Quando Dave Mustaine entrou em estúdio para gravar Th1rt3en, mais recente disco do Megadeth, não tinha certeza se conseguiria. Ele sofria com fortes dores no pescoço, consequência dos anos como guitarrista de uma banda de Metal…
Edição #155
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MEGADETH
O ÚLTIMO ÁLBUM DO MEGADETH?
Quando Dave Mustaine entrou em estúdio para gravar Th1rt3en, mais recente disco do Megadeth, não tinha certeza se conseguiria. Ele sofria com fortes dores no pescoço, consequência dos anos como guitarrista de uma banda de Metal. Assim, havia uma grande chance de esse ser seu último disco. Mas ele continuou com o trabalho, que consiste principalmente de versões atualizadas de músicas que ficaram de fora de álbuns anteriores, e o resultado é um dos melhores trabalhos da história do Megadeth. Mesmo tendo passado por uma recente cirurgia no pescoço, isso não afetou em nada sua habilidade nas seis cordas, que ele continua manuseando com talento. Nesta entrevista, o vocalista e guitarrista fala sobre Th1rt3en, sobre sua autobiografia, “Mustaine: A Heavy Metal Memoir” e sobre o que fez para finalmente enterrar os fantasmas do Metallica.
BRUCE DICKINSON E ALEISTER CROWLEY 2/2
Dando sequência à ligação de Bruce Dickinson com o mago inglês Aleister Crowley (1875-1947), além de sua carreira solo o vocalista tem colaborado razoavelmente no processo de composição do Iron Maiden.
Revelations
Se no disco que estreou com a banda, The Number Of The Beast (1982), todas as faixas foram assinadas pelo baixista Steve Harris, em Piece Of Mind (1983) – quarto de estúdio do grupo e o segundo a contar com Dickinson –, a letra da faixa Revelations apresenta alguns “mistérios”. O verso “just a babe in a black abyss” (“Apenas um bebê em um abismo negro”) é um referência ao conceito crowleyano de “bebê do abismo”, um termo usado para designar aquele que mergulha e atravessa o “vazio”. Trata-se de um abismo metafísico e psíquico entre o universo real e o universo ilusório, entre a “insana” dimensão do espírito e a igualmente insana (e aparentemente segura) dimensão da matéria. O magista ou iniciado que fracassa em cruzar o Abismo (e em assimilar o conhecimento nele contido) geralmente enlouquece. O verso “no reason for a place like this” (“Nenhuma razão para um lugar como este”) mostra que, uma vez no abismo, a razão humana como se conhece é completamente abolida.
CARRO BOMBA
É HEAVY METAL, SIM!
Quando fiz a resenha de Nervoso (2008), terceiro trabalho do Carro Bomba, comentei que aquele era o melhor álbum de Heavy Metal cantado em português que ouvia em muitos anos. Como era algo tão nítido, pouca gente se espantou com a declaração. No entanto, o grupo paulistano formado por Rogério Fernandes (vocal), Marcello Schevano (guitarra), Fabrízio Micheloni (baixo) e Heitor Schewchenko (bateria) não só manteve a pegada como conseguiu imprimir ainda mais peso em seu mais recente trabalho de estúdio, Carcaça. O peso do Black Sabbath mesclado a riffs que beiram o Thrash Metal até lhes rendeu a designação de ‘Thrash’n’Roll’ quando foram tocar no Chile em maio deste ano. Contudo, o fato é que o Carro Bomba faz exatamente o que muitos outros músicos estão deixando de lado: Heavy Metal puro – guitarra, baixo, bateria e um vocal potente que canta coisas que realmente vivenciamos em nosso cotidiano.
DEMONAZ
A ESSÊNCIA DO IMMORTAL
Os fãs de Immortal não têm do que reclamar: os últimos anos lhes reservaram, além de shows, DVDs e discos inéditos da banda, ramificações e projetos solos das cabeças pensantes e peças basilares do processo de criação do grupo. Depois de Abbath (vocal, guitarra) apresentar o I com o álbum Between Two Worlds (2006), chega a vez do letrista e ex-guitarrista Demonaz presentear os admiradores com seu ‘debut’ solo, March Of The Norse (2011). Com Armagedda (bateria) e Ice Dale (guitarra, baixo), ele segue uma linha não tão distinta da deflagrada pelo I, mas avança e mostra um pouco mais das raízes que inspiraram e sobre as quais se constituiu o Immortal. Em entrevista à ROADIE CREW pouco antes da vinda do lendário conjunto norueguês ao Brasil, Demonaz falou do novo trabalho e de planos para o futuro.
ICED EARTH
REESTRUTURANDO A CARREIRA
Durante a última década, cada álbum do Iced Earth veio junto com algum tipo de acontecimento na história da banda, todos referentes à mudança de formação. Horror Show (2001) obteve sucesso, mas Matt Barlow resolveu sair; The Glorious Burden (2004) trouxe Tim “Ripper” Owens substituindo Barlow e, em 2007, saiu Framing Armageddon, o segundo com Ripper, em que a banda iniciou um projeto conceitual para dois CDs. O segundo, lançado em 2008, The Crucible Of Man: Something Wicked Part 2, marcou a saída de “Ripper” e o retorno inesperado de Matt Barlow. E agora em 2011, Matt deixou novamente o Iced Earth, que soltou o novo álbum com outro vocalista. Não, não se trata do retorno de Tim “Ripper” Owens, mas de Stu Block, um canadense que também faz parte do Into Eternity. Conversamos com ele para saber suas expectativas ao assumir o vocal do Iced Earth.
OPETH
OUSADIA COM ESTILO
Como mais novo integrante do Opeth, Fredrik Akesson teve que mostrar serviço para substituir o guitarrista Peter Lindgren. Na banda sueca desde 1991, Lindgren foi o responsável por escrever e tocar solos memoráveis de músicas como a faixa-título do álbum Deliverance (2002), When (de My Arms, Your Hearse, de 1998) e Moonlapse Vertigo (de Still Life, 1999). Como se não bastasse, Akesson, que entrou na banda em 2007, teve que aprender todas as partes tocadas por seu antecessor no disco Blackwater Park (2001) para o show em que esse álbum foi apresentado na íntegra e que se tornou o DVD In Live Concert At The Royal Albert Hall (2010). Só que ele colocou seu talento à disposição da banda e não apenas reproduziu fielmente todo o repertório como deu a ele uma cara mais moderna. Em Heritage, novo disco do Opeth, Akesson imprime seu estilo em solos como os de Haxprocess, The Devil’s Orchard (que se tornou o primeiro single do disco) e Slither, um tributo a Ronnie James Dio. Fredrik falou com a ROADIE CREW sobre o novo disco e como é ser o mais novo membro da banda.
STYX
O AUGE, NOVAMENTE
Lá ano Canadá ele é conhecido apenas como Gowan. Trata-se do sujeito que monopolizou as paradas radiofônicas do país nos anos 80 com músicas como Moonlight Desire, A Criminal Mind e Strange Animal. Mas nos EUA ele é apenas o vocalista “não original” do Styx. Só que na última década ele vem se impondo junto a todos os mercados musicais e para muitos Lawrence Gowan é hoje “a voz” do Styx, o que fica ainda mais marcado através do lançamento dos discos Regeneration Volume I & II, com regravações de temas clássicos da banda. Lawrence Gowan conversou com a ROADIE CREW para falar do Styx, do momento atual da banda e de sua carreira solo.
SURVIVE
ORGULHO ACREANO
Destaque absoluto em duas edições do “Wacken Metal Battle”, o Survive chama atenção não só pela qualidade de suas composições e pela energia com que se apresenta ao vivo, mas também por ser oriunda do mais ocidental estado brasileiro, o Acre. É justamente da famigerada Floresta Amazônica que surge um dos nomes que compõem a nova safra do Metal nacional. Após o lançamento do aclamado ‘debut’ Destroy And Revolutionize, o grupo decidiu alçar voo para novos horizontes, almejando divulgar seu trabalho. Os detalhes do surgimento da banda, bem como os planos para 2012, são contados abaixo por Max Dean (vocal), Josélio e Renan (guitarras), Heryc (baixo) e Jarlisson Jaty (bateria).
THE BLACK DAHLIA MURDER
RITUAL DE ATROCIDADES
O trocadilho com o título do último disco do The Black Dahlia Murder não foi mera banalidade. Junta há dez anos, a banda tem crescido significativamente e atualmente pode se orgulhar de ser tão relevante quanto grandes nomes do estilo. Dominando principalmente o mercado norte-americano, o grupo não poupa esforços para expandir seu nome e levar sua música e seu show para além do oceano Atlântico e da linha do Equador. Se as constantes mudanças de integrantes foram um peso e trouxeram atrasos, a recompensa veio em forma de qualidade, determinação e experiência. Os cinco disco lançados por eles mostra uma nítida evolução dentro do estilo praticado e a banda encontra-se no meu melhor momento. Apesar de puritanos e aqueles que não apreciam muito o estilo torcerem o nariz, a banda continua tocando seu Death Metal com influências melódicas latentes e muito bem elaboradas sem jamais se preocupar em agradar a ninguém além deles e dos fãs que já os acompanham de longa data. Apesar de Trevor Strnad (vocal), Brian Eschbach (guitarra base), Ryan Knight (guitarra solo, ex-Arsis), Ryan “Bart” Williams (baixo) e Shannon Lucas (bateria) praticarem um estilo considerado brutal, violento, nervoso ou qualquer que seja o adjetivo, eles se mostram pessoas tranquilas e totalmente capazes de ter uma boa conversa, regada a cerveja (se possível), quando estão fora do palco. Em uma destas ocasiões, durante a “Summer Slaughter Tour”, batemos um papo com ‘Bart’ para saber um pouco mais do presente e do futuro da banda.
UFO
PURO ROCK HÁ 40 ANOS
O UFO gravou seu primeiro disco em 1970. Quatro décadas depois, eles ainda estão na ativa e o baterista Andy Parker ainda está empunhando as baquetas. A banda é responsável por vários álbuns clássicos e emplacou vários hits ao longo dos anos, sempre com Andy na formação. Com sua trajetória marcada pelas constantes mudanças de integrantes, o UFO contou em seu line-up com músicos do gabarito de Michael Schenker e Vinnie Moore, que é seu atual guitarrista. Mas, mesmo assim, o grupo inglês se mantém na ativa, sempre apoiado por uma leal legião de fãs. Andy conversou com a ROADIE CREW e falou sobre os velhos tempos, sobre os pontos altos da carreira e sobre o momento atual.
UNEARTH
SEM MEDOS
Com treze anos de estrada, o Unearth viu o nascimento e a popularização de uma vertente do Metal e atravessou bons e maus momentos até se firmar no cenário musical. Durante esses anos, várias outras bandas surgiram por influência deles, vários grupos apareceram tentando copiar o seu som, mas a verdade é que o tempo prova quem está na estrada pra valer e quem só quer aparecer. Entre mudanças de membros e álbuns de sucesso, o grupo conseguiu estabelecer um nome e uma boa base de fãs que os acompanha até hoje. Com Darkness In The Light – seu quinto álbum de estúdio –, Trevor Phipps (vocal), Ken Susi e Buz MacGrath (guitarras) e John Maggard (baixo) seguem sem um baterista fixo, mas encontraram em Justin Foley (Killswitch Engage) um parceiro ideal para a gravação do disco e as recentes turnês. Apesar de bons álbuns, o verdadeiro potencial do Unearth é visto ao vivo, já que seus shows são energéticos e sempre cheios. A ROADIE CREW teve a oportunidade de uma conversa exclusiva com um dos expoentes do Metalcore, confira!
BACKGROUND-KING DIAMOND/MERCYFUL FATE P5
Parte 5
Novas polêmicas
Após o encontro entre King Diamond e Anton LaVey na Church Of Satan, em São Francisco (EUA), o famoso apresentador de TV do programa sensacionalista “Geraldo” organizou um debate sobre satanismo. Geraldo Rivera convidou a filha de LaVey, Zeena, e King Diamond para discutir sobre o tema. Uma equipe do programa foi enviada especialmente para a Flórida, onde King estava tocando, e acabou filmando cenas do show, além da entrevista. King ficou 45 minutos sendo entrevistado, mas a edição aproveitou alguns míseros minutos e, no final, parecia que King havia falado um monte de besteiras sem sentido, um prato cheio para os ávidos por sensacionalismo e céticos em geral.
A confusão e a polêmica seguiram em outubro de 1988, quando foi lançada a coletânea The Dark Sides, com gravações raras de No Present For Christmas, The Lake e Shrine, entre outras. O lançamento veio junto com um processo movido pelo baixista do Kiss, Gene Simmons, por achar que a maquiagem que o “Rei” estava utilizando era semelhante demais com a que ele utilizava nos anos 70, no auge do Kiss.
BACKSPAGE
Backspage
APOSENTADORIA: O DIFÍCIL MOMENTO DE DIZER ADEUS OU PURA ARMAÇÃO? (Parte 1)
Já dizia o lendário locutor Fiori Gigliotti: “O teeeemmmmpo passa!” E como passa! Temos vivenciado nos últimos anos grandes nomes do Heavy Rock anunciando as mais diversas formas de despedida ou, como alguns detestam chamar, aposentadoria. Passar algumas décadas dentro de aviões, quartos de hotéis, longe da família, torna aquilo que seria o sonho da muitos, uma verdadeira tortura. É claro que por trás de vários anúncios de despedida existem muitas jogadas de marketing. Essa artimanha é usada por alguns para saber se tal anúncio provoca alguma comoção entre os fãs e a mídia, enquanto outros se dizem cansados e até mesmo velhos para seguir em frente.
BLIND EAR - BIFF BYFORD (SAXON)
“Ah, sim, Judas Priest. E essa música, Night Crawler, é brilhante! Quando este disco foi lançado, algumas pessoas acharam que era um tanto moderno, talvez pela agressividade, mas ele acabou se tornando um marco na carreira do Judas Priest. Muitas faixas se tornaram clássicos, como a própria Painkiller, Night Crawler e A Touch Of Evil (R.C.: Biff canta parte de A Touch Of Evil), que é muito boa! (R.C.: E também tem All Guns Blazing, mesmo título de uma música de Metalhead, do Saxon). Ah, essa questão de títulos iguais é normal acontecer entre as bandas.”
Judas Priest – Night Crawler
Painkiller
CLASSICOVER
Highway Star
Original: Deep Purple
Álbum: Machine Head (1972)
Cover: Metal Church
Álbum: Metal Church (1984)
Grandes álbuns não escolhem época para ser gravados e, diante dessa constatação, veremos que mesmo em décadas diferentes duas bandas lançariam disco essenciais para o som pesado e que até hoje repercutem de forma estrondosa entre os headbangers. O Deep Purple, que, ao lado de Led Zeppelin e Black Sabbath, formavam a “santa trindade” do então recém criado Heavy Metal, já abalava as estruturas da cena inglesa desde o final dos anos 60. As três bandas influenciaram novos músicos, que tinham começado a curtir o gênero durante esse meio tempo, resultando em grupos surgidos nos anos 80, como o norte-americano Metal Church. “Eu acho que os anos 70 foram geniais para a música e espero que as pessoas possam redescobri-lo”, disse o guitarrista Kurdt Vanderhoof certa vez, afirmando a grande influência da década de 70 naquilo que sua geração iria produzir mais adiante.
CLASSICREW
ClassiCrew
1971
MOTT THE HOOPLE
Wildlife
Bento Araujo
Incrível como no início dos anos 70 algumas bandas utilizaram uma tática similar: depois de alguns álbuns de puro Rock, era de praxe lançar um trabalho mais acústico, melancólico e com influências de Folk. Foi assim com o Led Zeppelin em seu terceiro álbum, com o Wishbone Ash em seu quarto álbum e também neste Wildlife, o terceiro trabalho lançado pelos ingleses do Mott The Hoople.
Depois da intensidade densa dos álbuns anteriores – Mott The Hoople (1969) e Mad Shadows (1970) –, o Mott tirou o pé do acelerador e nos presenteou com um disco de cunho diferenciado. Dentre os integrantes, Wildlife era carinhosamente chamado de “Mildlife”, ou seja, “vida suave”, ou na gíria, “leve a vida”. Isso mostrava que os cabeças da banda, Ian Hunter e Mick Ralphs, estavam de comum acordo. Pela primeira vez Ralphs emplacava um número de composições maior do que o de Hunter num disco do Mott, o que certamente contribuiu para um clima mais relaxado, mas as músicas de Hunter aqui contidas também caprichavam em melancolia e introspecção.
1981
VAN HALEN
Fair Warning
Ricardo Batalha
“Se existe integridade no Rock é porque você canta o que realmente vive! Não tenho mensagem alguma para passar, estou me divertindo muito e você está convidado”, dizia o vocalista David Lee Roth à época do lançamento do quarto álbum de estúdio do Van Halen. Tudo era realmente uma farra sem limites, mas o preço a pagar foram as brigas. A fase de composição e as sessões de gravação marcaram as primeiras rusgas entre Lee Roth e o guitarrista Eddie Van Halen.
Sentindo-se tolhido pelo vocalista e pelo produtor Ted Templeman, Eddie não conseguia implementar suas ideias e estourou, chegando a ponto de pensar em sair da banda. Seu irmão e baterista, Alex Van Halen, foi quem o convenceu a permanecer. Assim, em apenas doze dias, Fair Warning estava finalizado. A produção, que custou cerca de 40 mil dólares, novamente ficou nas mãos de Templeman e do engenheiro de som Donn Landee. Já a arte de capa foi sugerida por Alex após ter visto a pintura do livro “The Brain”, de autoria do canadense William Kurelek (1927-1977).
1991
GUNS N’ROSES
Use Your Illusion I & II
Antonio Carlos Monteiro
O ano de 1990 pegou o Guns N’Roses num ponto crucial de sua carreira. Promovido de “banda iniciante” a “mega sucesso mundial” em três anos (contados a partir do lançamento de Appetite For Destruction, de 1987), o grupo passava por algumas mudanças cruciais no momento em que estava entrando em estúdio para gravar seu próximo disco. De cara, um problema: o batera Steven Adler passara do ponto no uso de cocaína e heroína, fazendo com que trabalhar com ele se tornasse um verdadeiro tormento.
Na gravação de Civil War, faixa que acabaria abrindo o novo trabalho da banda, ele teve consumiu nada menos que trinta takes até atingir um resultado passável. Foi a gota d’água para que fosse trocado por Matt Sorum (ex-The Cult). Além disso, o tecladista Dizzy Reed, que excursionava com a banda, foi efetivado como membro do grupo, que se tornava um sexteto. E assim o Guns N’Roses entrava em estúdio para gravar seu mais ambicioso projeto: os CDs Use Your Illusion.
EDITORIAL
A notícia do ano!
Black Sabbath novamente em atividade com a formação original! Os headbangers do mundo todo estão em estado de graça: no último dia 11/11/11 foi anunciada em Los Angeles (EUA) a volta do grupo que é considerado o “marco zero” do Heavy Metal. Os mesmos fãs que recentemente passaram pela dor da perda do ídolo Ronnie James Dio, que tão dignamente desempenhou importantíssimo papel na história do Sabbath, poderão agora sentir uma espécie de consolo, pois o mito que a banda representa no cenário está vivo, e novamente em ação. A reestreia está marcada para 18 de maio de 2012 em Moscou (RUS), dando início a uma extensa turnê mundial que já tem várias datas confirmadas. Em termos mercadológicos a expectativa é de que este retorno deva render aos músicos cerca de 150 milhões de dólares durante o próximo ano.
Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward gravarão o primeiro álbum completo com essa formação depois de 33 anos. Nesse período juntaram-se em 1997 e gravaram duas músicas inéditas, lançadas juntamente com as 16 faixas ao vivo gravadas em shows realizados em Birmingham (ING), e que saíram no álbum duplo ao qual deram o título de Reunion, de 1998. Depois disso, em 2001, o grupo chegou a entrar em estúdio com o produtor Rick Rubin para as gravações de um novo álbum, mas tiveram o projeto abortado porque Ozzy decidiu priorizar novamente sua carreira solo. Em 2004 e 2055 fizeram apresentações no “OzzFest”, mas desde então não mais tiveram Ozzy no vocal em uma turnê, e a última vez em que haviam aparecido juntos foi em 2006, quando foram nominados para o “Rock And Roll Hall Of Fame”.
Já podemos contar como certa a passagem pelo Brasil da turnê do “velho” Black Sabbath, porque agora somos rota obrigatória para as grandes atrações internacionais. Nos últimos três anos em que a situação da economia mundial vem expondo a fragilidade de alguns países considerados de primeiro mundo, o Brasil passou a ser visto como uma espécie de porto seguro para os agentes econômicos e esse clima positivo se reflete também de forma muito evidente no setor das artes.
Após um ligeiro período de incertezas entre o final de 2008 e o primeiro semestre de 2009 os negócios retomaram o rumo por aqui, e na área artística, em especial no setor de eventos, foi sensível o aquecimento do mercado, com grandes shows e festivais preenchendo os espaços nas agendas culturais. Vale a pena lembrar as marcantes passagens por nossos estádios e arenas dos mega shows como Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Judas Priest/Whitesnake, Eric Clapton, Aerosmith, além de uma quantidade enorme de grandes espetáculos “in door” do porte de Slayer, Alice Cooper, Ringo Starr e vários outros. E por fim, o destaque maior que fica por conta dos grandes festivais que se instalaram de vez em território nacional, como o “Rock In Rio” e o “SWU” que, para variar, tiveram como ponto mais alto os dias de apresentações das bandas de Heavy Metal e do Rock de verdade.
Nós da equipe da ROADIE CREW desejamos a todos os leitores que 2012 seja um ano ainda melhor que 2011, e que a trilha sonora deste Natal seja o mais puro Heavy Metal, em alto e bom som.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - WÜRZEL
Michael ” Würzel” Burston
23/10/1949 – 09/07/2011
Embora não tenha tido grande aparições musicais antes de entrar no Motörhead, Michael Burston, mais conhecido como “Würzel”, ficou marcado pela sua grande parceria com Lemmy durante onze anos, período em que a banda lançou discos memoráveis, como Orgasmatron e Sacrifice.
Nascido na cidade inglesa de Cheltenham, Würzel foi cabo do Exército e construtor, servindo na Alemanha e Irlanda do Norte com o 1º Batalhão do Regimento de Gloucestershire. Posteriormente, tocou em bandas locais de pouca expressão, apenas em pubs e clubes de sua região. Seu estilo de tocar Blues conquistou o público local, mas seu sonho de ser uma estrela do Rock estava indo por água abaixo. “Eu sabia que no fundo a única coisa que realmente seria feliz fazendo era tocando Rock’n’Roll”, declarou certa vez, mas pensou: “Estou com 30 anos, o que farei? Como eu vou continuar tocando nesses pubs para sempre?”
O apelido Würzel lhe fora dado pelos colegas de exército por ter seu cabelo parecido com o personagem de TV Worzel Gummidge (um espantalho).
GARAGE DEMOS
Garage Demos
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Abdicated
Antropofagia
Before Christ
Darktower
Frozen Aeon
Gunpoint
Hatefulmurder
Pandemmy
Silence
Sonora Bleach
Soulvenyr
Vegas
HIDDEN TRACKS - DEMOLITION HAMMER
Demolition Hammer
Origem: EUA
Época: Anos 90
Estilo: Thrash/Death Metal
Formação clássica: James Reynolds (baixo e vocal), James Reilly e Derek Sykes (guitarras) e Vinny Daze (bateria)
Discografia: Tortured Existence (1990), Epidemic Of Violence (1992), Time Bomb (1994), Necrology: A Complete Anthology (2008)
Site: myspace.com/skullfracturingnecrology
Algumas bandas nasceram para brilhar eternamente e outras, por obra do destino, brilharam por pouco tempo e para poucos. A luz do Demolition Hammer continua acesa e ainda inspirando uma boa parcela de bangers ao redor do mundo. O grupo sempre primou em fazer um Thrash Metal super agressivo, com muitas influências de Death Metal, em um grande híbrido entre os estilos. Talvez por isso eles tenham chamado a atenção da gravadora Century Media após o lançamento de sua segunda demo, Necrology, disseminada pelos quatro cantos do mundo em 1989.
A banda foi formada em 1986 num dos bairros mais barra pesada de Nova York, o Bronx. Tendo Steve Reynolds (baixo e vocal), James Reilly (guitarra e vocal) e John Salerno (bateria) como fundadores, o Demolition Hammer lançou sua primeira demo somente em 1988.
LIVE EVIL - AEROSMITH
LE Aerosmith
Arena Skol Anhembi – São Paulo/SP
30 de outubro de 2011
Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Guilherme Nozawa
Os norte-americanos do Aerosmith já não são novidade em território brasileiro, uma vez que vieram ao país em 1994, no já extinto festival “Hollywood Rock”, em 2007 e 2010. Mas isso não quer dizer que um show deles seja dispensável por quem gosta de boas melodias e música de qualidade (mesmo que algumas sejam de ‘FM’). Apesar da fortíssima chuva que caiu durante o evento na Arena Skol Anhembi, em São Paulo, os fãs permaneceram incrédulos durante as duas horas de espetáculo.
O comentário geral entre os fãs e imprensa era de como seria a apresentação de Steven Tyler, 63, após o acidente que o vocalista sofreu no Paraguai em 25 de outubro – uma violenta queda no banheiro do hotel em que estava hospedado. Ele teve cortes na região da boca e da sobrancelha e perdeu dois dentes, mas segundo o empresário da banda tudo foi “resultado de uma intoxicação alimentar”.
Afora esses acontecimentos, o público aguardava uma boa apresentação do Aerosmith e teve que esperar uma longa introdução iniciada às 20h15 pela música Ride Of The Valkyries, do compositor Richard Wagner, quando surgiu nos telões um vídeo mostrando cenas da banda ao vivo. Após cada um dos músicos aparecer no meio do telão, Draw The Line, faixa do álbum de mesmo nome, de 1977, abriu o show com força e energia. Tyler e o guitarrista Joe Perry foram até o meio da plataforma que chegava até o centro da plateia vip sem cerimônia e não se importaram com a chuva, gerando aplausos do público.
Na sequência, músicas que levaram os fãs de volta aos anos 70, como Same Old Song And Dance, de Get Your Wings (1974) e Mama Kin, de Aerosmith (1973). A segunda fase áurea do grupo, da geração MTV dos anos 90, veio com Janie’s Got A Gun, de Pump (1990), e Livin’ On The Edge, de Get A Grip (1993).
Tyler não se importava com a chuva e brincava o tempo todo no palco, chegando até a pegar uma boneca inflável presenteada por um fã durante o show.
LIVE EVIL - IMMORTAL
LE Immortal
Carioca Club – São Paulo/SP
18 de outubro de 2011
Por Vinicius Mariano / Fotos: Guilherme Nozawa
A história do Immortal pode ser medida entre o seu período paleolítico, compreendido entre seus álbuns históricos de Black Metal, de Diabolical Fullmoon Mysticism a Blizzard Beasts – embora, de fato, o grupo nunca tenha se envolvido em questões políticas ou religiosas, nem nos atos que reduziram históricas igrejas norueguesas ao pó –, o que fez o falecido (assassinado) baixista Euronymous (Mayhem) apelidar a banda de “Winter Metal”. Após essa fase, entra o período pós At The Heart Of Winter (1999), em que a banda passou a produzir discos mais desafiadores e épicos, e se projetou mundialmente como um dos pilares do Metal. São bandas diferentes. Mas ambos os períodos produziram obras fascinantes.
Até o dia 18 de outubro, os noruegueses jamais haviam pisado no Brasil. E a expectativa quanto a essa primeira apresentação culminou em uma enorme concentração de fãs no Carioca Club, palco do espetáculo. Não esperava por tamanho púbico, levando-se em conta que falávamos de uma terça-feira, dia ainda incomum para receber grandes shows, mesmo em São Paulo. Era prova da popularidade da banda, cujo leque não se concentra apenas nos fãs tradicionais de Black Metal – esses, na verdade, eram minoria lá.
LIVE EVIL - OVERKILL
Overkill
Carioca Club – São Paulo (SP)
4 de novembro de 2011
Por Ricardo Batalha / Fotos: Guilherme Nozawa
A nova passagem do grupo norte-americano Overkill por São Paulo foi tão intensa e rápida que, ao contrário daquele chavão batido “deixou um gosto de quero mais”, irritou boa parte dos que compareceram ao Carioca Club na tarde/noite de sábado, 4 de novembro. Como a casa, que tradicionalmente abriga eventos de pagode, tem hora marcada para o encerramento dos shows aos sábados (22h), o atraso foi o culpado por fazer com que os sets da atração principal e da abertura, a cargo do Torture Squad, fossem reduzidos. Segundo apurado, o voo da equipe do Overkill atrasou e isso refletiu na passagem de som e nos shows.
Desta forma, Vitor Rodrigues (vocal), André Evaristo (guitarra), Castor (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria) acabaram apresentando apenas Generation Dead, Mad Illusions, Living For The Kill e Pandemonium. Vale a pena aceitar esses convites tendo um tratamento diferenciado como banda de abertura, sem ao menos ter um microfone ‘overall’ para a bateria? Para Castor, sim. “O convite feito pelo Bobby ‘Blitz’ foi uma honra. O que aconteceu foi um atraso imprevisto que virou um efeito dominó. Tivemos que fazer das tripas corações, senão nem essas quatro músicas teríamos tocado”, disse.
LIVE EVIL - RINGO STARR & HIS ALL-STARR
Ringo Starr & His All-Starr Band
Credicard Hall – São Paulo/SP
12 de novembro de 2011
Por Airton Diniz / Fotos: Rafael Rossi
Ringo Starr finalmente trouxe ao Brasil o show que faltava para os fãs dos Beatles, já que Paul McCartney tem se apresentado com alguma frequência por aqui e, infelizmente, John e George não podem mais nos brindar com suas presenças físicas. O espetáculo montado para Ringo e sua All-Starr Band segue uma fórmula que se mostra muito bem sucedida e é criação do produtor americano David Fishof, que tem outros exemplos de sucesso de público e crítica, como a turnê “British Rock Symphony”. Trata-se de shows que apresentam grandes clássicos do Rock interpretados por um line-up com a presença de músicos que participaram de alguma forma do sucesso dessas canções. Assim, o público tem a garantia de assistir a um belo concerto, com música de qualidade e artistas de talento indiscutível executando suas obras originais.
No caso da All-Starr Band, não resta dúvida de que Ringo exerce o papel de atração especial simplesmente pelo fato de ser eternamente um Beatle. Sim, porque nenhum dos quatro será algum dia um “ex-Beatle”, pois se o sonho acabou, a realidade da emoção provocada pela música deles é permanente e crescente. É essa coisa mágica que explica a enorme quantidade de adolescentes presentes num show com músicas lançadas nos anos 60. O brilho nos olhos era o mesmo nos pais, nos filhos e até nos netos. Ao meu lado na pista, pai e filha vibravam com a mesma intensidade e a menina exibia orgulhosa suas tatuagens com imagens dos Beatles. Era assim: a garotada se comportando como fãs de Neymar nos estádios, e os mais idosos revivendo os momentos de gols do Pelé fazendo uma analogia inevitável entre o que de melhor sempre existiu no esporte e na arte.
LIVE EVIL - SAXON
Saxon
HSBC Brasil – São Paulo/SP
22 de outubro de 2011
Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Guilherme Nozawa
Na ativa há cerca de 35 anos, o grupo inglês Saxon é daqueles que consegue reunir em seus shows as mais diversas gerações. E após o anúncio de sua vinda ao Brasil, os fãs ficaram alvoroçados para que a banda fizesse o mesmo de dez anos atrás, quando praticamente rasgou o set list e apresentou três horas de composições em um evento que ficou na memória dos paulistanos e brasileiros. Não foi o caso. Divulgando seu mais recente álbum, Call To Arms (2011), os músicos apresentaram um repertório coeso e repleto de clássicos que abordaram grandes trabalhos de toda sua carreira.
Com uma pontualidade digna dos britânicos, Biff Byford (vocal), Paul Quinn e Doug Scarratt (guitarras), Nibbs Carter (baixo) e Nigel Glockler (bateria) entraram no palco com Hammer Of The Gods. Apesar de enérgica, a faixa que abre Call To Arms não agitou tanto quanto a que veio na sequência, Heavy Metal Thunder, um petardo pra deixar qualquer banda novata de queixo caído.
O som estava um pouco embolado no começo, mas melhorou a partir da segunda música e, ao contrário de outros eventos mais recentes na capital paulista, se manteve estável em todo o show. Biff então cumprimentou os presentes e anunciou Never Surrender, do trintão Denim And Leather (1981), dizendo que era para as pessoas que persistem na luta do dia a dia.
LIVE EVIL - SWU
SWU
Parque Brasil 500 – Paulínia/SP
12, 13 e 14 de novembro
Por Heverton Souza e Bento Araujo (*) / Fotos: Renan Facciolo
Por três dias, o município de Paulínia, no interior de São Paulo, foi o centro das atenções do Brasil e do mundo, com todos acompanhando a segunda edição do festival SWU (“Starts With You”). Com todo o conceito de sustentabilidade, o festival apresentou nomes de peso para seus fóruns, como Neil Young e Bob Geldolf, mas foi nos palcos que o festival ganhou sua dimensão. Nomes da música Pop, Hip Hop, Rock e Heavy Metal, entre outros estilos, mostraram diferentes gêneros desde a década de 70 até os dias de hoje. Para o público, não restava muito a não ser curtir as atrações musicais, já que para a sustentabilidade foi bem complicado contribuir.
Citando a parte ambiental do conceito, também era difícil para os presentes participar mais efetivamente. Do lado de fora do Parque Brasil 500, tanto as áreas de estacionamentos quanto a de longa caminhada destes até o festival, sofreram com a ausência de lixeiras e o lixo se acumulava pelos cantos. Entenda: a geração de lixo (preferencialmente não orgânico) não é vista como um grande vilão, já que pelo conceito de sustentabilidade gera emprego para os que recolhem esse material e para os que o reciclam. Só que ficou a pergunta: a organização do evento teria contratado pessoas para tal limpeza nas áreas que cercavam o festival ou eram os funcionários da prefeitura de Paulínia que teriam que desempenhar essa função?
Em termos estruturais, dentro do parque havia pontos positivos e negativos. Muitos banheiros químicos, praça de alimentação para vegetarianos, fácil acesso entre os principais palcos (Energia e Consciência) e caixa 24 Horas – infelizmente apenas um. Já de negativo, tudo muito distante dos palcos, inclusive os banheiros. Mesmo havendo sanitários logo abaixo da arquibancada, estes eram insuficientes, principalmente para as mulheres, que tendem a demorar mais no uso, e a presença de banheiros químicos mais próximos seria de grande ajuda.
Além dos preços, era possível ouvir muitas reclamações de certa discriminação com os não-vegetarianos. De fato, enquanto aos vegetarianos tinham toda uma praça de alimentação coberta, com mesas e cadeiras, os não-vegetarianos sofriam com um lugar espremido, com uma pequena área coberta, de espaço para poucas mesas e mau atendimento.
POSTER - SEPULTURA (ARISE)
Sepultura – Arise o álbum.
RELEASES
Nesta edição:
3
As I Lay Dying
As You Drown
Astafix (DVD)
Bloodbath (DVD)
Brainstorm
Chickenfoot
Cinemuerte
Clawn
Concrete Sun
Eldritch
Gotthard
Halcyon Way
Inner Demons Rise
Kremate
Lance King
Lou Reed & Metallica
Machinage
Mecca
Megadeth
Mortal Sin
Nervochaos
Nitrominds
Paradise Inc
Psychotic Eyes
Sabaton
Sinner
The Force
Totem
Toxic Holocaus
ROADIE COLLECTION - VOIVOD
Voivod
Formado em 1981 em Junquiere, pequena cidade localizada ao norte da província de Quebec (CAN), o Voivod acabou se tornando uma das primeiras bandas de Metal underground do seu país a ganhar uma popularidade internacional. Sua formação original contava com Snake (Denis Bélanger) nos vocais, Piggy (Denis D’Amour) nas guitarras, Blacky (Jean-Yves Thériault) no baixo e Away (Michel Langevin) na bateria. Influenciado por desenhos que assistia na TV quando criança, Michael Away desenhava seus próprios personagens e não tardou para que criasse o rascunho do personagem Voivod. Com o tempo as coisas foram evoluindo e a influência de cada integrante foi falando mais alto. Nomes como Pink Floyd, Venom, Rush, Motörhead, GBH e Discharge ajudariam o Voivod a construir sua identidade, fazendo com que se tornasse uma das bandas mais versáteis da sua geração. Chegou a ter em sua formação o baixista do Metallica Jason Newsted no ano de 2002 e ainda amargou a morte do seu guitarrista fundador Piggy em agosto de 2005. Apesar dos altos e baixos, o vampiro pós-nuclear se mantém mais vivo do que nunca, ainda se apresentando em festivais ao redor do mundo e divulgando seu último trabalho, intitulado Infini.
ROADIE NEWS
Resumo das principais noticias do mês
STAY HEAVY REPORT
Sabor do Brasil em Oslo, Noruega: Sepultura detona no Rockefeller Club
Por Jasmin St. Claire / Fotos: Carl Eek Torgerson
Recentemente, tive oportunidade de ver o Sepultura em Oslo e resolvi escrever sobre o show, pois foi definitivamente um dos melhores da banda que eu já assisti! Sou uma daquelas pessoas que sempre ouviu Sepultura, desde o início em 1984. E fui eu quem os apresentou no palco no primeiro show deles com Derrick Green, nos EUA, em 1999.
Antes que qualquer conhecedor de Metal diga algo e tenha suas dúvidas sobre o Sepultura e as mudanças na formação que ocorreram com o passar dos anos, peço: mantenha sua mente aberta e leia sobre este que foi um dos melhores shows do ano em Oslo. O Sepultura tocar em Oslo foi um grande evento, tanto que até Shagrath, vocalista da maior banda de Black Metal da Noruega, Dimmu Borgir, estava presente na plateia aquele dia.
Cheguei ao Rockefeller, local do show, um pouco cedo, por volta das 17h, e resolvi dar um “oi” ao pessoal. A fila já estava na metade do quarteirão da casa. Quando subi ao andar dos camarins, já havia alguns fãs que fizeram um bonito presente de boas vindas para o Sepultura. Era o Sepularmy da Noruega. Eles pintaram o logo do Sepultura sobre uma bandeira do país. O estado de espírito da banda antes de eles subirem ao palco estava muito bom.
WANTED CREW - HILTON VALENTINE
Wanted Crew
Hilton Valentine
ETERNIZADO COM O THE ANIMALS
Aos 19 anos de idade, Hilton Valentine deixou de ser um desconhecido músico de Skiffle oriundo de North Shields, uma cidadezinha no interior da Inglaterra, para se tornar ícone e peça importante de uma das maiores febres da história do Rock: a invasão britânica, ou ‘British Invasion’, como preferir. Como guitarrista do The Animals, ele viveu o auge dos anos 60 e, ao lado The Beatles, The Kinks, The Rolling Stones, entre tantos outros, arrebatou a América do Norte e chamou a atenção do mundo para uma série de novos artistas de seu país. Entretanto, problemas financeiros e de gestão rapidamente nocautearam o grupo e levaram Valentine de volta a um dia-a-dia comum, longe dos holofotes e da badalação. Aos 68 anos, depois de várias tentativas de reavivar o trabalho com seus ex-companheiros, Hilton volta às raízes, se dedica à música Skiffle e se diverte em uma rotina pacata ao lado da família.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |