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Edição # 139

R$29,00

Acho que é normal para qualquer um de nós ficar um pouco nervoso quando está prestes a se encontrar com um músico famoso…

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IRON - COMO FOI LANÇADO NO BRASIL

Por Ricardo Batalha

COMO O IRON MAIDEN CHEGOU AO BRASIL

Paulinho Heavy, ex-vocalista do Inox e ex-funcionário da EMI, foi o grande responsável

As velhas gerações de fãs de Rock e Heavy Metal se acostumaram a aguardar anos por um lançamento no mercado fonográfico brasileiro. Um disco que saía por aqui era motivo de festa. Imagine, então, o que ocorria quando o álbum era lançado por uma banda novata e desconhecida do grande público.

Quando o trabalho de estreia do Iron Maiden chegou ao Brasil, com grande atraso, a banda já havia formado um sólido alicerce e não era mais apenas uma grata revelação da New Wave Of British Heavy Metal. No ano em que saiu segundo álbum, Killers (1981), um funcionário da sucursal paulista da gravadora EMI-Odeon do Brasil ficou curioso com um anúncio publicado na revista Cash Box. “Folheando-a Cash Box vi a cara do Eddie estampada na capa do primeiro LP, em um rodapé de página. Gostei demais da capa e, mais ainda, quando li ao lado dela as palavras EMI-America”, lembra Paulinho Heavy, ex-vocalista do Inox e ex-apresentador do extinto programa Som Pop da TV Cultura.

IRON MAIDEN

Por Chris Alo

O ÚLTIMO CAPÍTULO?

FLERTANDO MAIS COM O ROCK PROGRESSIVO

Acho que é normal para qualquer um de nós ficar um pouco nervoso quando está prestes a se encontrar com um músico famoso. Mas quando entrei no salão do hotel para entrevistar Steve Harris logo após a audição do mais recente CD do Iron Maiden, The Final Frontier, o baixista parecia mais nervoso do que eu, andando de um lado para outro na sala vazia. Eu fui uma das primeiras pessoas a escutar na íntegra os 78 minutos do novo disco pelo menos dois meses antes do seu lançamento. Depois dos cumprimentos de praxe, ele aproveitou para admirar meu antigo gravador cassete. De minha parte, dei uma conferida nas suas tatuagens, que já precisam de um retoque. Logo a tensão que havia no lugar desapareceu e Steve se mostrou sinceramente interessado em saber minha opinião sobre o novo álbum, não escondendo o alívio quando eu disse que tinha gostado do que havia ouvido, em especial da faixa título.

IRON - THE FINAL FRONTIER WORLD TOUR

Por Chris Alo

Iron Maiden

“THE FINAL FRONTIER WORLD TOUR”: O INÍCIO

Por Chris Alo

A ROADIE CREW ter sido convidada pela EMI para passar alguns dias literalmente imersa na música do Iron Maiden foi uma grande honra. A gravadora me levou de Nova York para o calor de Dallas, no Texas (EUA) para ouvir o novo disco da banda dez semanas antes do lançamento, entrevistar a banda e finalizar assistindo à estreia da turnê 2010 do sexteto, ocorrida no último dia 9 de junho.

Cheguei ao Superpages.com Center minutos antes do início do show de abertura, que ficou a cargo do Dream Theater. Devo admitir que foi muito eficiente e agradável. Abrindo com As I Am e indo direto para Right Of Passage, o set do Dream Theater é muito bem elaborado e bastante fluente. Além disso, eles foram espertos o suficiente para elaborar um repertório especial para agradar aos fãs do Iron. Músicas como Panic Attack e Pull Me Under, que fechou o show, provaram que eles sabiam o que estavam fazendo.

AXEL RUDI PELL

Por Ricardo Campos

APOSTANDO NAS RAÍZES

Com sua extensa discografia, o guitarrista alemão Axel Rudi Pell construiu uma carreira de respeito no Hard Rock, conquistando fãs mundo afora. Acompanhado pelo line-up que mantém intacto há doze anos, composto por Johnny Gioeli (vocal), Volker Krawczak (baixo), Mike Terrana (bateria) e Ferdy Doernberg (teclado), o músico lança agora The Crest, álbum que reúne suas principais marcas registradas e um retorno à atmosfera de seus lançamentos da década de 90. Nesta entrevista Axel nos fala do novo trabalho e também do recente DVD One Night Live

BRIAN HOWE

Por Ricardo Batalha

RECUPERANDO A AUTOESTIMA

O vocalista e compositor inglês Brian Howe, que começou a ficar conhecido quando trabalhou com Ted Nugent e fez fama ao substituir Paul Rodgers no Bad Company, levou treze anos para lançar seu segundo disco solo. O sucessor de Tangled In Blue (1997) só chegou às lojas este ano, já que Howe não acreditava mais que alguém pudesse se interessar pelo trabalho. No entanto, o álbum Circus Bar vem surpreendendo tanto que o próprio vocalista se diz arrependido de ter ficado tanto tempo sem gravar material inédito.

DIABLO

Por Ricardo Campos

CRUZANDO AS FRONTEIRAS FINLANDESAS

Muitos fãs de Metal foram conhecer o Diablo apenas com Icaros (2008), quinto álbum dos finlandeses. Mas não pense que isso é exclusividade da América do Sul e de outras terras distantes da Escandinávia pois, mesmo tendo atingido o topo nas paradas de seu país e possuir uma carreira há cerca de quinze anos, a banda vinha dando passos lentos até mesmo na Europa. No entanto, com este mais recente trabalho, as coisas mudaram para Heikki Malmberg (bateria), Rainer Nygård (vocal e guitarra), Aadolf Virtanen (baixo) e Marko Utriainen (guitarra) – foto – que chamaram a atenção de nomes consagrados como o Metallica.

GENOCÍDIO

Por João Luiz Zattarelli Jr.

O CLÃ DO PESO

Na ativa desde 1986, o Genocídio injustamente nunca teve grande exposição na mídia, mas sempre angariou uma legião de fãs. Conseguiu unir com maestria o Death Metal e o Gótico, nunca se submetendo a modismos. W. Perna (baixo), Murillo L. (vocal e guitarra), Dennis D. (guitarra) e Fábio M. (bateria) apostam numa sonoridade mais técnica e pesada com o lançamento de seu novo trabalho, o excelente The Clan.

HELIX

Por Ricardo Batalha

TUDO, MENOS ACOMODADO

A veterana banda canadense Helix teve seu auge em meados dos anos 80, quando emplacou alguns hits nas rádios, como o single Rock You, de 1984, que teve seu videoclipe muito bem divulgado, inclusive no Brasil. Muito tempo se passou e o incansável vocalista Brian Vollmer fez de tudo para manter o grupo na  ativa até que, quando menos se esperava, surpreendeu seus fãs com Vagabond Bones (2009), que mostra um Helix revigorado. “Não existe ‘o disco perfeito’, mas devo dizer que estou realmente contente com Vagabond Bones”, diz Brian Vollmer, que depois de vários anos voltou a tocar com Brent “The Doctor” Doerner (guitarra), Greg “Fritz” Hinz (bateria) e Daryl Gray (baixo). “Trabalhar com alguns músicos da formação original vem sendo divertido mas, ao mesmo tempo, estamos muito empenhados e dando o nosso máximo”, completa.

KATATONIA

Por Chris Alo

SEMPRE EM MUTAÇÃO

 Se você nunca teve a oportunidade de ouvir o Katatonia, fica meio difícil tentar descrever a música que eles fazem. A banda teve sua origem no Metal mais extremo, lá no início dos anos 90, mas, a partir de então, sua música sofreu as mais diversas mudanças, descambando numa tendência mais dark e moderna, algo como uma mistura de Coldplay e Sentenced. Seu mais recente disco é Night Is The New Day, que saiu no final do ano passado. De lá para cá, o grupo sofreu pelo menos duas baixas, com a saída dos irmãos Fredrik Norrman (guitarra) e Mattias Norrman (baixo), seguindo com Jonas Renkse (vocais), Anders Nyström (guitarra) e Daniel Liljekvist (bateria).

PENTACROSTIC

Por Frans Dourado

Pentacrostic

DAS LÁGRIMAS AO SENTIDO DA VIDA

Quando o Doom Metal recebeu a influência direta do Death Metal que tomou de assalto a cena no começo dos anos 90, as bandas inglesas saíram na frente e praticamente monopolizaram as atenções. O ‘front’ integrado por Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema gravou álbuns repletos de peso, melancolia, guitarras sujas e vocais guturais. Mas o que parecia ser uma tendência relegada às brumas inglesas proliferou-se também no Brasil e apareceu sob a forma do Pentacrostic.

Surgido no final de 1989 na cidade de Osasco/SP, o grupo chamou a atenção do selo Hellion com a demo Welcome To The Suffering, lançada em janeiro de 1991. “Na época, o Pentacrostic foi visto como revelação do Death/Doom nacional. Até então, nenhuma banda brasileira tivera a idéia de fundir a agressividade do Death com a melancolia do Doom”, conta o vocalista e baixista Marcelo Sanctum.

PRETTY MAIDS

Por Ricardo Batalha

Pretty Maids

SATISFAÇÃO PLENA

Muitas vezes o fato de ser referência não é sinônimo de sucesso comercial. Algumas bandas da New Wave Of British Heavy Metal foram fundamentais para o surgimento do Thrash Metal e hoje em dia muitos que escutam o Metallica tocando Am I Evil? ou Blitzkrieg sequer conhecem a obra de seus verdadeiros autores. Isso também ocorre como os dinamarqueses do Pretty Maids, que serviram de alicerce para a aparição de grupos como Blind Guardian. Sua musicalidade versátil, aliando o peso do Metal, a velocidade do Power Metal, a melodia do AOR e a malícia do Hard Rock, foi capaz de fazer com que se tornasse uma referência, mas nunca chegando ao patamar mais alto do cenário musical. Nestes seus quase trinta anos de carreira, a banda gravou alguns discos fundamentais da década de 80, como Red, Hot & Heavy (1984) e Future World (1987), e ainda conseguiu a façanha de se manter ativo e sem grandes problemas na década de 90, quando muitos deixaram o estrelato e amargaram o ostracismo. Agora, quatro anos depois de Wake Up To The Real World (2006) – trabalho que passa longe da unanimidade –, o grupo formado atualmente por Ronnie Atkins (vocal), Ken Hammer (guitarra), Hal Patino (baixo, King Diamond, Force Of Evil), Allan Tschicaja (bateria) e Morten Sandager (teclado) conseguiu reviver os bons tempos. Seu mais recente CD, Pandemonium (2010), vem obtendo ótima receptividade e, segundo o próprio Ronnie Atkins, pode ser colocado no rol dos clássicos da banda.

SARKE

Por Luciano Krieger

MESMO CORPO EM NOVA ALMA

Após vários anos de experiência em estúdio e tocando ao vivo com bandas de destaque da Noruega, como Tulus, Khold e Old Man’s Child, Thomas Berglie adotou o nome artístico Sarke para lançar seu trabalho solo. O resultado foi uma grande repercussão mundial com o álbum Vorunah (2009), realizado por um time de respeito e acompanhado de um bom trabalho de divulgação, o que fez com que conquistasse muitos fãs e obtivesse o respeito de muitos veteranos, como Darkthrone e Tom Warrior (Triptykon, ex-Hellhammer e Celtic Frost). Fomos conferir as palavras do fundador deste bem-sucedido projeto, que está prestes a gravar o segundo trabalho.

BACKGROUND - YES PARTE FINAL

Por Vitão Bonesso

1991

Tão logo os problemas legais foram equacionados, a união Yes/Anderson, Bruford, Wakeman & Howe pôde ser efetivada. A ideia era mostrar um novo Yes adentrando os anos 90, mesclando a música praticada desde os tempos de 90125 mas também resgatando a característica maior desenvolvida nos anos 70. A intenção era devolver aos fãs o lado mais Progressivo da banda.

Com o anúncio de que o Yes estaria de volta, agora contando com oito integrantes, as opiniões entre os fãs ficaram divididas. Os mais radicais não conseguiam imaginar os guitarristas Trevor Rabin e Steve Howe num mesmo palco, assim como Tony Kaye dividindo os teclados com Rick Wakeman. Enquanto isso, uma outra parcela aguardava com ansiedade esse retorno. “(…) É claro que havia intenção de se fazer uma gigantesca turnê contando com todos os integrantes. Porém, tínhamos que cuidar de um álbum. Havia milhares de ideias e de estilos e juntar tudo ia dar muito trabalho”, dizia o baixista Chris Squire.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

Rush: uma história de vida e música de qualidade

Lembro bem de quando surgiu, no início dos anos 90, uma modalidade que visava homenagear grandes nomes do Rock: os álbuns-tributo. Não demorou muito para que centenas deles começassem a disputar um lugar importante nas prateleiras das lojas.

Nos três primeiros anos, somente as grandes bandas eram alvo desse tipo de homenagem mas aos poucos qualquer um que tivesse mais de três discos lançados poderia receber tal adulação. Com o tempo, tudo começou a tomar uma forma altamente comercial, sendo que a seriedade e a intenção de se homenagear algum artista passaram a vir em segundo plano.

Com a invasão da pirataria desenfreada, os tributos começaram a perder força, assim como toda a indústria fonográfica. Entretanto, uma nova forma de levar ao público os detalhes de algum grande nome do Rock.

BLIND EAR -DANIEL BONFOGO/CLAUSTROFOBIA

Por João Luiz Zattarelli Jr.

Step By Step

“É Overkill isso aí? (R.C: Não, mas é da mesma escola e do mesmo estilo). Caramba, preciso ouvir mais um pouco. É bem ‘Thrashão’ e pesadão! (R.C: Eles voltaram à ativa recentemente). Forbidden, com Step By Step, né? (R.C: Isso mesmo!) Eu lembro dessa música porque passava muito o videoclipe dela no extinto programa ‘Fúria Metal’ da MTV. Não vou falar que sou um extremo conhecedor de Forbidden. Qual é o nome do disco? Forbidden Evil? (R.C: Não, essa faixa é do Twisted Into Form). Eu conheço mais o Forbidden Evil, primeirão mesmo. Mas é muito foda!”

Forbidden – Twisted Into Form

CLASSICOVER

Por Antonio Carlos Monteiro

Original: Iron Butterfly

Álbum: In-A-Gadda-Da-Vida (1968)

Cover: Slayer

Álbum: Less Than Zero (trilha sonora, 1987)

Coisas certamente incabíveis nos dias de hoje, em que a profissionalização da música atingiu índices até discutíveis, aconteciam lá nos remotos anos 60 e 70. Por exemplo: alguém aí consegue imaginar uma música receber um título totalmente diferente do imaginado por conta de um bêbado? Pois foi o que aconteceu com In-A-Gadda-Da-Vida, faixa principal do álbum de mesmo nome lançado pela banda americana de Rock Psicodélico Iron Butterfly em 1968. Depois de encerrada a gravação da viagem sonora de mais de 17 minutos no dia 27 de maio no Ultrasonic Studios, em Hempstead (EUA), o tecladista e vocalista Doug Ingle, com o coco cheio de vinho barato, falou para o batera Ron Bushy que a música que tinham acabado de gravar se chamava “In The Garden Of Eden”. Só que, tropeçando nas palavras.

CLASSICREW

Por Antonio Carlos Monteiro

1970

LED ZEPPELIN – III

Depois de estrear sob o nome New Yardbirds em setembro de 1968, Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarra), John Paul Jones (baixo e teclado) e John “Bonzo” Bonham (bateria) não apenas mudaram o nome de sua banda para Led Zeppelin como entraram numa autêntica roda viva de gravações e shows. Em pouco mais de um ano, foram dois discos (fundamentais, diga-se) e uma infinidade de apresentações. No final, tudo o que eles mais queriam era um tempo de descanso. “Não duas semanas, mas pelo menos dois meses”, disse Page à época. Dispostos a se isolar mesmo de tudo e todos, Page e Plant alugaram uma pousada do século 18 chamada Bron-Yr-Aur localizada nos cafundós do País de Gales. O local era tão precário que não tinha sequer eletricidade ou água corrente. “Tudo o que a gente precisava era fugir daquele ritmo frenético de Los Angeles e San Francisco”, lembrou, tempos depois, Robert Plant.

1980

Girlschool

Demolition

Antonio Carlos Monteiro

A participação das mulheres no Rock – como, de resto, em praticamente todos os setores da sociedade – aconteceu na base da insistência, da perseverança e de algum desgaste. E quando as britânicas Kim McAulliffe (vocal e guitarra), Kelly Johnson (vocal e guitarra), Enid Williams (baixo) e Denise Dufort (bateria) resolveram se juntar no final dos anos 70 a ideia de andar na contramão foi levada a extremos. Afinal, se mulheres como Janis Joplin, as Runaways e até Wendy Williams acabaram se valendo, com maior ou menor intensidade, da sensualidade para ajudar a conquistar seu espaço, com essas quatro o recurso teria que ser descartado, já que, além de não serem especialmente belas, usavam um visual bem masculinizado, falavam palavrões sem censura e bebiam num ritmo quase profissional. Porém, compensavam isso com os instrumentos nas mãos.

1990

Deicide

Deicide

Frans Dourado

O Deicide começou suas atividades em 1987 e antes de adotar seu nome definitivo chamou-se Amon e Carnage. As demos Feasting The Beast (1987) e, principalmente, Sacrificial (1989) espalharam o nome da banda mundo afora em razão da insana troca de fitas que alimentava o underground à época. Um dos trunfos do quarteto foi a qualificada ajuda dada pelo produtor Scott Burns na segunda demo, gravada no Morrisound, a catedral do Death Metal americano.

Com essa demo debaixo do braço, o vocalista Glen Benton invadiu o escritório da Roadrunner em Nova York e coagiu Monte Conner a ouvi-la e contratá-los. Conner pensou se tratar de apenas mais um arrogante e deslumbrado moleque que gastou sua mesada com Scott Burns, mas depois de ouvir o que foi gravado sua reação foi ligar para o vocalista e lhe oferecer um contrato.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Sala de cinema é opção para shows

Não é nenhuma novidade, como pode ser conferido na notícia “Rock e Metal de Volta ao Cinema” que publicamos na página 9 desta edição, mas a apresentação de shows musicais como atração em salas destinadas à projeção de produções da indústria cinematográfica é uma excelente opção de entretenimento, que atende aos interesses das redes de exibição de filmes, dos distribuidores, dos músicos e também do público.

O recente exemplo do sucesso que se tornou a apresentação em cinemas do grupo Cinemark dos shows da turnê “The Big Four” – com Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax – demonstra que existe uma animadora tendência de que essa forma de se assistir a um espetáculo musical seja popularizada, aparecendo como uma ótima alternativa, principalmente para o público do Rock e do Heavy Metal. Evidentemente essa forma de diversão traz para o fã vantagens e desvantagens em relação às outras opções para se curtir um show, e entre os aspectos positivos desta modalidade de diversão está a condição técnica que as salas de exibição podem dispor e com isso oferecer som e imagem de alta qualidade, algo extremamente importante para quem gosta deste tipo de música. Outro ponto a favor, comparando-se com um show ao ar livre, é poder estar com um grupo de amigos assistindo como se fosse ao vivo, tendo a possibilidade de se aglomerar diante da tela, como se estivesse na pista, ou desfrutar do conforto de uma poltrona, em ambiente climatizado, sem chuva ou aquele sol de rachar.

É lógico que a emoção de estar presente em um festival realmente ao vivo, na hora e local do mesmo é algo insuperável, mesmo que isso sempre venha acompanhado do desgaste físico, principalmente porque headbanger também envelhece e a cada ano o cansaço chega mais cedo para quem se acostumou a enfrentar dias de acampamento, alimentação irregular, poucas horas de sono, e muita cerveja pra tomar. Mas, considerando que o acesso aos grandes eventos espalhados pelo mundo não é exatamente algo corriqueiro na vida da maioria das pessoas, é ótimo que possamos ter a chance de ver nossas bandas preferidas num telão de alta definição e o som rolando com fidelidade de nível profissional.

É desejável que se prolifere cada vez mais a distribuição de shows pelas redes de cinemas, pois isso dá oportunidade de que as pessoas de todo canto do mundo possam curtir os grandes shows, sem que isso represente uma concorrência direta aos eventos. Pelo contrário, essa é também uma forma de despertar interesse no público, provocando a vontade de conferir ao vivo o que está sendo visto na tela. Portanto, ao invés de concorrer, torna-se uma forma de promover os eventos diretamente para o público alvo deste tipo de produto.

Airton Diniz

ETERNAL IDOLS - MARCEL JACOB

Por Ricardo Batalha

30/01/1964 – 21/07/2009

Baixista de currículo invejável, que trabalhou com os melhores músicos de seu país de origem, o sueco Marcel Jacob deixou sua marca e estilo inconfundíveis nos registros que gravou ao longo de sua extensa carreira.

Nascido a 30 de janeiro de 1964, em Estocolmo, Jacob estreou na música em meados de 1978 com a banda Rising Force, tocando ao lado do até então desconhecido guitarrista Lars Johann Yngwie Lannerback (Yngwie Malmsteen). Anos depois, registraram uma demo na tentativa de arrumar um contrato com a gravadora CBS sueca, mas como o acordo não veio, Yngwie acabou indo para Los Angeles a convite de Mike Varney (Shrapnel Music) e se juntou à banda Steeler. Assim, em meados de 1981, Marcel acabou indo parar em um grupo chamado Force. Curiosamente, entrou na vaga deixada por John Levén, que estava segurando o baixo após a saída de Peter Olsson, mas acabou indo parar justamente na banda Rising Force, de Malmsteen.

GARAGE DEMOS

Por Vários

Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta Edição:

Fúria Inc.

Thrash M

Tormentor Bestial

Anaktra

Prowler

Leather Apron

Hate/Down

Blafemador

Death n Roll

Eyes Of Gaya

D.K.R.

HIDDEN TRACKS -BECK, BOGERT & APPICE

Por Antonio Carlos Monteiro

BECK, BOGERT & APPICE

Origem: EUA

Época: 1972-1974

Estilo: Blues Rock

Formação clássica: Jeff Beck (guitarra e vocal), Tim Bogert (baixo e vocal) e Carmine Appice (bateria e vocal)

Discografia: Beck, Bogert & Appice (1973) e Live In Japan (1973)

A existência dos supergrupos começou muito antes do que muitos imaginam. Lá em meados dos anos 60, Eric Clapton (guitarra e vocal), Jack Bruce (baixo e vocal) e Ginger Baker (bateria) se juntaram sob um nome que não deixava dúvidas sobre sua autoestima: Cream (em bom português, “A Nata”). Vários outros exemplos surgiram ao longo da história e lá nos anos 70 houve um supergrupo que, seguindo à risca uma das máximas do Rock’n’n’Roll, viveu rápido e morreu cedo: Beck Bogert & Appice.

LIVE EVIL - DARK TRANQUILLITY

Por Heverton Souza

Dark Tranquillity

Carioca Club – São Paulo/SP

12 de junho de 2010

Por Heverton Souza / Foto: ?????

A vinda do Dark Tranquillity ao Brasil, de certa forma, surpreendeu. Afinal, apesar de ser conhecido, o grupo nunca me pareceu ter muitos seguidores de fato. O show na capital paulista comprovou isso pois, infelizmente, o público presente foi pequeno para a qualidade da banda. Para compensar, havia pessoas de vários outros pontos do país, como Recife, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Sem banda de abertura, os suecos deram as caras executando At The Point Of Ignition e The Fatalist, ambas do novo álbum, We Are The Void. A alegria dos suecos, principalmente do guitarrista Martin Henriksson e do vocalista Mikael Stanne, era visível e, na sequência, vieram Focus Shift e Final Resistance.

LIVE EVIL - HELLFEST OPEN AIR

Por Alexandre Oliveira

Hellfest Open Air

Clisson (FRA)

18 a 20 de junho de 2010

Por Alexandre Oliveira / Fotos: Eric Bagnaro (ozirith.com)

Ecletismo e qualidade. Se em apenas duas palavras tentássemos resumir a importância adquirida pelo “Hellfest Open Air” mesmo essas não seriam suficientes para descrever, com a exatidão merecida, a sensação de estar no lugar certo e na hora certa. Festival de moldes ainda inimagináveis no Brasil, em solo francês dá-se o exemplo de que o extenso universo musical traz consigo uma palavra-chave inerente e infalível: respeito. Some respeito a ecletismo e qualidade, e então ilustramos a participação do público naquilo que vem sendo o “Hellfest”.

Situado em Clisson, pequena comuna francesa a 35 quilômetros de Nantes (que, por sua vez, está a 386 quilômteros a oeste de Paris), o “Hellfest 2010” deu um passo grande ao anunciar o Kiss como headliner, superando, em questão de grandeza, a escolha – já excelente – do Manowar para a edição anterior. Ambas esgotaram os ingressos.

LIVE EVIL - LACUNA COIL

Por Thiago Rahal Mauro

Lacuna Coil

Espaço Lux – São Bernardo do Campo/SP

19 de junho de 2010

Texto: Thiago Rahal Mauro / Foto: Renan Facciolo

Os italianos do Lacuna Coil conquistaram muitos fãs ao longo dos anos, principalmente após o ‘boom’ das bandas com mulheres no vocal. Após o lançamento de Shallow Life (2009), o grupo resolveu incluir a América do Sul em sua turnê e, por aqui, tocou em São Bernardo do Campo (SP), na casa Espaço Lux.

Após a introdução, Cristina Scabbia (vocal), Andrea Ferro (vocal), Cristiano Migliore e Marco Biazzi (guitarras), Marco Coti Zelati (baixo) e Cristiano Mozzati (bateria) entraram no palco com Survive, de Shallow Life.

LIVE EVIL - MARRECO'S FEST

Por Luiz Carlos Vieira

Marreco’s Fest

Camping Show – Brasília/DF

19 de junho de 2010

Por Luiz Carlos Vieira / Fotos: ??????

Que o Brasil faz parte do cenário musical mundial como rota dos grandes artistas, todos sabem. Felizmente, tais concertos não estão mais restritos ao eixo Rio-São Paulo, verificando-se uma salutar e necessária descentralização de tais eventos, levando cultura e diversão a todos os cantos deste país de dimensões continentais. Todavia, em matéria de grandes festivais, o Brasil ainda está em fase embrionária, ao contrário do que ocorre durante o verão na Europa e nos EUA. Porém, quem já conhece a profícua temporada de festivais no exterior, certamente pode começar a incluir o “Marreco’s Fest” em sua agenda. Tal fato deriva da excelente organização, da qualidade das bandas que se apresentam e de pequenos detalhes que fazem toda a diferença, como o extremo cuidado em proporcionar o máximo de conforto, segurança e pontualidade.

LIVE EVIL - ROÇA 'N' ROLL - 12ª EXPEDIÇÃO

Por Ivanei Salgado

Roça ‘N’ Roll – 12ª Expedição

Fazenda Estrela – Varginha/MG

12 de junho de 2010

Por Ivanei Salgado / Fotos: Rodolfo Conde

Por mais um ano, Varginha (MG) tornou-se a capital da música e a 12ª edição do “Roça’n’Roll” reuniu cerca de cinco mil amantes da música pesada. Após uma noite de aquecimento na sexta-feira, dia 11 de junho, o “bicho pegou” no sábado, com a abertura a cargo da banda local Jardim do Sapo. Em seguida, o Alpha Scorpii destacou um trabalho calcado no Death Metal Melódico, dividindo o set entre músicas próprias e covers de Arch Enemy, In Flames e Judas Priest. Já o veterano Corpse Grinder mostrou a tradição do Death Metal ‘old school’ com um set baseado em várias fases de sua carreira.

LIVE EVIL - SONISPHERE

Por arlos Souza Pamplona e Andre Lima

Sonisphere

Lotnisko Bemowo – Varsóvia (POL)

16 de junho de 2010

Por Carlos Souza Pamplona e Andre Lima

Fotos: Carlos Souza Pamplona

Depois de anos de declarações atravessadas e farpas trocadas entre as bandas, provavelmente nem o mais otimista acreditou quando começaram os boatos no meio do ano passado. Além disso, ver os criadores de Caught In A Mosh, Peace Sells, Angel Of Death e Master Of Puppets tocando no mesmo dia parecia bom demais para ser verdade. Mas quando os próprios integrantes começaram a manifestar vontade de que isso acontecesse, o boato ganhou força e logo depois foi confirmado: o sonho de ver Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax dividindo o mesmo palco iria se tornar realidade.

Para o encontro acontecer foram escolhidas algumas datas do “Sonisphere”, festival que acontece em várias cidades da Europa e que vem ganhando importância na cena. Para testemunhar esse momento histórico, estivemos nas três primeiras datas: Polônia (16 de junho), Suíça (18) e República Tcheca (19).

LIVE EVIL - SWEDEN ROCK FESTIVAL 2010

Por Vitor Flisch Cavalanti

Sweden Rock Festival 2010

Norje – Sölvesborg (SUE)

9 a 12 de junho de 2010

Por Vitor Flisch Cavalanti

Fotos: André Miranda e Vitor Flisch Cavalanti

O “Sweden Rock”, um dos maiores festivais da Europa, chegou à sua 19º edição mantendo uma de suas principais características: a pluralidade de gêneros das bandas que compõem seu cast. No entanto, o que ganha maior destaque quando comparamos com outros festivais europeus é o Hard Rock.

Com tantos palcos – Festival Stage, Rock Stage, Sweden Stage e Dio Stage e as tendas Rockklassiker Tent (destinada a shows acústicos) e a Nemis Tent (com novas bandas suecas) – e 102 bandas no cast, acaba sendo um verdadeiro paraíso para o fã de Rock. Porém, muitas vezes, cria momentos de importantes decisões, pois é comum ter que escolher entre dois e até entre três shows que estão acontecendo simultaneamente. A área externa é repleta de barracas que vendem comidas, bebidas, roupas, botas, chapéus e quinquilharias diversas. Para os fãs consumistas é um verdadeiro paraíso e as diversas lojas de CDs podem levar à falência um colecionador compulsivo.

LIVE EVIL - THEATRE OF TRAGEDY

Por Heverton Souza

Theatre Of Tragedy

Carioca Club – São Paulo/SP

27 de junho de 2010

Por Heverton Souza / Foto: XXXXXXXXXXX

É triste, mas é fato. No último domingo de junho, a banda norueguesa Theatre Of Tragedy fez seu primeiro, único e último show no Brasil, já que anunciou o encerramento de sua carreira após lançar o excelente álbum Forever Is The World (2009).

Duas bandas foram responsáveis pela a abertura e a primeira, Volúpia de Baco, mostrou boa intenção em suas composições, mas com execuções que pecavam em desafinações de guitarra e também do casal de vocalistas. Já o Raveland, que divulga seu ‘debut’ And A Crow Brings Me Back, obteve destaque com as músicas She Will Bleed Again, The Last Sunset e Velvet Dreams.

PÔSTER - KING DIAMOND (ABIGAIL)

Por Redação King Diamond (Abigail)

RELEASES CDS

Por Vários

44 Caliber

Baby Borderline

Bombay Black

Bone Gnawer

Bret Michaels

Cathedral

Charlotte

Crematory

Cyanotic

Danko Jones

Dark Tranquility

Edenbridge

GBH

Heaven Shall Burn

Holiness

Human Temple

Immolation

Jetboy

John Norum

Julgamento

Kottak

Masterplan

Mortemia

Nervochaos

Ocultan

Perpetual Dreams

Peter Frampton

Rhestus

Rolling Stones

Semblant

Sick Of It All

Soilwork

Sweetkiss Momma

Taddy Porter

Tesla

Trigger The Bloodshed

Vanden Plas

Vince Neil

Wicked Temptation

Wild Side

Witchery

Worlds Apart

Zuul

RELEASES DVDS

Por Vários

Chickenfoot

Joe Satriani

Primal Fear

Rolling Stones

Gene Hoglan

ROADIE COLLECTION - PARADISE LOST

Por Heverton Souza

No começo dos anos 90, surgiu na Inglaterra uma trinca de bandas que se tornou uma das mais influentes do Metal: My Dying Bride, Anathema e Paradise Lost. Praticando o estilo conhecido como Doom Metal, elas combinavam Death Metal com elementos góticos numa sonoridade extremamente cadenciada, densa e depressiva. Contudo, o Paradise Lost destacou-se não somente entre as outras duas, mas entre todas as demais bandas do estilo. Como exemplo, já em seu segundo álbum, Gothic, a faixa título unia a brutalidade dos vocais guturais com uma linda voz feminina, o que anos mais tarde ficou conhecido como ‘Beauty And The Beast’ e seria imitado por centenas de outros grupos. Mas o Paradise Lost ousou. Após alcançar enorme reconhecimento no meio dos anos 90, tendo feito sua primeira visita ao Brasil em 1995 no festival “Monsters of Rock”, os ingleses abandonaram o Metal e partiram para um som mais comercial, até Pop, voltando anos nos mais tarde ao Doom Metal. Por mais que muitos não apreciem o estilo, as letras introspectivas de Nick Holmes, as frases de guitarra de Greg Mackintosh e o peso das bases de Aaron Aedy e do baixo de Steve Edmondson são parte de uma banda que está entre as mais inovadoras do Metal.

ROADIE NEWS

Por Redação

News

Resumo das principais noticias do mês

ROADIE PROFILE - ANDRÉ CURSI

Por Ricardo Batalha André

Cursi (Threat/Musica Diablo)

STAY HEAVY REPORT – AGOSTO 2010

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Stay Heavy Report – Agosto 2010

Brasil Metal!

O Stay Heavy Report disponibilizará parte de seu espaço para mostrar a rica cena metálica de nosso país por meio da colaboração dos leitores da ROADIE CREW e de telespectadores do programa. Para participar, basta enviar um texto que retrate a cena de sua região, citando as principais bandas, locais de encontro dos headbangers e lojas especializadas, além de fotos.

Terezina (PI)

A estreia será com o registro da cena de Teresina/PI, descrita por Renato Sousa, colecionador da ROADIE CREW e headbanger apaixonado pelas bandas de sua região, tanto que criou o site Therezina In Concert (www.therezinainconcert.com.br) dedicado à divulgação da cena local. Com a palavra Renato. Keep on the battle!

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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