Praticando um Blues pesado, com variações e improvisos herdados do Jazz, surgiu em Birmingham (ING) a banda que estabeleceu novos rumos para o Rock. O nome, vindo do cinema, seria usado inicialmente apenas para intitular uma música cadenciada, densa, pesada e macabra, indo ao encontro…
Edição #135
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ANVIL
SUCESSO AINDA QUE TARDIO
Trad.: Antonio Carlos Monteiro
A lendária banda canadense Anvil está no momento aproveitando a enorme repercussão de seu documentário Anvil! – The Story Of Anvil. Mas esse sucesso não deixa de ser uma ironia, já que o mote inicial era justamente acompanhar uma banda que, apesar de tudo o que fez ao longo da carreira, não tinha alcançado justamente o sucesso. O baterista Robb Reiner, um dos músicos que há trinta anos fundou o grupo, fala sobre o vídeo, sobre o mais recente disco de estúdio, This Is Thirteen, e sobre o que eles pretendem nessa nova fase de sua carreira.
BLACK SABBATH
ANO DE COMEMORAÇÕES
Praticando um Blues pesado, com variações e improvisos herdados do Jazz, surgiu em Birmingham (ING) a banda que estabeleceu novos rumos para o Rock. O nome, vindo do cinema, seria usado inicialmente apenas para intitular uma música cadenciada, densa, pesada e macabra, indo ao encontro da constatação de que um grande público pagava para sentir medo vendo filmes de terror.
Porém, ao lançar o álbum de estreia há quarenta anos, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward criaram bem mais que um grupo de Rock pesado. Forjaram um mito chamado Black Sabbath. “O tipo de letra que tínhamos, somado aos acordes de Tony, o jeito que eu tocava, o modo que Ozzy cantava e a maneira que Geezer tocava o baixo acabaram deixando a nossa música um tanto diferente”, analisa o baterista Bill Ward com exclusividade para a ROADIE CREW.
Se no início Ozzy não gostava que classificassem a banda como Heavy Metal, hoje os músicos têm motivo de sobra para se orgulhar. “Me sinto privilegiado de depois termos sido classificados como uma banda de Heavy Metal, não só pela música mas também pelas letras e as imagens que usávamos no conceito da banda”, destaca Ward.
Afora servir de referência máxima do estilo, o Black Sabbath celebra em 2010 os quarenta anos do lançamento de suas duas primeiras obras – Black Sabbath e Paranoid –, trinta anos do primeiro álbum com Ronnie James Dio – Heaven And Hell – e vinte anos de Tyr. “É muito legal que esta marca esteja sendo comemorada e por isso devo agradecer não só os fãs mas à imprensa”, diz o baterista, que falou sobre os dois primeiros registros e a fase turbulenta que vivia quando Dio substituiu Ozzy.
Conversamos ainda com o baixista Neil Murray para contar sobre o quarto trabalho da fase com Tony Martin. Uma homenagem mais do que justa e merecida. Afinal, qual banda de Heavy Metal poderá atingir em apenas um ano uma marca tão expressiva como esta?
BISON B.C
Força Animal
Com o fim da banda canadense de Skate Punk S.T.R.E.E.T.S (Skateboarding Totally Rules Everything Else Totally Sucks), James Farwell entrou em contato com seu fã e amigo Dan And com a intenção de fazer algumas jams, e este acabou sendo o início de uma nova banda que rapidamente chamaria a atenção do público. O Bison B.C., que se encontra em fase de produção de seu novo álbum, agendado para sair até o meio deste ano, se destaca pela densidade e pelo peso do seu som que, apesar de simples num certo sentido, é bastante completo e traz riifs que casam perfeitamente com um andamento que varia entre o Stoner Rock e Doom. Após o segundo álbum, Quiet Earth, veio o status de banda promissora e agora James Farwell (guitarra e vocal), Dan And (guitarra e vocal), Masa Anzai (baixo) e Brad Mackinnon (bateria) lutam para que as coisas aconteçam o mais rápido possível. Para isso, os músicos não poupam esforços quando o assunto é cair na estrada e essa característica tem rendido vários shows pelo Canadá, EUA e Europa.
CLAUSTROFOBIA
SANGUE NO “ZÓIO”
Não é segredo que o Brasil é um país rico musicalmente, e isso sempre se mostrou presente no Metal nacional. Desde sua formação em 1994, em Leme (SP), o Claustrofobia vêem lançando verdadeiras obras primas do Thrash Metal, sempre evoluindo como músicos e seres humanos. Marcus D’Angelo (vocal e guitarra), Caio D’Angelo (bateria), Alexandre de Ório (guitarra) e Daniel Bonfogo (baixo) atualmente mostram força e confiança, aproveitando a grande fase com o lançamento de I See Red, um dos melhores álbuns de sua carreira. Com muita descontração, eles contaram tudo a respeito desse lançamento e muitas outras curiosidades.
EPICA
PESO E BELEZA
Trad.: Antonio Carlos Monteiro
Há uma conhecida revista europeia de Rock que de tempos em tempos publica uma matéria intitulada “As garotas mais gostosas do Metal”. E eles sempre têm assunto para ilustrar essa matéria… Dito isso, dou minha opinião: para mim, Simone Simons, do Epica, é a mulher mais bonita do Heavy Metal. Mas não sejamos ingênuos. No fim das contas, o que importa é a música e nesse aspecto grupos como Nightwish ou Lacuna Coil fazem feio quando comparados ao que o Epica faz tanto no palco como em estúdio. Conversei com a bela e talentosa Simone sobre seu novo e excelente álbum, Design Your Universe, durante sua recente passagem pelos EUA, em fevereiro último.
KIKO LOUREIRO
DIVERSIFICANDO
Conhecido mundialmente por seu trabalho com o Angra, o guitarrista Kiko Loureiro também desenvolve uma interessante carreira solo, que já está em seu terceiro lançamento. Fullblast, lançado no ano passado, traz um repertório que abrange vários estilos, mas que tem como centro o Rock – não por acaso, o acompanham no disco Felipe Andreoli (baixo) e Mike Terrana (bateria). Além disso, Kiko também está envolvido com o Angra, que voltou à ativa após um período de incertezas. Ele fala sobre tudo isso nessa conversa exclusiva.
LION'S SHARE
RETOMANDO O FOCO
Surgida em meados da década de 90, esta banda sueca ganhou destaque mundial com o famoso tributo A Tribute To Judas Priest Vol. 1 (1996), interpretando a clássica Touch Of Evil, e a partir daí conseguiu seguir uma carreira promissora. Em 2001 decidiram dar uma pausa, que só acabou seis anos mais tarde com o álbum Emotional Coma. Agora a banda dá sequência ao retorno com Dark Hours, álbum que, assim como o antecessor, segue uma linha mais direta e focada. Nesta entrevista, o guitarrista e líder Lars Chriss nos conta tudo sobre o álbum e o momento vivido pela banda. Acompanhe.
MEGADETH
DAVID ELLEFSON
DE VOLTA À CASA
Trad.: Antonio Carlos Monteiro
Por quase vinte anos o baixista David Ellefson foi o braço direito de Dave Mustaine no Megadeth. Ao longo de nove discos de estúdio, incontáveis mudanças de formação e alguns milhões de quilômetros de turnês ao redor do mundo, os dois foram presença constante na banda. O Megadeth parou em 2002 mas quando Mustaine resolveu reativar o grupo em 2004 muita gente ficou desapontada ao ver que Ellefson não era o baixista. Agora, depois de mais alguns discos e turnês, brigas pela imprensa e até processos rolando na justiça, David Ellefson está de volta ao seu lugar de origem – pelo menos, por enquanto. Em seguida, o Megadeth passou o mês de março envolvido com a tour americana em comemoração dos vinte anos de lançamento do disco Rust In Peace, na qual o disco foi tocado na íntegra pela primeira vez, ao lado de vários outros clássicos do quarteto. Falamos com os dois principais personagens desse momento na história da banda. O ocupadíssimo baixista falou da reunião histórica e da possibilidade de essa formação se tornar permanente. Já Mustaine foi mais lacônico, mas também comentou a volta de seu antigo parceiro e aproveitou para rasgar elogios ao Brasil.
MORTIFICATION
20 ANOS DE METAL E FÉ
Um dos principais nomes do Death Metal cristão, a banda Mortification está completando duas décadas de existência com o lançamento de um álbum duplo comemorativo intitulado Twenty Years In The Underground através de sua nova gravadora, a Nuclear Blast. O disco traz nada menos que 36 faixas que abrangem uma imensa variedade de material, como temas clássicos dos anos 90 regravados em 2009, temas registrados ao vivo (incluindo músicas do primeiro show da banda) e até algumas faixas no improvável formato acústico, já que estamos falando de uma banda de Death… Além disso, o Mortification está relançando seu primeiro disco, Break The Curse, que também completa vinte anos de existência e foi um marco para o chamado Metal cristão. O power trio australiano, que conta atualmente com Steve Rowe (baixo e vocais), Mick Jelinic (guitarra) e Adam Zaffarese (bateria), notabilizou-se por ser o primeiro grupo cristão de Metal extremo a conquistar certa popularidade – e também pela dura batalha travada por seu líder, Steve Rowe, contra a leucemia que o acometeu em 1997 – o baixista e vocalista submeteu-se até a um mau sucedido transplante de medula mas, mesmo assim, conseguiu sobreviver à doença. Nesta entrevista concedida no pouco convidativo horário brasileiro de 8 da manhã (na época em que ela foi realizada, ainda sob o Horário de Verão, a Austrália estava 13 horas à frente da hora de Brasília), Rowe falou sobre o novo disco, sobre o momento atual da banda e até sobre suas condições de saúde.
NEURAXIS
SANGUE NOVO
Diretamente do Canadá e já ultrapassando os 16 anos de atividade, o Neuraxis desenvolve a cada álbum uma sonoridade muito interessante, baseada em técnica, agressividade e melodia dosada. Em meados de 2008 abanda lançou o trabalho mais recente, The Thin Line Between, que contou com a estreia do vocalista Alex Leblanc e do guitarrista William Seghers no line-up, ao lado de Rob Milley (guitarra), Yan Theil (baixo) e Tommy McKinnon (bateria) – hoje os dois últimos postos são ocupados, respectivamente, por Olivier Pinard e Olivier Beaudoin. Nesta entrevista, Rob nos conta tudo sobre o mais recente registro, assim como o quanto o sangue novo foi positivo para o trabalho.
STEELHEART
INOXIDÁVEL
Não são raras na história do Rock os casos de superação. Do vício de heroína do baixista Nikki Sixx (Mötley Crüe), que parecia incurável, passando pelo acidente que amputou o braço do baterista Rick Allen (Def Leppard) e chegando no alcoolismo de Alice Cooper, são muitos os artistas que tiveram que ter muita força de vontade para continuar a produzir. E, mais importante, viver. Miljenko “Mili” Matijević é mais um exemplo. Quando o Steelheart parecia destinado ao estrelato, Mili sofreu um acidente sério no palco e desenvolveu um caso de traumatismo crânio-encefálico que quase arruinou sua carreira. Com ajuda profissional e muita força de vontade, Mili retomou sua trajetória e passou a ser conhecido no mundo inteiro como “o cara que cantou as músicas do filme ‘Rockstar’.” Em uma longa entrevista, cujos melhores momentos você confere aqui, o simpaticíssimo Mili nos contou tudo sobre sua carreira, a doença, o filme e o álbum Good 2B Alive, lançado em 2008.
TRANSATLANTIC
VOANDO NOVAMENTE
No final dos anos 90, ficou conhecido um nome que logo se tornaria um dos principais cérebros da atual cena do Rock Progressivo/Prog Metal: o vocalista e multi-instrumentista norte-americano Neal Morse, que na época já batalhava duro com o Spock’s Beard. Pouco tempo depois, ele se juntou a outras estrelas do estilo, Mike Portnoy (baterista do Dream Theater), Roine Stolt (vocalista e guitarrista do The Flower Kings) e Pete Trewavas (baixista do Marillion), no superprojeto Transatlantic. Foram, então, lançados os geniais SMPT:e (2000) e Bridge Across Forever (2001). Mas tudo mudou quando Neal se converteu ao cristianismo e praticamente abandonou sua carreira na música secular. Num primeiro momento, ele dedicou seu talento à celebração de sua nova crença, mas aos poucos foi retornando às raízes do Progressivo e assim continua até hoje. Em outubro passado, finalmente, os quatro colocaram novamente o Transatlantic para funcionar através do lançamento do épico The Whirlwind. A seguir, as palavras de Neal sobre o tempo em que esteve afastado, a retomada de atividades do Transatlantic e os planos para o futuro do projeto, que fará shows neste ano. Confira.
BACKGROUND - JEFF SCOTT SOTO - FINAL
Participações especiais
Na fase inicial do Talisman, Jeff Scott Soto estava bem atuante no cenário, tendo participado de uma quantidade significativa de gravações como convidado, a exemplo dos álbuns de Glass Tiger (Simple Mission) e de Stryper (Against the Law). Além disso, ainda gravou backing vocals na demo do St. Valentine, grupo que era empresariado por Mark Slaughter e Dana Strum, ambos do Slaughter.
Entre outras participações, também estão gravações de backing vocals para a demo da banda sueca Be Bop Bandit (1988), além do EP On Dragon’s Wings (1988), do Dragonne. Soto também figurou em demos de grupos como Joe Mina (1990), Flesh (1990) e Rattleshack (1990), este último com ex-integrantes do Malice e que depois mudou o nome para Monster, lançando o álbum Through The Eyes Of The World (1995). Em 1990, Soto ainda ajudou Jeff Young nos trabalhos do álbum solo do ex-guitarrista do Megadeth.
No ano seguinte, gravou com o baixista Phil Soussan (Ozzy Osbourne, Vince Neil), com o guitarrista Tommy Thayer (Black ‘N Blue, Kiss) e com um grupo chamado Shime (1991). A lista de gravações de backing vocals em 1991 é extensa e inclui discos de Saigon Kick (Saigon Kick), Lita Ford (Dangerous Curves) e McQueen Street (McQueen Street).
BACKSPAGE
LONDRES, AINDA IRRESISTÍVEL E CHEIA DE SURPRESAS (PARTE 2)
Dando sequência ao nosso guia de locais notáveis e que fizeram a história do Rock na capital inglesa, vamos iniciar esta segunda parte destacando mais alguns teatros que vivenciaram grandes acontecimentos ao longo dos anos.
Hammersmith Odeon
Depois do Rainbow Theatre, o Hammersmith Odeon é o preferido dos ingleses e foi recentemente batizado de HMV Hammersmith Apollo. Hoje chamado carinhosamente de Hammy-O, o lugar abriu suas portas em 1932 como um cinema cujo nome era Gaumont Palace. Era um edifício construído em estilo ‘art déco’ com projeto de Robert Cromie e capacidade para 3.500 pessoas. Como cinema, funcionou até meados dos anos 50, abrindo algumas exceções para apresentações de orquestras. Em 1962, foi rebatizado de Hammesmith Odeon, permanecendo assim até 1980 quando, por força de uma negociação – e depois de uma completa reforma –, voltou a trocar de nome, desta vez para Labatt’s Apollo.
BLIND EAR-TOMI JOUNTSEN E ESA HOLOPAINEN
Tomi Jountsen (vocal) e Esa Holopainen (guitarra) do Amorphis.
Fotos: Gerard Werron
Tomi Joutsen: “Conheço isso, é o Kylesa! Uma mulher no vocal, dois bateristas… Eles fazem um som bem interessante, com muito groove e muitas influências.” Esa Holopainen: “Soa muito interessante. Eu não conhecia mas gostei do som. As guitarras são bem pesadas.” Tomi: “Me lembra um pouco Mastodon, Lamb Of God. Legal!”
Kylesa – Unknown Awareness
Static Tensions
CLASSICOVER - I'M EIGHTEE
Original: Alice Cooper
Álbum: Love It To Death (1971)
Cover: Anthrax
Álbum: Fistful Of Metal (1984)
Depois de ser descoberto por Frank Zappa e de os discos Pretties For You (1969) e Easy Action (1970) por sua gravadora, Straight, Alice Cooper iniciou uma parceria que o levaria aos píncaros da glória. O nome desse parceiro era Bob Ezrin, um produtor de apenas 21 anos na época e ainda inexperiente, mas com um enorme tino para o negócio. Foi ele o responsável por transformar o direcionamento musical da banda, inicialmente muito mais voltado para o Psicodélico, naquilo que faria fama e fortuna a Alice.
O primeiro resultado dessa parceria foi Love It To Death, álbum lançado em 1971. Com um repertório variado e criativo, que ia de um Pop simples e sacolejante como Is It My Body à longa e assustadora Black Juju, Bob conseguiu identificar um grande hit: I’m Eighteen, single que antecipou o álbum em 1970 e que tinha como lado B a já citada Is It My Body. As duas músicas saíram no single com os nomes alterados, sendo chamadas de Eighteen e Body
CLASSICREW
1970
VERY ‘EAVY VERY ‘UMBLE – URIAH HEEP
“Uma das primeiras coisas que eles fizeram foi me levar para o estúdio em que estavam gravando seu primeiro álbum. Dentre os primeiros sons que ouvi estava Wake Up (Set Your Sights), que era maravilhosa, uma verdadeira aventura musical. Era muito estimulante estar com uma banda que fazia aquele tipo de música mais progressiva e ousada.” Quem falou isso foi Ken Hensley, exímio músico que estava ingressando numa nova banda, o Uriah Heep, exatamente no momento em que eles estavam preparando sua estreia em vinil, em 1970,
A lapidação do material bruto de Very ‘Eavy Very ‘Umble ocorreu durante uma maratona de ensaios com o novo integrante no Hanwell Community Centre, em Shepherd’s Bush, Londres, onde o Deep Purple também vinha ensaiando as músicas de seu próximo álbum (In Rock) com seus dois novos integrantes, Ian Gillan e Roger Glover. O volume ensurdecedor dos dois grupos ensaiando no mesmo prédio era um tormento para a vizinhança.
1980
Ricardo Batalha
SAXON – STRONG ARM OF THE LAW
Ver uma banda gravando mais de um álbum por ano era comum na década de 70 e os ingleses do Saxon não perderam tempo, registrando dois discos em 1980. Ambos os trabalhos se tornaram clássicos do Heavy Metal, que estava em alta na Inglaterra com a New Wave Of British Heavy Metal.
Ao final de turnês com Slade, Nazareth, Motörhead e Judas Priest, o grupo então formado por Biff Byford (vocal), Graham Oliver e Paul Quinn (guitarras), Steve Dawson (baixo) e Pete Gill (bateria) finalizou as composições de Wheels Of Steel, gravado em fevereiro e lançado em maio de 1980. Só que naquela época não havia descanso e o grupo embarcou em mais uma excursão, voltando ao estúdio no tempo livre para gravar mais um disco. Tal fato não foi bem visto pela banda, que preferia um descanso ou até mesmo explorar mais Wheels Of Steel, mas acatou a decisão da gravadora e do managment. Porém, o que poderia ser um trabalho feito às pressas para “cumprir tabela” acabou se tornando um outro marco na discografia do Saxon: Strong Arm Of The Law.
1990
Antonio Carlos Monteiro
CRAZY WORLD – SCORPIONS
Na virada dos anos 80 para os 90 do século passado, o mundo ainda acordava daquele que havia sido uma das maiores mudanças acontecidas no período: a queda dos regimes totalitários do leste europeu, bloco conhecido como Cortina de Ferro e que teve como marco simbólico a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989.
Já o grupo alemão Scorpions vinha também empreendendo uma mudança. Após o lançamento de Savage Amusement (1988), a banda mostrava até um certo desprezo pelo disco por sua orientação tremendamente Pop. Era hora da mudança, pois. E o primeiro passo foi trocar de produtor. Saiu Dieter Dierks, que produzira nada menos que seus últimos dez álbuns, e entrou Keith Olsen, produtor que hoje totaliza mais de 100 discos, incluindo nomes como Grateful Dead, Ozzy Osbourne e Whitesnake. Como já acontecia na “era Dieter”, a banda assinou a produção em conjunto com Keith. O resultado dessa mudança foi um disco mais cru, mais direto e mais Rock: Crazy World.
EDITORIAL
Missão mais do que cumprida!
Numa existência que já soma quase 16 anos se contarmos desde agosto de 1994, o período em que a Roadie Crew foi distribuída como fanzine amador, e um mês antes de completar o décimo segundo ano de circulação regular em bancas, publicamos nesta edição de número 135 a carta do leitor Cássio Jordão que nos trouxe uma emoção indescritível.
Desde o início assumimos como nossa principal responsabilidade trabalhar com o gênero musical que amamos, desenvolvendo um produto direcionado ao público que, tanto quanto nós, tem paixão pelo tipo de som que encanta pessoas de todos os lugares do mundo: o Rock e o Heavy Metal. Nosso objetivo sempre foi levar aos leitores informação de qualidade, o que, felizmente, tudo leva a crer que temos conseguido fazer, pois, mesmo em tempos em que a internet e a mídia eletrônica em geral têm avançado no espaço tradicionalmente ocupado pela mídia impressa, a Roadie Crew permanece sólida no mercado editorial e ainda em crescimento.
Mas o que o Cássio declarou em relação ao que a Roadie Crew representou na vida dele excedeu a tudo o que qualquer um de nós que fazemos a revista poderia imaginar. Aliás, eu pessoalmente prefiro interpretar de um modo diferente o que o Cássio afirma tenha sido uma forma de salvação da sua vida: o próprio Cássio é um ser humano diferenciado. Ele provou ter uma sensibilidade acima da média das pessoas “normais”, e seu caráter, força interior e, principalmente, sua família foram os verdadeiros responsáveis por ele não ter sucumbido aos apelos das drogas e da violência. Com certeza foi uma combinação de fatores que proporcionou condições dele resistir onde os mais fracos se deixam levar para um caminho sem volta. E nos orgulha saber que a música foi um importante instrumento dessa resistência, principalmente a música de um segmento estigmatizado como o Heavy Metal. A forte ligação com o Metal contribuiu para resolver um problema para o qual muitos precisam da ajuda das lavagens cerebrais oferecidas como solução por seitas e religiões fajutas, que até podem funcionar, mas deixam sequelas como a alienação total e a dependência da busca ilusória do paraíso à custa de doações vitalícias em dinheiro suado dos fiéis.
Parabéns Cássio, e nós é que agradecemos por você existir e nos dar a oportunidade de levar ao conhecimento de outras pessoas o seu exemplo de vida. Se, por alguma obra do acaso, a revista Roadie Crew tiver realmente uma mínima parcela de contribuição na sua forma de ver o mundo, e isso tenha feito bem a você, então nossa missão está cumprida muito além do que nossa capacidade permitiria imaginar. E quem ler sua carta na seção “Roadie Mail” pode se sentir à vontade para se emocionar, sem o menor constrangimento.
Dedicamos a você a matéria de capa desta edição, trazendo um conteúdo muito especial focalizando a banda que para muitos é efetivamente a pedra fundamental do gênero Heavy Metal: o Black Sabbath, que celebra em 2010 o quadragésimo aniversário de lançamento dos álbuns Black Sabbath e Paranoid, trinta anos do Heaven And Hell e vinte anos do Tyr, registros que marcaram três diferentes fases na sua carreira.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - MARK ST. JOHN
Mark St. John
* 07/02/1956 + 05/04/2007
Quem vê o clipe do hit Heaven’s On Fire, do Kiss, certamente não percebe que a aparente felicidade do guitarrista Mark St. John esconde a luta do músico para seguir tocando. Aquela foi sua única aparição com o Kiss nas telas para promover o segundo álbum da banda na fase sem máscara, Animalize.
Nascido Mark Leslie Norton, em Hollywood/CA (EUA), a 7 de fevereiro de 1956, St. John substituiu Vinnie Vincent no Kiss por indicação do dono das guitarras Jackson, Grover Jackson. Sua experiência anterior havia sido como professor de guitarra e atuando nas bandas Front Page e Dali. Mark chegou a gravar uma demo com Glenn Hughes (baixo, ex-Deep Purple) e David Donato, que enviou o material e conseguiu um teste para ocupar o posto de vocalista do Black Sabbath. Mark e David planejavam se firmar na cena com o White Tiger, mas como o Sabbath recrutou David, os planos foram adiados.
Antes de se interessar pela música, Mark era fanático por esportes, especialmente basquetebol. Depois, em 1972, deixou o cabelo crescer e começou a tocar guitarra por hobby na época em que ingressara no ensino médio. Segundo ele, o interesse pelo instrumento se deu por pura rebeldia. St. John disse certa vez que quando viu Beatles e Rolling Stones na TV no programa de Ed Sullivan, os músicos não estavam tocando tuba, mas guitarras. Para ele, a guitarra era sinônimo de Rock’n’Roll.
GARAGE DEMOS
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta Edição:
Preceptor
Spreading Hate
Redammen
Metal Vox
Arbach
Dark Tower
Unholy Spirit
Morbid Symphony
Satyrus
Burning Metal
HIDDEN TRACKS - FIGHT
FIGHT
Origem: Estados Unidos
Época: Anos 90
Estilo: Heavy/Thrash Metal
Formação clássica: Rob Halford (vocal), Brian Tilse e Russ Parrish (guitarras), Jay-Jay (baixo) e Scott Travis (bateria)
Discografia: War Of Words (1993), Mutations (EP, 1994), A Small Deadly Space (1995), K5 – War Of Words Demos (2006) e Into The Pit (Box, 2008)
Site relacionado: www.robhalford.com
O Fight foi um dos melhores grupos que surgiram nos anos 90 e isso não se apenas deve ao fato de seu mentor ser ninguém menos que Rob Halford e muito menos pelo grande alvoroço criado pela imprensa e pelos fãs em cima de sua saída do Judas Priest, ocorrida em outubro de 1991.
Rob estava terminando uma turnê com o Judas, promovendo o aclamado álbum Painkiller (1990), em setembro de 1991, quando começou a ter os primeiros sintomas de descontentamento e de vontade de buscar novos horizontes, talvez pelo cansaço de sua maratona de mais de dezoito anos com a banda ou, quem sabe, apenas por satisfação própria. A princípio, tinha como objetivo montar um projeto paralelo, extravasando outros tipos de ideias e sonoridades sem afetar seu trabalho no Judas Priest.
LIVE EVIL -SEBASTIAN BACH E GUNS N'ROSES
COVERS DE LUXO
Fotos: Marcelo Rossi
SEBASTIAN BACH
A turnê brasileira do álbum Chinese Democracy (2008), que teve datas em Brasília/DF (7 de março), Belo Horizonte/MG (10), São Paulo/SP (13), Rio de Janeiro/RJ (14, cancelada devido às fortes chuvas que destruíram o palco) e Porto Alegre/RS (16), era bastante aguardada. Em São Paulo o local escolhido foi o Estádio Palestra Itália (Parque Antártica) e na abertura – estranhamente, sem nenhuma divulgação antecipada – tivemos duas bandas brasileiras. Os incumbidos foram o Rock Rocket (péssimo) e o Forgotten Boys, que até deu conta do recado.
O convidado especial da noite foi Sebastian Bach. Divulgando, ainda, o álbum Angel Down (2007), às 21h45 Johnny Cromatic e o novato Nick Sterling (guitarras), Rob de Luca (baixo) e Bobby Jarzombek (bateria) deram início ao show com os acordes da pesadíssima Slave To The Grind. Sebastian entrou no palco rasgando e agitando como nunca, mas logo na primeira estrofe percebemos um fator que acompanharia toda sua apresentação: o volume baixíssimo tanto de seu microfone quanto da guitarra de Johnny Cromatic. O restante do som estava perfeito, afora o volume mais alto da guitarra de Nick. Não que isso tenha afetado a apresentação, mas foi decepcionante. Voltando ao show, um Sebastian brincalhão e conversando em português (graças ao teleprompter) agradeceu a todos presentes e se mostrou espantando com a lotação do local e com a energia da galera. Na sequência veio Back In The Saddle (Aerosmith), mostrando que a banda estava afiada. Um detalhe: Nick Sterling é um excelente guitarrista, mesmo com apenas 19 anos, mas para uma banda que teve a experiência e o peso de um Metal Mike (ex-guitarrista) ver um moleque com um visual a lá Hanson digamos que foi meio estranho e chocante.
GUNS N’ ROSES
Enfim, o palco estava à espera da atração principal. Com um atraso monstruoso de quase duas horas, muitos dos cerca de 40 mil presentes deitavam no chão, outros vaiavam e alguns foram embora. Se não causou todo aquele furor de outrora foi simplesmente pelo fato de que o próprio Guns N’Roses de Axl não gerar a mesma comoção que causava no passado. Os tempos são outros e agora a banda de Axl conta com sete músicos – os guitarristas Ron “Bumblefoot” Thal, DJ Ashba e Richard Fortus, o baixista Tommy Stinson, o baterista Frank Ferrer e os tecladistas Dizzy Reed e Chris Pitman.
Era quase meia noite e meia quando as luzes se apagaram e os primeiros acordes da excelente Chinese Democracy mostraram que a qualidade sonora e visual da apresentação seria um destaque à parte. Axl entrou no palco com o público nas mãos mas logo no início gritou no microfone para a banda parar, causando um dos momentos mais tensos da noite devido a um “fã” ter atirado uma garrafa plástica no palco, perto do cantor. Axl, com toda sua sutileza e educação, xingou o infeliz até sua quinta geração e disse que se isso voltasse a acontecer eles sairiam. Passada a tensão, retomaram a música de onde pararam sem nenhum problema.
Os acordes de Welcome To The Jungle e a sequência matadora de clássicos com It’s So Easy e Mr. Browstone despejaram uma dose letal de adrenalina nos presentes.
LIVE EVIL - FOCUS / MUNICIPAL WASTE
FOCUS
Carioca Club – São Paulo/SP
09/03/2010
Fotos: Renan Facciolo
“Existem bandas clássicas e existem as lendas”, foi como o colega Rodrigo Branco, da Kiss FM, apresentou esse novo show do Focus no Carioca Club, em São Paulo, no último dia 9 de março. Essa foi a quarta passagem da banda pela capital paulista e fez parte da nova turnê que o grupo holandês realizou pelo Brasil, que também abrangeu por mais quatro cidades (Goiânia, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Porto Alegre).
Atualmente formado pelo líder Thijs van Leer (Hammond, flauta e vocal), Niels van der Steenhoven (guitarra), Bobby Jacobs (baixo) e o veterano e talentosíssimo Pierre van der Linden (bateria), o Focus é, de fato, uma lenda e está acima de qualquer julgamento ou crítica. São quanrenta anos de estrada fazendo um som nada popular ou convencional! Aliás, para mim o Focus sempre esteve mais pro Fusion do que para o Rock Progressivo, talvez por isso não tenha atingido o mesmo sucesso comercial que Yes, Genesis e Pink Floyd, por exemplo.
Le
Clash Club – São Paulo/SP
12 de março de 2010
Por Jorge Krening
Fotos: Gisele Rathmann
Formado em 2001 na cidade de Richmond, no estado da Virginia (EUA), o Municipal Waste conseguiu se tornar em pouco tempo, juntamente com o nosso Violator, um dos principais responsáveis por esse ‘revival’ do Crossover/Thrash. O Brasil, pela sua tradição e pelas suas raízes profundas no Punk, Hardcore e Thrash Metal, de certa forma acolheu o grupo, que já gozava de certo prestígio por aqui graças ao lançamento dos álbuns Hazardous Mutation (2005) e Art Of Partying (2007).
Como já era de se esperar, o quarteto formado por Tony Foresta (vocal), Ryan Waste (guitarra), Philip Hall (baixo) e Dave Witte (bateria) entrou detonando de cara a famosa Sweet Attack, seguida da rápida Unleash The Bastards. Àquela altura, a tradicional roda de pogo já tomava conta do Clash Club, impulsionada por dezenas de alucinados fãs que não paravam de interagir com a banda um instante sequer.
LIVE EVIL - BENEDICTION
Benediction Inferno Club – São Paulo/SP
11 de março de 2010
Fotos: Renan Facciolo
Quando os porões da música extrema britânica foram escancarados no final dos anos 80, algumas das manifestações mais grotescas da história ganharam as mentes e corações de loucos ao redor de todo o mundo. Nomes como Extreme Noise Terror, Napalm Death, Carcass e Bolt Thrower trouxeram ao Metal a violência do Hardcore e a aliaram ao Death Metal que ainda engatinhava em termos sonoros. O Benediction foi um dos principais expoentes dessa incrível safra e 21 anos depois esses britânicos se apresentaram pela primeira vez nos palcos brasileiros. Em meio a uma generosa turnê sul-americana, o show paulistano foi marcado para uma quinta-feira, 11 de março, o que não atraiu um público numeroso, ainda mais se levarmos em conta a boa quantidade de bandas que tem vindo ao país nos últimos tempos, o que onera em demasia a tarefa de acompanhar todos os shows que gostaríamos. A região da boêmia rua Augusta vivia uma noite comum de sua agitada rotina de bares, restaurantes, prostíbulos e casas noturnas, com frequentadores das mais variadas origens e extratos sociais.
LIVE EVIL - CANNIBAL CORPSE
LIVE AT THE SCALDING HALL
Fotos: Ricardo Zupa
O Cannibal Corpse é provavelmente a banda mais bem-sucedida na história do Death Metal. Tal reputação foi construída a base de muita competência musical, atitude e polêmicas. Esse conjunto de fatores faz com que o quinteto americano desfrute de um espaço incomum na mídia não especializada e tenha estrelado momentos sui generis, como uma breve aparição no escrachado filme “Ace Ventura – Um detetive Diferente” (1994), estrelado por Jim Carrey. O único show no Brasil, ocorrido em 21 de fevereiro, marcou a quarta vinda da banda a São Paulo – as demais aconteceram em 2000, com dois shows no Hangar 110; em 2004, com show único na Led Slay (SP); e, por fim, um show em 2007, novamente no Hangar 110. E, mais uma vez, a presença de público foi maciça para acompanhar a lenda do Death Metal no Santana Hall, na Zona Norte de São Paulo.
O verão que castigou a cidade desde dezembro, ora com chuvas torrenciais, ora com calor escaldante, prometia desidratar todos os presentes, pois o sol não deu trégua durante todo o dia. A previsão foi confirmada e o calor foi aliviado a base de muita cerveja pelos presentes, que aguardavam a entrada dos nativos de Buffalo/NY. E ocasiões como essa nos fazem louvar iniciativas como a Lei Antifumo. Sem ela, a situação seria inacreditavelmente pior.
LIVE EVIL - DOOGIE WHITE / SIRENIA
DOOGIE WHITE
Blackmore Rock Bar – São Paulo/SP
06 de março de 2010
Fotos: Ricardo Zupa
Conhecido no Brasil por ser o vocalista da única passagem do Rainbow por aqui, daquele show do Malmsteen em Porto Alegre que gerou aquela imensa confusão em 2001 (o guitarrista foi vaiado por tocar o hino dos EUA) e o único que chegou a fazer dois testes no Iron Maiden para substituir Bruce Dickinson, o escocês Doogie White veio ao Brasil para fazer a divulgação de seu primeiro álbum solo, ainda sem título. Aliás, as camisetas de merchandising mostravam exatamente a frase “As Yet Untitled Tour” – em português, “tour ainda sem título”.
O show estava programado para começar à 1h da manhã e bem perto desse horário Doogie apareceu no Blackmore e entrou ali pela porta da frente, mesmo. Conversou com todos, tirou fotos, deu autógrafos e mostrou-se uma pessoa extremamente simpática e solícita.
SIRENIA
Carioca Club – São Paulo/SP
06 de março de 2010
Por Fabio Piva
Fotos: Guilherme Fernandes
Sabadão gótico para a galera de Sampa – era o que a apresentação do Sirenia no Carioca Club prometia no último dia 6 de março. Levando-se em conta o fechamento recente de duas das mais populares casas góticas de São Paulo, seria de se esperar que o Carioca Club – que já não é uma casa grande, comportando não mais do que 1.200 pessoas – estivesse abarrotado de gente, certo? Errado.
Cerca de 300 pessoas, se tanto, amontoaram-se em frente ao palco do Carioca para prestigiar a trupe de Morten Veland em sua primeira apresentação no Brasil. O show estava marcado para ter início às 19h – horário peculiar para um sábado, mas justificado pela presença incontestável da dupla sertaneja Levy & Thiago, que tomaria o palco da casa às 21h. Mas tudo bem, a galera estava a milhão, como só os brasileiros sabem fazer, e com pouco menos de meia hora de atraso, o Sirenia entrou em cena.
LIVE EVIL - VINCE NEIL / MASTER
VINCE NEIL
Carioca Club – São Paulo/SP
27 de fevereiro de 2010
Por Ricardo Batalha
Fotos: Ricardo Zupa
O Mötley Crüe tirou um período de férias após a segunda parte da turnê de promoção do álbum Saints Of Los Angeles (2008), mas para alguns de seus integrantes isto não significa descanso. Enquanto o baixista Nikki Sixx trabalha no segundo álbum do Sixx: A.M. e o baterista Tommy Lee em seu terceiro disco solo, o vocalista Vince Neil retomou sua carreira paralela. O vocalista se juntou a Jeff Blando (guitarra, Slaughter), Dana Strum (baixo, Slaughter, ex-Vinnie Vincent Invasion) e Zoltan Chaney (bateria) para uma série de shows pelos EUA e América do Sul enquanto aguarda o lançamento de seu novo CD solo, Tattoos And Tequila. Após passar por Chile, Bolívia e Argentina, Vince Neil chegou ao Brasil a bordo de seu jatinho particular, da empresa de aluguel de aeronaves Vince Neil Aviation.
A primeira aparição de um Mötley no país foi curta, mas serviu para que os fãs tirassem o atraso, já que o grupo nunca se apresentou por aqui. O show, realizado no dia 27 de fevereiro (sábado) no Carioca Club, em São Paulo (SP), durou cerca de uma hora e trouxe alguns dos grandes clássicos do Mötley, mas nenhuma música da carreira solo de Vince, composta pelos álbuns Exposed (1993) e Carved In Stone (1995). Infelizmente alguns hits ficaram de fora, como Too Young To Fall In Love, Home Sweet Home e, principalmente, Shout At The Devil…
MASTER
Bar Seven Beer – São Paulo/SP
20 de fevereiro de 2010
Por Jorge Krening
Foto: Samuel Souza
Já fazia muito tempo que rolavam boatos sobre uma possível vinda ao Brasil do Máster, veterano grupo de Death Metal americano agora radicado na República Tcheca. A coisa foi tomando rumo e eis que, no final do ano passado, enfim foi divulgado que a banda faria quinze apresentações em solos brasileiros. A extensa turnê, batizada de “Masters Of Hate Tour 2010”, contou ainda com o suporte dos brasileiros do Predator e também de uma banda britânica até então desconhecida chamada After Death.
Tudo indicava realmente que ano começaria com o pé direito para a galera do Death Metal, até que uma fatalidade se encarregou de mudar o rumo dos acontecimentos.
PÔSTER - IRON MAIDEN POWERSLAVE
RELEASES CDS
Heathen
Finnstroll
Sigh
Blaze Bayley
Borknagar
Rage
Stress
Heavenly Kingdom
Meliah Rage
White Wizzard
Armored Saint
Burzum
Darkthrone
Selvageria
Empyria
The Gathering
Syndrome
Lita Ford
Demonica
Kamala
Uganga
Mobilis Stabilis
Savage Messiah
A Storm of Light
Calvary Death
A Sorrowful Dream
Age Of Evil
Necronoclast
RELEASES DVDS
Nesta Edição:
Bom Jovi
Mötley Crüe
Exodus
Tankard
Tarot
ROADIE COLLECTION – STRATOVARIUS
O Stratovarius foi fundado em 1984 por três músicos da cidade Helsinque (FIN) – o baterista e vocalista Tuomo Lassila, o baixista John Vihervã e o guitarrista Staffan Strahlman. No começo, quando atendiam pelo nome Black Water, o som era bastante influenciado por Black Sabbath. Em 1985, Staffan Strahlman saiu e foi substituído por Timo Tolkki, um conhecido do baterista Tuomo. Assim, a banda gravou algumas demos e, depois de muita insistência, chegou às gravadoras finlandesas, como a CBS Finland. Com essa formação lançaram seu primeiro single, Future Shock, já sob a alcunha de Stratovarius – nome adotado por ser uma junção do modelo de guitarra Stratocaster (fabricado pela Fender) com a marca de violinos Stradivarius. Com Timo Tolkki no vocal, lançaram os álbuns Fright Night, Twilight Time e Dreamspace, trabalhos que renderam bons frutos ao grupo. No entanto, foi só depois de recrutar o vocalista Timo Kotipelto e estabilizar a formação com Jens Johansson (teclado), Jari Kainulainen (baixo) e Jörg Michael (bateria) que o grupo passou a ter visibilidade mundial. Após inúmeros lançamentos de sucesso e novas trocas de line-up, o Stratovarius continua vivo como uma das melhores bandas do Heavy Metal Melódico atual.
Site: www.stratovarius.com
ROADIE NEWS
ROADIE PROFILE - AL ATKINS
STAY HEAVY REPORT
Report – Abril 2010
Estamos no quarto mês do ano e muita coisa já aconteceu neste primeiro trimestre. O tempo está passando cada vez mais rápido… Vamos aproveitar este espaço para atualizar os leitores da revista e telespectadores do programa com relação a informações do Stay Heavy e os eventos que aconteceram nos últimos tempos.
Atrações no Stay Heavy
Este ano o programa preparou uma sequência de edições diferenciadas. Após uma breve pausa de férias, quando veiculamos programas exclusivamente com videoclipes, voltamos com tudo para a edição de número 200 do programa na TV, que contou com a participação de diversos músicos da cena nacional falando da influência de uma das melhores bandas de Thrash Metal do mundo, às vésperas de seus shows no país: o Metallica. Naquela mesma edição conferimos o show do Iced Earth e a tarde de autógrafos da banda na Galeria do Rock, onde encontramos telespectadores de diversas regiões, inclusive de Porto Velho/RO.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |