O Jethro Tull não parecia ser a banda mais desafiadora do universo quando se apresentou ao mundo com This Was (1968). O tempo, porém, fez questão de mostrar que o então quarteto britânico queria um pouco mais do Rock do que o que o Rock tinha a lhe oferecer ao final da década de sessenta…
Edição #119
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JETHRO TULL
Por Thiago Sarkis O Jethro Tull não parecia ser a banda mais desafiadora do universo quando se apresentou ao mundo com This Was (1968). O tempo, porém, fez questão de mostrar que o então quarteto britânico queria um pouco mais do Rock do que o que o Rock tinha a lhe oferecer ao final da década de sessenta. Na figura emblemática de um vocalista escocês sustentado em uma perna tocando flauta, bandolim, gaita, entre outros instrumentos, o conjunto avançou e conquistou sucesso inesperado, especialmente se levarmos em consideração os inúmeros estilos pelos quais transitou em seus vinte e um álbuns de estúdio. Ian Anderson, o vocalista em questão, encontrou tempo durante as celebrações dos quarenta anos de estrada de seu grupo para nos conceder uma entrevista exclusiva, na qual falou de seu planejamento no que tange às turnês e a um CD de inéditas, e comentou as conquistas, aprendizados e lançamentos marcantes destas quatro décadas de Jethro Tull.
AÇÃO DIRETA
Por Ivanei Salgado O cenário underground brasileiro é repleto de particularidades. E essa cena singular gera bandas de grande expressão no mundo. No Metal temos grandes expoentes, mas o reconhecimento internacional não é exclusivo desse estilo, pois vários grupos de Grind, Hardcore, Punk, entre outros estilos, também impactam as cenas de outros países. O Ação Direta é um desses exemplos. Formado por Gepeto (vocal), Pancho (guitarra), Marcão (bateria) e Galo (baixo), o quarteto tem sete discos oficiais e cinco turnês internacionais no currículo. Agora, preparam um vídeo comemorativo de 20 anos, a reedição dos álbuns antigos e um Split com o DFC (DF), Força Macabra (FIN) e Sociedade Armada (Santos/SP) com quatro músicas inéditas. Saiba mais sobre o Ação Direta através de seu porta-voz: Gepeto.
CRADLE OF FILTH
Por Chris Alo Tradução: Antonio Carlos Monteiro O Cradle Of Filth fez uma rápida passagem por Nova York (EUA) para divulgar seu mais novo disco, Godspeed On The Devil’s Thunder. Por conta da agenda apertada, só foi possível a cada repórter ouvir uma vez o novo trabalho. Mesmo assim, não foi difícil concluir que se trata de um álbum bem mais extremo e mais rápido do que seu antecessor, Thornography, lançado em 2006. O vocalista Dani Filth e o guitarrista Paul Allender falaram com exclusividade para a Roadie Crew e não se limitaram a comentar sobre o novo disco: a dupla também deu vários detalhes sobre o livro Gospel Of Filth, que conta a história da banda e, ainda, comentaram com muito bom humor o fato de Gaahl (Gorgoroth) ter assumido publicamente sua opção homossexual.
GYPSY ROSE
Por Ricardo Batalha Provavelmente poucos conhecem a banda sueca Gypsy Rose, fundada em meados de 1981 em Mölnlycke, mas muitos certamente se lembram da voz que substituiu Udo Dirkschneider no Accept: David Reece. O norte-americano que gravou o álbum Eat The Heat (1989) depois passou pelo Bangalore Choir e então sumiu de cena por longos anos. O reaparecimento, no entanto, veio em grande estilo ao lado dos suecos Martin Kronlund (guitarra), Rikard Quist (teclado), Mats Bostedt (baixo) e Imre Daun (bateria). O resultado desta inusitada, porém coerente união, é o segundo álbum do Gypsy Rose, Another World.
INMORIA
Por Ricardo Batalha Não são raros os casos de músicos que somem de cena e depois retornam em grande estilo. Alguns, porém, não conseguem reviver os anos de glória, mas outros se destacam de imediato. Este é o caso Danne Eriksson. O ex-baterista da banda sueca Tad Morose e atualmente tecladista deu vida ao Inmoria em abril de 2008, gravando algumas de suas composições em seu próprio estúdio, localizado em Bollnäs (SUE). Danne ficou tão empolgado com o resultado que decidiu recrutar músicos para seu projeto. O primeiro a chegar foi o guitarrista “Krunt” Andersson (Tad Morose), seguido pelo baterista Peter Morén (Tad Morose, Steel Attack) e o baixista Tommi Karppanen (God Awful Machine). Todavia, a grande questão era encontrar um vocalista que combinasse com o estilo musical, que pode ser descrito como um Heavy/Thrash/Prog, unindo elementos de nomes como Savatage, Metal Church, Morgana Lefay, Eldritch e Angel Dust. Após um tempo, o quarteto chamou o experiente Charles “Chulle” Rytkönen (Morgana Lefay), que aceitou o desafio e registrou uma de suas melhores performances vocais. Conheça mais sobre o Inmoria, que tem tudo para se tornar uma grande revelação na cena do Metal mundial.
INSAINTFICATION
Por Ricardo Campos Oriundo de Salvador/BA, o Insaintfication vem construindo nestes sete anos de atividade uma grande reputação no cenário nacional, que ganhou ainda mais força com Diseased, álbum de estréia. Com respeitável qualidade de gravação, o material apresenta uma sonoridade pesada, veloz, técnica e de muita personalidade. Atualmente com Fernando Costa (baixo, vocal), Luciano Campos (guitarra), Tony Assis (guitarra – Ungodly e ex-Mystifier, que passou a ocupar o posto de Rômulo Lebre desde março) e Daniel Brandão (bateria), a banda quer usar 2009 para continuar divulgando Diseased, mas trabalha num novo registro.
IZZY STRADLIN
Por Thiago Sarkis O mais recluso dentre todos os músicos que já tocaram no Guns N Roses; um dos principais compositores da banda durante os anos em que nela esteve – para vários fãs, o mais talentoso; um guitarrista nada badalado. Este é Jeffrey Dean Isbell, ou Izzy Stradlin, como ficou famoso. O ex-companheiro de Axl Rose (vocal), Slash (guitarra), Duff McKagan (baixo), Steven Adler e Matt Sorum (ambos bateristas), reside em Los Angeles, onde, por opção, vive com a família em relativo e paradoxal anonimato. Logo ele, homem que, segundo estimativas da rede Fox, tem mais de cem milhões de cópias dos discos que gravou espalhadas pelo mundo. Lançando álbuns anualmente via iTunes e sem falar com a imprensa, Izzy abriu exceção à nossa insistência e gentilmente nos revelou tudo que cerca o Guns N Roses: das drogas, glórias e loucuras que os marcaram nos anos oitenta e noventa ao grupo atual, a provável reunião da formação clássica e o tão discutido Chinese Democracy (2008).
KEEP OF KALESSIN
Por Ricardo Campos Formado há quatorze anos na Noruega pelo guitarrista Obsidian C. o Keep Of Kalessin teve como sonoridade inicial o Black Metal Tradicional, com influências diretas do Mayhem, mas logo agregou diversos elementos em busca de algo singular – fato conquistado com o tempo. Muitas mudanças de line-up e os cinco anos que Obsidian dividiu suas atividades como integrante do Satyricon proporcionaram uma evolução gradual e eficaz. Após Through Times Of War (1997) e Agnen: A Journey Through The Dark (1999) a banda lançou o EP Reclaim (2003), que contava com a experiência de Attila (vocal – Mayhem) e Frost (bateria – Satyricon). Tal parceria durou pouco, mas fez com que o Keep Of Kalessin se estabilizasse, com Obsidian acompanhado por Thebon (vocal), Wizziac (baixo) e Vyl (bateria), e lançasse duas obras de arte, Armada (2006) e Kolossus, o álbum mais recente e aqui em questão nas palavras do guitarrista e líder.
MIKE PATTON
Por Thiago Sarkis Mike Patton é um artista único, excêntrico e diferenciado. Seu trabalho junto ao Mr. Bungle, formado em 1985, deixou isso claro ao mundo todo. Aqueles que o conheceram por meio do Faith No More, conjunto que ele integrou por uma década, também notaram rapidamente a unicidade do músico. Após a oficialização do fim deste último e bem-sucedido grupo, o vocalista de Eureka, Califórnia, desandou a gravar. Só em 2005, foram lançados cerca de dez registros com o seu nome, seja como membro e líder de bandas ou como convidado especial. Insaciado, nos últimos tempos o norte-americano ainda fez uma ponta no cinema, escreveu uma trilha sonora e tratou de revelar talentos em sua gravadora, a Ipepac Recordings. Em entrevista exclusiva, o incansável Patton nos falou de todos (quase todos) os seus projetos, das possibilidades de reuniões de Mr. Bungle e Faith No More, de lembranças do Brasil e parcerias com músicos brasileiros; de Bebel Gilberto a Sepultura.
MINISTRY
Por Thiago Sarkis Al Jourgensen fundou o Ministry em 1981 e iniciou sua trajetória musical tocando New Wave. Este estilo, porém, não era exatamente o que ele desejava, como explicita o próprio nas declarações a seguir. Desta maneira, depois de ficar em cima do muro em Twitch (1986), o cubano naturalizado norte-americano, pupilo de Timothy Leary e William S. Burroughs, decidiu despejar agressividade com o lançamento de The Land Of Rape And Honey (1988). Desde então, ficou conhecido por posições políticas bem definidas e fundamentadas, além de música subversiva e inovadora. Utilizando-se deste arsenal, tornou-se um dos maiores opositores da família Bush no meio artístico. Implicou com o patriarca, George Bush, durante a Guerra do Golfo, e atazanou os oito anos de administração do filho, George W. Bush. Com a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, Al decreta o fim do Ministry, mas garante que não sairá de cena.
MORTAES
Por Maurício Dehò Thrash, Black, Death, neoclássico. O que você procurar vai achar em Obsessive Visions, álbum de estréia do Mortaes, banda brasiliense montada por Fabrício Moraes (ex-Abhorrent, Dark Avenger, Harllequin, entre outros). Neste debut, além de misturar influências de toda a sua vida, o guitarrista e vocalista contou com convidados de peso para fazer o disco, como Hécate (Miasthenia), Alírio Netto (Khalice) e Edu Ardanuy (Dr. Sin). Conversamos com ele para saber tudo sobre o grupo, em que predomina seu lado mais obscuro e virtuoso.
QUEENSRŸCHE OPERATION: MINDCRIME: VINTE ANOS DE UM CLÁSSICO
Por Ricardo Batalha Vinte anos após seu lançamento, a obra conceitual Operation: Mindcrime ainda se mostra atual e vem despertando interesse. A história do álbum, que foi peça fundamental para que o Queensrÿche – grupo norte-americano de Seattle – conquistasse o mundo, tem grandes chances de sair do âmbito musical e entrar no ramo do entretenimento como um filme ou até mesmo ganhar vida com um musical da Broadway. “Operation: Mindcrime tem servido de inspiração para muita gente fora da música. Diversos produtores e diretores entram em contato conosco querendo converter a história num filme. Mais recentemente falaram em transformá-la num espetáculo da Broadway”, conta Geoff Tate, vocalista e mentor intelectual de todo o conceito. Para garantir a autenticidade de sua obra, o vocalista contou com a ajuda do roteirista Mark Shepard, que é também conferencista sênior da USC School Of Cinematic Art, localizada em Los Angeles/CA (EUA).
BACKGROUND - CENTÚRIAS - PARTE 1
Por Ricardo Batalha A banda paulistana Centúrias foi formada em agosto de 1980 por Paulo Thomaz Soeiro Rodrigues Alves (bateria), Cacá (baixo, já falecido), Paulo Roberto “Paulinho” (guitarra), Eduardo Camargo (vocal) e Aguinaldo “Guina” Martins (teclado). No entanto, para conseguir agrupar este time, o baterista Paulão teve que literalmente correr atrás. “O primeiro show que fui foi do Patrulha do Espaço e aquilo me motivou. Eu estava estudando bateria e querendo formar uma banda. Então, quando fui ver uma apresentação do Anarca, percebi que só conseguiria montar minha banda se conhecesse músicos. Fui conversar com eles na maior cara de pau, falando que morava perto dali e que tocava bateria…”, lembra Paulão Thomaz.
BACKSPAGE
Por Vitão Bonesso PHILIPS MONSTERS OF ROCK: DEZ ANOS SEM OS “MONSTROS” NO BRASIL (FINAL) 1997: O ‘monstro’ vira cerveja… Quando a realização anual do “Philips Monsters Of Rock” já estava se transformando num acontecimento tradicional no calendário de eventos da cidade de São Paulo, eis que um silêncio ameaçador pairou no ar. Estávamos em março de 1997 e nada se comentava sobre a próxima edição do festival. Sequer alguns nomes estavam sendo cogitados, até que veio a confirmação de que não haveria “Philips Monsters Of Rock” naquele ano. As especulações em relação ao cast passaram a ser sobre os motivos que culminaram com a não realização do “PMOR” naquele ano. Apesar de não ser confirmado, a razão principal seria o anúncio de um outro festival em novembro daquele ano, o “Skol Rock”, promovido pelo mesmo promotor do “PMOR”, com as presenças internacionais de Jason Bonham Band, Dio, Bruce Dickinson e Scorpions, além do Dr. Sin como um dos destaques nacionais. Mesmo com atrações acima da média, ninguém considerava o “Skol Rock” um evento à altura do “PMOR”, nem mesmo seus promotores, que logo nas primeiras semanas de 1998 davam os primeiros sinais que o evento retornaria naquele ano.
BLIND EAR - ZOLTÁN FARKAS (EKTOMORF)
Por Ricardo Campos/Fotos: Ricardo Batalha “Thrash Metal! Gostei, estou esperando pela voz. O riff é bem legal, bem ‘old school’. Essa banda não é norte-americana, certo? (R.C.: É brasileira, o Korzus). Legal, esse não é dos mais recentes. (R.C.: Não). Acho que a voz soa muito melhor hoje em dia do que nessa época. Marcello e eu gravamos uma música juntos para o próximo álbum deles, mas não consegui reconhecê-lo aqui! (risos) Essa aqui é legal, mas digo que o que já ouvi do álbum novo deles detona”. Korzus – Internally KZS
ETERNAL IDOLS - ANDRÉ BORAGINA 13/12/1970 / 04/10/2001
Por Richard Navarro No dia 13 de dezembro de 1970, final do mesmo ano em que o Brasil conquistou no México o título de tricampeão da Copa do Mundo de Futebol, nascia André Boragina, no bairro da Vila Maria, Zona Norte da capital de São Paulo. Desde cedo ligado ao cenário Heavy Metal, André Boragina cresceu ouvindo bandas como Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple, Metallica e Judas Priest, mas conhecer a banda Queensrÿche e a voz de Geoff Tate foi o divisor de águas em sua vida. Esta sempre foi sua banda preferida, o que estava nítido nas paredes de seu quarto e em seu acervo pessoal (N.R.: Quando participou da seção “Blind Ear” da edição #18, escolheu justamente a capa do álbum Rage For Order do Queensrÿche para tirar a foto principal). Nesta época, André cursava o curso técnico em Eletrônica no Colégio Industrial na Vila Guilherme, e ao ser notado cantando despretensiosamente Queensrÿche no pátio por um colega, foi, a muito custo, convencido por este que deveria ser vocalista.
CLASSICREW - CHEAP TRICK / IRO MAIDEN
1978 – Cheap Trick – HEAVEN TONIGHT Por Ricardo Batalha Na efervescente década de 70 muitos grupos que conseguiram vingar na cena já nasceram chocando a mídia, satirizando e ironizando o que viam pela frente. Um dos grandes exemplos foi o norte-americano Cheap Trick, que sempre pautou seu trabalho pelo bom-humor. Óbvio que havia seriedade na criação das composições, mas a atitude debochada de Rick Nielsen (guitarra e backing vocals), Robin Zander (vocal e guitarra), Bun E. Carlos (bateria) e Tom Petersson (baixo e backing vocals) era algo incomparável. 1988 – Iron Maiden – SEVENTH SON OF A SEVENTH SON Por Mauricio Dehò Seventh Son Of A Seventh Son foi lançado em 11 de abril de 1988 e ganhou o título de último disco da “Era de Ouro do Iron Maiden”. Além da evolução após Somewhere In Time (1986), foi o primeiro disco conceitual dos ingleses e representou o fim da primeira passagem do guitarrista Adrian Smith, que já dava mostras de falta de motivação….
CLASSICOVER - ANGRA
Por Ricardo Batalha WUTHERING HEIGHTS Original: Kate Bush – The Kick Inside (1978) Cover: Angra – Angels Cry (1993) O Angra costumava tocar diversos covers no começo de sua carreira, mas escolheu Wuthering Heights da cantora inglesa Kate Bush para registrar em seu álbum de estréia, Angels Cry, lançado em 1993. A idéia partiu do baixista Luis Mariutti (atual Andre Matos e Henceforth, ex-Angra, Shaman e Firebox), mas em primeiro momento a versão seria totalmente diferente da original gravada por Kate Bush em seu álbum de estréia, The Kick Inside (1978). “Tive a idéia, mas inicialmente seria um Speed Metal. Nós até gravamos uma Demo com esta versão no estúdio Anonimato (SP), na qual o refrão continuava meio que igual a original, mas a música inteira era rápida. Era para ser no ‘beat’ da Carry On”, explica o baixista. “Na verdade não sei bem como ele teve essa idéia, pois de todos ele era quem mais escutava Metal o tempo todo! Eu já conhecia a música, pois costumava ouvir junto com pessoal do Viper – tínhamos um gosto eclético, como Queen, Kate Bush, etc… Não me opus à tentativa, ainda que soubesse que os vocais eram extremamente agudos!”, completa o vocalista Andre Matos, hoje em carreira solo.
EDITORIAL
Música e mensagem Fazer opção por uma posição política e a defesa de idéias sobre o conceito de bem governar ou de exercer a liderança em uma comunidade ou uma nação são obrigações de qualquer indivíduo razoavelmente informado sobre a vida em sociedade. Entretanto muitos artistas, particularmente os que atuam na área da música, assumem um papel relevante na formação de opiniões e podem influenciar a forma de conduta de muita gente, direta ou indiretamente, ao desenvolver temas cujo conteúdo expressa denúncias, acusações ou apoios, muitas vezes explícitos, referindo-se a governo, religião, comportamento social, etc. Muitas pessoas nem se preocupam com isso, e simplesmente ao ouvir uma música sequer prestam atenção no conteúdo da letra. Muitas outras se sentem influenciadas e encaram as palavras e as manifestações artísticas de seus ídolos como verdades absolutas. Isso pode chegar a ser pernicioso para o dia-a-dia na vida daqueles de personalidade fraca, pois em muitos casos os temas abordados por alguns autores são meros exercícios de fantasias, pura ficção, ou poesia sem compromisso com a realidade. Uma música pode ser boa independentemente do texto de sua mensagem, mesmo porque pode ser uma peça só instrumental, mas a melhor combinação sempre terá uma composição inspirada e uma letra inteligente, não importa se engajada ou simplesmente romântica, ou engraçada, ou até mesmo triste. Quando se fala de manifestações políticas na música, logo vêm à mente os protestos de alguns dos principais representantes do gênero que começaram a fazer suas reclamações nos idos dos anos 60 e 70, com vários artistas americanos, e mesmo de outros países, atacando os responsáveis pela guerra que rolava solta no Vietnam. Foram tempos memoráveis de criações de Bob Dylan e Joan Baez, por exemplo, entre muitos outros. No Brasil, na mesma época, as mensagens que fustigavam a ditadura militar vinham embutidas principalmente na MPB de Chico Buarque, Geraldo Vandré, e outros. Os que já faziam Rock neste país neste período se dedicavam a temas mais inocentes. O que me levou a tocar neste assunto foi a entrevista que publicamos nesta edição com Al Jourgensen, fundador do Ministry. Confesso que, por não ser um apreciador do estilo de Metal Industrial praticado pelo Ministry, nunca me preocupei em prestar atenção no trabalho da banda. Mas ao ler a matéria feita pelo Sarkis onde Al expõe suas idéias e sua postura pessoal e profissional quanto ao comportamento de políticos do país onde vive, fiquei muito bem impressionado com sua coragem e com o discernimento com que ele trata essa oposição de pontos de vista. Aliás, muito consciente e totalmente diferente de outros dois representantes do Metal, Zakk Wylde e Ted Nugent, cuja sonoridade musical das respectivas bandas me agrada muito mais que a do Ministry, porém suas posições ideológicas exacerbadamente nacionalistas e radicais me parecem totalmente descabidas e inconvenientes. Mas democracia é isso mesmo. Então, vale curtir sim os riffs, os solos, a marcação pulsante do baixo, as levadas de bateria de um grande Rock n Roll ou Heavy Metal de qualquer estilo, sejam as histórias sobre dragões, ou duendes, morte ou vida, amor ou ódio, carrões velozes e/ou mulheres atraentes, que apóiem ou ataquem os imbecis ou os gênios governantes. Airton Diniz
GARAGE DEMOS
Envie material completo (CD-Demo com CAPA, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” CAIXA POSTAL 43015 CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP Nesta edição: Ace 4 Trays_Destaque Andragonia Battalion Cremador Enforcer Mindtrigger Pesticide Sacredeath Tanatron Thunder Force Warhead 666
HIDDEN TRACKS - INOX
Por Ricardo Batalha Origem: Brasil Época: Anos 80 Estilo: Hard Rock Formação Clássica: Paulinho Heavy (vocal), Fernando “The Crow” Costa (guitarra), Ségis Capuano (baixo) e Rolando Castello Júnior (bateria) Discografia: Inox (1986) Site relacionado: nenhum “O Inox foi um sonho e um pesadelo”, assim resumiu o experiente baterista Rolando Castello Júnior a sua participação no Inox. O grupo paulistano surgiu das cinzas do Operação Fraudulenta, que em meados de 1984 contava com Paulinho Heavy (vocal, Hot Stuff), Fernando “The Crow” Costa (guitarra/teclado, Quantun), Ségis Capuano (baixo, Quantun) e Kid (bateria). Tempos depois ocorre a entrada de Júnior, que na época estava…
LIVE EVIL - CARCASS
Por Frans Dourado Fotos: Ricardo Zupa A reputação do Carcass é algo que lhe precede. Dentre as grandes bandas da história do Death Metal, o quarteto era uma das poucas que não havia se apresentado em terras brasileiras. E a expectativa gerada por mais de duas décadas de espera não podia resultar em outra coisa que não fossem casas lotadas e fãs ansiosos. Belo Horizonte havia recebido a banda no dia 8 de novembro e os comentários que circularam na Internet e nas imediações do Santana Hall eram de que o show fora um dos mais memoráveis que a capital mineira já havia presenciado. O cancelamento das bandas de abertura, anunciado dias antes, causou reações diversas. Alguns lamentaram o veto vindo da produção da Carcass e outros tantos elogiaram a atitude que freou a farra que tem se tornado comum por aqui.
LIVE EVIL - CATARATAS
Cataratas Underground Festival Country Clube – Foz do Iguaçu/PR 18 de outubro de 2008 Por Ricardo Russo Fotos: André CRC Luz e Luana Deman A cidade de Foz do Iguaçu/PR recebeu no último dia 18 de outubro um grande festival de de Heavy Metal: o “Cataratas Underground Festival (CUF)” que trouxe, além de seis bandas paranaenses, duas atrações internacionais. A primeira delas, os paraguaios do Ariman e a segunda – e tão aguardada na cidade – o primeiro vocalista da banda inglesa Iron Maiden, Paul Di’Anno. O local do evento foi o Country Clube, que possui uma excelente área, espaço mais que suficiente para abrigar um show de Rock de grande porte. A acústica do local era sensacional e o ambiente muito agradável. As portas se abriram às 18h e o que se via eram caravanas de pessoas de diversos lugares do sul do Brasil e também dos vizinhos Paraguai e Argentina, de onde veio também um representante da Pacheco Records, vendendo merchandising de várias bandas argentinas e de outros países.
LIVE EVIL - DESASTER LE
Por Heverton Souza Fotos: Eduardo Patrick Num período de pouco mais de dois meses nos deparamos com os shows das bandas Sodom, Dismember, Destruction, Mayhem, Desaster, Paradise Lost e Carcass, isto para citarmos somente aqueles de características mais extremas. A baixa que o dólar teve ajudou para que promotores pudessem trazer tais bandas, mas o público acaba num paradoxo. É de enorme alegria vê-las pisando em território nacional, mas tudo de uma vez acaba por ser um problema. Muitos fãs são obrigados a optar por um show ou outro por não terem condições de custear tudo o que gostariam de ver nesse espaço de tempo. No sábado, dia 25 de outubro, a coisa foi um pouco além. Desaster e Mayhem na capital paulista no mesmo dia e horário. Independentemente de condições financeiras, isso forçou a quem gostaria de ver as duas bandas, a conferir apenas uma. Ruim para público, bandas, promotores e, neste caso, pior para o lado do Desaster. Afinal, era terceira vez dos alemães aqui no Brasil, enquanto o Mayhem fazia sua primeira visita ao país tropical. Com isso, pouco menos de 300 pessoas, fãs fiéis mesmo, foram ao Clash Club na Barra Funda para ver o Desaster. Mas, garanto, não se arrependeram.
LIVE EVIL - JUDAS PRIEST
Por Ricardo Batalha Fotos: Ricardo Zupa Nesta nova passagem pelo Brasil, o grupo inglês Judas Priest não resumiu o show apenas na promoção do mais recente CD, o conceitual Nostradamus. Com um set list bem balanceado, Rob Halford (vocal), K.K. Downing e Glenn Tipton (guitarras), Ian Hill (baixo) e Scott Travis (bateria) conseguiram agradar aos fãs de variadas faixas etárias. “Acho o set list desta turnê fantástico! Nós tentamos cobrir as diversas fases e dar um apanhado geral de nossa carreira. E saibam: é difícil…”, declarou o vocalista Rob Halford. A turnê sul-americana se iniciou a 3 de novembro, em Bogotá (COL), onde o Priest se apresentou pela primeira vez. Segundo Halford, a receptividade foi espantosa: “Nunca vi nada igual ao que aconteceu por lá em toda minha vida! Os fãs eram tão insanos que até tivemos que ser escoltados pela polícia para sair do local após o show”.
LIVE EVIL - MAYHEM
Por Ricardo Russo Fotos: Ricardo Zupa Ao ser anunciado, o show da banda norueguesa Mayhem causou um verdadeiro impacto. Afinal, o verdadeiro ícone do Black Metal finalmente chegava com a “South America Fucking Armageddon Tour”, que contou com datas no Rio de Janeiro/RJ, Buenos Aires (ARG), Santiago (CHI), Lima (PER) e Quito (EQU). Em São Paulo, o evento foi realizado a 25 de outubro na casa Eazy, contando com as bandas de abertura Miasthenia, Nervochaos, Pentacrostic e Esgaroth. A formação que veio com o Mayhem apenas trouxe como membro original o baixista Necrobutcher, acompanhado do vocalista Atilla Csihar, o baterista Hellhammer e o guitarrista Morfeus (Dimension F3H/Limbonic Art), que se uniu recentemente.
LIVE EVIL - MOTLEY CRÜE
Por Luiz Carlos Vieira Fotos: Pepsi Music/Divulgação A rivalidade ente os dois maiores países da América do Sul não se resume ao futebol, e existe em muitos outros segmentos, inclusive na música. E por se tratar do primeiro país da América do Sul a conseguir trazer um dos maiores nomes do Hard Rock mundial, a Argentina leva vantagem. Havia anos que nós brasileiros, vínhamos ouvindo promessas sobre uma possível vinda do Motley Crüe ao Brasil, porém nunca saberemos ao certo quais foram os fatos que demoveram os promoters a trazê-los. Valor do cachê, falta de público? Resta a incógnita. Especulações à parte, argentinos, os muitos brasileiros que acorreram ao país vizinho e outros sul-americanos, presenciaram um ótimo show. Além do Motley Crüe, diversas bandas participaram do maior festival de música realizado anualmente na capital argentina, o “Pepsi Music”. Entre elas, The Cult, Stone Temple Pilots, cuja abertura ficou a cargo dos nossos amigos argentinos do Watchmen, banda que já esteve em São Paulo por duas vezes, inclusive abrindo o show para o norte-americano Ted Poley, no Manifesto Bar (infelizmente o “asado” combinado ficará para a próxima oportunidade).
LIVE EVIL - NIGHTWISH
Por Luiz Carlos Vieira Fotos: Ricardo Zupa A terceira passagem dos finlandeses do Nightwish em terras brasileiras foi certamente uma das mais aguardadas turnês da banda por aqui. Afora a elevadíssima expectativa gerada em torno da troca de vocalistas, esta também foi a mais extensa excursão feita pela banda no Brasil. Desta vez, todas as regiões do país foram contempladas e a “Brazilian Passion Play” passou por Curitiba/PR, São Paulo/SP, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Manaus/AM, Fortaleza/CE, Recife/PE, Vila Velha/ES e Rio de Janeiro/RJ, com apenas o show de Porto Alegre/RS sendo cancelado. Durante a turnê, o Nightwish teve grande exposição na mídia nacional, concedendo diversas entrevistas na televisão brasileira e sendo destaque nos jornais. E não só no âmbito musical, já que alguns integrantes chegaram mais cedo ao país e foram assistir à última corrida do campeonato de Fórmula 1, ocorrida no dia 2 de novembro no autódromo de Interlagos (SP). Além de terem presenciado a vitória do nosso conterrâneo Felipe Massa, disseram que o rival e atual campeão da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton, é fã da banda. Na capital paulista, ocorreram dois shows, realizados nos dias 7 e 8 de novembro na Via Funchal.
LIVE EVIL - PARADISE LOST
Por Heverton Souza Fotos: Ricardo Zupa Esta terceira vinda da banda inglesa Paradise Lost a São Paulo chegou a ser cancelada quando o baterista Jeff Singer anunciou sua saída. No entanto, para a alegria dos fãs, um músico substituto foi contratado – Mark Heron, da banda Oceansize – e o evento enfim foi realizado no dia 8 de novembro, no Inferno Club, em São Paulo (SP). Havia certa apreensão por parte de alguns fãs que conheciam esta casa localizada na rua Augusta, famosa na noite paulistana, pois o local era tido como de pequeno porte pelos headbangers para suportar o show do Paradise Lost. E tinham razão. Afora o espaço, vimos os costumeiros problemas como de ventilação e ar condicionado, bem conhecidos por quem freqüenta shows e eventos em alguns bares e casas noturnas de São Paulo. Para não passar mal como aconteceu com algumas pessoas, o negócio era beber muita água e tentar curtir os shows.
LIVE EVIL - SYMPHONY X
Por Ricardo Russo Fotos Ricardo Zupa Os norte-americanos do Symphony X deram início a turnê de seu mais recente lançamento, Paradise Lost, exatamente no Brasil, em 2007. Desde lá se seguiram centenas de datas ao longo do globo, tocando para públicos de diversas raças e etnias. Quem esteve presente naquele show de 2007 não esperava que a banda retornasse tão cedo à nossa pátria. Todavia, desde abril a Top Link Music anunciava esta turnê, mas desta vez o retorno ao Brasil no final do mês de outubro cobriria cidades como Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Paulo (SP). No show do dia 26 de outubro a banda de abertura escolhida foi o Mindflow, que vem divulgando seu mais novo álbum Destructive Device e que conseguiu angariar novos fãs naquela noite de domingo no Credicard Hall, em São Paulo. O line-up continua o mesmo, com Danilo Herbert no vocal, Rodrigo Hidalgo na guitarra, Ricardo Winandy no baixo, Miguel Spada nos teclados e Rafael Pensado na bateria (e que bateria, hein?!). Desde o lançamento anterior, Mind Over Body (2006), o Mindflow vem ganhando espaço com seu Prog Metal e apresentando boas composições, como Under A Alias e Destructive Device. Nada mais coerente para um evento como este…
POSTER - MEGADETH - RUST IN PEACE
O Álbum
RELEASES CDS
Nesta edição: AC/DC Anathema Beneath The Massacre Blackmores Night Chrome Division David Gilmour Distort El Soter Evergrey Keep Of Kalessin Metal Xmas Metalsteel Perpétuo Insigne Queen + Paul Rodgers Ross The Boss Sacrament Sinner Therion Tiamat Uriah Heep Warrel Dane
RELEASES DVDS
Nesta edição: Dokken Edu Garcia/Threat Exodus Gorgoroth Hammerfall
ROADIE COLLECTION - EXODUS
Por Jorge Krening O Thrash Metal a partir da segunda metade dos anos oitenta se tornou uma das vertentes mais populares do Heavy Metal. Muitos atribuem a criação do Thrash ao Metallica, só que muitos não sabem que o Exodus também pode ser considerado um dos pais da ‘criança’. Formado no ano de 1982 pelos jovens Kirk Hammett e Gary Holt (guitarras), Tom Hunting (bateria), Paul Baloff (vocal) e Geoff Andrews (baixo), o Exodus começou modestamente gravando algumas Demos. Logo em seguida Kirk deixou o grupo para se juntar ao Metallica. Para seu lugar foi recrutado Rick Hunolt, que formaria ao lado de Gary uma das mais afiadas e explosivas duplas da história do Thrash. Logo após a entrada do baixista Rob McKillop o Exodus assina com a gravadora Torrid Records para lançar o seu álbum de estréia. Bonded By Blood saiu em 1985 e rapidamente acabou se tornando um dos maiores clássicos do gênero. Tudo levava a crer que o Exodus se tornaria um dos mais bem-sucedidos grupos da sua geração, o que acabou não acontecendo. Precisou se passar vinte anos para o grupo receber o seu devido reconhecimento. Méritos de Gary Holt, que conseguiu manter vivo o legado desta que é uma verdadeira lenda do Thrash mundial…
ROADIE METAL COMICS
Por Luciano Cunha
ROADIE PROFILE - PAULO XISTO (SEPULTURA)
Por Ricardo Batalha
STAY HEAVY REPORT
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves Heavy Metal e tatuagem são assuntos que possuem muito mais coisas em comum do que podemos imaginar num primeiro momento. A começar pelo preconceito e pela paixão. Muito mais antiga do que o Heavy Metal, os primeiros registros de tatuagem datam do período entre 4000 e 2000 a.C., como forma de expressão da personalidade ou de pessoas de uma mesma comunidade tribal. Também se tatuava em rituais ligados à religião. Em 787 a igreja católica proibiu a tatuagem com o argumento de que era “coisa do demônio”, com a intenção de ocultar antigas culturas e costumes. A partir daí, passou-se a olhar cicatrizes, marcas e desenhos na pele com outros olhos, originando o preconceito que ainda existe nos dias de hoje, apesar de toda dismistificação do tema.
ROADIE NEWS
Principais notícias do mês.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |