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Edição #137

R$29,00

Quando houve a divisão no Sepultura e Max Cavalera formou o Soulfly, em Phoenix (EUA), muitos brasileiros não se acostumaram com a ideia, especialmente porque o ‘debut’ autointitulado lançado em 1998 havia saído com uma clara referência ao chamado New Metal…

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SOULFLY

Por Ricardo Batalha

Quando houve a divisão no Sepultura e Max Cavalera formou o Soulfl y, em Phoenix (EUA), muitos brasileiros não se acostumaram com a ideia, especialmente porque o ‘debut’ autointitulado lançado em 1998 havia saído com uma clara referência ao chamado New Metal. No entanto, Max estava sendo claramente honesto e fazendo uma sequência natural do que havia ajudado a moldar no último trabalho com sua ex-banda, Roots. Curiosamente, foram as raízes fincadas no Metal – seja ele Th rash, Death ou Tradicional – aliadas à fúria do Hardcore que fi zeram com que o vocalista e guitarrista voltasse a lançar discos que atrairiam novamente

ARCH ENEMY

Por Chris Alo

Existem muitos guitarristas fundamentais na história do Rock e do Metal, mas poucos são aqueles que podem se orgulhar de ter criado um gênero ou um subgênero. E quando trazemos essa lógica para o ambiente do Melodic Death Metal, é impossível não lembrar de Michael Amott e seu trabalho fundamental no Carcass. Quando se afastou da banda britânica, nos anos 90, ele continuou seu trabalho com o Arch Enemy, levando a o grupo a se tornar um dos principais nomes do Metal sueco de todos os tempos. O Arch Enemy recentemente lançou The Root Of All Evil, disco com regravações de músicas de seus três primeiros álbuns, época em que o cargo de vocalista ainda não era ocupado por Angela Gossow. Nesta entrevista, Michael fala sobre o novo disco, sobre a reunião do Carcass, sobre o Spiritual Beggars e sobre um assunto que repórter e entrevistado adoram: a série de filmes “Planeta dos Macacos”.

ARMORED SAINT

Por Ricardo Batalha

Armored Saint

Parece que toda vez que a banda norte-americana Armored Saint resolve trabalhar, lá vem o Anthrax cruzando seu caminho. Se há dez anos ocorreu o mesmo com o lançamento do álbum Revelation, desta vez John Bush (vocal), Joey Vera (baixo), Jeff Duncan e Phil Sandoval (guitarras) e Gonzo Sandoval (bateria) estavam concentrados nos trabalhos para o seu novo álbum, La Raza – sexto de estúdio do grupo –, quando houve uma reviravolta no Anthrax e os rumores do retorno de John Bush começaram a circular. Coincidências e ironias à parte, La Raza enfim saiu e o confuso Anthrax resolveu recrutar oficialmente o vocalista Joey Belladonna. Demonstrando uma surpreendente calma, o centrado Joey Vera minimiza o assunto e diz que La Raza saiu porque havia chegado o momento.

ENTHRONED

Por Ricardo Campos

ENTHRONED

BLACK METAL POR NATUREZA

A banda belga Enthroned surgiu em 1993, época rica para o Black Metal, em que nomes como Burzum, Immortal, Darkthrone, Satyricon, Enslaved, Emperor, Gorgoroth, Ulver e Carpathian Forest davam os primeiros passos ou se consolidavam. O line-up que iniciou esta trajetória era composto por Cernunnos (bateria), Tsebaoth (guitarra) e Sabathan (baixo e vocal), até que em 1995 veio a decisão de adicionar uma segunda guitarra ao time, sendo então recrutado Nornagest. Daí em diante, foi iniciada uma rotatividade infindável de membros, das quais apenas o próprio Nornagest se manteve, posteriormente assumindo também o posto de vocalista. Hoje o músico é acompanhado por Neraath (guitarra), Phorgath (baixo) e Garghuf (bateria) e juntos acabaram de lançar Pentagrammaton, oitavo álbum de estúdio que já chegou causando grande impacto na cena, sendo aclamado pela crítica e fãs como um memorável registro.

FINNTROLL

Por Ricardo Campos

Finntroll

Na ativa desde 1997, os fi nlandeses do Finntroll criaram uma sonoridade que vai do Folk Metal ao Black e Death Metal, enriquecendo ainda mais a cena que tem por característica o uso de elementos folclóricos. Seu crescimento foi constante, mas com a entrada do vocalista Mathias “Vreth” Lillmåns, o contrato com a Century Media e o lançamento do álbum  Ur Jordens Djup (2007), a banda conseguiu maior exposição e ganhou a atenção de fãs do  mundo todo. Agora, Vreth, ao lado de Samuli “Skrymer” Ponsimaa (guitarra), Mikael “Routa” Karlbom (guitarra), Sami “Tundra” Uusitalo (baixo), Samu “Beast Dominator” Ruotsalainen (bateria), Henri “Trollhorn” Sorvali (teclado) e Aleksi “Virta” Virta (teclado), lança Nifelvind, que ao mesmo tempo valoriza a criatividade e ainda representa um retorno para as raízes do grupo, na época de idnattens Widunder (1999) ou Jaktens Tid (2001). O vocalista nos conta tudo sobre o atual momento vivido e ainda aproveita para comentar um pouco sobre a cena musical finlandesa.

JOE SATRIANI

Por Steven Rosen

Joe Satriani

Joe Satriani é um músico que possui a duvidosa honra de ter sido indicado nada menos que quinze vezes ao Grammy e jamais ter vencido uma única vez. Porém, isso não o impede de continuar seu intenso trabalho como instrumentista. Seu mais recente lançamento é um CD/DVD gravado na Europa chamado Joe Satriani Live In Paris: I Just Wanna Rock. A plateia francesa teve oportunidade de ouvir tanto material do mais recente disco do guitarrista, Professor Satchafunkilus And The Musterion Of Rock (2008), assim como temas de vários de seus outros álbuns, como Surfing With The Alien (1987) e Time Machine (1993). Ou seja, certamente ninguém que estava assistindo ao show estava muito preocupado com o fato de Joe nunca ter levado um Grammy pra casa… E, além de trabalhar em sua carreira solo, o guitarrista tem excursionado com o Experience Hendrix, grupo que se dedica a homenagear Jimi Hendrix, o que para Satriani tem sido um sonho transformado em realidade, já que o músico de Seattle foi uma de suas maiores influências. E assim que acabar a tour, Satriani deve entrar em estúdio para gravar mais um disco com o Chickenfoot, a superbanda que tem, além dele, Sammy Hagar, Michael Anthony e Chad Smith. Pra completar, tanto para o tributo como para o novo trabalho com o Chickenfoot, Satriani vai usar sua nova guitarra Ibanez Signature JS. Procuramos Satch para conversar sobre todos esses assuntos.

JON OLIVA'S PAIN

Por Ricardo Campos

Jon Oliva’s Pain

Mantendo _ rme sua carreira com o Jon Oliva’s Pain, o genial vocalista e multi-instrumentista Jon Oliva acaba de lançar o álbum Festival, quarto da banda, que logo de saída foi muito bem recebido pela crítica. Mais direto e pesado, o material ainda prima pela variedade e por características que caem como uma luva no gosto dos fãs. Nesta entrevista entramos a fundo nesta nova empreitada do ‘Mountain King’, que também nos fala sobre o Trans-Siberian Orchestra e sua paixão pelos fãs brasileiros.

METAL BATTLE BRASIL 2010

Por Airton Diniz

Metal Battle Brasil 2010

O ano de 2010 marcou um novo recorde na história do “Wacken Metal Battle Brasil”. A etapa brasileira da fase classificatória para o maior festival de Heavy Metal do mundo confirma novamente sua grandiosidade alcançando o número de 398 bandas inscritas, das quais 75 foram escolhidas pela equipe de redatores da Roadie Crew para as apresentações ao vivo, com shows distribuídos em 15 seletivas regionais que cobriram o país inteiro, com todas as regiões sendo representadas. A primeira fase classificou 15 bandas para as semifinais que foram distribuídas em três grupos de 5 concorrentes distribuídas por proximidade geográfica. A maratona de festivais regionais teve início no dia 21 de março no Rio de Janeiro, com o evento realizado pela Fashion Produções, em parceria com as produtoras Rato no Rio e Rio Metal Works, lotando as dependências do Século XXI, em Campo Grande…

PARADISE LOST

Por Ricardo Campos

Paradise Lost

Já tendo cruzado a linha das duas décadas de atividades, os britânicos do Paradise Lost criaram um perfi l sonoro que ajudou a consolidar o sentido certo do termo Gothic Metal, mas ao mesmo tempo sempre se mostraram abertos a experiências e aos altos e baixos que isso sempre acaba proporcionando. De alguns anos para cá, entretanto, o retorno às raízes tem sido algo constante na música da banda.

O sólido quarteto composto por Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh (guitarra), Aaron Aedy (guitarra) e Steve Edmondson (baixo), juntamente com o estreante Adrian Erlandsson (bateria), promove desde o fi nal do ano passado o mais recente trabalho da banda, Faith Divides Us – Death Unites Us, e vem colhendo frutos muito positivos.

SLAYER

Por Chris Alo

Slayer

Kerry King não é sujeito que mais gosta de dar entrevistas no mundo. E com o Slayer tendo que cancelar vários shows por conta de um problema de coluna do vocalista e baixista Tom Araya, que o obrigou até a se submeter a uma cirurgia, imaginei que o encontraria no pior humor possível para esta entrevista. Porém, para minha grata surpresa, Kerry não só estava disposto a falar sobre qualquer assunto, como se mostrou alegre e feliz durante todo o tempo, chegando a cair na gargalhada em vários momentos. Como está Tom após a cirurgia nas costas? Kerry King: Olha, meu boletim mais recente…

THEATRE OF TRAGEDY

Por Vinicius Mariano

Theatre of Tragedy

No último dia 1º de março, a banda norueguesa de Doom/Gothic Metal Theatre Of Tragedy pegou os fãs de surpresa ao anunciar uma turnê de despedida, com direito a passagem pela América Latina e show de encerramento em Stavanger, na Noruega (cidade natal da maioria dos seus membros), marcado para o dia 2 de outubro, quando a banda completará exatos dezessete anos. Para quem a acompanha, sabe que foi lá que tudo começou e, portanto, será lá que tudo vai terminar. Aproveitando a passagem pelo Brasil, conversamos com o guitarrista Vegard K. Thorsen, que nos contou os detalhes dessa decisão, falou sobre a turnê na América do Sul e também sobre alguns pontos que marcaram a trajetória de quase duas décadas do grupo.

UNLEASHED

Por Frans Dourado

Unleashed

Surgido no início da década de 90, o Unleashed foi um dos grupos que ajudaram a moldar aquilo que viria a ser chamado de “Death Metal sueco”. E mesmo com seus vinte anos de estrada, a banda formada por Johnny Hedlund (baixo e vocal), Fredrik Folkare (guitarra), Tomas Måsgard (guitarra) e Anders Schultz (bateria) continua em plena atividade, trabalhando atualmente na divulgação de seu mais novo disco, _ e Trembles Yggdrasil, lançado em março deste ano pela Nuclear Blast. Aliás, a crise econômica mundial fez com que o grupo mudasse duas vezes de gravadora em um curto espaço de tempo, já que assim que trocou a Century Media pela SPV, essa última acabou sendo vítima da quebradeira mundial, o que fez com que migrasse para a Nuclear Blast. “Felizmente, isso não afetou o nosso trabalho”, afirma o batera Anders Schultz. “A gente precisa de um bom selo nos dando suporte e isso nós temos. Então, estamos tranquilos”, garante…

BACKGROUND - YES PARTE 1

Por Vitão Bonesso

Yes Parte I

Inglaterra, anos 60

Difícil imaginar uma década tão fértil e repleta de novos talentos que surgiam a todo momento como os anos 60. A concorrida cena musical britânica não dava chances para falta de originalidade e, sobretudo, para baixa qualidade. Disputar uma fatia da atenção da crítica e, principalmente, das gravadoras era uma tarefa árdua quando se estava no meio de nomes consagrados como Beatles, Rolling Stones e The Who, entre tantos outros. Bastava apenas um pequeno deslize para você ser taxado como uma cópia barata de uma dessas superbandas, correndo o sério risco de colocar a perder um trabalho de anos.

Nesse cenário estava o Rock Progressivo, que dava seus primeiros passos na segunda metade da década de 60. Existia uma forte essência de psicodelismo nos primeiros discos do Pink Floyd e até mesmo nos Beatles, com o aclamado Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967). Porém, especialistas no estilo apontam o álbum Days Of Future Passed (1967), da banda Moody Blues, como o pontapé inicial do Rock Progressivo, que nomes como Jethro Tull, King Crimson, Gentle Giant, Emerson, Lake & Palmer, Genesis, Pink Floyd e, é claro, Yes, fariam brilhar durante décadas.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

O ADEUS DO BRASIL A UM GRANDE CARA!

O dia 16 de maio se mostrava um domingo tranquilo e ensolarado. Eu estava com a minha namorada quando o telefone tocou. Do outro lado da linha um amigo, com a voz trêmula, me dava a má notícia: “Vitão, o Dio morreu.” Foi um gelo e o choro veio em seguida.

Aquela felicidade de ter se deparado no final de março com vários anúncios de festivais de verão na Europa, a maioria apontando o Heaven & Hell como uma das principais atrações, logo se transformaria em preocupação, com o anúncio oficial, em meados de maio, de que a banda estava cancelando todas as aparições, alegando que Ronnie James Dio ainda não estava preparado para retornar aos palcos.

Desde dezembro de 2009, Ronnie estava se submetendo a sessões de quimioterapia para debelar o câncer que fora diagnosticado um mês antes em seu estômago. No início de maio, Ronnie fez a sétima sessão.

BLIND EAR JOHN PETRUCCI (DREAM THEATER)

Por Claudio Vicentin

John Petrucci (Dream Theater)

Fotos: Thiago Rahal Mauro

Phenomenon

“O que é isso? (R.C.: É uma banda da Inglaterra). Soa muito legal e o vocalista é muito bom. Nossa, muito boa, produção ótima. O que é isso? (R.C.: Threshold). Ah, sim, eu conheço, mas não lembrava da banda. Nós já excursionamos com eles? (R.C.: Não sei). Acho que sim. É uma banda que parece fazer tudo certo, mas por algum motivo as coisas não acontecem para eles. Tem bandas que são assim, não dá para entender. Mas eles são ótimos, gostei demais dessa música.”

CLASSICOVER - THE SOUND OF SILENCE

Por Maicon Leite

The Sound Of Silence

Nestes cerca de cinquenta anos de Rock’n’Roll, algumas décadas ficaram marcadas pelo surgimento de bandas e músicos que se tornaram referência e influenciaram o que viria a ser feito nas décadas posteriores. No meio do burburinho rockeiro dos EUA no final dos anos 50, surgiu a dupla Tom and Jerry, que depois passaria a se chamar Simon & Garfunkel. Fazendo Folk Rock, a dupla formada por Paul Frederic Simon e Arthur Ira “Art” Garfunkel estreou com o álbum Wednesday Morning, 3 A.M., gravado no formato acústico em março e lançado em outubro de 1964 pela gravadora Columbia. No entanto, as vendas foram um fracasso e a dupla se separou, ocasionando a ida de Paul para a Inglaterra, que o acolheu de braços abertos, pois lá o gênero Folk possuía grande…

CLASSICREW

Por Maicon Leite

1970 – The Doors

Morrison Hotel

Únicos dentro do universo mágico do Rock’n’Roll na transição dos anos 60 para os 70, Jim Morrison (vocal), Robby Krieger (guitarra), Ray Manzarek (teclados) e John Densmore (bateria) causaram um alvoroço enorme, principalmente pela figura brilhante de Jim, um verdadeiro ícone de sua geração. Morrison Hotel, quinto disco da banda, traz de volta as características mais simples dos primeiros álbuns, contrariando a tendência experimental de Soft Parade, lançado um ano antes, baseando sua sonoridade em elementos do Blues, que viria a ser ainda mais utilizado em L.A. Woman. Gravado em dezembro de 1969,

1980 – MSG

Michael Schenker Group

Por Antonio Carlos Monteiro

A carreira do guitarrista Michael Schenker acabou tão relacionada a excessos, problemas extra-musicais e vexames públicos que, infelizmente, muitas vezes a gente esquece de que ao se falar/escrever seu nome estamos tratando não apenas de um grande músico, mas de um verdadeiro prodígio da guitarra. Pra quem não sabe (ou não lembra), sua estreia nos palcos foi com o Scorpions, banda que tinha (e tem até hoje) seu irmão Rudolf na outra guitarra, quando Michael tinha apenas 11 anos. Desde cedo, seu temperamento quase incontrolável rivalizava com …

1990 – Bruce Dickinson

Tattooed Millionaire

Por Antonio Carlos Monteiro

Todo mundo sabe a história: lá pelo final dos anos 80, Bruce Dickinson estava profundamente infeliz no Iron Maiden – tanto que três anos depois deixaria a banda, para retornar em 1999. Porém,

antes disso o vocalista já dava os primeiros passos de uma carreira solo, que teve início com o lançamento de Tattooed Millionaire, gravado em 1989 e lançado no ano seguinte. O disco teve início com um convite para que Bruce assinasse uma música.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Dio: o Metal reina no Paraíso

É com grande pesar que dedicamos à memória de Ronnie James Dio esta edição da Roadie Crew. É muito difícil dimensionar a dor e o sentimento de perda pela morte de uma das maiores personalidades do mundo do Heavy Metal, principalmente porque Dio não foi apenas um grande músico, um vocalista excepcional e um compositor inspiradíssimo, ele foi também uma figura humana especial, e isso pode ser constatado em matérias que se espalham pelo mundo fazendo referência a ele neste momento.

Há exatamente um ano ele esteve no Brasil desfilando sua arte com o Heaven & Hell, emocionando os fãs com clássicos imortais e mostrando o material do então ainda recente álbum The Devil You Know, e era impossível não notar o ar de satisfação com que Dio se apresentava diante de seu público, fazendo Heavy Metal com paixão. Essa paixão e o imenso talento artístico o transformaram num mito, e aquele ser de aparência frágil no tamanho físico virou um gigante no cenário musical mundial.

Nosso desejo é que Dio tenha a mesma paz que sempre teve, mas, ao invés de descansar, que mantenha viva a chama do Heavy Metal, assim na Terra como no Céu.

Apesar do choque pela partida do ídolo a vida continua, e nossa equipe sente-se orgulhosa de poder oferecer aos leitores da Roadie Crew uma revista renovada a partir desta edição. São várias as modificações no seu aspecto visual, que poderão ser notadas já a partir do índice, com as informações sobre o conteúdo da revista sendo mostradas de forma mais clara, direta e completa.

As vinhetas e ilustrações das seções foram todas remodeladas, com novos detalhes na arte gráfica, tudo criado pelo editor de arte Leandro de Oliveira. Não houve alteração no perfil editorial da revista, que continua com seu foco definido e concentrado no Heavy Metal e no Classic Rock. Sem abrir mão da preocupação com a qualidade da informação e profundidade das matérias, optamos por também privilegiar as imagens veiculadas, procurando publicar as fotos em tamanhos maiores do que anteriormente. Essa modificação fica especialmente visível na seção “Live Evil”, onde estão as matérias de resenhas de shows.

Outra mudança que poderá ser sentida é a fonte que passou a ser utilizada nos textos das entrevistas, agora diferente da composição tipográfica das seções, mas com ambas proporcionando ao leitor conforto para os olhos e ótima legibilidade, mesmo quando determinada matéria tenha letras de tamanho reduzido. Ainda com a intenção de procurar fazer com que a leitura seja agradável as seções passam a ter fundo branco, com exceção da “Live Evil” .

Sugerimos que a leitura desta edição seja acompanhada de trilha sonora com a obra do mestre Ronnie James Dio.

Airton Diniz

ETERNAL IDOLS - PETER STEELE

Por Ricardo Campos

Peter Steele (Type O Negative)

Parecia mentira. Aliás, o mundo achava que era mentira! Na noite daquela quarta-feira, 14 de maio, começaram a circular notícias de que Peter Steele, vocalista, baixista e alma do Type O Negative, havia morrido. Mas não era a primeira vez, pois em 2005, quando a banda havia acabado de assinar com a SPV/Steamhammer Records, houve uma “brincadeira” com os fãs no site oficial da banda anunciando a morte de Peter. Como naquela fábula infantil, quando foi verdade ninguém acreditou. Mas a coisa ganhou maior credibilidade quando Josh Silver, tecladista da banda, confirmou o óbito para o site Blabbermouth.net. Depois foi a vez da SPV/Steamhammer Records transmitir publicamente condolências para a família e amigos dos músicos para então Mike Renault, manager da banda.

GARAGE DEMOS

Por Vários

Blackader

Cromathia

Dissidium – Destaque

Imagery

Imperius

Katharsick

Mxfx

Necronomicon Beast

Obscurity Tears

Pesadelo Nuclear

Toxik Invader

HIDDEN TRACKS - ALTA TENSÃO

Por Antonio Carlos Monteiro

Alta Tensão

A essa altura no campeonato, imagina-se que não seja mais preciso dizer que o Brasil tem, sim, sua história no Heavy Metal e que gerações de músicos já se dedicaram ao estilo, abrindo caminho para que hoje possamos ostentar bandas de gabarito cultuadas tanto no cenário nacional como fora daqui. Mas quem pensa que apenas o paraense Stress representou uma região fora do eixo Rio-São Paulo naqueles primórdios comete a enorme injustiça de se esquecer do sulmatogrossense Alta Tensão. O início do grupo remonta ao princípio dos anos 80, mais precisamente a outubro de 1981, em Campo Grande. O vocalista Adilson Fernandes e o guitarrista Edinho David, ambos apaixonados por Rock’n’Roll, em meio a uma conversa de bar resolveram montar uma banda que se chamaria Alta Tensão. A formação se completaria com Marcos (bateria) e Leninha (vocal), e o estilo adotado pelo quarteto era semelhante ao que fazia o Tutti Frutti, que havia sido criado para acompanhar Rita Lee mas que, a partir de um certo momento, criara vida própria.

LIVE EVIL - EXTREME NOISE TERROR

Por Jorge Krening

Extreme Noise Terror

Inferno Club – São Paulo/SP

26 de março de 2010

Foto: Guilherme Fernandes

É impressionante a quantidade de shows internacionais em território brasileiro nesses primeiros meses do ano e, felizmente, algumas bandas estão debutando por aqui, como é o caso dos veteranos do Hardcore/Grind inglês Extreme Noise Terror. Para celebrar a primeira passagem do grupo pelo Brasil, nada melhor do que duas datas, e na primeira delas o Inferno Club ainda recebeu duas forças da cena Hardcore nacional – Social Chaos e Ratos de Porão. Formado por Borella (baixo e vocal), Pudol e Presépio Diego.

LIVE EVIL - GAMMA RAY SANTANA HALL

Por Thiago Rahal Mauro

Gamma Ray Santana Hall – São Paulo/SP

9 de maio de 2010

Foto: Renan Facciolo

Conhecidos pelos brasileiros como um dos maiores expoentes do Power Metal mundial, os alemães do Gamma Ray vieram pela sexta vez ao país para se apresentar aos seus fãs mais fanáticos e, de quebra, divulgar o mais recente lançamento, To The Metal. Atualmente composta por Kai Hansen (vocal e guitarra), Henjo Richter (guitarra), Dirk Schlächter (baixo) e Daniel Zimmermann (bateria), a banda apresentou um set coeso e com uma ênfase maior nos últimos discos, mas sem deixar de lado alguns dos seus maiores clássicos. Após a tradicional abertura com Welcome, o grupo entrou no palco com a pesadíssima.

LIVE EVIL - KEEP IT TRUE XIII

Por Alexandre Oliveira

Keep It True XIII Lauda-Königshofen, Alemanha

23 e 24 de abril de 2010

A Alemanha cravou seu lugar no mapa-múndi como pólo de festivais de Heavy Metal. Há espaço para todos os gostos, mas alguns se sobressaem. Antagonicamente, há festivais como o badalado “Wacken Open Air”, que há muito vem rendendo-se ao ‘mainstream’. Mas há também eventos como o “Keep it True”, feito de fãs para fãs e isento de quaisquer tendências de gosto duvidoso. Como foi amplamente divulgado pela imprensa mundial, as cinzas do vulcão islandês Eyjafjallajökull, em abril de 2010, causaram caos e cancelaram milhares de voos pelo continente europeu. E o festival estava marcado para aquela época. Assim…

LIVE EVIL - MANOWAR

Por Frans Dourado

Manowar Credicard Hall – São Paulo/SP

7 de maio de 2010

Foto: Renan Facciolo

Doze anos após a última edição do festival “Monsters

Of Rock”, em que ocorreu a derradeira apresentação do

Manowar por essas terras, os Reis do Metal apor taram uma vez mais no Brasil e prometeram um show único. Promessa que acabou se concretizando de maneira infeliz. O fiel público do Manowar compareceu em bom número ao evento, mas sem lotar a casa. Depois de certo atraso, as luzes foram apagadas e a tão aguardada entrada da banda se deu com Hand Of Doom, uma das poucas peças que se salvam no irregular Warriors Of The World, mas que, pela energia e pela execução impecável, fez nascer em todos a esperança de que essa apresentação compensaria os anos que a banda passou longe do Brasil. E essa esperança foi sendo alimentada até.o momento em que os clássicos demoraram a aparecer. A banda não poupou os presentes dos intermináveis discursos de Joey DeMaio, odes vazias…

LIVE EVIL - MARDUK

Por Heverton Souza

Marduk / Richie Kotzen MARDUK

Hangar 110 – São Paulo/SP

16 de abril de 2010

Foto: Renan Facciolo

Marcado para começar às 20h, o evento iniciou com 40 minutos de atraso, o que traria problemas horas depois, por se tratar de uma sexta-feira. Quem abriu a noite foi o Incinerad, que faz um Death Metal com toques de Black ao estilo Rotting Christ, mas que soou morna e ainda cometeu alguns erros claramente evitáveis. Em seguida, a veterana Queiron deu o ar da graça. Lembro de ter visto a banda há uns sete anos e desta feita me impressionei com a evolução do seu Death Metal, que agora tem uma identidade forte e é sem dúvida uma promessa do…

RICHIE KOTZEN

Drakkar Music Hall – Porto Alegre (RS)

28 de abril de 2010

Por Rodrigo Trapp (poashow.com.br) • Foto: Liny Rocks

Uma grande fila de fãs havia se formado desde cedo na frente do Drakkar Music Hall, mostrando a ansiedade do público em ver Richie Kotzen, ex-dono das guitarras do Mr. Big e do Poison e de, claro, uma louvável carreira solo. O show, que estava marcado para 21h, sofreu meia hora de atraso até que subiu ao palco a banda de abertura, do guitarrista Carlos Lichman, que alternou seu show entre músicas próprias e alguns clássicos do Rock. Em dois momentos Carlos colocou fogo em sua guitarra, o que, por ter sido feito de uma forma tão inesperada, acabou se mostrando uma ótima sacada e se tornando um diferencial interessante. Um aquecimento muito bom para a grande atração que estava por vir.

LIVE EVIL - MEGADETH

Por João Luiz Zattarelli Jr.

Megadeth Credicard Hall – São Paulo/SP

24 de abril de 2010

Foto: Ricardo Zupa

Dois fatores aumentaram as vendas dos ingressos para o show do Megadeth: a confirmação da turnê de comemoração dos vinte anos do álbum Rust In Peace e a volta de David Ellefson (baixo) ao lugar que nunca deveria ter saído. Com a casa quase lotada, vimos uma aula tanto musical como de interação com o público. Usando um pano de fundo evidenciando o álbum em questão, Dave Mustaine (guitarra e vocal), Chris Broderick (guitarra), David Ellefson (baixo) e Shawn Drover (bateria) entraram no palco com o jogo ganho. Sem banda de abertura, a introdução da música que dá nome a uma das bandas favoritas de Mustaine, Black Sabbath, ecoou como um prenúncio de que muitas surpresas surgiriam. Corretamente foram tocadas algumas faixas do mais recente CD, Endgame, como Dialectic Chaos e This Day We Fight. Infelizmente o som estava embolado e poucos as identificaram.

PÔSTER - DIO (HOLY DIVER)

Por Redação Pôster – Dio (Holy Diver)

RELEASES CDS

Por Vários

1349

A Sorrowful Dream

Alkemyst

Amazarak

As I Lay Dying

Aspera

Avantasia

Axel Rudi Pell

Cloudscape

Crashdïet

Cynic

Darkest Seed

Dragon Ring

Enforcer

Exodus

Faces Of Madness

Fallen Within

Fomento

Genocídio

Hartmann

Horde Of Hel

Hurlement

Impiety

Kernel

Korzus

Minus Blindness

Musica Diablo

Nevermore

Omega Crom

Pain Of Salvation

Prophet & The Cowboys From Apocalypse

Rhapsody Of Fire

Scorpions

Sinbreed

Slash

Solis Rex

Sunroad

Versover

Watain

Wolfgard

Wolfmother

Y&T

RELEASES DVDS

Por Vários

Destruction

Gary Holt

Status Quo

Suicidal Tendencies

ZZ Top

ROADIE COLLECTION – DIO

Por Vitão Bonesso

Dio 

Tão logo deixou o Black Sabbath no final de 1982 após as turbulentas sessões de mixagem de Live Evil, Ronnie James Dio carregou consigo o baterista Vinny Appice e em poucas semanas anunciou a formação de sua própria banda, chamada simplesmente Dio. Para o baixo, recrutou seu amigo dos tempos do Rainbow, Jimmy Bain, além do guitarrista irlandês Vivian Campbell (ex- Sweet Savage) e do tecladista Claude Schnell. Muitas ideias que possivelmente seriam usadas num futuro disco do Black Sabbath acabaram entrando no álbum de estreia, Holy Diver. Foram mais de duas décadas, várias formações e, mesmo retornando ao posto de vocalista do Black Sabbath em 1992 e depois em 2007 (sob o nome de Heaven & Hell), o grupo Dio nunca deixou de existir. Em janeiro deste ano, uma nova turnê estava agendada na Europa e os shows seguiriam até meados de março. A tour acabou sendo cancelada quando, em novembro de 2009, Ronnie foi diagnosticado com um câncer no estômago. Mesmo em tratamento, planejava um novo álbum com o Dio e a continuação da trilogia Magica, que teve a primeira parte lançada em 2000. Porém, o destino não quis assim e Ronnie nos deixou no último dia 16 de maio.

ROADIE NEWS

Por Redação

HEAVY METAL PERDE RONNIE JAMES DIO

 Abril de 2007

O Black Sabbath lança a compilação The Dio Years, trazendo três faixas inéditas gravadas por Ronnie James Dio, Tony Iommy, Geezer Butler e Vinny Appice. “Essas novas faixas fizeram o álbum um pouco mais especial, melhor do que apenas uma compilação retrospectiva com algumas faixas não lançadas de shows. Não acho que algo assim dá a você ou para os fãs uma satisfação real. Acho que ter três músicas de uma banda como essa é fenomenal, especialmente sendo fortes como elas são”, disse Ronnie James Dio à ROADIE CREW…

ROADIE PROFILE - PAUL DI'ANNO

Por Ricardo Batalha

Paul Di’Anno

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Luto No Heavy Metal

O dia 16 de maio de 2009 ficará marcado na história do Heavy Metal mundial como um dia de luto, quando foi chamado ao “andar superior” o mestre Ronnie James Dio. O americano Ronald James Padav ona foi, e continuará sendo, um dos maiores astros do cenário Rock/Heavy Metal de todos os tempos. Foi ele um dos responsáveis pelo que hoje ouvimos nesse estilo de música de que tanto gostamos, influenciando tantos e tantos músicos, e foi também quem popularizou o “chifrinho” ao entrar para o Black Sabbath. Na mesma data acontecia em São Paulo a final do “Wacken Metal Battle Brasil”, durante a qual a equipe do Programa Stay Heavy gravou uma reportagem do evento e fez um programa dedicado a este ícone. Uma singela homenagem a um homem franzino, mas que era um grande ser humano em todos os aspectos. As palavras de sua esposa, Wendy Dio, resumem o que todos já sabem: “Sua música viverá para sempre.” Dio é imortal!

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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