Quando Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker e Matthias Jabs (guitarras), Paweł Mąciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) se juntaram para compor e gravar Sting In The Tail…
Edição #140
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SCORPIONS
A ÚLTIMA FERROADA
Entrevistado: Matthias Jabs
Por Ricardo Batalha
Quando Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker e Matthias Jabs (guitarras), Paweł Mąciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) se juntaram para compor e gravar Sting In The Tail, décimo sétimo álbum de estúdio da carreira da banda alemã Scorpions, não tinham intenção de encerrar a carreira. Porém, após considerar sobre a idade avançada que teriam daqui a alguns anos se continuassem na mesma toada – “estúdio/turnê/estúdio/turnê…” –, decidiram finalizar em alta, com um bom álbum e esbanjando o mesmo vigor no palco. Em meio à extensa turnê, que inicialmente está programada para se encerrar em 2012, conversamos com Matthias Jabs, que falou sobre a importante decisão de sair de cena no topo….
Entrevistado: RUDOLF SCHENKER: O ORIGINAL
Por Mitch Lafon
Desde 1965, Rudolf Schenker ocupa o posto de guitarrista do Scorpions, mas a atual turnê, intitulada “Get Your Sting And Blackout World Tour”, vai marcar o final dessa brilhante trajetória, já que a banda resolveu que, após seu término, vai encerrar atividades. Rudolf também conversou com a ROADIE CREW sobre essa decisão e sobre vários aspectos de sua carreira…
AVANTASIA
EM DOSE DUPLA
Tobias Sammett iniciou sua carreira lá no início dos anos 90, quando tinha apenas 14 anos, como vocalista e líder do Edguy. Não demorou para a banda se tornar um nome respeitado no meio do Metal, mas foi no início do novo milênio que Tobias criou o projeto que realmente escreveu seu nome no Metal mundial: Avantasia. O projeto se notabilizou por lançar álbuns conceituais em várias partes e, principalmente, pelos convidados que participaram desses trabalhos. Os nomes são um autêntico “quem-é-quem” do Metal: Michael Kiske, Sharon den Adel, Bob Rock, Kai Hansen, Andre Matos, Timo Tolkki, Jorn Lande, Alice Cooper, Jon Oliva, Eric Singer, Klaus Meine, Markus Grosskopf, Alex Holswarth e Rudolf Schenker são apenas alguns do que já passaram pelos cinco CDs lançados pelo Avantasia, divididos em dois conceitos: The Metal Opera e The Wicked Trilogy. O mais recente lançamento não apenas encerra a The Wicked Trilogy, como inova ao colocar no mercado dois discos ao mesmo tempo, The Wicked Symphony e Angel Of Babylon. Para falar dessa particularidade e de todos os detalhes envolvendo os dois álbuns batemos um papo com o simpático Tobias, e essa conversa você confere aqui.
BUCKCHERRY
O MELHOR EMPREGO DO MUNDO
O guitarrista Keith Nelson e o vocalista Josh Todd resolveram montar o Buckcherry em 1995. A banda de Los Angeles dedicava-se ao Hard Rock e não deu muito certo, tanto que depois de dois discos – Buckcherry (1999) e Time Bomb (2001) – acabou encerrando atividades. Porém, em 2005 Nelson e Todd resolveram arriscar outra vez, desta feita com um novo line-up. E, por um daqueles golpes do destino que muitas vezes escapam da nossa compreensão, dessa vez a coisa deu muito certo. 15, álbum lançado um ano após a volta, emplacou pelo menos um hit, Crazy Bitch. Dois anos depois, já experimentando o auge, o quinteto soltou o também bem-sucedido Black Butterfly e no momento trabalha o recém lançado All Night Long, que saiu em agosto deste ano.
Keith Nelson exalta o mais novo lançamento e se diz “muito orgulhoso dele. É um disco que remete aos nossos primeiros álbuns e até às demos que fizemos bem no início.” O fato de a banda estar há praticamente dois anos em turnê fez com que All Night Longfosse praticamente escrito na estrada. “Nós tivemos a felicidade de abrir shows para nomes como Kiss e Mötley Crüe”, conta o guitarrista, “e isso não só foi marcante para nós como nos inspirou. Nós tivemos muitas ideias na estrada, voltamos para casa com uma pequena mala cheia delas…”
CRASHDÏET
A TERCEIRA FASE
Há dois anos, tudo parecia andar às mil maravilhas na carreira da banda sueca Crashdïet, que divulgava seu segundo álbum, Unattractive Revolution, e chegou até a se apresentar no Brasil. Porém, logo que retornaram para a Suécia houve uma reviravolta. O vocalista finlandês H. Olliver Twisted não abriu mão de sua própria banda, Reckless Love, e saiu. Assim, mais uma vez, Martin Sweet (guitarra), Peter London (baixo) e Eric Young (bateria) tiveram que enfrentar as dificuldades de encontrar um novo vocalista, algo que já havia ocorrido após a morte de Dave Lepard, que cometeu suicídio em 20 de janeiro de 2006. O escolhido foi Simon Cruz, que fez sua estreia em Generation Wild, trabalho que vem sendo bem recebido em todo o mundo. Prestes a desembarcar novamente no Brasil, Eric Young e Martin Sweet falaram à ROADIE CREW sobre a nova fase e sobre algumas passagens marcantes da carreira do grupo.
DANZIG
MENOS HEAVY, MAIS ROCK
Meus amigos sempre comentam que tenho uma memória privilegiada e que consigo recordar de fatos do passado em detalhes. E é verdade. Eu lembro muito bem, por exemplo, da conversa que tive com uma bela loira que muito tempo atrás tatuou a caveira do Danzig/Samhain no meu braço direito. Nós falamos longamente sobre algumas de nossas bandas favoritas – Danzig no meu caso e XYZ no dela. Ela achou muito interessante o fato de eu ser fã de uma banda a ponto de registrá-la na minha pele pelo resto de minha vida. Eu adorava Danzig, obviamente, mas minha esperança naquela época em relação a ele era bem simples: só queria que continuasse soltando discos que tivessem significado para mim. Duas décadas depois, confesso que me sinto feliz por Glenn Danzig ainda lançar trabalhos matadores – e todos eles bem melhores que os do XYZ, diga-se de passagem… Deth Red Sabaoth é o mais recente deles e seu nono trabalho de estúdio, o primeiro a contar com a colaboração estrelada de Tommy Victor (Prong) na guitarra e de Johnny Kelly (Type O Negative) na bateria. Aos meus ouvidos, o disco soou muito mais cru e com uma orientação mais Rock’n’Roll do que o anterior, Circle Of Snakes (2004), que tinha uma pegada mais voltada para o Heavy Metal. E mesmo que possa não agradar tanto quanto os lançamentos do Lucifuge, ainda é um ótimo apanhado de temas contagiantes. Tive apenas quinze minutos para falar com Glenn Danzig. Portanto, procurei ser o mais objetivo e direto possível.
DREAM EVIL
AMOR AO METAL, AOS FILHOS E AO SENSO DE HUMOR
Idealizado pelo produtor e guitarrista Fredrik Nordström, o Dream Evil nasceu na Suécia em 1999 e hoje é uma das mais criativas bandas de Power Metal do cenário mundial. Com seis discos lançados, sendo um ao vivo, a banda contou com ninguém menos que Gus G – substituto de Zakk Wylde na banda de Ozzy Osbourne – nos quatro primeiros trabalhos. Sabendo usar como poucos os clichês do gênero, como letras que falam de batalhas épicas, além do amor ao Metal, Niklas Isfeldt (vocal), Fredrik Nordström e Daniel Varghamne (guitarras), Peter Stålfors (baixo) e Pat Power (bateria) lançaram em janeiro seu quinto álbum de estúdio, In The Night. A ROADIE CREW conversou com Stålfors, que falou sobre o novo disco, Gus G, filhos, e deixou um recado para os fãs brasileiros.
GUILT MACHINE
FUSÃO DE ESTILOS
O multiinstrumentista holandês Arjen Lucassen não se cansa de surpreender seus fãs. Dono de vários projetos musicais, capitaneados pelo Ayreon, ele adicionou mais um à lista no ano passado, o Guilt Machine. Deixando a complexidade de várias vozes de lado, Arjen se uniu a Jasper Steverlinck (vocal), Chris Maitland (bateria, ex-Porcupine Tree e outros) e Lori Linstruth (guitarra solo) e ofereceu aos seus seguidores músicas longas, sombrias, inspiradas e, sobretudo, progressivas.
Cada álbum criado por Arjen Lucassen é um reflexo do anterior e On This Perfect Day é uma resposta para 01011001 (Ayreon), trabalho que o músico descreveu como exagerado…
MOLLY HATCHET
JUSTIÇA, ENFIM
O guitarrista Bobby Ingram passou por alguns maus bocados ao longo dos últimos anos. Afinal, ele foi acusado de ter sido o grande responsável pelo encerramento das atividades do Molly Hatchet e, consequentemente, por destruir um nome que foi construído ao longo dos anos. Só que nada disso pode estar mais longe da verdade. A despeito de Ingram ter entrado para a banda em 1985, sua ligação com o Molly Hatchet vem de pelo menos dez anos antes e nos dias atuais pode ser considerado o responsável pelo fato de a banda continuar na ativa. Nesta entrevista, ele mostra uma visão clara e honesta sobre o grupo e fala abertamente sobre o novo disco, Justice, sobre os álbuns antigos e sobre os primórdios do Molly Hatchet.
NERVOCHAOS
UM BATALHÃO DE ÓDIO E AGRESSIVIDADE
Nervochaos, uma das mais proeminentes bandas do cenário extremo nacional, está de álbum novo. Continuando uma saga de blasfêmia e brutalidade no underground e cada vez mais conquistando novos públicos mundo afora, desta feita Guiller (guitarra), Felipe (baixo), Eduardo Lane (bateria) e Daniel “Blasphemoon” (vocal) soltam Battalions Of Hate, um petardo certeiro contra toda e qualquer forma de modismo e tendências fulas. A ROADIE CREW conversou com Eduardo e Daniel para saber todos os detalhes a respeito deste novo trabalho.
PAIN OF SALVATION
NOVA REVOLUÇÃO
Os suecos do Pain Of Salvation sempre primaram pela versatilidade, mostrando variedade e criatividade a cada álbum lançado. Essa incansável busca, passível de diferentes reações dependendo do perfil do ouvinte, atinge agora um novo patamar em Road Salt, trabalho que traz uma abordagem voltada para influências dos anos 60 e 70. A banda soube como poucas fazer uma reviravolta musical ao mesmo tempo em que se mantém coesa aos seus princípios criativos. Nesta entrevista, o vocalista, guitarrista e líder Daniel Gildenlöw nos explica em detalhes tudo a respeito deste novo passo na trajetória da banda.
SONIC SYNDICATE
Sonic Syndicate
VIDA NOVA
A banda sueca Sonic Syndicate se tornou bem conhecida em 2006, quando ganhou um concurso mundial de novos talentos organizado pela gravadora alemã Nuclear Blast Records. No ano seguinte, sairia Only Inhuman, segundo álbum da banda e primeiro pela gravadora. Daí em diante, foi só crescimento e conquista de fãs em todas as partes. Agora, Richard Sjunnesson (vocal), Roger Sjunnesson (guitarra), Robin Sjunnesson (guitarra), John Bengtsson (bateria), Karin Axelsson (baixo) e o estreante Nathan James Biggs (vocal) lançam um novo trabalho, We Rule The Night, que obteve boa receptividade junto a crítica e fãs e marca o início de um novo patamar para sexteto. Conversamos com a bela baixista Karin Axelsson, que falou sobre o momento atual da banda.
TAROT
Tarot
UMA COISA PUXA A OUTRA
Para algumas bandas, ter em suas fileiras ex-músicos de outras de renome facilita o trabalho e, no caso específico do Tarot – que lançou seu ‘debut’, Spell Of Iron em 1986 –, a coisa voltou a decolar devido ao sucesso mundial do Nightwish, grupo que o baixista e vocalista Marco Hietala integra desde 2002. Com o sucesso do álbum Century Child e de seus trabalhos seguintes com o Nightwish, o nome Tarot se fortaleceu. Desde então, deixou de lado alcunhas como “cult”, “obscuro” e “underground”, passando a contar com uma nova legião de seguidores. Marco Hietala (vocal e baixo), Zachary Hietala (guitarra), Pecu Cinnari (bateria), Tommi “Tuple” Salmela (vocal, sampler) e Janne Tolsa (teclado) já haviam conseguido ótima receptividade com Crows Fly Black (2006), mas o mais recente CD, Gravity Of Life, estreou direto na segunda posição das paradas finlandesas. Marco Hietala, que está prestes a voltar ao Brasil, desta vez debutando por aqui com o Tarot, conta os detalhes.
THAT METAL SHOW
That Metal Show
HUMOR E HEAVY METAL NA TV
O Heavy Metal que nós todos conhecemos e adoramos tem sido tema de diversas formas de entretenimento, aí incluídos o cinema e a TV. Mas nunca o Metal e o Hard Rock se fundiram de forma tão bem com a comédia até o lançamento do programa “That Metal Show”, produzido e exibido pelo canal musical VH1 e que no Brasil vai ao ar segundas e sextas (21h); terças (0h); quartas e sábados (22h). Apresentado pelo veterano radialista Eddie Trunk e por dois comediantes, Jim Florentine e Don Jamieson, o programa tem o mérito de ser, ao mesmo tempo, informativo e divertido. A ROADIE CREW conversou com os apresentadores num intervalo da gravação de um episódio da quarta temporada de “That Metal Show” e os três falaram sobre a origem do programa e sobre o seu futuro.
UGANGA
Uganga
O NOVO METAL MINEIRO
Se o nome Uganga não diz muito a você num primeiro momento, vamos apresentar a banda. O quinteto mineiro, hoje formado por Manu Joker (vocais), Christian Franco e Thiago Soraggi (guitarras), Ras (baixo e vocal), Marco Henriques (bateria), tem uma trajetória que já totaliza quinze anos e três discos lançados, sendo que o mais recente deles, Vol. 3: Caos Carma Conceito, se mostrou o mais bem-sucedido de todos e rendeu até mesmo um convite para uma excursão pela Europa, que acontece no mês de setembro e já tem mais de dez apresentações agendadas. Além disso, para quem não ligou o nome à pessoa, o vocalista Manu Joker é o mesmo que foi baterista do Sarcófago no final dos anos 80, tendo gravado o álbum Rotting (1989).
Vol. 3: Caos Carma Conceito traz a banda apostando numa forte mistura de gêneros, que tem a base no Metal e no Hardcore mas não deixa de lado outras influências, como alguns elementos eletrônicos. Manu define a música do Uganga como sendo “uma mistura bem pessoal de Thrash Metal com Hardcore”…
BACKGROUND – BAD COMPANY - PARTE 1
Parte 1
Free (1968/1973)
Não teria sentido comentar a gloriosa trajetória do Bad Company sem dar uma repassada nos primórdios, com a existência do Free. Em apenas cinco anos, este grupo contribuiu – e muito – para a história do Rock. Formado em Londres em 1968, o Free contava com os jovens Paul Rodgers (vocalista e guitarrista) e Simon Kirke (baterista) – ambos com 18 anos de idade –, o baixista Andy Fraser, de 15 anos, e o guitarrista Paul Kossoff, de 17. A pouca idade dos músicos destacava ainda mais o talento individual de cada um e isso foi levado em conta quando, em setembro daquele ano, o Free assinou um contrato com a Island Records. Dois meses depois, saiu o ‘debut’, Tons Of Sobs.
Como era de se esperar, a primeira investida não chegou a animar, mas a Island Records resolveu dar mais uma chance e o segundo disco, Free, saiu um ano depois. Desta vez as coisas foram animadoras porque em pouco tempo o álbum foi parar na 22ª posição das paradas inglesas.
Entretanto, o sucesso veio mesmo com Fire And Water, lançado em junho de 1970 e que chegou à 2ª posição nos charts ingleses além de, pela primeira vez, conquistar um respeitável 17º lugar na América.
BACKSPAGE
“EU SOU OZZY”: PARA LER E REFLETIR
Há pelo menos três décadas, muito se tem dito a respeito do Sr. John Michael Osbourne. Lendas, rumores e fatos polêmicos fizeram parte de sua vida pra lá de atribulada, em meio ao consumo desenfreado de toneladas de drogas e álcool. Não é de se espantar que Ozzy, próximo de completar 62 anos de idade, ainda esteja vivo. Da mesma forma que é espantoso que seu cérebro, corroído pelos excessos, tenha sido capaz de memorizar fatos de sua própria história que estão contidas nas 384 páginas de sua autobiografia, “Eu Sou Ozzy”, que acaba de ter sua versão em português lançada no Brasil pelo selo Benvirá, da editora Saraiva.
É claro que Ozzy não fez tudo sozinho – apesar de sua esposa, Sharon, jurar de pés juntos que o marido escreveu tudo com uma caneta e um caderno. Pode até ser, mas, na verdade, Ozzy sempre contou com a inestimável ajuda de Colin e Mette Newman que, durante um longo período, foram aos poucos organizando as memórias fragmentadas de Osbourne…
BLIND EAR - EPICA
Simone Simons (vocal), Isaac Delahaye (guitarra) e Coen Janssen (synths e piano) – Epica
A Rite Of Passage
“(Isaac): Legal, isso aqui é Dream Theater! (Simone): Não conheço tão bem, mas a banda é muito boa e eles são excelentes músicos. Só que eu não gosto muito da voz. (Isaac): Eu os vi ao vivo muitas vezes! (Coen): Sim, até mesmo aqui em São Paulo! (R.C.: Em 2005?) (Simone): Foi daquela vez em que viemos com o Kamelot. E como falei de voz, se eu tivesse que apontar meu vocalista masculino preferido, seria Roy (Khan). (Isaac): Eu gosto da variedade na música deles. (Coen): Muita gente só fala do lado técnico, mas eles sabem compor músicas fortes e isso eu aprecio.”
Dream Theater – Black Clouds & Silver Linings
CLASSICOVER - ACE OF SPADES
Original: Motörhead
Álbum: Ace Of Spades (1980)
Cover: Bathory
Álbum: A Black Mark Tribute Vol. I (coletânea, 1997)
Por Jorge Krening
Reverenciado até hoje como um dos pioneiros do Black e do Viking Metal, o falecido Tomas Forsberg (Quorthon) nunca escondeu de ninguém que tinha um gosto musical variado e eclético, que englobava desde a Música Clássica até o Punk Rock. Em algumas de suas poucas entrevistas, fazia questão de sempre mencionar como suas influências diretas nomes como Beatles, Black Sabbath, Saxon, Kiss e Motörhead. Assim, em algumas ocasiões, o Bathory homenageou seus ídolos através de versões para alguns de seus clássicos, muitas delas lançadas em compilações. Em 1997, saiu pela Black Mark Production a coletânea A Black Mark Tribute Vol. I, que trazia vários artistas do selo tocando covers…
CLASSICREW
1970
Derek And The Dominos
Layla & Other Assorted Love Songs
Por Frans Dourado
Eric Patrick Clapton, o maior guitarrista de Blues da Inglaterra, buscou um retorno às suas origens depois do comercialismo dos Yardbirds e dos excessos megalomaníacos do Cream e do Blind Faith. O Derek And The Dominos começou como uma brincadeira de Clapton com o baixista Carl Radle, o tecladista Bobby Whitlock e o baterista Jim Gordon, após o término das atividades do Delaney, Bonnie & Friends. Um detalhe importante: todos integraram o enorme time de músicos que tocaram no clássico álbum All Things Must Pass (1970) do ex-Beatle George Harrison. E a associação de Harrison em Layla… vai além da coincidência acerca das formações.
O álbum retrata o amor impossível de Clapton por Pattie Boyd Harrison, esposa do seu melhor amigo, o próprio George.
1980
Tygers Of Pan Tang
Wild Cat
Por Jorge Krening
Quando se pensa em NWOBHM, logo vêm à mente nomes como Iron Maiden, Saxon e Def Leppard. Só que muitos outros grupos não tiveram a mesma sorte e competência e jamais conseguiram atingir o status de ‘mainstream’ ou até mesmo ganhar um simples e justo reconhecimento, como é o caso do Tygers of Pan Tang. Formado em Whitley Bay (ING) em 1978, a banda teve seu nome inspirado em um grupo de elite tirado das obras de ficção científica do escritor inglês Michael Moorcock.
Não perdendo muito tempo, Jess Cox (vocal), Robb Weir (guitarra), Richard “Rocky” Laws (baixo) e Brian Dick (bateria) assinaram com selo local Neat Records, que ficaria conhecido por lançar bandas como Tysondog, Venom, Blitzkrieg e Raven. Desta forma, a banda emplacou três singles de forma consecutiva mesmo antes de lançar o seu ‘debut’ Wild Cat, que viria a se tornar um dos grandes clássicos da NWOBHM…
1990
Entombed
Left Hand Path
Por Jorge Krening
O final dos anos 80 ficou marcado, tanto nos EUA quanto na Europa, pelo surgimento de inúmeros grupos de Death Metal que deram importantes passos que serviram para disseminar e consolidar o gênero no mundo todo. Na Suécia, depois do Bathory, o Entombed acabou se tornando uma das bandas mais influentes e seminais daquela época, principalmente através do lançamento de seu ‘debut’, Left Hand Path.
Apesar de ter sido lançado somente em junho de 1990 pela Earache Records.
EDITORIAL
Vida inteligente na música, na política, na economia, no esporte…
Na entrevista com Tobias Sammet temos uma citação à célebre frase de Frank Zappa, um dos artistas mais lúcidos da história da música, que se refere ao jornalismo no Rock como “… pessoas que não sabem escrever, entrevistando pessoas que não sabem pensar, para publicar matérias para pessoas que não sabem ler…”. Colocada assim, de forma isolada, chega a soar como uma humilhação a todos os envolvidos no mundo do Rock, ou seja, imprensa, artistas e fãs. Mas o próprio Frank Zappa é a prova de que essa generalização comete uma enorme injustiça, pois ele foi um cidadão privilegiado intelectualmente e, ao mesmo tempo, um “rock star”, que poderia ter construído uma bem sucedida carreira política – chegou a se candidatar à presidência dos Estados Unidos – mas teve sua trajetória interrompida com a morte prematura, de câncer, aos 52 anos.
Na essência a frase de Zappa traz uma verdade absoluta que pode, e deve, ser expandida a várias outras áreas. Quem já não ouviu em transmissões esportivas aquelas entrevistas com perguntas idiotas e os jogadores respondendo com frases idiotas que fazem a alegria de alguns torcedores idiotas. Felizmente eu me livro desse constrangimento escolhendo muito bem a emissora de rádio, o canal de TV, o portal de internet ou o jornal, para acompanhar os jogos e as notícias do meu Santos F.C. Também na economia é possível trombar com curiosos que se arvoram como especialistas e atropelam os princípios dessa ciência, mas, felizmente, também podemos nos manter bem informados e termos verdadeiras aulas nesse campo lendo ou ouvindo os verdadeiros profissionais do ramo. Na área política também tudo funciona da mesma forma, e é preciso analisar com muito cuidado antes de se definir pela escolha do meio de comunicação e dos políticos que possam merecer nossa confiança.
Voltando ao assunto na área cultural, é possível identificar as diferenças nos níveis de qualidade da informação passada ao público quando se trata de entretenimento musical. Para exemplificar, existem veículos generalistas que cometem barbaridades ao desenvolverem pautas que abordam exatamente os mesmos temas seja com artista Pop como a Madonna ou com James Hetfield do Metallica. Isso demonstra o desconhecimento sobre os respectivos trabalhos e, principalmente, sobre o tipo de interesse dos fãs que acompanham a carreira desses artistas.
Mas a mídia especializada também comete seus pecados, em alguns casos pelo excesso de paixão e, às vezes, por se levar a sério demais, acreditando que, apenas por ser especialista, pode também ser a “dona da verdade”. Mas, errar é humano, e afinal isso é apenas Rock n’ Roll. Coincidentemente, contradizendo parte da frase de Zappa, temos nesta edição uma entrevista com Daniel Gildenlöw, do Pain Of Salvation, um dos mais brilhantes representantes do cenário do Rock, uma inteligência a toda prova.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - RANDY CALIFORNIA
20/02/1951 – 02/01/1997
Melrose Avenue, a famosa avenida de Los Angeles que começa na Santa Monica Boulevard e termina em Hoover Street, em Silver Lake… Foi ali, entre Beverly Hills e West Hollywood, que nosso protagonista começou sua jornada musical. Randy California era filho de Robert Wolfe, um bem sucedido homem de negócios, e de Bernice Pearl, uma cantora Folk, daquelas que fazia questão de passar algumas lições no violão para o filho, então com apenas cinco anos de idade.
Um irmão de Bernice, Ed Pearl, fundou o Ash Grove, respeitadíssimo clube noturno localizado na Melrose Avenue, que trazia Blues e Folk como principais atrações do menu. Ali, Ed Pearl, tio de Randy California, oferecia não só uma cerveja gelada aos músicos que por lá passavam, mas também hospedagem e uma calorosa recepção pra lá de “caseira”.
GARAGE DEMOS
Savannah
Flat Black Pack
The Barfly Surfers
Sinesttesia
Red Front
Pure Hate
Serenety in Fire
Prey of Chaos
Embrio
Hatefulmurder
Inhumane Rites
HIDDEN TRACKS - SAVAGE GRACE
Savage Grace
Origem: EUA
Época: Anos 80
Estilo: Speed Metal
Formação clássica: Mike Smith (vocal), Christian Logue e Mark “Chase” Marshall (guitarras), Brian “Beast” East (baixo) e Dan Finch III (bateria)
Discografia: The Dominatress (EP, 1983), Master Of Disguise (1985), After The Fall From Grace (1986) e Ride Into The Night (EP, 1986)
Uma banda de Speed Metal vinda de Los Angeles em meados dos anos 80 não era exatamente o que um empresário vislumbrava comercialmente para se trabalhar. Não fosse pelo apoio de proprietários de clubes, pequenos selos, lojistas, tape traders e fanzineiros, diversos grupos formados em meio àquela onda de Hard Rock – entre eles, Armored Saint, Metallica, Slayer, Malice, Agent Steel e Abattoir – sequer chegariam a ter um disco no mercado. E, embora não tenha efetivamente vingado, o Savage Grace realizou um grande trabalho no underground.
LIVE EVIL - MASTERS OF ROCK
Masters Of Rock
Vizovice – República Tcheca
15 a 18 de julho de 2010
Texto e fotos: Tanja Weinekoetter
Trad.: Antonio Carlos Monteiro
No ano passado, já havíamos tido a oportunidade de cobrir o “Masters Of Rock” na República Tcheca, e lá fomos nós novamente em 2010. Quatro dias de Rock e Metal diante de um público que supera os vinte mil espectadores, com muita comida, bebida e diversão, é uma forma adequada de definir o que acontece lá em apenas uma frase.
Perto da fronteira com a Eslováquia, Vizovice é uma pequena cidade que no mês de julho se torna ponto de encontro de fãs de Rock de todas as partes do mundo. A cidade é a mesma em que fica a sede da Jelinek, que produz o slivovitz, bebida feita a partir da ameixa e que fica num meio termo entre o licor e o destilado, sendo uma ótima oportunidade para prová-la. Além disso, o clima de total amizade e camaradagem é um atrativo a mais para que se volte lá todos os anos. Mas, acima de tudo, o mais convidativo é o elenco de mais de quarenta bandas se revezando no palco. Nesse ano, aliás, o palco teve seu nome mudado. Em homenagem a Ronnie James Dio, ele foi rebatizado com seu nome – e também foram inúmeras as manifestações de artistas prestando homenagem a ele e lamentando sua morte.
LIVE EVIL - BIOHAZARD
Biohazard
Carioca Club – São Paulo, SP
10 de julho de 2010
Por Jorge Krening / Foto: Renan Facciolo
Comemorando seus vinte anos de atividades, o Biohazard desembarcou no Brasil para alguns shows que, com certeza, entrarão para a história. Para alegria dos fãs, o grupo se apresentou com a formação original, composta por Evan Seinfeld (baixo e vocal), Bobby Hambel e Billy Graziadei (guitarras) e Danny Schuler (bateria). Conhecidos por mesclar de forma única e competente elementos de Thrash, Hardcore e Rap, os nova-iorquinos liderados por Evan incendiaram o Carioca Club, descarregando toda sua raiva e indignação através de diversos clássicos.
LIVE EVIL - WACKEN - ALEMANHA
Wacken – Alemanha
05 a 07 de agosto de 2010
Por Antonio Carlos Monteiro
Fotos: Tanja Weinekoetter
Foi também num mês de agosto, mais precisamente no dia 17. Era o encerramento do Festival de Woodstock e o dono da fazenda em que se realizava o festival, Max Yasgur, foi convidado a falar para o público. E suas palavras ficaram para a história: “Vocês, hoje provaram algo para o mundo: que meio milhão de jovens podem ficar três dias juntos para ouvir música e se divertir – e não fazer nada além de ouvir música e se divertir.” O velho Max nem imaginaria que suas palavras proferidas em 1969 poderiam servir para um evento semelhante que ocorreria mais de quarenta anos depois. Foi na Alemanha, numa cidadezinha de menos de 2 mil habitantes chamada Wacken e que há mais de vinte anos é sede do principal festival de Rock pesado do mundo – e que, como de hábito, reúne gente com o único propósito de ouvir música e confraternizar com seus iguais. Sem brigas, sem provocações, sem qualquer tipo de violência.
A jornada até o “Wacken” começa bem antes. O festival tem início na quinta-feira, mas na segunda já estamos embarcando rumo a Hamburgo, cidade que fica a cerca de 50 quilômetros do local do evento. Hamburgo, com menos de dois milhões de habitantes, mas ar de metrópole, é uma cidade agradável, organizada e com um povo acolhedor.
Sobra tempo para conhecer a cidade. E tem…
RELEASES CDS
Angra
Black Label Society
Blind Guardian
Cephalic Carnage
City Of Fire
Draco
Grave
HIM
Hollow Ground
Iron Maiden
Jackyl
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Kappa Crucis
Keep Of Kalessin
Khrophus
Kings Of Modesty
L.A. Guns
Madgator
Osada Vida
Reckless Love
Ringo Starr
Silent Fall
Sin City Sinners
Sounder
Spock’s Beard
Tarot
Terra Prima
The Driving Conditions
The Fading
Tony Harnell Mercury Rain
Torture Squad
UFO
Wizards
RELEASES DVDS
Aquiles Priester
Black Sabbath
Ozzy Osbourne
Halford
Rush
ROADIE COLLECTION – UNLEASHED
Unleashed
Das cinzas do Nihilist, pai de todas as bandas de Death Metal da Suécia, surgiram duas forças em 1989. Uma foi o Entombed, que manteve quase toda a formação do Nihilist, exceção feita ao baixista Johnny Hedlund, que formou o Unleashed e acumulou os vocais nessa nova empreitada. Ao contrário de seus irmãos, o Unleashed se manteve extremamente fiel ao Death Metal em sua forma mais tradicional. Vinte e um anos após sua fundação, o quarteto teve apenas duas mudanças – a primeira, em 1990, quando o guitarrista-base Robert Sennebäck foi substituído por Tomas Måsgard e, em 1997, quando o guitarrista solo Fredrik Lindgren foi substituído por Fredrik Folkare. Pioneiro entre as bandas de Death Metal a explorar as origens vikings em sua música, o grupo abriu mão do sucesso fugaz ao não apelar a melodias doces, tampouco em se render ao Black Metal que ganhava espaço em meados dos anos 90. Avessos aos modismos, têm aproveitado o status de ‘cult’ e espalhado o legado de sua batalha através do mar aberto. Sob o olhar de Thor e com vistas ao Valhalla, sua discografia é o testemunho do poder do Death Metal sueco àqueles que veem o Mar do Norte como apenas o começo da jornada.
ROADIE NEWS
News
STAY HEAVY REPORT
Krisiun: orgulho nacional!
Recentemente, um dos bateristas mais rápidos do mundo – Max Kolesne (Krisiun) – esteve no programa Stay Heavy contando as novidades da banda e muitas curiosidades.
Os músicos do Krisiun se juntaram em 1990 no Rio Grande do Sul e passaram a tocar covers de Judas Priest e Motörhead, entre outros. Mudaram-se para São Paulo em 1992, quando começaram a fazer músicas próprias e deram efetivamente início à banda, que em 2010 completa quinze anos do lançamento do primeiro álbum, Black Force Domain. Prestes a totalizar vinte anos de carreira, o grupo se encontra em fase de composição de um novo álbum. A previsão é de que entrem em estúdio até o final do ano – sendo possível até mesmo que até lá já tenham gravado o novo petardo.
PÔSTER -METAL CHURCH
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |