O tempo costuma ser ingrato com várias bandas e são poucas as que passam no teste da longevidade. O Testament nasceu, teve seu momento de ascensão na Bay Area, brigou para se manter vivo…
Edição #165
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TESTAMENT
A MELHOR FASE
O tempo costuma ser ingrato com várias bandas e são poucas as que passam no teste da longevidade. O Testament nasceu, teve seu momento de ascensão na Bay Area, brigou para se manter vivo, sofreu uma constante troca de integrantes, foi criticado e passou por momentos de muita incerteza. Felizmente, o jogo virou de maneira positiva para a banda: o vocalista Chuck Billy venceu uma batalha contra o câncer em 2003, uma reunião da formação original aconteceu em 2005, vários show começaram a acontecer e finalmente o mundo pôde ouvir um Testament revigorado e prometendo muito com The Formation Of Damnation (2008). Era dado o pontapé inicial para uma nova fase, uma das melhores da carreira do grupo. A formação atual – Chuck, Eric Peterson e Alex Skolnick (guitarras), Greg Christian (baixo) e Gene Hoglan (bateria, Fear Factory, ex-Dark Angel, Death e outros) – está muito entrosada e o novo disco, Dark Roots Of Earth, não deixa dúvidas disso. É mantendo a sua identidade musical e soando de maneira atual que eles mantiveram uma base de fãs muito fiel e ainda conquistaram uma nova geração. Nessa entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Chuck fala mais sobre essa jornada e o momento atual vivido por eles.
ANDRE MATOS
TRANSBORDANDO EXPERIÊNCIA
Andre Matos tem anos de carreira e transborda experiência, maturidade e direcionamento musical em seu novo álbum, um dos melhores de sua carreira. Conversamos com o vocalista que deu uma geral em acontecimentos recentes e em sua atual fase.
IHSAHN
INCOMUM
Quem lê a entrevista abaixo, percebe que o título do novo álbum de Ihsahn, Eremita (2012), pode perfeitamente ser uma referência ao criador da obra, ainda que este não a defina como um trabalho voltado a si mesmo. Recluso, estranho – ainda que muito simpático –, o lendário músico norueguês vem, desde 2006, traçando uma trajetória brilhante como artista solo e construindo uma nova revolução a partir de sua mente criativa. Depois de transformar o Emperor em um fenômeno do Metal mundial, ele parte para uma linha mais Progressiva e experimental, e novamente se sai muito bem. Na conversa que tivemos, o ícone do Black Metal contou os detalhes de seu mais recente lançamento, falou da amizade com o vocalista Kristoffer Rygg (“Garm”) do Ulver e dos planos e restrições ao futuro do Emperor.
JACK BRUCE
REVIVENDO O PASSADO
Jack Bruce é conhecido como baixista e vocalista do Cream, mas o que poucos sabem é que assim que a banda encerrou atividades, em 1968, ele passou dois anos trabalhando com o baterista e vocalista de Jazz e Fusion Tony Williams no Lifetime, chegando a participar de dois discos, Emergency! (1969) e Turn It Over (1970). Recentemente, ele voltou a relembrar o material desses trabalhos no projeto Spectrum Road, que traz o guitarrista Vernon Reid (Living Colour), a baterista Cindy Blackman-Santana (esposa de Carlos Santana) e o tecladista John Medeski e lançou um disco homônimo em junho último. Nesta entrevista exclusiva à ROADIE CREW, ele fala sobre essa nova empreitada e sobre o que representa tocar novamente aquele repertório depois de mais de quarenta anos, além de relembrar detalhes de sua inesquecível passagem pelo Cream.
MITCH MALLOY
O “QUARTO VOCALISTA” DO VAN HALEN
Mitch Malloy surgiu no começo da década de 90 como um dos mais promissores vocalistas de sua geração. Seu primeiro álbum, Mitch Malloy (1992), contou com grandes músicos e colaboração de ninguém menos que Desmond Child (Aerosmith, Kiss, Bon Jovi). Sucesso absoluto tanto de crítica quanto de vendas, o disco caiu no gosto dos fãs de Hard e AOR. No entanto, o trabalho seguinte, Ceilings & Walls (1994), não agradou e, de quebra, saiu na época em que o Grunge dominava a cena. Mitch foi varrido do chamado ‘mainstream’ e desmoronou no anonimato e numa trajetória bem menos brilhante que a vislumbrada por aqueles que o acompanharam no início. Inconsistente em estilos e direcionamento, o norte-americano acusou o golpe. Ainda assim, em 1996 teve uma oportunidade de ouro ao, por indicação de Desmond Child, ser procurado pelo Van Halen para substituir Sammy Hagar. Agradou a Eddie Van Halen, que, segundo ele, sacramentou que ele estava na banda. No final das contas, não deu certo. Dezesseis anos depois e ele segue carreira de forma independente e lança Mitch Malloy II (2011), retomando as raízes que o levaram a seu breve ápice.
PASTORE
MATURIDADE ACIMA DE TUDO
Mario Pastore é um dos mais respeitados vocalistas brasileiros da atualidade. Em seu currículo constam passagens por bandas como Sacred Sinner, Acid Storm, Taillgunners e Delpht, além dos projetos Hamlet e Soulspell Metal Opera. Sua banda atual, Pastore, acaba de lançar o segundo disco, The End Of Our Flames, e cada vez mais vem atraindo as atenções dos fãs e da mídia, principalmente no Japão e no Brasil. Em entrevista descontraída, o vocalista e seus parceiros de banda contam detalhes de gravação e tudo sobre o novo álbum.
PATRIA
RÚSTICO E ORGÂNICO
O terceiro trabalho do Patria, Liturgia Haeresis (2011), vem obtendo boa repercussão no cenário Black Metal nacional e internacional, arrancando elogios de gente do porte de Mortiis, entre outros. Para entender um pouco mais sobre as origens e o significado por trás desse nome, além do trabalho atual e dos planos futuros, conversamos com Mantus – já entrevistado aqui por seu trabalho no Mysteriis – e Triumphsword, as mentes que comandam este ato.
SONATA ARCTICA
METAMORFOSE AMBULANTE
O Sonata Arctica surgiu como uma banda de Power Metal, porém, paulatinamente se transformou em um grupo de Metal Progressivo. Agora, com o novo álbum, Stones Grow Her Name (2012), o quinteto finlandês formado por Tony Kakko (vocal, teclados), Henrik Klingenberg (teclados, backing vocals), Elias Viljanen (guitarra, backing vocals), Marko Paasikoski (baixo, backing vocals, guitarra) e Tommy Portino (bateria) apresenta uma faceta mais Hard Rock e Pop, com inúmeras variações de vertentes e sonoridades. Instrumentos inusitados no campo do Metal igualmente fazem parte do repertório do conjunto, como banjo, violino, viola caipira, saxofone, trompete etc. Um pouco de tudo e uma promessa na bagagem: jamais tocar Power Metal novamente. Foi o que nos revelou o simpático e animado líder Tony Kakko, que, dentre outras coisas, afirmou apostar em um retorno ao Brasil durante a atual turnê e passou importantes informações sobre o recente lançamento
YES
MAIS 200 ANOS?
Quando se fala em grandes baixistas britânicos, é inevitpavel lembrar de nomes como Jack Bruce, Paul McCartney e John Entwistle. Mas a lista não ficaria completa se nela não fosse incluído o nome de Chris Squire. Sua forma de tocar, colocando o instrumento em algum ponto entre o baixo e a guitarra, faz seu estilo ser facilmente reconhecível. E ele está tocando como nunca em Fly From Here, o mais novo disco do Yes, e ainda surge recriando a mágica do passado no duplo Live From Lyon. Numa breve conversa com o homem que colocou a marca Rickenbacker no Rock (ele usou um baixo dessa marca antes mesmo que Paul McCartney), Chris Squire falou sobre o novo disco e sobre o rico passado da banda.
BACKGROUND ROLLING STONES - PARTE 4
Altamont
O show gratuito no autódromo desativado de Altamont, no dia 6 de dezembro de 1969, já começou marcado pela violência. Afinal, alguém teve a sensacional ideia de chamar ninguém menos que o grupo de motociclistas Hells Angels (em bom português, “anjos do inferno”) para cuidar da segurança do lugar. Segundo consta, o contrato previa 500 dólares e “toda a cerveja que conseguir beber” para cada integrante do motoclube, o que seria firmemente negado por todos os envolvidos após os acontecimentos que tiveram lugar lá. Ocorre que, dentro da comédia de erros que foi a produção do espetáculo, acabou sendo alugado um palco muito baixo (um metro de altura apenas) e, portanto, muito fácil de ser invadido. Assim, era necessário um reforço na segurança e é aí que entram os Hells Angels. Ao contrário do que acontece por aqui, em que os clubes de motociclistas são invariavelmente compostos por sujeitos tranquilos e que querem apenas curtir suas máquinas e uma boa música, lá nos EUA a coisa não é bem assim – tanto que o Departamento de Justiça americano considera os Angels uma gangue do crime organizado
BACKSPAGE
TECLADISTAS: OS DISCRETOS TAMBÉM MERECEM MENÇÃO (Parte 2)
Eddie Jobson: dos teclados ao violino
Nascido no dia 28 de abril de 1955, o inglês Edwin Jobson se notabilizou por utilizar vários tipos de teclados, com destaque a alguns sintetizadores, e também o violino, do qual tirava sons que, em algumas ocasiões, se pareciam com uma guitarra distorcida. Os teclados vieram primeiro, com Jobson começando a se dedicar aos estudos de piano clássico aos 7 anos. O violino veio um ano depois como segunda opção, ambos no Bede Hall Grammar School, na cidade de Billinghan (ING), onde permaneceu até os 16 anos, formando logo em seguida o Fat Grapple, que se apresentava semanalmente no Redcar Jazz Club, na cidade de Redcar (ING). Numa dessas ocasiões, eles abriram para o Curved Air, que Eddie passou a integrar em 1973 e estreou no álbum Air Cut, que infelizmente marcou o início do declínio do grupo, culminando com a saída de dois membros fundadores.
Jobson seguiu o mesmo caminho, vindo a se juntar, ainda em 1973, ao Roxy Music, substituindo Brian Eno. Por lá ficou até o começo de 1976, tendo participado de três discos de estúdio. Sem emprego, tentou a sorte lançando o single Yesterday Boulevard, no qual tocou todos os instrumentos com exceção da bateria, que ficou por conta de Simon Phillips, ao mesmo tempo em que participou de algumas sessões de álbuns solos de integrantes de Roxy Music, The Who, King Crimson e Deep Purple.
BLIND EAR - RAY ALDER
Ray Alder (Fates Warning)
Por Claudio Vicentin / Fotos: Denis Ono
“Música boa! Mas não estou conseguindo descobrir qual é a banda. Aumenta o volume, por favor, que o Queensrÿche está passando o som e está bem alto (risos). (N.R.: nesse momento o Queensrÿche estava passando o som para o show em São Paulo) Não sei, mas eles têm uma pegada boa e riffs legais. (R.C.: É o Whitesnake!). Whitesnake com Coverdale? Nossa, de quando é esse lançamento, é recente? (R.C.: É o álbum Forevermore, de 2011). Muito legal o som de guitarra. Na verdade, nunca escutei muito Whitesnake, mas a qualidade deles é incontestável.”
Whitesnake – All Out Of Luck
Forevermore
CLASSICOVER - SATURDAY NIGHT SPECIAL
SATURDAY NIGHT SPECIAL
Original: Lynyrd Skynyrd
Álbum: Nuthin’ Fancy (1975)
Cover: Armored Saint
Álbum: Raising Fear (1987)
Por (*)
Foi Neil Young que recentemente trouxe à tona, com seu mais recente álbum Americana, um tipo de canção politicamente incorreta que era muito comum nos Estados Unidos no início do século passado. Nas regravações de Young, ele canta letras de uma época em que não era feio falar de armas, crimes, bebedeiras e patifaria juvenil. Em 1975, o Lynyrd Skynyrd lançou um compacto com uma música cuja temática poderia muito bem se encaixar naquelas antigas canções tradicionais norte-americanas. Seu nome era Saturday Night Special.
A polêmica começou porque “Saturday night special” é também uma gíria pejorativa muito usada no Sul dos EUA para definir uma arma de fogo vagabunda. Seu baixo custo e sua fácil acessibilidade tornaram esse tipo de arma algo bem popular em alguns estados do Sul, onde milhares delas foram vendidas nos anos 60 e 70.
A letra de Ronnie Van Zant ia adiante, pois naturalmente associava esse tipo de arma à violência impulsiva, que gerava crimes comuns fora dos grandes centros, como um marido furioso que pegou sua mulher traindo-o, alguém trapaceado num jogo de azar ou um sujeito envolvido numa briga de bar.
CLASSICREW – ZZTOP/PLAMATICS/HARDLINE
ClassiCrew – ZZTop/Plamatics/Hardline
1972
ZZ TOP
Rio Grande Mud
Antonio Carlos Monteiro
A estreia, um ano antes, com ZZ Top’s First Album, fora modesta. Se ninguém desancou o disco de estreia do trio formado por Billy Gibbons (guitarra, gaita e vocal), Dusty Hill (baixo, teclados e vocal) e Frank Beard (bateria e percussão), por outro lado não houve nenhuma resenha efusiva ao trabalho. Porém, as coisas começariam a mudar para a banda nesse segundo álbum.
De cara, Rio Grande Mud repetia o discurso divertido e laudatório ao sul dos EUA (Rio Grande é o rio que divide Estados Unidos e México, sendo conhecido nesse país como Rio Bravo). Além disso, não só se repetia como era reforçada a sonoridade que acompanha a banda até os dias de hoje, um misto de Hard Rock, Blues e Southern Rock movido a riffs de guitarra bem sacados e vocais inconfundíveis.
Boa parte de tudo isso deve ser creditado ao produtor Bill Ham, que não respondia apenas pela sonoridade, mas também por todos os detalhes da carreira do trio, incluindo sua imagem – a propósito, nessa época as barbas de Gibbons e Hill ainda estavam em fase de crescimento…
1982
PLASMATICS
Coup d’État
Ricardo Batalha
Pode listar quantas mulheres à frente de bandas de Metal quiser, sejam elas Angela Gossow (Arch Enemy), Sabina Classen (Holy Moses), Kim McAulliffe (Girlschool), Doro Pesch, Kate De Lombaert (Acid), Leather Leone (Chastain), Jody Turner (Rock Goddess), Betsy (Bitch) ou Lynda “Tam” (Sacrilege), que nenhuma chega perto das insanidades da norte-americana Wendy Orlean Williams.
A líder do Plasmatics tinha uma performance tão brutal e instigante nos palcos que impressionou nomes como Lemmy Kilmister (Motörhead) e Gene Simmons (Kiss), além de servir de influência para Nasty Ronnie (Nasty Savage). Além de seu visual extravagante e suas bizarrices e obscenidades no palco, era dotada de um estilo de voz marcante, variando do ‘drive’ mais potente e brutal ao estilo “angelical”. Dois exemplos disso estão nas faixas Path Of Glory e Country Fairs, presentes em Coup d’État, sucessor do EP Metal Priestess (1981).
Lançado em 1982, o terceiro e mais bem recebido disco do Plasmatics contou com produção do alemão Dieter Dierks (Scorpions, Accept), que conseguiu refinar as composições que haviam sido gravadas anteriormente com Dan Hartman – aquele mesmo, famoso na era da Disco Music e que tinha Vinnie Vincent em sua banda de apoio – no Electric Lady Studios, em Nova York.
1992
HARDLINE
Double Eclipse
Ricardo Batalha
Amado pelos fãs de AOR, Hard e Melodic Rock no Brasil, Double Eclipse atingiu status de cult, mas se tivesse saído anos antes certamente faria do Hardline uma banda top. Após os altos e baixos do Bad English, o guitarrista Neal Schon (Journey) e o baterista Deen Castronovo (ex-Cacophony e Wild Dogs) sabiam como estava difícil manter na ativa um ‘dream team’ de Hard Rock, mas aceitaram participar da nova empreitada de Johnny Gioeli (vocal) e Joey Gioeli (guitarra).
Os irmãos já haviam adquirido bastante experiência com as bandas Phaze, Killerhit e Brunette, mas faltava registrar um trabalho que lhes desse mais visibilidade no cenário. Com diversas (boas) composições em mãos, os Gioeli tinham como ideia inicial lançar um álbum como Brothers. Neal Schon, que na época namorava a irmã dos Gioeli, foi então chamado para a produção do disco. O guitarrista gostou do que ouviu e sentiu-se confortável para se juntar ao projeto, trazendo consigo Deen Castronovo. O baixista Todd Jensen (ex-Sequel) foi indicado por Castronovo e assim se iniciaram os trabalhos de gravação de Double Eclipse – título dado após o eclipse solar total ocorrido em 11 de julho de 1991.
EDITORIAL
Testament e Chuck Billy: sobreviventes
Nossa matéria de capa deste mês traz uma das mais importantes bandas do mundo da música pesada, o Testament, que é um dos mais cultuados grupos do cenário e considerada por muitos fãs como a melhor banda de Thrash Metal que existe. Valorizada pelo fato de “jamais ter traído o movimento” na opinião dos headbangers mais radicais, de fato o Testament é muito respeitado e elogiado por nunca ter se deslumbrado com o “mainstream” e por se manter fiel às origens no seu trabalho.
Na verdade, alguns críticos chegam a argumentar que seu sucesso comercial só não atingiu proporções gigantescas – comparável com o que conseguiu o Metallica, por exemplo – por causa de uma suposta dose de displicência e falta de preocupação com compromissos profissionais por parte de seus componentes, e a responsabilidade por isso, se realmente aconteceu nesses anos todos, tem que ser atribuída a um gerenciamento deficiente, realizado por pessoas incompetentes, mas nunca aos músicos, pois estes sempre se mostraram talentosos naquilo que dependia deles: fazer música de qualidade.
Contando-se o período inicial entre 1983 e 1987, quando a banda ainda era chamada The Legacy, o Testament está prestes a completar três décadas de atividade, e é um sobrevivente que atualmente desfruta de uma saúde de ferro, e conseguiu superar as adversidades que encontrou durante esses anos todos, incluindo as mudanças de line-up. Um dos responsáveis pelo excelente momento do grupo é seu vocalista, Chuck Billy, um legítimo representante da nação indígena americana, os nativos Pomo, baseados no Norte da Califórnia (EUA). Chuck, além de um grande artista, é um gigante tanto no porte físico como em simpatia, sempre muito amigável no tratamento com as pessoas com as quais se relaciona. Nessa entrevista ele demonstra toda sua satisfação e alegria com os ótimos resultados do álbum mais recente do Testament (Dark Roots Of Earth), e uma vibração incomum para alguém já tão experiente, mas que pode ser explicada pelo amor que ele dedica ao Heavy Metal, e também pela nova fase na vida com a total recuperação da sua saúde, após ter vencido a batalha contra o câncer que o atacou em 2001. Felizmente Chuck conseguiu sobreviver a essa doença que já vitimou muitos dos nossos ídolos, entre eles Ronnie James Dio, Chuck Schuldiner e George Harrison, e vem ameaçando seriamente Tony Iommi e Eddie Van Halen.
Como novidades nesta edição estreamos uma nova seção, chamada “Playlist”, onde publicaremos os comentários de artistas sobre as músicas que tenham algum significado importante na carreira de suas bandas, ou suas impressões sobre clássicos do Rock e do Heavy Metal. Além disso, reestruturamos o conceito da seção “Roadie News”, onde daremos prioridade à publicação de informações mais detalhadas e exclusivas sobre algum assunto, incluindo entrevistas com atrações diretamente relacionadas com a notícia divulgada. Outra seção que recebeu modificação foi a “Roadie Profile”, ampliando seu espaço para uma página inteira.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - SCOTT COLUMBUS
Scott Columbus (10/11/1956 – 04/04/2011)
Scott Columbus, o quarto filho do casal John A. Columbus e Amelia Columbus, nasceu a 10 de novembro de 1956 na bela vila de Fair Haven, em Cayuga County, localizada no estado de Nova York (EUA). O irmão mais novo de Anthony, Tom e Marilyn Columbus cresceu ao som de bandas como Led Zeppelin, The Who, Cream e Black Sabbath. Influenciado pelos incríveis bateristas que esses grupos possuíam, logo se apaixonou pelo instrumento e aos 6 anos de idade o jovem canhoto ganhou seu primeiro kit de bateria. Com 20 anos ele já havia feito parte de algumas bandas locais, como Hell Hostage.
Columbus era conhecido por ser um jovem amoroso e engraçado, adorava contar piadas e era sempre uma pessoa agradável de se ter por perto. Fanático pelo time de futebol americano Philadelphia Eagles, muitas vezes era visto usando o uniforme dos jogadores. Aos 25 anos, enquanto trabalhava em uma fundição de alumínio local, Scott foi descoberto por uma fã da banda Manowar.
O grupo já havia lançado pela Liberty Records o ‘debut’ Battle Hymms (1982), contando com o baterista Donnie Hamzik que, por sua vez, já havia substituído o também produtor Carl Canedy (The Rods).
Em 1983, já com a presença de Scott, a banda resolveu lançar o single para a música Defender de forma independente, o que a levou a fechar um valioso contrato com o selo Megaforce Records, de propriedade do casal John e Marsha Zazula, e com o selo europeu Music For Nations. Na ocasião, a banda selou o contrato assinando com seu próprio sangue.
GARAGE DEMOS
Garage Demos
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Nervosa
Sevciuc
Terror Empire
Fierce Fire
Burning Torment
HIDDEN TRACKS -QUARTZ
Quartz
Origem: Inglaterra
Época: anos 70/80
Estilo: Hard’n’Heavy/NWOBHM
Formação clássica: Mike “Taffy” Taylor (vocal), Mick Hopkins (guitarra), Geoff Nicholls (guitarra, teclado), Derek Arnold (baixo) e Malcolm Cope (bateria)
Discografia: Quartz (1977), Stand Up And Fight (1980), Live (1980) e Against All Odds (1983)
Site relacionado: facebook.com/QuartzBackintheBand
Antes de criar o Quartz, o guitarrista Mick “Sprike” Hopkins, nascido a 3 de janeiro de 1946, já tinha larga experiência na música, tendo passado pelos grupos Gerry Levene & The Avengers, Diplomats, The Nicky James Movement e Way Of Life, estes dois últimos com a presença do baterista John Bonham, que faria fama com o Led Zeppelin. Depois, entrou para o Wages Of Sin, que estava conseguindo popularidade. Após a banda mudar o nome para Yellow Rainbow, o irmão e empresário do cantor Cat Stevens, David Gordon, convidou-os para se tornarem grupo de apoio de Stevens, atuando como Zeus. Os trabalhos de Hopkins com o Zeus duraram até o início de 1968 e o guitarrista então passou por Lemon Tree, Copperfield e Idle Race.
Sem nada a perder, Hopkins retomou os trabalhos com seus ex-companheiros de Wages Of Sin – Ed Pilling (vocal) e Brian Pilling (guitarra) –, que haviam saído de Birmingham e estavam em Toronto (CAN). O resultado foi o single Get Up, Get Out And Move On, que fez a banda Fludd obter a 34ª posição na parada no Canadá. Seis meses depois, Hopkins voltou a Birmingham e se juntou ao Barefoot, grupo residente na Rum Runner, casa noturna que revelou nomes como Magnum e Duran Duran.
LIVE EVIL - FEAR FACTORY
Carioca Club – São Paulo/SP
27 de agosto de 2012
Por Andréa Ariani / Fotos: Denis Ono
O que faz mais de trezentas pessoas saírem de casa para se reunir em um mesmo lugar em plena segunda-feira à noite? O ineditismo de ter um clássico do Metal Industrial tocando em São Paulo? Só daí já seria um ótimo motivo, afinal, essa seria a única data no Brasil. Mas não é um clássico qualquer, é o retorno do Fear Factory, dois anos depois de sua primeira vinda ao país, dessa vez em tour de divulgação do recém-lançado e elogiado álbum The Industrialist. Não fosse a coleção de hits que tem na carreira, o disco novo explicaria o porquê dessa longevidade e da força de sua música.
Já com bastante gente circulando dentro e fora da casa, a banda Atomn abriu os trabalhos. Não confunda o quinteto brasileiro com o inglês homônimo de eletrônico. Para a apresentação, chegaram discretos, fazendo os últimos ajustes já com a banda pronta no palco e tocando sons próprios, mas chamou atenção mesmo com a ótima cover de Attitude do Sepultura. O set curto agitou pouco os presentes, que curtiram as músicas Novas Respostas e Caminhos, e rendeu os eternos agradecimentos do vocalista ao apoio dos fãs.
Sem muita demora, foi a vez de dar lugar à atração principal. Com a bateria já montada e pano de fundo estendido, as cortinas se abriram ao som da ‘intro’ da faixa título do novo disco. O citado The Industrialist é o oitavo disco do Fear Factory, o segundo com a atual formação e o que mais caracteriza o tal Metal Industrial pelo qual é conhecido. E nada melhor do que ver ao vivo a banda que serviu de inspiração para outras tantas resolverem misturar Metal com eletrônico e outros ritmos, e ficarem conhecidas como Nu Metal ou outros desdobramentos do estilo – leia-se aí Slipknot, Korn e até bandas de Rap Metal como Body Count e parte da discografia do próprio Sepultura e do Machine Head. Ainda muito influente, o Fear Factory, seja ao vivo ou nos discos, segue na vanguarda, fiel às origens e fazendo uma fusão consciente de bases com o instrumental brutal.
ROADIE PROFILE - HANSI KÜRSCH
Hansi Kursch (Blind Guardian)
LIVE EVIL - MEGADETH
Via Funchal – São Paulo/SP
5 de setembro de 2012
Por João Luiz Zattarelli Jr. / Fotos: Renan Facciollo
Depois do sucesso da turnê de vigésimo aniversário do clássico e aclamado Rust In Peace (1990), nada mais normal para Dave Mustaine e seu Megadeth do que comemorar, também, esse feito em relação ao disco de maior sucesso comercial de sua carreira, Countdown To Extinction (1992).
Abrindo a noite, os paulistanos do Mindflow deram conta do recado com um bom show e destaque para a pesada Destruction Device, agradando aos presentes que já se espremiam de forma desumana nas grades de ambas as pistas, normal e VIP. O frenesi e a empolgação do público eram enormes e pressentir que aquela noite especial tinha tudo para dar certo era um sentimento quase que unânime. E foi!
Com o Via Funchal beirando sua lotação máxima, o Megadeth entrou no palco com a levada de Trust. Ao longo do desenrolar da introdução, os músicos iam surgindo e a agitação idem. Estrategicamente, o “chefe” Mustaine foi o último e a casa quase veio abaixo. Com o som cristalino, a nossa intuição ficou mais clara. Talvez, se o volume do microfone de Mustaine estivesse mais alto teríamos um show irretocável. Não chegou a atrapalhar, mas em alguns momentos, unidos à histeria e aos gritos do público, não se ouvia sua voz. Sem muitas delongas, emendaram com o clássico Hangar 18, que fez o público cantar até os fraseados de guitarra. David Ellefson (baixo) estava um pouco mais contido, mas para quem conhece bem a banda sabe que ele nunca foi de extrapolar no palco e sempre optou por uma apresentação correta. O monstro Chris Broderick (guitarra) mais uma vez mostrou-se perfeito, evoluindo até mesmo em seus backing vocals. Shawn Drover (bateria) é um músico criticado por não ser brilhante nem técnico, limitando-se a tocar de forma precisa, mas isso já basta para o que se espera dele. O que lhe falta é pegada, algo que Nick Menza tinha de sobra.
LIVE EVIL - OVERKILL / DREAM THEATER
Overkill
Bar Opinião – Porto Alegre/RS
22 de agosto de 2012
Por Maicon Leite / Fotos: Ricardo Almeida
Se em 2001 os norte-americanos contaram com pouco público na capital gaúcha e casa cheia em São Paulo, desta vez a situação se inverteu e Bobby “Blitz” Ellsworth não teria do que reclamar. Embora o Bar Opinião não estivesse lotado, contava com uma audiência considerável, enquanto o show em São Paulo, realizado no dia seguinte (23) no Centro de Tradições Nordestinas, estava vazio. Dessa vez, o Overkill veio promover seu mais recente álbum, The Electric Age, que manteve o nome da banda em evidência, ainda mais depois do excelente Ironbound (2010), criando uma sequência alucinante de excelentes discos.
A abertura ficou por conta da One Of Them, que fez um set intenso, apresentando músicas já conhecidas do público, como One Of Them, Sadistic Blinder, Hell e a obrigatória Let Them Burn. Como é normal em relação às bandas de abertura, a potência do som estava moderada, mas, mesmo assim, G.G. Mussi (vocal), Leo James e Jeff Witt (guitarras), Alexandre Guterres (baixo) e Zé Henrique (bateria) não deixaram a peteca cair em momento algum, mostrando-se bem entrosados e sedentos por Thrash Metal. Agradando a boa quantidade de bangers presentes, o One Of Them foi aplaudido e saiu do palco com a sensação de dever cumprido, deixando alguns pescoços já aquecidos para a atração principal.
Dream Theater
Credicard Hall – São Paulo/SP
26 de agosto de 2012
Texto: Thiago Rahal Mauro / Fotos: Renan Facciolo
O nome e o legado do Dream Theater seguem inabaláveis no Brasil, pelo menos quando o quesito é a fidelidade dos fãs, pois eles lotaram o Credicard Hall de maneira surpreende e mostraram que quando o assunto é a banda e suas músicas nada mais importa. Divulgando seu último trabalho de estúdio, A Dramatic Turn Of Events (2011), os norte-americanos trouxeram toda a tecnologia empregada em suas apresentações, como telões e iluminação que davam ares de modernidade ao show.
Após uma longa introdução, Bridges In The Sky, faixa do novo trabalho, abriu a apresentação com todos os músicos expondo suas qualidades em seus instrumentos – mas o mais visado por todos era Mike Mangini, que fazia sua estreia em palcos paulistanos. A bateria que ele usa chega a assustar de tão grande, e sua técnica é perfeita em todos os sentidos – aliás, ele não inventou em nenhum momento e tocou os temas de forma exatamente idêntica às versões originais. Comparando com seu antecessor, o que falta nele é aquele lado ‘showman’ que Mike Portnoy sempre passa para o público.
Na sequência, tocaram uma das melhores músicas de Awake (1994), 6:00, que lembrou inclusive aquela fase do grupo em que os timbres e a ambientação das composições eram essenciais. O vocalista James LaBrie agradeceu a presença de todos e anunciou a pesada The Dark Eternal Night, do disco Systematic Chaos (2003), que fez os fãs pularem e cantarem seu riff desde o começo. O show acalmou um pouco com a nova This Is The Life, mas voltou com a enérgica The Root Of All Evil, de Octavarium (2005).
LIVE EVIL - 11º SETEMBRO NEGRO
Carioca Club, São Paulo/SP
08 de setembro de 2012
Por Frans Dourado / Fotos: Flavio Hopp
A capital paulista foi abençoada pela realização de mais um festival de Metal Extremo, como acontecera no último feriadão de 9 de julho quando o Immolation apareceu por estas terras para desfilar Death Metal em seu ápice qualitativo. A lenda da vez foi o Autopsy, apoiado pelo Gorgoroth, acostumado aos palcos brasileiros; Keep Of Kalessin, que se notabilizou por uma arenga com o Sepultura; e a força emergente do Death Metal brasileiro, o Cauterization. E foi essa última que teve a tarefa de iniciar seu show com sol ainda a pino, numa das tardes mais quentes do inverno paulistano, calor este condizente com o nome do trio de Presidente Prudente (SP) e com o set apresentado, que foi curto e estupidamente insano.
O Cauterization abriu sua apresentação com Males Infestus, que dá nome ao seu EP, e fechou a curta apresentação com Infernal Battlefiled, do mesmo trabalho. Ainda tocaram dois sons novos, Belial’s Cataclism e Nasu, além do cover de Night’s Blood do Dissection. A banda, que teve os conhecidos problemas para passar seu som, sofreu como as demais com a bateria alta e a guitarra sendo ouvida com sofreguidão pelos presentes, que a essa hora já ocupavam boa parte do recinto. Na sequência tivemos o anticlímax do dia.
Era a vez do Keep Of Kalessin, que chamou a atenção de todos há algum tempo por detonar o Sepultura. Sim, “xingar muito no twitter” foi o expediente que fez todos por aqui se perguntarem qual era a banda que acusava os brasileiros de “tesourarem” as bandas de abertura. Pois bem, o que se viu no festival foi uma banda ensaiadinha, arrumadinha, técnica e muito estéril. O show dos noruegueses mesclou reações de empolgação, com gente cantando suas músicas a plenos pulmões, à mera ignorância da esmagadora maioria. Muito confete para pouco carnaval. As reações mais efusivas por parte do seu público foram notadas em canções como Kolossus, Armada e Ascendant, que fechou a apresentação.
LIVE EVIL - TRIVIUM E DRAGONFORCE
Via Marquês – São Paulo/SP
08 de setembro de 2012
Por Rafael Andrade / Fotos: Renan Facciolo
Em seus treze anos de estrada, esta foi a primeira vez que os americanos do Trivium passaram pelo Brasil e, acompanhando seus integrantes pelas diversas redes sociais de que participam, ficou difícil saber quem estava mais empolgado: a banda ou os fãs. Logo na fila de entrada, discussões sobre como seria o repertório do show surgiam em vários grupos e o clima de ansiedade só contribuiu ainda mais para a reação explosiva dos fãs (e da banda) no decorrer do evento. Até o momento em que o Dragonforce subiu ao palco, pouco havia sido falado sobre a banda. No entanto, assim que o set começou – e durante as oito músicas que se seguiram – todas as atenções estavam no Power Metal que fez muitos duvidarem se o palco aguentaria a energia que os músicos estavam colocando na apresentação.
Esta foi a primeira vez que o Dragonforce esteve no Brasil com seu novo vocalista, Marc Hudson, sucessor de ZP Theart, que saiu em 2010. Não dá pra imaginar o susto que eles passaram logo na música de abertura, Holding On: o microfone principal estava desligado. Um momento que inicialmente seria para a banda chegar metendo o pé na porta acabou saindo mais como um tropeço.
Logo o microfone passou a funcionar normalmente e a banda deu sequência com Operation Ground And Pound, de Inhuman Rampage (2006), uma favorita entre os fãs. Com um set curto e balanceado entre todos os álbuns, o grande destaque (como já era esperado) foi o guitarrista Herman Li: o público não sabia se ficava admirado ou assustado com a habilidade que ele demonstrava no palco. O restante dos músicos não ficou atrás em nenhum momento, mostrando um entrosamento e uma coreografia que só se encontram em formações de Power e Heavy Metal. Through The Fire And Flames anunciava que o set estava quase chegando ao seu fim e foi só então que muitos lembraram do que viria a seguir.
LIVE EVIL - WACKEN OPEN AIR 2012
Live Evil – Wacken Open Air
02 a 04 de agosto de 2012
Por Alex Estevam e Jens Hulvershorn / Fotos: Tanja Weinekoetter
A edição de número 23 do “Wacken Open Air” comemorou o feito de ter vendido todos os 75 mil ingressos antecipadamente pela sétima vez seguida. Na verdade, em dezembro de 2011 já não se encontrava mais nenhum ingresso à venda.
O sucesso também se repetiu no cast de bandas selecionadas para tocar na edição de 2012, que tinha entre suas atrações principais nomes como Scorpions, Machine Head, In Flames, Dimmu Borgir e tantos outros. Apesar de que existiram muitas reclamações esse ano pela repetição de certos artistas e por acharem que o festival tem se acomodado na contratação de bandas. Tanto que para 2013 já anunciaram Deep Purple, Nightwish, Anthrax, Arch Enemy, Doro, entre outras, e segundo os promotores o Wacken 2013 terá um dos melhores casts de todos os tempos. Deve ser a concorrência com o festival francês Hellfest que vem conquistando muitos fãs e segue o mesmo padrão do Wacken, 100% Metal.
Desta vez o slogan “rain or shine” (chova ou faça sol) foi levado bem a sério por São Pedro. Já é sabido que chove em todo verão no quente interior da Alemanha, mas neste ano a chuva caprichou e nem as máquinas usadas para drenar o lamaçal e o feno colocado para conter a umidade da terra deram conta do problema. Isto transformou a simples atividade de caminhar entre os dois palcos principais (Black Stage e True Metal Stage) numa verdadeira epopeia. Foi uma edição do “Wacken” das mais chuvosas de todos os tempos!
Tirando isso, o que se pode dizer é que ele continua sendo o maior festival de Heavy Metal do mundo, um templo sagrado da celebração da música pesada que todo bom peregrino headbanger deveria visitar pelo menos uma vez na vida.
PLAYLIST - BERNIE SHAW
Playlist – Bernie Shaw (vocal, Uriah Heep)
Na seção “Playlist”, um músico faz comentários livres a respeito de clássicos e músicas da carreira de sua banda. Quem estreia é o vocalista BERNIE SHAW, que se juntou ao grupo inglês Uriah Heep em 1986.
Conduzido por Ricardo Batalha
Gypsy: “Grande música, a primeira que Mick Box compôs. É básica, com um riff pesado, e tem toda a essência da musicalidade do Uriah Heep. Fabulosa!”
Álbum: …Very ‘Eavy …Very ‘Umble (1970)
POSTER - DEEP PURPLE
Deep Purple – Machine Head, o álbum.
RELEASES
Resenhas dos principais lançamentos do mês.
Nesta edição:
Advent Of Bedlam
Andre Matos
Arkhamin Kirjasto
As I Lay Dying
Baixo Calão
Blutvial
Burning Point
Castle
Chris Robinson Brotherhood
Def-Con-One
Denial Of God
Dying Fetus
Förgjord
Germ
Gojira
Golpe De Estado
Gypsy Chief Goliath
Harllequin
Hell’s Thrash Horsemen – Rattle Split
Holy Knights
Katatonia
Kommandant
Loudness
Loverboy
Lynyrd Skynyrd
Metalhead
Metalmorphose
My Dynamite
Nasty Idols
Paradise Lost (DVD)
Pink Floyd (Blu Ray/DVD)
Running Wild
Sabbath Assembly
Sledge Leather
Sonata Arctica
Sophicide
Stonehaven
Stratovarius
Symbolica
Tarja (CD/DVD/BlueRay)
Terror Empire
Test
The Forsaken
The Prophecy 23
Threshold
Thy Majestie
True
Undecimber
Undercroft
Upon A Burning Body
Vendetta
Warcursed
Words Of Farewell
ROADIE COLLECTION – LOUDNESS
O Loudness, surgido no início da década de 80 com o fim do Lazy, se tornou o maior nome da cena japonesa do Heavy Metal que, ao longo dos anos, revelou grupos como Earthshaker, Anthem, EZO, Bow Wow e X-Japan. Minoru Niihara (vocal), Akira Takasaki (guitarra), Masayoshi Yamashita (baixo) e Munetaka Higushi (bateria, falecido em novembro de 2008) estrearam com The Birthday Eve (1981), mas efetivamente começaram a sentir o gosto do sucesso com Disillusion (1984), trabalho que fez com que assinassem com a gravadora Atlantic. Em 1985, saiu Thunder In The East, que os levou para as paradas de sucesso, algo então inédito para um grupo do Japão. Os lançamentos seguintes – Lightning Strikes (1986) e Hurricane Eyes (1987) – serviram para manter a banda em alta até a saída de Niihara, ocorrida em dezembro de 1988. Os altos e baixos começaram depois disso, quando vieram Mike Vescera (ex-Obsession e futuro Yngwie Malmsteen, Dr. Sin e outros) e Masaki Yamada (ex-EZO e Flatbacker), com a formação original retornando somente em 2000. O grupo, que acaba de lançar seu 28º disco de estúdio, 2.0.1.2, pode ter perdido seu timing e lançado alguns discos abaixo de média, mas se mantém vivo e produtivo.
ROADIE NEWS
Roadie News
BLACK LABEL SOCIETY RETORNA AO BRASIL EM NOVEMBRO
Zakk Wylde segue firme com o Black Label Society e parece estar sempre buscando algo novo e querendo apresentar novas experiências em sua música. Batemos um papo rápido com o guitarrista, que retorna ao Brasil em novembro para a turnê “Lords Of Destruction Over South America 2012”.
O Black Label Society tem cinco shows marcados no Brasil. O que você espera dessa turnê?
Zakk Wylde: Sempre que me perguntam como é a América do Sul eu digo que a ‘Black Label Family’ é muito apaixonada pela música. É insano! Toda vez que vou para a América do Sul eu me divirto, seja com o Ozzy ou com o BLS. Eu definitivamente estou aguardando ansioso por esse retorno…
STAY HEAVY REPORT
Stay Heavy Report Outubro/2012
Cintia Diniz / Fotos: Irisbel Mello
STAY HEAVY METAL STARS 2012
A sexta edição do “Stay Heavy Metal Stars” foi realizada no feriado de 7 de setembro no Blackmore Rock Bar em São Paulo, em comemoração aos nove anos do programa Stay Heavy, completados agora em outubro.
O evento teve início pontualmente às 22h com a apresentação de Kiko Loureiro. O guitarrista, acompanhado de Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria), realizou um ‘pocket show’ focando basicamente em seu novo álbum, Sound Of Innocence. Depois de 40 minutos de muita técnica e feeling, o músico deixou o local e foi direto para o aeroporto internacional de São Paulo para embarcar rumo a Medelín (COL), onde se apresentaria no dia seguinte dando continuidade à “Laney South America Clinic Tour”.
Então veio uma pausa de vinte minutos para preparação do palco para as próximas estrelas da noite. Enquanto isso, chegavam mais e mais pessoas ao local interessadas em curtir muito Heavy Metal. E foi isso que todos tiveram quando três bandas da cena paulistana, que lançaram EPs recentemente, subiram ao palco para apresentar duas músicas cada. Nervosa, Chaosfear e Ancesttral deram o recado!
Mais uma pausa para virada de palco e, como não poderia deixar de ser, em seguida vieram as já tradicionais jams do evento, sendo que este ano a escolha do repertório e de músicos contou com o apoio de Alexandre Grunheidt, vocalista e guitarrista do Ancesttral.
WANTED CREW - GREG HANDEVIDT
DO MEGADETH AOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
Gregory Lee Handevidt é um pai de família e bem-sucedido advogado norte-americano de 46 anos. Há dez anos, no entanto, o melhor lugar para encontrá-lo era o palco ou próximo a um amplificador. Guitarrista e vocalista, ele iniciou sua carreira em pequenas bandas no colégio antes de passar a atuar, em 1983, como membro de um então desconhecido grupo chamado Megadeth. Após poucos meses, no entanto, Greg, passando por dificuldades familiares, deixou a banda. A carreira de músico, entretanto, ainda estava em pauta e em 1985 ele ressurgia com o Kublai Khan. Enfrentando diversos conflitos internos e sem o almejado sucesso, encerrou as atividades do conjunto e partiu para a marinha. Chegou a retornar brevemente à música com o Voodoo Temple, mas optou definitivamente pelo trabalho como advogado e por uma vida mais estável. Em uma condição financeiramente mais tranquila e favorável depois de alcançar o sucesso longe dos palcos, o ex-músico nos falou de sua trajetória e dos primeiros anos ao lado de Dave Mustaine (guitarra, vocal) e David Ellefson (baixo) no Megadeth.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |