fbpx

Edição #124

R$29,00

O Deep Purple é uma das bandas de Rock mais populares do mundo e também uma das que está há mais tempo na estrada…

Em estoque

DEEP PURPLE – IAN GILLAN

Por Claudio Vicentin

40 ANOS DE HISTÓRIA E AINDA ENTRETENDO OS FÃS DO HARD E CLASSIC ROCK

O Deep Purple é uma das bandas de Rock mais populares do mundo e também uma das que está há mais tempo na estrada. Uma verdadeira instituição inglesa! Independentemente daquilo que o grupo criado em 1968 gravou com a primeira formação e com as outras após a saída de Gillan e Glover, foi o time com Jon Lord (teclado), Ritchie Blackmore (guitarra), Roger Glover (baixo), Ian Gillan (vocal) e Ian Paice (bateria) – foto – que realmente fez seu nome despontar, mostrando ao mundo o que podemos chamar de Hard Rock com muito peso e volume. Após tantas idas e vindas, mudanças e sucesso mundo afora, o Purple ainda sobrevive e hoje se faz presente muito mais através das constantes turnês do que dos álbuns mais recentes. Ian Gillan, uma das maiores vozes do Rock, nos atendeu para mostrar sua visão sobre alguns pontos na longa carreira do Deep Purple e para falar também de seu mais novo álbum solo.

BLUE ÖYSTER CULT

Por Antonio Carlos Monteiro

O CULTO AINDA VIVE

Acho que todo mundo já notou: o Rock’n’Roll não é mais criança. Hoje são mais do que comuns os rockeiros com mais de seis décadas de vida e bandas que resistem há pelo menos 40 anos na ativa. Ao lado de medalhões que unem essas duas características, está uma banda bastante cultuada mas que, para muitos, jamais alcançou a fama que merecia. Apesar de seu início oficial remontar a 1971, foi a partir de 1967 que, com o nome de Soft White Underbelly, o grupo americano começou a fazer seus primeiros shows. De lá para cá, o BÖC cravou seu nome na história do Rock e, apesar de não lançar um disco de inéditas desde 2001, quando saiu Curse Of The Hidden Mirror, o grupo continua fazendo seus shows e divertindo não apenas seus antigos fãs, mas conquistando novos admiradores. Num papo franco e descontraído, o sessentão Eric Bloom, guitarrista do Blue Öyster Cult, falou sobre a história da banda, sobre os efeitos da tecnologia sobre a música atual e, é claro, sobre os inesquecíveis anos 70.

BUDGIE

Por Steven Rosen

AS ORIGENS DO HEAVY METAL

Tradução: Antonio Carlos Monteiro, O Budgie estava lá, no começo de tudo, fazendo sua música pesada e dando os primeiros passos naquilo que convencionamos chamar de Heavy Metal. Nascido em Cardiff, no País de Gales, em 1967 com o nome de Hills Contemporary Grass, o grupo foi levado pela primeira vez a um estúdio através das mãos do à época jovem produtor Rodger Bain, quando já havia passado a se chamar Budgie. Quem deu início a tudo foi o baixista e vocalista Burke Shelley, que chamou o guitarrista Tony Bourge e o batera Ray Phillips para darem vida à sua visão de como deveria ser o Rock pesado. Hoje, quase quatro décadas depois, Burke ainda está à frente da banda (que tem Craig Goldy na guitarra e Steve Williams na bateria), que continua se apresentando pela Europa e esporadicamente lança seus discos – seu último álbum é You’re All Living in Cuckooland, de 2006. O disco, como sempre acontece, traz aqueles temas bem peculiares que Burke se tornou conhecido por criar, pequenas peças que mostram sua visão pessoal e nem sempre normal a respeito do mundo e da gente que o habita. Nessa conversa, Burke fala sobre o novo disco, as turnês e sobre o que significa ser um considerado um dos criadores de um estilo musical.

DEEP PURPLE - GLENN HUGHES

Por Claudio Vicentin

AS AVENTURAS CONSTANTES DE UMA LENDA DO ROCK

O baixista e vocalista Glenn Hughes tem uma vida na música como poucos. Não é à toa que nem ele acredita que está há mais de quarenta anos criando música e excursionando pelo mundo. Da banda Trapeze para o Deep Purple e de lá para uma infinidade de projetos e para uma carreira solo que, quanto mais o tempo passa, melhor fica, Glenn Hughes se mantém cativando a todos não somente com suas músicas, mas igualmente pela sua voz inconfundível e poderosa. O que ele fez na música Burn resume tudo. Seus graves são seguros e seus agudos, sem limites. O apelido “The Voice Of Rock” não é um mero adjetivo.

DEEP PURPLE - JOE LYNN TURNER

Por Ricardo Batalha

SOLTANDO O VERBO

O incansável Joe Lynn Turner faz parte da seleta lista de artistas que contam com uma grande quantidade de seguidores, mas que despertam aversão de tantos outros – no caso, os fãs mais ardorosos do Deep Purple e do Rainbow. Controvérsias à parte, Turner segue firme com seus diversos projetos, sendo o revival do Rainbow o mais importante atualmente. Tal fato aumentou ainda mais a repugnância dos radicais, que sentem prazer em externar sua repulsa em relação ao vocalista norte-americano. Sem papas na língua, Turner falou sobre esta nova fase com o Over The Rainbow, o tempo no Deep Purple, o trabalho com Glenn Hughes, além de curiosidades e várias alfinetadas. Resultado: sobrou pra todo mundo!

GRAND FUNK RAILROAD

Por Vários

UMA BANDA AMERICANA

Don Brewer, baterista do Grand Funk Railroad, toca na banda criada em Flint, no Michigan, há quarenta anos. Eles surgiram numa época em que também apareceram Led Zeppelin, Black Sabbath e várias outras bandas dos primórdios do Heavy Metal. Como se não bastasse, ainda podem se orgulhar de ser um dos primeiros grupos dessa cena a vir dos Estados Unidos. No momento, Don está em turnê com uma versão bem diferente do Grand Funk, que não conta mais com o guitarrista Mark Farner, que preferiu seguir carreira solo. Assim, junto com o baterista estão Bruce Kulick (guitarra), Tim Cashion (teclados e backing vocals) e Max Carl (vocal), além do baixista original Mel Schacher. Nesta conversa exclusiva, Brewer fala sobre o atual momento da banda, as turnês, a coletânea que está para sair e o legado do Grand Funk Railroad.

JOHN LAWTON

Por Antonio Carlos Monteiro

DÉCADAS DE ESTRADA

Mais conhecido por sua passagem pelo Uriah Heep, no qual substituiu ninguém menos que David Byron, o vocalista John Lawton, no entanto, é dono de uma vasta e rica carreira ao longo de mais de 40 anos de música. Dentre seus inúmeros trabalhos destacam-se sua passagem pelo grupo alemão Lucifer’s Friend e projetos como Hensley Lawton Band, Lawton Dunning Project e o recente On The Rocks, do qual também fazem parte o guitarrista Jan Dumée (Focus) e três músicos brasileiros. Em fevereiro, Lawton esteve pela primeira vez no Brasil para alguns shows, nos quais mostrou, além de muito talento, simpatia e energia inigualáveis. A Roadie Crew aproveitou para bater um papo revelador com Lawton, no qual, entre outras coisas, ele lembrou os tempos de Uriah Heep e contou como quase substituiu Ian Gillan no Deep Purple.

NAZARETH

Por Ricardo Campos

O SEGREDO DA LONGEVIDADE

O Nazareth é, sem dúvida, um dos principais filhos da Escócia quando se fala de música. É praticamente impossível encontrar alguém que, independentemente da idade ou da preferência musical, não conheça a bela Love Hurts; ou fãs de Rock que não se empolguem ao falar de álbuns como Razamanaz (1973) ou Hair Of The Dog (1975). Mas a coisa vai muito além disso e a prova incontestável é o recente The Newz (2008), álbum que mostrou Dan McCafferty (vocal), Lee Agnew (bateria), Jimmy Murrison (guitarra) e Pete Agnew (baixo) – foto – e inspirados, motivados e cheios de gás. Sempre muito simpático, atencioso e com o seu inconfundível e acentuado sotaque escocês, Dan nos proporciona nesta entrevista uma análise aprofundada acerca do atual registro, ao mesmo tempo em que revela interessantes detalhes da carreira do Nazareth e expõe um ponto de vista franco sobre o que é ser uma banda de Classic Rock nos dias de hoje.

PATRULHA DO ESPAÇO

Por Antonio Carlos Monteiro

A NAVE AINDA VOA

Hoje em dia, tudo está relativamente mais fácil. Quem quer montar uma banda de Rock, seja de que estilo for, tem tudo à disposição: equipamentos, informações, professores, métodos, partituras, estúdios etc. Mesmo assim, provavelmente todos os músicos de bandas underground que estejam lendo isso agora estão desfilando um elenco de dificultadores que só servem pra complicara a vida de quem pretende viver de Rock por aqui. Então, imagine como eram as coisas nos anos 70, sem informação, sem conhecimento, sem Internet? Pois foi naquela época que a Arnaldo Dias Baptista, recém saído dos Mutantes, criou a banda Arnaldo e a Patrulha do Espaço. Não demorou e Arnaldo foi voar em outros ares, deixando o comando da Patrulha para Rolando Castello Júnior, batera de longa trajetória no Rock Brasil. De lá para cá, ele conduz a nave com o cuidado que um pai dedica a seu filho e, a despeito de todas as atribulações, completa nada menos que 30 anos à frente da banda. As alegrias, as tristezas, os sonhos que ainda existem, as mágoas, Júnior falou de tudo nessa conversa. É para ler e refletir.

THIN LIZZY

Por Ricardo Campos

PASSADO E PRESENTE SE ENCONTRAM

Não é todo dia que um jornalista tem a oportunidade de conversar com uma figura do peso do guitarrista Scott Gorham, talvez o integrante mais importante e constante na história do Thin Lizzy depois do saudoso vocalista e baixista Phil Lynott. São muitos os assuntos a serem abordados num limite de tempo que mal daria para o começo… Sendo assim, nada melhor do que trabalhar em cima de opções que cobririam o máximo possível de assuntos. A primeira, algo que tornou tudo bem interessante, é o recém lançado Still Dangerous, álbum ao vivo que traz à tona gravações restauradas da época do clássico Live And Dangerous. O paralelo entre ambos seria no mínimo bacana. Feito. Mas o papo com Scott foi além e pudemos adentrar em detalhes e controvérsias da atual formação da banda, que ele leva ao lado de John Sykes (vocal e guitarra), Francesco DiCosmo (baixo) e Tommy Aldridge (bateria), além de temas como a importância da lendária dupla que formou com o guitarrista Brian Robertson, o “Robbo”, a experiência ao lado de Gary Moore, a carreira com o 21 Guns, suas participações em outras bandas e, é claro, a trágica morte de Phil, que deixou tantos tristes “órfãos” ao redor do mundo.

TRIUMPH

Por Ricardo Batalha

TÍMIDO RETORNO

A empolgação dos fãs em ver o Triumph de volta à ativa começou com a confirmação do trio canadense no cast do “Sweden Rock Festival 2008”, que acabou se tornando o primeiro show da formação original – Gil Moore (vocal e bateria), Mike Levine (baixo e teclado) e Rik Emmett (vocal e guitarra) – em quase vinte anos. A boa fase foi confirmada quando a Canadian Academy Of Recording Arts And Sciences (CARAS) incluiu o grupo no Canadian Music Hall Of Fame, em cerimônia realizada a 6 de abril de 2008, no Pengrowth Saddledome, em Calgary/Alberta. “O Triumph ajudou a definir o Rock de Arena como o conhecemos hoje em dia – eles sabiam verdadeiramente como proporcionar uma experiência espetacular aos fãs”, disse à época Melanie Berry, presidente da CARAS. Tudo vinha correndo bem mas, embora tivessem externado para o público a vontade de realizar uma turnê mundial, o grupo decidiu não mais fazer shows em 2009. Segundo Levine, a decisão foi tomada por causa da crise econômica mundial. Desta forma, o aguardado retorno de um dos maiores nomes da música canadense se resumiu a algumas apresentações.

URIAH HEEP

Por Ricardo Batalha

“NÃO PODEMOS RETROCEDER, TEMOS QUE OLHAR PARA A FRENTE”

A banda inglesa Uriah Heep entrou o ano de 2009 com números impressionantes: são 40 anos de estrada, 21 álbuns de estúdio, 13 discos ao vivo, 13 coletâneas e 27 singles. O grupo, que atualmente conta com Mick Box (guitarra e vocal), Bernie Shaw (vocal), Trevor Bolder (baixo e vocal), Phil Lanzon (teclado e vocal) e Russell Gilbrook (bateria e vocal), vem trabalhando na promoção do mais recente lançamento, Wake The Sleeper, CD de inéditas que saiu dez anos após Sonic Origami. Ao contrário do início de carreira, quando foi duramente atacado pela imprensa, o Heep agora goza de grande prestígio. Embora animado com as marcas significativas e esbanjando bom humor, Mick Box não faz muito alarde, preferindo se concentrar no presente e olhar para o futuro. Na entrevista a seguir, Box – único membro fundador do Heep na ativa e que em junho completará 62 anos de idade – fala sobre o momento atual e conta diversas passagens de sua longa carreira.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Clássico não tem idade

A geração de artistas nascida no período entre os anos de 1935 a 1945, e que viveu a fase de adolescência ou da juventude na segunda metade dos anos 50 e início dos anos 60, mudaram não só o conceito e a definição de música popular, mas provocou a maior revolução cultural e comportamental da história do ser humano. Sem qualquer sombra de dúvida os Beatles são a maior expressão desse movimento que mudou a cara, e a cabeça, do mundo. É por causa do que essa geração construiu que hoje é possível vermos crianças que adoram músicas que foram gravadas quando nem mesmo seus pais haviam nascido – o que comprova a foto onde meninos e meninas aparecem com as pinturas dos personagens do Kiss – com pais e filhos presentes ao show da banda na turnê de celebra os 35 anos do lançamento do álbum Alive!. A evolução natural continuou e, em decorrência dos fabulosos anos dourados, no final dos anos 60 começaram a surgir os grupos que acrescentaram mais peso e agressividade ao Rock. Consta em registros históricos que o Deep Purple teve sua formação significativamente reformulada quando seus principais componentes na época – Jon Lord, Ian Paice e Ritchie Blackmore – ouviram o primeiro álbum do Led Zeppelin, e então trouxeram Ian Gillan e Roger Glover para mudar tudo no som que faziam. O Uriah Heep passou a seguir os passos do Deep Purple através do vocalista David Byron, que viu de perto os primeiros ensaios de Gillan e Glover com o Purple. Consta também que os riffs de Led Zeppelin e Jeff Beck Group inspiraram e deram origem a algo ainda mais pesado com Black Sabbath e o Budgie. Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath passaram a assumir papel de maior destaque, formando assim a santíssima trindade da música pesada, e foram eles que realmente definiram o que viria a ser o Heavy Metal e o Hard Rock. No mês de aniversário da Roadie Crew homenageamos vários dos monstros sagrados dedicando a edição ao Classic Rock em geral, e ao Deep Purple em especial, ao trazermos a banda na matéria de capa. Entrevistamos diversos membros de diferentes fases do grupo, que continua em plena atividade produzindo álbuns e realizando turnês constantemente pelo mundo. Ainda para provocar em nossos leitores aquela vontade de vasculhar a coleção de discos – que muitos ainda preservam desde o tempo dos preciosos “LPs” – estão incluídas entrevistas com Uriah Heep, John Lawton, Nazareth, Thin Lizzy, Grand Funk Railroad, Blue Öyster Cult, Triumph e Budgie, além das seções totalmente voltadas para o som que não envelhece nunca. Para manter a tradição de respeitar e valorizar o produto nacional, trazemos a entrevista com Rolando Castello Junior, da Patrulha do Espaço, banda originalmente criada pelo eterno e sagrado “Mutante” Arnaldo Dias Baptista. As seções também seguem o padrão de homenagem ao que é clássico, incluindo os “Live Evil” com as coberturas dos shows dos “vintage” Motörhead, Kiss e as brasileiras Os Incríveis e Casa das Máquinas. O Rock brazuca ainda está no “Blind Ear” com Oswaldo Vecchione do Made in Brazil e no “Profile” com Tony Babalu. Como diz todo jogador de futebol nas infalíveis entrevistas falando sobre os grandes jogos: CLÁSSICO É CLÁSSICO, e esta edição está repleta deles. Airton Diniz

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

CAPAS CLÁSSICAS E SUAS HISTÓRIAS (Parte 1)

Já que a edição de maio da Roadie Crew é dedicada aos clássicos, por que não darmos uma investigada naqueles envelopes de papelão que traziam os saudosos bolachões dentro? É claro que existem centenas de capas que mereciam estar aqui, mas o espaço me obrigou a selecionar apenas algumas e suas histórias pitorescas. Até meados dos anos 60, as capas dos discos não traziam nada que pudesse ser considerado um atrativo a mais, somente informando os dados básicos e mostrando uma foto do artista – sequer as letras tinham vez nessas edições. Capas duplas? Foram os Beatles que começaram a dar um toque mais cuidadoso nelas, mostrando que a capa poderia fazer parte da obra que embalava, procurando a cada novo lançamento incrementar com fotos e sim, capa dupla, como viria a acontecer com Beatles For Sale, lançado em 1964. Entretanto, essas capas ainda eram produzidas de forma simples e, na maioria dos casos, com forte interferência das gravadoras, que sempre davam a palavra final no que deveria chegar às lojas.

BACKGROUND - KISS PARTE IV

Por Carlo Antico

Os excessos

Apesar das boas vendas e da quantidade de dinheiro entrando, a turnê do álbum Dynasty (1979) foi um desastre. Em apenas dois meses, a revista Billboard noticiou que o Kiss havia gasto 2,2 milhões de dólares só para montar o show. Fora isso, havia outros gastos como um guarda-costas para cada integrante, os ternos que os quatro exigiam, quatro limusines (uma para cada um) disponíveis 24 horas por dia em todas as cidades visitadas, as contas de danos causados aos quartos de Ace Frehley e Peter Criss e os gastos de Ace com seu suprimento de champanhe Don Perignon, que chegavam a mil dólares por semana. Além disso, todos os hotéis tinham o “quarto da festa”, que era onde aconteciam verdadeiros bacanais. Porém, Gene Simmons e Paul Stanley apenas passavam por lá para escolher uma garota e levar para seu próprio quarto. Peter e Ace, além das garotas, se acabavam no álcool, na maconha e na cocaína. Garotas eram o único vício de Gene e Paul (ainda que este último, ocasionalmente, bebesse uma taça de vinho), com uma diferença: para Gene, qualquer mulher era mulher, não importando muito se era bonita ou feia, gorda ou magra, jovem ou velha. Paul, no entanto, escolhia apenas as melhores. Muitas vezes, achava que não encontraria groupies bonitas, então mandava buscar garotas em Los Angeles, Nova York, Chicago ou Denver. Uma limusine pegava a menina em sua cidade e a levava até o aeroporto. Ela ia de primeira classe até a cidade do show, onde outra limusine a esperava. Dali, ela ia se encontrar com Paul. Tudo pago por ele, que inclusive chegou a cogitar comprar um avião particular só para isso! Porém, ainda assim, as contas de Gene e Paul não chegavam nem perto das de Ace e Peter. Assim, os dois exigiram que o guitarrista e o baterista pagassem por suas estripulias com seu próprio dinheiro e não com o da banda. A economia foi de milhares de dólares por mês.

BLIND EAR - OSWALDO VECCHIONE

Por Antonio Carlos Monteiro

Oswaldo Vecchione, um dos fundadores da banda Made In Brazil.

“Legal isso! (R.C.: Escute mais um pouco). Já escutei isso, sim. É O Bando do Velho Jack? (R.C.: Oswaldo pega a capa). Discão esse! O Bosco (baterista da banda) tocou quase três anos com a gente. E tem o Rodrigo (Tozzette) que, pra mim, é um dos melhores vocalistas de cover do Brasil. Eu adoro essa banda! (R.C.: Oswaldo lê o nome do disco). Podia ser “como ser feliz gozando o porco!” (muitos risos). (N.R.: Nem precisa dizer, Oswaldo é corintiano)”. O Bando do Velho Jack – Como Ser Feliz Ganhando Pouco Como Ser Feliz Ganhando Pouco

CLASSICOVER - YOU REALLY GOT ME

Por Bento Araújo

YOU REALLY GOT ME

Original: The Kinks

Álbum: The Kinks (1964)

Cover: Van Halen

Álbum: Van Halen (1978)

Um detalhe muito discutido no ramo musical é o marco zero do Heavy Metal. Blue Cheer, Led Zeppelin, Iron Butterfly, Vanilla Fudge, Budgie, a letra de Born To Be Wild e o primeiro disco do Black Sabbath são os mais votados para abocanhar essa honra homérica. Porém, no longínquo ano de 1964, muito antes de todos esses, Dave Davies, o guitarrista dos Kinks, executou um riff que não só se tornou o marco zero do Metal, como também do Punk Rock e do som pesado em geral. Depois de dois pífios singles, fracassados comercialmente, os Kinks estavam na marca do pênalti: se não provassem seu potencial comercial com o terceiro single, seriam sumariamente dispensados de sua gravadora, a Pye Records.

CLASSICREW

Por Vários

1979

CHEAP TRICK – AT BUDOKAN

Bento Araújo

“Fomos para o Japão no rabo do avião e voltamos de primeira classe”. É assim que o guitarrista Rick Nielsen resumiu a meteórica ascensão de sua banda na terra do sol nascente…

UFO – STRANGERS IN THE NIGHT

Bento Araújo

Coroando uma exímia sequência de álbuns de estúdio de 1974 a 78 – Phenomenon, Force It, No Heavy Petting, Lights Out e Obsession – os britânicos do UFO provaram que poderiam encerrar a década de 70 como um dos maiores nomes do som pesado mundial. Isso ficava claro com a chegada de Strangers In The Night nas lojas.

1989 WHITESNAKE – SLIP OF THE TONGUE

Ricardo Campos

Quando escrevi sobre o álbum 1987 para esta mesma seção, terminei dizendo que dali para frente era “outra história”. Pois bem, ela é retomada justamente aqui, bem no ponto que diz que a formação David Coverdale (vocal), Adrian Vandenberg (guitarra, ex-Teaser e Vandenberg), Vivian Campbell (guitarra, ex-Dio, Sweet Savage e futuro Def Leppard), Tommy Aldridge (bateria, Ozzy Osbourne, Black Oak Arkansas, Pat Travers, Thin Lizzy e outros) e Rudy Sarzo (baixo, Ozzy Osbourne, Quiet Riot e outros) entrara em turnê para o álbum – e no final de 1988 a banda já estava sem Campbell. ALICE COOPER – TRASH

Antonio Carlos Monteiro

Depois de fazer estrondoso sucesso na década de 80 com aquela banda espetacular – que chegou inclusive a vir ao Brasil –, Alice Cooper assumiu de vez sua carreira solo a partir do álbum Welcome To My Nightmare, lançado em 1975 e que repetiu os resultados dos discos antecessores. A partir daí, porém, cada vez mais mergulhado na bebida, sua veia criativa foi minguando até culminar numa fase que fica entre o “experimental” e o “tosco”, mesmo, com discos desiguais e pouco inspirados, a exemplo de Dada e Zipper Catches Skin. Já recuperado, a partir de 86, com uma orientação mais Heavy Metal, Alice começou a retomar a velha forma, mas foi em 89 que ele deu definitivamente a volta por cima com Trash. A impressão que deu é que metade do Rock mundial resolveu se unir para dar uma força para o amigo, já que a relação de convidados é quase interminável: Steven Tyler, Joe Perry, Tom Hamilton, Joey Kramer, Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Kip Winger e Steve Lukather são apenas alguns nomes da imensa lista de participações especiais.

ETERNAL IDOLS - MEL GALLEY

Por Bento Araújo

08/03/1948 – 01/07/2008

“Depois que minha doença foi divulgada, recebi mensagens do mundo inteiro, inclusive de amigos com quem não falava há muitos anos. Honestamente, não imaginava que tantas pessoas ainda se lembravam de meu trabalho e apenas sinto não poder tocar todos os shows que havia planejado para este ano. Agradeço a todos pelo apoio ao longo de tantos anos. Vocês são a música, eu apenas estava numa banda.” Foi assim que o guitarrista Mel Galley terminou uma emocionante nota, publicada em sua página no MySpace. Foi no início dessa mesma nota que Galley comunicou ao mundo que estava diagnosticado com um avançado câncer de esôfago e que se encontrava em estado terminal: “Os médicos já diagnosticaram minha condição como terminal, porém, em vez de ficar sentado me lamentando, quero usar da melhor maneira possível o tempo que me resta ao lado de minha família e de meus amigos. Fui abençoado com uma esposa fantástica e dois filhos dos quais me orgulho muito, por isso, no momento, meu grande objetivo é conseguir celebrar meu aniversário de 60 anos em março. Tive uma vida muito boa, viajei o mundo inteiro, tive experiências maravilhosas, encontrei todo o tipo de gente e toquei com os melhores músicos. Quando comecei, nos anos 60, jamais imaginei que poderia chegar tão longe. Não esquecerei experiências como tocar para 100 mil pessoas em Dallas (Texas) num mesmo festival com Rolling Stones, Eagles e Montrose, em 1975. Também foi inesquecível o ‘Monsters Of Rock’ (Inglaterra) de 1983, quando eu estava no Whitesnake. São tantos tesouros em minha vida que seria impossível lembrar de todos.”

HIDDEN TRACKS - CAPTAIN BEYOND

Por Vitão Bonesso

Origem: Estados Unidos

Época: Anos 70

Estilo: Hard Rock

Formação clássica: Rod Evans (vocal), Bobby Caldwell (bateria), Larry “Rhino” Reinhardt (guitarra) e Lee Dorman (baixo)

Discografia: Captain Beyond (1972), Sufficiently Breathless (1973) e Dawn Explosion (1977)

Site relacionado: www.myspace.com/captianbeyond

Uma superbanda, que infelizmente produziu muito pouco. Até hoje é difícil entender como quatro talentos “conseguiram” tão pouco numa época em que a mistura dos estilos revelava a cada dia grandes bandas. O Captain Beyond é uma dessas que merecia um lugar ao sol – e, mesmo sendo originário do estado da Flórida (EUA), onde o sol raia praticamente o ano todo, não chegou a desfrutar desse privilégio. O Captain Beyond teve início no fracasso de seu futuro vocalista, o inglês Rod Evans, que entre 1968 e 1969 fez parte da primeira formação do Deep Purple, com o qual gravou três discos, Shades Of Deep Purple (1968), The Book Of Taliesyn (1968) e Deep Purple (1969). No primeiro semestre de 1969, Evans e o então baixista do Purple, Nick Simper, foram dispensados da banda.

LIVE EVIL - OPETH

Por Vários

DILÚVIO HIBORIANO

Por: Frans Dourado

Fotos: Ricardo Zupa

A vinda do Opeth ao Brasil pareceu algo improvável por muitos anos, mas o interesse pela música desses suecos cresceu de uma maneira considerável em todo o mundo, o que viabilizou essa turnê latino-americana. Mais uma vez, a única parada da banda em nossa terra se deu em São Paulo, o que fez com que caravanas de todo o Brasil se dirigissem à capital paulista no último dia 5 de abril. Para o desespero de muitos que aguardavam a hora de entrar no Santana Hall, uma tempestade digna dos contos de Robert E. Howard, criador da Era Hiboriana, o pano de fundo para as histórias fantásticas de Conan, O Cimério, desabou sobre a cidade e fez com que todos enfrentassem a ansiedade pelo show com as roupas encharcadas. A tempestade, inclusive, fez com que goteiras atingissem o palco e dessem um ar pitoresco à apresentação do Sr. Mikael Åkerfeldt, vocalista e guitarrista do Opeth, que vestia uma camisa do clássico bárbaro. O temporal que castigou a cidade atrapalhou, também, a chegada de muitas pessoas que enfrentaram alagamentos na Zona Norte (região onde fica o Santana Hall), fazendo com que as cercanias da casa se tornassem intransitáveis em vários trechos. A tarefa de abrir a apresentação ficou a cargo do Of The Archaengel,

LIVE EVIL - KISS

Por Vários

I (STILL) LOVE IT LOUD!

Por:Ricardo Batalha

Fotos: Ricardo Zupa

Diversão e entretenimento. O que há muito vem sendo perdido em um cenário carrancudo, melancólico e agressivo, o Kiss consegue tirar de letra. Em sua quarta passagem pelo território brasileiro, o grupo norte-americano trouxe a turnê “Alive 35” e comprovou que sua magia ainda encanta os antigos fãs e também consegue cativar os mais jovens. Em São Paulo, a grande festa para cerca de 35 mil pessoas ocorreu na terça-feira, 7 de abril, na Arena Anhembi, localizada na zona Norte da cidade. A abertura do evento ficou a cargo do Dr. Sin, que coincidentemente à época do álbum de covers Listen To The Doctors (2005) iniciava seus shows com um ‘medley’ do Kiss.

LIVE EVIL - MOTÖRHEAD

Por Vários

“OVER THE TOP, BASTARDS!”

Por: Frans Dourado

Fotos: Ricardo Zupa

A sétima visita do Motörhead ao Brasil reservou aos fãs brasileiros algumas belas surpresas. A primeira foi perceber, logo de cara, que o Via Funchal estava próximo de alcançar sua lotação máxima. ‘Motörheadbangers’ veteranos e neófitos aguardavam com ansiedade a entrada no palco de Ian “Lemmy” Kilminster, um senhor de 63 anos que alcançou com méritos a condição de entidade imortal do Rock’n’Roll. Coube ao Baranga aquecer o público com seu Rock’n’Roll sujo, sacana e de pegada fenomenal. Os paulistanos subiram ao palco às 22h com uma performance que empolgou a plateia. E foi com muito orgulho que vimos o batera Paulão Thomaz descer o braço e realizar o sonho de abrir o show da sua banda de cabeceira. O trio britânico Motörhead subiu ao palco por volta das 23h30

LIVE EVIL - OS INCRÍVEIS - CASA DAS MÁQUINAS

Por Vários

Os Incríveis – Casa Das Máquinas

Bourbon Street – São Paulo/SP 02 de abril 2009

Por: Michel Camporeze Téer e Vera Mendes

Fotos: Fausto Oliveira e Alessandra Oliveira

O Bourbon Street, casa noturna paulistana inspirada nos bares da cidade estadunidense de Nova Orleans, recebeu no último dia 2 de abril duas grandes bandas que marcaram a história do Rock brasileiro: Os Incríveis e Casa das Máquinas. A noite quente daquela quinta-feira ainda reservava um momento especial já que, além das apresentações, Netinho, o lendário baterista que participou ativamente desses dois conjuntos, estava lançando o primeiro registro de sua história musical e vivências pessoais em um livro intitulado “Netinho, Minha História Ao Lado Das Baquetas”. No livro, temos toda a história do jovem nascido em Itariri, cidade praieira com o sugestivo nome indígena que significa Pedra (‘ita’) que Rola (‘riri’),

RELEASES CDS

Por Vários

Heaven & Hell

Exodus

Revolution Renaissance

My Dying Bride

Manilla Road

Absu

Ansata

Lazarius A.D.

Ian Gillan

Made in Brazil

Agoraphobic Nosebleed

Elenever

Bahimiron

Van Canto

Brutal Truth

Pestilense

Elexorien

Empty Grace

Great White

Dark Empire

Halcyon Way

The Other Side

RELEASES DVDS

Por Vários

TheBeatles

Nevermore

Stormenta

l LynyrdSkynyrd

John Fogerty

ROADIE COLLECTION – RAINBOW

Por Vitão Bonesso

Rainbow

Black Sheep Of The Family, uma composição da banda Quatermass, foi o estopim para que o guitarrista Ritchie Blackmore resolvesse deixar o Deep Purple. Com a chegada do vocalista David Coverdale e do baixista e também vocalista Glenn Hughes no final de 1973, Blackmore percebeu que havia perdido um certo controle na direção musical da banda, que aos poucos foi adicionando elementos de música negra, uma grande influência de Glenn Hughes. Ao sugerir uma versão de Black Sheep Of The Family para o novo álbum que estava sendo preparado, Stormbringer, Ritchie Blackmore ouviu um sonoro não de seus companheiros. A partir dali, o guitarrista começou a traçar seu futuro fora do Deep Purple. Ritchie criaria uma nova banda que levaria seu nome, como uma espécie de identificação de quem estava à frente dela, adicionando o nome de um clube inglês que frequentava na adolescência, o Rainbow. Com exceção do guitarrista, todos eram integrantes do ELF: o vocalista Ronnie James Dio, o baterista Gary Driscoll, o baixista Craig Gruber e o tecladista Mickey Lee Soule. Essa primeira encarnação do Rainbow sequer pisou num palco e seria uma das várias formações na história da banda.

ROADIE PROFILE – TONY BABALU

Por Antonio Carlos Monteiro

(Made in Brazil e Quarto Crescente)

POSTER - BLACK SABBATH (BORN AGAIN)

Por Vários

Black Sabbath (Born Again)

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
Fechar
Fechar