certeiro para quem até pouco tempo atrás estava tocando o A Matter Of Life And Death (2006) na íntegra nos shows… Mas a coisa não pára por aí. A banda tratou de conseguir o seu próprio Boeing 757, customizado e batizado como Ed Force One, que tem como piloto o próprio Bruce Dickinson, já experiente na função.
LIVE EVIL - SONATA ARCTICA
Por Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa O Sonata Arctica ainda nem chegou a uma década, mas após cerca de oito anos e cinco discos, já mostra pinta de banda veterana. É isso o que se viu na segunda passagem dos finlandeses pelo Brasil – primeira após seis anos -, que aportaram em São Paulo (SP), no Citibank Hall, numa terça-feira (26 de fevereiro). Muito mudou desde aquela primeira série de shows, quando ainda só tinham balançado o mundo do Melódico com Ecliptica (1999) e Silence (2000). Hoje, o quinteto divulga Unia, fugindo das raízes do estilo num som mais pomposo, liderado por vozes e teclados. E tal qual uma banda veterana, o que os brasileiros viram foi um show em que os finlandeses tentaram casar esses dois vieses de seu som. Para quem podia achar que o público pouco compareceria devido à maratona marcada para este começo de ano, a apresentação surpreendeu por encher o local.
POSTER - U.D.O
Poster: U.D.O
Releases CDs
Nesta edição: Alestorm, Bloodbound, Blue Cheer, Cadabra, Cavalera Conspiracy, Cubensis, Darkthrone, Death Angel, Dekadent, Dismember, Doomsword, Elevare, Fate, Gates of War, Immolation, In Mourning, Keep Of Kalessin, Khymera, Moonspell, My Fate, Negligence, Pedra Lascada, Queensryche, Riverside, Rob Zombie, Scarlet Sins, Tesla, The Arcane Order, Tubarão em Chamas, Turisas, Whitesnake, Work Of Art
Releases DVDs
Nesta Edição: Meat Loaf, Rolling Stones, Solitude Aeturnus, Tarkus, This Is Black Metal
ROADIE NEWS
Resumo das noticias do mês.
Roadie Collection - Exciter
por Jorge Krening
Roadie Profile - Ron Cygnus (Comando Nuclear)
Por Ricardo Batalha
Stay Heavy Report
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves Mídia Especializada X Mídia Convencional A última passagem dos ingleses do Iron Maiden pelo Brasil mexeu não só com a mídia especializada, mas também com os grandes veículos de comunicação de nosso país. Certamente o fato da vinda do grupo em seu próprio avião, com o vocalista Bruce Dickinson pilotando, trouxe um interesse maior da mídia, com todo o marketing envolvido nesta turnê, mas infelizmente fomos obrigados a escutar muita asneira, principalmente no dia da chegada da banda a São Paulo, quando uma certa emissora, a única a ter entrevista exclusiva, dedicou espaço especial à banda em seu jornal noturno. Quando a reportagem teve início, confesso que ficamos muito empolgados e até emocionados em ver imagens da chegada do avião e outras cenas, que mostravam para os leigos o quanto a cena Heavy Metal é forte, fascinante, unida e poderosa, afinal, quantos podem usar um avião exclusivo com seu nome inscrito nele? (tirem desta lista os sheiks árabes que pintam seus aviões em ouro). Mas, ao término da matéria, estávamos boquiabertos com as besteiras que foram propagadas em rede nacional (e de alcance internacional). Deram pelo menos 10 anos extras de existência para a banda e nem mencionaram a presença deles na maior noite do Rock In Rio 3, só para citar alguns foras.
LIVE EVIL - HEAVY ROCK REVIVAL
2º HEAVY ROCK REVIVAL Selvageria Comando Nuclear Salário Mínimo Stress Taurus Blackmore Rock Bar – São Paulo/SP 1º de março de 2008 Por Thiago R. S. Matos/Fotos: Samira da Costa Recorde de público em mais um evento de qualidade no Blackmore Rock Bar, no bairro de Moema, em São Paulo. A noite de 1º de março (sábado) prometia um espetáculo digno dos áureos tempos do Metal nacional, contando com a presença de bandas como Selvageria e Comando Nuclear, os mais novos expoentes na tradição oitentista do Metal em português, e as lendárias bandas dos anos 80 Salário Mínimo, Taurus e Stress, esta última de volta à cidade paulistana depois de dois anos para a divulgação de seu primeiro DVD oficial.
BLIND EAR - BLIND EAR LÉO MANCINI (SHAMAN)
Por Ricardo Campos
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |