Em que pese a desconfiança dos fãs e da mídia em relação a uma segunda tentativa de colocar o Accept na ativa sem a presença do vocalista Udo Dirkschneider, o lançamento de Blood Of The Nations (2010) botou uma pedra em cima do tema…
Edição #144
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ACCEPT
VIRANDO O JOGO
NÃO EXISTE ACCEPT SEM UDO?
Por Ricardo Batalha
Em que pese a desconfiança dos fãs e da mídia em relação a uma segunda tentativa de colocar o Accept na ativa sem a presença do vocalista Udo Dirkschneider, o lançamento de Blood Of The Nations (2010) botou uma pedra em cima do tema. A presença de Mark Tornillo (vocal, ex-TT Quick) que, num primeiro momento, foi vista com descrédito, se transformou em algo raramente visto no Heavy Metal: unanimidade. Poucas vezes um disco conseguiu tamanha aceitação entre os fãs e agora Tornillo, Wolf Hoffmann e Herman Frank (guitarras), Peter Baltes (baixo) e Stefan Schwarzmann (bateria) comemoram a boa fase. Até mesmo o temor que alguns tinham de ouvir um Accept descaracterizado ou mesmo “perdendo a mão” por estar sem gravar algo inédito desde Predator (1996) resultou em alívio e, posteriormente, em euforia. O décimo segundo trabalho de estúdio do grupo alemão nasceu clássico e não seria exagero algum colocá-lo lado a lado com obras definitivas como Breaker (1981), Restless And Wild (1982), Balls To The Wall (1983) e Metal Heart (1985). Com a palavra, o mentor, Wolf Hoffmann.
ALEX PERIALAS
UMA VIDA CERCADA POR MÚSICA
O produtor e engenheiro de som Alex Perialas vem colecionando ao longo dos anos ótimos trabalhos e se firmou como um dos principais profissionais de sua área. Seu nome é referência para bandas de Thrash Metal e para guitarristas que buscam um timbre de guitarra que poucos conseguem criar em estúdio. A verdade é que Perialas, hoje um senhor de alma jovial, já trabalhou com vários estilos de música e em diversos segmentos da área. Sua vasta experiência lhe proporcionou a oportunidade de lecionar em uma universidade, além de poder continuar com suas produções em seu estúdio. Ele ainda ajudou a firmar o nome de várias bandas de Thrash Metal e vivenciou o momento em que as coisas estavam sendo criadas. Se tivemos de um lado pessoas como John Zazula (Megaforce Records) e Brian Slagel (Metal Blade Records), e do outro bandas como Testament, Anthrax, Overkill e S.O.D., a lacuna do meio foi preenchida por profissionais como Alex Perialas, que pegou bandas iniciantes e fez com que elas colocassem tudo o que tinham de melhor em seus álbuns. A ROADIE CREW teve a oportunidade de conversar com ele, que contou muitas histórias e curiosidades, e deu sua opinião sobre o que é fazer música de verdade.
DOWNSPIRIT
QUANDO O BLUES ENCONTRA O METAL
O Downspirit foi formado pelo guitarrista Cédric “Cede” Dupont (Symphorce, ex-Freedom Call) e tem como objetivo unir o som característico do Heavy Metal com o Blues completam o line-up os músicos Steffen Lauth (vocal), Axel “Aki” Reissmann (guitarra), Sebastian Dunkel (bateria) e Sven Rakowitz (baixo). A música presente neste primeiro trabalho foi pensada única e exclusivamente para ser apresentada ao vivo. Em plena divulgação de seu primeiro álbum, Point Of Origin, Cede Dupont conta como chegou a essa mistura.
TADDY PORTER
SWEET HOME OKLAHOMA
Ter nome relacionado a uma bebida alcoólica não é novidade no Rock, vide Black Label Society, Wine Spirit, Cutty Sark, House Of Lords, April Wine e Mötley Crüe, que colocou os tremas por causa da cerveja Löwenbräu. Inspirado na The Famous Taddy Porter, cerveja da fábrica Samuel Smith, um novato grupo de Southern Rock de Oklahoma (EUA) vem chamando a atenção com seu álbum de estreia, homônimo, lançado em 2010.
O baterista Doug Jones explica que a escolha do nome Taddy Porter veio por acaso: “Quando eu e Andy (Brewer) estávamos com 20 anos, frequentávamos um bar que tinha música ao vivo diariamente. Bem, a idade mínima para beber nos EUA é 21, então tínhamos sempre que dar aquela driblada no barman. Porém, quando você está na fase escolar, a melhor cerveja é aquela que é mais barata”, conta Doug, que costumava olhar o cardápio e pedir sempre a bebida mais em conta. “Eu e Andy vimos uma cerveja que custava US$ 8.50, algo fora de cogitação. Era justamente a Taddy Porter. Então, foi meio que uma ideia bem Southern Rock como Molly Hatchet ou mesmo Thin Lizzy. Um nome que não era efetivamente o de alguém”, destaca.
TREAT
NOVO CICLO COMPLETADO
Algumas bandas quando retomam a carreira sentem aquele temor do “e se não der certo?”, mas felizmente para os suecos do Treat o resultado obtido em 2010 com o lançamento do álbum Coup De Grace superou as expectativas. Obviamente, não foi um estrondoso sucesso, mas o trabalho conseguiu contentar os antigos fãs e a volta à ativa teve um gosto de vitória para Robert Ernlund (vocal), Anders “Gary” Wikström (guitarra), Nalle “Grizzly” Pahlsson (baixo), Jamie Borger (bateria) e Patrick Appelgren (teclado). Os músicos ainda não têm planos para o novo ano com o Treat, mas o ativo baixista Nalle, nosso entrevistado, está lotado de compromissos. Confira o que ele tem a dizer sobre o Treat e sobre as diversas outras bandas e projetos de que participa.
VULCANO
GENUINAMENTE UNDERGROUND
A história da música extrema no Brasil talvez não fosse a mesma se a banda santista Vulcano não existisse. Surgida nos primórdios do Heavy Metal brasileiro, o grupo pode ter pago um preço alto por seu pioneirismo e atitude por vezes vanguardista. Porém, se muitos músicos amargam o ostracismo e se remoem ao lembrar do passado, a atitude de Zhema Rodero é totalmente contrária. Contente e orgulhoso de seu trabalho, o músico tem os pés no chão e não se ilude somente pela importância do Vulcano como um dos pilares de nossa cena. “Eu creio que um álbum lançado é como uma obra de arte concluída”, diz. “Você não pinta o mesmo quadro outra vez ou não esculpe o mesmo tema outra vez”, acrescenta. Na entrevista a seguir, o guitarrista conta passagens e curiosidades de toda a história desta lenda do Metal brasileiro.
HELSTAR
APOSTANDO NO THRASH
Ninguém nega que, embora tenha se consagrado no Heavy Metal Tradicional e no Power Metal com seus quatro primeiros álbuns Burning Star (1984), Remnants Of War (1986), A Distant Thunder (1988) e Nosferatu (1989) , a banda norte-americana Helstar sempre teve um pé no Thrash Metal. Porém, o que antes era colocado em pequenas doses se transformou agora na base principal de sua música. O mais recente álbum, Glory Of Chaos (2010), mostra o lendário vocalista James Rivera, famoso por seu alcance vocal extenso e pelos agudos característicos, cantando de uma forma pra lá de agressiva e encaixando bem com o instrumental encorpado e brutal criado pela atual formação, que traz Larry Barragan e Rob Trevino (guitarras), Jerry Abarca (baixo) e Mikey Lewis (bateria). Na entrevista a seguir, Rivera fala sobre essa mudança de foco e conta detalhes do novo disco.
MELHORES 2010
Melhores Segundo a equipe de redatores da Roadie Crew
MORTEMIA
AS VANTAGENS DE SER SÓ
Mortem Veland, um dos mais competentes e criativos instrumentistas da Noruega, resolveu dar vazão a uma nova empreitada: Mortemia. De posse de todos os instrumentos, o ex-membro do Tristania e atual Sirenia criou um excelente álbum, Misere Mortem, em que, além de produzir um som majestoso e potente, incluiu corais em grande parte da obra, resultando numa sonoridade peculiar e pomposa. Nesta entrevista, o mentor do projeto explica como surgiu a ideia, como foi a produção e o que pretende com este projeto.
MUSICA DIABLO
PROJETO, NÃO… BANDA!
Após os primeiros boatos na imprensa sobre o surgimento de uma nova banda de Thrash Metal ‘old school’ contando com Derrick Green (Sepultura), muitos colocaram o futuro do Sepultura em risco. Felizmente, isso foi descartado e agora temos mais uma grande formação para agregar ainda mais qualidade ao vasto e excelente Metal nacional. Conversamos com Derrick e com o fundador do Musica Diablo, André NM (guitarra, Nitrominds), sobre essa nova jornada que trouxe e trará muita empolgação aos fãs do estilo. Confiram!
RATT
Stephen Pearcy
O grupo norte-americano Ratt tem vivido uma sucessão de altos e baixos desde seus dias de glória nos anos 80. Mas 2010 acabou sendo um ano incrível para a banda. Primeiro, eles lançaram um disco brilhante, Infestation, que se tornou uma unanimidade entre fãs e críticos. Em seguida, Stephen Pearcy (vocal), Warren DeMartini e Carlos Cavazo (guitarras), Robbie Crane (baixo) e Bobby Blotzer (bateria) caíram na estrada junto com o Scorpions, além de fazer alguns shows como atração principal em vários países. E quem pensa que tudo isso ia fazer Stephen Pearcy dar um tempo e curtir os momentos de glória, se engana. Como o Ratt está em férias, Pearcy está trabalhando nos discos das bandas contratadas por seu selo Top Fuel Records, está começando a trabalhar num novo projeto, que deve se chamar Battering Ramm, planeja lançar um disco solo (que ele escreveu ao longo da turnê do Ratt) e quer cair na estrada com o Rat Bastards para tocar músicas de Arcade, Ratt, Vicious Delite e outros. Conversamos com Stephen para ele detalhar todos esses planos.
WARREN DEMARTINI
O novo disco do Ratt em mais de uma década marcou a volta do vocalista original, Stephen Pearcy, assim como a entrada do ex-guitarrista do Quiet Riot, Carlos Cavazo. E justamente quando eu já estava convencido de que jamais me tornaria um fã da banda, eis que ela surgiu com um trabalho que pode facilmente ser considerado um dos melhores de sua carreira, ao lado de Out Of The Cellar (1984) e Invasion Of Your Privacy (1985). Para falar sobre Infestation, procuramos o guitarrista Warren DeMartini, uma das marcas registradas do Ratt e responsável por criar alguns dos riffs e solos mais marcantes do Hard Rock dos anos 80…
STAR ONE
PESO ESPACIAL
Arjen Anthony Lucassen é um dos músicos mais produtivos da atualidade. Após estrear em 1980, aos 20 anos, como guitarrista no Bodine e passar um bom período no Vengeance, ambas as bandas da sua Holanda natal, Arjen ingressou numa carreira solo que decolou para valer em 1995 com o lançamento de The Final Experiment, primeiro disco do projeto Ayreon. A partir daí, sua produção não parou mais. Do Prog Metal do Ayreon ao Ambient Rock do Ambeon, passando por Guilt Machine e Streams Of Passion, Arjen nunca deixa de produzir em ritmo quase frenético e, melhor de tudo, sem jamais deixar cair a qualidade. E isso se comprova em Victims Of The Modern Age, segundo álbum de seu projeto mais Heavy Metal, o Star One. Nessa entrevista exclusiva, o guitarrista, compositor e produtor contou todos os detalhes sobre esse novo trabalho.
BACKGROUND - MADE IN BRAZIL - PARTE 1
Por “O que aconteceu comigo também aconteceu com muito cara por aí / Aos 11 anos comecei a ouvir Elvis e depois de pouco tempo eu pirei.” A autobiográfica faixa Uma Banda Made In Brazil, lançada em 1978 no disco Pauliceia Desvairada, conta de forma divertida e sincera uma história que começou em 25 de agosto de 1947. Foi nesse dia que nasceu o baixista, guitarrista, vocalista e compositor Oswaldo Vecchione Jr., filho de um dono de autoelétrica e de uma dona de casa. Paulistano da Pompeia, Oswaldo tem dois irmãos mais novos: Telma, que nasceu dez anos depois dele, e Celso Vecchione, apenas um ano e oito meses mais novo que Oswaldo e que se tornaria seu parceiro musical por toda uma vida.
Nascido e criado no famoso bairro da Pompeia, na capital paulista, Oswaldo teve uma infância tranquila. Sempre conviveu com música graças ao pai fã de big bands e da mãe admiradora de Nelson Gonçalves, Francisco Alves e demais cantores do rádio. “Não que eu gostasse desse tipo de música, mas ela fez parte da minha vida”, lembra ele na entrevista que concedeu para este “Background”.
BACKSPAGE
DEEP PURPLE “IN ROCK”: IMPORTÂNCIA EM DOBRO E 40 ANOS DE HISTÓRIA (Parte Final)
As gravações de In Rock tiveram início no dia 21 de outubro de 1969 no IBC Studios, em Londres. As primeiras faixas registradas foram Kneel & Pray (Speed King), Living Wreck e a instrumental Jam Stew, somente mostrada ao vivo numa das aparições do Deep Purple na rádio BBC de Londres e com o apresentador a anunciando-a como “John Stew”. A música somente sairia na versão de 25 anos de In Rock, em 1995. O riff também seria usado no álbum Green Bullfrog (1970), projeto criado pelo produtor Derek Lawrence e que contou com as participações de Blackmore e Paice. Into The Fire foi a seguinte a ser gravada.
No dia 1º de janeiro de 1970, a banda retomou os trabalhos de In Rock, gravando Hard Lovin’ Man, mas desta vez no De Lane Lea Studios, em Londres, tendo como engenheiro de som Martin Birch, para quem a música foi dedicada. De volta ao IBC Studios, gravaram Cry Free, outra que seria descartada e só viria a ser conhecida do público na coletânea Powerhouse (1977).
BLIND EAR - RANDY BLYTHE (LAMB OF GOD)
“Não imagino o que seja. Vamos esperar entrar a voz. (N.R.: Randy espera e segue ouvindo a música sem querer arriscar) Lembra o Neurosis… É uma banda bem legal, tem uma atmosfera ótima. (N.R.: Espera mais um pouco) Já sei, é Mastodon! Esso é muito bom! É por isso que eu confundi com Neurosis. Repito: isso é muito bom! E é legal saber que eles são conhecidos no Brasil (R.C.: Sim, eles estão se tornando grande por aqui) Mesmo? Muito bom.”
Mastodon – Oblivion
Crack The Skye
CLASSICOVER
Space Station #5
Original: Montrose
Álbum: Montrose (1973)
Cover: Raven
Álbum: Walk Through Fire (2009)
Por Ricardo Batalha
Gravar covers já se tornou tradição para a banda inglesa Raven, um dos grandes nomes da New Wave Of British Heavy Metal. Ao longo de sua extensa carreira, o trio liderado pelos irmãos John Gallagher (baixo e vocal) e Mark Gallagher (guitarra) não só registrou versões de clássicos do Rock em seus álbuns, como até hoje costuma tocá-los nos shows. Em sua primeira passagem pelo Brasil, ocorrida em novembro do ano passado, o grupo chegou a tocar um ‘medley’ com temas de The Doors, Steppenwolf e Black Sabbath.
Acostumados desde o início de sua carreira a ensaiar covers, os músicos muitas vezes fazem seu aquecimento, passam o som ou simplesmente se divertem tocando músicas que curtem. No caso de Space Station #5, do Montrose, que integra o mais recente álbum, Walk Through Fire (2009), a ideia veio por acaso.
CLASSICREW - URIAH HEEP/TRUST/SKID ROW
1971
URIAH HEEP
Salisbury
Antonio Carlos Monteiro
Se o Rock do final dos anos 60 era movido por guitarra (bandas mais pesadas) ou teclados (grupos Progressivos), o Uriah Heep teve o mérito de fundir esses dois instrumentos de uma maneira única algo que, a seu modo, também fez o Deep Purple. Porém, o quinteto do guitarrista Mick Box tinha alguns diferenciais em relação às demais bandas da época. Em primeiro lugar, o vocalista David Byron não só abusava de seu extenso agudo natural como tinha uma performance pra lá de teatral. Além disso, como todos os músicos eram vocalistas de primeira, as harmonias vocais se mostravam altamente sofisticadas. Pra completar, os temas compostos pela banda misturavam peso de técnica de uma forma única, tornando-se missão quase impossível determinar um nome para o estilo praticado pelo quinteto na época composto por Byron, Box, Ken Hensley (teclados e guitarra), Paul Newton (baixo) e Keith Baker (bateria).
O disco de estreia, Very ‘Eavy… Very ‘Umble (1970), já derramava essas características no colo do ouvinte e acabou dividindo a crítica, já que os puristas torceram o nariz para a forma direta com que o Heep tratava o Progressivo…
1981
TRUST
Marche Ou Crève
Ricardo Batalha
A França pode não ter tanta tradição de revelar bandas que seguem carreira internacional, mas o cenário interno do Hard Rock/Heavy Metal é movimentado e repleto de grandes nomes. Dentre os que mais se destacaram estão Téléphone, Killers, Demon Eyes, Sortilège, Vulcain, ADX, H-Bomb e Satan Jokers, mas o que ninguém discorda é que o principal deles é o Trust.
Conhecido por ter uma música regravada pelo Anthrax (Antisocial) e por ter contado com dois bateristas do Iron Maiden em suas fileiras, o grupo iniciou sua trajetória em 1977, com a união de Bernard “Bernie” Bonvoisin (vocal) e Norbert “Nono” Krief (guitarra). A estreia veio com o single Prends Pas Ton Flingue/Paris By Night, lançado em janeiro de 1978. Paris By Night era uma adaptação de Love At First Feel (AC/DC) e o destino tratou de colocar o vocalista Bon Scott em contato com os franceses. Como o single fora gravado no estúdio Pathé, ao mesmo tempo em que os Rolling Stones gravavam o álbum Some Girls, o vocalista do AC/DC foi visitar o estúdio e acabou escutando a versão do Trust. A amizade rendeu bons frutos…
1991
SKID ROW
Slave To The Grind
Thiago Rahal Mauro
A história do Skid Row é bastante peculiar. O nome foi comprado por cerca de 35 mil dólares de um grupo de Rock irlandês (de 1967), que gravou apenas dois álbuns e tinha como integrante o guitarrista Gary Moore que chegou a tocar com o Thin Lizzy. Anos depois, a banda conseguiria sucesso com o primeiro trabalho e, apadrinhado por Bon Jovi, chegou ao estrelato na música pesada.
Slave To The Grind não só consolidou o grupo na cena Hard Rock como trouxe o peso do Heavy Metal e novos elementos à sua sonoridade…
STAY HEAVY REPORT
Depois da infinidade de eventos internacionais de 2010 e sabendo do calendário já apertado deste ano, começamos 2011 com o retorno do Brasil Metal ao “Stay Heavy Report”, valorizando o Metal nacional. Este é um espaço reservado para mostrar a rica cena metálica de nosso país por meio da colaboração dos leitores da ROADIE CREW e telespectadores do programa. Nesta edição, um batalhador da divulgação da cena de sua região, Artur de Figueiredo, retrata a cena localizada ao leste da cidade de São Paulo. Participe também enviando um texto que mostre a cena de sua região, com as principais bandas, locais de encontro dos headbangers, lojas especializadas e fotos!
O Metal no leste da área metropolitana de São Paulo
O Heavy Metal sempre carregou estigmas e estereótipos preconceituosos, dificultando a difusão da sua mensagem, em especial na região leste da cidade de São Paulo, que inclui municípios como Poá, Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba, uma área carente de informação mas com fãs fiéis ao velho Rock’n’Roll.
ETERNAL IDOLS - DICKIE PETERSON
Dickie Peterson (Blue Cheer)
Não havia ninguém fazendo o que a gente fazia. Estávamos expressando a raiva, a injúria, o Vietnã e tudo mais que acontecia naqueles tempos. O líder do Blue Cheer, Richard Allan Dickie Peterson, tinha razão. Hoje existem milhares de clones de sua banda, os avós do Stoner Rock, porém nos anos 60 não existia nada sequer parecido com aquela banda lisérgica de São Francisco. Em 1967, o Blue Cheer era a antítese das bandas hippies mais famosas da cidade, já que foi o primeiro grupo americano a utilizar paredes de amplificadores Marshall, e o volume dos caras no palco era algo arrasador. A partir de 1968, boatos começaram a rolar pelo país dando conta de que membros da plateia chegavam até a vomitar e desmaiar devido aos níveis abusivos de volume e distorção vindos do palco. Peterson começou tocando bateria e aos oito anos de idade já sabia que queria viver de RocknRoll. Começou a tocar baixo por insistência do irmão mais velho, Jerre Peterson, que era guitarrista e sua principal influência musical ao lado de Otis Redding. A dupla perdeu os pais muito cedo e foram criados pelos tios. A dificuldade de encarar o mundo sem pai e mãe gerou uma raiva natural e peculiar em Dickie, que não pensava mais em outra coisa que não fosse RocknRoll.
GARAGE DEMOS
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta Edição:
Coração De Herói
Rebuke
Cursed Slaughter
Sacred Cross
Carnivor
Vice
By The Patient
Skálmöld
Devakhan
Medusa Trio
Dreamflight
Vergaser
EDITORIAL
Qualidade não depende da idade
Começamos um novo ano trazendo quatro destaques que demonstram muito bem a característica atemporal da arte de fazer Rock/Heavy Metal. Uma prova incontestável de que música de qualidade não tem nenhuma relação com modismo, pois “moda” é algo sempre descartável que requer substituição, e cada vez em períodos mais curtos de tempo. Pouco importa o conceito de “novo” ou “velho” quando se trata de obra artística, e isso fica claro com Blood Of The Nations, o recente lançamento do Accept, que coloca a banda novamente em evidência e já aparece na lista de melhores do ano de críticos do mundo todo. A qualidade deste álbum o torna um registro digno de figurar entre os melhores momentos da carreira do grupo, mesmo sem a presença de Udo Dirkschneider.
Outra homenagem merecida vem no pôster de janeiro com o Motörhead, mais precisamente um tributo prestado a Lemmy Kilmister, que entra em 2011 com uma agenda repleta de compromissos, dentre eles a estreia do documentário “Lemmy: 49% Motherf**ker, 51% Son Of A Bitch”, que já ganhou vários prêmios e vem causando impacto nos festivais de cinema pelo mundo afora. Além disso, o livro “Motörhead: In The Studio” chegou ao mercado recentemente e serve como um detalhado guia oficial sobre os trabalhos em estúdio. Aliás, o acervo está prestes a ser aumentado, pois o novo álbum The Wörld Is Yours está pronto. Incansável esse velho trabalhador inglês… Ainda neste ano tem a turnê que celebra os 35 anos de carreira e passa duas vezes pelo Brasil (em abril e setembro). Portanto é justo que o fã tenha o direito de ver durante todo o ano aquela figura assustadora ilustrando um calendário na parede de seu quarto.
Não poderíamos deixar de fora representantes de grande expressão da música pesada nacional. Assim sendo, o Vulcano pioneiro do Metal Extremo feito por aqui está presente em entrevista de Maicon Leite. Se hoje o Brasil é um orgulho no cenário mundial da Música Extrema, muito se deve ao trabalho desse grupo originário da cidade de Santos.
Mais um precursor do Rock produzido em nosso país, o Made In Brazil, aparece nesta edição, na seção “Background”, com a primeira parte da história da carreira da banda. O trabalho dessa matéria foi realizado por Antonio Carlos Monteiro, que se sentou ao lado do lendário Oswaldo Vecchione Jr. para ouvir pessoalmente suas histórias, em longos e deliciosos bate papos sobre o assunto que ambos mais curtem na vida: Rock’n’Roll.
Confirmando o fato de que certas coisas nunca perdem o brilho nem a importância com o passar do tempo, temos o prazer de compartilhar com os leitores da ROADIE CREW a satisfação que tem nos dado a edição especial “Classic Series O Ano de 1980”. A receptividade tem sido ótima, e as manifestações de aprovação que temos recebido nos enchem de orgulho e aumentam nossa responsabilidade no sentido de dar continuidade ao projeto das edições temáticas que passamos a produzir paralelamente à edição regular da ROADIE CREW.
Airton Diniz
HIDDEN TRACKS - BAD ENGLISH
Bad English
Origem: EUA
Época: Anos 90
Estilo: Hard Rock/AOR
Formação clássica: John Waite (vocal), Neal Schon (guitarra), Ricky Phillips (baixo), Deen Castronovo (bateria) e Jonathan Cain (teclado)
Discografia: Bad English (1989) e Backlash (1991)
Com o fim do Journey em 1987, o tecladista Jonathan Cain seguiu sua carreira tocando como músico de apoio para nomes como Jimmy Barnes e Michael Bolton. No entanto, ainda tinha a ideia de criar uma nova banda e, após o casamento de seu irmão, confidenciou isso ao baixista Ricky Phillips. “Após a cerimônia, acabamos indo para o topo de um vinhedo em Saratoga, na Califórnia. Foi lá que Jonathan me contou que a imprensa saberia em breve que o Journey iria encerrar as atividades”, recorda Ricky Phillips, com quem o tecladista havia tocado na segunda formação da banda Babys, que ainda trazia John Waite (vocal), Tony Brock (bateria) e Wally Stocker (guitarra).
Ricky aceitou prontamente a proposta de Jonathan e saiu em busca de outros músicos para o projeto, enquanto o tecladista promovia o álbum The Hunger (1987), que havia produzido para Michael Bolton.
LIVE EVIL - AVANTASIA
Avantasia
CTN – São Paulo/SP
13 de dezembro de 2010
Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Renan Facciolo
Parecia um sonho inatingível, mas com o passar dos anos virou realidade. O Avantasia, projeto capitaneado pelo vocalista alemão Tobias Sammet (Edguy), não só já se apresentou ao vivo durante a turnê do álbum The Scarecrow (2008), como ainda lançou mais dois ótimos trabalhos – The Wicked Symphony e Angel Of Babylon – e entrou de vez para a história do Metal.
Se você duvida de tudo isso, dê uma olhada na formação desta ‘big band’: Felix Bohnke (bateria, Edguy), Robert Hunecke-Rizzo (baixo, Heaven’s Gate), Michael “Miro” Rodenberg (teclado) e Oliver Hartmann (guitarra, ex-At Vance) – que também cantou no show – e o produtor e guitarrista Sascha Paeth (Heaven’s Gate). O time de vocalistas não ficou para trás, pelo contrário. Nomes como Michael Kiske, Kai Hansen – que também tocou guitarra –, Jorn Lande, Bob Catley (Magnum) e Amanda Sommerville fizeram a alegria dos cerca de seis mil fãs que lotaram o Centro de Tradições Nordestinas (CTN). E isto em uma noite de muita chuva e caos no trânsito na capital paulista.
Às 20h35, o Avantasia mostrou um palco caprichado, com plataformas e imagens que estampam as capas dos novos discos. A primeira música foi Twisted Mind, que fugiu os padrões do estilo, já que é cadenciada e conta com ótimo refrão. O único a cantar foi Tobias – com a ajuda de Amanda Sommerville nos backing vocals. Mesmo o local não estando “acostumado” a esse tipo de apresentação, a qualidade do som estava muito boa.
LIVE EVIL - CREEDENCE CLEARWATER REVISIT
Creedence Clearwater Revisited
Via Funchal – São Paulo/SP
20 de novembro de 2010
Por Gabriel Oliveira / Fotos: Renan Facciolo
Para os que não têm tanta intimidade com a história do grupo, o Creedence Clearwater Revisited nada mais é do que o próprio Creedence Clearwater Revival (aquele de Have You Ever Seen The Rain, sabe?), tendo o guitarrista Elliott Easton, o vocalista e guitarrista John Tristao e o multiinstrumentista Steve Gunner ao lado dos integrantes originais Stu Cook (baixo) e Doug “Cosmo” Clifford (baterista). Stu e Doug iniciaram o projeto em 1995, tendo como objetivo fazer shows particulares e revisitando – como o nome entrega – os hits de sua antiga banda, mas o negócio deu tão certo que eles vêm excursionando pelo mundo desde então. Assim, o clima no Via Funchal era diferente, como se todos ali tivessem a certeza de que algo especial estava para acontecer. Por mais que os detratores argumentem que sem John Fogerty a banda norte-americana não passa de um cover de si próprio, o que o público paulistano viu foi uma aula de Rock’n’Roll.
Meia hora antes do horário marcado para o início, a casa ainda não tinha nem metade de sua capacidade tomada, mas em poucos minutos o público apareceu e, se não lotou o lugar, chegou perto.
Pontualmente às 22h as luzes se apagaram e os cinco professores entraram no palco…
LIVE EVIL - GLENN HUGHES
Glenn Hughes
Carioca Club – São Paulo/SP
11 de dezembro de 2010
Por Jorge Krening / Fotos: Bruna Sanches
Ainda divulgando o aclamado First Underground Nuclear Kitchen (2008), Glenn Hughes desembarcou novamente no Brasil para quatro apresentações que, além de São Paulo, incluíram Porto Alegre, Goiânia e Rio de Janeiro. Acompanhando de Søren Andersen (guitarra), Pontus Engborg (bateria) e Anders Olinder (teclados), Glenn mais uma vez caprichou no set list, presenteando os fãs com diversos clássicos.
Muscle And Blood e Touch My Life (Trapeze) abriram os trabalhos, com Glenn demonstrando muita simpatia e entusiasmo, algo que se refletia através da sua performance, que beirava a perfeição. Na primeira oportunidade, Hughes fez questão de ressaltar o quanto gosta de tocar no Brasil – o que deve ser verdade, já com esta se completam sete apresentações dele por aqui num intervalo de dezesseis anos.
Para delírio da plateia, a terceira música foi Sail Away, do clássico Burn (Deep Purple), tendo seu refrão cantado pelo público em alto e bom som. Mas um dos pontos altos foi a execução de Medusa (Trapeze), que arrepiou até os últimos fios de cabelos dos tiozões presentes. A sequência, com You Kill Me e Can’t Stop The Flood, foi matadora, com destaque para o guitarrista Søren, que conseguiu causar uma ótima impressão…
LIVE EVIL - JEFF BECK
Jeff Beck
Via Funchal – São Paulo/SP
25 de novembro de 2010
Por Bento Araújo / Fotos: Stephan Solon
Em seu livro “A Origem das Espécies”, de 1859, Charles Darwin introduziu a ideia de evolução por meio da seleção natural, que se tornou a explicação científica dominante para a diversidade e a evolução das espécies na natureza. Mas com absoluta certeza nem mesmo um gênio como Darwin poderia prever a existência de um cara como Jeff Beck.
O guitarrista britânico de 66 anos de idade não para de evoluir um segundo. Esse foi o terceiro show dele a que assisti em pouco mais de um ano e posso afirmar com plena convicção que cada uma dessas apresentações foi melhor do que a anterior. A razão? Será que Darwin tem a resposta lá do além?
Beck pertence a uma espécie rara, aquela que produz indivíduos únicos e sem semelhantes. Sua arma secreta? Acordar todo dia apenas para constatar que está melhor e mais evoluído do que no dia anterior. Um músico melhor, extraindo sons cada vez mais misteriosos e únicos de sua Stratocaster.
LIVE EVIL - PAUL MCCARTNEY
Paul McCartney
Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) – São Paulo/SP
21 e 22 de novembro de 2010
Por Antonio Carlos Monteiro / Fotos: Marcos Hermes
Lá nos idos de 1967, um jovem Paul McCartney de 25 anos cantava no seminal Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band o que imaginaria ser sua vida dali a quase 40 anos. When I’m Sixty-Four previa um Paul velhinho, saindo de casa agasalhado para não se resfriar e com os netos pulando em volta. Bemdiferente do que viu a multidão que tomou conta de todos os espaços do Estádio do Morumbi em São Paulo nos dias 21 e 22 de novembro. Quem foi lá, viveu momentos mágicos, teve a oportunidade única de conferir, ao vivo e a cores, toda a energia e todo o talento do maior artista vivo do planeta.
No domingo, pouco antes de as portas se abrirem, uma surpresa: uma limusine embicou no portão principal do estádio e do teto-solar aberto apareceu um Paul feliz, acenando para a galera. Foi uma comoção coletiva e até quem não viu direito se sentiu privilegiado.
A frase “o mais perto que você pode ficar de um beatle”, que foi repetida à exaustão nos dias anteriores ao show, fazia mais sentido quando se sabia que das quase quarenta músicas do set list (três horas de show!) mais de metade seria pinçada do repertório irretocável do “Fab Four”…
LIVE EVIL - QUIREBOYS / GILBY CLARKE
THE QUIREBOYS
Manifesto Bar – São Paulo/SP
28 de novembro de 2010
Por Vinicius Mariano / Foto: Paula Witchert
Se antigamente esperar por shows de bandas de Hard Rock no Brasil era o mesmo que imaginar que um dia poderia nevar no Nordeste, agora as coisas mudaram de figura. Somente em 2010 passaram por aqui Guns N’Roses, Sebastian Bach, Vince Neil (Mötley Crüe), Crashdïet, Vains Of Jenna, Europe e Twisted Sister, além de bandas que nem os mais otimistas esperavam, como o L.A. Guns de Tracii Guns, Pretty Boy Floyd e os ingleses do The Quireboys.
O grupo londrino se apresentou em um domingo de muito calor e de ressaca do memorável show do Twisted Sister na Via Funchal – presenciada, inclusive, pelos próprios integrantes do Quireboys.
A banda subiu ao palco do Manifesto Bar por volta das 20h30 e, mesmo com a pequena presença de público, Spike (vocal), Guy Griffin e Paul Guerin (guitarras), Paul Nunn (baixo), Mauro Magellan (bateria) e Keith Weir (teclado) mostraram a mesma felicidade de como se estivessem tocando para uma multidão. A abertura com Don’t Bite The Hand That Feeds You, do álbum Bitter, Sweet & Twisted (1993), estampou os rostos de felicidade…
GILBY CLARKE
Manifesto Bar – São Paulo/SP
10 de dezembro de 2010
Por Vinicius Mariano / Foto: Mirrelle Cordeiro
O dia 10 de dezembro marcou os 16 anos de aniversário do Manifesto Bar, o mais tradicional ponto de Hard Rock/Heavy Metal de São Paulo. Para comemorar a data, mais uma vez uma atração especial: o guitarrista Gilby Clarke, ex-Guns N’Roses, e que também gravou com MC5, Heart, Slash’s Snakepit, Candy e Kill For Thrills, além de ter sido um dos protagonistas do reality show “Rockstar Supernova”.
Gilby já havia sido a atração principal de um aniversário do Manifesto três anos antes mas, diferentemente daquela ocasião, quando veio como um quarteto, formou um power trio completado pelo experiente baterista Dennis Morehouse, que já gravou com o Trixie e com músicos como Vernon Reid (Living Colour), Alex Skolnick (Testament) e Uli Jon Roth (Scorpions), e do guitarrista Sean Kelly (Crash Kelly’s, Helix, Nelly Furtado), que vem fazendo as vezes de baixista na turnê…
LIVE EVIL – RAMMSTEIN
Rammstein
Via Funchal – São Paulo/SP
30 de novembro de 2010
Por Heverton Souza / Fotos: Renan Facciolo
Onze anos após sua primeira vinda ao Brasil, a banda alemã Rammstein voltou ao país divulgando seu sexto álbum de estúdio, Liebe Ist Für Alle Da (2009). Com uma data extra marcada por ter a primeira esgotada, o que se via cerca de três horas antes do show do dia 30 de novembro era uma aglomerado de fãs não só em volta do Via Funchal, mas também nos arredores da rua onde está localizada a casa. No horário marcado para o show, 22h, os fãs já se apertavam na pista para ver a banda e, mesmo com o Via Funchal tendo uma estrutura em declive, era evidente que baixinhos (como eu) iriam sofrer. Daí a ajuda dos telões, porém logo veio a mensagem de que a banda não permitiria a utilização desse recurso. Pouco mais de quinze minutos depois do horário marcado, cada um se virou como podia para avistar no palco uma enorme bandeira da Alemanha que funcionava comocortina. Enquanto rolava nos PAs a intro da Rammlied, música do último disco, tivemos o primeiro susto (sim, primeiro) da noite, com um enorme estouro e a queda da bandeira. Till Lindemann (vocal), Richard Kruspe e Paul Landers (guitarras), Oliver Riedel (baixo), Christoph “Doom” Schneider (bateria) e Christian “Doktor Flake” Lorenz (teclado) surgiram no palco com um som bastante alto e muito pesado. Durante toda a primeira música, Till cantou com uma luz saindo de sua boca.
LIVE EVIL - RHAPSODY OF FIRE
Rhapsody Of Fire
Santana Hall – São Paulo/SP
5 de dezembro de 2010
Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Renan Facciolo
Desde sua última visita ao Brasil, em 2001, os italianos do Rhapsody deviam aos fãs tupiniquins uma apresentação digna de sua história. Durante esses anos, muita coisa mudou na banda, principalmente pela adição de “Of Fire” no nome devido a processos judiciais e pela contratação definitiva do guitarrista Dominique Leurquin, que apenas ajudava o grupo nas primeiras turnês.
O público surpreendeu ao lotar o Santana Hall, em São Paulo, num dia de final do Campeonato Brasileiro de futebol e, principalmente, de muita chuva, que praticamente alagou as ruas da região – havia cerca de duas mil pessoas na plateia. Com apenas vinte minutos de atraso, o Rhapsody Of Fire entrou em cena com a introdução Dar-Kunor, que ecoava por todos os cantos da casa. Ela fez a plateia vibrar intensamente até que Triumph Or Agony deu o ar de sua graça. O som estava alto e cristalino, fato raro em se tratando de shows do estilo. Destaque para o baterista Alex Holzwarth (um metrônomo ambulante) e para o vocalista Fabio Lione, que cantou de maneira impecável.
Knightrider Of Doom, de Power Of The Dragonflame (2002), veio na sequência e indicou que o grupo não estava de brincadeira, sobretudo pela escolha de músicas com a menor quantidade possível de orquestrações, já que ao vivo o peso das guitarras deveria sobressair…
LIVE EVIL - TWISTED SISTER
Twisted Sister
Via Funchal – São Paulo/SP
27 de novembro de 2010
Por Ricardo Batalha / Fotos: Guilherme Nozawa
As grandes produções costumam atrair mais a atenção do público, mas transformar o menos em mega é tarefa para poucos. O grupo norte-americano Twisted Sister, que retornou ao Brasil para apresentar agora a sua versão ‘unmasked’, está entre os que conseguem fazer o simples virar gigante. Sem contar com um cenário monstruoso, pirotecnia, samplers ou quaisquer outros aparatos tecnológicos, o que os seus milhares de fãs viram no dia 27 de novembro na Via Funchal (SP) foi a mais pura a realidade do Rock.
Os paulistanos do Salário Mínimo foram os primeiros a entrar em ação e conseguiram uma receptividade muito mais acalorada que na abertura que fizeram para o Scorpions. Com o vocalista China Lee no comando das ações, o grupo executou músicas do novo álbum, Simplesmente Rock, além de clássicos do passado. A abertura veio com a energética Eu Não Quero Querer Mais, seguida por clássicos como Beijo Fatal e Delírio Estelar, executados com precisão por Daniel Beretta e Junior Muzilli (guitarras), Diego Lessa (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria), este último fazendo sua despedida da banda neste show. A interação com o público foi ainda maior em Noite De Rock e Cabeça Metal, com o set sendo encerrado com Jogos De Guerra.
Após alguns clipes do Motörhead rolando no telão, o Twisted Sister entrou em cena com What You Don’t Know (Sure Can Hurt You)…
LIVE EVIL – VADER
Vader
Hangar 110 – São Paulo/SP
12 de novembro de 2010
Texto e fotos: Cyntia Marangon
No último dia 12 de novembro, aconteceu, no Hangar 110, mais um evento de grande importância dentro do Metal Extremo, realizado pela Tumba Productions: Vader e Ragnarock tiveram oportunidade de dividir o palco, com abertura dos grupos Esgaroth e Hammurabi.
A primeira a se apresentar foi a banda paulista de Black Metal Esgaroth. Fazendo uma apresentação curta e trazendo o tradicionalíssimo visual do gênero, com direito a corpse paint e afins, o grupo formado por Kerak Troyll (vocal), Belial Asmodeus (guitarra), Agares Nosferatu (baixo), Fenrir Brhams (teclado) e Berion Yriskele (bateria) divulgou seu trabalho com sucesso. Em seguida, foi a vez dos mineiros dos Hammurabi e Crislei Rodrigo (bateria), Daniel Lucas (baixo e vocais) e Danilo Henrique (guitarras e vocais) entraram no palco na esteira de seu primeiro lançamento, The Extinction Root.
Após alguns minutos de pausa, os noruegueses do Ragnarok, que passavam pela primeira vez no Brasil, entraram em cena…
LIVE EVIL – YES
Yes
HSBC Brasil – São Paulo/SP
28 de novembro de 2010
Por Eliton Tomasi / Fotos: Guilherme Nozawa
A nova passagem do Yes pelo país foi meteórica, começando pelo anúncio do show, que pegou todo mundo de surpresa. A única apresentação no Brasil, marcada para 28 de novembro no HSBC Brasil (antigo Tom Brasil), em São Paulo, foi divulgada com menos de um mês de antecedência e sem quaisquer especulações preliminares. Mesmo assim, os ingressos se esgotaram em questão de dias.
A apresentação não foi menos explosiva. Não poderia ser diferente, tratando-se do maior nome do Rock Progressivo de todos os tempos. Aliás, a controversa atual formação conta com três membros do line-up clássico: Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra) e Alan White (bateria). Substituindo Jon Anderson temos o canadense Benoit David, de um tributo ao Yes chamado Close To The Edge. Já o tecladista atual é Oliver Wakeman, primeiro filho do mago Rick – não confundir com o outro filho, Adam Wakeman, que toca na banda de Ozzy Osbourne.
A apresentação estava marcada para 21h, mas a banda só entrou em cena às 22h20. Sem um novo disco para promover, não haveria o que esperar do set list a não ser clássicos seguidos de clássicos. A primeira da noite foi Siberian Khatru, seguida de I’ve Seen All Good People. Um início triunfante, que compensou qualquer atraso.
Squire fez as primeiras honras e comentou sobre a formação atual com dois novos integrantes, remetendo a época do álbum Drama (1980).
POSTER - MOTÖRHEAD – CALENDÁRIO 2011
Motörhead – Calendário 2011
RELEASES CDS
Aeon
Aborym
Amorphis
Bad Sister
Bison B.C.
Captain Zapped
Cold Snap
Destruction
Drünken Bastards
Enforcer
Fabiano Negri
God Dethroned
Grand Magus
Halcyon Way
Hero Destroyed
Holy Grail
King’s X
Lance Lopez
Memoira
Motörhead
Onslaught
Revenge
RxDxPx/Looking For An Answer (Split)
Sargeist
Skullview
Still Life Remains
Suicidal Angels
Survive
Tankard
The Absence
The Black
The Ocean
Thrudvangar
Woslom
Yngwie Malmsteen
RELEASES DVDS
Nesta edição:
Rolling Stones
Extreme
Gus G
Transatlantic
Heaven And Hell
ROADIE COLLECTION – EDGUY
Aproximadamente dezoito anos atrás, jovens alemães que estudavam juntos resolveram montar uma banda e, liderados pelo então baixista Tobias Sammet (que depois se tornou o vocalista), deram os primeiros passos da carreira do Edguy. No começo, a formação contava com Jens Ludwig e Dirk Sauer (guitarras) e Dominik Storch (bateria), tendo seu line-up alterado apenas em 1998 com a entrada de Felix Bohnke (bateria) e Tobias Exxel (baixo), que permanecem até hoje. Os primeiros registros foram as demos Evil Minded e Children Of Steel, trabalhos que precederam o álbum de estreia, Savage Poetry (1995, relançado em 2000), gravado em apenas duas semanas no Toxic Beat, em Fulda (ALE). Apesar do constante crescimento na cena metálica mundial, principalmente após a participação de Hansi Kürsch (Blind Guardian) na faixa Out Of Control, do disco Vain Glory Opera (1998), os nomes Edguy e Tobias Sammet tiveram seu ápice quando o vocalista lançou o primeiro disco do Avantasia, The Metal Opera (2000), que contou com a participação de grandes nomes da cena. Com quase duas décadas nas costas, a banda continua mostrando que o Power Metal ainda pode ser reinventado.
ROADIE NEWS
Resumo das noticias do mês
ROADIE PROFILE - MARIO PASTORE
Mario Pastore (Pastore)
STAY HEAVY REPORT
Depois da infinidade de eventos internacionais de 2010 e sabendo do calendário já apertado deste ano, começamos 2011 com o retorno do Brasil Metal ao “Stay Heavy Report”, valorizando o Metal nacional. Este é um espaço reservado para mostrar a rica cena metálica de nosso país por meio da colaboração dos leitores da ROADIE CREW e telespectadores do programa. Nesta edição, um batalhador da divulgação da cena de sua região, Artur de Figueiredo, retrata a cena localizada ao leste da cidade de São Paulo. Participe também enviando um texto que mostre a cena de sua região, com as principais bandas, locais de encontro dos headbangers, lojas especializadas e fotos!
O Metal no leste da área metropolitana de São Paulo
O Heavy Metal sempre carregou estigmas e estereótipos preconceituosos, dificultando a difusão da sua mensagem, em especial na região leste da cidade de São Paulo, que inclui municípios como Poá, Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba, uma área carente de informação mas com fãs fiéis ao velho Rock’n’Roll.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |