Tem horas em que não é fácil entrevistar os chamados “rockstars”. Há aqueles que não têm nada a dizer ou estão simplesmente cheios de responder sempre às mesmas perguntas…
Edição #130
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MEGADETH
FIM DE JOGO?
Tem horas em que não é fácil entrevistar os chamados “rockstars”. Há aqueles que não têm nada a dizer ou estão simplesmente cheios de responder sempre às mesmas perguntas. Tem ainda alguns que não gostam de falar do passado, preferindo conversar apenas sobre o que está acontecendo no momento e o que está por vir. E ainda existem aquelas que são simplesmente complicadas… Foi o caso desta conversa com Dave Mustaine. Sempre ouvi falar que ele era uma pessoa muito difícil de entrevistar, mas na minha única experiência nesse sentido, em 2004, quando havia saído o disco The System Has Failed, encontrei Dave disposto a falar e aquela acabou se tornando uma das principais matérias da minha carreira. Porém, dessa vez encontrei um Dave Mustaine menos disposto a falar. E enquanto eu imaginava que a conversa seria focada no novo disco do Megadeth, Endgame, e nos seus planos para o futuro da banda, o guitarrista e vocalista preferiu falar do passado.
AGGRESSIVE DOGS
A Força Do Hxcx Nipônico
Muitos leitores já ouviram falar sobre a paixão do público japonês pela música, nesse caso representada pelo Metal e o Hardcore, mas poucos conhecem bandas japonesses desses estilos e muitos nem sonham que algumas sejam até mais velhas que você, caro leitor. O Aggressive Dogs surgiu no Japão no ano de 1982 através de Uzi-One, fundador do grupo e da Stompin’ Ground Records. Fortemente influenciado pelo Hardcore novaiorquino, o Aggressive Dogs, cuja formação atual é completada por Hiro e Shin (guitarras), Kubota (guitarra), Kei (baixo) e Lager (bateria), chama a atenção por ter muitas composições em japonês e pela forte amizade com bandas como Agnostic Front, Hatebreed, Madball, entre outras da mesma linha musical. Os anos de persistência renderam respeito nacional e internacional e hoje o grupo é referência do estilo no Japão. Apesar de sério e econômico em suas respostas, Uzi-One nos concedeu essa entrevista exclusiva durante a sua passagem pelos Estaos Unidos. Confira um pouco da história e o atual momento do Aggressive Dogs.
BELPHEGOR
MUITO ALÉM DOS RÓTULOS
Com muito mais tradição na Música Clássica do que no Heavy Metal, a Áustria, mesmo assim, já rendeu ao Rock pesado nomes como o Splatter do finado Pungent Stench e o Power/Prog do Edenbridge. Porém, o grupo mais antigo ainda em atividade nascido por aqueles lados surgiu em 1991, sob o nome Betrayer. Dois anos depois e com duas demos lançadas, a banda passou a se chamar Belphegor e, de lá para cá, vem desenvolvendo uma carreira produtiva e saudada pelos fãs de Metal Extremo, já tendo lançado oito álbuns desde então. O último deles é Walpurgis Rites – Hexenwahn, obra baseada no Festival de Walpurgis, espécie de Halloween que era celebrado em certas regiões da Europa a partir do século VIII. Celebrada na madrugada de 30 de abril para 1º. de maio, a noite de Walpurgis é quando, acredita-se, demônios e entidades correlatas voltariam ao mundo por conta da celebração da primavera (no Hemisfério Norte), o que se daria através de ritos e orgias. A concepção do disco mereceu um apurado trabalho de pesquisa, que foi levada a cabo pelo vocalista, guitarrista e compositor Helmuth, único membro remanescente da formação original – o guitarrista Morluch, que faz sua estreia na banda, e o baixista Serpenth completam o time; a bateria do novo álbum foi gravada pelo músico contratado Nefastus, que já fez parte do Belphegor no período 2005/2006. Helmuth conversou com a Roadie Crew para falar sobre o novo álbum, sobre a formação atual da banda, sobre o estilo praticado por ela e sobre os shows que o Belphegor fará por aqui em dezembro.
ELUVEITIE
MITOLOGIA GAULESA NA MÚSICA
Os suíços do Eluveitie conquistaram muito em apenas oito anos de atividade, mas foi com o álbum Slania (2008) que obtiveram grande notoriedade ao trazer a Música Folclórica Celta para o Melodic Death Metal. Porém, quando parecia óbvio que o trabalho seguinte viria na mesma linha para manter o pique, eis que a banda surpreendeu os fãs com o anúncio de um álbum totalmente acústico e Folk: Evocation I – The Arcane Dominion. Eles correram o risco e se deram bem! Cabeça da empreitada, Chrigel Glanzmann (vocal, mandola, gaita, gaita irlandesa e bodhrán) nos conta tudo sobre este trabalho e seu interessante e complexo conceito, sobre os planos de lançar uma continuação e sobre o trabalho que sairá entre os dois, no formato pelo qual a banda se tornou conhecia.
EXPOMUSIC 2009
SUCESSO NA 26ª EDIÇÃO
A Expomusic – Feira Internacional da Música, a maior do segmento musical na América Latina, teve a sua 26ª edição realizada entre os dias 23 e 27 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).
O sucesso ocorreu junto ao público, com o evento recebendo mais de cinquenta mil pessoas entre lojistas, estudantes, músicos, profissionais do setor e público em geral. A Expomusic de 2009 alcançou a quarta posição no ranking internacional de feiras do ramo, atrás apenas de eventos tradicionais como NAMM (Los Angeles, EUA) Messe Frankfurt (Alemanha) e Xangai (China).
O êxito da Expomusic vem em conjunto com a da implantação da Lei Federal nº 11.769, que insere a música no currículo do ensino básico em todo o País. “Essa lei vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Não faltam recursos para a educação neste país, a gente só tem que pressionar”, defende o presidente da Abemúsica, Synésio Batista da Costa, que aposta num crescimento de no mínimo 80%, na venda de instrumentos musicais com a entrada da disciplina no currículo escolar.
FLEETWOOD MAC
SEGREDOS DE UM VETERANO
Nem sempre o guitarrista Lindsey Buckingham teve o reconhecimento que merece. Afinal, ele não é aquele típico músico virtuoso, que despeja milhares de notas por segundo. Mas, por outro lado, ele simplesmente vem mostrando seu talento como músico e compositor ao longo dos anos com o Fleetwood Mac, além de manter em paralelo uma produtiva carreira solo. Recentemente, ele lançou mais um disco solo, Gift Of Screws, uma interessante coleção de músicas forjadas no violão com cordas de náilon e com cuidadosos arranjos, remetendo de imediato ao trabalho desenvolvido por músicos como Mark Knopfler. Antes de começar a entrevista, um dos assessores de Lindsey já avisou que a conversa duraria entre 10 e 15 minutos, o que é um tempo quase inexistente para explorar uma carreira tão longa e tão repleta de acontecimentos como a dele, mas essas eram as regras do jogo e contra isso não há argumentos… Por isso mesmo, falei pra ele que queria ir direto ao ponto, já que não tinha muito tempo. “Quanto tempo te deram pra falar comigo?” Respondi brincando: “Acho que uns 8 minutos…” Ele se surpreendeu: “8 minutos?! Bom, vamos conversando e no fim a gente dá uma esticada nisso…” No fim das contas, ele até me concedeu alguns minutos a mais. Parece que ele estava gostando da conversa.
GIRLSCHOOL
30 ANOS DE ESTRADA
A comemoração dos trinta anos de carreira da banda inglesa Girlschool veio através do álbum Legacy (2008). O trabalho, além de contar com astros do primeiro escalão do Metal/Hard como convidados especiais, presta homenagem à guitarrista Kelly Johnson, que lutava contra o câncer de medula espinhal havia seis anos e faleceu aos 49 anos de idade a 15 de julho de 2007. A banda formada atualmente pelas fundadoras Enid Williams (baixo e vocal), Kim McAuliffe (guitarra e vocal) e Denise Dufort (bateria), além de Jackie Chambers (guitarra), que substituiu Kelly e integra o line-up desde 2000, passou os últimos tempos na estrada fazendo shows e comemorando a data. Na entrevista a seguir, Enid, Jackie e Kim falam sobre o mais recente CD, sobre a eterna ligação com o Motörhead e comentam as participações especiais contidas em Legacy.
GOJIRA
FALANDO SOBRE MORTE, MAS VIVOS COMO NUNCA!
Os franceses do Gojira estão vivendo uma fase sensacional. O já cultuado álbum From Mars To Sirius (2005) elevou o nome do grupo, que obteve o reconhecimento dos americanos do Lamb Of God e rendeu um convite para o vocalista e guitarrista Joe Duplantier integrar o Cavalera Conspiracy. Aproveitando a boa fase sem perder muito tempo, a banda foi para o estúdio e lançou no ano passado o CD The Way Of All Flesh, no qual mostra uma grande evolução, culminando em elogios diversos e mais convites para turnês mundo afora. Joe Duplantier, além de excelente músico, é uma pessoa agradável e ficou muito feliz em falar para o Brasil. “Muito legal conversar com vocês. Nunca fui para o Brasil, mas tenho uma vontade enorme. Quero ver o mar, o sol, a floresta amazônica. Ah, e conheço Sepultura como poucos.”
GREAT WHITE
“O ROCK COMANDAVA O MUNDO NOS ANOS 80”
O grupo norte-americano Great White foi do céu ao inferno algumas vezes em sua intensa e longínqua carreira. A parte boa, que todo mundo sabe, são grandes trabalhos como Great White (1984) e Shot In The Dark (1986), as conquistas de discos de ouro e platina com Once Bitten… (1987), …Twice Shy (1989) e Hooked (1991) e o álbum definitivo, Psycho City (1992). Porém, um incêndio ocorrido em um show em Rhode Island (EUA), em fevereiro de 2003, fez com que o nome Great White passasse a ser sinônimo não apenas de boa música, mas de tragédia. O quarto maior desastre em um clube noturno dos Estados Unidos resultou na morte de cem pessoas, incluindo Ty Longley, guitarrista daquela formação que atuava sob o nome Jack Russell’s Great White. Passado o impacto da exposição negativa, a banda voltou oficialmente à ativa e lançou Back To The Rhythm (2007), primeiro álbum de estúdio desde Can’t Get There From Here (1999). Atualmente, Jack Russell (vocal), Mark Kendall (guitarra), Audie Desbrow (bateria), Michael Lardie (guitarra e teclado) e Scott Snyder (baixo) divulgam Rising, lançado em março. Como o fato negativo foi amplamente divulgado pela mídia mundial e explorado inclusive na entrevista com a banda publicada na edição #113 (de junho de 2008), dessa vez preferimos deixar o vocalista falar apenas de música e da banda que ajudou a criar em meados de 1981, quando ainda atendia por Dante Fox.
HARDCORE SUPERSTAR
LIBERTINOS DE GOTEMBURGO
Já faz um bom tempo que Gotemburgo se tornou referência para o Heavy Metal, servindo até como meio de identificação de um estilo, o “Gothemburg Sound” (“Melodic Death Metal”). Porém, não é só desta mescla do tradicional Death Metal com melodia, praticada por bandas como At The Gates, Dark Tranquillity e In Flames, que vive a cena do Rock na segunda maior cidade da Suécia. Enquanto o Metal Tradicional/Melódico é representado pelo Hammerfall e o Prog Metal, pelo Evergrey, a cena do Hard Rock conta com um grande representante: Hardcore Superstar. O grupo, formado atualmente por Magnus “Adde” Andreasson (bateria), Joakim “Jocke” Berg (vocal), Vic Zino (guitarra) e Martin Sandvik (baixo) – foto – lançou recentemente o álbum Bef For It e se prepara para tocar pela primeira vez no Brasil em novembro, como atração principal da festa de quinze anos do Manifesto Bar (SP).
MOONSPELL
NOVA FASE, VELHOS COSTUMES
Embora tenha uma aura soturna e obscura, a banda portuguesa Moonspell sempre explorou diversas tendências musicais dentro do Heavy Metal e justamente por isso seu som não é fácil de ser rotulado. Porém, pouco importa se seja Black Metal, Gothic, Dark ou Death/Doom, pois o grupo formado há vinte anos sob o nome Morbid God e rebatizado em 1992 vem conquistando cada vez mais fãs ao redor do mundo e a fase atual só comprova a tendência. Fernando Ribeiro (vocal), Mike Gaspar (bateria), Ricardo Amorim (guitarra), Pedro Paixão (teclado e guitarra) e Aires Pereira (baixo) estão trabalhando intensamente na promoção do mais recente CD, Night Eternal. Os portugueses participaram de importantes festivais europeus e realizaram turnês de grande impacto, como a “Blackest Of The Black Tour”, ao lado de Danzig, Winds Of Plague, Dimmu Borgir e Skeletonwitch. A banda também se destacou na “Darkest Tour: Filthfest”, realizada em duas etapas (dezembro de 2008 e abril de 2009) e nas quais dividiu o palco com nomes como Cradle Of Filth, Gorgoroth, Septic Flesh, Asrai e Turisas. O esperado retorno ao Brasil já não é mais especulação e o Moonspell se apresentará pela terceira vez no país no próximo dia 17 de novembro num show que, segundo o entrevistado Fernando Ribeiro, “vai ser uma noite eterna!”.
MR. EGO
EXALTANDO A MITOLOGIA GREGA
Formado em 1995, na cidade de Monte Azul Paulista, interior de São Paulo, pelos irmãos Julio Vieira (vocal) e Paulo André (baixo), o grupo Mr. Ego, que atualmente se encontra em turnê de divulgação do álbum Mythology (2008), mostra que com perseverança e qualidade os seus sonhos podem se tornar realidade. Completam o line up atual os irmãos Igor e Iuri Nogueira – tecladista e guitarrista, respectivamente –, além do baterista Alexandre Zanetti. Júlio Vieira nos conta com exclusividade detalhes do processo de composição do novo álbum e muito mais.
MY DYING BRIDE
BELEZA EM UM FUNERAL
Perto de completar vinte anos de carreira, os britânicos do My Dying Bride continuam emocionando com o Doom Metal que lhes rendeu grande reputação. Em seu mais recente CD, For Lies I Sire, a banda conseguiu a proeza de agradar tanto aos fãs antigos quanto aos que nunca prestaram muita atenção a esta sonoridade. A fórmula foi simples: os fãs antigos ficaram muito contentes com o retorno do violino, elemento que brilhou nos álbuns clássicos do grupo, assim como com a reintegração de antigas músicas que há anos estavam fora dos repertórios dos shows. Já os novos fãs foram conquistados pela atmosfera melancólica do álbum, que permitiu que mais vozes limpas fossem usadas e até mesmo se tornassem predominantes, fazendo assim de For Lies I Sire algo mais “acessível”. O vocalista Aaron Stainthorpe nos conta todas as suas impressões sobre o material e revela histórias no mínimo curiosas sobre as mudanças na formação da banda, que hoje é completada por Andrew Craighan e Hamish Glencross (guitarras), Lena Abé (baixo), Dan Mullins (bateria) e Shaun Macgowan (teclado e violino).
RUÍDO DAS MINAS
O METAL MINEIRO NAS TELAS
Finalmente foi lançado um tributo à altura do que foi a cena metálica mineira na década de 80, que viu florescer o que foi um dos maiores movimentos do gênero no Brasil e levou ao conhecimento do mundo nomes como Sepultura e Sarcófago, além de outras grandes bandas, como Chakal, Mutilator, Overdose e Holocausto, só para citar algumas. A necessidade de produzir um trabalho para conclusão do curso de Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais aliada à paixão pelo Heavy Metal levou Filipe Sartoreto a produzir “Ruído das Minas”, documentário que acabou extrapolando os limites acadêmicos e ganhou veiculação nacional através da MTV Brasil.
SHAMAN
ATIVO E FELIZ
O ano de 2010 promete para o Shaman. Pelo menos, é o que nos adiantam Ricardo Confessori (bateria) e Fernando Quesada (baixo) nesta entrevista. Após a estreia da nova formação – que ainda conta com Thiago Bianchi (vocal) e Leo Mancini (guitarra, Tempestt) – em Immortal, a banda trabalhou bastante nos shows e um deles, ocorrido no festival “Anime Friends”, acabou resultando no DVD AnimeAlive, lançado recentemente. Além disso, o grupo vive um momento de crescimento na Europa, principalmente após a iniciativa de se juntar a uma orquestra tcheca e um maestro turco para shows. Saiba nas linhas a seguir sobre os planos futuros e como ficarão as coisas após o retorno de Confessori para o Angra.
UNANIMATED
VOLTANDO DO LIMBO
Unanimated, banda sueca formada em nos idos de 1989, na cidade de Estocolmo, iniciou sua pequena discografia com a demo Firestorm, lançada em 1991, já angariando alguns fãs com seu Death Metal Melódico, que estava nascendo junto com outras bandas suecas, como Dismember e Entombed. O grupo lançou apenas dois álbuns – In The Forest Of The Dead Dreaming (1993) e Ancient God Of Evil (1995). Em 1996 a banda participou da segunda parte de um tributo ao Slayer, o famoso Slaytanic Slaughter, com a música Dead Skin Mask. Neste mesmo ano, o Unanimated anunciou o término de suas atividades, voltando apenas em 2007, quando lançou In The Light Of Darkness, que saiu no Brasil pela Paranoid Records. Confira a entrevista com o vocalista Micke Jansson, que nos revelou os detalhes desta volta e um pouco sobre a carreira da banda, que atualmente conta ainda com o baixista Richard Cabeza (ex-Dismember), o guitarrista Johan Bohlin (Desultory) e o baterista Peter Stjärnvind (Nifelheim).
WOLF
VORAZ
O nome Wolf é bastante comum no meio do Heavy Metal, servindo como título de músicas e álbuns, além de já ter sido usado por algumas bandas do estilo. A primeira, que se separou em 1984, fez parte do movimento da New Wave Of British Heavy Metal. Já o Wolf sueco, formado em 1995, está ativo e passando pela sua melhor fase. Evoluindo a cada lançamento, o grupo formado atualmente por Niklas “Viper” Stålvind (vocal e guitarra), Johannes “Axe” Axeman (guitarra), Anders “Tornado” Modd (baixo), Richard “Raptor” Holmgren (bateria), lançou neste ano o álbum Ravenous, produzido pelo renomado Roy Z (Halford, Judas Priest, Bruce Dickinson, Andre Matos, Rob Rock e outros). Quem conta os detalhes é Johannes “Axe” Axeman.
SHADOWSIDE
PROFISSIONAL ACIMA DE TUDO
Não é novidade pra ninguém que fazer Heavy Metal por estes lados não é uma empreitada exatamente fácil. Os exemplos comprovando isso existem às centenas e um dos mais recentes é o quarteto Shadowside. A banda formada por Dani Nolden (vocal), Raphael Mattos (guitarra), Edu Simões (baixo) e Fábio Buitvidas (bateria) existe desde 2001, acaba de lançar seu segundo disco e apenas agora está colhendo, de fato, os frutos do intenso trabalho que desenvolveu ao longo dos anos, já seu mais recente álbum, Dare To Dream, não apenas vem sendo elogiado por crítica e fãs como rendeu à banda mais uma tour internacional. Fomos conversar a respeito com a vocalista Dani Nolden, que deu um show de profissionalismo, consciência e bom humor nesta entrevista.
BACKGROUND – SEPULTURA - PARTE 3
1992: fechando o ano
No final de 1992, antes de voltar ao Brasil, o Sepultura se apresentou em Los Angeles (EUA) no Concrete Foundations Forum, que é uma das maiores convenções ligadas ao Metal do mundo, tocando ao lado de bandas como Exodus, Biohazard, Fight, Circus Of Power e Body Count, ganhando o prêmio de melhor banda independente de Heavy Metal de 1992.
De volta ao Brasil
O Sepultura enfim voltou para alguns poucos shows em terras brasileiras, mais especificamente no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Antes disso, porém, Igor Cavalera e Andreas Kisser participaram de jams históricas com João Gordo e Jão (ambos Ratos de Porão) junto com Jello Biafra (ex-Dead Kennedys) e Paul Barker (Ministry), no Aeroanta (SP) e no Circo Voador (RJ), tocando músicas como Holiday in Cambodia e Drug Me, ambas do Dead Kennedys.
BLIND EAR - IVAR BJØRNSON (ENSLAVED)
“Hard’n’Heavy clássico! É o Accept? (R.C.: Sim). É uma banda clássica, são muito legais! Sou muito mais fã deles do que do Udo (N.R.: Dirkschneider, vocal) em carreira solo. Só não me lembro o nome dessa música… (R.C.: Princess Of The Dawn). Ah sim, essa é um clássico absoluto. De que ano é essa música? (R.C.: 1982). Legal (R.C.: Você sabia que eles anunciaram um novo vocalista?). Não sabia, quem é? (R.C.: Mark Tornillo, ex-TT Quick). Legal… Os caras do Dimmu Borgir são grandes fãs do Accept, chegaram até a regravar Metal Heart!”
Accept – Princess Of The Dawn
Restless And Wild
CLASSICOVER - DISSIDENT AGGRESSOR
Original
Judas Priest
Álbum: Sin After Sin (1977)
Cover
Slayer
Álbum: South Of Heaven (1988)
Judas Priest e Slayer são bandas que possuem muito mais do que músicas de qualidade, discos de ouro e uma infinidade de fãs. Elas têm algo que poucos conseguiram ao longo de suas carreiras: respeito por parte dos músicos, da crítica e do público. Os dois grupos são influência até hoje em seus respectivos estilos – Heavy e Thrash Metal, respectivamente –, além de estarem na ativa há décadas. Além disso, há uma outra forte ligação entre as duas: a música Dissident Aggressor. Ela foi gravada pelo Judas Priest em Sin After Sin (1977) e coverizada pelo Slayer em South Of Heaven (1988). Originalmente composta por K.K. Downing e Glenn Tipton (guitarras) e com letra escrita por Rob Halford (vocal), Dissident Aggressor ganhou mudanças significativas na versão do Slayer.
CLASSICREW - SUPERTRAMP, OBITUARY
1979
Supertramp – Breakfast In America
Por Antonio Carlos Monteiro
O grupo britânico Supertramp já tinha lançado cinco discos e se firmado como uma das principais bandas do Rock Progressivo da história quando começou a trabalhar em Breaksfast In America. E aí podemos dizer que o quinteto à época formado por Roger Hodgson (vocais, teclados e guitarra), Rick Davies (teclados, vocais), John Helliwell (sopros e vocais), Bob Siebenberg (bateria) e Dougie Thomson (baixo) criou um novo estilo musical: o Pop Progressivo.
O disco começou a ser gravado em 1978, no estúdio Village Recorder, em Los Angeles, sob o comando de Peter Henderson e da própria banda. E marcou o início de um conflito bravo entre Hodgson e Davies, já que este último não concordava com a inclusão da faixa título no disco, nem que ele se chamasse Breakfast In America. Numa entrevista concedida anos depois a um programa de rádio dos EUA que revive a gravação de álbuns clássicos, Hodgson chegou a falar a respeito abertamente, revelando, inclusive, que Davies preferia que o disco se chamasse Hello Stranger.
1989
Obituary – Slowly We Rot
Por Frans Dourado
O final da década de 80 representou a decadência do Thrash Metal da Bay Area, fato influenciado pela queda de qualidade da maior parte dos nomes que dominaram a cena anos antes, aliado ao fato de que o público estava cada vez mais ávido por violência e não se contentava com bandas como Death Angel e Forbidden, buscando cada vez mais brutalidade, peso e violência. Essa demanda foi perfeitamente atendida por uma série de bandas que levou ao limite o legado deixado por nomes como Slayer, Venom, Sodom, Discharge e, principalmente, Hellhammer e sua posterior encarnação, Celtic Frost.
Nesse período, o Death Metal norte-americano começou a ser explorado de forma mais profissional pelos grandes selos de Metal e o marco dessa nova fase foi a contratação de duas bandas pelo selo Roadrunner: os brasileiros do Sepultura e uma banda de Tampa (Flórida) que começava a despontar e chamar a atenção na efervescente cena local, o Xecutioner. As duas foram escolhidas para representar a gravadora que começava a ganhar corpo na cena Metal e ambas sofreram com a visão mais comercial que a Roadrunner quis imprimir em sua empreitada pelo Death Metal.
EDITORIAL
Brasil 1 x 3 Argentina
Não, não tem erro de impressão nesse título do editorial! E também não foi invertido no “tapetão” o resultado do baile que demos em “los hermanos” na fase de eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Mas estou desconfiado de que os fieis seguidores da igrejinha do “deus” do Rio da Prata, Dieguito Maradona, conseguiram uma compensação pelo sofrimento que amargaram com a derrota para o time do Dunga. Eles terão três (isso mesmo, TRÊS!) shows do AC/DC em Buenos Aires enquanto o Brasil, o país do futebol e do Heavy Metal, terá apenas um show da banda australiana que tem sido a maior atração do mercado de espetáculos nos últimos 12 meses.
Isso é muito estranho, pois a quantidade de fãs do AC/DC no Brasil é imensamente maior que na Argentina, e os ingressos colocados à venda em São Paulo se esgotaram em menos de dois dias. Houve tempo suficiente para negociações que viabilizassem shows extras, mesmo porque, da mesma forma que o estádio Monumental de Nuñes, do River Plate, o Morumbi tem estado ocioso, já que ultimamente ocorrem pouquíssimos jogos de futebol no estádio do São Paulo. Não há dúvida de que com a realização de ao menos um show extra teríamos também lotação completa, o que seria ótimo para todo mundo envolvido no evento, e principalmente para o público. Infelizmente vários dos fãs do AC/DC serão vítimas de cambistas, e muitos outros ficarão impedidos de ver a banda ao vivo, num momento em que tudo seria favorável para uma turnê muito mais ampla pelo país. Teríamos plenas condições de ver esse mega evento em várias cidades brasileiras, já que o Brasil virou uma espécie de eldorado, com a evolução positiva da situação da economia num mundo que começou a sair de uma crise generalizada. É, não dá pra entender, nem saber quem falhou nesse caso.
Mudando de assunto, para comentar algo que envolve nossa matéria de capa que traz o Megadeth como atração. Chama a atenção a instabilidade no comportamento de Dave Mustaine, o líder da banda, que parece que nunca conseguiu se libertar do peso que sempre carregou nas costas por ter sido demitido do Metallica quando o grupo ainda não tinha atingido o sucesso. O Megadeth também se tornou muito importante no cenário mundial, é uma das bandas mais cultuadas pelos verdadeiros fãs do Heavy Metal, particularmente do segmento Thrash. Mas isso aparentemente não satisfaz o instável Mustaine, que em determinados momentos se comporta como uma “prima-dona”, coisa típica de artistas que atuam em outros gêneros musicais e sofrem sistematicamente de ataques de “estrelismos”. Mas, felizmente, isso não atrapalhou a matéria que contou com os trabalhos de Chris Alo, Steven Rosen e Claudio Vicentin. Trazemos um conteúdo que está rico em detalhes sobre o novo trabalho, o álbum Endgame, e também tem referências a fatos da história da carreira do Megadeth, envolvendo ainda importantíssimos personagens na trajetória da banda, como James Lomenzo, Andy Sneap e David Ellefson.
Pra finalizar, um lembrete às bandas sem contrato com gravadora: estão abertas as inscrições para o “Wacken Metal Battle Brasil 2010” (informações na página 35 desta edição).Airton Diniz
ETERNAL IDOLS JOHN ENTWISTLE
John Entwistle
* 09/10/1944 + 27/06/2002
Se Jimi Hendrix tivesse preferido ser baixista, ele tinha nascido John Entwistle. Mais do que uma frase feita, esse dito, repetido à exaustão por contrabaixistas, guitarristas e fãs de Rock em geral, encerra em si uma enorme dose de realidade. Ao longo de cerca de quarenta anos de carreira, Entwistle revolucionou a forma de se abordar o baixo numa banda de Rock, transformando-o de quase imperceptível coadjuvante a instrumento de destaque – e olha que na sua banda havia nada menos que três especialistas em chamar a atenção, Roger Daltrey, Pete Townshend e o insuperável (nesse e em outros quesitos) Keith Moon.
GARAGE DEMOS
Garage Demos
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Dysnomia
Guillotine
Haavoc
In Torment
Mortos_Destaque
Nuclear Decimation
Rising Cross
Sarkaustic
Soundstrike
Timecode
Virus From Hell
HIDDEN TRACKS – THE MIST
The Mist
Origem: Brasil
Época: Anos 80/90
Estilo: Thrash Metal
Formação Clássica: Vladimir “Korg” (vocal), Jairo Guedz (guitarra), Marcelo Diaz (baixo) e Christiano Salles (bateria)
Discografia: Phantasmagoria (1989), The Hangman Tree (1991), Ashes To Ashes, Dust To Dust (EP, 1993) e Gottverlassen (1995)
Site relacionado: www.freewebs.com/themistbr
Na época mágica da década de 80, a cena metálica brasileira, assim como a de outros países, tinha certos centros onde se concentrava a maioria das bandas de Heavy Metal. Minas Gerais tinha o seu: a cidade de Belo Horizonte. Falar da importância e da grandeza do Metal mineiro é chover no molhado – afinal, foi lá que surgiram nomes como Sepultura, Sarcófago, Overdose, Chakal, Witchhammer, Mutilator e Holocausto, só para citar alguns mais influentes. E foi nesse meio que surgiu o The Mist, mais precisamente das cinzas do Mayhem.
A estreia fonográfica do Mayhem se deu em 1986, com a demo Adrenalin. Suas duas faixas, Brain Mutilation Wardeath e Insane Minds, acabaram sendo incluídas na coletânea Warfare Noise II (1988, Cogumelo Records), que trazia ainda as bandas Witchhammer, Megathrash e Aamonhammer.
LIVE EVIL - KIP WINGER
Manifesto Bar – São Paulo/SP
04 de outubro de 2009
Por Luiz Carlos Vieira/Fotos: Liny Rocks®
Na agradável tarde de domingo, 4 de outubro, os paulistanos compareceram em bom número ao Manifesto Bar para prestigiar um dos nomes mais injustiçados da cena Hard Rock: o compositor, vocalista e multi-instrumentista norte-americano Kip Winger. Em sua segunda passagem pelo Brasil para realizar shows acústicos, desta vez a turnê não se resumiu à capital paulista, já que se estendeu por outras cidades, como Ourinhos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto (as três no interior de São Paulo), além de Porto Alegre/RS e Rio de Janeiro/RJ.
E quem não se lembra dos comerciais dos cigarros Hollywood nos saudosos anos 80? Pois é, Miles Away (Winger) foi um dos hits que marcaram uma geração. De certa forma, o comercial da Hollywood e a inclusão de Miles Away na trilha sonora de uma novela impulsionaram a carreira do músico aqui no Brasil. Mas, em contrapartida, uma simples série televisiva de animação que esteve em voga durante os anos 90 na MTV quase arruinou a carreira de uma banda formada por excelentes músicos – Kip Winger, Reb Beach, Paul Taylor e Rod Morgenstein – pelo simples fato de um personagem “nerd” usar uma camiseta do Winger.
LIVE EVIL - PROGPOWER USA X
ESTABELECIDO
Texto e fotos por Guilherme Spiazzi
Num mundo em que os festivais de música vêm se reproduzindo em progressão geométrica, poucos são aqueles que se destacam ou sobrevivem. A realidade econômica e cultural de uma nação certamente influenciará no sucesso de um determinado evento. Porém, devemos somar a isso a presença do público, pois são os fãs que darão o veredito final. Pois bem, nos Estados Unidos, país onde a brutalidade musical leva vantagem em se tratando de Metal, fazer um evento com bandas que, de certa maneira, vão totalmente contra isso, é sempre um risco. Glenn Harvester assumiu o desafio e hoje comemora a décima edição de seu festival, o “ProgPower”, que este ano o fez trabalhar duro para contornar alguns problemas de última hora. Dentre os mais graves, o cancelamento dos shows de Andre Matos, Vanden Plas e Power Quest, todos por problemas na obtenção de vistos. Com isto, Crimson Glory, Mindflow e Cage foram os substitutos.
O número de ingressos disponíveis continuou sendo o mesmo, o que é interessante, já que comprova que o festival tem por objetivo atrair apenas aqueles que realmente gostam do estilo, e não torná-lo uma superprodução que trata o fã como um mero pagante. O local comporta 1.100 pessoas e 800 ingressos são colocados para o público geral e no “ProgpowerUSA” você faz parte de uma rede de pessoas que se encontram todos os anos e passam o resto dos meses se comunicando até a chegada da próxima edição.
O pontapé inicial ocorreu no dia 10 de setembro, no chamado Showcase, que contou com as bandas Future’s End, Suspyre, Enchant e Primal Fear.
LIVE EVIL - SETEMBRO NEGRO
Bar Opinião – Porto Alegre/RS
21 de setembro de 2009
Por Jorge Krening/Fotos: Renan Facciolo (SP)
Já chega a ser clichê comentar sobre a importância do festival “Setembro Negro” no calendário brasileiro de shows. Quando este mês vai se aproximando, já podemos contar com duas coisas: o feriado da Independência e o festival “Setembro Negro”. Pois bem, esta foi a nona edição do evento, que a cada ano nos brinda com mais surpresas, sempre procurando agradar à galera mais ligada ao Metal Extremo. Desta vez, sobrou para os australianos do Deströyer 666 e para os poloneses do Hate a responsabilidade de sacudir as estruturas e levar muito Metal para os headbangers.
Por se tratar de uma segunda-feira (21 de setembro), a expectativa em relação ao público não era das melhores, mas parece que as propagandas de televisão e as promoções em sites locais surtiram efeito. Desta forma, contrariando as pessimistas previsões, o público compareceu em um número satisfatório e, digamos, acima da média – considerando eventos deste estilo –, ainda mais se tratando de Porto Alegre, que tem a fama de ter um dos públicos mais preguiçosos do Brasil.
RELEASES CDS
Ace Frehley
Aggressive Dogs
Angher
Arch Enemy
At War
Behemoth
Belphegor
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STAY HEAVY REPORT
Expomusic 2009 e Metal nacional em peso!
O final de setembro foi marcado pela edição deste ano da Expomusic, a maior feira de música da América Latina e que reúne representantes da indústria musical, incluindo fabricantes de instrumentos, importadores, empresas de iluminação, áudio e acessórios, publicações da área e afins. O Stay Heavy participou do evento no stand da revista Roadie Crew, por onde passaram muitos telespectadores do programa, de várias partes do país, e também algumas bandas nacionais, que foram entrevistadas sobre seus lançamentos.
Primeiramente, conversamos com Leon Manssur “Necromaniac”, vocalista e guitarrista fundador do Apokalyptic Raids, banda de Death/Black do Rio de Janeiro formada em 1998, que atualmente está trabalhando em seu quarto álbum e tem influências como Hellhammer, Venom e Motörhead, entre outras.
PÔSTER - SAXON (CRUSADER)
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |