Chickenfoot: tudo bem, o nome remete aos tempos dos hippies, mas trata-se de uma banda novíssima, composta por ninguém menos que dois ex-Van Halen, o vocalista Sammy Hagar e o baixista Michael Anthony, o baterista do Red Hot Chili Peppers Chad Smith e o herói da guitarra Joe Satriani…
Edição #126
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CHICKENFOOT
SIM, UM SUPERGRUPO!
Chickenfoot: tudo bem, o nome remete aos tempos dos hippies, mas trata-se de uma banda novíssima, composta por ninguém menos que dois ex-Van Halen, o vocalista Sammy Hagar e o baixista Michael Anthony, o baterista do Red Hot Chili Peppers Chad Smith e o herói da guitarra Joe Satriani. O supergrupo acabou de lançar um disco autointitulado e já começa a colecionar elogios na mídia e uma legião de fãs. Muitos estão se questionando se o quarteto vai de fato seguir uma trajetória ou se em breve cada um vai voltar a cuidar de seus projetos pessoais, mas Michael Anthony se apressa em dizer que se trata de uma banda de verdade e não uma forma que os quatro encontraram para matar o tempo livre. Na noite anterior a esta entrevista, o Chickenfoot havia feito um show com casa lotada no Roxy Club, em Hollywood/CA (EUA). Dentre os convidados, gente ilustre como Brian May e Roger Taylor do Queen, Steve Lukather e Steve Vai. E tanto esses famosos como os fãs comuns que se acotovelaram no lugar puderam presenciar um show repleto de energia, com um repertório tocado com garra e muita técnica. No momento, o baixista está absolutamente empolgado com sua nova banda, o que deixou claro nessa conversa, pontuada por muitas risadas e comentários entusiasmados.
AEROSMITH
APOSENTADORIA? NEM PENSAR!
Brad Whitford não aparece tanto na imprensa como seu parceiro de seis cordas no Aerosmith, Joe Perry, mas isso não significa que não seja importante para o grupo. São dele, por exemplo, os solos de alguns clássicos do quinteto, como Back In The Saddle, Home Tonight, You See Me Crying e Last Child, entre muitos outros. Ele é formado na afamada escola de música de Berklee e uniu à técnica lá aprendida uma forma crua de tocar, sempre repleta de feeling. Além disso, sabe muito a respeito de vocalização e é responsável por acordes dissonantes e texturas que ajudam a criar o som único do Aerosmith. No momento, a banda está com o produtor Brendan O’Brien trabalhando em seu 15º disco de estúdio, o que não a impede de cair na estrada – a próxima turnê será em conjunto com ninguém menos que o ZZ Top e já há datas marcadas de junho até setembro (N.T.: a entrevista foi realizada em maio). Num raro intervalo na agenda sempre lotada da banda, falamos com Brad. O guitarrista, como sempre, fala de forma suave e pausada, além de se mostrar muito gentil e divertido. Assim, começamos com um comentário feito por ele há nada menos que trinta anos.
BLAZE BAYLEY
INDESTRUTÍVEL
Eis aqui um exemplo vivo de superação. O britânico Blaze Bayley começou a ganhar certa notoriedade nos anos 80, mas foi apenas na década seguinte que se tornou conhecido mundialmente ao ser escolhido entre centenas de candidatos para a grande responsabilidade de substituir Bruce Dickinson como vocalista do Iron Maiden. Nunca sequer chegou perto de ser uma unanimidade junto aos fãs e críticos, fato. Foi lá e fez o que sabia – e bem –, mas era grande demais a diferença entre seu timbre mais grave de voz e o agudo e rasgado de seu antecessor. Cinco anos de Maiden, um período de conquistas imensas para Blaze, mas também de muitas decepções. Superou-as e começou em 1999 uma trajetória solitária na banda que levava o seu primeiro nome. Lançou grandes registros, mas sempre teve problemas para conseguir um line-up estável e, somado a isso, tudo ficou pior quando os “negócios” começaram a ir mal. Em 2007, quando a coisa estava pra lá de complicada, bons ventos começaram a soprar. Blaze, com o auxílio irrestrito de sua esposa Debbie Hartland, se juntou aos músicos Nico Bermudez (guitarra), Jay Walsh (guitarra), David Bermudez (baixo) e Lawrence Paterson (bateria), mudou o nome da banda para “Blaze Bayley” e encontrou grande inspiração para trabalhar em um novo álbum de estúdio, The Man Who Would Not Die. Então veio um novo e horrível golpe, quando na véspera do lançamento do álbum Debbie foi levada em estado crítico ao hospital e passado algum tempo veio a falecer. Óbvio que Blaze ficou sem chão, pois além de perder a mulher que tanto amava também se despedia da sua principal fonte de energia e motivação profissional. Novamente se reergueu e agora divulga o álbum e o DVD/CD ao vivo The Night That Will Not Die, tendo como grande meta a maior proximidade ao fã – quem acompanhou a turnê feita no início deste ano pelo Brasil sabe do que estou falando! Nesta entrevista, Blaze nos conta tudo do atual momento que vive, dos shows no Brasil e de como está sendo doloroso mostrar, mais uma vez, que é indestrutível.
CANDLEMASS
NOVA FASE CONSOLIDADA
Três anos atrás, quando ocorreu mais uma saída do ‘frontman’ Messiah Marcolin, muitos acreditaram que o declínio do grupo sueco Candlemass seria inevitável. No entanto, a banda não só conseguiu substituí-lo à altura com a chegada de Robert Lowe, conhecido por seu trabalho junto ao Solitude Aeturnus, como vem lançando álbuns regularmente e mantendo a reputação de ser um dos maiores nomes do Doom Metal mundial. O baixista, compositor e líder Leif Edling dá mais detalhes desta nova fase e fala do mais recente trabalho, Death Magic Doom.
CANNIBAL CORPSE
METAL NAS PARADAS DE SUCESSO
Movido a capas de discos com imagens repugnantes, letras sangrentas e música veloz e furiosa, o Cannibal Corpse talvez possa ser considerado um dos grupos de Death Metal mais extremos da história. Mas isso não quer dizer que seus integrantes não sejam sujeitos simpáticos, porque eles são. E muito bem sucedidos, também. Seu mais recente disco, Evisceration Plague, levou a banda ao 66º posto da Billboard, a posição mais alta que já conseguiram na parada americana, e o single tirado do álbum foi um dos campeões de vendas mundiais na semana de seu lançamento. Depois de iniciar o ano com mais uma bem sucedida turnê pela Europa, o vocalista George “Corpsegrinder” Fischer conversou com exclusividade com a Roadie Crew e falou sobre a tour, sobre o novo disco e sobre música em geral.
ENSLAVED
PROGRESSIVO SEM PERDER A FEROCIDADE
O Enslaved já estava lá no início dos anos 90, lançando seus álbuns e fazendo parte da cena Black Metal norueguesa. Muitos dizem ainda que eles são os fundadores do estilo Viking Metal. Mas foi somente a partir do álbum Isa, lançado em 2004, que o grupo começou a despontar para o mundo e receber criticas muito positivas. A sequência, com os álbuns Ruun e Vertebrae, ambos lançados no Brasil pela Somber Music, fez do Enslaved uma grande sensação na cena e o consolidou de vez mundo afora. Conversamos com o guitarrista e fundador Ivar Bjørnson, que hoje pode ser considerado o líder de uma das bandas mais interessantes da atualidade.
EPICUREAN
CONSTRUINDO O CAMINHO
Talvez você já tenha ouvido a palavra epicurismo em alguma aula de filosofia ou talvez em algum documentário sobre a rica cultura da Grécia antiga. O epicurismo deriva das ideias e pensamentos do filósofo Epicuro, que dizia que para o homem ser feliz ele precisa de apenas três coisas: amizade, liberdade e tempo para meditar. Agora, pense bem e diga se encontrou algum paralelo entre essa ideia e a razão pela qual muitas bandas existem hoje? Da amizade entre o baterista John Gensmer e o vocalista John Laramy surgiu o Epicurean no ano de 2004 na cidade de Mineápolis (EUA). Completam o time o baixista Eli Pete, o tecladista Jared Schneider e os novos guitarristas Chris Feener e Dustin Korth. Com um lançamento no mercado e várias turnês pelos Estados Unidos, o sexteto busca o reconhecimento e almeja ultrapassar as fronteiras do seu país. Foi durante a passagem deles por Massachusetts ao lado do Kreator e Exodus que conversamos com Gensmer e Laramy sobre seus planos e sobre o desafio de ser uma banda melódica na terra do Tio Sam.
GRAHAM BONNET
UMA LENDA DO ROCK
Graham Bonnet. Quando ouvimos esse nome, logo o relacionamos à voz do álbum Down To Earth (1979), do Rainbow, ou ao Alcatrazz, banda americana que nos anos 80 teve como guitarristas ninguém menos que Yngwie Malmsteen, Steve Vai e Danny Johnsson. Só com isso já dá para medirmos o tamanho da importância desse excepcional cantor britânico que completará 62 anos de idade no próximo mês de dezembro. Fazendo um balanço de sua carreira atualmente e olhando para trás em direção a seus anos de maior fama, nos deparamos com nomes como Bee Gees, Electric Light Orchestra, Hawkwind, Black Sabbath, Chris Impellitteri, Michael Schenker e muitos outros, além de interessantes histórias. Nesta entrevista Graham nos conta muitas das suas experiências ao longo dessas mais de quatro décadas de atividades e ainda fala sobre sua expectativa para a primeira visita ao Brasil, que acontece nesse mês de julho.
HIBRIA
CONQUISTANDO NOVOS TERRITÓRIOS
Após o sucesso do primeiro disco, Defying The Rules (2004), os gaúchos da Hibria acabaram de lançar seu novo trabalho pela Voice Music, The Skull Collectors, que elevará ainda mais o nome da banda pelo mundo. Enquanto você lê esta entrevista, Diego Kasper (guitarra), Marco Panichi (baixo), Iuri Sanson (vocal), Abel Camargo (guitarra) e Eduardo Baldo (bateria) – foto – já terão tocado na Ásia – incluindo dois shows no Japão (19 e 20 de maio) – e também no Canadá. O guitarrista Abel nos deu detalhes sobre a carreira da banda desde o início até os dias de hoje, falando inclusive da experiência que tiveram na turnê realizada na Europa há cerca de dez anos.
IN FLAMES
NOVO ÁLBUM SÓ EM 2011
Numa carreira em constante ascensão, os suecos do In Flames lançaram em 2008 seu mais recente álbum, A Sense Of Purpose. Desde então, banda tem excursionado constantemente e no último mês de fevereiro estrearam em solo brasileiro, na cidade de São Paulo, após tantos anos de espera. O vocalista Anders Fridén nos conta as impressões da banda a respeito deste primeiro contato com o público daqui e explica a situação do guitarrista Jesper Strömblad, que se encontra em reabilitação devido ao abuso de bebidas alcoólicas e acabou sendo substituído em várias datas da turnê por Niclas Engelin (que integrou a banda no passado). Ainda sobrou tempo para falamos sobre o single Delight And Angers e sobre um novo álbum de estúdio.
JEFF SCOTT SOTO
“NUNCA ME DISSERAM POR QUE FUI MANDADO EMBORA DO JOURNEY”
Jeff Scott Soto já virou figurinha fácil aqui no Brasil. Desde 2002, seus shows se tornaram constantes por aqui e sua ligação com nosso país chegou ao ponto de haver hoje dois músicos brasileiros em sua banda de apoio. Porém, o eclético vocalista protagonizou, há dois anos, um dos episódios mais bizarros da história recente do Rock: após ser anunciado como novo vocalista do Journey, em 2006, um ano depois Jeff foi dispensado, segundo ele, sem maiores explicações por parte da banda. Recolhendo os cacos, o vocalista se dedicou a partir de então a finalizar o disco solo que vinha produzindo, Beautiful Mess, lançado no início do ano. O disco já rendeu uma aclamada turnê pela Europa, durante a qual foi registrado o show do dia 18 de abril, em Madri (ESP), para um futuro lançamento em DVD. E foi em meio aos preparativos para mais uma passagem de Jeff por aqui que aproveitamos para conversar com ele. Ele falou sobre sua ligação com o Brasil e sobre o novo disco, além de não se incomodar em comentar abertamente sua saída do Journey.
MASTODON
“NÃO SOMOS UMA BANDA DE HEAVY METAL”
Em Crack The Skye, quarto disco do Mastodon, o guitarrista Bill Kelliher parece ter aberto mão dos licks em favor de músicas mais estruturadas. Ainda permanece intacto o estilo próprio que Bill e seu parceiro de seis cordas, Brent Hinds, forjaram para a banda, mas fica bem evidente que dessa vez as guitarras estão ali sobretudo para escorar as canções. Nesta entrevista, Kelliher fala sobre essa característica do álbum, sobre as perspectivas da banda, sobre seu estilo de tocar e até sobre o mundo de uma forma geral.
SEPULTURA
25 ANOS DE PORRADA
São 25 anos de estrada, 11 discos lançados, a merecida honra de ser a primeira banda de Heavy Metal brasileira a conquistar o exterior e algumas polêmicas em meio a tudo isso. Mesmo que você não tivesse visto o título e as fotos nesta página, só com essas informações não ficaria difícil saber que estamos falando do Sepultura, ainda hoje o primeiro nome a ser lembrado quando se fala em Heavy Metal feito no Brasil. A banda está ingressando numa nova fase na carreira, já que lançou o primeiro disco sem o baterista Iggor Cavalera, que saiu em 2006 e foi substituído por Jean Dolabella. Em A-Lex, lançado no princípio do ano, Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo), Derrick Green (vocal) e Jean se deram a difícil missão de interpretar musicalmente a obra “Laranja Mecânica”, livro escrito em 1962 por Anthony Burgess (e que teve uma versão cinematográfica avassaladora em 1971, assinada por Stanley Kubrick) e que narra uma história em que a violência é a linguagem utilizada para que vários temas sejam apresentados. Com o lançamento do álbum, a banda voltou para a estrada e já começa a comemorar 25 anos de trajetória. Procuramos Andreas e Jean para falar sobre esses e muitos outros assuntos – inclusive a nova banda de Iggor e Max Cavalera, o Cavalera Conspiracy.
WACKEN METAL BATTLE BRASIL 2009 FINAL
Fotos: Cesar Castro
O underground carioca foi o cenário da grande festa do Metal nacional no dia 24 de maio quando, pela primeira vez, a final do “Wacken Metal Battle Brasil 2009” se realizou na cidade do Rio de Janeiro. Os bangers cariocas, como bons anfitriões, compareceram em peso para fazer o evento ainda mais marcante. A produção ficou a cargo da “Tríade de Aço”, formada por três equipes (Rio Metal Works, FullMetal e Fashion Produções) já conhecidas por trazer ao público eventos da maior qualidade e também por batalhar pelo crescimento da cena Metal da cidade.
Desde cedo, o público se concentrava nas imediações da casa de shows Século XXI, em Campo Grande (bairro da zona oeste), misturando-se ao pessoal de outros estados que veio para apoiar suas bandas favoritas. E a disputa seria acirrada, considerando a alta qualidade das onze finalistas. Desnecessário dizer que esta ou aquela banda é boa, pois o fato é que todas o são e mereceram estar na final nacional – só o fato de estarem ali já demonstra a que vieram. O corpo de jurados, presidido por Airton Diniz (editor da Roadie Crew) e composto por músicos, jornalistas e produtores, tinha pela frente uma dura missão.
BACKGROUND - KISS PARTE FINAL
Revenge
A notícia da morte de Eric Carr foi devastadora para os membros do Kiss, como lembra Paul Stanley: “Eu estava tirando uma semana de folga no Havaí e recebi a ligação no meio da noite. Acho que não preciso falar muito sobre o quão grande foi o choque. Eu nem gosto de comentar muito esse assunto.”Como um novo álbum estava sendo gravado, em dezembro de 1991 o Kiss simplesmente efetivou quem já estava substituindo Eric Carr como baterista oficial: Eric Singer.
Eric Singer
Eric Doyle Mensinger nasceu no dia 12 de maio de 1958, em Cleveland, no estado de Ohio/EUA. A música sempre esteve presente em sua vida, já que seu pai tocava sax tenor e era líder de uma big band nos anos 40 e 50, enquanto sua mãe foi cantora de musicais.
Eric começou a tocar bateria aos onze anos de idade e aos treze passou a integrar a banda de seu pai, um austríaco sempre foi muito exigente e disciplinador. Isso o incomodou quando garoto, mas provou ser muito útil depois.
BACKSPAGE
SENHORES, CADÊ A COMPOSTURA?… TRAPALHADAS E CONFUSÕES (Parte 1)
Picuinhas em geral, ciúmes, inveja e vingança, entre outros sentimentos pouco recomendáveis, sempre fizeram parte do meio musical, independentemente do estilo. Geralmente, na ânsia da corrida pelo estrelato, jovens cometem certos exageros, chegando a soltar farpas desnecessárias em direção aos seus concorrentes mais próximos. Tudo bem, tudo tem sua época e erros fazem parte da vida de todo ser humano. Porém, tudo tem limite. Com o passar dos anos, muitos desafetos são resolvidos com os famosos “Poxa, como fui infantil, que besteiras eu disse…” e tudo fica bem. Mas ultimamente o que mais me intriga é que senhores que, com certeza, já passaram por todas essas fases da vida e têm experiência bastante para evitar cometer os mesmos erros, voltaram a se portar como garotos mimados, despejando acusações e destilando uma mistura de ódio com inveja que só serve para enfraquecer nossa cena musical.
Está certo que vez ou outra algumas “voadoras certeiras” servem para colocar alguns sujeitos em seus devidos lugares, mas quando tais golpes verbais demonstram inveja, questões pessoais e são envolvidos em um amontoado de contradições, aí a coisa se torna jocosa. E exemplos não faltam.
BLIND EAR -R.J.REBEL COLLECTIVE, EX-MORG
Blind Ear – R.J.(Rebel Collective, ex-Morgana Lefay)
Fotos: Heloisa Vidal
“Esta é na verdade uma das minhas bandas preferidas: Pantera. É uma banda única! Muito triste que tenham se separado e mais ainda que Dimebag não esteja mais entre nós. Para mim é uma história bem triste também, porque ele levou aquele tiro e morreu no dia do meu aniversário. Acordei com um amigo me dizendo, ao invés de ‘feliz aniversário’, que Dimebag havia sido baleado em um show. Naquela época estávamos em estúdio gravando o disco Grand Materia, do Morgana Lefay. Falando sobre a música do Pantera, é excepcional! (R.C.: E você tocou no final de maio aqui no Brasil uma música com o Unscarred – Pantera Tribute, no Manifesto Bar). Sim, foi muito legal! Escolhi Domination, porque a tocávamos no Morgana Lefay quando a voz do Charles não estava legal e aí o guitarrista Peter cantava alguns covers, como esse do Pantera e Ace Of Spades (Motörhead).”
Pantera – Hellbound
Reinventing The Steel
CLASSICOVER WE WILL ROCK YOU
We Will Rock You
Original: Queen – News Of The World (1977)
Cover: Warrant – Best Of Warrant (1992)
Quando o guitarrista Brian May (Queen) escreveu We Will Rock You não imaginava que sua música seria utilizada em diversas propagandas (com ou sem fins lucrativos), além de ser homenageada por milhares de outros artistas, sejam eles do Rock ou não. A banda paulistana Viper, velha conhecida dos brasileiros, fez uma versão diferente e inusitada, sendo inclusive um dos destaques do álbum Evolution (1992), indicando assim que na música não existem barreiras, sejam elas nacionais ou culturais. Porém, aqui estamos falando da versão que o grupo norte-americano de Hard Rock Warrant gravou, a princípio, somente para a trilha sonora do filme “Gladiador” (1992) – não confundir com o “Gladiador” (2000) –, estrelado por Russell Crowe e que se tornou hit na MTV americana, principalmente pelo seu divertido videoclipe.
CLASSICREW – THIN LIZZY/HELSTAR
1979
Thin Lizzy – Black Rose (A Rock Legend)
Bento Araújo
Em fins de 1978, o Thin Lizzy estava velejando por cima do prestígio de ter lançado um dos melhores, mais viscerais e bem cotados discos ao vivo da história do Rock: Live And Dangerous. Apesar da boa fase, o errático Brian Robertson deixava a banda novamente, e agora em definitivo, depois de mais um acalorado bate-boca com o líder Phil Lynott. Esse, por sua vez, aproveitou para colocar em prática uma antiga ideia: convencer seu amigo Gary Moore a entrar para o grupo. Moore já tinha passado pelo Lizzy em duas ocasiões (74 e 77), mas nunca tinha gravado um álbum inteiro com a banda – Black Rose seria o primeiro e o único.
1989
HELSTAR – NOSFERATU
Maicon Leite
Apesar de possuir uma discografia pequena, a banda norte-americana Helstar conseguiu se destacar com seu som característico, mesclando Speed, Power e Thrash Metal. Formado no ano de 1982 em Houston/Texas, o grupo gravou discos que se tornariam clássicos dos anos 80. Após uma trilogia matadora – Burning Star (1984), Remnants of War (1986) e A Distant Thunder (1988) – e turnês com grandes nomes do Metal como Savatage e Tankard, a formação se estabilizou com James Rivera (vocal), Larry Barragan e Andre Corbin (guitarras), Jerry Abarca (baixo) e Frank Ferrreira (bateria), músicos que conseguiram fazer um trabalho ainda mais coeso e empolgante que os anteriores, Nosferatu.
EDITORIAL
Uma nova superbanda
Chickenfoot. É, não resta dúvida de que esse nome (pé de galinha, em português) soa muito esquisito. Quem pode imaginar que isso é nome que se dê a uma banda de Rock? Mas quando a identidade dos componentes desse “novo” grupo é revelada, passamos a ter certeza de que isso é algo muito maior do que simplesmente mais uma banda batalhando por espaço no cenário musical. Quando o acaso e uma série de felizes coincidências colocam lado a lado músicos da estatura de Joe Satriani, Sammy Hagar, Michael Anthony e Chad Smith, nem mesmo um nome tão “infeliz” (um “silly name” como reconhece a própria banda) pode estragar o trabalho que eles têm condição de desenvolver juntos. Pois é, e o primeiro álbum, Chickenfoot, lançado em junho de 2009 pelos selos independentes earMUSIC na Europa e Redline na América do Norte, já está fazendo o maior barulho, com um Hard Rock da melhor qualidade, que no mercado americano em poucas semanas já chegou à posição 4 do top 200 da Billboard e número 1 do chart de álbuns independentes.
Nada mais justo que a capa da Roadie Crew seja dedicada a essa nova sensação da música pesada, trazendo na matéria principal desta edição as entrevistas com Michael Anthony, concedida ao nosso repórter Steven Rosen, e com Joe Satriani, que conversou com Claudio Vicentin. Um motivo de grande satisfação para toda a equipe da revista, principalmente pela oportunidade de trazer tão rapidamente aos leitores a palavra de dois dos componentes desse novo supergrupo.
Mas não é só da novidade que já nasce consagrada que tratamos no conteúdo da Roadie Crew de julho. Temos também a presença do Sepultura, o maior nome do Metal nacional, e que completa 25 anos de atividades, em entrevista do Tony Monteiro com Andreas Kisser e Jean Dolabella. Ainda sobre o fértil cenário brasileiro temos a matéria com o Hibria, de Porto Alegre/RS – que vem “arrebentando” na sua turnê internacional e se firma como mais um forte representante do Metal do nosso país – além da cobertura da fascinante Final Nacional do Wacken Metal Battle 2009, realizada no Rio de Janeiro, quando tivemos a presença das bandas vencedoras das seletivas estaduais, com representantes de todas as regiões do Brasil. O evento bateu o recorde de público em finais do Metal Battle, teve uma produção impecável e apontou como vencedora a banda Silence Means Death, de Vitória/ES, que vai para a Alemanha participar da Final Mundial no Wacken Open Air deste ano, quando se comemora a vigésima edição deste que atualmente é o maior evento de Heavy Metal do planeta. É importante citar que o projeto Metal Battle Brasil 2009 contou com o suporte da nova marca de energético Mega Energy, produto genuinamente brasileiro, além de contar também com a costumeira parceria da Melbourne Tour, que mais uma vez levará ao Wacken um grupo enorme de brasileiros para assistir ao festival, juntamente com as equipes do programa Stay Heavy e da revista Roadie Crew.
Dentre as demais matérias destacamos a chegada ao final do Background do Kiss, uma das bandas mais requisitadas para aparecer nesta seção, com texto publicado em seis capítulos, resultado da pesquisa e edição realizadas por Carlo Antico, um grande fã do Kiss, como não poderia deixar de ser.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS KEITH RELF
Keith Relf * 22/03/1943 + 14/05/1976
Pode notar: praticamente todas as bandas que surgiram nos anos 60 e 70 era composta apenas por gente que queria “fazer um som”. Não havia nada daquela trajetória calculada rumo à fama que, a partir dos anos 80, foi se tornando cada vez mais comum, até que a maravilhosa indústria do entretenimento se tornasse, acima e antes de tudo, um rentável negócio.
A Londres do início dos anos 60 rendeu muitas bandas seminais que surgiram assim, quase ao acaso. O subúrbio de Richmond, por exemplo, viu em detalhes o nascimento de uma delas. Keith William Relf, nascido no dia 22 de março de 1943, passou uma infância relativamente tranquila – exatamente até o ponto em que pode ser tranquila uma infância que começou no meio da 2ª Guerra Mundial e se desenrolou no pós-guerra de uma Londres destruída pelos bombardeios inimigos.
GARAGE DEMOS
Nesta Edição:
Rexor
Head Krusher
Lacerated And Carbonized
Gangrena Inc.
Brutal Exuberância
Monster Mash
Arkellian
Liberdade Suprema
Repugnant Inebriation
Dunkell Reiter
Aliquid
HIDDEN TRACKS CONCEPTION
Conception
Origem: Noruega
Época: Anos 90
Estilo: Prog Metal
Formação Clássica: Tore Østby (guitarra), Roy Khan (vocal), Ingar Amlien (baixo) e Arve Heimdal (bateria)
Discografia: The Last Sunset (1991), Parallel Minds (1993), In Your Multitude (1995) e Flow (1997)
Site relacionado www.rollthefire.com
O grupo norueguês Conception foi fundado em Raufoss, cidade situada a 110 km de Oslo, em novembro de 1989. Apesar de ter ficado conhecido por manter sua formação intacta nos quatro discos oficiais que lançou, a banda inicialmente contava com Tore Østby (guitarra), Dag Østby (vocal), Werner Skogli (bateria) e Freddy Samsonstuen (baixo).
O fundador Tore Østby, nascido a 8 de abril de 1972 em Raufoss, começou cedo na música. Após se dedicar ao piano, entrou de cabeça no Rock e passou a aprender a tocar guitarra. Três anos depois, entrou na banda Redrum e então criou o Conception
LIVE EVIL - AC/DC
DETONANDO NO ESTÁDIO DO SCHALKE 04
Texto e fotos: Tanja Weinekoetter
Todos os ingressos para os shows do AC/DC na Alemanha foram vendidos em nada menos que 77 minutos e até mesmo aqueles para as datas extras que foram anunciadas em seguida sumiram quase que imediatamente das bilheterias. Para conseguir dar conta da procura por seus shows, a banda viaja com dois sets completos de placo, som e luz, já que a estrutura leva alguns dias para ser montada. No caso da cidade de Gelsenkirchen, o local escolhido para o show do dia 17 de maio foi o estádio do time Schalke 04. A Veltins Arena é uma das mais modernas arenas da Europa e abriga nada menos que 60 mil espectadores. E no dia do show uma passeada pelos arredores do lugar deixava bem claro que o AC/DC não atrai apenas fãs de Heavy Metal para suas apresentações. Tinha até gente comentando havia assistido a um show do Flippers recentemente – pra quem não sabe, o Flippers é um grupo de música folclórica alemã e pode ser considerado o oposto do AC/DC. Havia ainda pais orgulhosos levando seus filhos para mostrar-lhes como eram aqueles bons e velhos tempos em que os empresários ainda não haviam transformado o Rock num negócio milionário. Ou seja, antes do show, o clima era de euforia para dar as boas vindas a Angus Young.
LIVE EVIL - ROÇA 'N' ROLL
FÃS DA MÚSICA PESADA “ATERRISSAM” NO SUL DE MINAS
Por Ivanei Salgado
Fotos: Rodrigo Barbieri e Alan Gomes Dolan Filho
Enquanto Varginha, no sul de Minas, é conhecida como a terra do ET em muitos lugares do Brasil e do mundo, para os fãs de Rock e Metal o lugar é a cidade do “Roça’n’Roll”. O evento, realizado nos dias 5 e 6 de junho na Fazenda Estrela, reuniu mais de cinco mil pessoas de várias faixas etárias e estados brasileiros em uma típica fazenda mineira. E como diz a trilha oficial do evento: “O preço é bão e o delírio é garantido”.
E este ano a “farra” começou na sexta-feira com o Rock Psicodélico do Jardim do Sapo. Depois veio o Spectralswing, formado por músicos experientes de Varginha e que une Rock Progressivo, MPB e Jazz. O Gran Bizont, do interior de São Paulo, também apostou no Rock’n’Roll e foi bem recebido pelo público. Já o Coice de Mula é um “coice na orelha”, com um repertório de covers de Hard Rock setentistas e músicas próprias revivendo essa fase de ouro da música pesada. A noite foi encerrada pelo Motosserra Truck Clube. O grupo é altamente tosco (no bom sentido), pesado e direto. Mas o “bicho” ia realmente pegar no sábado.
LIVE EVIL - THE SISTERS OF MERCY
MAIS CLÁSSICOS E MENOS FUMAÇA
Fotos: Ricardo Zupa
Três anos após lotar o Via Funchal, os britânicos do The Sisters Of Mercy regressaram ao Brasil para sua terceira turnê em nosso país. Em sua primeira aparição em terras brasileiras, no distante ano de 1990 (os shows em São Paulo ocorreram no saudoso Projeto SP), o Sisters havia acabado de lançar o excelente álbum Vision Thing e, desde então, não obstante ter soltado duas coletâneas (Some Girls Wander By Mistake e A Slight Case Of Overbombing), nenhum outro álbum foi lançado. Talvez o epíteto de expoente máximo da música gótica sirva até hoje como o fator preponderante para atrair um séquito de fãs, mesmo com o hiato de quase vinte anos sem lançar um álbum de originais!
POSTER – MÖTLEY CRÜE
Poster – Mötley Crüe
Dr. Feelgood,o album
RELEASES CDS
Nesta Edição:
Aborted
Arch Enemy
Artillery
Balance
Candlemass
Chaosfear
Chickenfoot
Daniel Magga
Dream Theater
Gestos Grosseiros
Guitars Ate My Brain
Hacride
Hysterica
Into The Moat
Iron Maiden
Kiko Loureiro
Metalmorphose
Mork
Mr. Ego
Municipal Waste
Mustang
Prophecy
Queensryche
Raimund Burke
Testament
Vinterthron
Vomepotro
Xystus
RELEASES DVDS
Nesta edição
Arch Enemy
Blaze Bayley
Iron Maiden
Jeff Beck
Rory Gallagher
ROADIE COLLECTION – METALLICA
Em 1983 foi lançado o álbum Kill ‘Em All, que acabou sendo o pontapé inicial para que o grupo norte-americano Metallica se transformasse anos depois, com o lançamento do álbum Metallica (1991) – mais conhecido como Black Album – numa das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos. Mas antes do sucesso com Black Album, a banda gravou trabalhos essenciais, como Ride The Lightning, o clássico Master Of Puppets e …And Justice For All. Ao longo dos anos, seus integrantes passaram por momentos terríveis, como a morte de Cliff Burton, a fase não muito boa com os discos Load e Reload – época em que Lars Ulrich e Kirk Hammett buscavam mudanças no som e no visual, chegando a flertar como fossem homossexuais – e indo ao fundo do poço com as sessões de terapia expostas no filme “Some Kind Of Monster”. Um momento de loucura de James Hetfield com o alcoolismo e as brigas sem fim entre ele e Lars Ulrich, quase levaram a banda para um final trágico. O resultado daquele péssimo momento foi o álbum St. Anger. Todavia, como sempre a tempestade passa, hoje o Metallica se encontra novamente em posição de destaque com o lançamento do disco Death Magnetice uma turnê de promoção que caminha a passos largos.
Site: www.metallica.com
ROADIE NEWS
Roadie News por redação
Resumo das principais noticias do mês
STAY HEAVY REPORT
VOZ: INSTRUMENTO MUSICAL
Já tratamos nesta seção de questões relacionadas à saúde de bateristas, guitarristas, baixistas e tecladistas que, por realizarem movimentos repetitivos, podem sofrer lesões. Mas e a voz? Será que os vocalistas também devem ter cuidados especiais com seu instrumento de trabalho? Se não têm, deveriam.
Lesões, fendas e calos são comuns nas pregas vocais de cantores menos cuidadosos, principalmente dos autodidatas, que muitas vezes não usam a técnica correta de impostação vocal, necessária para manter uma voz jovem e saudável. Como exemplo positivo, temos a bela voz de Ronnie James Dio, que já passou dos sessenta anos de idade e sua voz não envelhece!
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |