Após quatro décadas de muito sucesso em fases distintas, mas todas de enorme qualidade e sempre contanto com músicos acima da média, o Scorpions anunciou que estará se aposentando após a atual turnê. Todas as bandas passam por altos e baixos…
Edição #164
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SCORPIONS
40 Anos De Hard Rock E Diversão
Uma Carreira Memorável
Após quatro décadas de muito sucesso em fases distintas, mas todas de enorme qualidade e sempre contanto com músicos acima da média, o Scorpions anunciou que estará se aposentando após a atual turnê. Todas as bandas passam por altos e baixos e, nesse momento, o Scorpions se encontra em situação favorável, tendo lançado mais um ótimo álbum de estúdio, Sting In The Tail, e ainda toca ao vivo com uma qualidade impecável. Esse é o motivo principal da decisão tomada, ou seja, a banda decidiu que quer encerrar a carreira em alta tanto em estúdio como em suas performances, que sempre foram motivo de muito orgulho para seus integrantes e para os fãs que nunca deixaram de presenciar uma banda realmente profissional que executa seus clássicos ao vivo de maneira festiva. O vocalista Klaus Meine nos atendeu diretamente de sua casa em Hanover (ALE) para falar sobre esse momento atual do Scorpions e do álbum de covers e reagravações lançado recentemente.
STEVE HARRIS
O segredo de estado de Steve Harris
O líder do Maiden em carreira solo
Steve Harris ficou conhecido como baixista, líder, principal compositor e letrista do Iron Maiden. Para muitos fãs, a bem da verdade, Steve Harris é o Iron Maiden. No entanto, de agora em diante, pode-se no máximo dizer – para quem quiser ousar – que o Iron Maiden é Steve Harris, já que o músico se tornou um pouco mais que a banda. Sem dar qualquer pista de seus planos, como quem guarda um verdadeiro segredo de estado, o britânico anunciou, em julho último e para a surpresa de seus admiradores, o lançamento de seu primeiro álbum solo, British Lion (2012). “Por que, afinal, Harris precisaria de um disco assim?”, muitos se perguntaram. As respostas, assim como todos os detalhes desse inusitado e inesperado trabalho, estão nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW. Há de se ressaltar que, por restrições da própria equipe do músico, nossa conversa praticamente se restringiu ao recente registro. É claro, porém, que o Iron Maiden surgiu em meio a tantas questões. Afinal, com ou sem álbum solo, falar de Steve Harris é falar de Iron Maiden.
JOHN MCMURTRIE
A VIDA NA ESTRADA COM O IRON MAIDEN
Em 2007, o Iron Maiden anunciou que excursionaria pelo mundo durante a “Somewhere Back In Time World Tour” a bordo de um avião customizado chamado ‘Ed Force One’ e pilotado por ninguém menos que Bruce Dickinson (vocal). A situação inusitada chamou a atenção dos fãs e da mídia e, como não poderia deixar de ser, foi devidamente registrada – inicialmente, no documentário Flight 666 (2009), dirigido por Scot McFadyen e Sam Dunn, e agora em “On Board Flight 666” (2011), livro repleto de fotos e relatos preciosos e detalhados daquela e de outras turnês posteriores. Na entrevista a seguir, John McMurtrie, autor do livro e fotógrafo oficial do Iron Maiden nos últimos anos, nos dá todas as informações sobre este trabalho, lembra o show da banda em Interlagos em 2009, comenta a personalidade de cada integrante do grupo e fala da vida na estrada com Bruce, Steve Harris (baixo), Adrian Smith (guitarra), Dave Murray (guitarra), Janick Gers (guitarra) e Nicko McBrain (bateria).
COMMAND6
FINCANDO A BANDEIRA NEGRA
Cada novo nome que desponta no cenário Metal nacional, geralmente vira promessa. E como o público é sedento por novidades, quando algo relevante e de trabalho consistente surge, logo vira assunto, é compartilhado e, com uma forcinha da internet, ganha visibilidade e soma fãs. É assim com os paulistanos do Command6, especialmente após o lançamento de Black Flag, que saiu via ‘streaming’ e, desde então, tem tido muitos players. Conversamos com a banda para saber como anda a repercussão do trabalho e mais sobre a produção comandada por Adair Daufembach, um dos responsáveis por bons trabalhos da atualidade, como das bandas Trayce e Project46. Entre riffs brutais e melodias, veja porque essa euforia se justifica.
DRAGONFORCE
RENOVADO
Em seu novo disco, The Power Within, o Dragonforce não apenas apresenta seu novo vocalista, Marc Hudson, como incorpora diversos elementos à sua música. As músicas não raro atingem sete ou oito minutos de duração e o ritmo às vezes beira o insano em termos de velocidade. Os guitarristas Herman Li e Sam Totman ainda mostram todo seu virtuosismo, o que não os impede de trocar as guitarras pelo violão em pelo menos uma faixa. Li falou com a ROADIE CREW sobre The Power Within e o que significa lançar um novo disco com um novo vocalista. Mesmo com a conexão telefônica não colaborando muito e caindo por diversas vezes, Li falou ainda sobre sua relação com a música e mostrou seu ponto de vista bem particular sobre vários assuntos.
FEAR FACTORY
HELLYEAH
TOCANDO COM O ÍDOLO
Band Of Brothers
, terceiro disco do Hellyeah, é muito mais pesado do que os dois anteriores, Hellyeah (2007) e Stampede (2010). Nesse novo trabalho, os guitarristas Tom Maxwell e Greg Tribbett (Mudvayne) criaram verdadeiras trincheiras de riffs em faixas como War In Mee Bigger God. E enquanto os dois primeiros tiveram suas sutilezas, Band Of Brothers passou longe disso. Greg se arrisca no acústico em Between You And Nowhere, é verdade, mas isso é apenas um respiro em meio ao violento ataque de guitarras, ao incendiário vocal de Chad Grey (também do Mudvayne) e aos ataques monstruosos da bateria de Vinnie Paul (ex-Pantera) e do baixo de Bob Zilla. Greg e Tom se encontraram com a ROADIE CREW numa bela tarde em Hollywood, na Califórnia (EUA), para falar sobre o novo disco e sobre como é trabalhar com Vinnie Paul, de quem ambos são grandes fãs e se sentem muito honrados por tê-lo em sua banda.
NILE
O SÉTIMO PETARDO
Sucesso de crítica e um dos maiores nomes do Death Metal na última década, o Nile se firmou como um grupo de características bem peculiares: músicas complexas, riffs, harmonias e ritmos quebrados, velocidade e peso aniquiladores, letras sobre o antigo Egito, arte, misticismo etc., títulos gigantescos para as faixas de seus álbuns. Os fãs sabem o que esperar da banda e Karl Sanders (vocal, guitarra, baixo, teclado), Dallas Toler-Wade (vocal, guitarra) e George Kollias (bateria, percussão) sabem bem o que oferecer aos fãs. Com quase duas décadas de atividade, os norte-americanos de Greenville, Carolina do Sul, apresentam novidades aos seus admiradores: além da entrada de Todd Ellis (baixo) no lugar de Chris Lollis, chega ao mercado um novo álbum, At The Gate Of Sethu (2012). Em entrevista à ROADIE CREW, o líder Karl Sanders nos passou os detalhes do recente lançamento, falou sobre a saída de Lollis e disparou contra os “abusos virtuais” e as tendências do Metal moderno.
PRETTY MAIDS
TRINTA ANOS DE HARD’N’HEAVY
Nestes trinta anos de carreira, foram doze álbuns de estúdio, três EPs, duas coletâneas e três discos ao vivo, contando com o mais recente lançamento em DVD e CD (duplo), It Comes Alive (Maid In Switzerland).
Porém, muito mais do que números, a importância da banda dinamarquesa Pretty Maids se dá pela construção de um estilo próprio, mesclando Hard Rock, AOR, Heavy e Power Metal, que a fez se tornar referência para diversas gerações de músicos. Ainda que não tenha a mesma visibilidade entre os brasileiros como se via na década de 80, quando o grupo lançou os clássicos Red, Hot And Heavy (1984) e Future World (1987), o guitarrista Ken Hammer se mostrou surpreso e indagou, na entrevista a seguir, o motivo por ainda não ter se apresentado no Brasil.
RYGEL
Iminente
Fundado na cidade de Santos, em 2004, o grupo Rygel já mostrou personalidade com o ‘debut’ Realities… Life As It Is (2009), mas agora com o lançamento de Imminent é que a banda trouxe para o público a sua real inspiração.
O trabalho atual mostra musicalidade eclética e que mescla aspectos agressivos do Thrash e do Death Metal com Prog e a melodia do Tradicional, tudo isso temperado com técnica bastante apurada. Os guitarristas Wanderson Barreto e Anibal Pontes contam um pouco sobre a história do Rygel e como foi o processo de composição de Imminent.
SAXON
Incansável
Influenciar bandas como Metallica, lançar álbuns relevantes, manter-se vivo durante os maus momentos da economia, estar presente em festivais de peso, continuar agregando fãs e fazendo turnês não é tarefa para qualquer banda. O Saxon, que beira os quarenta anos de existência, fez tudo isso e continua sua missão sem pensar em aposentadoria, sempre buscando fazer seu som e agradar os fãs que já o seguem a décadas. Mantendo-se fiel ao estilo que ajudaram a criar, eles acabam de lançar um DVD acompanhado de dois CDs mostrando todo o potencial da banda ao vivo e parte das tantas músicas de sucesso que o Saxon lançou. Entre altos e baixos, eles continuam firmes e já planejando o que será o vigésimo álbum de estúdio. Numa conversa rápida e de poucas palavras, o vocalista Peter Rodney “Biff” Byford falou sobre o momento da banda, a relação com os fãs e o que passaram em todos esses anos.
VIKA
A Pianista Metal Que Se Tornou Um Fenômeno Do Youtube
Viktoriya Yermolyeva, ou simplesmente Vika – na internet, mais conhecida pelo login ‘vkgoeswild’ –, é uma ucraniana de 33 anos que se tornou um fenômeno no YouTube. Em seu site oficial e na página de seu canal no mais popular dos sites de compartilhamento de vídeos, ela se apresenta como “uma premiada pianista clássica que decidiu tentar algo mais.” A descrição não poderia ser mais exata. Com uma abordagem única e inusitada, Vika faz do piano um instrumento de Metal e Rock em suas melhores e, por incrível que pareça, mais puras formas. Suas leituras para clássicos de Metallica, Cannibal Corpse, Pantera, Tool, Iron Maiden, Guns N’Roses, Slayer, Queen, Opeth, Megadeth, Motörhead e tantos outros são impressionantemente detalhadas e precisas, e garantiram a seus vídeos mais de 47 milhões visualizações nos últimos quatro anos. A ROADIE CREW procurou a pianista a fim de saber mais sobre sua carreira, seus planos para o futuro e o que a levou a se enveredar definitivamente pelo Metal.
VULTURE
Death Metal Em Família
Formado em 1995, o Vulture se consagrou com Destructive Creation, lançado em 2011, como um dos bons nomes do atual Death Metal nacional. Cheia de planos, a banda atualmente é formada pelos irmãos Adauto Xavier (guitarra e vocal, único remanescente da formação original), André Xavier (bateria), Yuri Schumann (guitarra e backing vocal) e Max Schumann (baixo). Conversamos com eles para saber mais sobre a repercussão do disco e dos novos projetos.
BACKGROUND ROLLING STONES PARTE 3
Logo em janeiro de 1967, sairia o novo trabalho dos Rolling Stones: Between The Buttons foi lançado na Grã-Bretanha em 20 de janeiro e marcaria o final da parceria com Andrew Loog Oldham. Seria, também, o último a ter versões diferentes para os mercados britânico e americano. E, no fim das contas, seus dois maiores hits só sairiam nos EUA: Ruby Tuesday e Let’s Spend The Night Together. As duas músicas também fizeram parte de um single lançado nos dois mercados e que atingiu o primeiro posto das paradas americanas.
A essa altura, os EUA estavam mais do que conquistados pelos Stones, que mais do que depressa foram para lá a fim de divulgar o novo disco. E foi nessa viagem que aconteceu um dos episódios mais conhecidos e mais bizarros da história da banda. A passagem pela terra do Tio Sam previa a famosa divulgação por rádio e TV. E um dos programas de variedades da televisão americana na época era comandado por Ed Sullivan. E ele simplesmente implicou com Let’s Spend The Night Together(“vamos passar a noite juntos”), forçando a banda a mudar o refrão, que passou a ser “let’s spend some time together” (“vamos passar algum tempo juntos”). Há alguns vídeos na internet mostrando essa apresentação e a cara de insatisfeito de Jagger na hora em que entoa esse verso é no mínimo hilária.
BACKSPAGE
Tecladistas: Os Discretos Também Merecem Menção
Eu não tinha nenhuma dúvida que ao enaltecer nomes como Keith Emerson, Rick Wakeman e Jon Lord iria angariar elogios e alguns questionamentos a respeito de outros grandes nomes dos teclados que ficaram fora da matéria publicada no “Backstage”. Vale frisar, novamente, que os três músicos citados na edição de agosto da ROADIE CREW são, disparado, os primeiros a serem lembrados no quesito tecladistas. Mas é claro que muitos outros tiveram e ainda têm papel importante por trás das teclas. Então, vamos a alguns deles…
Ray Manzarek: dispensando o baixista
O Doors é uma banda que ainda nos dias de hoje divide a opinião dos apreciadores do Rock.
BLIND EAR - MIKE PORTNOY
Por Claudio Vicentin / Fotos: Denis Ono
“Vamos lá, quero ver se acerto tudo de primeira (risos). Mastodon! (R.C.: começou bem). Uma de minhas bandas favoritas do momento e tenho escutado bastante seus álbuns. Eles combinam o Sludge Metal com riffs à lá Sabbath e colocam no meio disso muitos elementos do Progressivo, o que é uma combinação perfeita. Músicos criativos e muito técnicos, com uma musicalidade enorme, e bons vocais. Legal, gostei!”
Mastodon – Black Tongue
The Hunter
CLASSICOVER - BOMBS OF DEATH
Bombs Of Death
Original: Hirax
Álbum: Raging Violence (1985)
Cover: Powergod
Álbum: That’s Metal Lesson II – Long Live The Loud (2005)
O Hirax pode não ter tido o mesmo sucesso comercial que seus contemporâneos do Thrash oitentista, mas é inegável a influência do grupo de Katon W. De Penna na cena Metal, até mesmo para o desenvolvimento do gênero Crossover, já que sua sonoridade rápida possuía elementos de Hardcore. Sob o comando de Katon, o Hirax criou alguns clássicos com os dois primeiros discos, sendo Bombs Of Death uma das músicas mais apreciadas entre os fãs. Contando inicialmente com Scott Owen (guitarra), Gary Monardo (baixo) e John Tabares (bateria), o grupo forjou uma sonoridade veloz, seca e agressiva, bem representada nos quase dois minutos de Bombs Of Death, que trata de uma temática bem comum para o estilo, falando de guerra nuclear e desgraças em geral.
Lançado em outubro de 1985 pela gravadora Metal Blade Records, o álbum Raging Violence traz ainda torpedos como Blitzkrieg Air Attack, Warlords Command, Demons – Evil Forces e Bloodbath, num total de catorze músicas divididas em cerca de meia hora de porradaria.
CLASSICREW SLADE/38SPECIAL/BLACK SABBATH
1972
SLADE
Slade Alive!
Bento Araujo
Um riff distorcido, palmas ensandecidas, gritos desesperados. Estamos em 1972 e esses são os primeiros segundos de um álbum ao vivo tão poderoso e fulminante que até hoje, quarenta anos depois, ainda é considerado um dos maiores discos ao vivo da história do Rock.
Slade Alive! é anarquia em estado bruto. Tem zoeira aos montes – arrotos, berros, gargalhadas –, uma tiração de sarro atrás da outra. Punk antes mesmo de o gênero existir. Fez tanto a cabeça de Gene Simmons que ele, quando lançou o primeiro disco ao vivo de sua banda, fez questão de batizá-lo com um título idêntico ao dessa maravilha pueril.
Chas Chandler, empresário, produtor e mentor do Slade, tinha certeza que o jeito mais fácil de vender o som do Slade seria capturando a energia do grupo ao vivo. Os dois discos anteriores de estúdio foram fracassos comerciais. Para captar aquela anarquia toda, Chandler alugou um estúdio em Londres chamado Command Theatre Studio.
GARAGE DEMOS
Nesta edição:
Rotten Filthy
Bjack
Darkhron
Katharsick
Savage Rage
ETERNAL IDOLS - JON LORD
Jon Lord (09/06/1941 – 16/07/2012)
Jonathan Douglas Lord nasceu no dia 9 de junho de 1941 na cidade de Leicester (ING). Logo aos 5 anos de idade, o filho de Reginald e Mirian Lord foi matriculado numa escola de música, onde começou a estudar piano clássico. Não demorou muito para intensificar seu interesse pela obra de Johann Sebastian Bach, assim como pela música medieval. Na pré-adolescência, passou a se interessar por coisas mais populares, caindo de cara no Blues e ouvindo grandes organistas americanos, como Jimmy Smith, Jimmy McGriff e Jack McDuff. Em comum, esses músicos usavam o lendário órgão Hammond, modelo B3 ou C3, que se tornaria o sonho de consumo de Lord.
A tranquila Leicester ficou para trás em 1959, quando ele partiu para Londres para tentar a carreira de ator, passando a estudar na Central School Of Speech And Drama. Para pagar a escola e demais despesas com seu flat, o tecladista se apresentava em clubes londrinos, fazendo também alguns trabalhos esporádicos como músico de estúdio. Sua mais importante participação se deu ao lado dos Kinks na gravação do clássico You Really Got Me(1964).
HIDDEN TRACKS - WARRIOR
Warrior
Origem: Estados Unidos
Época: anos 80
Estilo: Metal Tradicional/Power Metal
Formação clássica: Perry Parramore McCarty (vocal), Tommy Asakawa e Joe Floyd (guitarras), Rick Bennett (baixo e teclados) e Liam Jason ou “Jackie Enx” (bateria)
Discografia: Fighting For The Earth (1985), Ancient Future(1998), The Code Of Life (2001) e The Wars Of God And Men(2004)
Uma das maiores injustas do mundo do Rock são bandas de excelente qualidade que apareceram mas não tiveram o seu valor devidamente reconhecido na cruel indústria fonográfica dos EUA. Um grande exemplo é o grupo californiano Warrior, formado em São Diego nos anos 70 por Tommy Asakawa.
O guitarrista iniciou sua carreira no Buster Cherry e passou pelo Mickey Ratt, sendo substituído por ninguém menos que Jake E. Lee. Assim, acabou se juntando ao inseparável amigo e guitarrista Robbin Crosby, formando o Metropolis. O grupo logo passou a se chamar Phenomenon, contando com os vocais de Perry Parramore McCarty. Porém, Asakawa percebeu que nada estava rolando em São Diego e convenceu seus colegas a tentar a grande sorte em Los Angeles. Encorajado por Stephen Pearcy, todos mudaram de cidade e assim que chegaram a Los Angeles, alteraram o nome para Secret Service e o estilo para o Hard Rock, aceitando sugestão de Parramore.
As coisas começaram a acontecer para o Secret Service mas, durante uma apresentação, os músicos notaram a presença de um magrelo que não parava de encará-los, principalmente a Robbin Crosby. Aquele sujeito era ninguém menos que o guitarrista Warren DeMartini, que acabou se unindo a Crosby e Pearcy para a criação do Ratt. E o resto é história…
LIVE EVIL - AT THE GATES / MARDUK
At The Gates e Confronto
Hangar 110 – São Paulo/SP
29 de julho de 2012
Por Andréa Ariani / Foto: Renan Facciolo
É triste quando uma banda anuncia que vai dar um tempo ou sai de cena sem previsão de volta. Se a vontade de tocar e permanecer na ativa é maior que os problemas, esse período até que faz bem para dar uma recarga nesse espírito criativo e na vontade de se manter em cima de um palco. E foi exatamente assim com os suecos do At The Gates. Quase uma década de hiato e desde 1995 sem disco de inéditas, em 2007 a banda resolveu voltar a tocar e em grande estilo, no “Wacken Open Air” de 2008, rendendo o DVD Purgatory Unleashed, parte de um lançamento triplo em 2010. E foi para a divulgação desse material que a banda fez sua primeira turnê pela América do Sul, encerrando em São Paulo com show no Hangar 110 – única data no Brasil.
A expectativa de tocar para os fãs do lado de cá da América era tanta que a banda não economizou nos posts nas redes sociais e se esforçou para se comunicar na língua local. Para os que estiveram neste último show, escreveram no Facebook: “São Paulo, hoje à noite nós vamos rasgar os céus com nossas próprias mãos!” Para começar essa doidera, a banda convidada para a abertura também vive um momento de boas vibrações e expectativa. O Confronto está preparando disco novo, depois de um bom tempo sem inéditas, e também preparou um set especial para o evento.
Marduk & Enthroned
Hangar 110 – São Paulo/SP
11 de agosto de 2012
Por Frans Dourado / Fotos: Edi Fortini
A noite de sábado, 11 de agosto, marcou a volta de dois grandes nomes do Black Metal europeu no Brasil. Os belgas do Enthroned e os suecos do Marduk apresentam duas variantes do profano estilo – mas não pareceu haver distinção entre aqueles que foram acompanhar ambos. E mesmo os que originalmente se deslocaram ao Hangar 110 para ver uma das bandas, em sua maioria se deleitou com a outra.
Coube a duas bandas brasileiras a tarefa de abrir as apresentações da noite. O Mørk Visdom subiu ao palco dando o tom do evento. O Black Metal executado pelo quinteto apresenta boas composições, que foram prejudicadas pelo som da casa, responsável por detonar as duas bandas de abertura. O grupo carece de mais maturidade e sua apresentação, das indumentárias e maquiagens ao discurso, não foi capaz de fugir dos clichês mais batidos do estilo. Mas essas arestas poderão (e só serão) aparadas com tempo de estrada e trabalho árduo.
O Khrophus, de Santa Catarina, foi a exceção da noite em termos de sonoridade. O Death Metal do trio empolgou, apesar das falhas do equipamento. O começo da apresentação foi marcado pelo sumiço do som da guitarra e mesmo quando ele foi ouvido essa aparição se deu em meio a uma massa confusa que infelizmente não deu a real noção da qualidade da banda, Destaque para Forbidden Memories e By The Sun.
LIVE EVIL - FORCAOS
Centro Cultural Dragão do Mar – Fortaleza/CE
20 e 21 de julho de 2012
Por Daniel Tavares / Fotos: Karen Pedregal
O “ForCaos” é um festival que acontece anualmente em Fortaleza (CE) no mês de julho, reunindo diversas bandas de Rock e Metal da cena local e nacional. Nascido inicialmente da ideia da Associação Cultural Cearense do Rock (ACR) de dar uma opção a quem não curtia a ideia de participar da micareta, o evento chegou este ano à décima quarta edição, com as noites de 20 e 21 de julho sendo dominadas pelo Rock e pelo Metal no Centro Cultural Dragão do Mar e no Centro Cultural Banco do Nordeste, recebendo bandas do porte de Obskure, Unearthly, Expose Your Hate e Headhunter D.C, que iriam tocar naquele tal festival que foi um fiasco em abril.
Além das apresentações das bandas, empenhada em promover debates e conscientização sobre os desafios do mundo moderno e da profissão de músico, a ACR também promoveu, como de costume, debates importantes para músicos e fãs em geral. Os temas abordados foram “Música, Direito Autoral e o Papel do ECAD”, com Alexandre Negreiros, doutorando em Políticas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento da UFRJ; e “A Mulher no Rock e Heavy Metal”, com Marly Cardoso, advogada e vocalista do No Sense, Natália Ribeiro, coordenadora do Movimento Underground Carioca e produtora da Web TV Metal Busted, e Alinne Madelon, vocalista do Knickers e proprietária da loja Metal Fatality, na Galeria do Rock Cearense.
Uma iniciativa inédita foi a “Bicicletada do ForCaos”, que ocorreu no final de semana anterior ao festival e que percorreu diversos locais que foram importantes para a consolidação da cena underground de Fortaleza nos anos 90 e 2000, bem como deixou evidente sua preocupação ecológica e urbana.
MARILLION
DE VOLTA AO MELHOR DA ERA HOGARTH
Somewhere Else (2007) e Happiness Is The Road (2008), últimos dois registros de inéditas de estúdio do Marillion, agradaram aos fãs e obtiveram boas respostas da crítica especializada. No entanto, indubitavelmente deixaram algo a desejar. Nesses discos, ainda que brilhasse em inúmeros momentos, o grupo dava impressão de estar longe de seu melhor. Steve Rothery (guitarrista) não parece discordar muito disso, mas promete que com o novo lançamento, Sounds That Can’t Be Made (2012), a história é diferente. E que seja, pois viria na hora certa: na época do tão aguardado e demorado retorno do Marillion ao Brasil, marcado para outubro (dia 11 em São Paulo/SP, 13 no Rio de Janeiro/RJ e 14 em Porto Alegre/RS). Confira mais detalhes sobre o novo álbum nesta entrevista exclusiva.
POSTER – QUIET RIOT
RELEASES
Releases – resenhas dos principais lançamentos do mês.
Nesta edição:
Agouro
Allegaeon
As Silence Breaks
At Vance
Aus Der Transzendenz
Bedemon
Betty 57
Bioface
Bombay Black
Circle II Circle
Dark End
Delain
Devious
Dew-Scented
Ensiferum
Ewigheim
Falling In Disgrace
Hangar
Hardbone
Helldorados
Horisont
Hotel Diablo
Hysterica
Leprous
Madre Cassino
Malice
Marilyn Manson
Massacre
Master
Mudface
Mythological Cold Towers
Patria
Paura
Pestilential Shadows
Primate
Rodrigo Simão
Rygel
Scelerata
Scott Kelly And The Road Home
Skylark
Soul Sacrifice
Squackett
Stormental
Testament
Threat
Thriven
Torche
Vintersorg
Vision Divine
Watch Me Bleed
Wigelius
Wretched
ROADIE COLLECTION - SOULFLY
ROADIE NEWS
Roadie News
MORRE CELSO BLUES BOY
O guitarrista e vocalista Celso Blues Boy faleceu, aos 56 anos de idade, no último dia 6 de agosto. O autor de Aumenta Que Isso Aí É Rock’n’Roll sofria de câncer na garganta e será sepultado em Blumenau (SC), já que há alguns anos estava radicado em Joinville.
Celso Blues Boy deu um sotaque brasileiro ao Blues e vinha fazendo história desde a metade dos anos 70. Com apenas 17 anos, integrou o grupo de Raul Seixas e acompanhou alguns nomes da MPB, como Renato e Seus Blue Caps, Sá & Guarabira, Luiz Melodia, além de integrar as bandas Legião Estrangeira e Aero Blues.
A fama de Celso veio nos anos 80 com o álbum Som Na Guitarra(1984), que traz os hits Aumenta que Isso Aí É Rock’n’Roll e Blues Motel. Além desses, o compositor criou outros clássicos, como Marginal, Damas Da Noite, Tempos Difíceis, Fumando Na Escuridão e Sempre Brilhará, além das trilhas para os filmes “Rock Estrela” e “Bete Balanço”.
Na década de 90, Celso passou a se apresentar regularmente na Europa, virou amigo de BB King – a quem homenageia no nome artístico e que empresta seu toque único a Mississipi, faixa de Indiana Blues (1995) – e recebeu o convite para integrar os Commitments. Participou do festival de Montreux, na Suíça, em 1995. Seu último registro de estúdio, Por Um Monte De Cerveja, saiu no ano passado.
ROADIE PROFILE - NIGE ROCKETT (ONSLAUGHT)
Roadie Profile Ricardo Batalha
Nige Rockett (Onslaught)
STAY HEAVY REPORT
2112: Negócios E Heavy Metal Juntos
A equipe do Programa Stay Heavy embarcou rumo à Europa na segunda quinzena de junho para cobertura do festival finlandês “Tuska Open Air Metal Festival” (vide “Stay Heavy Report” da edição de agosto).
Porém, antes de chegar à Finlândia, fizemos uma parada na Suécia, mais precisamente em Gotemburgo, para conhecer o bar e restaurante 2112, estabelecimento de propriedade de Peter Iwers e Björn Gelotte, respectivamente baixista e guitarrista do In Flames.
Gotemburgo (em sueco Göteborg) é a segunda maior cidade da Suécia em população, ficando atrás apenas da capital Estocolmo. Para os headbangers, a localidade é famosa por ser o berço do Death Metal Melódico, sinônimo da expressão ‘Som de Gotemburgo’, sendo At The Gates, Dark Tranquillity e In Flames precursores do subgênero. A cidade também é casa de outras bandas de Metal, como Evergrey, Hammerfall, The Haunted e Dream Evil.
Ao chegarmos ao 2112, em uma quarta-feira, dia 20 de junho, fomos recepcionados por Oscar Josephson, barman, garçom, gerente, enfim, quem toca o negócio ao lado de Björn e Peter. Os sócios famosos estavam fora da cidade em função do feriado de Midsummer (21/6), que, depois do Natal, é o feriado mais celebrado na Suécia. Midsummer é o dia em que ocorre o solstício, o dia do ano com maior período de luz.
EDITORIAL
Elvis: o Rei do Rock, eternamente
No dia 16 de agosto, completaram-se 35 anos da morte de Elvis Presley e isso fez com que eu me sentisse na obrigação de comentar algo sobre essa verdadeira lenda do mundo da música, principalmente porque durante vários anos minha geração desprezou e até mesmo ridicularizou a imagem do Elvis. O interesse por música, especialmente pelo Rock, por parte da maioria das pessoas da minha idade só começou nos anos 60 com o aparecimento de Beatles, Rolling Stones e outros, período em que Elvis atravessava uma fase terrível, pois sua carreira tinha passado a ser totalmente direcionada para o objetivo comercial de quem administrava seu trabalho artístico. Com isso, aquele garoto que causou enorme impacto quando surgiu nos anos 50 com muita irreverência, esparramando o Rock’n’Roll pelo mundo (apesar de nunca ter se apresentado fora dos EUA) e afrontando grande parcela da conservadora sociedade americana com suas performances, acabou se transformando numa atração altamente lucrativa (na música e no cinema), mas com seu prestígio como artista ofuscado pelo aparecimento da poderosa geração que realizou a maior revolução cultural e comportamental da história da humanidade.
Na semana em que todos os grandes veículos de comunicação prestaram homenagens à memória do Rei, cheguei a lembrar de onde eu estava e o que estava fazendo quando foi anunciada sua morte. A partir daquele instante, em 1977, foi que passei a reavaliar o que significava o fenômeno Elvis para a música que assumiu tamanha importância na minha vida pessoal e profissional. Até porque, alguns anos antes disso, o tempo que eu passava ouvindo música era predominantemente dedicado a curtir Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Grand Funk Railroad, Jimi Hendrix e outros nessa mesma linha, enquanto Elvis se apresentava nos cassinos de Las Vegas, com aparência decadente, obeso, ou possivelmente inchado, cujo maior sinal de ousadia e extravagância estava no figurino de gosto extremamente duvidoso. Mas, passei então a sentir que valeria a pena me aproximar de sua música e prestar atenção no seu trabalho que, acima de tudo, proporcionou ao Rock a condição de alcançar uma dimensão que nenhum outro estilo musical conseguiu. Embora não tenha se destacado como compositor (quase todo seu repertório é de músicas criadas por outras pessoas), sua obra tem a marca inconfundível de uma voz perfeita, poderosa e única.
Elvis não foi o primeiro astro do Rock que apareceu na cena musical, mas sem qualquer dúvida foi quem desencadeou a explosão desse gênero que se ramificou, se modernizou e continua presente na vida das pessoas em todos os países do mundo. A importância de Elvis para arte pode ser sintetizada numa frase proferida por John Lennon: “Os Beatles não teriam existido se Elvis Presley não tivesse aparecido antes.” Seguramente, esse mundo seria totalmente diferente se ele não tivesse nascido. Recomendo a todos uma visita a Graceland, em Memphis (EUA), inclusive aos que tenham reconhecido tardiamente seu valor.
Airton Diniz
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |