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Edição #149

R$29,00

Toda banda grande acaba passando por mudanças durante sua carreira e com o Sepultura não foi diferente. Quatorze anos após a separação traumática com seu líder Max Cavalera, substituído por Derrick Green, algumas influências de Hardcore fizeram com que muitos desacreditassem e virassem as costas para…

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SEPULTURA

Por João Luiz Zattarelli Junior

VIVENDO O PRESENTE

Toda banda grande acaba passando por mudanças durante sua carreira e com o Sepultura não foi diferente. Quatorze anos após a separação traumática com seu líder Max Cavalera, substituído por Derrick Green, algumas influências de Hardcore fizeram com que muitos desacreditassem e virassem as costas para o que um dia foi motivo de orgulho nacional. Há seis anos não contando, também, com Iggor Cavalera, o grupo recebeu em Jean Dolabella uma vitalidade e energia que seu antecessor já não demonstrava mais. Uma carreira brilhante que começou discreta mas conquistou o mundo não poderia passar em branco, e foi justamente isso, com altos e baixos, que levou a banda a Kairos, um dos mais fortes trabalhos sem a presença dos irmãos Cavalera. O guitarrista Andreas Kisser fala, na entrevista a seguir, sobre esse novo trabalho de estúdio, o documentário que a banda pretende lançar e relembra alguns fatos do passado.

AQUILES PRIESTER

Por Antonio Carlos Monteiro

A EXPERIÊNCIA COM O DREAM THEATER

Durante algum tempo, o assunto foi tratado com sigilo, mas logo começaram a surgir alguns boatos: o baterista brasileiro Aquiles Priester (Hangar) estaria entre os selecionados para participar da audição que escolheria o substituto de Mike Portnoy no Dream Theater. As audições aconteceram no ano passado, mas só no final de abril a banda anunciou quem sucederia o antigo baterista: o escolhido foi Mike Mangini (Extreme, Steve Vai, Annihilator). Uma vez liberado para comentar o assunto (havia um compromisso com a banda em não dar declarações a respeito antes do anúncio), Aquiles conta com absoluta exclusividade para os leitores da ROADIE CREW tudo o que envolveu seu teste para assumir o lugar de Mike Portnoy no Dream Theater.

CATHEDRAL

Por Thiago Sarkis

FIM DA LINHA

Os vinte e um anos de carreira do Cathedral definitivamente não descrevem o típico percurso de uma grande banda de Rock ou de estrelas bem-sucedidas da música. Certamente mais respeitado do que popular, o grupo, ousando e negando-se a se limitar musicalmente, angariou poucos leais fãs, mas cultivou e garantiu a reverência da maioria. Mesmo aqueles que não admiram ou ovacionam o trabalho dos britânicos, reconhecem a autenticidade de uma trajetória marcante fundada nas raízes do Hard/Heavy. É justamente com essas características e qualidades, seus traços fundadores, que o conjunto britânico anuncia o fim de suas atividades. Antes, porém, virão dois shows no Brasil, em São Paulo e no festival “Roça’N’Roll”, um disco ao vivo em 2011 e um álbum inédito de estúdio para 2012. Saiba de tudo a seguir nas palavras do vocalista Lee Dorrian.

CHILDREN OF BODOM

Por Steven Rosen

ALEXI LAIHO E A PAIXÃO PELA GUITARRA

Não demorou muito tempo para que o guitarrista do Children Of Bodom, Alexi Laiho, passasse a ser considerado um dos principais nomes do chamado Melodic Death Metal. Não por acaso, o guitarrista Zakk Wylde escolheu justamente essa banda para acompanhá-lo na “Berzerkus Tour” e Alexi tem aparecido na capa de diversas revistas voltadas para guitarristas, graças a seu estilo que mistura palhetadas frenéticas com o uso incessante da alavanca. Essas características estão mais do que evidentes no sétimo disco da banda, Relentless Reckless Forever. Produzido por Matt Hyde (que já trabalhou com nomes que vão de Slayer e Monster Magnet a No Doubt e Jonny Lang), o disco é um claro exemplo da versatilidade do guitarrista. Nessa conversa com a ROADIE CREW, Laiho falou sobre o novo trabalho e sua participação nele.

DEICIDE

Por Frans Dourado

A GUERRA CONTRA DEUS NÃO TEM TRÉGUA

Mais de vinte anos de estrada e fôlego para outros tantos. Essa é a impressão passada por To Hell With God, álbum que extraiu o máximo do quarteto formado por Glen Benton (vocal e baixo), Jack Owen e Ralph Santolla (guitarras) e o baterista Steve Asheim, que nos concedeu essa entrevista, na qual aborda o momento especial vivido pela banda. O décimo trabalho da carreira dos estadunidenses foi lançado pela Century Media e o resultado obtido nos dá a certeza de que seu ocaso ainda está distante, para deleite dos admiradores de uma das forças incontroláveis do Death Metal. As polêmicas parecem cada vez mais distantes enquanto o grupo liderado por Glen Benton se mostra insuperável na arte de oferecer ao mundo o que o Metal pode ter de mais repulsivo.

Jethro Tull

Por Steven Rosen

AQUALUNG: HÁ 40 ANOS SURGIA UM CLÁSSICO

Em dezembro de 1970, o Jethro Tull entrou no à época recém-inaugurado estúdio londrino Island Studios para trabalhar no que viria a ser a marca registrada de sua carreira. Só que não foi um trabalho exatamente tranquilo. Além de a banda ter que interromper as sessões constantemente por conta de problemas no equipamento, havia uma enorme pressão da gravadora para que o disco alcançasse o mesmo sucesso de seus antecessores, Stand Up (1969) e Benefit (1970). Para o guitarrista Martin Barre, a gravação foi um verdadeiro teste e ele mesmo confessa que se sentia um peixe fora d’água durante as sessões. Porém, quando Aqualung finalmente foi lançado, em fevereiro de 1971, Barre se consagrou como um dos mais originais guitarristas de sua geração. Comemorando quarenta anos do lançamento do álbum, ele falou sobre Aqualung e sobre como é fazer parte do Jethro Tull há mais de quatro décadas.

KING KOBRA

Por Ricardo Batalha

CARMINE APPICE VOLTA A ATACAR

“Forçado” a criar sua própria banda quando Sharon Osbourne o despediu da banda de Ozzy na turnê do álbum Bark At The Moon, o baterista Carmine Appice já era referência no Rock. Após experiências ao lado de Rod Stewart, Vannila Fudge, Cactus, KGB e Beck, Bogert & Appice, ele se uniu a Mark Free (vocal), David Michael-Philips e Mick Sweda (guitarras) e Johnny Rod (baixo), criando o King Kobra. Os três primeiros lançamentos – Ready To Strike (1985), Thrill Of A Lifetime (1986) e King Kobra III (1988) – foram capazes de levar a banda a realizar grandes turnês, tocando ao lado de nomes como Kiss, Queensrÿche, Ted Nugent, Autograph e Iron Maiden. No entanto, problemas com agentes geraram descontentamento interno e o grupo foi se desfazendo. Após algumas tentativas de retorno sem muito sucesso, Carmine se reaproximou de David Michael-Philips e recolocou o King Kobra na ativa, recrutando o vocalista Paul Shortino (ex-Rough Cutt, Quiet Riot). O resultado foi o álbum King Kobra, recém lançado pela Frontiers Records e que vem atraindo a atenção dos antigos fãs. Na entrevista a seguir, Carmine relembra alguns momentos da banda, fala da relação atribulada com Mark Free – que hoje atende por Marcie Michelle Free (Unruly Child) –, além de relembrar outras passagens interessantes de sua carreira.

MASTODON

Por Steven Rosen

COMO UM TREM DESGOVERNADO

No DVD/CD Mastodon: Live At The Aragon, a banda toca o álbum Crack The Skye (2009) na íntegra, além de temas de Remission (2002), Leviathan (2004) e Blood Mountain (2009). A apresentação de 78 minutos realizada no Aragon Ballroom em Chicago (EUA), a 17 de abril de 2009, mostra o Mastodon em meio à sua maior turnê até então. Primeiro registro ao vivo da carreira, o material mostra uma banda que se ancora em seu baterista, Brann Dailor. Com um estilo desenvolvido através de inúmeras jams com guitarristas em vez de baixistas, como seria normal para um batera, Dailor acompanha as linhas das guitarras com os tom-tons, acentua as bases na caixa e promove uma tempestade junto com o baixo através do bumbo duplo. Nessa entrevista, ele fala sobre esse lançamento, sobre sua forma de tocar e sobre o entrosamento com Troy Sanders (baixo e vocal), Brent Hinds (guitarra e vocal) e Bill Kelliher (guitarra e backing vocals).

SAMAEL

Por Luciano Krieger

FAÇA-SE A LUZ

Lux Mundi, nono e mais recente álbum de estúdio dos suíços do Samael, revela a ótima fase criativa da banda, uma das primeiras a usar bateria eletrônica e sintetizadores no Black Metal nos anos 90. Seu pioneirismo marcou época, tanto na agressividade do clássico Ceremony Of Opposities (1994) como nas viagens eletrônicas de Passage (1996) e Eternal (1999), que fizeram muitos fãs torceram o nariz. Neste papo com Vorph, fundador da banda e um dos sujeitos mais criativos deste cenário, ele conta mais detalhes o novo trabalho, a cena suíça e o relacionamento com seu irmão, Xy. A luz de Samael paira sobre os mortais…

SYMPHONY X

Por Thiago Sarkis

UM NOVO ÁPICE

Progressivo para fã de Heavy Metal ouvir. Talvez esta definição se encaixe ao Symphony X melhor que a qualquer outra banda. O mais impressionante é que, dezesseis anos após lançar o primeiro registro em parceria com o vocalista Russell Allen, o conjunto norte-americano não dá sinais de tirar o pé. Ao contrário, aumenta gradualmente o peso de suas músicas e ainda assim não compromete o que nela havia de épico e de influências Clássicas e Prog. Iconoclast (2011), novo álbum do quinteto, confirma a determinação do grupo de seguir em contínua e ininterrupta evolução e marca um novo ápice em uma carreira já muito laureada. Fomos atrás de Russell Allen a fim de saber mais detalhes sobre o recente lançamento. Veja o que ele tem a nos dizer.

UNRULY CHILD

Por Ricardo Batalha

VOLTANDO A VIVER

A androgenia e a homossexualidade sempre foram encaradas com certa naturalidade no meio do Rock, mas o assunto transexualidade, muito em voga no Brasil ultimamente, também tem diversos registros. Enquanto Lou Reed e Iggy Pop falavam abertamente sobre o falecido transexual Candy, Jayne County (Wayne Rogers, conhecido como Wayne County) foi o primeiro transexual a atuar efetivamente no Rock, servindo de inspiração para a peça “Hedwig – Rock, Amor e Traição”, que depois virou filme. Entretanto, David Palmer (ex-tecladista do Jethro Tull) e Mark Free (ex-vocalista do King Kobra) são dois exemplos de artistas de renome que realizaram cirurgia de mudança de sexo. Mark, que já tinha se tornado mundialmente conhecido por sua performance com o King Kobra e tentou cometer suicídio por diversas vezes, se tornou Marcie Michelle Free. Na entrevista a seguir, Marcie conta detalhes de sua vida, fala de sua fase com o King Kobra e do retorno com o Unruly Child, que lançou seu quinto álbum, Worlds Collide, no ano passado.

VIOLATOR

Por Jorge Krening

CADA DIA MAIS THRASH E AGRESSIVO

Não é de hoje que os brasilienses do Violator vêm espalhando o caos Thrash Metal pelo mundo afora. Apontado como um dos principais precursores do revival do Thrash Metal oitentista, o quarteto colhe hoje de forma humilde os bons frutos decorrentes de muito trabalho e dedicação. Para falar do seu mais recente EP, Annihilation Process, a ROADIE CREW bateu um papo com o baixista e vocal Pedro “Poney” Arcanjo que, de forma descontraída, falou sobre diversos temas, entre eles sua paixão pelo Thrash Metal, mostrando que ainda é possível praticar Metal descompromissado e totalmente voltado às raízes.

WACKEN METAL BATTLE

Por Airton Diniz Wacken Metal Battle

Por Airton Diniz

RESUMO DAS SELETIVAS METAL BATTLE 2011

AM-Manaus (Nekrost)

BA-Salvador (Keter)

CE-Fortaleza (Roadsider)

ES-Serra (Psychodeath)

GO-Goiânia (In The Shadows)

MG-BH (Imperial Betrayer)

MS-Campo Grande (Ayin)

PA-Belém (Warpath)

PB-J. Pessoa (Madness Factory)

PR-Curitiba (Fire Shadow)

RJ-RJ (Hatefulmurder)

RS-Gramado (Sacrario)

SC-Florianópolis (Nekrós)

SP-Rib Preto (Plague Remains)

SP-Santos (Vetor)

SP-SJ Campos (Attomica)

SP-São Paulo (Red Front)

PE-Recife (Pandemmy)

DF-Brasilia (Zilla)

SP-Campinas (Kamala)

Ultima seletiva:

AC-R.Branco (04/06)*

Discordia

Fire Angel

Metal Live

Silver Cry

Suicide Free

* Seletiva realizada após o fechamento da edição

FINAL NACIONAL no ROÇA N’ ROLL – Varginha-MG (24/06)

Com o encerramento das Seletivas Regionais do “Wacken Metal Battle Brasil 2011” programado para o final do mês de maio, a fase de classificação foi concluída após o fechamento desta edição da Roadie Crew, portanto, constam desta matéria as seletivas realizadas até o dia 22 de maio. Durante abril já haviam sido realizadas as seletivas reportadas na edição anterior com Manaus/AM (vencedor: Nekrost), Belo Horizonte (vencedor: Imperial Betrayer) e Rio de Janeiro (vencedor: Hatefulmurder) e, finalizando o mês, no dia 28 aconteceu a etapa de São Paulo, Capital, no Manifesto Bar, que teve a presença de cinco das grandes bandas do cenário paulistano, como Woslom, HellArise, Innervate, Furia Inc. e a vencedora da noite, Red Front, cuja vitória foi muito valorizada dada a qualidade das demais participantes. No dia 07 de maio, com produção do Yard Of Rock, em Jacaraípe-Serra/ES, a seletiva capixaba definiu como representante do estado a banda Psychodeath, de Vitória, num sábado de casa cheia, que contou com a participação dos grupos Alífera, Exylium, Mindwalker e Vociferax, No final de semana seguinte ocorreram quatro etapas regionais e no sábado, dia 14, deu-se a estreia de São José dos Campos/ SP, com a região leste do estado de São Paulo sediando pela primeira vez o “Metal Battle”. No Vale do Paraíba, com promoção da Undervale Produções, a seletiva foi realizada na Hocus Pocus, e quem se classificou para a grande Final Nacional foi a banda Attomica. Participaram também as bandas Morfolk, Rottenhuge, This Grace Found e Tormentor Bestial. No mesmo dia, no Planalto Central…

NEW YORK DOLLS (FINAL)

Por Antonio Carlos Monteiro New York Dolls (final)

Viva rápido, morra logo

Após o final do News York Dolls, cada um dos músicos foi cuidar da sua vida. Ali por volta de 1975/1976 o Punk Rock emergia tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos e na terra do Tio Sam um de seus pioneiros atendia pelo nome de Richard Hell. Baixista, vocalista e compositor, Hell foi um dos fundadores da banda Television, de onde acabou sendo mandado embora após sérios desentendimentos com o vocalista e guitarrista Tom Verlaine. Desempregado e aproveitando que o pessoal do Dolls estava por ali dando sopa, foi atrás de Johnny Thunders e de Jerry Nolan para formar o primeiro power trio de Punk da história, The Heartbreakers. Essa formação durou pouco tempo, já que logo foi recrutado o vocalista e guitarrista Walter Lure para reforçar o time. Richard Hell, que pelo jeito não é um sujeito exatamente fácil de se lidar, foi mandado embora pouco depois. Para seu lugar foi um tipo meio obscuro, chamado Billy Rath, que muitos juravam ser um cafetão. Hell em seguida criou seu próprio grupo, The Voivods – nada a ver com a banda canadense.

O Heartbreakers acabaria se envolvendo numa curiosa polêmica com o Sex Pistols, mesmo tendo sido uma das bandas convidadas para participar da mal fadada “Anarchy Tour” (a fama de Johnny Rotten & asseclas fez com que mais da metade dos shows fossem cancelados). Quando ficou sabendo que a música New York era uma crítica ácida ao New York Dolls, Thunders ficou possesso e respondeu com London Boys, ainda mais ácida e agressiva.

A banda, que posteriormente se tornaria conhecida como Johnny Thunders & The Heartbreakers, gravou um disco.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso ESSAS INCRÍVEIS MULHERES MARAVILHOSAS (PARTE 5)

GIRLSCHOOL (2004 – 2011)

O ano de 2004 começou para o Girlschool com o relançamento remasterizado dos quatro primeiros álbuns da banda. Em julho chegou às lojas Believe, que marcou a estreia em disco da nova guitarrista, Jackie Chambers, que coassina as quinze novas faixas do novo material. Porém, a falta de um suporte promocional da gravadora Communiqué Records fez com que o disco tivesse um desempenho fraco em relação a vendas. Um ano depois, o álbum foi relançado em edição limitada, somente comercializada pela internet e nos shows, trazendo como bônus um DVD intitulado Around The World, com uma compilação de imagens registradas entre 2004 e 2005. O ritmo de trabalho continuava intenso, com a banda sempre fazendo parte do cast dos principais festivais de verão da Europa, enquanto acompanhava o Motörhead em algumas datas.

No dia 15 de julho de 2007, a guitarrista Kelly Johnson perdeu, depois de seis anos, a luta contra um câncer na espinha.

BLIND EAR - MIKE TERRANA

Por Thiago Rahal Mauro

Mike Terrana (Tarja, ex-Rage, Masterplan, Yngwie J. Malmsteen) – baterista

Texto e fotos: Thiago Rahal Mauro

“É Slayer? (R.C.: Não, mas tem a ver) Seria Anthrax? (R.C.: Exato. Você prefere John Bush ou Belladonna?) Conheço mais o John do Armored Saint, pois ele morava na minha cidade (N.R.: Hollywood, EUA). Mas essa música é com ele? (R.C.: Sim, é uma regravação). Eles foram uma das primeiras bandas que escutei. O baterista Charlie Benante é excelente. Eu não toco Thrash, mas acredito que ele e Dave Lombardo (Slayer) foram os melhores para o estilo, pois têm bastante técnica e são extremamente rápidos com os dois bumbos.”

Indians – Anthrax

The Greater Of Two Evils

CLASSICOVER - NO QUARTER

Por Frans Dourado

No Quarter

Original: Led Zeppelin

Álbum: Houses Of The Holy

Ano de lançamento: 1973

Cover: Crowbar

Álbum: Crowbar

Ano de lançamento: 1993

No Quarter é uma das canções mais emblemáticas da carreira do todo-poderoso Led Zeppelin. Presente no disco Houses Of The Holy, que teve a árdua tarefa de suceder Led Zeppelin IV, ela chama a atenção pelo uso de sintetizadores e por um solo de piano do baixista John Paul Jones, responsável pelos arranjos de boa parte do álbum. Nele encontramos um Led Zeppelin mais complexo, vanguardista e dedicado a expandir ao máximo a abrangência e profundidade da sua arte.

As influências da música oriental se fazem presentes de maneira clara e essa característica seria abordada novamente em outras músicas do Zeppelin, mais notadamente em Kashmir, de Physical Graffiti (1975).

CLASSICREW - PURPLE/VENOM/SAVATAGE

Por vários 1971

DEEP PURPLE

Fireball

Antonio Carlos Monteiro

Apesar dos três álbuns lançados com Rod Evans (vocal) e Nick Simper (baixo), muita gente considera que o Deep Purple começou, mesmo, quando Ian Gillan (vocal) e Roger Glover (baixo) se uniram a Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria), dando início, assim, ao mais famoso line-up da banda, conhecido como “Mk II”. E como naqueles tempos estúdios eram lugares onde artistas gravavam discos rapidinho, e não consultórios psiquiátricos como se tornaram ultimamente, o quinteto não perdeu tempo e em três anos lançou o mesmo número de álbuns. O primeiro foi o matador In Rock (1972), enquanto que o último é um dos maiores (se não o maior) clássicos da história do Rock, Machine Head (1972). E justamente por ficar espremido entre dois trabalhos definitivos é que Fireball (1971) acaba não tendo o mesmo reconhecimento que eles, apesar de também possuir um repertório muito acima da média.

Na época da gravação de Fireball as coisas não andavam exatamente bem na banda.

1981

VENOM

Welcome To Hell

Frans Dourado

O Black Sabbath chocou o mundo ao abrir os portões do inferno e introduzir no Reino de Satanás o Heavy Metal como trilha sonora, mas coube ao Venom demolir as entradas do hades e erigir portões monumentais para dar vazão ao contingente que sua música atrairia para os reinos baixíssimos. Com Welcome To Hell não há subterfúgios, dicas, insinuações nem qualquer alusão velada ao cramulhão. Tudo é escancarado numa abordagem que escandaliza até hoje os mais frágeis e que se tornou paradigma na temática do estilo que anos mais tarde seria conhecido como Black Metal, em alusão direta ao sucessor deste disco. Até então, o mundo não havia achado definição digna para o som que ousou unir as características mais marcantes de nomes como Black Sabbath, Kiss, Judas Priest e Motörhead.

Cronos (Conrad Lant, baixo e vocal), Mantas (Jeffrey Dunn, guitarra) e Abaddon (Tony Bray, bateria) abusavam da pirotecnia, dos vocais rasgados, do baixo estupidamente distorcido e de performances barulhentas para dar vida aos contos macabros que subverteram a ideia do sagrado no Cristianismo e transformaram em música temas blasfemos que povoam o mundo do Metal até os dias de hoje.

1991

SAVATAGE

Streets: A Rock Opera

Thiago Rahal Mauro

Este álbum deve e pode ser considerado por todos como o marco zero do conceito e gênero musical que hoje chamamos de Metal Opera – sem esquecermos, é claro, da Ópera-Rock Tommy, do The Who, de 1969, só para citar um exemplo de referência, mesmo que não seja exatamente Heavy Metal. Streets: A Rock Opera veio logo depois do não menos excepcional Gutter Ballet e por causa disso seu destaque foi ainda maior.

Quando poucas pessoas esperavam por mais um clássico da banda, eis que a trupe formada por Jon Oliva (vocal e teclados), Criss Oliva (guitarra), Johnny Lee Middleton (baixo) e Steve Wacholz (bateria), ao lado do produtor Paul O’Neill – responsável pelas obras anteriores Hall Of The Mountain King (1987) e Gutter Ballet (1989) –, mostrou que a evolução musical era o caminho a ser seguido. O trabalho teve seu lançamento em 4 de outubro de 1991, dois anos antes do falecimento de Criss Oliva, irmão de Jon, ambos fundadores da extinta banda Metropolis, um dos embriões do Savatage – Criss morreu em um acidente de trânsito.

EDITORIAL

Por Airton DinizEditorial

A cena nacional e o Sepultura, do Brasil!

Não há sombra de dúvida de que o mais bem sucedido grupo musical brasileiro no cenário internacional é o Sepultura, que está em atividade desde 1983, começou a ter portas abertas no exterior a partir do álbum Schizophrenia (1987), consolidouse internacionalmente com Beneath The Remains (1989) e atingiu o ápice com Arise, em 1991. Com isso completa-se 20 anos desde que a banda alcançou status de grande atração ocupando espaço na mídia ao lado dos gigantes do Heavy Metal em todas as partes do mundo. Nenhum outro artista brasileiro, de qualquer gênero musical, jamais chegou a obter tamanha popularidade fora do país, e com uma grande diferença em relação aos que não tocam Rock: seu público lá fora não é formado apenas por brasileiros residentes no exterior. Nesses anos todos, o Sepultura passou por períodos de glória e de crise, como é normal numa longa carreira, teve importantes mudanças na formação que colocaram em risco até mesmo a permanência do grupo em atividade, mas demonstra estar ainda firme e forte, principalmente agora com o lançamento de Kairos, que alguns identificarão como uma volta ao som com mais “sepulturabilidade” (como diria um técnico de futebol), dando importância aos riffs e deixando as músicas com aquela “cara” do que faziam nos anos 90. Por isso, com o costumeiro orgulho, está na nossa matéria de capa novamente.

Aliás, o Sepultura sempre representou também um componente motivador da cena nacional de Heavy Metal que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, tem mostrado uma perspectiva animadora, de acordo com o que temos constatado em todas as regiões do país nas seletivas regionais do “Wacken Metal Battle Brasil”. Quem tem participado deste projeto tem testemunhado que a dedicação de promotores locais, músicos e do público headbanger estão colocando o “Metal Battle” entre os maiores movimentos em prol da valorização e incentivo ao crescimento do Metal nacional. É certo que nem tudo é perfeito, algumas dificuldades por falta de recursos para a estrutura dos shows ainda prejudicam uma ou outra seletiva, mas o resultado geral é altamente positivo.

Podemos tomar como exemplo de grande sucesso algumas sedes que estrearam na edição de 2011, como Belém/PA, Goiânia/GO, Gramado/RS, João Pessoa/PB e São José dos Campos/SP, e que, como as demais, estão contribuindo significativamente para o engrandecimento do “Metal Battle Brasil”, superando as expectativas e mostrando que

é possível e viável realizar ótimos eventos só com bandas nacionais, e que o Metal brasileiro merece muito respeito porque tem gente séria e competente dedicando sua paixão e seu trabalho pela música pesada em todos os lugares deste país continental. Além das novas sedes, tivemos também o retorno das seletivas de Salvador/BA e Ribeirão Preto/SP, que se juntaram novamente ao maior “Wacken Metal Battle” do mundo.

A ROADIE CREW, como responsável pela coordenação geral do “Metal Battle”, tem a satisfação de render homenagens e agradecer a todos os realizadores das seletivas regionais que, mais do que parceiros, são amigos que lutam pela mesma causa.

Airton Diniz

ETERNAL IDOLS - PHIL KENNEMORE

Por Ricardo Batalha

Phil Kennemore (20/10/1953 – 07/01/2011)

O baixista Phil Kennemore foi um dos fundadores da banda Y&T, que surgiu nos anos 70, em Oakland (CA), e foi uma das primeiras de Hard Rock a obter destaque na região da Bay Area de São Francisco. Originalmente formado como Yesterday And Today, o grupo era completado por Dave Meniketti (guitarra e vocal), Joey Alves (guitarra) e Leonard Haze (bateria).

Para Kennemore, a paixão pela música sempre fez parte de sua vida e, assim, aos 13 anos de idade comprou uma guitarra St. George em uma loja de penhores por míseros 35 dólares. A primeira música que conseguiu tocar foi Gloria (Them), composta por Van Morrison. No entanto, quando resolveu formar sua primeira banda, a vontade dos músicos falava bem mais alto que a técnica. Na realidade, ninguém sabia tocar direito e Phil, que mal sabia o que era um baixo, só tinha uma certeza na vida: queria ser músico.

Como todos “arranhavam” a guitarra, Phil acabou optando pelo baixo mas, ao adquirir o instrumento, logo percebeu que estava empenado. Mesmo assim, seguiu em frente e acabou, a muito custo, aprendendo a tocar. A primeira música que tocou inteira no baixo foi Monterey (Eric Burdon & The Animals) e depois seguiu os estudos com Crossroads (Cream), ficando maravilhado pela técnica de Jack Bruce.

GARAGE DEMOS

Por vários Garage Demos
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:
Rhevan
Anlis
Cursed Fate
CriedSky
Reviolence
Street of Fire
D-Human
Entherror
NeuronSpoiler
Anduray
Confiteor
Poetic Grave
Pastel de Miolos

HIDDEN TRACKS - NIHILIST

Por Frans Dourado Nihilist

Origem: Suécia

Época: anos 80

Estilo: Death Metal

Formação clássica: Nicke Andersson (bateria), Alex Hellid e Leif Cuzner (ou Uffe Cederlund – guitarras), Lars Göran Petrov (vocal) e Johnny Hedlund (baixo)

Discografia: Premature Autopsy (demo, 1988), Only Shreds Remain (demo, 1989), Drowned (demo, 1989), Drowned (7″ single, 1989) e Nihilist (demo collection, 2005)

Um acampamento de verão deu origem ao Death Metal sueco. Por mais absurda que essa afirmação possa parecer, em 1986 um garoto de 14 anos chamado Nicke Andersson encontrou Alex Hellid e Leif Cuzner nessa instituição juvenil e o gosto comum por música extrema os fez fundar a banda Sons Of Satan, nome da primeira faixa do disco Welcome To Hell (1981), álbum de estreia do Venom. Mesmo não sendo a mais séria das bandas, alguns ensaios e logos ilegíveis surgiram da brincadeira. Ao mesmo tempo, Uffe Cederlund e Lars-Göran Petrov se conheceram na escola e pouco tempo depois entrariam em outro dos pilares da cena sueca, o Morbid. Petrov à época tocava bateria e Uffe, guitarra.

Em 1987, os integrantes do Sons of Satan aparecem em outra empreitada, mais influenciada pelo Thrash não convencional de bandas como Voivod e Wehrmacht (SUE) e com o tempo se tornando mais brutal e intensa, sob o nome de Brainwarp. Pouco tempo, depois a banda adotou o nome Nihilist e era composta basicamente por Lars-Göran Petrov (vocal), Uffe Cederlund e Alex Hellid (guitarras), Leif Cuzner (baixo) e Nicke (bateria).

LIVE EVIL - ACCEPT

Por Ricardo Batalha Accept

Carioca Club – São Paulo/SP

15 de maio de 2011

Por Ricardo Batalha / Fotos: Guilherme B. Nozawa

Finalmente o Brasil recebeu a banda alemã Accept, uma das principais da história do Heavy Metal. Claro que nem tudo foi motivo de alegria porque, dias antes, ocorreu um grave acidente com o guitarrista Herman Frank, que sofreu uma queda num show em San Antonio/Texas (EUA) e acabou fraturando quatro costelas e teve o pulmão perfurado. Com o segundo guitarrista internado no hospital, até houve certo receio que o show fosse cancelado, mas a Negri Concerts tratou logo de acalmar os ânimos. Assim, Mark Tornillo (vocal), Wolf Hoffmann (guitarra), Peter Baltes (baixo) e Stefan Schwarzmann (bateria) seguiram para a turnê sul-americana como um quarteto, lembrando a fase do álbum Death Row (1994) e do ao vivo All Areas – Worldwide (1997). Após a apresentação na Argentina, o grupo desembarcou em São Paulo no domingo, 15 de maio, onde deu de cara com um Carioca Club absolutamente lotado.

O grupo entrou em cena às 20h40 com Teutonic Terror, do recente e aclamado Blood Of The Nations (2010). Quem esperava por histeria coletiva se enganou, porque os fãs, atônitos, estavam quase paralisados e concentrados vendo os alemães frente a frente pela primeira vez. Mesmo assim, cantaram alto os coros e acompanharam a melodia da guitarra. E logo as dúvidas pontuais foram sanadas: Mark Tornillo substitui bem Udo Dirkschneider e Wolf Hoffmann segura com maestria o show sozinho. Além disso, a qualidade de som estava ótima e o baixo bem timbrado, pesado e poderoso do headbanger Peter Balter supriu bem a falta da segunda guitarra, bem como reforçou os backings ao lado de Hoffmann, como na pesada Bucket Full Of Hate.

LIVE EVIL - DORO / U.D.O

Por Rahal / Luiz C Vieira Doro

Carioca Club – São Paulo/SP

24 de abril de 2011

Por Thiago Rahal Mauro / Foto: Sergio Borelli

A apresentação da vocalista alemã Doro Pesch (ex-Warlock) no Carioca Club teve alguns pontos interessantes e estranhos ao mesmo tempo. E isso leva a pensar no comportamento atual do público. Ninguém pode dizer que a presença de palco da eterna “rainha do Heavy Metal” seja ruim ou travada pela idade – pelo contrário, ela é excelente e cheia de energia. Doro coloca no chinelo muito marmanjo que se acha a última bolacha do pacote. Mas o que coloca a pulga atrás da orelha foi que o público estava lá só para ver a vocalista e não os músicos que a acompanhavam. Natural, já que a banda recebe o seu nome, mas os fãs apenas agitaram nos clássicos do Warlock e em versões de Egypt (Dio) e Breaking The Law (Judas Priest). Qual seria o problema, então? Será que a cantora não conseguiu gravar boas músicas e discos em sua carreira ou o público só vai aos shows para assistir um artista que não veio ao Brasil quando estava no auge e agora visita nossas terras pela oportunidade de se apresentar para um povo caloroso e carente? Enfim, esse tipo de questionamento serve não só para esse evento, mas para muitos que virão.

E Doro Pesch mostrou aos fãs brasileiros quase que um show particular do Warlock. A começar por Earthshaker Rock, I Rule The Ruins, East Meets West e Hellbound, todas com uma pegada atual e um peso fora do comum.

U.D.O.

Carioca Club – São Paulo/SP

07 de maio de 2011

Por Luiz Carlos Vieira / Foto: Guilherme Nozawa

Coincidência, ironia do destino? Talvez. Porém, o mais importante é que em pouco mais de uma semana os paulistanos presenciaram duas verdadeiras aulas de Heavy Metal: U.D.O. e Accept! Por ser a primeira vez que tocava no Brasil, a expectativa em relação ao show do Accept foi muito superior ao da banda de seu ex-vocalista. Todavia, quem foi ver Udo Dirkschneider não se arrependeu.

A abertura contou com a também tradicional banda paulistana Salário Mínimo. Em um set curto, no entanto, brilhante, China Lee e sua trupe tocaram seus maiores clássicos: Anjos da Escuridão, Delírio Interestelar, Beijo Fatal e Noite de Rock, além de Salém (A Cidade das Bruxas), clássico do Harppia e que contou com a presença do vocalista Jack Santiago.

Com alguns minutos de atraso, o vocalista alemão sobe ao palco e detona com a ótima The Bogeyman, de Dominator. No mesmo ritmo, seguiram Dominator, Independence Day e The Bullet And The Bomb. Havia chegado a hora dos clássicos de sua ex-banda e Restless And Wild e Son Of A Bitch vieram na sequência. Thunderball e Vendetta, com seus ótimos riffs, mantiveram o público boquiaberto com a energia com a qual a banda se apresentava. No entanto, não fosse o fato de alongarem demasiado alguns trechos de Princess Of The Dawn, o público não seria penalizado com a falta de alguns clássicos que ficaram de fora do set. Midnight Mover, Man And Machine, Breaker, Animal House e Metal Heart antecederam o bis.

LIVE EVIL - HELLOWEEN E STRATOVARIUS

Por Thiago Rahal Mauro Helloween / Stratovarius

Credicard Hall – São Paulo/SP

06 de maio de 2011

Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Guilherme Nozawa

O brasileiro sempre reclamou que o país tinha poucas oportunidades de assistir às turnês conjuntas, mas agora Helloween e Stratovarius, dois grupos equivalentes e que gozam do mesmo público, vieram ao país para divulgar seus novos trabalhos.

Com uma pontualidade assustadoramente britânica, o Stratovarius entrou no palco com Infernal Maze, que teve altos e baixos durante sua execução, principalmente porque o som estava embolado e confuso. O público agitou mesmo com a trinca Eagleheart, Phoenix e The Kiss Of Judas, mas uma coisa precisa ser dita: por mais que Matias Kupiainen toque perfeitamente todas as músicas, sua presença de palco é apenas mediana e a falta do guitarrista e fundador Timo Tolkki atrapalha em certos momentos. O show seguiu com Winter Skies e Under Flaming Skies, ambas dos discos mais recentes e que acalmaram um pouco o público.

Já Paradise agitou bastante os fãs, que cantaram seu refrão em uníssono. Mas a coisa ficou animada mesmo no final da apresentação. Speed Of Light, Hunting High And Low e Black Diamond mostraram por que os finlandeses são um dos expoentes do Metal Melódico.

LIVE EVIL - IAN ANDERSON / THE CULT

Por Eliton / Mariano Ian Anderson

Credicard Hall – São Paulo/SP

14 de maio de 2011

Por Eliton Tomasi / Foto: Renan Facciolo

Progressivo, Blues, Folk e Classic Rock. Em mais de 40 anos, o Jethro Tull transcendeu todos os rótulos possíveis. E o fato é que a banda continua se reinventando até os dias de hoje. E a nova turnê do líder Ian Anderson que passou pelo Brasil não poderia deixar de ser marcada pela inovação.

Ian Anderson e banda abriram o show com versões originais dos clássicos Living In The Past e A New Day Yesterday. A primeira grande novidade foi Up To Me, do lendário Aqualung (1971), que não é tocada com frequência.

Antes de Songs From The Wood, Ian falou que a música tinha marcado a fase Folk Rock do Jethro Tull, apesar de seu andamento Progressivo. Logo após, fizeram uma homenagem ao compositor Johann Sebastian Bach com Prelude Bach In C Major, momento este que fez brilhar o talento de Florian Opahle (guitarra) e Scott Hammond (bateria), além do tecladista John O’Hara e do baixista David Goodier, que também fazem parte da atual formação do Jethro Tull.

The Cult

HSBC Brasil – São Paulo/SP

14 de maio de 2011

Por Vinicius Mariano / Foto: Guilherme B. Nozawa

A última vez que o Cult esteve no Brasil foi em 2008, em uma passagem morna e foi marcada por alguns pequenos erros do baterista John Tempesta (ex-Testament, Exodus, White Zombie) que tiraram do sério o guitarrista Billy Duffy. A banda devia um grande show aos fãs brasileiros e sanou a dívida no último dia 14 de maio. Com um atraso de meia hora, John Tempesta (bateria), Chris Wyse (baixista), Mike Dimkitch (guitarra) e a dupla Billy Duffy (guitarra) e Ian Astbury (vocalista) entraram com Everyman And A Woman Is A Star, mas o que mais chamou a atenção foi o visual maltrapilho e a forma física do vocalista, com uma saliente barriga e de cabelo e barba longos. Parece que até nesse aspecto Ian caminha para se tornar o seu maior ídolo, Jim Morrison (The Doors).

O Cult cumpriu à risca o que se espera de um show dos últimos representantes dos ditos ‘rockstars’. Além dos clássicos, Ian e Billy exibiram a velha pose, seja na provocação feita pelo vocalista perguntando “vocês só agitam no U2?” e quando pediu para a galera gritar “Bon Jovi” no meio de uma das músicas, ou no mau-humor habitual do guitarrista, não concordando sabe-se lá com o quê e reclamando com os roadies, bem como sua postura habitualmente sisuda.

LIVE EVIL - JOHN FOGERTY / FINNTROLL

Por Airton / Heverton John Fogerty

Credicard Hall – São Paulo/SP

08 de maio de 2011

Por Airton Diniz / Foto: Renan Facciolo

Finalmente chegou ao Brasil John Fogerty, um dos ícones do Rock’n’Roll que nunca havia se apresentado no país. Sua obra, o repertório do Creedence Clearwater Revival, já tinha sido mostrada ao vivo por aqui pela versão Revisited do Creedence, uma espécie de time “B” da banda original com a presença de dois de seus membros (Stu Cook e Doug Clifford) que sempre honrou o trabalho do CCR e que está permanentemente em turnê desde 1997.

Mas não há como negar: John Fogerty sempre foi o cérebro, a voz, a guitarra, enfim, é a síntese de um grupo que está entre os mais bem-sucedidos da história do Rock, e que é cultuado por gerações desde o final dos anos 60.

Considerando o porte dessa atração que tem enorme prestígio numa larga fatia dos fãs de Rock, achei que a quantidade de público presente no domingo no Credicard Hall foi inferior ao que o evento merecia, porém foi uma plateia participativa do início ao fim do show.

Pode se dizer que o espetáculo não teve pontos baixos e a intensidade de emoções podia ser percebida de maneira diferente nas expressões das pessoas, algumas extravasando ao cantar com toda empolgação, enquanto outras simplesmente deixavam a memória voltar no tempo e, com isso, não conseguiam controlar as lágrimas que insistiam em brotar dos olhos. Sim, foi difícil enxergar a decoração simples do palco assim que começaram os primeiros acordes de Long As I Can See The Light.

Finntroll

Manifesto Bar – São Paulo/SP

08 de Maio de 2011

Por Heverton Souza / Foto: Thiago Berci

Em pleno Dia das Mães, os finlandeses do Finntroll se apresentaram no tradicional Manifesto Bar, na capital paulista.  Com seu Folk/Black Metal de inspiração na Humppa (música folclórica da Finlândia), a noite prometia uma ser festa para os fãs.

A banda do litoral paulista Opus Tenebrae seria a responsável pela abertura, mas um problema com o transporte até a capital fez com que a organização transferisse sua apresentação para depois do Finntroll, o que a prejudicou muito, já que menos de um terço do público ficou para assisti-la.

Às 20h30, a ‘intro’ Blodmarsch, do mais recente álbum da banda, Nifelvind (2010), começou a tocar nos PAs enquanto os integrantes da banda entravam no palco para emendar com mais uma nova, Solsagan.

A sequência veio com Slaget Vid Blodsälv, faixa título do segundo álbum dos caras (de 2001) e Fiskaren Fiende, ovacionada por muitos presentes, assim como tudo que se ouvia do álbum Nattfödd, único lançado no Brasil até hoje. No palco, além da ótima performance de Vreth (vocal), Skrymer (guitarra), Tundra (baixo) e Trollhorn (teclado), acompanhados pelo baterista contratado Jaakko Nylund, tivemos algumas poucas e inesperadas invasões, que refletiam a alegria dos fãs com as melodias Folk.

O teclado excessivamente ‘feliz’ poderia até irritar um pouco, mas era claro que ninguém ali estava se incomodando com isso, até porque o contraste entre o peso das guitarras e a voz gutural de Vreth soaram muito bem ao vivo.

LIVE EVIL - MÖTLEY CRÜE - BUCKCHERRY

Por Ricardo Batalha Mötley Crüe – Buckcherry

Credicard Hall – São Paulo/SP

17 de maio de 2011

Por Ricardo Batalha / Fotos: Renan Facciolo

Dois dias após o Accept ter se apresentado no Brasil pela primeira vez, outra injustiça histórica teve seu fim com a vinda do grupo norte-americano Mötley Crüe ao país, trinta anos após a sua formação. Com as cercanias do Credicard Hall mais parecendo a Sunset Strip de Los Angeles, os fãs enfim puderam ver Vince Neil (vocal), Mick Mars (guitarra), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria) em ação. Antes disso, o contato mais próximo com a banda havia sido com as apresentações solo de Vince Neil e de John Corabi.

O aperitivo inicial da noite ficou por conta do Buckcherry, quinteto norte-americano que costuma excursionar abrindo shows de Kiss e Mötley Crüe. Mostrando um Hard cru e com pitadas daquele Rock’n’Roll mais visceral do AC/DC, os fundadores Keith Nelson (guitarra) e Josh Todd (vocalista), mais o guitarrista Stevie D, o baixista Jimmy “Two Fingers” Ashhurst e o baterista Xavier Muriel, até que foram bem recebidos pelo público. Os pontos altos da apresentação foram as novas All Night Long e It’s A Party e seu hit inspirado em Paris Hilton, Crazy Bitch, que encerrou o set. Nada de espetacular, mas um bom aquecimento.

RELEASES CDS

Por vários Nesta edição:

Aggression Tales

Alexis

Amen Corner

Anvil

Arch Enemy

Beyond The Grave

Big Jack

Black Country Communion

Bonfire

Bravery Branded

Carro Bomba

Chrome Division

Decimator

Def Leppard

Ecliptyka

Electric Boys

Enbound

Fatal Blow

Hardcore Superstar

Hate Eternal

King Kobra

Kingdom Come

Marduk

Metal Inquisitor

Morbid Angel

Nazareth

Pentagram

Praying Mantis

Revenge Ritual

Sacrario

Sixx Am

Spiritual Beggars

Tygers Of Pan Tang

U.D.O

Violator

Warrant

RELEASES DVDS

Por vários Nesta Edição:

AC/DC

Whitesnake

Rory Gallagher

Sodom

Copse Grinder

Roadie Collection - Beatles

Por Antonio Carlos Monteiro A missão é complicada. Afinal, como ranquear os discos gravados por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, que juntos receberam o merecido epíteto de “Fab Four” (“quarteto fabuloso”)? A proposta junto aos editores para que colocássemos os treze álbuns da banda como “Imperdíveis” não foi aceita, então temos que partir para a luta. Desde seu primeiro disco, Please Please Me (1963), os Beatles já davam mostras de que estavam muito à frente de seu tempo através de harmonias vocais intrincadas, arranjos complexos (para a época) e, a despeito da aparência de bons meninos, uma providencial pegada Rock’n’Roll. Mesmo controlados com rédea curta pelo empresário Brian Epstein, os quatro também nunca deixaram de mostrar seu humor ferino e às vezes ácido. A partir de 1966, quando fez seu último show oficial, a banda também sofreu uma guinada musical. A partir do álbum Revolver, lançado naquele ano, o quarteto passou a experimentar e a ousar de todas as formas, redefinindo a partir de então o que viria ser a música do século 20. E isso só ajuda a tornar esta tarefa ainda mais difícil. Portanto, só resta colocar mãos à obra e ouvir, mais uma vez, a discografia completa dos Beatles. Sim, eu adoro meu trabalho.

ROADIE NEWS

Por redaçao Resumo das noticias do mês

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves INFERNO FESTIVAL (20 a 23 de abril de 2011)

Por Jasmin St. Claire

Bem-vindos ao meu primeiro “Foreign Metal Report”. No caso de alguns de vocês estarem se perguntando onde me viram antes, é só assistir às minhas entrevistas no programa Stay Heavy, como correspondente internacional.

O “Inferno Festival” ocorre anualmente em Oslo (NOR), com algumas das melhores bandas do país. Este ano tive a oportunidade de participar do festival e ver o Immortal ao vivo pela primeira vez. Foram cinco dias de diversão com amigos, muito Metal e muitas noites/dias de loucura!

Primeiramente, deixe-me dizer que o festival foi muito bem organizado e todos os dias e noites havia muitas coisas para se fazer. Já na terça-feira, fui ao lançamento do CD do Saarke no John Dee Club em Oslo, uma ótima banda da cena underground norueguesa. O Saarke fez um show muito bom de aproximadamente meia hora. Muito melódico e com riffs pesados. Nessa festa encontrei velhos amigos, inclusive alguns do Brasil que voaram até a Noruega para o “Inferno Festival”, e me diverti com eles. Também tive a chance de encontrar Evil Pete e Bard Eithun (respectivamente vocal do Blood Tsunami e ex-baterista do Emperor).

Depois do show, fomos todos para o melhor bar Metal de Oslo, o Unholy. É um bar muito escuro e sombrio, localizado num porão, e você provavelmente passaria batido por ele se não soubesse onde é. Mas o proprietário foi ótimo e muito prestativo. Até me ajudou a pegar um táxi quando deixei o local, às 7 da manhã… O tempo realmente voa quando você está se divertindo.

WANTED CREW - DAMOND JINIYA

Por Thiago Sarkis

DAMOND QUEBRA O GELO NOVE ANOS DEPOIS

Após a saída do vocalista Zak Stevens no ano 2000, Jon Oliva (vocal, teclados, guitarra) reassumiu os vocais do Savatage e gravou o álbum Poets And Madmen (2001). Para a turnê do disco, no entanto, buscou um substituto para seu antigo aliado e encontrou a solução de seus problemas em Damond Jiniya, que integrava a banda Diet Of Worms. Depois de um ano em turnê, que incluiu alguns dos shows de maior destaque da carreira do grupo de acordo com muitos de seus fãs, o conjunto começou a se desfazer, dando lugar a outros projetos de seus membros, dentre os quais a bem-sucedida Trans-Siberian Orchestra. De lá para cá, foram-se nove anos em que pouco se ouviu falar de Savatage e absolutamente nada saiu da boca de seu então vocalista. Em exclusiva mundial, Damond Jiniya quebra o gelo e fala à ROADIE CREW de seus dias no Savatage e da forma como foi tratado pelos ex-companheiros.

POSTER - BLACK SABBATH

Por Live Evil (o álbum) Poster – Black Sabbath – Live Evil
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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