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Edição #131

R$29,00

O vocalista Andre Matos lançou recentemente seu segundo álbum solo, Mentalize. Em uma entrevista franca e descontraída, o vocalista falou sobre as motivações para esse novo álbum, bem como sobre o conceito de todo…

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ANDRE MATOS

Por Claudio Vicentin

“NO MOMENTO, NÃO TENHO VONTADE E NEM MOTIVAÇÃO PARA TOCAR COM O ANGRA”

O vocalista Andre Matos lançou recentemente seu segundo álbum solo, Mentalize. Em uma entrevista franca e descontraída, o vocalista falou sobre as motivações para esse novo álbum, bem como sobre o conceito de todo o novo trabalho e sobre seus planos para o futuro. Andre Matos foi além e comentou sobre o Viper, sobre a comemoração do 20º aniversário do clássico Theatre Of Fate e sobre o Shaman e os trabalhos lançados com a banda. Ele ainda falou a respeito do Angra, de como a banda era destinada ao sucesso, da separação e da falta de motivação para um possível retorno. Quais foram a motivação e o foco para você fazer o disco Mentalize? Andre Matos: Nós buscamos descobrir qual seria o próximo passo após o primeiro álbum, Time To Be Free. Miramos muito em originalidade e em evolução, dentro do possível. Obviamente, não vou ter a pretensão de dizer aqui que iríamos reinventar algo, porque muita coisa de fato já foi feita. E se não foi feita pelos outros, foi feita por nós mesmos. Então, fica praticamente impossível você não se valer de muitos elementos que já estão aí. Mas acho fundamental buscar originalidade mesmo na releitura de certas coisas. Sempre disse que a cópia e a repetição são práticas muito condenáveis na música, pois quando você encontra uma fórmula de sucesso e começa a se repetir está, na realidade, cavando a sua própria cova e nunca mais vai conseguir sair disso, nem se consagrar como um artista de verdade. Todos os meus grandes ídolos foram músicos que, de uma maneira ou de outra, mostraram que podiam evoluir e trazer algo novo a cada lançamento e a cada turnê. Porque, por mais que existam aquelas músicas que você tem que trazer contigo e executar, isso não tem nada a ver com a sua nova produção para uma nova série de shows. Então, o mais importante é escolher do que vou me valer dentro daquilo que já fiz anteriormente e conseguir construir mais um degrau na carreira. Acho que esse novo álbum cumpriu bem essa função. Não é um trabalho igual a Time To Be Free mas, ao mesmo tempo, dá para perceber que ele vem de lá. Está bem de acordo com o que imaginamos que ele teria que ser.

ANAAL NATHRAKH

Por Frans Dourado

“A RAIZ DE TODO O MAL”

Uma conversa franca e esclarecedora é o que o leitor verá abaixo. Dave Hunt, que também é vocalista do Benediction, apresenta-se como V.I.T.R.I.O.L. quando está à frente do Anaal Nathrakh, banda que divide com o produtor e multi-instrumentista Mick Kenney. Toda a letalidade do Black Metal apresentado pela dupla é expressa unicamente em um amálgama do que há de mais extremo na música e no que os títulos de suas canções sugerem sobre as letras, indisponíveis ao público. Nada de maquiagens, correntes e tampouco pirotecnia. Apenas a mais ácida visão de mundo em prol da destruição total.

Guns N' Roses

Por Ricardo Batalha

Bumblefoot fala ao brasil Na história do Guns N’Roses, o sucesso e a polêmica sempre caminharam juntos e não é segredo como a carreira da banda se tornou instável desde a saída de Slash (guitarra) e Duff McKagan (baixo), com muitos integrantes indo e vindo, e o “novo álbum”, Chinese Democracy, levando cerca de dez anos e muitos milhões de dólares para ser lançado. Hoje a banda aparenta estabilidade, com o líder e vocalista Axl Rose ao lado de Ron “Bumblefoot” Thal (guitarra), DJ Ashba (guitarra), Richard Fortus (guitarra), Tommy Stinson (baixo), Frank Ferrer (bateria), Dizzy Reed (teclado) e Chris Pitman (teclado). Mas como não se trata apenas de flores, um álbum com o lançamento complicado como esse só poderia culminar em uma turnê complicada. Pois bem, após muito “disse-me-disse” na imprensa mundial, parece que a “Chinese Democracy Tour” ganhará consistência com shows no final de dezembro na Ásia e um giro pelo Canadá nos primeiros meses de 2010. Também se fala sobre uma turnê sul-americana no início do próximo ano, mas por enquanto são apenas rumores. A entrevista principal desta matéria é com Bumblefoot, que fala de sua vida como membro do Guns N’Roses, assim como sua carreira solo e o projeto Guitars That Ate My Brain, que conta com nomes de peso, como Devin Townsend (Strapping Young Lad e outros), James Murphy (Testament), Chris Poland (OHMJ, ex-Megadeth), Ola Frenning (Soilwork) e Christofer Malmström (Darkane) – e esses nomes bem voltados para o Metal não surgiram por mera coincidência, já que Bumblefoot é profundo conhecedor do gênero, a ponto de na lista de seus melhores álbuns, após mencionar os cinco, ter colocado em pé de igualdade Killers com The Number Of The Beast, ambos do Iron Maiden, assim como ter mencionado que Diary Of A Madman, segundo álbum do Ozzy Osbourne, é tão importante quanto seu antecessor. Além disso, disse o quanto gosta de TNT e Queensrÿche, sendo que ouvir a discografia dessa última, na ordem de lançamento, é um ritual que faz toda vez que pega um avião (N.R.: citações não transcritas aqui por questões de espaço). Mas esta matéria é especial e os fãs dos ex-membros do Guns N’Roses, Slash, Duff (que outro dia mesmo tocou no Brasil com o Loaded, sua atual banda) e o baterista Steven Adler (também com recente passagem pelo país com o Adler’s Appetite), também serão brindados com seções exclusivas. Axl Rose pode não dar entrevistas mas, a seguir, oferecemos a você uma overdose de Guns N’Roses. BOX 01 DUFF McKAGAN’S LOADED “ESTOU AO LADO DE PESSOAS LEGAIS E HONESTAS” Por Ricardo Batalha Agendado sem muito alarde para ser ‘opening act’ do segundo dia do festival “Maquinária”, realizado nos dias 7 e 8 de novembro na Chácara do Jockey, em São Paulo, Duff McKagan encarou sua recente passagem pelo Brasil como um agradecimento aos fãs. “É ótimo estar de volta ao Brasil! Eu precisava retribuir o carinho e o apoio que os brasileiros me deram nesses anos todos. A primeira vez em que estive no Brasil não fazia ideia de que o Guns N’Roses era tão grande no país. Com o passar dos anos, fui me empolgando cada vez mais com a paixão que os brasileiros demonstram pela música – seja do Guns, do Velvet Revolver ou do Loaded –, que é diferente de qualquer outro lugar do planeta”, diz o baixista, que agora atua como guitarra base e vocal no grupo Duff McKagan’s Loaded. A banda, criada há dez anos, está promovendo o álbum Sick, terceiro da carreira e sucessor de Dark Days (2001) e Wasted Heart (2008). “O Loaded começou mais obscuro e melancólico, mas Sick é um disco mais furioso”, observa. Apesar do título e da abordagem musical mais agressiva, Duff explica que isto ocorreu naturalmente. “Nada foi proposital e meu trabalho não deve ser visto como uma resposta ao que aconteceu na minha vida pessoal. A faixa título não tem nenhuma referência a qualquer pessoa, já que ela retrata o asco da sociedade em relação a tudo, especialmente às formas de governo e à economia”. BOX 02 A REABILITAÇÃO DE STEVEN ADLER Por Ricardo Batalha Quando você se encontra cara a cara com um ídolo de milhões de pessoas mas que tem uma vida conturbada pelo envolvimento com drogas pesadas, espera falar com um sujeito carrancudo e perturbado. Porém, logo após ouvir a frase “Cara, esta revista tem o nome mais legal que eu já vi!”, aquele misto de aflição e apreensão desaparece em segundos. “Quando você excursiona, a equipe de roadies se alimenta antes mesmo da banda”, continua o ex-baterista do Guns N’Roses, Steven Adler, que hoje tem a fala prejudicada devido a um derrame que sofreu em 1996, decorrente de uma aplicação de ‘speedball’ – coquetel de heroína e cocaína injetado na veia. Os problemas com as drogas fizeram com que Adler perdesse seu posto no Guns N’Roses e em seguida as detenções por porte de entorpecentes viraram rotina. Hoje em dia, o baterista pode ser visto em programas de reabilitação do canal de televisão a cabo VH1. Entretanto, quando entra em cena no palco e bate com força nas peles da bateria, a imagem é a mesma daquele jovem vivaz que começou sua carreira na banda Road Crew, tocando com o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan. “Eu e Duff nos dávamos muito bem tocando. Ele começou como guitarrista, mas quando chegou a Los Angeles havia mais guitarristas que baixistas. Foi então que ele mudou para o baixo, mas manteve seu estilo, que é diferente e bem poderoso, assim como o de Slash”, analisa Adler, que participará do primeiro álbum solo de Slash, intitulado Slash & Friends. BOX 03 SLASH: O INGLÊS MAIS AMERICANO DO HARD ROCK PREPARA ‘DEBUT’ SOLO Embora tenha sido figura emblemática do Hard Rock norte-americano do final dos anos 80 com uma imagem que representava a cena de Los Angeles, o guitarrista Slash nasceu Saul Hudson, a 23 de julho de 1965, na cidade de Stoke-on-Trent, na Inglaterra. Após lançar sua autobiografia em 2007, Slash deixou no ar que estava planejando lançar um álbum solo, o primeiro desde sua saída do Guns N’Roses. O projeto Slash & Friends não teria uma banda fixa, como aquelas que o guitarrista criou no período pós-GNR com o Slash’s Snakepit e o Velvet Revolver. A intenção era reunir alguns de seus ex-companheiros, seus amigos músicos mais próximos e alguns heróis que sempre admirou. Depois de um período de estudos e incertezas com o futuro do Velvet Revolver, Slash efetivamente botou o projeto em prática, iniciando as gravações de seu ‘debut’ solo no começo do mês de março. No dia 11 daquele mês, foi registrada a primeira faixa, trazendo o vocalista M. Shadows (Avenged Sevenfold) como convidado.

LACUNA COIL

Por Claudio Vicentin

REINVENTANDO-SE

O Lacuna Coil vem evoluindo a cada lançamento e Shallow Life é a prova viva disso. Mas para muita gente a palavra evolução, que nos leva a pensar em melhora e enriquecimento musical, pode significar mudanças drásticas, resultando em críticas infundadas. Cristina Scabbia nos conta, entre tantas outras coisas, como tem se afastado de críticas boas ou más, além obviamente de todos os detalhes desse novo trabalho gravado em Los Angeles, nos Estados Unidos, país em que o grupo italiano vem obtendo enorme repercussão. Como tem sido a reação dos fãs às novas músicas ao vivo? Cristina Scabbia: Maravilhosa! No início da turnê tocávamos apenas Not Enough e Spellbound, mas agora que os fãs conhecem todo o novo CD e estamos tocando mais faixas dele.

Malefice

Por Antonio Carlos Monteiro

A VINGANÇA APENAS COMEÇA

Formado na Inglaterra no ano de 2003, o Malefice se deparou com aquelas mesmas dificuldades que toda banda iniciante precisa enfrentar. Porém, a determinação do quinteto, aliada ao Thrash com elementos tanto do Death como do Metal Tradicional que faz com maestria, fez com que o grupo, após lançar o EP Relentless em 2006 e o álbum Entities no ano seguinte, chamasse a atenção de ninguém menos que a gravadora Metal Blade. Já sob o novo contrato, foi lançado o saudado disco Dawn Of Reprisal (2009), que vem abrindo novas e importantes portas para o quinteto. O vocalista Dale Butler falou sobre essa nova fase na vida da banda e sobre o desafio que o Malefice enfrentou para chegar lá. Seu disco de estreia, Entities, foi muito bem recebido tanto pelo público como pela crítica especializada. Até que ponto isso pressionou vocês na hora de escrever e gravar o sucessor dele? Dale Butler: Bem, a gente não pode deixar de lembrar que hoje estamos um pouco mais velhos, mais experientes e mais espertos (risos)… Mas o sucesso de Entities serviu, entre outras coisas, para que nos dedicássemos cada vez mais ao nosso trabalho para que Dawn Of Reprisal fosse um álbum ainda melhor que o primeiro. Nós conversamos muito sobre o direcionamento que deveríamos dar ao disco e sobre o que não funcionou tão bem no trabalho de estreia e que teríamos que evitar. Isso proporcionou que desde o início todos soubéssemos o que deveria ser feito e qual som estávamos procurando. E nosso objetivo foi soltar um disco com levadas épicas e riffs matadores pra fazer a galera bater cabeça com vontade – o que, no fundo, é como o Metal tem que ser!

MASTER

Por Maicon Leite

A ORIGEM DE TODO O MAL

Colaborou: Karol Kasper

Falar sobre a origem do Death Metal e não citar o Master é quase um sacrilégio. Considerado por muito como o criador do estilo, antes mesmo de nomes como Death e Possessed, o grupo segue na ativa, tendo sempre à frente o incansável e batalhador Paul Speckmann, uma lenda viva do Metal graças a seu currículo extenso e invejável. E o baixista/vocalista não desiste facilmente. Na entrevista a seguir, Paul despeja desprezo pelo seu país de origem, os EUA, e elogia a República Tcheca, onde vive atualmente, além de contar como foi o começo de sua carreira e falar sobre as bandas pelas quais passou… Sua carreira tem mais de 25 anos e você é considerado um artista cult pelos fãs de Death Metal. O White Cross foi sua primeira experiência como músico? Paul Speckmann: O White Cross era estritamente de covers de sucessos do final dos anos 70, como Ted Nugent, Black Sabbath e Montrose. Esta foi minha primeira experiência como vocalista, pois descobri o baixo mais tarde, em 1979. Tudo começou quando eu caminhava pelos corredores da minha escola secundária local cantando As Good People, do Yes. O guitarrista Ronald “Ron” Cooke – que obteve sucesso no início dos anos oitenta com um grupo chamado Thrust – me convidou para ir à audição da banda dele, White Cross. Aceitei o desafio e essa experiência mudou minha vida, pois me introduziu no Rock’n’Roll. Recentemente, eu estive em Hollywood com ele no festival “Appease the Beast 2” (N.R.: realizado a 26 de outubro de 2008, no Knitting Factory, em Hollywood/CA). Foi a primeira vez em que estive em minha terra natal em dez anos.

Municipal Waste

Por Ricardo Campos

SERIEDADE

O Municipal Waste é uma banda norte-americana que está perto de completar dez anos de carreira mas que consegue como poucas sintetizar a essência do Thrash Metal e do Crossover dos anos 80 e 90, além de dar um toque pessoal para o contexto. Portanto, qualquer semelhança com Suicidal Tendencies e com os primórdios de nomes como Metallica e Megadeth não é mera coincidência. Agora Tony Foresta (vocal), Philip “Land Phil” Hall (baixo), Ryan Waste (guitarra) e Dave Witte (bateria) – foto – lançam o novo Massive Aggressive, álbum que deixa de lado a atmosfera bem humorada de The Art Of Partying (2007) e mostra uma banda soando mais agressiva e, de certa forma, até mais sombria. Land Phil nos conta tudo. Já se passaram dois anos desde o lançamento do The Art Of Partying. Vocês ficaram satisfeitos com o direcionamento mais festeiro que a banda tomou nele? Phil: Acho que aquele direcionamento foi uma fase em nossa carreira, mas com Massive Aggressive as coisas seguirão outro rumo. Com ele acho que conseguiremos manter o Municipal Waste revigorado para os fãs mais fervorosos e conquistaremos novos.

NOX ETERNA

Por Antonio Carlos Monteiro

EXPERIÊNCIA E DETERMINAÇÃO

Treze anos não são treze dias… Por mais evidente que seja essa constatação, isso ilustra muito bem a experiência e, portanto, a segurança e a qualidade com que o Nox Eterna, grupo formado em 1996 na cidade paulista de Jundiaí, desenvolve seu trabalho. Tendo lançado uma demo e um EP ao longo desses anos, a banda formada por Ricardo Mingote (bateria), Renato Lorenccini (guitarra), Renato Zomignani (vocal), Alan Ricardo (guitarra) e Luis Felipe Chagas (baixo) – foto – e finalmente coloca nas lojas seu álbum de estreia, Mind Abduction. Fomos conversar com Renato Zomignani e Renato Lorenccini para saber mais sobre a trajetória da banda, sobre o álbum e sobre os planos para o futuro. Dentre tantos subestilos de Heavy Metal, em qual vocês acreditam que a banda se enquadra? Renato Zomignani: Temos influências bastante variadas dentro da banda e algumas delas acabam aparecendo no nosso som. Algumas mais pesadas e modernas, outras mais melódicas e ainda alguns flertes com o Hard Rock, tudo dentro de um contexto mais tradicional do Heavy. Dá pra se notar algumas referências, porém a nossa identidade está lá, acima delas. Eu nos classifico simplesmente como Heavy Metal.

Obituary

Por Justin Donnely TRABALHO E DIVERSÃO Levou seis anos para que a lenda do Death Metal que atende pelo nome de Obituary resolvesse voltar à ativa. Porém, os quatro anos decorridos após o retorno foram repletos de lançamentos e turnês ao redor do mundo. Dois anos após soltar o altamente aclamado álbum Xecutioner’s Return (2007), o quinteto formado por John Tardy (vocais), Trevor Peres e Ralph Santolla (guitarras), Frank Watkins (baixo) e Donald Tardy (bateria) estão com um novo trabalho nas lojas, intitulado Darkest Day. Antes de o Obituary cair na estrada de novo, fomos atrás do vocalista John Tardy, que nos recebeu em sua casa para falar sobre a produção intensa em que a banda se envolveu nos últimos tempos, sobre o novo disco e sobre os planos para o futuro.

ZAKK WYLDE

“DESEJO TUDO DE BOM PARA GUS G” Sem dúvida, esse foi um ano movimentado para Zakk Wylde. Ele lançou Skullage, um disco que reúne gravações antigas e inéditas do Black Label Society, além de trazer, numa edição limitada, um DVD bônus com apresentações ao vivo da banda. Além disso, a Gibson lançou dois novos modelos de guitarra signature Zakk Wylde. Tudo parecia ir bem até o guitarrista começar a sentir fortes dores numa das pernas. Uma consulta ao médico levou-o a descobrir que tinha vários coágulos no organismo, o que poderia matá-lo caso ele não se tratasse com urgência. Pra completar, seu longo período como guitarrista de Ozzy Osbourne também chegava ao fim, já que o vocalista resolveu substituí-lo por Gus G, do Firewind. Quer dizer, seja para o bem ou seja para o mal, foi um ano intenso para ele. Mas, como ele sempre fez em sua vida, Zakk enfrentou tudo de cabeça erguida. Ele está se tratando de seu problema de saúde e quando Ozzy dispensou-o, ele simplesmente disse ao antigo patrão que não sentia mágoa alguma e passou a se concentrar totalmente em sua banda. Nessa conversa, Wylde fala sobre a experiência de trabalhar com Ozzy, sobre o lançamento de Skullage, sobre ter visto a morte de perto e sobre suas novas guitarras.

BACKGROUND – SEPULTURA PARTE 4

Por João Luiz Zattarelli Jr. Primitivismo e simplicidade Era hora de pegar no batente de novo. Como já haviam começado a compor alguns riffs desde janeiro de 1995, Max, Igor, Paulo e Andreas se reuniram no meio do mesmo ano para a pré-produção do novo álbum. Mais ou menos nessa época, Glória Cavalera descobriu, para alegria de todos, que estava grávida já de alguns meses do segundo filho de Max. A única coisa que a banda tinha em mãos era o nome do novo álbum: Roots (“raízes”, em português). “O nome Roots foi para comemorarmos os dez anos de banda. Fomos umas das poucas bandas de Metal que sobreviveram e conseguiram projeção. Sobrevivemos no Brasil e alcançamos o exterior, mas não esquecemos nossas raízes”, explicou Max. Toda aquela viagem dos irmãos Cavalera com a sonoridade tribal brasileira veio à tona e a ideia de explorar novos rumos na carreira do Sepultura chegou ao seu ápice. O que os quatro queriam era radicalizar com primitivismo e simplicidade. Nada de excessos, sendo o mais direto possível.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso OS PRIMÓRDIOS DOS INSTRUMENTOS PERSONALIZADOS Instrumentos personalizados. Qual músico hoje em dia não gostaria de poder construir seu próprio modelo com um grande fabricante? Bem, atualmente isso já pode ser considerado bastante comum em boa parte do mundo, com músicos famosos, ou nem tanto, empunhando instrumentos fabricados sob suas especificações pessoais. A lista de nomes é infindável, mas quem tentava algo parecido entre o final dos anos 50 e meados dos anos 70 penava bastante para conseguir algum detalhe ou mesmo um ajuste pessoal em seu instrumento – fosse ele guitarra, baixo, bateria ou amplificador.

BLIND EAR - GRAHAM BONNET

Por Ricardo Campos (Alcatrazz, ex-Rainbow…) Fotos: Ricardo Batalha “(R.C.: Demora). O que é? (R.C.: Rainbow). Sério?! É álbum novo?! (R.C.: É do último disco, de 1995). Nossa, ouvi riffs parecidos com esse no álbum que gravei com a banda! (risos) Mas essa música aqui está bem Pop, por isso não identifiquei como Rainbow. Isso não soa muito revolucionário, não é inspirador. Eu não sei se você gosta, mas para mim soou suave e previsível demais. Não que seja ruim, apenas não faz meu gênero.” Rainbow – Ariel Stranger In Us All

CLASSICOVER - WHISKEY IN THE JAR

Por Antonio Carlos Monteiro Whiskey In The Jar Original: Thin Lizzy, lançada originalmente como single (1972) Cover: Metallica, no álbum Garage Inc. (1998) Essa é uma história que é mais conhecida quando contada de trás para frente. Afinal, a grande maioria do público associa de imediato a música Whiskey In The Jar ao Metallica, em função do estrondoso sucesso obtido pela versão gravada pelo quarteto americano em 1998. Até pelo fato de o disco em que ela saiu, Garage Inc., se tratar de um álbum de covers, alguns não demoraram a descobrir a versão original, gravada mais de vinte e cinco anos antes pela banda irlandesa Thin Lizzy. No entanto, o que pouca gente sabe é que Whiskey In The Jar (e não “whiskey in A jar”, como insistem alguns) é muito, mas muito mais antiga. Sua origem, na verdade, desafia os historiadores e estudiosos do folclore irlandês, que divergem em relação ao ano em que ela teria sido criada, mas as correntes mais aceitas dão conta de que ela surgiu na Irlanda ali por volta do século 17. Porém, foi apenas no século passado que o tema foi redescoberto pelos artistas de música popular, sendo que uma de suas regravações mais conhecidas foi levada a cabo pela banda irlandesa de Folk The Dubliners – o grupo está na ativa até hoje e é possível encontrar no YouTube uma animada versão ao vivo dessa música interpretada por eles em 2007.

CLASSICOVER - WHISKEY IN THE JAR

Por Antonio Carlos Monteiro

Whiskey In The Jar

Original: Thin Lizzy, lançada originalmente como single (1972)

Cover: Metallica, no álbum Garage Inc. (1998)

Essa é uma história que é mais conhecida quando contada de trás para frente. Afinal, a grande maioria do público associa de imediato a música Whiskey In The Jar ao Metallica, em função do estrondoso sucesso obtido pela versão gravada pelo quarteto americano em 1998. Até pelo fato de o disco em que ela saiu, Garage Inc., se tratar de um álbum de covers, alguns não demoraram a descobrir a versão original, gravada mais de vinte e cinco anos antes pela banda irlandesa Thin Lizzy. No entanto, o que pouca gente sabe é que Whiskey In The Jar (e não “whiskey in A jar”, como insistem alguns) é muito, mas muito mais antiga. Sua origem, na verdade, desafia os historiadores e estudiosos do folclore irlandês, que divergem em relação ao ano em que ela teria sido criada, mas as correntes mais aceitas dão conta de que ela surgiu na Irlanda ali por volta do século 17. Porém, foi apenas no século passado que o tema foi redescoberto pelos artistas de música popular, sendo que uma de suas regravações mais conhecidas foi levada a cabo pela banda irlandesa de Folk The Dubliners – o grupo está na ativa até hoje e é possível encontrar no YouTube uma animada versão ao vivo dessa música interpretada por eles em 2007.

CLASSICREW

Por Vários

1979

Judas Priest – Unleashed In The East: Live In Japan

Por Bento Araújo

Esse é o disco ao vivo mais pesado da década de 70. Aclamado e criticado com mesma intensidade, a verdade é que trinta anos depois Unleashed In The East ainda causa impacto por uma simples razão: compilar perfeitamente a força do material pré-era British Steel da banda e ao mesmo tempo reunir tantos clássicos do Heavy Metal num período pré-NWOBHM, movimento esse que teve o Priest como pilar sagrado e talvez sua principal influência.

Discos ao vivo só merecem respeito e atenção quando conseguem alcançar um não tão simples propósito, que é o de trazer um bom número de versões que superem as gravações originais de estúdio. E é exatamente nesse quesito que Unleashed In The East se sai melhor; basta uma ouvida nas versões de Sinner, The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown), Diamonds & Rust, Exciter e Victim Of Changes para constatar isso.

1989

Annihilator – Alice In Hell

Por Ricardo Batalha

A banda canadense de Thrash Metal Annihilator, formada em meados de 1984 pelo multi-instrumentista, compositor e produtor Jeff Waters, fez sua estreia com Alice In Hell, disco lançado no início de maio de 1989 e que marcou época.

Antes de gravar, o guitarrista Jeff Waters e o baterista Ray Hartmann passaram um tempo ensaiando, rearranjando e criando músicas. Depois, foram para um pequeno estúdio em New Westminster/British Columbia (CAN) registrar as partes de bateria, enquanto buscavam um selo independente para lançar o álbum. O engenheiro de som na gravação foi Paul Blake, que acabou se tornando um dos melhores amigos de Waters e trabalhou com a banda em outros álbuns. No entanto, o processo foi demorado porque costumavam trabalhar somente no período noturno. Além disso, enquanto Waters tinha que se preocupar em gravar as partes de guitarra e baixo, seguia fazendo testes com vocalistas. O escolhido foi Randy Rampage, ex-baixista da banda Punk/Hardcore D.O.A., que conseguiu um desempenho bom e rápido em estúdio.

Classicrew Especial Brasil -1989

Por Vários

Antonio Carlos Monteiro

Para muita gente, há exatos vinte anos o Metal brasileiro de fato de afirmou e se profissionalizou de verdade. E o acontecimento que determinaria isso seria a primeira tour que o Sepultura realizou pelo exterior, fruto do seu à época mais recente lançamento, o álbum Beneath The Remains.

De fato, a banda já havia lançado dois álbuns e conquistado não apenas o respeito dos fãs do Brasil e do exterior, mas também um contrato com a Roadrunner, que naqueles tempos era algo como um sonho para onze entre dez músicos de Heavy Metal. Mesmo com a gravadora agindo com a desconfiança habitual – o orçamento para gravação era bem modesto e a primeira edição do disco não teve sequer encarte com as letras –, a banda pôde contar com produtor estrangeiro (Scott Burns) e gravar no melhor estúdio brasileiro da época (Nas Nuvens, no Rio de Janeiro).

Ratos De Porão – Brasil

Frans Dourado

Poucos entenderam tão bem o Brasil após a abertura política que pôs fim a vinte anos de ditadura militar do que João Gordo. O vocalista dos Ratos de Porão já chamava a atenção da mídia em geral nos anos 80 por suas declarações espirituosas, sua autenticidade e uma sagacidade incomum para analisar o mundo a sua volta. Brasil é o quarto LP do quarteto paulistano e um dos discos brasileiros com o maior número de hits na história da música pesada, algo comparável a Arise, do Sepultura. E esse sucesso é em parte explicado pela já famosa criatividade na composição das letras, que aliava a conhecida análise ácida da sociedade a um humor negro que se encaixava perfeitamente na ferocidade do som da banda.

Sarcófago – Rotting

Frans Dourado

Um Jesus putrefato sendo beijado lascivamente pela morte foi o cartão de visitas apresentado pelo Sarcófago em sua segunda empreitada via vinil. A arte desenhada por Kelson Frost teve a coroa de espinhos negligenciada pelo artista com o intuito (fracassado) de evitar a associação com Cristo. O sucessor do clássico I.N.R.I. (1987) trouxe uma banda mais enxuta, tanto no visual que dispensou o corpse paint, o couro e as correntes, quanto na quantidade de integrantes, já que se apresentava reduzido ao trio formado por Wagner “Antichrist” Lamounier (guitarra, vocal), Gerald “Incubus” Minelli (baixo) e Manoel “Joker” (bateria).

Viper – Theatre Of Fate

Sepultura – Beneath The Remains

Antonio Carlos Monteiro

Feliz é o disco que consegue resistir ao tempo. Partindo-se desse princípio, Theatre Of Fate é um disco felicíssimo. Porque, afinal de contas, esse é um álbum que, além de ter feito história, até hoje se deixa ouvir com uma facilidade invejável a muitos lançamentos que já são verdadeiros anciãos com poucos meses nas lojas. E se levarmos em conta que na época o Heavy Metal praticamente engatinhava por aqui e que os músicos tinham em média 18 anos de idade, a coisa ganha ainda mais magnitude.

O guitarrista Felipe Machado comenta que a banda não tinha noção que estava produzindo um marco do Metal nacional, mas que “a ideia – superpretensiosa, reconheço – era gravar o melhor disco do Brasil até então.”

EDITORIAL

Por Airton Diniz

O ANO PASSOU BATIDO

O ano de 2009 chega ao fim sem confirmar as previsões catastróficas relacionadas à crise econômica mundial que, afinal de contas, não foi tão severa assim. A gigantesca crise esperada chegou a ser ironizada “neste país”, onde foi classificada como uma simples “marolinha” pelo presidente da República. Ainda bem, porque isso permitiu que muita coisa acontecesse da forma mais normal possível na área de entretenimento musical, com a ocorrência de uma grande quantidade de shows e lançamentos nacionais e internacionais durante todo o ano, como lembra em detalhes o texto do “Stay Heavy Report” desta edição.

Portanto, 2009 passou batido, mesmo, com tudo acontecendo sem surpresas e mantendo, como aspecto positivo, a já citada movimentação de shows pelo país afora. Mas, continuaram também dentro da normalidade algumas coisas do lado negativo, como por exemplo a falta de espaço para o Rock de verdade na mídia não especializada, que continua não dando a devida atenção ao trabalho de artistas de altíssima qualidade que atuam neste segmento musical. É inaceitável que trabalhos com significativo valor artístico – como o recente lançamento de Andre Matos, matéria de capa desta edição – tenham tanta dificuldade para aparecer para o grande público enquanto os olhos e ouvidos da população são bombardeados sistematicamente por atentados de grupos tecnicamente sofríveis do ponto de vista musical, coisas do tipo “nada vezes zero” (que em matemática significa zero mesmo). Força do “jabá”? Isso deveria ser classificado como crime, mesmo que muitas autoridades encarem como algo “normal” o pagamento de propina para empurrar goela abaixo do povo o que os donos do mercado querem fazer acontecer.

Enfim, foi um ano normal, tão normal que algumas das coisas mais marcantes que tiveram forte presença na mídia nesses 12 meses foram lembranças de acontecimentos de 40 anos atrás. Assim, o mundo teve a chance de celebrar fatos inesquecíveis, trazendo de volta a emoção e refrescando a memória dos mais velhos, ou dando chance aos mais novos de tomar conhecimento de coisas que mexeram com muita gente na época.

Só para citar alguns eventos extraordinários que completaram quatro décadas em 2009, tivemos na área esportiva o milésimo gol do Pelé; na área científica e tecnológica, a chegada do homem à Lua; e na área artística é impossível deixar de citar o festival de Woodstock e o lançamento de Abbey Road, último álbum de estúdio gravado pelos Beatles.

Aliás, a década de 60 foi o período em que se deu a transformação da forma de viver a vida no planeta Terra. Isso deixou marcas tão profundas que o brilho dos acontecimentos daqueles anos ainda reflete nos dias atuais e continuará refletindo mesmo com o passar do tempo. E 1969 foi o ápice processo de mudança.

Felizmente, pelo menos em se tratando material gravado de som e imagem, o avanço da ciência no setor da tecnologia digital permite que tenhamos acesso a muita coisa valiosa criada nesse passado recente – e com o aperfeiçoamento da qualidade – através de restauração de obras que merecem cuidados especiais.

Airton Diniz

ETERNAL IDOLS - JERRY GARCIA

Por Antonio Carlos Monteiro

Jerry Garcia * 01/08/1942 + 09/08/1995

O compositor americano Jerome Kern era ídolo de Jose Ramon Garcia e de Ruth Marie Clifford Garcia. Assim, quando nasceu seu segundo filho, no dia 1º de agosto de 1942, resolveram chamá-lo de Jerome John Garcia – mas não demoraria muito para que todos, incluindo seus pais, passassem a chamá-lo de Jerry. José Ramon e Ruth Marie (que passaram aos filhos uma mistura de sangue espanhol, sueco e irlandês) tinham um filho de cinco anos, Clifford Ramon, e eram donos de um bar em San Francisco quando Jerry nasceu.

Jerry Garcia teve uma vida marcada por acidentes e tragédias pessoais. O primeiro episódio marcante nesse sentido aconteceu quando ele tinha quatro anos. Seu irmão mais velho estava rachando lenha quando ele inadvertidamente colocou a mão exatamente na trajetória do machado. O resultado foi a amputação de dois terços do dedo médio da mão direita, que não pôde ser reimplantado.

GARAGE DEMOS

Por Vários

Nesta edição:

Anlis

Atomik Destruktor

Daydream XI

Destrutor

Massaker

Merciless Terror

Mortifier

Never Die

Sacred Storm

Slasher  (Destaque)

Vill

HIDDEN TRACKS - STORMWITCH

Por Maicon Leite

Origem: Alemanha

Época: Anos 80/90/2000

Estilo: Heavy/Power Metal

Formação Clássica: Andy Mück (vocal), Harald Spengler e Stefan Kauffman (guitarras), Ronny Gleisberg (baixo) e Pete Langer (bateria)

Discografia: Walpurgis Night (1984), Tales Of Terror (1985), Stronger Than Heaven (1986), The Beauty And The Beast (1987), Eye Of The Storm (1989), Live In Budapest (1989), War Of The Wizards (1992), Shogun (1994), Priests Of Evil (coletânea – 1998), Dance With The Witches (2002), Witchcraft (2004) e Call Of The Wicked (coletânea – 2008)

Site relacionado: www.stormwitch.de

A criação do Stormwitch data de 1979, na região de Heidenheim (ALE), quando os amigos de escola Andy “Aldrian” Mück (vocal), Harald “Lee Tarot” Spengler e Stefan “Steve Merchant” Kauffman (guitarras) decidiram formar uma banda, que seria batizada como Lemon Sylvan. Rebatizado Stormwitch dois anos depois, o grupo se estabeleceu com a entrada de Ronny Gleisberg (baixo) e Pete Langer (bateria), formação que permaneceu fixa até Live In Budapest, de 1989.

Liricamente, o grupo se baseava em temas épico-medievais e, posteriormente, em temas mais românticos, chegando a ser considerado “The Masters Of Black Romantic”. A aparência também seguia esta linha, indo do visual repleto de couro para algo mais pomposo em um curto espaço de tempo, talvez tentando seguir a onda Hard/Glam, que era a sensação do momento. Outra característica marcante da banda foi incluir elementos medievais e até mesmo de música clássica em sua sonoridade, sendo pioneira nessa mistura.

Hidden Tracks - Stormwitch

Por Maicon Leite

Origem: Alemanha

Época: Anos 80/90/2000

Estilo: Heavy/Power Metal

Formação Clássica: Andy Mück (vocal), Harald Spengler e Stefan Kauffman (guitarras), Ronny Gleisberg (baixo) e Pete Langer (bateria)

Discografia: Walpurgis Night (1984), Tales Of Terror (1985), Stronger Than Heaven (1986), The Beauty And The Beast (1987), Eye Of The Storm (1989), Live In Budapest (1989), War Of The Wizards (1992), Shogun (1994), Priests Of Evil (coletânea – 1998), Dance With The Witches (2002), Witchcraft (2004) e Call Of The Wicked (coletânea – 2008)

Site relacionado: www.stormwitch.de

A criação do Stormwitch data de 1979, na região de Heidenheim (ALE), quando os amigos de escola Andy “Aldrian” Mück (vocal), Harald “Lee Tarot” Spengler e Stefan “Steve Merchant” Kauffman (guitarras) decidiram formar uma banda, que seria batizada como Lemon Sylvan. Rebatizado Stormwitch dois anos depois, o grupo se estabeleceu com a entrada de Ronny Gleisberg (baixo) e Pete Langer (bateria), formação que permaneceu fixa até Live In Budapest, de 1989.

Liricamente, o grupo se baseava em temas épico-medievais e, posteriormente, em temas mais românticos, chegando a ser considerado “The Masters Of Black Romantic”. A aparência também seguia esta linha, indo do visual repleto de couro para algo mais pomposo em um curto espaço de tempo, talvez tentando seguir a onda Hard/Glam, que era a sensação do momento. Outra característica marcante da banda foi incluir elementos medievais e até mesmo de música clássica em sua sonoridade, sendo pioneira nessa mistura.

LIVE EVIL - FAITH NO MORE

Por Claudio Vicentin

REVIVENDO O INÍCIO DOS ANOS 90

 Fotos: Renan Facciolo

 Atração principal do festival “Maquinaria”, realizado em 7 de novembro na Chácara do Jockey, em São Paulo, o grupo norte-americano Faith No More retornou praticamente com o mesmo pique dos anos 90.  Quem não se lembra das apresentações memoráveis da banda no Brasil, especialmente a primeira no “Rock In Rio 2”, de 1991? Aliás, após esse festival a banda ficou gigantesca por aqui e o álbum The Real Thing vendeu muito, com as faixas Epic e Falling To Pieces como carros-chefe. A MTV, que acabara de nascer no Brasil à época, abraçou a banda com entusiasmo! E que saudades dos tempos em que a MTV dava espaço para música e não tripudiava em cima do Heavy Metal.

Na fase atual do Faith No More, o show é convincente e Mike Patton continua cantando muito bem, mantendo praticamente a mesma postura alucinada. Ele tem muita energia e empolga com suas falas em português e seu carisma natural. O vocalista realmente curte o Brasil e conhece muita coisa da música brasileira, independentemente do estilo.

LIVE EVIL - KILLSWITCH ENGAGE

Por Claudio Vicentin

UM SHOW MEMORÁVEL, UMA PLATEIA INSANA

Em sua primeira data, o show do Killswitch Engage foi adiado por problemas de saúde do vocalista Howard Jones. Isso gerou certa tensão. Afinal, qual seria a reação dos fãs que já haviam adquirido seu ingresso? Por sorte, existem empresas que fazem um trabalho sério e honesto, como é o caso da Liberation. Os fãs, percebendo isso, nem pensaram em pedir o dinheiro de volta e esperaram pacientemente pela nova data que não demorou a sair. Assim, no dia 1º de novembro lá estavam os americanos detonando no palco do Espaço Lux, em São Bernardo do Campo, cidade vizinha a São Paulo.

Domingão, véspera de feriado, e o público foi chegando em ótimo número, praticamente lotando a casa. Cabe ressaltar que muitas vezes você pode ter cinco mil fãs em um show, mas sem uma participação efetiva. Em outro casos, como ocorreu no Espaço Lux, a presença de 1.500 fãs cantando e agitando como se fosse o último show de suas vidas, é algo que marca para sempre, pois o que se viu foi algo de arrepiar banda e público!

LIVE EVIL - KREATOR E EXODUS

Por João Luiz Zattarelli Jr.

Kreator / Exodus

Fotos: Ricardo Zupa

Dia 31 de outubro. Para os gringos, dia de

Halloween. Para nós, brasileiros e fãs de Metal, uma

noite “sangrenta” com duas das maiores entidades

do Thrash Metal mundial juntas na Via Funchal,

em São Paulo. Os americanos do Exodus estavam

promovendo seus últimos lançamentos – The

Atrocity Exhibition – Exhibit A (2007) e Let There Be

Blood (2008) –, enquanto os alemães do Kreator, o

recente Hordes Of Chaos (2009). A Via Funchal, uma

das melhores casas de shows de São Paulo, não

estava com sua capacidade máxima esgotada, mas

um público fiel, de aproximadamente 3.500 pessoas,

deu um show à parte em pleno fim de semana

prolongado na capital paulista.

Às 22h, após uma pequena introdução, o Exodus

entrou em cena com muita energia, mandando de cara

a clássica Bonded By Blood. A atual formação, com

Rob Dukes (vocal), Gary Holt e Lee Altus (guitarras),

Jack Gibson (baixo) e Tom Hunting (bateria), não fica

devendo em nada às mais antigas, já que Rob e Lee

(Heathen) são perfeitos para seus postos. O som

estava muito alto e nítido, exceto pelas guitarras, que

cujas bases embolaram nas primeiras músicas. Com

o desenrolar do show, o som foi melhorando, m

LIVE EVIL -LIVING COLOUR / TIM “RIPPER”

Por Vários

Live Evil Living Colour / Tim “Ripper” Owens

Living Colour

Via Funchal – São Paulo/SP

15 de outubro de 2009

Por Letícia Helena • Fotos: Stephan Solon

Dezessete anos depois da primeira visita e dois anos após a última apresentação no Brasil, o quarteto nova-iorquino Living Colour desembarcou por aqui com um CD novo nas prateleiras e um show que surpreendeu o razoável público presente no Via Funchal, em São Paulo (SP), no último dia 15 de outubro.

A divulgação do álbum The Chair In The Doorway foi marcada pelo improviso. Já as influências de Funk, Heavy Metal e Punk, sempre presentes na carreira do grupo, ficaram ainda mais evidentes nessa turnê.

A apresentação, que durou 2h40, foi mais longa do que muitos esperavam e começou pesada. Sucessos como Middle Man, Times Up e Sacred Ground aqueceram o público logo no início do show. E mesmo os que caíram por ali de paraquedas se empolgaram quando o refrão de Give it Away, do Red Hot Chilli Peppers…

Tim “Ripper” Owens

Manifesto Bar – São Paulo/SP

16 de outubro de 2009

Por João Luiz Zattarelli Jr. e Thiago Rahal Mauro

Foto: Thiago Rahal Mauro

O início da turnê brasileira de promoção de Play My Game, primeiro álbum solo de Tim “Ripper” Owens (Beyond Fear e Yngwie Malmsteen, ex-Iced Earth, Judas Priest e Winters Bane), ocorreu no último dia 16 de outubro no Manifesto Bar (SP) para uma plateia de cerca de 400 pessoas.

A abertura ficou a cargo da banda paulistana Burn Down, formada por Victor Toreto (vocal), Mario Malke (bateria), Bruno Santos (baixo) e Guiler Cruz (guitarra). Os músicos se apresentaram dignamente e mostraram algumas músicas de seu EP 101% Pure, além de covers de Ozzy e Sepultura. Infelizmente, tiveram alguns problemas técnicos durante o show, tendo que sair do palco por um tempo. Sanado o problema, a banda voltou e fechou a apresentação com muita competência e profissionalismo. Com certeza, é uma das grandes promessas do Heavy Metal nacional.

Por volta de 1h30 da manhã, Tim “Ripper” Owens entrou rasgando no palco do Manifesto com Painkiller (Judas Priest), junto com o Tempestt como banda de apoio – BJ (vocal e guitarra, também Jeff Scott Soto), Paulo Soza (baixo), Gabriel Triani (bateria) e Leo Mancini (guitarra, também Shaman) estão de parabéns

LIVE EVIL - ONSLAUGHT / DRAGONFORCE

Por Clóvis Roman

Onslaught

Ópera 1 – Curitiba/PR

13 de novembro de 2009

fotos Clóvis Roman

Show de Thrash Metal, principalmente de bandas lendárias como a inglesa Onslaught, são como uma viagem no tempo. Muitos dos presentes adotavam a vestimenta característica do estilo, com tênis surrado e jaqueta jeans lotada de patches. Mesmo antes de chegar ao Ópera 1, nas proximidades do recinto já era possível notar que tipo de show rolaria por lá. O público apareceu em quantidade razoável, mas considerando a importância da atração principal na história do Thrash – além do preço acessível – mais gente poderia ter comparecido na noite de 13 de novembro (sexta-feira).

Com um pequeno atraso, as bandas de abertura iniciariam o evento. A Soul Crusher tem riffs cativantes, boas quebradas e passagens, e vocal que beira o Death Metal, como pudemos comprovar na música que dá nome ao quarteto, assim como em Urban Chaos. É notória a evolução a cada show que fazem e, se persistirem mais, poderão figurar entre os grandes nomes do Metal curitibano.

Dragonforce

Ópera 1 – Curitiba/PR

7 de novembro de 2009

foto Clóvis Roman

Para quem ouve Metal desde antes de o Dragonforce (antigo Dragonheart) surgir, é até natural que quem tenha ouvido apenas uma ou duas músicas da banda comece a generalizar e até a nutrir um certo preconceito contra seu som. Já os fãs da leva mais recente se identificam bastante com o som veloz e virtuoso do grupo. Tanto que a maioria absoluta do público presente no show, realizado no dia 7 de novembro em Curitiba (PR), era composto por adolescentes. E eles lotaram o Ópera 1, diferentemente do que ocorre com shows de estilos cultuados pelos headbangers ‘old school’. Além disso, a grande procura por ingressos e a tarde de autógrafos ocorrendo na loja de games Only Games, no shopping Curitiba, comprovaram que o grande impulso do Dragonforce certamente foi o jogo “Guitar Hero”. A música do grupo, que se não é a oitava maravilha do mundo, tem muitas qualidades se analisada com um pouco menos de preconceito e rende, sim, bons momentos de diversão.

As bandas de abertura foram Cameratta Maxima e Eyes Of Gaya. Enquanto a primeira ainda carece de um pouco de identidade mas tem boas ideias e vocal afinado, a outra mostra boa musicalidade e um repertório até que variado, considerando as limitações que o estilo impõe. Ambas tiveram boa receptividade dos presentes, apesar de estarem

LIVE EVIL - STRATOVARIUS

Por Thiago Rahal Mauro

MAIS VIVOS DO QUE NUNCA

Fotos: Ricardo Zupa

Após todo o circo criado em torno da saída do guitarrista, fundador e principal compositor do Stratovarius, o excêntrico Timo Tolkki, os finlandeses se viram em maus lençóis. Primeiro, tinham que encontrar um guitarrista no mínimo muito bom. Segundo, deveriam criar novas músicas à altura dos discos anteriores – o que, em minha opinião, não conseguiram. Por último, era preciso sair em turnê e manter o legado conseguido com muito trabalho e anos de dedicação.

Aliás, os shows sempre foram uma especialidade dos finlandeses. O Brasil teve em todos esses anos um caso de amor com o Stratovarius, sendo considerado rota obrigatória pela banda em todas as suas turnês. Mesmo com o grupo lançando mão de uma estratégia de marketing de péssimo gosto, na qual se diz inclusive que um brasileiro havia enviado uma carta pelo correio com um saco abarrotado de fezes, dentre outras amenidades, os fãs locais prestigiaram o evento em um bom número.

LIVE EVIL - TWISTED SISTER

Por Ricardo Batalha

BRASILEIROS SURPREENDEM VETERANOS

Fotos: Ricardo Zupa

Desde maio de 1985, quando o vocalista Dee Snider esteve no Brasil para promover o álbum Stay Hungry, lançado exatamente um ano antes daquela tímida ‘promo tour’, os fãs tinham a esperança de ver o Twisted Sister tocando por aqui. No entanto, foram necessários vinte e quatro anos até que isto se tornasse possível, coincidentemente no ano em que a empresa Top Link Music – responsável pela vinda do grupo ao Brasil – comemora seus vinte anos de existência. Assim, seis anos após terem retomado as atividades, Dee Snider (vocal), Jay Jay French e Eddie Ojeda (guitarras), Mark “The Animal” Mendoza (baixo) e AJ Pero (bateria), finalmente se apresentaram pela primeira vez aos brasileiros, em show realizado a 14 de novembro (sábado), na Via Funchal, em São Paulo.

No dia que antecedeu o show, foi realizada uma concorrida coletiva de imprensa no Hotel Hilton com a presença de todos os músicos. Após falar com a imprensa, Dee Snider & Cia. foram atender os fãs que estavam do lado de fora do hotel para fotos e autógrafos. À noite, Jay Jay French, Mark Mendoza e AJ Pero ainda foram conhecer o Manifesto Bar, mantendo a tradição da casa em abrigar as grandes estrelas.

No dia do show, um grande e diversificado público foi se formando à frente do Via Funchal. Antigos e novos fãs, de diversas vertentes do Metal, lotaram as dependências da casa para ver um grupo que teve uma carreira vencedora não só pela música cativante mas também por sua atitude e visual espalhafatosos. Anunciada como uma das derradeiras apresentações da banda com a famosa maquiagem, o Twisted Sister entrou em cena trinta minutos após o show de abertura, que ficou a cargo do Massacration. O “Spinal Tap brasileiro”, formado por humoristas/músicos do programa “Hermes e Renato” (MTV), vem promovendo seu segundo CD, Good Blood Headbangers, e mandou ver sua paródia de clichês de Heavy Metal.

PÔSTER - HELLHAMMER

Por Redação Pôster Hellhammer

RELEASES CDS

Por Vários

Ace 4 Trays

Agathocles / Cü Sujo

Ape

Austrian Death Machine

Believer

Burial Hordes

Cain’s Offering

Cheap Trick

Chimaira

Clamus

Conspiracy

Dark Age

Dying Fetus

Ensiferum

Epitaph

Ex Deo

Fintersforst

Foreigner

Graveworm

Halford

Hangar

Heavy Metal Killers

Howard Leese

Impious

Infected

Karl Sanders

Lillian Axe

Luxúria De Lilith

Maithungh

RELEASES DVDS

Por Vários

Annihilator

Silent Cry

The Moody Blues

Tinyfish

The Les Paul Story

Metalium

Nightrage

Siege Of Hate

Silent Memorial

Slayer

Steely Heaven

Suffocation

Tango Down

Trigger The Bloodshed

Warbringer

Warganism

Whiplash

ROADIE COLLECTION –BLIND GUARDIAN

Por Thiago Rahal Mauro

Surgido em meados da década de 1980 na cidade de Krefeld (ALE), o Blind Guardian se consolidou no mercado musical ao conquistar os fãs do mundo todo através de uma atmosfera mágica com músicas que misturam a agressividade do Heavy Metal com o clima épico e fantasioso influenciado pela cultura medieval, pela mitologia nórdica e pelas famosas obras do escritor J.R.R. Tolkien. Em 1984, sob o nome de Lucifer’s Heritage, surgiu a base do que seria hoje o Blind Guardian. Nesse período eles lançaram duas demos, Symphony Of Doom (1985) e Battalions Of Fear (1986) para então começarem a moldar o som que definiria a banda. Ao longo de sua carreira, o Blind Guardian sofreu com algumas mudanças de formação, porém uma delas foi bastante traumática. Thomen Stauch (bateria), um dos membros fundadores e que contribuiu bastante para o processo de composição, decidiu sair do grupo alegando diferenças musicais. Em seu lugar entrou Frederik Ehmke que, ao lado de Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras), conseguiu captar a essência de cada álbum já lançado pela banda, dando assim continuidade a uma das maiores bandas de Heavy Metal da história.

Site: www.blind-guardian.com

ROADIE NEWS

Por Redação News

ROADIE PROFILE – ROGÉRIO FERNANDES

Por Ricardo Batalha Rogério Fernandes(Carro Bomba)

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Balanço Metal 2009

Mais um ano está chegando ao fim e vale a pena parar um pouquinho para relembrar tudo o que foi proporcionado aos fãs de Heavy Metal nesse período. No quesito shows internacionais, tivemos uma enxurrada de bandas. Segue uma relação mês a mês:

Janeiro – Blaze Bayley;

 

 

 

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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