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Edição #145

R$29,00

Para comemorar vinte e cinco anos desde a estreia com Walls Of Jericho (1985), o Helloween apostou em Unarmed (2010), uma inusitada compilação com releituras de seus maiores clássicos em estilos bem distantes do tradicional Power Metal da banda…

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HELLOWEEN

Por Thiago Sarkis

DEPOIS DA QUEDA… O COICE!

EM ALTO E BOM SOM

Para comemorar vinte e cinco anos desde a estreia com Walls Of Jericho (1985), o Helloween apostou em Unarmed (2010), uma inusitada compilação com releituras de seus maiores clássicos em estilos bem distantes do tradicional Power Metal da banda. Alguns fãs gostaram; a maioria, porém, torceu o nariz para os experimentos realizados no álbum e considerou o lançamento um equívoco. Mais apedrejado que na época em que gravou Chameleon (1993), o grupo ainda acumulava crédito, devido a uma carreira consistente e ao excelente Gambling With The Devil (2007), antecessor de Unarmed. Para colocar a casa em ordem, o quinteto prometeu, então, um disco pesado e rápido, e cumpriu a palavra em outubro último, com 7 Sinners (2010). Falando ao Brasil, Michael Weikath (guitarra) nos contou tudo sobre o novo álbum, criticou a Igreja Católica e posicionou-se quanto à atual formação, os antigos companheiros Roland Grapow (Masterplan), Kai Hansen (Gamma Ray) e Michael Kiske (Unisonic, Kiske/Somerville, Place Vendome) e a possibilidade de se reunir com eles.

BOW WOW

Por Mitch Lafon e Ricardo Batalha

O LEGADO DE KYOJI YAMAMOTO

O nome Bow Wow pode confundir a cabeça de algumas pessoas, já que tanto pode se tratar de um rapper norte-americano da atualidade, como também uma banda New Wave dos anos 80 chamada Bow Wow Wow. Porém, este influente grupo japonês da cena do Hard Rock e Heavy Metal iniciou sua trajetória em meados dos anos 70 e, por volta de 1984, mudou o nome para Vow Wow. Três anos depois, os músicos fixaram residência na Inglaterra e contaram até com a presença do baixista Neil Murray (ex-Whitesnake). Entre idas e vindas ao Japão, foram gravando seus álbuns e mudando não só de formação como também o nome, variando entre Vow Wow e Bow Wow. Quem nos conta mais detalhes é seu fundador, o guitarrista e vocalista Kyoji Yamamoto, um dos pioneiros do Rock pesado nipônico e que recentemente lançou um CD solo intitulado The Life Album (2010).

DAS FOSSEM

Por Antonio Carlos Monteiro

PESO, EXPERIÊNCIA E DIVERSIDADE

Uma lida na página inicial do site da banda Das Fossem pode passar a impressão de que estamos diante de mais um grupo de meninos deslumbrados. Afinal, lá está escrito que a união de Leo Loebenberg (vocal, baixo e teclado), Maurício Cajueiro (guitarra) e Daniel Gohn (bateria) resultou no álbum de estreia, autointitulado e que traz “uma sonoridade versátil e abrangente, uma nova forma de enxergar a música pesada.” Só que nada pode estar mais perto da realidade do que essa definição. “Quando estou ouvindo música, normalmente escuto muitas coisas diferentes em sequência. Posso estar escutando Mozart, depois ouço Slayer e em seguida Jobim. Quando componho passo pelo mesmo processo”, comenta Leo, dando uma pista sobre a origem da diversidade sonora que se percebe no trabalho do trio.

DIMMU BORGIR

Por Chris Alo

EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

Considerado por muitos como a maior banda de Black Metal da atualidade, se é que ainda dá pra enquadrá-lo nesse rótulo, o Dimmu Borgir continua em sua trajetória de sucesso crescente. Com seu nome que quase sempre é pronunciado errado, lançando discos com títulos fora do comum e músicas com letras em norueguês, além de ostentar seus famosos corpse paints, a banda conseguiu trilhar o caminho do sucesso. Seu mais recente álbum, Abrahadabra, mostra que o Dimmu Borgir conseguiu crescer além de seus próprios limites, ainda que continue fiel ao Black Metal Sinfônico que lhe deu fama e fortuna. O guitarrista, compositor e fundador Silenoz fala nesta entrevista sobre o novo disco e sobre tocar com bandas de outros estilos musicais.

EXCITER

Por Ricardo Batalha

TENTANDO SE REERGUER

Por Ninguém sabe, mas é provável que haja algum tipo de maldição do além que faça com que algumas bandas canadenses que tinham tudo para figurar no alto escalão fiquem com o status de cult no meio do Heavy Metal. Este é o caso do Exciter, veterano grupo de Ottawa formado no início da década de 80, que chegou arrasando e conseguiu êxito com seus três primeiros lançamentos. Heavy Metal Maniac (1983), Violence & Force (1984) e Long Live The Loud (1985) se tornaram referência do estilo classificado como Speed Metal e o baterista e vocalista Dan Beehler passou a ser uma figura das mais comentadas no meio. Porém, rachas internos e problemas nos negócios fizeram com que a banda saísse dos holofotes sem nunca conseguir repetir os feitos do início de carreira. O guitarrista John Ricci, único remanescente da formação inicial, segue a todo custo tentando manter o legado e, ao lado de Kenny “Metal Mouth” Winter (vocal), Robert “Clammy” Cohen (baixo) e Rik Charron (bateria), lançou no final do ano passado mais um álbum de estúdio, Death Machine. Quase vinte e cinco anos depois da única passagem pelo Brasil, quando excursionou ao lado do Venom, o Exciter finalmente voltará a tocar no país. Na entrevista a seguir, Ricci fala sobre a expectativa para o show, além de contar detalhes do novo CD e falar sobre os motivos que brecaram o ímpeto do Exciter.

HERMAN RAREBELL

Por Chris Alo

DESPEDIDA? NEM PENSAR!

Por Herman Rarebell passou quase duas décadas atrás da bateria do Scorpions, maior banda de Rock da Alemanha de todos os tempos. E, além de baterista, também colaborou com a banda participando da composição de músicas e letras, dentre as quais Blackout, Dynamite e Rock You Like A Hurricane. No momento, Herman ‘Ze German’, como também é conhecido, anda bastante ocupado. Além de ter lançado o disco Take It As It Comes nos EUA, o baterista está participando de alguns shows comemorativos com o Scorpions e também montou uma nova banda. O Strangers In The Night, que conta com Michael Schenker (guitarra, ex-Scorpions e UFO), Pete Way (baixo, ex-UFO e Waysted) e Michael Voss (vocal, Silver e Casanova), está gravando o álbum de estreia em Brighton (ING) e planeja lançá-lo ainda este ano.

LYNYRD SKYNYRD

Por Thiago Sarkis

SOBREVIVÊNCIA (PRONUNCIADA LEH-NERD SKIN-NERD)

Os colegas de escola Ronnie Van Zant (vocal), Allen Collins (guitarra) e Gary Rossington (guitarra) carregavam consigo muitos sonhos quando deram início às atividades de sua banda em 1964. Talentosos e dedicados, os garotos cresceram e aprenderam sobre música juntos, guiados por paixões adolescentes de quem havia visto o sucesso dos Beatles e almejava “ser igual a eles”. Efetivamente, é bem provável que os três “caipiras” de Jacksonville, acompanhados por Larry Junstrom (baixo) e Bob Burns (bateria) – todos devidamente reconhecidos e com seus nomes no Rock And Roll Hall Of Fame desde 2006 –, tenham alcançado muito daquilo que aspiravam ao ver todo o alvoroço em torno do quarteto de Liverpool. Tocaram para verdadeiras multidões, gozaram de boa reputação e reconhecimento e sacudiram o Rock – contudo, encararam também o caráter contingente da fatalidade. No dia 20 de outubro de 1977, um acidente com o avião do Lynyrd Skynyrd tirou a vida de Ronnie e dos irmãos Cassie (backing vocals) e Steve Gaines (guitarra), sendo seguido por uma pausa de dez anos nas atividades do conjunto. Ao retornarem, com o irmão de Ronnie, Johnny Van Zant, nos vocais, mais perdas: em 1990, com o falecimento do jovem Allen Collins, e em 2001, quando Leon Wilkeson (baixo) se foi. O grupo não jogou a toalha; manteve-se em turnê e, vez ou outra, passava em estúdio para registrar um disco de inéditas. God & Guns (2009), álbum igualmente marcado por mortes – em 2007, o amigo e ex-integrante Hughie Thomasson (guitarra), e em 2009, Billy Powell (teclados) e Ean Evans (baixo) –, é o mais novo lançamento dos norte-americanos. Na entrevista a seguir, o líder e guitarrista Gary Rossington fala sobre esta incrível e conturbada trajetória, comenta o disco recente, os clássicos, revela influências, desencontros e histórias inusitadas.

MURDERDOLLS

Por Steven Rosen

O PLANO B DE JOEY JORDISON

Até mesmo quando Joey Jordison está se acomodando para conceder uma entrevista ele é mais rápido do que o comum das pessoas. E ele fala da mesma forma como ataca sua bateria: as frases saem de sua boca de forma rápida e compassada, com as palavras meio que se atropelando. Você tem que prestar muita atenção ou corre o risco de perder parte do discurso. E o mesmo se aplica ao novo disco de sua banda Murderdolls. Women And Children Last (2010) é um misto de fúria e velocidade comandada pelo músico que responde pela bateria do Slipknot desde sua criação, há quinze anos. Porém, aqui ele prefere mostrar sua insanidade através de riffs e licks que tira de sua Les Paul. Joey tinha acabado de fazer a passagem de som para o primeiro show do Murderdolls em seis anos quando atendeu à ROADIE CREW. Muitos músicos não gostam de dar entrevistas quando estão prestes a subir no palco, mas Jordison nem se incomoda: ‘Não se preocupe, cara, está tudo bem.’ Os últimos meses na vida de Joey foram marcados pelo choque da morte do amigo e parceiro de Slipknot Paul Gray (baixo) e pela incerteza em relação ao futuro da banda, mas aqui ele deixa claro que a música vai sempre estar em primeiro plano em sua vida.

PRIMAL FEAR

Por Thiago Sarkis

POWER METAL ARRAIGADO AOS CLÁSSICOS

O Primal Fear jamais teve status de uma banda realmente grande, nem lançou um álbum em particular que tenha feito sucesso estrondoso ou com vendagem muito acima de seus demais lançamentos. No entanto, agradou a fãs de todo o mundo com um Power Metal vigoroso e tradicional, baseado nas raízes – ainda que não mais sob a sombra – de grupos como Judas Priest. Primando pela regularidade e contando com músicos reconhecidos, o quinteto alemão mantém-se relevante e se encaminha para o Brasil, onde dará sequência à divulgação de 16.6 (Before The Devil Knows You’re Dead) (2009), do CD ao vivo Live In The USA (2010) e do DVD ao vivo 16.6 (All Over The World). Em entrevista exclusiva, Mat Sinner nos diz o que esperar dos shows em nosso país, fala sobre os discos mais recentes e comenta sobre Scheepers (2011), estreia solo de Ralf Scheepers (vocal), e o projeto Kiske/Somerville.

QUEENSRŸCHE

Por Steven Rosen

Celebrando o sucesso

Em 1990, o Queensrÿche lançou Empire, álbum que tratava da decadência dos valores morais e de um mundo em guerra contra si mesmo. Tendo à frente o vocalista com formação clássica Geoff Tate, a banda obteve fama mundial quando o disco mais de três milhões de cópias só nos EUA. Tudo isso acabou tendo profundo impacto na trajetória do grupo e o single extraído do disco, Silent Lucidity, não ficou atrás em termos de sucesso e repercussão positiva. Recentemente, aconteceu o relançamento comemorativo dos vinte anos de Empire numa versão que traz as faixas remasterizadas digitalmente e nada menos que dez músicas inéditas extraídas de um show realizado em 1990 no Hammersmith Odeon, em Londres. Nesta entrevista, Tate fala sobre o relançamento de Empire e sobre vários outros aspectos da música do Queensrÿche.

SANTANA

Por Steven Rosen

VOLUME E DISTORÇÃO

Carlos Santana virou um músico de Heavy Metal? Você consegue imaginá-lo tocando à frente de uma parede de amplificadores e balançando a cabeça loucamente? Difícil, né? Mas em Guitar Heaven ele pluguou o pedal de distorção, colocou a alavanca na guitarra e gravou covers de alguns dos maiores nomes da guitarra de todos os tempos. O repertório vai de Smoke On The Water (Deep Purple) e Sunshine Of Your Love (Cream) a Photograph (Def Leppard) e Back In Black (AC/DC), e Santana temperou esses temas com sua rítmica característica e com a mistura de Blues e Rhythm’n’Blues que marca seu trabalho. Além disso, ele ainda se cercou de vários convidados, como Chris Cornell, Scott Weiland e Joe Cocker. O guitarrista contou tudo a respeito nesta exclusiva para a ROADIE CREW.

STRATOVARIUS

Por Antonio Carlos Monteiro

CORRENDO CONTRA O RELÓGIO

Poucas bandas passaram por tantas atribulações nos últimos anos como o Stratovarius. Desde os problemas entre seu antigo guitarrista, Timo Tolkki, e o restante dos músicos em 2003, num episódio cercado de passagens bizarras (e que depois se descobriria serem meros “golpes publicitários”), passando por uma rápida volta da formação original e culminando na saída de Tolkki, fundador, principal compositor e dono do nome. Em 2008, após um período de silêncio, Tolkki e os demais músicos (o vocalista Timo Kotipelto, o tecladista Jens Johansson, o baixista Lauri Porra e o baterista Jörg Michael) voltaram a se digladiar através de notas na internet e o desfecho foi o mais inesperado possível: Timo Tolkki abriu mão do nome e das composições em favor dos seus ex-parceiros e foi cuidar da vida. Mais do que depressa, os remanescentes recrutaram o guitarrista Matias Kupiainen e lançaram Polaris (2009), disco que trazia composições de todos os músicos (menos Jörg) e procurava recolocar o Stratovarius sob os holofotes. Recebido com discrição, o álbum lançou o grupo em mais uma turnê mundial. Mal encerrada a tour, a banda já entrou em estúdio para registrar seu mais novo álbum, Elysium, que saiu em janeiro último. Como novidades, uma maior participação de Matias, que produziu o disco e assina boa parte do repertório. Além disso, Elysium foi gravado em seu estúdio. E quando tudo parecia finalmente entrar nos eixos, a bomba: o baterista Jörg Michael foi diagnosticado com câncer e teria que se afastar temporariamente, forçando sua substituição temporária na tour que a banda iniciava com o Helloween. Falamos com Timo Kotipelto no final de 2010 (antes de o disco ser lançado, portanto) e, como dá pra notar, assunto não faltou.

TYGERS OF PAN TANG

Por Ricardo Batalha

A GENUÍNA NWOBHM

O Tygers Of Pan Tang, um dos grupos seminais da cultuada New Wave Of British Heavy Metal, fechou 2010 com um saldo extremamente positivo. Além de celebrar os trinta anos de seu ‘debut’, Wild Cat, com o lançamento do EP The Wildcat Sessions – 30th Anniversary Special Edition, Robb Weir – guitarrista e um dos fundadores – também comemora a boa fase vivida pela banda, que está prestes a soltar um novo EP, The Spellbound Sessions, que comemora os trinta anos de Spellbound. Atuando ao lado de Jacopo Meille (vocal), Dean “Deano” Robertson (guitarra), Brian West (baixo) e Craig Ellis (bateria), Robb Weir ainda conseguiu recriar com exatidão o sentimento e a sonoridade pura do Metal inglês daquele final de anos 70 e início da década de 80 com o mais recente álbum, Animal Instinct (2008). Robb conta, na entrevista a seguir, detalhes de sua carreira, exalta o momento atual e fala sobre sua predileção aos clássicos Wild Cat (1980), Spellbound (1981) e Crazy Nights (1982).

MADE IN BRAZIL PARTE 2

Por Antonio Carlos Monteiro

Mudanças

Com a saída do baterista Júnior, a solução foi transferir o percussionista Fenili para a bateria. Já a substituição de Cornelius era em tese um pouco mais complicada. Porém, como lembra Oswaldo, “para o Made nem seria tão difícil substituir o vocalista porque a gente conseguiu uma projeção muito grande. O Made era a banda da vez, junto com o Secos & Molhados.” E o substituto, Percy Weiss, veio por indicação do agora batera Fenili. Na verdade, Oswaldo conta que Cornelius já vinha dando mostras de que poderia resolver sair, o que levou a banda a já pensar num plano B.

Com Percy, ex-US Mail, devidamente integrado à banda, era hora de pensar no novo disco. Só que o início dele foi o que o baixista define como “um tormento.” A gravadora havia adiantado um valor equivalente a 48 mil dólares para a gravação do segundo disco do Made. “Era uma fortuna na época”, resume ele. “A gente resolveu nossa vida… Eu estava no maior sufoco, casado, com filho pequeno e dois meses de aluguel atrasado.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

ESSAS INCRÍVEIS MULHERES MARAVILHOSAS (PARTE 1)

No começo de tudo, lá nos tempos do Blues, o sexo feminino sempre foi mantido a certa distância do meio musical. No Rock’n’Roll a coisa não seria diferente, já que adentrar no “clube do bolinha” como uma artista solo era quase impossível. Aos poucos, as mulheres foram sendo admitidas de forma bem discreta, fosse para chacoalhar algum pandeiro ou qualquer outro instrumento de percussão, fosse para fazer algum vocal de fundo ou mesmo somente como dançarina.

Os anos 60 deram uma guinada bastante considerável na situação da mulher frente ao Rock’n’Roll mas, mesmo assim, elas só conseguiam participar de bandas em que a maioria era formada por músicos do sexo oposto.

BLIND EAR - ROB CAVESTANY

Por Claudio Vicentin (texto e fotos)

Rob Cavestany – guitarrista do Death Angel

“(N.R.: Rob ouve um bom trecho). Acho que é Slayer, World Painted Blood. (R.C.: Isso mesmo!) Beleza! Nem sei por que, mas não tenho esse disco. (N.R.: Segue escutando a música) Por um instante, a sonoridade me lembrou Forbidden. A produção é estranha, não é? Está tudo compactado… Sim, é uma produção muito bizarra. (R.C.: Mas você gostou da música?) Sim, eu gosto de tudo que o Slayer grava. Mas esse disco eu não tenho. (R.C.: É o mais recente disco deles) Verdade? Acho que eu ainda não tinha ouvido. O solo está bem legal, a seção rítmica também. Definitivamente, Slayer arrebenta.”

Slayer – World Painted Blood

World Painted Blood

CLASSICOVER - ALONE AGAIN OR

Por Bento Araújo

ALONE AGAIN OR

Original: Love

Álbum: Forever Changes

Ano de lançamento: 1967

Cover: UFO

Álbum: Lights Out

Ano de lançamento: 1977

“Bryan começou a compor Alone Again Or como mais uma de suas simples canções Folk. Comecei a inserir detalhes de guitarra flamenca e a enfeitar um pouco, foi daí que ela passou de um simples tema Folk para algo bem espanhol e ousado. Mudamos a cadência… Eu estava apenas brincando, tentando achar coisas diferentes para complementar o que Bryan havia criado. Alone Again Or tem esse clima espanhol, flamenco, e acabou se tornando a canção mais famosa do álbum Forever Changes.” Essa declaração é do guitarrista solo do Love, Johnny Echols, que magistralmente deu um molho todo especial à composição original do outro guitarrista da banda, Bryan MacLean.

CLASSICREW

Por Antonio Carlos Monteiro e Ricardo Seelig

1971

GRAND FUNK RAILROAD

Survival

Por Antonio Carlos Monteiro

Numa época em que os discos eram feitos em praticamente um take, foi uma enorme extravagância o fato de o Grand Funk se internar por seis semanas no Cleveland Recordings para registrar aquele que seria seu quinto disco (quarto de estúdio) em menos de três anos de carreira. Na verdade, tal medida teve uma razão técnica: o estúdio era o mesmo em que o trio formado por Mark Farner (vocal, guitarra, harmônica e teclado), Dan Brewer (bateria e vocal) e Mel Schacher (baixo) já havia registrado o definitivo Closer To Home (1970) mas como havia mudado de endereço era necessário fazer todo um trabalho para se tentar recuperar aquela sonoridade que já era característica da banda. O engenheiro de som Ken Hamann diria anos depois que a busca por aquela sonoridade foi um trabalho insano – e que mesmo assim não chegou no ponto em que banda e produção queriam.

1981

RIOT

Fire Down Under

Por Ricardo Seelig

O dia 9 de fevereiro de 1981 deveria ser lembrado como uma data especial pelos apreciadores de Hard Rock e Heavy Metal, pois marca o lançamento de um dos melhores trabalhos que ambos os estilos já conheceram: Fire Down Under, terceiro álbum do grupo norte-americano Riot.

Fundado em Nova York em 1975, o quinteto formado por Guy Speranza (vocal), Mark Reale e Rick Ventura (guitarras), Kip Leming (baixo) e Sandy Slavin (bateria) já havia lançado dois bons discos – Rock City em 1977 e Narita em 1979, esse último responsável por um crescimento considerável na popularidade da banda –, mas foi com seu terceiro trabalho que o grupo conquistou um espaço eterno na memória de quem curte boa música.

Musicalmente, apesar de natural dos Estados Unidos, o Riot soava como as primeiras bandas da New Wave Of British Heavy Metal, movimento que redefiniu o som pesado na virada dos anos 70 para a década de 80.

1991

ALICE COOPER

Hey Stoopid

Por Antonio Carlos Monteiro

O que fazer após lançar um disco de extremo sucesso junto a crítica e público? Descansar uns dois anos? Fazer uma tour pra “cumprir tabela” e gastar a grana arrecadada com o lançamento? Ou lançar qualquer disco meia boca porque depois de um clássico qualquer coisa serve? Muitos optariam por uma dessas alternativas acima, mas Alice Cooper achou uma opção bem mais interessante: lançar um disco tão bom quanto aquele!

Esse foi o caso de Hey Stoopid, que sucedeu o brilhante Trash (1989). Mais uma vez, Alice mostrou que ter amigos é quase tudo nessa vida e reuniu gente como Vinnie Moore, Nikki Sixx, Mick Mars e Ozzy Osbourne, além de seus três guitarristas favoritos, Slash, Joe Satriani e Steve Vai – “esses três são Jeff Beck, Eric Clapton e Jimmy Page da sua geração”, afirmou Alice certa vez. Pouco tempo depois, Alice devolveria a gentileza a Slash participando da faixa The Garden, que sairia no disco Use Your Illusion I, do Guns N’Roses.

EDITORIAL

Heavy Metal em alto mar

É isso mesmo, um novo espaço se abre para o mercado da música pesada e os primeiros sinais trazidos por essa iniciativa são altamente positivos. Nos últimos dias de janeiro, enquanto esta edição da ROADIE CREW está saindo da gráfica, dois cruzeiros marítimos estão circulando por diferentes pontos do Oceano Atlântico com gigantescos navios repletos de headbangers curtindo Heavy Metal. Um deles tem o sugestivo nome de “70000 Tons Of Metal” partindo de Miami-FL (EUA) no dia 24 de janeiro, passando por Cozumel no México, e terminando na volta a Miami no dia 28. São quatro dias de um festival em movimento pelo mar do Caribe, onde acontecem apresentações de mais de 40 bandas, em três palcos. Só para citar algumas das atrações: Testament, Blind Guardian, Amon Amarth, Destruction, Epica, Exodus, Iced Earth, Saxon, Obtuary… (confira o cast completo no site 70000tons.com). O conforto de um resort num navio como o “Majesty Of The Seas”, operado pela Royal Caribbean International, com capacidade para 2744 passageiros e 833 tripulantes, com cassino, restaurantes, piscinas, e o grande diferencial: uma trilha sonora só possível de se encontrar nos grandes festivais “open air” do verão Europeu. Imperdível! A temperatura no “70000 Tons” vai estar permanentemente alta, mesmo considerando o fato de que no hemisfério norte é tempo de inverno mas, de qualquer forma, na região do Caribe nunca faz frio de verdade.

Em seguida, no auge do verão aqui no Brasil no dia 30, com partida do porto de Santos, temos o cruzeiro temático “Motorcycle Rock Cruise”, voltado essencialmente para o Rock Pesado e onde ocorre o “1º Encontro Nacional de Motociclistas num cruzeiro marítimo”, operado pela CVC com o navio “Zenith”. A viagem – que vai até Búzios, no Rio de Janeiro, retornando a Santos no dia 2 de fevereiro – tem como atração principal o Sepultura, além da banda Big Noise, formada por Joe Lynn Turner, Carlos Cavazo, Phil Soussan e Vinny Appice. Participa também da maratona musical a banda Rockfellas, cuja especialidade é fazer tributo a algumas das maiores bandas de Classic Rock de todos os tempos e do Metal dos anos 70.

Alguns radicais poderão até encarar esses cruzeiros como coisa da burguesia, achando que isso é incompatível com a filosofia do “headbanger True Metal”, mas os tempos mudaram. O descanso por alguns dias num navio tornou-se uma opção de lazer viável e, se já era algo atrativo, agora com a possibilidade de se assistir a um festival de Rock e após a apresentação da última banda da noite poder ir para a cama numa cabine confortável, ao invés de uma barraca de camping, a coisa fica simplesmente irresistível.

A ROADIE CREW esteve presente nestes dois cruzeiros e vai relatar o que de mais interessante aconteceu. Com certeza muita gente vai começar a planejar embarcar numa festa dessas nas próximas férias, principalmente porque sabe que não vai ouvir a trilha sonora do “Titanic”, o filme, durante a viagem.

Airton Diniz

ETERNAL IDOLS - JON NÖDTVEIDT

Por Heverton Souza

JON NÖDTVEIDT

28/06/1975 – 13/08/2006

No dia 16 de agosto de 2006, o Metal Extremo entrou em luto com a notícia da morte de Jon Nödtveidt, guitarrista, vocalista, compositor e líder da banda sueca Dissection. Nascido em 28 de junho de 1975, Jon Andreas Nödtveidt iniciou sua carreira na música em 1988, quando tinha apenas 13 anos de idade e formou a banda Siren’s Yell que, mesmo tendo lançado uma demo tape, não durou um ano sequer. Jon e o baterista Ole Öhman criaram então o Rabbit’s Carrot e, posteriormente, o Dissection, ao lado de Peter Palmdahl (baixo). Os primeiros registros do grupo foram a demo The Grief Prophecy (1990) e o EP Into Infinity Obscurity (1991), já contando com a presença do guitarrista John Zwetsloot.

GARAGE DEMOS

Por staff

Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected].

Nesta edição:

Setfire

Huey

This Grace Found

Arthois

Par’Uzha

Silent Heaven

Mente Suicida

Mentalwar

Doomsphere

Impacto Profano

Devil Crusher

Skull Fist

HIDDEN TRACKS - GIUFFRIA

Por Ricardo Batalha

Giuffria

Origem: EUA

Época: Anos 80

Estilo: Hard Rock/AOR

Formação clássica: David Glen Eisley (vocal), Craig Goldy (guitarra), Gregg Giuffria (teclado), Chuck Wright (baixo) e Alan Krigger (bateria)

Discografia: Giuffria (1984) e Silk And Steel (1986)

O tecladista Gregg Giuffria, nascido a 28 de julho de 1951 em Gulfport/Mississippi (EUA), iniciou-se na música com a banda Angel, que ele criou logo após se graduar na escola. Em 1969, mudou-se para a Costa Oeste para tentar carreira como músico e pouco tempo depois já estava ao lado de Punky Meadows (guitarra), Mickie Jones (baixo), Frank Dimino (vocal) e Barry Brandt (bateria). Indicado por Gene Simmons (Kiss) à gravadora Casablanca, o quinteto adotou um visual bem light e, para se contrastar com a maioria das bandas da época, os músicos optaram por trajar roupas brancas. Mesmo detonado por parte da crítica, o Angel chegou a fazer certo sucesso com os álbuns Angel (1975), Helluva Band (1976), On Earth As It Is In Heaven (1977), White Hot (1978) e Sinful (1979).

LIVE EVIL - CRADLE OF FILTH

Por Heverton Souza / Fotos: Renan Facciolo

Cradle Of Filth

Carioca Club – São Paulo/SP

18 de dezembro de 2010

Após seis anos sem pisar em terras brasileiras, o grupo inglês Cradle Of Filth voltou ao país para apresentações em Porto Alegre (RS) e em São Paulo (SP). Novo “lar” da cena Metal paulista, o Carioca Club estava com um público numeroso no sábado anterior ao Natal, mas não chegava a estar lotado.

Sem banda de abertura, o show marcado para 20h teve cerca de vinte e cinco minutos de atraso, até que Dani Filth & Cia. adentraram ao palco com The Cult Of Venus Aversa, faixa do mais recente álbum, Darkly, Darkly, Venus Aversa (2010). Em seguida veio Honey And Sulphur, do penúltimo album, Godspeed On The Devil’s Thunder (2008). Logo de cara notava-se que o som de guitarras estava baixo, a bateria soava embolada e o baixo tinha volume em excesso, mas todos relevaram por saber que muitas vezes o início de um show ainda é o momento de acertos no som.

Her Ghost In The Fog fez a alegria dos presentes, enquanto que a execução de The Principle Of Evil Made Flesh, faixa título do álbum de estreia, foi comemorada pelos fãs mais antigos.

LIVE EVIL - SEPULTURA

Por João Luiz Zattarelli Jr.(Texto e Foto)

Sepultura

Manifesto Bar – São Paulo/SP

11 de dezembro de 2010

Discos clássicos são, em sua essência, sagrados e intocáveis, principalmente aqueles que foram gravados por músicos idolatrados pelos fãs. Mesmo assim, o Sepultura atual foi convidado a se apresentar na festa de aniversário de dezesseis anos do Manifesto Bar e, aproveitando a ocasião, brindou os fãs tocando o clássico Arise (1991) na íntegra, já que em 2011 comemoramos vinte anos de seu lançamento.

A notícia pegou de surpresa os fãs, que simplesmente lotaram o lugar e transformaram-no num verdadeiro inferno. A fila na porta era gigantesca, obrigando a banda atrasar o início do show até que todos entrassem no local. Há muito tempo a banda já não conta com os irmãos Cavalera, seus membros fundadores, então é desnecessário ficarmos batendo sempre na mesma tecla a respeito de uma possível reunião ou da falta (ou não) que ambos fazem ao grupo. Andreas Kisser (guitarra) deixou isso bem claro logo que entrou no palco, dizendo que aquele era o verdadeiro Sepultura, dando a deixa para o monstro Jean Dolabella (bateria) atacasse com a famosa introdução usada pela banda na época do lançamento de Arise.

LIVE EVIL - TRANS-SIBERIA ORCHESTRA

Por Alexandre Cardoso/Fotos: Heloisa Vidal

Trans-Siberian Orchestra

Buffalo/Albany – NY (EUA)

19 e 26 de dezembro de 2010

Por Alexandre Cardoso/Fotos: Heloisa Vidal

Pense num artista que é sinônimo de sucesso há onze anos, que faz mais de cem shows por ano, que já vendeu mais de sete milhões de álbuns e tocou para mais de cinco milhões de pessoas. Números impressionantes para uma banda que toca Heavy Metal e, ainda por cima, nos Estados Unidos! A Trans-Siberian Orchestra tem sua história ligada ao Savatage e essa grande orquestra Rock’n’Roll é encabeçada pelo produtor Paul O’Neil e pelo vocalista/tecladista Jon Oliva.

Na turnê de 2010 foram 126 shows em dois meses, sendo que em grande parte das cidades a banda faz dois por dia. Para que nada dê errado, são meses de ensaio, tanto na parte de palco como dos músicos, e esses últimos são do mais alto nível, muitos deles oriundos de musicais da Broadway. Além deles, temos outros conhecidos do público headbanger, como o vocalista Jeff Scott Soto e os ex-membros do Savatage Al Pitrelli (guitarra) e Johnny Lee Midleton (baixo) na banda da Costa Oeste, e Chris Caffery (guitarra) e Jeff Plate (bateria) na Costa Leste.

LIVE EVIL - WATAIN / MORTUARY DRAPE

Por Frans Dourado / Fotos: Guilherme B. Noza

Watain / Mortuary Drape

Inferno Club – São Paulo/ SP

11 de dezembro de 2010

Por Frans Dourado / Fotos: Guilherme B. Nozawa

Um público apenas razoável compareceu ao Inferno Club para prestigiar à celebração Black Metal. Os trabalhos se iniciaram com o Delicta Carnis e os capixabas apresentaram seu som para um reduzido mas atento público, que conferiu uma apresentação raivosa e honesta, através de um Black Metal com salutares influências Death. Após um curto intervalo tivemos o Eternal Darkness DCLXVI, de Belém/PA, que enfrentou milhares de quilômetros para tocar para um público um pouco maior que seus sucessores no palco do Inferno, só que desta feita um pouco mais animado e participativo em relação ao Black Metal ríspido e direto trazido pelos paraenses.

O ritual que teve lugar no palco começou com os monges rubro-negros do Mortuary Drape ganhando o palco com círios que foram solenemente depositados ante a bateria. Após esta breve abertura, o vocalista e mestre desta cerimônia macabra, Wildness Perversion, juntou-se a seus acólitos e comandou Primordial, de All The Witches Dance (1994). Não há como negar que a vinda do Mortuary Drape, clássica banda italiana fundada em 1986 e com uma aura mais do que cult no Black Metal, tenha sido uma surpresa até para os seus raros mas fiéis seguidores.

POSTER JETHRO TULL

Por Leandro Oliveira

Aqualung – O álbum

RELEASES CDS

Por staff

Nesta edição

Acid Witch

Angelfire

Auras

Belphegor

Benedictum

Cruscifire

Dancing Flame

Decrepit Birth

Demonic Resurrection

Dio

Diocletian

Ferreira

Full Blown Chaos

Hungryheart

Infamous Glory

Ion

Jumalhämärä

Kuazar

Landmine Marathon

Lazarus A.D.

Legion Of The Damned

Limbonic Art

Magnum

Mortiis

Mr. Big

Nidingr

Nitrominds

Overdrive

Paúra

Ralf Scheepers

Shakra

Stone Sour

Stratovarius

Voodoo Circle

Watchmen

Winterfyllet

RELEASES DVDS/BLUERAY

Nesta edição:

A Concert By The Lake

The Big Four

Alan Parsons

Emperor

The Poodles[/toggle

ROADIE COLLECTION - RATOS DE PORÃO

Por Maicon Leite

Considerado, com justiça, o maior nome do Crossover brasileiro, o Ratos de Porão surgiu como uma banda de Punk Rock/Hardcore e, após se tornar figura fundamental nessa cena, aos poucos foi incorporando elementos de Thrash Metal. Formado em 1981, o RDP conta com uma extensa discografia, iniciada com uma demo lançada em 1982. Mas foi em 1983 que ganhou ainda mais destaque, participando da clássica compilação Sub, juntamente com as bandas Cólera, Fogo Cruzado e Psykóze. Após algumas mudanças de formação, até porque ninguém sabia tocar nada direito, o RDP se estabilizou com João Gordo (vocal), Jão (bateria), Jabá (baixo) e Mingau (guitarra), lançando assim seu primeiro LP, Crucificados Pelo Sistema, em 1984. Nessa época ocorreu o festival Punk “O Começo do Fim do Mundo”, que reuniu vinte bandas, dentre elas o RDP. As influências metálicas, inexistentes até então, viriam a tomar forma a partir de Descanse Em Paz, época em que Gordo estava ouvindo bastante Venom, Exodus e Slayer – além disso, muitas bandas estavam misturando Hardcore e Metal, no que viria a se tornar o Crossover. Desde então, a desgraça nunca parou e continua a infernizar a cena brasileira, despejando cuspes e pontapés.

ROADIE NEWS

Por staff

Resumo das principais noticias do mês.

ROADIE PROFILE - JIMI JAMISON

Jimi Jamison (Vocalista – ex-Survival, Target e Cobra)

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Apoio ao Metal nacional

Nos últimos dois anos, principalmente na cidade de São Paulo, os shows de bandas de Heavy Metal internacionais têm acontecido de enxurrada. Mal começou 2011 e até maio já estão programados mais de trinta eventos com bandas de fora na capital paulista.

Apesar do grande volume de shows, o custo dos ingressos não caiu, então os fãs precisam fazer ginástica com seu dinheiro para dar conta de assistir àquelas bandas de que mais gostam, pois ir a todos é praticamente impossível – até porque existem pelos menos duas datas com mais de uma banda, tocando em lugares diferentes… E, já que vamos fazer essa conta, é importante também separarmos alguns reais para os shows de bandas nacionais, os quais, infelizmente, não estamos acostumados a nos programar para assistir.

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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