Colaboraram Philippe Lageat e Morgan Rivalin É impressionante como uma banda que supostamente teria gravado o mesmo álbum mais de uma dúzia de vezes pode fazer tanta falta ao Rock N Roll. Paulatinamente, o AC/DC diminuiu o passo de seus lançamentos, porém, não perdeu a capacidade de atrair multidões…
Edição #120
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AC/DC
Por Thiago Sarkis, colaboraram Philippe Lageat e Morgan Rivalin É impressionante como uma banda que supostamente teria gravado o mesmo álbum mais de uma dúzia de vezes pode fazer tanta falta ao Rock N Roll. Paulatinamente, o AC/DC diminuiu o passo de seus lançamentos, porém, não perdeu a capacidade de atrair multidões. Nos anos setenta, o grupo que inicialmente gozava de sucesso somente em seu país de origem, a Austrália, conquistou o planeta gravando mais de um álbum a cada doze meses. Sucedendo a explosão dos clássicos Highway To Hell (1979) e Back In Black (1980), eles passaram a década de oitenta saindo de estúdio e caindo na estrada, saindo de estúdio e caindo na estrada; sem parar. Já em noventa, o quinteto, afetado para o bem e para o mal pelas conseqüências do êxito, da fama, e de um ritmo de trabalho acelerado, começou a dedicar mais tempo à família, reaparecendo de cinco em cinco anos. Após a turnê do criticado Stiff Upper Lip (2000), então, optaram quase que por uma completa reclusão. Não tanto no que se refere a Brian Johnson (vocal), Cliff Williams (baixo) e Phil Rudd (bateria), mas certamente no que tange a Angus Young (guitarra) e Malcolm Young (guitarra). O longo afastamento da cena parece ter-lhes feito bem, além de gerar um clamor poucas vezes visto com fãs sedentos por material inédito do conjunto australiano. O retorno não poderia ser mais adequado com um imponente álbum que chegou e estacionou imediatamente no topo das paradas de sucesso: Black Ice (2008). Ícones desta grandeza merecem algo especial e, assim, em parceria com os jornalistas franceses Philippe Lageat e Morgan Rivalin, preparamos um verdadeiro dossiê AC/DC com as participações de Angus Young, Mike Fraser, Joshua Marc Levy, Dave Evans, Tony Platt,,Larry van Kriedt e Ben Scott, filho do lendário vocalista Bon Scott.
AC/DC - MIKE FRASER
O fiel escudeiro do AC/DC Logo após finalizar a turnê de Blow Up Your Video (1988), o AC/DC buscou se acertar com um novo time e, se por um lado não se firmou com um produtor, por outro, ao menos encontrou amparo e estabilidade em um profissional que vem cuidando de suas mixagens desde The Razors Edge (1990): o engenheiro de som e mixer canadense Mike Fraser. Conhecido e premiado por registros ao lado de bandas como Metallica, The Cult e Aerosmith, ele deu segurança e apoio necessários para que Angus e Malcolm Young tocassem suas músicas sem maiores preocupações. A seguir, você confere o que esta célebre figura da indústria musical teve a nos dizer sobre Black Ice, o início de sua carreira e os equipamentos, produtores, ideais e métodos de trabalho do AC/DC.
AC/DC - JOSHUA MARC LEVY
Black Ice é um rock n roll dream Joshua Marc Levy tem razões suficientes para se orgulhar de seu trabalho. Designer gráfico empregado pela gravadora Sony BMG, ele assinou, em menos de um ano, as artes de Black Rain (2007) de Ozzy Osbourne, Skin Deep (2008) de Buddy Guy e Warpaint do The Black Crowes (2008). Apesar destas e de outras grandes realizações, a glória, para ele, veio mesmo com a oportunidade de coordenar tudo que vemos e folheamos no novo álbum de sua banda favorita, Black Ice do AC/DC. Segundo o nova-iorquino, é o que o tem feito viver um Rock N Roll Dream. Confira!
AC/DC - BEN SCOTT
O AC/DC era Bon Scott Por Thiago Sarkis Ronald Belford Scott, o Bon Scott, faleceu a 19 de fevereiro de 1980, aos 33 anos, seis meses após atingir o ápice de sua carreira com o lançamento de Highway To Hell. Enorme é a saudade dos fãs, e muitas são as lembranças contadas por seus amigos. Em meio a tudo isso, porém, alguém ficou para trás: Benjamin John, ou Ben Scott, filho de Bon que recentemente postulou o papel principal no filme de Eddie Martin que tratará da vida de seu pai. Conheça mais sobre ele na entrevista a seguir.
AC/DC - DAVE EVANS, TONY PLATT E LARRY VAN KRIEDT
Três faces da história do AC/DC Rock N Roll, som alto, estádios lotados, fãs devotados, centenas de milhares de dólares envolvidos e movimentados em cada show e disco, aposentadorias e fortunas garantidas para a banda e para mais uma ou duas gerações de familiares de seus membros. Em perspectiva restrita, podemos dizer que esta é uma bela imagem do que se tornou o AC/DC, especialmente pós-Back In Black, ainda, e provavelmente eternamente – levando-se em consideração a reviravolta provocada pela Internet e a venda de MP3 on-line – o segundo álbum mais vendido da história da música.
ALICE COOPER
Por Ricardo Campos Colaborou: Mitch Lafon Não é todo dia que temos a oportunidade de passar rigorosos quinze minutos conversando com uma lenda viva como Vincent Damon Furnier, conhecido mundialmente como Alice Cooper. Como o próprio colaborador desta matéria em certa ocasião comentou, Alice há tempos sobrepuja a definição de ‘rock star’ e é tão parte da cultura norte-americana quanto a torta de maçã ou aquelas tradicionais cercas brancas que rodeiam tantas casas naquele país… Mais do que isso, é parte da história da música mundial, um dos grandes influenciadores do Hard Rock e Metal e, principalmente, daqueles que trazem quaisquer aspectos sombrios e teatrais em sua música. E mesmo já tendo deixado para trás os quarenta anos de carreira Alice continua firme como uma rocha, excursionando e lançando novos álbuns. Estes são justamente os tópicos mais abordados nesta entrevista, que tem como foco o recém lançado Along Came A Spider, obra genial que, através da música, conta a história de Spider, um serial killer fictício com hábitos e comportamentos bem singulares. Mas as coisas vão muito além, e muitas delas só podemos perceber pelos olhos e palavras de Alice Cooper…
BEHEMOTH
Por Guilherme Spiazzi Qual fã de Heavy Metal ainda não ouviu falar do Behemoth? Este gigante do Metal Extremo polonês que surgiu no começo da década de 90, na grande e culturalmente rica cidade de Gdansk, vem conquistando todos os continentes, agregando fãs por toda a parte e cutucando os religiosos de plantão. As conquistas vêm gerando ótimos adendos, como contratos com fortes gravadoras no meio do Metal, um aumento expressivo nas vendas e no porte dos shows. A fórmula desse sucesso, que culminou com o lançamento de seu primeiro CD ao vivo, At The Arena Ov Aion – Live Apostasy (2008), é a mais simples de todas: honestidade e trabalho duro. O fundador e líder Adam “Nergal” Darski não mede esforços nem palavras, tampouco censura suas opiniões ou esconde suas idéias com relação a Deus, religião, credos, mitos e até mesmo artistas do meio que adotam uma postura imbecil diante dos fãs. Com idéias ásperas, uma língua afiada e uma postura séria, Nergal traz à tona tudo o que o Behemoth representa e planeja para o futuro.
BITTENCOURT PROJECT
Por Maurício Dehò Até aqui, Rafael Bittencourt sempre foi conhecido apenas como guitarrista do Angra. O que não é pouco, já que o seu comando aumentou muito com a segunda formação do grupo, culminando em Temple of Shadows, o álbum que mais mostrou sua cara como compositor e letrista. Mas só em 2008 que pudemos conhecer as múltiplas facetas deste músico de 37 anos. O Bittencourt Project traz Rafael como guitarrista e estreando de fato como vocalista, misturando Metal com uma aura de Classic Rock e influências das mais diversas que compõe sua personalidade. Como o título, Brainworms I, indica as músicas grudam na cabeça, e a qualidade do trabalho é das mais altas. Conversamos com Rafael, que falou de seu ousado projeto, seu início como vocalista e deu novidades sobre o Angra.
DEVENTTER
Por Antonio Carlos Monteiro Vem da cidade mineira de Borda da Mata o mais novo representante do Rock Progressivo brasileiro. Formado por Felipe Schäffer (vocais), André Marengo (guitarra), Danilo Pilla (guitarra), Caio Teixeira (percussão), Hugo Bertolaccini (teclados) e Leonardo Milani (baixo), o Deventter, apesar de criado em 2000, só no ano passado lançou seu primeiro disco, The 7th Dimension. Porém, de lá para cá a banda vem colecionando feitos, como a abertura para o Dream Theater em Belo Horizonte, uma saudada participação no “Roça ‘N’ Roll” deste ano e dividiram o palco com o Circle II Circle em Campinas (SP). Tudo isso vem rendendo grandes elogios a reconhecimento até internacional à banda, que já começa a trabalhar em seu segundo álbum.
EDU ARDANUY
Por Mauricio Dehò Para muitos, Edu Ardanuy é “o cara” quando se fala em guitarristas, fruto principalmente do seu trabalho com o Dr. Sin. Mas só no final de 2008 seus fãs tiveram a chance de ouvir um disco solo completo, com a velocidade, a técnica, o feeling e as várias influências de Ardanuy. Electric Nightmare traz um pouco de tudo que formou seu talento nas seis cordas, com Metal, Rock, Blues e até Jazz. Nesta entrevista, Edu nos conta tudo sobre a novela que virou fazer um disco solo, dá detalhes do trabalho e da carreira, além de desabafar sobre a atual cena.
KING BIRD
Por Antonio Carlos Monteiro O lançamento de Jaywalker, em 2005, chamou a atenção de todos: o King Bird era uma banda com uma proposta que, se não era inovadora (Classic Rock e Southern Rock), mostrava uma competência muito acima da média tanto na hora de escrever como no momento de executar suas belíssimas composições. Três anos intensos, com muitos shows, deram muita maturidade ao quarteto formado por João Luiz (vocal), Silvio Lopes (guitarra), Fábio César (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria). O resultado está no mais novo disco da banda, o brilhante Sunshine. Num papo descontraído, os quatro esmiuçaram todos os detalhes desse novo disco – concebido na base de muita inspiração e muita cerveja…
LÄÄZ ROCKIT
Por Ricardo Batalha Apesar de não ter figurado no primeiro escalão da cena do Thrash Metal da Bay Area, o Lääz Rockit foi parte ativa do movimento e conquistou uma quantidade considerável de fãs. Formado em 1982, o grupo lançou os álbuns City’s Gonna Burn (1984), No Stranger To Danger (1985), Know Your Enemy (1987), Annihilation Principle (1989) e Nothing’$ $acred (1991), além do ao vivo Taste Of Rebellion: Live In Citta (1992), encerrando as atividades no início dos anos 90. Em 2005, após um convite para tocar no festival holandês “Dynamo Open Air”, Michael Coons (vocal), Aaron Jellum e Phil Kettner (guitarras), Willy Lange (baixo) e Sky Harris (bateria, que substitui a Victor Agnello) retomaram à carreira e três anos depois lançaram o álbum de retorno, Left For Dead (2008), que vem obtendo boa receptividade. Na entrevista a seguir, Michael Coons conta mais sobre a nova fase…
MAGICIAN
Por Maurício Dehò Para quem está distante fica até difícil imaginar, mas o Sul do Brasil tem produzido Metal da mais alta qualidade. Apesar desta falta de comunicação, nomes como o Scelerata surgiram e outra boa banda que aparece vinda de Porto Alegre é o Magician. Apostando no Power Metal com histórias fantasiosas, como sugere o título do debut, Tales Of The Magician, eles debutam muito bem e têm tido destaque inclusive do outro lado do mundo, no mercado japonês. Com as mãos de Dirk Schlächter (Gamma Ray) e Arne Lakenmacher (engenheiro de som, Freedom Call, Primal Fear, Kreator) na pós-produção, eles trazem um som recheado de referências épicas e operísticas. Abaixo, o papo com Renato Osorio (guitarra) e Elizandro Max (baixo).
MÖTLEY CRÜE
Por Thiago Sarkis e J.L. Fernández Dentre as várias bandas clássicas do Rock que retornariam com discos de inéditas em 2008, o Mötley Crüe talvez tenha sido a menos comentada. Em termos de badalação, Metallica, AC/DC e Guns N Roses certamente estiveram à frente dos autores dos marcos oitentistas Shout At The Devil (1983), Girls, Girls, Girls (1987) e Dr. Feelgod (1989). Em boa parte, os famosos conflitos internos e a disputa judicial contra Carl Stubner, empresário de Tommy Lee (bateria), dividiram o grupo, e deixaram o baterista de um lado e Vince Neil (vocal), Mick Mars (guitarra) e Nikki Sixx (baixo) de outro, redundando em menos atenção para a música e mais motivos para polêmicas. O acordo entre as duas partes levou à retomada dos trabalhos no novo álbum, Saints Of Los Angeles (2008), imediatamente aclamado por fãs e imprensa, e sucedido por uma turnê grandiosa e explosiva que infelizmente veio à América do Sul, mas não chegou ao Brasil. Na entrevista a seguir, Nikki Sixx nos fala deste conjunto que, aparentemente, quietou o facho em termos pessoais e que, apesar de ainda explosivo, nitidamente amadureceu musical e profissionalmente.
SIX FEET UNDER
Por Ricardo Campos Já tendo ultrapassado os quinze anos de carreira, o grupo norte-americano de Death Metal Six Feet Under chega ao seu décimo álbum de estúdio, o novíssimo Death Rituals. Nele Chris Barnes (vocal), Steve Swanson (guitarra), Terry Butler (baixo) e Greg Gall (bateria) apresentam um trabalho direto, pesado e com groove, além de músicas com climas variados, que oscilam em tempo e intensidade. A temática segue a linha típica da banda, tendo como foco a morte e o lado sombrio do ser humano. Na entrevista a seguir, Chris Barnes nos conta tudo sobre este álbum e ainda explica a sua saída do Torture Killer.
SOILENT GREEN
Por Chris Alo Tradução: Antonio Carlos Monteiro Com seu mais novo disco, Inevitable Collapse In The Presence Of Conviction, o Soilent Green, grupo de Sludge/Grind criado no estado americano da Louisiana, prova que não abrandou em nada seu estilo. A despeito das atribulações enfrentadas ao longo do tempo – mortes de dois integrantes (o baixista Scott Williams foi achado morto em circunstâncias ainda não explicadas em 2004 e o ex-vocalista Glen Rambo foi uma das vítimas do furacão Katrina, em 2005), dois acidentes de van e problemas com gravadoras – o grupo parece ter literalmente vencido uma tempestade para criar o disco mais brutal de sua trajetória. O guitarrista Brian Patton falou com a gente com exclusividade sobre o novo disco, sobre o vídeo que a banda acaba de gravar e sobre a atual turnê.
SOULRIVER
Por Maurício Dehò Gosta de Candlemass? Se amarra nos sons de Jon Schaffer e o Iced Earth? E Nevermore? Se você acaba de responder com três sim, pode correr atrás do Soulriver pois não se arrependerá. Este quinteto de Campinas, formado por Andherson Nemer (vocal), Andreas Igorrr e Franz Souza (guitarras), André Rudge (baixo e vocal) e Vinnie Kemp (bateria), debuta após muito trabalho com The Dark Path Of The Fallen Souls (2008) e não decepciona, seja nas composições ou na produção. O som é uma mistura sem rótulo de Power, Thrash, Doom, em um disco cheio de climas sombrios que acabam entretendo o ouvinte do início ao fim. Conversamos com Andherson, mentor de grande parte das invenções dos paulistas.
BACKGROUND - CENTÚRIAS - PARTE FINAL
Por Ricardo Batalha Fase ‘Última Noite’ chega ao fim O Centúrias vinha numa crescente, sendo bem recebido nos shows de promoção do EP Última Noite (1986), mas quando chegou o momento de pensar no próximo passo, que naturalmente seria a gravação do primeiro ‘full lenght’, as coisas mudaram de figura. Seguidos problemas de falta de rendimento nos ensaios, composições que não fluíam e até mesmo mudança no gosto musical foram determinantes para uma nova e radical reformulação na formação. “Eu estava muito feliz e a banda estava indo muito bem, com possibilidade real de gravar um novo disco. Mas aí ferrou de vez. O Didi começou a ouvir Jeff Beck, Jazz e eu dizia para ele: ‘Também adoro, mas não tem nada a ver com o nosso som’. Para piorar, o Rubão também entrou na onda”, relata Paulão. “Acho que começamos a gostar de linhas distintas, o que gerou um pouco de insatisfação na composição das músicas. Eu gostava muito de coisas mais quebradas e queria mudar um pouco o som”, diz o guitarrista Adriano Giudice, que ao sair da banda nunca mais tocou profissionalmente. “Após o Centúrias resolvi tocar por algum tempo com músicos fazendo aquilo que gostávamos. Muita coisa instrumental com meus irmãos e o pessoal do Abutre, mas nada sério. Nada de show ao vivo. Depois, resolvi seguir pesado nos estudos de engenharia e trabalhar forte na área. Acho que o salário na indústria me encantou”, observa Didi, que hoje atua como consultor de negócios e tecnologia da informação. “Mas nunca parei de tocar guitarra… Nunca perdi a mão!”, enfatiza.
BACKSPAGE
Por Vitão Bonesso O ressurgimento do vinil, um pouco de nostalgia… Pouco mais de duas décadas atrás colecionadores e devotos fiéis dos discos de vinil foram sendo apresentados, mesmo que a força, para uma nova tecnologia de áudio. Alguma coisa que viria a ser conhecida como Compact Disc, e depois como CD, e que deixaria os adeptos mais ferrenhos dos bolachões com um sentimento de ultrapassado. Existia também um pressentimento de perda, já que a nova “onda” que estava por vir trazia consigo uma série de vantagens que colocavam os discos de vinil na relação dos objetos obsoletos e que estariam destinados a algum canto no porão ou sótão de casa. Diziam que os ameaçadores disquinhos eram a prova de risco, que o som ela infinitamente mais cristalino do que o disco de vinil, entre outras inúmeras vantagens.
BLIND EAR - H. OLLIVER TWISTED
Por Ricardo Batalha Fotos: Leandro de oliveira Vocalista H. Olliver Twisted (Reckless Love e ex-Crashdïet). Por Ricardo Batalha/Fotos: Leandro de Oliveira “Mas que grande escolha! Coincidentemente o The Spaghetti Incident? foi o primeiro CD que comprei na vida! Sou jovem (risos). E não só isso, pois justamente esta música que estou ouvindo foi uma das que eu mais curti desse disco, que é o cover do New York Dolls. Gosto das guitarras deste álbum e da sonoridade no geral. (R.C.: Pensei que você ia falar alguma coisa sobre o vocal) Ah, sim, sobre Axl Rose
Bem, ele é o cara! (risos)”. Guns N’ Roses – Human Being The Spaghetti Incident?
CLASSICOVER - HIM
WICKED GAME Por Ricardo Campos Original: Banda – Chris Isaak Álbum – Heart Shaped World (1989) Cover: Banda – HIM Álbuns – 666 Ways To Love: Prologue (EP, 1996), Greatest Love Songs Vol. 666 (1997) e Razorblade Romance (1999) A ligação entre os finlandeses HIM e a música Wicked Game, maior hit do norte-americano Chris Isaak, teve início logo nos primórdios da banda, durou anos e foi responsável por grande parte do sucesso inicial obtido. O cantor Chris Isaak estreou em 1984 com o lançamento do álbum Silvertone e logo já desenvolveu uma forte ligação com o famoso diretor hollywoodiano David Lynch, que levou duas faixas daquele registro, Gone Ridin’ e Livin’ For Your Love, para a trilha sonora do filme que se tornaria um futuro cult, “Blue Velvet” (1986 – “Veludo Azul”, em português).
CLASSICIZAR
Por Ricardo Batalha 1979 – RIOT – NARITA Algumas bandas que surgiram no final dos anos 70 e meados da década de 80 tinham tudo para vingar e figurar em um posto bem mais alto do que acabar com status de cult. Afora os tradicionais ingleses da New Wave Of British Heavy Metal, vários grupos de outros países servem de exemplo, como Picture (Holanda), Anvil (Canadá), Trust (França), Rose Tattoo (Austrália), Heavy Load (Suécia), Baron Rojo (Espanha), OZ (Finlândia), Crossfire (Bélgica), entre muitos outros. 1989 – KING DIAMOND – CONSPIRACY Conspiracy dá seqüência à história contada no álbum Them (1988), um conto sobre contatos espirituais e a comunicação de familiares vivos e mortos. A fértil imaginação de King Diamond deu resultado, mas apesar do forte e atraente contexto lírico, que certamente poderia render um filme – maior sonho do vocalista e compositor – a música contida em Conspiracy falou mais alto. O grupo, que à quela altura contava com Andy LaRocque e Pete Blakk (guitarras) e Hal Patino (baixo), conseguiu criar músicas fortes o bastante para falarem por si. Talvez o maior exemplo seja a segunda faixa, Sleepless Night, que se tornou um grande clássico e teve um videoclipe indo ao ar à exaustão na TV.
EDITORIAL
2009: Entrada com o pé direito Foram vários anos de espera, mas valeu muito a pena! Já existia até um sentimento de conformismo com a demora de um novo trabalho do AC/DC, mas o impacto causado com o álbum Black Ice mostrou que eles estão em plena forma, emplacando um volume de vendas inimaginável para os dias atuais, alcançando quase um milhão de cópias só nos Estados Unidos, e isso apenas na primeira semana do lançamento. E nada mais animador que começarmos o ano de 2009 com uma matéria de capa com o AC/DC, uma das maiores atrações do mundo, os criadores de uma vasta obra que inclui um dos discos mais vendidos da história da música, Back In Black (1980), com quase 50 milhões de cópias no mercado. Mas nossa matéria não se resume a apenas uma entrevista, é muito mais que isso, pois são dez páginas de muita informação, com todo material desenvolvido por nosso Redator Chefe, Thiago Sarkis, que contou parcialmente com as importantes colaborações de Philippe Lageat e Morgan Rivalin. Além da conversa com Angus Young, trazemos a palavra de Mike Fraser, um dos mais conceituados profissionais na área de técnica de gravação, falando de seu trabalho com o AC/DC. Tem também as impressões do artista gráfico Joshua Marc Levy, autor da capa de Black Ice. E para fechar o assunto, revelações de Ben Scott (que é filho do inesquecível Bon Scott), dos ex-integrantes da banda Dave Evans e Larry van Kriedt, e também do produtor Tony Platt. Pois é, daria até para ter feito uma edição especial dedicada ao AC/DC… Bom, e que venha 2009, pois o último trimestre de 2008 fechou o ano com acontecimentos que vão deixar marcas profundas em muita gente. Se não bastasse a gigantesca crise da economia mundial que eclodiu em outubro – com reflexo inevitável na situação do Brasil e na condição de vida dos brasileiros – tivemos ainda várias regiões do país atingidas por desastres provocados por intensas chuvas que destruíram propriedades rurais e bairros inteiros em cidades de Minas Gerais e outros estados, mas, principalmente, em Santa Catarina. No caso dos acontecimentos de Santa Catarina todo o país acompanhou as notícias com apreensão por semanas seguidas, mas também viu com alívio as manifestações de solidariedade e com admiração a bravura do povo catarinense para superar o drama no qual estavam todos envolvidos. Estivemos em contato com amigos e parceiros que vivem na região e atuam na área musical, principalmente músicos de Rock/Heavy Metal e promotores de eventos, e tivemos a certeza de que o que aconteceu não vai diminuir a força deste estado. No cenário específico da música pesada, foi mantida a realização de festivais, como o “IV Orquídea Rock Festival”, realizado nos dias 12, 13 e 14 de dezembro último na cidade de Lages, e cuja resenha publicaremos na próxima edição. Fica aqui um recado aos headbangers que forem viajar neste verão: visitem Santa Catariana, pois seus pontos turísticos continuam maravilhosos e podem ter certeza que encontrarão onde curtir muito som de qualidade para quem gosta de Rock/Metal. Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - KEITH MOON
KEITH MOON * 23/08/1946 + 07/09/1978 Por Antonio Carlos Monteiro “Lento nas matérias que se referem a arte; idiota nas demais”. Lá no final dos anos 50, essa foi a encorajadora frase dita por uma professora de arte quando Keith John Moon, nascido em Londres em 23 de agosto de 1946, era ainda um pré-adolescente. Hiperativo e dispersivo, Keith tomou bomba em onze matérias e acabou largando mão da escola aos 15 anos, quando resolveu virar músico – habilidade, aliás, incentivada por um outro professor com um pouco mais de sensibilidade. Keith começou a tocar bateria aos 14 anos e um dos motivos por desenvolver um estilo, digamos, tão efusivo de tocar foi o fato de seu professor no instrumento ser conhecido como um dos bateristas mais barulhentos da época, Carlo Little, que chegou a fazer parte de uma formação embrionária dos Rolling Stones. Já o aspecto performático Moon sempre disse ter sido inspirado em Gene Krupa.
GARAGE DEMOS
Envie material completo (CD-Demo com CAPA, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” CAIXA POSTAL 43015 CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP Nesta edição: Don Capone Facinora Hugin Munin Madhouser MFC Moretools Nerun Statik Majik Tenebrys Vox Mortem Zaubertrank
HIDDEN TRACKS - SLAUGHTER
HIDDEN TRACKS-Por Guilherme Spiazzi SLAUGHTER Origem: Canadá Época: Anos 80/90 Estilo: Death/Thrash Metal Formação Clássica: Terry Sadler (baixo e vocal), Dave Hewson (guitarra e vocal) e Ron Sumner (bateria) Discografia: Strappado (1987), Not Dead Yet/Paranormal (2001), Fuck Off Death (2004) e Tortured Souls (2007) Site relacionado: www.myspace.com/slaughtercanada Quem mata com brutalidade e requintes de crueldade seria a básica tradução da palavra de origem inglesa Slaughter. Pois eis que havia uma banda norte-americana de Hard Rock/Glam justamente com esse nome e é desnecessário dizer que muitas pessoas achavam que não condizia com som dos roqueiros da Califórnia. Na ocasião, três caras da região de Toronto (CAN) tinham a mesma opinião e, em agosto de 1984, formaram seu próprio grupo e o batizaram devidamente de Slaughter. Terry Sadler (vocal e baixo), Dave Hewson (vocal e guitarra) e Ron Sumner (bateria) trouxeram uma combinação extrema e brutal de Death e Thrash Metal, temperados com
LIVE EVIL - THE HAUNTED - ACHERON E GRAVE
THE HAUNTED Hangar 110 – São Paulo/SP 30 de novembro de 2008 Por Heverton Souza Fotos: Ricardo Zupa A primeira visita da banda sueca The Haunted ao Brasil foi quase que uma surpresa para muitos headbangers, especialmente porque o show teve uma fraquíssima divulgação e, provavelmente, há pessoas que só saberão agora que o grupo passou pelo Brasil. Não entendo a razão para um produtor investir na vinda de uma banda internacional se não divulga ao público local que haverá tal show. Assim, cerca de 200 pessoas estavam presentes no domingo, 30 de novembro, no Hangar 110 para conferir o evento. Isto acaba sendo prejudicial aos produtores, aos fãs (já que alguns acabaram sem ver a banda por não saber do show) e à própria banda, que tanto já deve ter ouvido falar bem do Brasil e acabou surpreendida com um público aquém do merecido. ACHERON / GRAVE Bar Opinião – Porto Alegre/RS 14 de dezembro de 2008 Por Jorge Krening Fotos: Gisele Rathmann Bastante reverenciado no circuito underground nacional e internacional, é bom lembrar que o Grave é um dos grupos mais antigos da cena sueca de Death Metal. Quando surgiu no fim dos anos oitenta, serviu como fonte de inspiração para inúmeros grupos, muito deles acabariam constituindo a elite do então chamado Metal Extremo, entre alguns podemos citar o nosso grande Krisiun. Parece que apesar do histórico e da sua importância, hoje em dia o grupo não chega nem perto da popularidade que gozava nos anos noventa e muito menos desperta o interesse da nova geração, pelo menos em se tratando de Brasil. Nem mesmo a presença dos americanos do Acheron salvou a turnê sul-americana dos suecos do total fracasso.
LIVE EVIL - QUEEN + PAUL RODGERS
Por Carlo Antico Fotos: Ricardo Zupa Não tendo passado por aqui na turnê de reunião e sendo uma banda com grandes memórias de suas duas passagens pelo Brasil – em 1981 no Morumbi (SP) e em 1985 no “Rock In Rio 1” – dessa vez o Queen não nos deixou de fora e veio se apresentar por aqui nos dias 19 e 20 de novembro, no Via Funchal em São Paulo e no dia 22 no ATL Hall, no Rio de Janeiro. O fato de o show ser em um lugar fechado deixou tudo muito especial, principalmente pela possibilidade de ver a banda bem de perto e do som estar muito bom. Contudo, isso elevou muito o preço dos ingressos (a ‘Pista Vip’ custava 800 reais!) e afastou muita gente. E mais uma vez deve ser dito: as vendas de ingresso para eventos no Brasil são uma vergonha. Quem chegava próximo ao Via Funchal, nas duas noites, encontrava cambistas vendendo ingressos muito abaixo do preço das bilheterias. Como isso pode acontecer uma coisa dessas?
MELHORES DO ANO - 2008
Melhores do ano segundo a equipe da Roadie Crew
RELEASES CDS
Nesta Edição: Communic Darkthrone Denim And Leather Destruction Driver Enslaved Europe Gemini Five Guns N’roses Jeff Scott Soto Jimi Jamison Joe Lynn Turner Keldian Kiss Louren Harris Madame Saatan Metal Church Midnattsol Nazareth Randy Pipers Animal Scars Siebenbürgen Six Feet Under Soturnus The 69 Eyes TNT Tygers Of Pan Tang Uli Jon Roth Witchfinder General Yngwie Malmsteen
RELEASES DVDS
Nesta edição: Genesis Ratt Therion The Who Steve Miller Band
ROADIE COLLECTION - GAMMA RAY
Por Ricardo Campos Certa vez, no início dos anos 90, um amigo que não era tão ligado à cena Metal veio até mim e perguntou se eu já tinha ouvido falar do Gamma Ray, que “era a banda com o som mais trabalhado do mundo”. É claro que não é bem assim. Existem nomes que já executavam algo bem mais complexo e expliquei isso para ele na ocasião, mas a mensagem é clara e ilustra o tanto que a variedade, criatividade e técnica desses alemães foram e até hoje são reconhecidas. E também não poderia ser diferente, já que o principal cérebro do Gamma Ray é o brilhante Kai Hansen (vocalista e guitarrista, ex-Helloween e Iron Savior), que além de grande músico é um dos principais compositores da história do Heavy Metal alemão e mundial. Nestas duas décadas de atividades com o Gamma Ray, Kai sempre teve grandes músicos ao seu lado, que souberam adicionar personalidade às composições, o que acabou criando distintas “fases” para a banda. Ao longo desta seção são destacados os principais registros do Gamma Ray e cada um deles traz um texto explicando as características principais das composições, assim como relacionando as formações do grupo que Kai trazia consigo em cada uma das gravações. Vamos lá! Site: www.gammaray.org
ROADIE NEWS
Principais notícias do mês
ROADIE PROFILE - HUGO MARIUTTI
Por Ricardo Batalha Hugo Mariutti (Andre Matos, Remove Silence, Henceforth, ex-Shaman).
POSTER
Calendádio 2008
STAY HEAVY REPORT
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves Você tem medo de voar de avião? Grande parte das pessoas tem medo de voar, mesmo sabendo que a probabilidade de morrer de acidente de carro é muito maior – somente 1 em um milhão de pessoas morre de acidente de avião. Mas há uma diferença entre o medo de voar e aquele medo desproporcional chamado fobia, que significa “temor ou aversão exagerada a situações, objetos, animais ou lugares”. A fobia é um medo paralisante que limita a vida da pessoa e, por não conseguir enfrentar o medo, prefere evitar a situação que o provoca, como voar.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |