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Edição #151

R$29,00

Em novembro de 1977, Ozzy Osbourne anunciou que estava fora do Black Sabbath. Só que dois meses depois, acabou voltando para gravar Never Say Die! (1978). A banda saiu em turnê após o lançamento e até tentou permanecer junta, mas as drogas…

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OZZY OSBOURNE

O LEGADO DE RANDY RHOADS  Por Steven Rosen 

Em novembro de 1977, Ozzy Osbourne anunciou que estava fora do Black Sabbath. Só que dois meses depois, acabou voltando para gravar Never Say Die! (1978). A banda saiu em turnê após o lançamento e até tentou permanecer junta, mas as drogas e o álcool fizeram seu papel e Ozzy acabou demitido em 1979, sendo substituído por Ronnie James Dio. Uma vez fora da banda, o vocalista começou sua carreira solo. Apesar do abuso de diversas substâncias, com o apoio e a atuação como empresária de sua à época namorada Sharon Arden, formou o The Blizzard Of Ozz. Com ele estavam o guitarrista Randy Rhoads, o tecladista Don Airey, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake. Com essa formação, gravaram dois discos: Blizzard Of Ozz (1980) e Diary Of A Madman (1981). Ambos acabaram se tornando marcos do Metal dos anos 80, revelaram o ex-Quiet Riot Randy Rhoads como um dos principais guitarristas de todos os tempos e acabaram tendo reedições comemorativas de trinta anos. Blizzard Of Ozz tem as gravações originais remasterizadas por George Marino e várias faixas bônus. Diary Of A Madman também foi totalmente remasterizado e ganhou um segundo CD com várias faixas inéditas ao vivo, gravadas durante a tour de Blizzard Of Ozz. Há ainda um DVD chamado Thirty Years After The Blizzard com imagens da época e entrevistas com nomes que vão de Zakk Wylde a Steve Vai, de Rob Halford e Lemmy a Nikki Sixx. Para os mais fanáticos, há ainda uma caixa especial contendo os dois álbuns em CD e vinil, um livro com 100 páginas, o DVD, poster, palhetas e uma replica da cruz usada por Ozzy. E isso tudo é mais do que merecido. Afinal, estamos falando de discos que são citados como influência pelas mais variadas bandas de Metal, de Incubus a Metallica. Aqui, nesse papo exclusivo com a ROADIE CREW, o Madman fala sobre as novas versões desses clássicos, sobre o significado deles e sobre a parceria com seu amigo e guitarrista Randy Rhoads. 

AMORPHIS

Por Thiago Sarkis CADA VEZ MAIOR 

O Amorphis repete uma trajetória conhecida na cena Metal, mas que é privilégio de poucos: iniciou a carreira com uma abordagem mais extrema e visceral, aos poucos se sofisticou e no novo milênio, ao atingir inesperados ápices de popularidade, vê seu trabalho reconhecido e aclamado tanto pelo começo original de energia incomum e juvenil quanto pela atualidade mais madura e bem fundamentada. Vocalista do conjunto desde 2005, Tomi Joutsen é um dos responsáveis pela grande virada da metade da década passada na vida dos finlandeses, que os colocou em estado de glória de Eclipse (2006) para cá. A seguir, ele nos conta os pormenores do novo álbum, The Beginning Of Times (2011), e os segredos e detalhes da inspiradíssima fase atual de seu grupo.

ARCH ENEMY

Por Thiago Sarkis O CULTO DO CAOS 

Para fãs que desde 1996 recebiam novos álbuns de dois em dois anos, o período que separou Rise Of The Tyrant (2007) de Khaos Legions (2011) foi uma eternidade. É verdade que o Arch Enemy não desamparou seus admiradores e preencheu esse hiato com DVDs e CDs ao vivo, além de um disco com regravações de antigas músicas que marcaram a trajetória da banda. Compilações e lançamentos especiais à parte, chega ao mercado o esperado novo trabalho de estúdio do quinteto, agora sim saciando as expectativas de seus sequazes. Mais diversificado que em jornadas anteriores, o conjunto aposta em letras abordando e conclamando grandes revoluções e, ao mesmo tempo em que investe pesado em passagens tão Death Metal quanto possíveis e flerta com a sonoridade clássica de Judas Priest e Iron Maiden. No mínimo novamente competente, o grupo liderado por Michael Amott (guitarra) mostra o porquê de ter se tornado referência na cena atual. Acompanhe o que o guitarrista nos disse sobre a recente adição à discografia de sua banda.

ASSASSIN

Por Ricardo Batalha

O QUINTO ELEMENTO

Quando a ROADIE CREW elaborou a edição especial destacando o “Big 4” do Thrash Metal da Alemanha, com Sodom, Destruction, Kreator e Tankard, bateu aquele mesmo sentimento que ocorre com todos em relação ao ‘Big 4’ dos Estados Unidos, com alguns incluindo o Exodus e outros o Testament no pacote. No caso da Alemanha, um nome que facilmente poderia estar lado a lado com esse quarteto de peso e ser o quinto elemento é o Assassin, criado em meados dos anos 80 e responsável por discos clássicos como The Upcoming Terror (1986) e Interstellar Experience (1988), este último já com a presença do nosso entrevistado, Michael Hoffmann. A seguir, o guitarrista fala sobre a fase atual da banda, relembra fatos do passado, sua época no Sodom e ainda os anos que viveu em Salvador, na Bahia.

JUDAS PRIEST

Por Steven Rosen

NO MUNDO TODO PELA ÚLTIMA VEZ

Poucas bandas da história do Heavy Metal, em todos os seus subgêneros, alcançaram a marca de sobreviver por mais quarenta anos na ativa. O Judas Priest é uma delas. Mas, após quarto décadas de estrada, os caras de Birmingham anunciaram que vão parar. A “Epitaph World Tour”, que teve início em junho deste ano, será a última realizada pelo quinteto. Porém, isso não significa um afastamento definitivo dos palcos. Segundo a banda, o Judas voltará aos palcos sempre que surgir uma “ocasião perfeita”, conforme palavras dos músicos. Além do anúncio da “semiaposentadoria”, a banda também apresentou ao mundo seu novo guitarrista, Richie Faulkner. Guitarrista virtuoso e com formação Clássica, Faulkner assumiu a dura missão de substituir K.K. Downing, que surpreendentemente anunciou sua saída do grupo. Nesta entrevista, Rob Halford (vocal), Glenn Tipton (guitarra), Ian Hill (baixo), Scott Travis (bateria) e Faulkner falaram sobre a “aposentadoria”, sobre a carreira da banda e sobre seus planos para o futuro.

MORBID ANGEL

Por Thiago Sarkis

DESAFIADOR

Por Thiago Sarkis

Os últimos anos foram de intensa espera para os fãs do Morbid Angel. Inativa em estúdio desde o lançamento de Heretic (2003), a banda norte-americana custou a dar sinais de estar trabalhando em material inédito. Quando o fez, encheu seus admiradores de expectativas, no aguardo de mais um petardo por parte de um dos maiores nomes do Death Metal em todos os tempos. No entanto, o grupo liderado por Trey Azagthoth (guitarra) decidiu celebrar o álbum que marca o retorno de David Vincent, vocalista de sua formação clássica, priorizando a inovação e a experimentação. Illud Divinum Insanus, novo trabalho do conjunto, aparecerá em menos listas de melhores do ano do que os aficionados pelo quarteto esperavam. Porém, sem dúvida constará em qualquer lista que fale dos grandes impactos e polêmicas do Metal em 2011. Desafiador e confiante, como a própria arte do Morbid Angel, David Vincent conversou com a ROADIE CREW e falou com exclusividade sobre o novo álbum.

PASTORE

Por Thiago Rahal Mauro

ODE AO METAL TRADICIONAL

Mario Pastore é um guerreiro do Metal. Sua persistência é extremamente louvável e merece ao menos um pouco de atenção das pessoas que gostam do estilo no Brasil, ainda mais numa época em que o Metal Tradicional parece cada vez mais distante das bandas e dos músicos da nova geração. E quem gosta de Judas Priest, Helstar, Iron Maiden e Queensrÿche deve procurar The Price For The Human Sins, disco de estreia da banda Pastore. Nesta entrevista, Pastore conta detalhes do álbum, de sua carreira e de quando teve que escolher entre as artes marciais e a música.

SOULSPELL

VITRINE DE TALENTOS

Por Thiago Rahal Mauro

         O Soulspell, projeto capitaneado pelo baterista Heleno Vale, já garantiu seu nome na história do Heavy Metal brasileiro. O primeiro trabalho foi A Legacy Of Honor (2008), que uniu grandes nomes e trouxe uma sonoridade mais calcada no Power Metal Sinfônico. Não contente apenas com a boa repercussão do disco, Heleno queria mais para sua banda. Foi então que ele resolveu não só prestigiar os melhores músicos nacionais em The Labyrinth OfTruths (2010), como incluiu nomes internacionais da estirpe de Zak Stevens, Jon Oliva e Roland Grapow, entre outros. Nesta entrevista, Heleno conta detalhes da gravação do mais recente álbum, novidades sobre a turnê e muito mais.

SYMFONIA

Symfonia

O ENCONTRO DE TIMO TOLKKI E ANDRE MATOS

Por Thiago Sarkis

Andre Matos (vocal) e Timo Tolkki (guitarra) foram dois dos principais nomes do Metal Melódico e do Power Metal na década de 90. Compositores e músicos importantes em formações clássicas e álbuns históricos de Angra e Stratovarius, respectivamente, eles se tornaram expoentes da vertente musical que praticavam e estabeleceram um alto padrão para seus sucessores. Juntos pela primeira vez, acompanhados por Mikko Härkin (teclados), Jari Kainulainen (baixo) e inicialmente Uli Kusch (bateria), hoje Alex Landenburg (bateria), os dois dão o pontapé inicial para a carreira do Symfonia com o álbum In Paradisum (2011). Falando à ROADIE CREW, o vocalista brasileiro e o guitarrista finlandês discorreram sobre o material produzido, o lugar do novo projeto em suas vidas, antigas bandas e a experiência de trabalharem juntos.

TOMMY CLUFETOS

Tommy Clufetos

O HOMEM ATRÁS DE OZZY

Por Mitch Lafon

         O nome Tommy Clufetos talvez não esteja entre os primeiros quando se pensa nos maiores bateristas de Rock, mas isso não o impediu de criar um nome de respeito junto à elite rockeira mundial. Na última década, Tommy gravou ou excursionou com nomes como Ted Nugent, Alice Cooper e Rob Zombie. E o auge surgiu no ano passado, quando foi convidado a integrar a banda de Ozzy Osbourne. Ele falou sobre sua trajetória nesta conversa com a ROADIE CREW.

UNSUN

UnSun

Caminhando entre a luz e a escuridão

Por Gabriel Oliveira

Contraste é a palavra que melhor descreve o som do grupo polonês UnSun. Letras sombrias que escondem finais felizes, riffs pesados com belas melodias, dia e noite, claro e escuro. Formado pelo guitarrista Maurycy “Mauser” Stefanowicz (ex-Vader) e por sua esposa, a vocalista Anna “Aya” Stefanowicz, o UnSun lançou no ano passado o seu segundo álbum, Clinic For Dolls, uma progressão natural e mais pesada do ‘debut’, The End Of Life (2008). Aya reservou um tempo para atender à ROADIE CREW e contar mais sobre o novo trabalho, influências e planos para o futuro.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Amazonas é o Brasil no “Wacken” 

O resultado do “Wacken Metal Battle Brasil 2011” gerou um acontecimento que merece ser registrado, analisado e divulgado para a comunidade “headbanger” deste país. A banda Nekrost, de Manaus/AM, vencedora da etapa brasileira do “Metal Battle” e que representa o Metal nacional no “Wacken Open Air” deste ano na Alemanha, foi homenageada em sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Nada mais justo que isso tenha acontecido, pois o Nekrost venceu um festival gigantesco, organizado e coordenado pela ROADIE CREW, que contou com mais de 500 bandas inscritas, das quais a equipe de redatores da revista indicou 105 grupos para participarem das seletivas regionais realizadas em 21 sedes em todo o território nacional. Foram cinco bandas se apresentando ao vivo em cada sede regional, cuja etapa classificava uma das competidoras para a Final Nacional que, neste ano, foi realizada durante a 13ª edição do festival “Roça’n’Roll”, em Varginha/MG.

Uma homenagem como essa cresce em importância pelo fato de que o trabalho dos artistas homenageados se enquadra num estilo musical que normalmente é tratado com preconceito e descaso por muita gente do poder público, e por grande parte dos meios de comunicação de massa. Ações de cunho oficial como essa podem ser o princípio de uma fase onde ocorra o reconhecimento de que toda música criada por um grupo de jovens brasileiros é sim representativa da cultura do Brasil, mesmo que seja uma composição do gênero Heavy Metal e cantada em inglês. Aliás, na realidade, nestas circunstâncias a criação artístico-musical tende a ser muito mais efetiva como um veículo que possibilita mostrar a cultura e divulgar o Brasil para o público internacional do que a música considerada “brasileira” por ter a letra escrita em português, idioma que não é assim tão largamente dominado no mundo.

E já que a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas deu um bom exemplo de valorização da cultura nacional através da homenagem ao Heavy Metal do Nekrost, sugiro respeitosa e enfaticamente que os mesmos deputados concedam uma condecoração à pessoa sem a qual essa grande vitória da arte amazonense jamais teria acontecido: o Sr. Ehud Emanuel Abensur Santos, parceiro da Revista ROADIE CREW na realização do “W:O:A-Metal Battle” em Manaus, com quem estabelecemos parceria em 2010 e a quem atribuímos desde então a responsabilidade de produzir a seletiva do “Wacken” no Amazonas.

Está provado que o verdadeiro Rock/Metal feito por artista brasileiro pode ser tratado aqui dentro do Brasil com tanto respeito quanto o é fora do país.
É, as coisas ainda podem mudar e, quem sabe, no futuro não precisaremos mais nos incomodar com grupelhos de “artistas” fabricados pela mídia superficial que, além de não contribuírem em absolutamente nada para a cultura nacional, perpetram asneiras ofendendo gratuitamente seu próprio público, simplesmente por falta das mínimas condições intelectuais, por pura ignorância e “babaquice” mesmo. A Amazônia agredida por falsos ídolos do “pop” nacional é o Brasil no “Wacken Open Air 2011”.

Airton Diniz

BACKGROUND-KING DIAMOND/MERCYFUL FATE 1

Por Batalha/Silvio

Background – King Diamond/Mercyful Fate – Parte 1

Por Silvio Cesar Brandespim e Ricardo Batalha

Hank De Wank

Se o final dos anos 60 e o início da década de 70 foram uma época de declaração de liberdade, em que quase tudo era válido, depois o mundo viu a necessidade de algo mais visceral, agressivo e, ao mesmo tempo, ofensivo. Em meados dos anos 70, o cenário musical estava mudando com o surgimento do Punk Rock, trazendo a insatisfação contra tudo e todos. O Heavy Metal e o Hard Rock estavam consolidados mas o Punk Rock, rebelde por natureza e que pregava a autonomia com seu lema “faça-você-mesmo”, veio a calhar.

Nesse cenário, em algum lugar na Dinamarca, o jovem Rene Krolmark (nascido em 11 de julho de 1958) estava à procura de algo substancial para sua vida. Ele já havia encontrado seu ídolo na figura de Ace “Spaceman” Frehley (Kiss). Assim, em 1977, ganhou sua primeira guitarra e passou a praticar. Apenas um ano e meio depois, resolveu que havia chegado o momento de encontrar companheiros que embarcassem na loucura de todo adolescente que quer fugir do usual: montar uma banda.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

ESSAS INCRÍVEIS MULHERES MARAVILHOSAS (FINAL)

Doro Pesh

Não foram poucas as vezes que a baixinha alemã Dorothee Pesh, nascida a 3 de junho de 1964 em Düsseldorf (ALE), se deparou com dificuldades que quase a fizeram desistir do meio musical. O amor pela música falou mais alto e hoje Doro comemora 25 anos de carreira. Atualmente dividindo residência entre sua terra natal e Nova York (EUA), ela tem muita história nos contar desde a estreia com a demo do Snakebite, lançada em 1980. Um ano depois, integrou o Beast, até formar o Warlock em 1982. Doro tinha apenas 18 anos, mas se mostrava experiente em suas performances, tornando-se rapidamente uma nova musa do Heavy Metal alemão.

Ao longo dos anos o Warlock foi alterando sua formação e logo depois de lançar Triumph And Agony (1987), Pesh se viu como única integrante original, ao mesmo tempo em que um ex-empresário registrou o nome Warlock, ameaçando processar a banda caso continuassem a usá-lo sem pagar uma quantia vultosa. Frente ao impasse, o que viria a ser o quinto disco do Warlock se tornou o primeiro solo da vocalista, Force Majeure (1989), agora sob o nome Doro.

BLIND EAR - MAX CAVALERA

Por Batalha/Claudio

Max Cavalera (Soulfly, Cavalera Conspiracy, ex-Sepultura) – guitarrista e vocalista

Por Ricardo Batalha / Fotos: Claudio Vicentin

“Celtic Frost! É a última do disco, Nocturnal Fear. Eu adorava Hellhammer, tanto que na contracapa do Morbid Visions estou com uma camiseta que foi pintada à mão por um amigo meu. Eu não sabia o que esperar quando virou Celtic Frost, mas Morbid Tales detonou. Veio um som mais bem tocado, porque antes o Tom Warrior era mais tosco.”

Nocturnal Fear – Celtic Frost

Morbid Tales

CLASSICOVER - MEXICAN RADIO

Por Ricardo Batalha

Mexican Radio

Original: Wall Of Voodoo

Álbum: Call Of The West

Ano de lançamento: 1982

Cover: Celtic Frost

Álbum: Into The Pandemonium

Ano de lançamento: 1987

Chame de vanguarda, ousadia ou coragem, mas o fato é que um dos criadores do Death Metal, que vinha praticando uma música obscura, extrema e muito pouco polida, chocou pela primeira vez o mundo com o lançamento do álbum Into The Pandemonium, lançado a 2 de novembro de 1987.

Sucessor de um clássico da brutalidade, To Mega Therion (1985), o trabalho inicia justamente com um cover… De New Wave! Radicalmente modificada, a versão criada pelo grupo para um clássico do Wall Of Voodoo veio ao encontro do que Tom Gabriel Fischer (vocal e guitarra), Martin Eric Ain (baixo) e Reed St. Mark (bateria) estavam vivenciando naqueles tempos. Os músicos já vinham adaptando diversos elementos à sua música, mas as experimentações não só tinham ligação com o gosto pessoal de cada um, mas também a intenção de fazer um som não tão agressivo, como dizia o baixista: “Existem mais sentimentos a serem expressos do que somente agressividade e destruição.”

CLASSICREW - YES/DEF LEPPARD/VAN HALEN

Por Batalha/Frans/Mariano 1971

Frans Dourado

YES
Fragile

Lançado no Reino Unido em 26 de novembro de 1971, Fragile é um disco fundamental na trajetória e na consolidação do Rock Progressivo como estilo e conseguiu exposição rara até mesmo para seus congêneres, tendo em vista as inovações técnicas apresentadas, numa miríade de complexidade e certa arrogância por parte do quinteto. O trabalho marca a estreia do tecladista Rick Wakeman em substituição a Tony Kaye, que havia gravado The Yes Album (1971), lançado poucos meses antes e cujo sucesso ainda reverberava.

O disco é aberto de forma avassaladora com o maior hit da banda nos anos 70. Roundabout foi tocada incansavelmente durante anos por rádios de todo o mundo e até hoje é facilmente conferida em programações especializadas. Não há como ficar imune à performance do baixista Chris Squire e seu  Rickenbacker modelo RM1999, uma versão monofônica do modelo estéreo 4001 da mesma marca. Na sequência temos Cans & Brahms, em um arranjo extraído do 3º Movimento da “4ª Sinfonia em Mi Menor”, de Johannes Brahms, em que o uso de sintetizadores na execução de um tema clássico atraiu as atenções para o estreante da vez, Rick Wakeman.

1981

Vinicius Mariano

DEF LEPPARD

High’N’Dry

Em 1981, o Def Leppard já tinha na bagagem o The Def Leppard E.P. (1979) e o bom álbum de estreia, On Through The Night (1980), que surpreendentemente alcançou a 51ª posição no chart da Billboard 200 e o 15º posto nas paradas britânicas, fato raro naquela época, principalmente em termos de Metal e Hard Rock. Mas esses significativos dados ainda não faziam sentido para Joe Elliot & Cia. Eles queriam se tornar uma das bandas mais bem-sucedidas da história do Rock. E o primeiro passo nessa direção veio com High’N’Dry.

As coisas pareciam acontecer para o Def Leppard. A produção de Tom Allom (engenheiro de som dos cinco primeiros álbuns do Black Sabbath e produtor de Unleashed In The East e British Steel, do Judas Priest) não havia agradado, alegando que o som estava muito na cola da NWOBHM. E antes de a banda pensar em trocar de produtor recebeu um telefonema de Robert John “Mutt” Lange, que tinha no currículo, entre outros, a produção de Highway To Hell e Back In Black, do AC/DC, que se ofereceu para produzir o novo disco.

1991

Ricardo Batalha

VAN HALEN

For Unlawful Carnal Knowledge

O terceiro lançamento do Van Halen na fase Sammy Hagar trouxe aquela mescla classuda de Hard Rock, AOR e Metal que o grupo vinha praticando desde os tempos de 1984. Se o antecessor, OU812 (1988), havia emplacado as faixas When It’s Love, Black And Blue, Cabo Wabo e Finish What Ya Started, For Unlawful Carnal Knowledge – conhecido como F.U.C.K. – não só manteve a alta receptividade ao também debutar na primeira posição da parada da Billboard como permaneceu três semanas no topo. Além disso, foi indicado ao Grammy na categoria “Melhor Performance Hard Rock”.

O título do álbum foi criado por Sammy Hagar, que queria bater de frente com a censura, que naqueles tempos incomodava muito as bandas de Rock. Na realidade, Hagar queria utilizar apenas a palavra “fuck”, mas o termo expandido “for unlawful carnal knowledge”, que já havia sido usado pela banda Coven em uma faixa do álbum Witchcraft Destroys Minds & Reaps Souls (1969), foi adotado posteriormente.

ETERNAL IDOLS - GARY MOORE

Por Bento Araújo

Gary Moore

4/4/1952 – 6/2/2011

“Gary deveria ser como B.B. King, ainda tocando o Blues com quase 90 anos de idade. Nesse ramo quanto mais velho, mais respeitado você fica, é como o Yoda…” Zakk Wylde foi apenas um dentre centenas de músicos do mundo todo que prestaram emocionados depoimentos em memória ao guitar hero irlandês. Morrer assim, aos 58 anos de idade, e de um mal explicado ataque cardíaco? Justo ele que sobreviveu a um dos períodos mais selvagens do Thin Lizzy, preferindo tocar sua guitarra ao invés de cair de cabeça nas loucuras químicas de Phil Lynott e Scott Gorham… Seis meses se passaram, mas os fãs ainda custam a acreditar que Gary se foi assim, de repente. Parece que ele ainda está por aí.

Robert William Gary Moore nasceu em Belfast, ao norte da Irlanda, e seu pai era proprietário de uma casa de show localizada num resort. Ali o jovem Moore assistiu a muitas big bands, as famosas bandas de baile que animavam os salões irlandeses nos anos 50 e 60. Com apenas 6 anos de idade, Gary Moore já subia ao palco para cantar. Como ele mesmo dizia, “não havia nada mais a ser feito, o mosquito havia me picado…”

HIDDEN TRACKS - HURRICANE

Por Ricardo Batalha

Hurricane

Origem: EUA

Época: Anos 80

Estilo: Hard Rock

Formação clássica: Kelly Hansen (vocal), Robert Sarzo (guitarra), Tony Cavazo (baixo) e Jay Schellen (bateria)

Discografia: Take What You Want (1985), Over The Edge (1988), Slave To The Thrill (1990) e Liquifury (2001)

A pressão de se ter um sobrenome forte e conhecido no meio musical não abalou o guitarrista Robert Sarzo, irmão do baixista Rudy Sarzo, que se uniu ao irmão do guitarrista Carlos Cavazo, Tony Cavazo (baixo), para formar o Hurricane. No vocal estava o então novato Kelly Hansen, que respondeu a um anúncio publicado por Robert e Tony e ficou com a vaga.

Já o baterista Jay Schellen, que veio da banda Ritual, havia se mudado para Los Angeles, onde havia trabalhado com Peter Banks (ex-Yes, The Syn e Flash), Danny Johnson And The Bandits, Lita Ford, Badfinger e Stone Fury. “Cheguei a tocar ao mesmo tempo com Lita, Hurricane e Stone Fury, e estava meio que esperando qual iria seguir em frente”, comenta Schellen, que entrou no lugar do baterista original, John Shearer.

O entrosamento dos músicos foi rápido e logo todos estavam reunidos, compondo material autoral e explorando seu background musical da melhor forma. O som, mesclando Hard Rock, AOR e Prog, foi tomando corpo. “No meu caso, sempre preferi explorar elementos mais complexos e progressivos, como Yes, Rush e Genesis, mas Kelly tinha uma veia bem Pop e esta intenção moldou o som do Hurricane. Até mesmo a guitarra de Robert era um pouco diferente, porque ele tinha aquele sotaque cubano. Combinando tudo isso com o baixo sólido de Tony, acredito que viemos com um belo pacote”, analisa o baterista.

RELEASES CDS

Por vários Nesta edição:

Anthem

Astaroth

Atomic Roar

Believer

Ben Waters

Clandestine

Comando Nuclear

Cypher Seer

Demonaz

Ghost

Graveyard

Hammerfall

In Flames

John Wetton

Makinária Rock

Michael Monroe

Mundo Cão

Poisonblack

Reece/Kronlund

Sarke

Scar Symmetry

Morfolk

The Quill

Sin-Atra

Sodömizer – Hellkommander

Hell Light

Victory

VoiVod

Von Hertzen Brothers

Yes

RELEASES DVDS

Por vários Nesta edição:

Iced Earth

Bad Company

Deep Purple

Legends

Nuclear Blast Clipes

LIVE EVIL - RAGE / CATHEDRAL

Por Rahal / Frans Rage

Carioca Club – São Paulo/SP
19 de junho de 2011
Por Thiago Rahal Mauro / Foto: Renan Facciolo

O grupo alemão Rage, liderado por Peter “Peavy” Wagner (vocal e baixo), nunca se prendeu a nenhum estilo pré-estabelecido pelo Heavy Metal, apesar de estar sempre ligado ao Speed/Power e de ser elogiado por nunca renegar seu passado. A partir da entrada do bielorusso Victor Smolski (guitarra), em 1999, o som da banda se tornou mais intricado e com linhas instrumentais mais complexas. André Hilgers (bateria) teve competência para suprir o “insubstituível” Mike Terrana e, por causa disso, a formação atual precisava de fôlego para se apresentar aos seus fãs brasileiros.

Pontualmente às 20h The Edge Of Darkness, do recente Strings To A Web (2010), abriu a apresentação com muita energia e com algumas pessoas ainda entrando no Carioca Club. O fato é que o brasileiro ainda não se acostumou com a pontualidade de certas bandas, principalmente alemãs e inglesas, que fazem jus à fama que possuem.

Sem cair o pique, emendaram com Soundchaser e Hunter And Prey. Detalhe que o som do local estava muito alto, o que deixava o instrumental um pouco embolado em certas passagens. Into The Light, Drop Dead e a cadenciada Empty Hollow apenas mostraram o que já se esperava desses alemães: a cozinha estava mais afiada do que nunca.

Cathedral
Manifesto Bar – São Paulo/SP

24 de junho de 2011

Por Frans Dourado / Foto: Eduardo Guimarães

A turnê brasileira do Cathedral foi cercada de lamentos desde o seu anúncio, apesar da alegria do público local em poder ver o show de uma das lendas do Doom Metal. Os justos lamentos se fundamentaram no anúncio de que a banda está prestes a encerrar suas atividades, o que deu um clima de nostalgia e pesar a todos que compareceram ao Manifesto Bar para acompanhar o quarteto inglês.

A mistura “frio, feriado e casa acanhada” se refletiu na tímida presença de público, aliado ao fato que o desenho da pista, que apresenta diversos obstáculos para quem quer assistir ao show, só não foi mais cruel devido ao mediano comparecimento. E após um injustificado e indecente atraso, que começou com a abertura da casa muito após o divulgado, Lee Dorrian (vocal), Garry Jennings (guitarra), Brian Dixon (bateria) e Scott Carlson (baixo – conhecido dos mais extremos por ser o baixista/vocalista do Repulsion), entraram sob aplausos e gritos executando Vampire Sun.

LIVE EVIL - HIRAX E BEEHLER

Por Maicon Leite Hirax e Beehler

Carioca Club – São Paulo/SP

17 de junho de 2011

Por Maicon Leite / Fotos: Guilherme B. Nozawa

O primeiro semestre foi generoso para os bangers brasileiros, já que inúmeras bandas visitaram nosso país, algumas pela primeira vez, como Anvil, Accept e Virgin Steele, que mataram a sede dos fãs de Metal Tradicional. Já os aficionados por Thrash Metal não teriam do que reclamar com o anúncio de shows do Slayer e Hirax programados para o mês de junho. É óbvio que o Slayer possui uma grande quantidade de seguidores no Brasil, mas o Hirax também possui seus fãs fiéis. E foi através de um show conjunto com o Beehler, do carismático ex-baterista/vocalista do Exciter, Dan Beehler, que o grupo veio ao Brasil para dois shows incendiários, o primeiro deles na segunda edição do festival “Metal Attack”, em São Paulo.

Reconhecimento de área feito, inclusive encontro memorável com o Hirax no backstage, chegou a hora de finalmente vê-los em ação. E, meu amigo, o que se viu foi uma verdadeira celebração ao Thrash Metal, festejada por todos com muito entusiasmo e vigor.

LIVE EVIL - MARRECO'S FEST / THE AGONIST

Por Romulo / Luis Ferra

Marreco’s Fest 10ª Edição

18 de junho de 2011

Clube da Imprensa – Brasília/DF

Por Rômulo Campos / Fotos: Miguel Mello

Não é de hoje que Brasília deixou de ser apenas a capital do poder e ganância política, já que existe um fluxo cultural muito forte, que a cada dia vem ganhando maior solidez. O “Marreco’s Fest” é a maior prova disso, e também o orgulho para cada ‘metalhead’ da cidade, principalmente para aqueles que frequentam o evento desde que era uma simples festa com churrasco e amigos tocando apenas por diversão em uma chácara. Hoje, a celebração deixou de ser um minifestival e entrou para o calendário cultural da cidade por ser um dos mais importantes eventos não só para Brasília, mas para todo o Brasil.

A 10ª edição contou com nove bandas do Distrito Federal, três de outros estados e três atrações internacionais. Além de dois palcos principais, batizados de Harris e Lemmy, houve um terceiro e menor que acabou superando as expectativas dos organizadores, já que atraiu boa parte do público.

Pontualmente, a festa teve início com apresentações das bandas que ganharam vagas através da seletiva. Silente Raze (DF) e Art Of Kaos (DF) fizeram shows tímidos mas com muita precisão e como era muito cedo, o sol ainda estava atrapalhava quem queria assistir aos shows, fazendo com que muitos optassem por ficar na área de alimentação, onde era coberta por uma enorme tenda.

The Agonist

Music Hall – Curitiba/PR

15 de junho de 2011

Por Luis Ferra / Foto: Alan Langer

O frio não deve ter sido motivo para assustar os canadenses do The Agonist, que fechou sua turnê sul-americana no último dia 15 de junho, em Curitiba. Também não assustou o variado público que, mesmo numa quarta-feira, compareceu em peso.

A abertura ficou por conta do Semblant, que abriu o set com a nova Behind The Mask, seguida de Forever Failure, do ‘debut’ Last Night Of Mortality. O repertório ainda trouxe mais faixas do primeiro disco, além de Night Eternal (Moonspell), a inédita The Undead e Mundane And The Magic (Dark Tranquillity). A nova formação soa bem mais coesa e precisa, e o vocalista Sérgio Mazul, apesar de não ter usado seu potencial vocal de costume por problemas de saúde, conseguiu empolgar fazer excelentes duetos com a nova vocalista, Mizuho.

O The Agonist chegou com uma introdução ‘a capella’ de Lago dos Cisnes de Tchaikovsky e, após uma breve passagem instrumental, veio The Tempest, bem recebida pelos fãs. O ‘mosh pit’ continuou fervendo com Rise And Fall e … And Their Eulogies Sang Me To Sleep

LIVE EVIL - ROÇA‘N’ROLL

Por Ivanei Salgado Roça‘N’roll – 13ª Expedição

Fazenda Estrela – Varginha/MG

23 a 25 de junho de 2011

Por Ivanei Salgado / Fotos: Fernanda Lira e Leandro Landgraf

Um dos mais bem conceituados festivais do Brasil chegou à sua 13ª edição. E em 2011 a festa começou na quinta-feira, feriado de Corpus Christi, com o “Stairway To Roça ‘n’ Roll”, destacando as bandas Last Zeppellin (Led Zeppelin Cover), Os Penyswaldos, Diablo de Havana, Silent Hall, Red‘n’Black e Command6.

Na sexta-feira (24/06), o evento sediou a final do “Wacken Metal Battle”, com 21 bandas brasileiras disputando uma vaga no “Wacken Open Air”, sagrando-se vencedor o grupo Nekrost, de Manaus/AM, vai representar o Brasil na Alemanha.

No mesmo dia, quatro bandas fizeram apresentações especiais. O paulista Andralls, de muito reconhecimento mundial, destacou o Thrash Metal rápido e agressivo. O Tierramystica, de Porto Alegre/RS, apresentou uma união bem sucedida entre Heavy Metal e Música Andina, com destaque para os arranjos das músicas. A Comitiva do Rock, liderada por Zezé Cavalera, mostrou humor com paródias “Metalnejas”. E a noite de sexta foi encerrada por uma lenda do Rock nacional: a Patrulha do Espaço. O grupo, liderado pelo experiente baterista Rollando Castelo Jr., tocou músicas de várias fases e, ainda, Aeroblus, da banda argentina de mesmo nome e da qual o baterista participou no final dos anos 70. O grupo ainda convidou um fã para dividir os vocais com Danilo Zanite (guitarra e vocais) em Bomba.

LIVE EVIL - VIRGIN STEELE/THE GATHERING

Por Rahal / Frans Virgin Steele

Manifesto Bar – São Paulo/SP
25 de junho de 2011
Por Thiago Rahal Mauro / Foto: Marcus Herren

Após quase trinta anos de carreira, finalmente os brasileiros tiveram a oportunidade de assistir aos norte-americanos do Virgin Steele. Parecia um sonho impossível, mas após o lançamento de The Black Light Bacchanalia (2010) a banda liderada por David DeFeis (vocal e teclados) aos poucos foi se rendendo aos sul-americanos. Os trezentos fãs que compareceram ao Manifesto Bar, em São Paulo, presenciaram um show diferente e bastante longo para os padrões atuais – cerca de duas horas e vinte de duração.

De estranhar apenas o fato de Edward Pursino (guitarra) não estar presente nesta turnê, fato que deu ares inusitados ao show. Joshua Block, normalmente, o baixista oficial do Virgin Steele, deu sua contribuição às guitarras, mas a apresentação ocorreu sem baixista – naturalmente, o instrumento fez muita falta, sobretudo nos momentos em que ele seria necessário para cobrir a guitarra.

The Gathering

Hangar 110 – São Paulo/SP

03 de julho de 2011
Por Frans Dourado / Foto: Guilherme Nozawa

Não é exagero dizer que parte dos fãs de The Gathering se encontra órfã desde que a vocalista Anneke van Giersbergen deixou a banda há quatro anos. Sua substituta, a norueguesa Silje Wergeland (ex-Octavia Sperati), não tem o mesmo estilo de sua antecessora, com diferenças que vão do alcance vocal à atitude no palco, tendo em vista as particularidades no currículo de cada uma. E pode residir na desconfiança daqueles que ainda sentem a falta da antiga vocalista a ocupação apenas mediana do Hangar 110, numa tranquila e fria noite de domingo.

Para sorte dos que apostaram nesse show, o que aconteceu no palco da casa a partir das 20h30 pode ser resumido como uma experiência intensa, regada a Metal da mais alta qualidade e num clima muito amistoso entre público e banda – Metal este executado com paixão e entrega dignos de nota.

A banda, que foi obrigada a cancelar a apresentação que teria lugar em Porto Alegre/RS dois dias antes por conta das cinzas do vulcão sul chileno Puyehue, parecia ávida por executar seu set da maneira mais intensa possível.

LIVE EVIL - MR. BIG & JORN

Mr. Big & Jorn

HSBC Brasil – São Paulo/SP

09 de julho de 2011

Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Renan Facciolo

O Mr. Big é uma banda de extremos. Ela não funciona com facilidade para o ouvinte casual, ou seja, aquela pessoa que só ouve um ‘hit’ e se dá por satisfeita, mas também não serve para quem quer só o lado técnico da música, possivelmente por que a banda carrega para si um lado ‘farofa’ bastante forte vindo dos anos 80. Não que isto seja ruim, pelo contrário. E foi essa diversidade de elementos e também de público que se presenciou no HSBC Brasil, em São Paulo: afinal, foi um dos shows com maior presença feminina dos últimos tempos. A turnê, batizada de “Around The World”, trouxe a formação clássica do Mr. Big de volta ao Brasil após 18 anos desde que os americanos tocaram em 1993, na praia do Gonzaga, em Santos, no “M2000 Summer Fest”.

O evento não era só para os amantes do Hard Rock, pois quem gostava de Metal Tradicional foi presenteado com uma boa apresentação do norueguês Jorn Lande e sua banda. Goste ou não de suas atitudes recentes, como, por exemplo, a gravar um álbum com músicas de Ronnie James Dio (e criticado depois por Wendy Dio, mulher do vocalista), o fato é que sua voz continua inabalável e indiscutível, apesar da fraquíssima presença em cena – sempre parado no meio do palco e com pouca interação com a plateia.

O músico abriu com Road Of The Cross e Shadow People, faixas que deram aquela empolgação inicial ao público, mas que desapareceu durante a apresentação, talvez pelo fato de 99% das pessoas presentes estarem ali para assistir ao Mr. Big e não conhecerem tão bem as músicas de Jorn. Aqui vale um parêntese. Durante a apresentação do vocalista no Carioca Club, em São Paulo, no dia seguinte da abertura aos americanos, o pouco público fez seu papel ao cantar todas as músicas de maneira empolgante, bem diferente da noite anterior, quando a maioria não parecia tão animada. 

ROADIE NEWS

Por redacao Resumo das notícias do mês

ROADIE COLLECTION - LYNYRD SKYNYRD

Por Ricardo Seelig Natural de Jacksonville, na Flórida, o Lynyrd Skynyrd é sinônimo de Southern Rock. Liderada pelo carismático vocalista Ronnie Van Zandt e tendo como marca registrada a parede de guitarras formada por Gary Rossington, Allen Collins e Ed King (substituído mais tarde pelo espetacular Steve Gaines), a banda temperou seu Rock com generosas doses de Blues e Country, resultando numa música única, cujo principal elemento eram harmonias de guitarra de cair o queixo. Em 20 de outubro de 1977, quando estava no auge e havia lançado aquele que muitos consideram o seu melhor disco, o grupo sofreu um grave acidente de avião no qual faleceram Ronnie, Steve Gaines, sua irmã e backing vocal Cassie e o manager da banda, além do piloto e do copiloto. Os demais integrantes ficaram gravemente feridos e a banda encerrou as atividades. O grupo ficou parado até 1987, ano em que foi organizada uma bem-sucedida turnê pela passagem de dez anos do trágico acidente. A nova formação do Lynyrd Skynyrd, encabeçada pelo vocalista Johnny Van Zandt, irmão mais novo de Ronnie, seguiu na estrada e vem lançando uma série de álbuns que mantêm vivo o legado deste que é, sem dúvida, o maior nome do Southern Rock.

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Hellfest 2011

Por sete anos consecutivos (2003 a 2009), a equipe do Programa Stay Heavy realizou a cobertura daquele que se tornou o maior festival de Heavy Metal do mundo, o “Wacken Open Air”, na Alemanha. Este ano, porém, decidimos que era hora de mostrar aos headbangers brasileiros algum dos outros festivais que acontecem no verão do Hemisfério Norte.

A escolha deste evento não foi fácil, mas entre “Mayhem Festival” (EUA), “Sweden Rock Festival” (SUE), “Graspop Metal Meeting” (BEL) e “Sonisphere”, que se realiza em diversos países, o selecionado foi o “Hellfest”, na França, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de junho.

E por que escolhemos o “Hellfest”? Bem, esta foi apenas a sexta edição deste festival, mas já há algum tempo ele está dando o que falar. Tanto que em 2012 sua localização será deslocada algumas centenas de metros dentro da cidade de Clisson, para uma área maior que dará mais conforto aos presentes. Além disso, o cast do festival foi considerado um dos melhores dos festivais deste verão europeu e incluía duas bandas que gostaríamos muito de assistir ao show: In Flames e Disturbed. Infelizmente, o Disturbed cancelou parte da turnê europeia e não participou do festival, mas tivemos a oportunidade de conferir o show da banda em Milão (ITA), um pouco antes do “Hellfest”.

LIVE EVIL - SWEDEN ROCK FESTIVAL

Sweden Rock Festival

8 a 11 de junho de 2011

Solvesborg – Suécia

Por Jayme Alexandre Lima e Luiz Porto / Fotos: Heloisa Vidal

E cá estamos para mais uma edição do “Sweden Rock Festival”, realizado normalmente no início de junho em Solvesborg, sul da Suécia, e que é considerado um dos maiores festivais entre tantos outros realizados anualmente durante o verão europeu. Neste ano tivemos oitenta shows em quatro dias, divididos em cinco palcos, um ‘metal market’ de deixar qualquer um de queixo caído (e bem mais pobre) com diversas barracas de CDs, DVDs, roupas e acessórios, várias opções de alimentação (dentro e fora do festival), uma organização impecável e excelente infra-estrutura. Além disso, havia muitas bandas boas no cast, passando por diversas correntes dentro do Metal e sempre apresentando grandes opções fora do gênero, o que faz do SRF o festival que mais agrada em termos de abrangência de estilos.

Infraestrutura

Neste ano foi comemorada a vigésima edição do festival, que apresentou basicamente a mesma (e ótima) infraestrutura dos últimos anos, trazendo apenas algumas mudanças em relação aos anos anteriores. Para começar, continuaram existindo as linhas de ônibus que ligam o evento a diversas cidades nas proximidades, sendo que desta vez você já pagava pelo bilhete antecipadamente em uma pequena cabine, o que agilizou o processo. Pela demora no escoamento do público talvez pudessem colocar mais ônibus mas, a não ser que você estivesse acomodado no camping do local, era isso ou morrer em uma pequena fortuna de táxi para voltar ao hotel.

WANTED CREW - JIM GILLETTE

MUTAÇÃO GRITANTE

Por Thiago Sarkis

Jim Gillette deixou para trás cabeleira, gritos, roupas de couro, cintos e aneis de prata e metal. No entanto, algo que o caracterizou nos anos 80 ainda o acompanha: o espalhafato. Professor de grandes vocalistas, praticante e admirador do jiu-jitsu Gracie, ele direciona todos os exageros que antes exuberava em suas vestimentas Glam em um visual de “lutador profissional malhado” que passa 24 horas por dia praticando esportes e/ou dentro de uma academia. Em outras palavras, aquele cara que em 1989 era ridicularizado por se vestir como mulher é hoje um peso-pesado que você certamente não chamaria para a briga. A seguir, ele nos fala de sua vida atual, do Nitro e dos anos em que viveu em Los Angeles. A entrevista, conduzida antes da separação de Jim e de sua ex-mulher, Lita Ford, não inclui citações sobre a vida pessoal do casal.

POSTER - METALLICA

Por Redação Metallica – …And Justice For All
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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