Music From Another Dimension! é o primeiro trabalho de músicas inéditas do Aerosmith em uma década. Fazia muito tempo que a banda não se reunia num estúdio e, segundo Joe Perry, houve uma série de motivos que levaram a isso…
Edição #166
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AEROSMITH
DE VOLTA EM GRANDE ESTILO
Music From Another Dimension! é o primeiro trabalho de músicas inéditas do Aerosmith em uma década. Fazia muito tempo que a banda não se reunia num estúdio e, segundo Joe Perry, houve uma série de motivos que levaram a isso, como agendas lotadas e problemas internos. De todo modo, o novo disco, pelo que indica a faixa já divulgada, Legendary Child, tem todos os requisitos para se tornar um clássico como Toys In The Attic (1975) e Rocks (1976). Os cinco músicos se reuniram no estúdio com Jack Douglas, produtor que assinou alguns dos principais discos da banda. E pela primeira vez em muito tempo Perry está de fato ansioso para ver um trabalho do Aerosmith lançado, além de querer falar a respeito. Nesta conversa exclusiva com a ROADIE CREW, o guitarrista contou o que a banda fez nos últimos dez anos e porque demorou tanto tempo para fazer o disco que os fãs tanto pediam.
ACCEPT
FULMINANTE
O início de carreira do Accept foi simplesmente fulminante. Do final da década de 70 até meados dos anos 80, a banda lançou um petardo atrás do outro, capitaneada sempre por Udo Dirkschneider (vocal), Wolf Hoffmann (guitarra) e Peter Baltes (baixo). A instabilidade na formação, característica presente desde os primeiros anos do grupo com constantes entradas e saídas de músicos, não era um problema, até que afetou o núcleo do conjunto. A ruptura que deixou Udo de um lado, Peter e Wolf do outro, abalou a trajetória brilhante do quinteto por pelo menos quinze anos. A tentativa de continuidade com a entrada do vocalista David Reece resultou em quase nada: um disco, Eat The Heat (1989), uma turnê e o fim da linha. De lá até 2009, o que se viu foi um antigo gigante capengando em ensaios de retorno. Os indícios eram sempre os melhores possíveis cada vez que eles se reuniam – ótimas turnês e shows, bons álbuns etc. –, mas o resultado final não variava: hiatos, separações, interrupções abruptas, desavenças entre os integrantes. A nova volta do Accept, desta vez contando com Mark Tornillo (vocal), Wolf Hoffmann (guitarra), Herman Frank (guitarra), Peter Baltes (baixo) e Stefan Schwarzmann (bateria), parece seguir mais o fulminante roteiro inicial do grupo do que o itinerário recente: mais estável, inspirada, unida, além de amparada pelo produtor Andy Sneap (Megadeth, Nevermore, Kreator), a banda emplacou o estupendo Blood Of The Nations (2010) e rapidamente preparou o recém-lançado e não menos brilhante Stalingrad (2012). Isso sem falar nas turnês, dentre as quais uma pela América do Sul durante a qual tocaram pela primeira vez no Brasil, e shows com o AC/DC para verdadeiras multidões. Até quando? Nunca se sabe. Porém, se a empolgação do principal guitarrista refletir a realidade vivida pelo conjunto, os alemães ainda terão muita lenha para queimar. Em entrevista à ROADIE CREW, Wolf Hoffmann falou da fase produtiva e positiva do Accept, comentou o novo lançamento, o vinho Wolfsblut, a turnê no Brasil e os shows com o Kreator na América do Norte, além de ter revelado o desejo de, em algum momento, retomar o trabalho como solista com músicas clássicas preparadas e rearranjadas especialmente para a guitarra.
ANDRALLS
NÃO HÁ PESCOÇO QUE AGUENTE
O Andralls, um dos ícones do Thrash Metal nacional ou, como os próprios se intitulam, do “Fasthrash”, acaba de soltar Breakneck. O mais raivoso disco de sua história marca o registro vocal do guitarrista Cleber Orsioli, que integra a banda desde 2009, mas as novidades vão além: o grupo promete um DVD comemorativo pelos quinze anos de estrada em 2013. É isso o que você confere nas próximas linhas, em entrevista da ROADIE CREW com Cleber e o baterista Alexandre “Xandão” Brito. Hora de preparar o pescoço…
FIREWIND
A BANDA DO GUITARRISTA DE OZZY OSBOURNE
O guitarrista Gus G. tem se tornado um dos músicos mais reconhecidos da atualidade e que mais influencia novos músicos por causa de sua técnica apurada. Não à toa foi chamado para a banda de Ozzy Osbourne em 2009 e lá permanece até hoje. Após passar por bandas como Arch Enemy, Nightrage e Dream Evil, hoje mantém o foco em sua banda, Firewind, que segue carreira e recentemente lançou Few Against Many, trazendo um som mais pesado e complexo. Conversamos com ele para saber mais detalhes do Firewind e, obviamente, como andam as coisas na banda de Ozzy Osbourne.
GEOFF TATE
A VERDADE DE GEOFF TATE
De alguns meses para cá, a vida de Geoff Tate, vocalista do Queensrÿche, virou de cabeça para baixo. Ele estava tranquilamente tocando a vida, cantando com sua banda principal e finalizando seu segundo disco solo, Kings & Thieves (veja resenha na seção “Releases”), quando de uma hora para outra começaram a pipocar informações sobre sérias desavenças entre ele e o resto de sua banda. O desfecho, como costuma acontecer em situações como essa, foi seu rompimento com a banda à qual pertenceu por mais de trinta anos, o que ocorreu em meio a acusações e desentendimentos públicos, culminando na existência de dois “Queensrÿches” – o antigo, com
Todd La Torre nos vocais, e um totalmente novo, liderado por Geoff. Nessa entrevista o vocalista apresenta sua versão sobre as desavenças com sua ex-banda e fala sobre suas expectativas para o futuro.
GOJIRA
CAMINHANDO POR NOVOS TERRENOS
A França é mais conhecida pelos excelentes vinhos e por sua cozinha maravilhosa. Já na área do Heavy Metal, apesar de nomes como Trust, o país não tem a mesma tradição. Uma das exceções é o Gojira, quarteto formado em 1996. Tendo à frente o vocalista e guitarrista Joe Duplantier, a banda costuma passar os limites dos gêneros ao incluir elementos de Thrash Metal, Hard Rock e até de Classic Rock em sua música. Em L’Enfant Sauvage, seu quinto disco, essa característica fica evidente em diversos temas, como a faixa título, Born In Winter e a instrumental The Wild Healer. Duplantier confirma que o novo trabalho tem um quê experimental e que o repertório forçou-o a se desafiar como vocalista e compositor. Falando com forte sotaque francês (algo como Peter Sellers em “A Pantera Cor-de-Rosa”), ele falou sobre esse novo direcionamento da banda e sobre o processo de composição e gravação do novo disco.
KATAKLYSM
20 ANOS DE VIDA E ATÉ 2014!
Para celebrar vinte anos de existência, o Kataklysm preparou um lançamento especial para os fãs: The Iron Will: 20 Years Determined (2012) inclui documentário, shows ao vivo em DVD e CD, cenas raríssimas de turnê, faixa inédita e uma coletânea com o melhor do grupo canadense. Tratando-se de uma banda que atingiu seu ápice de popularidade na última década, mas que, no lançamento mais recente, entrou em rota de colisão com os fãs, o pacote surge como um convite à reconciliação. O resultado disso, porém, só será visto em 2014, quando o conjunto retomar suas atividades. Por enquanto, como nos revelou o guitarrista Jean-François Dagenais, o inseparável quarteto, que conta ainda com Maurizio Iacono (vocal), Stephane Barbe (baixo) e Max Duhamel (bateria), segue fazendo música junto, porém com o Ex Deo. Saiba mais na entrevista a seguir.
KIKO LOUREIRO
MUSICALIDADE ACIMA DA MÉDIA
O guitarrista Kiko Loureiro segue gravando discos solo e incorporando neles elementos de diversas influências, como o Fusion, a música brasileira e o Heavy Metal. Em seu novo trabalho de estúdio, Sounds Of Innocence, Kiko teve a ajuda do baixista Felipe Andreoli (Angra, ex-Almah) e também do baterista Virgil Donati (Planet X e Ring Of Fire), além da produção de Dennis Ward – as guitarras foram gravadas na Finlândia, o baixo no Brasil e a bateria em Los Angeles (EUA). Faixas como El Guajiro e Mãe D’Água mostram com perfeição as várias facetas que o guitarrista consegue transportar para as suas composições. Em entrevista bastante descontraída, Kiko Loureiro contou todo o processo da gravação do disco, além de falar sobre o momento atual do Angra.
METALMORPHOSE
VIAGEM NA MÁQUINA DO TEMPO
De uns tempos pra cá o Metal brasileiro viu ressurgir grandes pioneiros da década de 80, mostrando que aquela chama de trinta anos atrás ainda não se apagou. O Metalmorphose surgiu numa época em que tocar Metal era muito mais do que uma paixão, a luta para se conseguir equipamentos e uma estrutura decente tornava tudo uma verdadeira batalha. Foi nesse cenário que a banda despontou e com o split Ultimatum, ao lado do Dorsal Atlântica, surgiu o primeiro registro Metal do Rio de Janeiro e um dos primeiros do Brasil, trazendo para si o pioneirismo ao lado de Stress, Dorsal, Korzus e Sepultura, entre outros. Hoje, a banda trabalha na divulgação de seu novo disco, o excelente Máquina Dos Sentidos, trazendo de volta doses maciças da sonoridade que encantou os jovens bangers daquela década e cativando a nova geração, que felizmente tem apoiado o retorno desses grandes mestres do Metal brasileiro.
MYTHOLOGICAL COLD TOWERS
A MARCA DO DOOM METAL
É bem verdade que fazer Doom Metal no Brasil não é missão fácil. Basta revisar a história Heavy Metal do país para notar que a preferência do brasileiro é por sonoridades mais agressivas ou mais melodiosas e festivas. Mas como nada deve ser generalizado, há um público seleto no país apaixonado pelo mais depressivo estilo de Metal e desse gênero surgiram Serpent Rise, Pentacrostic, Dying Embrace, Lacryma Sanguine, HellLight, Of the Archaengel e o Mythological Cold Towers. Cultuado na Europa desde o lançamento de seu primeiro álbum, Sphere Of Nebaddon (The Dawn Of A Dying Tyffereth), em 1996, o MCT está completando dezoito anos de carreira. Sua maioridade é coroada com Immemorial, trabalho que expõe grande evolução no som dos paulistas. Conversamos com o guitarrista Shammash e com o vocalista Samej – completam a banda o baterista Hamon e o guitarrista/tecladista Nechron – para entender melhor como a banda chegou ao seu ápice com esse mais recente trabalho.
SACRIFICED
BUSCANDO IDENTIDADE
A banda mineira Sacrificed vem recebendo merecido reconhecimento na cena nacional graças ao ótimo desempenho de seu primeiro álbum, The Path Of Reflections (2011). Nele se ouve um Metal forte, classudo e diversificado, longe de ser classificado simplesmente como Gothic Metal, mas abordando diversas facetas do Heavy Metal. Na entrevista a seguir, a vocalista Kell Hell (ex-Vienna e Helltown) e o guitarrista Diego Oliveira falam mais sobre a trajetória do grupo.
STEVE VAI
INDO ALÉM DOS LIMITES
O motivo pelo qual ninguém toca como Steve Vai provavelmente é porque ninguém raciocina como Steve Vai. Seu senso de harmonia em The Story Of Light , seu mais novo trabalho solo, surge de forma tão inovadora que é possível dizer que jamais algum guitarrista pensou nesses termos na hora de fazer um disco solo. Vai juntou elementos de World Music, Blues, Folk e Música Celta para aplicar à guitarra e, com isso, elevar suas composições a um patamar muito mais elevado. O novo disco é a segunda parte de uma trilogia que começou com Real Illusions: Reflections em 2005, um disco conceitual que conta a história de alguns personagens míticos. Como um pesquisador, Vai gastou incontáveis horas em seu novo estúdio, Harmony Hut, experimentando, testando e executando um verdadeiro arsenal de riffs e licks para esse novo álbum. Criando novas técnicas de palhetada e testando novos usos para o pedal de wah-wah, ele acabou criando uma sonoridade nova e inovadora.
TANK
OLHANDO PARA A FRENTE
Enquanto o guitarrista Mick Tucker se encontra em um bom momento na vida pessoal e com o Tank, seu companheiro de banda e também guitarrista Cliff Evans se mostra preocupado com o futuro do Metal e prefere manter distância do que passou com a New Wave Of British Heavy Metal. Na entrevista a seguir, os músicos dessa verdadeira instituição inglesa formada no início da década de 80 e responsável por clássicos como Filth Hounds Of Hades (1982), This Means War (1983) e Honour & Blood (1984), falam do atual momento e dos mais recentes álbuns gravados com o vocalista Doogie White – War Machine (2010) e War Nation (2012). Os guitarristas ainda comentam sobre o recém-lançado DVD, War Machine Live, e contam como anda o relacionamento com o fundador do grupo, Algy Ward.
WEAPON
O LADO ESQUECIDO DA NWOBHM
O primeiro registro da banda inglesa Weapon foi um single com as faixas It’s A Mad Mad World e Set The Stage Alight, lançado em 1980. Naquele mesmo ano, Danny Hynes (vocal), Jeff Summers (guitarra), Baz Downes (baixo) e Bruce Bisland (bateria) realizaram uma turnê ao lado do Motörhead, que promovia o cultuado Ace Of Spades. Em meio ao ‘boom’ da New Wave Of British Heavy Metal, tudo parecia caminhar bem para o grupo, com o single na segunda posição da parada do semanário inglês Sounds e mais uma turnê agendada. No entanto, apenas um ano e meio depois, a formação se separou e viu seu único registro, Set The Stage Alight, ser lançado somente em 2003. Mesmo assim, o Weapon acabou entrando no rol dos grupos cult por causa do Metallica, que os “homenageou” com os primeiros acordes de Hit The Lights, faixa que abria seus shows no início de carreira e serviu de introdução do álbum de estreia, Kill ‘Em All (1983). Quem conta mais detalhes sobre essa “coincidência” é o vocalista Danny Hynes, que está contente com o retorno à ativa e adianta os planos sobre o novo álbum.
BACKGROUND ROLLING STONES - PARTE 5
Em meados dos anos 70, os problemas com drogas começaram a afetar pra valer os Stones, especialmente Keith Richards. Quem leu o livro “Vida”, escrito pelo guitarrista e lançado em 2010, viu que ele começa com um relato tragicômico em que ele, Ron Wood e mais dois amigos são presos numa cidadezinha encravada nos cafundós do Arizona e os malabarismos que eles fizeram para se livrar de todas as substâncias ilegais que portavam. É um relato engraçado, principalmente se lido quase quarenta anos depois de ocorrido, mesmo Keith admitindo hoje que estava chegando ao fundo do poço: “Pensei que já tinha usado minhas sete vidas”, disse ele a respeito. E muito mais ainda estava por acontecer.
Em menos de dois meses, entre abril e maio de 1976, Keith se envolveu em dois acidentes de carro. Em ambos, foram encontradas drogas no que sobrou dos carros que ele guiava, o que lhe rendeu mais um par de prisões. E, como desgraça pouca é bobagem, no dia 6 de junho daquele ano aconteceu a maior de todas: seu filho com Anita Pallenberg, Tara Jo Jo Gunner Richards, nascido a 26 de março daquele ano, é encontrado morto em seu berço. O diagnóstico foi Síndrome da Morte Súbita Infantil, também conhecido como “Morte no Berço”, já que sempre ocorre quando a criança está dormindo, um mal até hoje não explicado pela Medicina. Seja como for, o efeito sobre Keith e Anita, como era de se esperar, foi devastador. “Você não supera uma coisa dessas”, resumiu Keith, tempos depois.
Isso fez com que ele se afundasse cada vez mais nas drogas, até que chegou ao fundo do poço. Só que “fundo do poço” em se tratando de Keith Richards não se trata de um princípio de overdose ou algo do tipo – algo, aliás, que jamais aconteceu com ele, por mais inacreditável que possa parecer. Foi em Toronto, no Canadá. Já era fevereiro de 1977 quando ele foi para lá com Anita para encontrar com o resto da banda a fim de fazer um show num lugar chamado El Mocambo, no qual seriam gravadas algumas faixas para o próximo disco ao vivo da banda.
BACKSPAGE
TECLADISTAS “FANTASMAS”
Eles sempre ficam escondidos em um dos lados do palco mas muita gente, até mesmo os fãs mais próximos, sequer sabe seus nomes. Suas funções se restringem a tapar buracos durante os solos de guitarra, disparar algum tipo de ‘sampler’ ou efeitos sonoros. São os conhecidos tecladistas de apoio, ou “músicos fantasmas”. Tal prática teve início nos anos 70, quando bandas que não contavam com um tecladista, contratavam músicos de estúdio ou mesmo desconhecidos para dar aquela “força” nas apresentações ao vivo.
Gerald Woodruffe e Geoff Nicholls
Depois da experiência de adicionar alguns teclados no álbum Sabbath Bloody Sabbath (1973), executados por Rick Wakeman, o Black Sabbath pegou gosto pela coisa. Para o disco seguinte, Sabotage (1975), tanto Ozzy Osbourne como Tony Iommi arriscaram algumas notas de sintetizador, enquanto Geezer Butler cuidou do Mellotron.
BLIND EAR - RODRIGO HIDALGO (MINDFLOW)
Rodrigo Hidalgo (MindFlow)
“Bem, estou sentindo que é uma música que eu deveria conhecer, mas vamos esperar um pouco mais. Deixe-me ouvir nosso amigo cantar… Ah, isso é Megadeth e a música se chama Mechanix! (R.C.: Exatamente!). Eu não conhecia esse começo direito. (R.C.: Você não lembrou de nada ao ouvir essa música?). Sim, tem The Four Horseman do Metallica, né? Legal, ainda bem que acertei, achei que erraria todas (risos). Gostei dessa!”
Megadeth – Mechanix
Killing Is My Business… And Business Is Good!
CLASSICOVER- IN LEAGUE WITH SATAN
IN LEAGUE WITH SATAN
Original: Venom
Álbum: Welcome To Hell (1981)
Cover: Krisiun
Álbum: Works Of Carnage (2003)
Qualquer fã de Metal que pesquisou sobre as origens dos lados mais malvados do estilo, o Black e o Death, deu de cara, em algum momento, com os ingleses do Venom, que veio lá da NWOBHM e incorporou muito mais peso e sanguinolência à sua sonoridade. Dono de uma revolta contra tudo e todos – religião é a mais massacrada –, o grupo, que teve sua formação clássica ainda no início da carreira com Cronos (vocal e baixo), Mantas (guitarra) e Abaddon (bateria), lançou clássicos memoráveis, como Welcome To Hell (1981), Black Metal (1982) e At War With Satan (1984), para citar alguns. Na época, esses “maus elementos” atormentaram a sociedade com sua ideologia satanista e teatral e literalmente fizeram um barulho dos diabos (ops!) na cena musical extrema mundial. No contexto, há mais de três décadas, o que pensar de três loucos que mandavam tudo para o inferno? É, eles ousaram… e se tornaram um dos principais “culpados” pelo que temos hoje no som extremo.
Entre os hinos, In League with Satan, lançada inicialmente como single de mesmo nome em abril de 1981 e posteriormente – oito meses, para ser mais exato –, no citado Welcome To Hell, do mesmo ano, possui um instrumental construído para bater cabeça e um refrão feito para berrar até a completa rouquidão.
CLASSICREW-LUCIFER’S FRIEND/Y&T/DEICIDE
1972
LUCIFER’S FRIEND
Where The Groupies Killed The
Blues
Guilherme Spiazzi
Em plena ascenção do Rock Progressivo na Europa, o Lucifer’s Friend emergiu na Alemanha com seu álbum homônimo em 1971, trazendo claras influência da sonoridade que já se destacava na Inglaterra. No ano seguinte, o grupo deu uma guinada com Where The Groupies Killed The Blues, que abriu muito seu horizonte musical. Eles realmente começariam a incorporar o estilo Progressivo, que mais tarde os levaria a linhas mais complexas adicionando elementos do Jazz em sua música.
Das sete faixas que compõem o álbum, três são longas e passam dos sete minutos, somando um total de quase 45 minutos de música. O material abre com a pulsante e direta Hobo, mas assume uma nova identidade na faixa seguinte – Rose On The Vine.
O guitarrista Peter Hesslein foi o principal compositor e o disco só não contou com a ajuda do baterista Joachin Rietenbach na criação. O trabalho também teve a colaboração do músico irlandês John O’Brien-Docker (The City Preachers) em cinco composições – Prince Of Darkness, Mother, Where The Groupies Killed The Blues, Rose On The Vine e Summerdream.
1982
Y&T
Black Tiger
Vinicius Mariano
Há trinta anos, o Yesterday & Today, que acabava de encurtar seu nome para Y&T (já era assim que os fãs chamavam a banda), curtia a repercussão de Earthshaker, até a data o melhor álbum que poderiam ter lançado, no qual conseguiu juntar tudo que trouxe do legado de Deep Purple, Rainbow, Grand Funk, The Who, Thin Lizzy, UFO e Whitesnake traduzido em riffs inesquecíveis que fizeram de Hungry For Rock, Hurricane, Rescue Me e Dirty Girl pérolas inexoráveis de uma formação que ainda tinha muita gasolina para queimar.
Dave Meniketti (vocal e guitarra), Joey Alves (guitarra), Leonard Haze (bateria) e o falecido baixista Phil Kennemore, único músico – além de Meniketti – a tocar e gravar em todos os discos do grupo, sabiam disso e estavam prontos para dar o próximo passo. Um passo de mais de 5 mil milhas, quando partiram para a Inglaterra e decidiram gravar o novo LP com o produtor Max Norman, “só” o engenheiro de som de Blizzard Of Ozz (1980) e Diary Of A Madman (1981).
Ao chegarem lá, Dave & Cia. foram surpreendidos ao descobrir que a banda tinha um bom nome na Europa, especialmente na Holanda, onde Earthshaker havia sido eleito o melhor disco de Rock de 1981.
O Ridge Farm, estúdio de Max Norman, fica no condado de Surrey, em meio a belas colinas. “Acordar em meio às colinas e ver um pasto cheio de ovelhas com pêlos branquinhos e construções do século XIV inspiraram muito as gravações. E essa vibração foi passada para o disco”, relembra Meniketti.
Black Tiger foi lançado em agosto de 1982 e logo caiu no gosto dos fãs europeus.
1992
DEICIDE
Legion
Frans Dourado
O Deicide aproveitou como poucos a explosão de popularidade do Death Metal ao redor do mundo. A estreia em 1990 com o disco que leva o nome da banda, fez com que Glen Benton e seus asseclas chamassem a atenção para a formação que conseguiu se distinguir das dezenas de bandas que surgiram na ensolarada Flórida no final dos anos 80. E não foi à toa que esse lançamento se tornou um dos maiores sucessos de vendas do estilo em todos os tempos. E suceder um disco de impacto tão profundo foi um desafio aceito e vencido pelo quarteto com honras.
Legion elevou os níveis de brutalidade do Death Metal praticado pelo grupo em todos os aspectos. Lírica e musicalmente, o Deicide se tornou a referência máxima em levar ao estilo o satanismo mais simples, direto e ofensivo que a figura folclórica de Glen Benton poderia oferecer. E esse lançamento incendiou ainda mais as polêmicas geradas pelo satanismo no Metal Extremo, que alcançava seu ápice com os crimes praticados na Noruega pelos músicos envolvidos com a cena Black Metal do país escandinavo.
Lançado em 9 de junho de 1992 nos Estados Unidos pela Roadrunner, o álbum foi mais um fruto da parceria da banda com o produtor Scott Burns, que soube como ninguém extrair a sonoridade perfeita da banda no Morrisound Studios em Tampa, na Flórida.
EDITORIAL
O Rock superando o tempo
Com o nascimento do Rock n’ Roll no final dos anos 50, muitos acreditavam que aquilo seria uma onda passageira, mas o Rock veio para contrariar isso, surgiu como a música feita para os jovens e causou um impacto que trouxe atitude junto com o gênero musical. O mundo da música, então centrado nos adultos, era dominado por orquestras e as atrações eram cantores e cantoras que simplesmente interpretavam composições de outras pessoas. A música servia basicamente para embalar os amantes da dança, mas o novo gênero mudou até o jeito de se dançar. De lá para cá as coisas evoluíram, vieram as ramificações, e a vertente que se manteve fiel ao Rock mais verdadeiro se concentrou no lado mais pesado da música, rotulado genericamente de Heavy Metal.
Foi a segunda geração de artistas do Rock, na década de 60, que estabeleceu o que viria a ser um novo padrão para os papéis exercidos no cenário da música popular. Entre outras coisas essa geração, liderada pelos Beatles, acabou mudando o conceito de que música devia ser datada, e mostrou que, mesmo sendo “música popular”, ela poderia (até deveria) ser uma obra de arte, e permanecer digna de ser ouvida mesmo depois de muitos anos da sua criação. Cresceu no mundo inteiro uma tendência de que os grupos musicais passavam a cantar e tocar os instrumentos, mas, principalmente, a criar suas próprias músicas. E isso enriqueceu o resultado artístico, não apenas no instrumental, mas também no conteúdo das letras, que em muitos casos passou a incluir mensagens baseadas na personalidade e nas experiências vividas pelo autor, sendo transmitida diretamente da fonte para o público da banda.
Com o aperfeiçoamento dos recursos para shows, no final dos anos 60, criou-se um ciclo onde os grupos de Rock/Metal normalmente passam por um período de composição de novas músicas, depois vem a gravação do disco e, em seguida a turnê de divulgação. A temporada varia de acordo com o tamanho do prestígio da banda, e pode render alguns anos de estrada. Nesta rotina, que se transformou num círculo virtuoso para o mundo da música, existem várias bandas que já acumulam mais de quarenta anos criando, gravando e tocando. Vale um destaque para a mais longeva delas, os Rolling Stones, é claro, com seus 50 anos de atividade completados em julho último.
Mas a inspiração e disposição para continuar produtivo por tanto tempo é consequência de muito talento, profissionalismo e amor pela arte. Enquanto alguns se perdem quando os primeiros flashes os deixam cegos, sentem que já fizeram tudo e não precisam criar mais nada, outros conseguem fazer um bom trabalho num álbum e se inibem com o medo de não produzir algo do mesmo nível gerando um bloqueio mental que trunca uma carreira promissora. Existem muitos casos em que a fonte é praticamente inesgotável, como o Aerosmith, matéria de capa desta edição, que está lançando Music From Another Dimension!, disco que chega ao mercado 39 anos depois de seu primeiro álbum, Aerosmith, de 1973, ainda no tempo do vinil.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS - LARRY RHINO REINHARDT
Larry “Rhino” Reinhardt (07/07/1948 – 02/01/2012)
Em 1970, o Iron Butterfly era um baluarte do Rock pesado psicodélico. Tendo lançado três grandes álbuns, sendo um deles o popular In-A-Gadda-Da-Vida, era hora de mudar e buscar outros horizontes dentro da década que vinha surgindo.
Foi em agosto de 1970 que a banda lançou seu quarto trabalho, apropriadamente chamado Metamorphosis, para muitos o melhor do conjunto. Na maravilhosa arte gráfica, exemplos da transfiguração do Iron Butterfly. Na nova música praticada por eles, mutação e evolução. Não seria a metamorfose por definição uma mudança de forma ou da estrutura de algo em termos físicos e/ou morais? Pois é, essa modificação toda só pode ser concretizada depois da entrada de uma dupla de guitarristas: Mike Pinera (que vinha do Blues Image, famoso pelo hit Ride Captain Ride) e Larry Reinhardt, esse último creditado como “El Rhino”. A nova dupla causou tanto impacto que Metamorphosis vinha originalmente creditado a “Iron Butterfly With Pinera & Rhino”. Rhino brilhava por todo lado, principalmente na longa Butterfly Bleu, em que utiliza seu slide com maestria. Pinera não deixava barato e fazia uso pioneiro de um ‘talk box’.
Foi assim que El Rhino apareceu para o mundo. Mas antes o garoto da Flórida havia passado por diversos grupos amadores, como The Thunderbeats e The Load, esse último um power trio cuja especialidade era mesclar Blues com Rock psicodélico. Rhino teve ainda uma passagem relâmpago pela banda The Second Coming, que contava também com Dickey Betts na guitarra, sua esposa Dale Betts nos vocais, Berry Oakley no baixo, John Meeks na bateria e Reese Wynans nos teclados. Betts e Oakley foram parar no Allman Brothers Band e Wynans foi tocar com Stevie Ray Vaughan anos mais tarde.
GARAGE DEMOS
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Sioux 66
Dry Bones Valley
Ímpios
Metallic Crucifixion
Nardones
Ódio
HIDDEN TRACKS - CARNIVORE
Carnivore
Origem: EUA
Época: Anos 80
Estilo: Thrash Metal/Crossover
Formação clássica: Lord Petrus Steele (baixo e vocal), Keith Alexander (guitarra) e Louie Beato “Beateaux” (bateria)
Discografia: Carnivore (1985) e Retaliation (1987)
Em 1984, surgiu no meio da imprensa Metal um release que estampava o seguinte: “Imagine que você é um dos poucos sobreviventes de um holocausto termonuclear. O ambiente tranquilo que você outrora conhecia está completamente destruído e sua nova casa é abaixo da superfície da terra, livre da radiação eminente que impera na superfície. (…) Há uma horda de guerreiros canibais vagando sem rumo, só esperando seu cérebro apodrecer para que eles possam devorá-lo, e assim que você adentra na escuridão das profundezas, é devorado pelos ‘Carnívoros-bárbaros’. Então, no final, você irá agradecer por ter sido poupado do horror da sobrevivência.” Com essas singelas palavras o mundo foi apresentado ao Carnivore.
O grupo surgiu das cinzas do Fallout, que contava com Peter Steele (baixo e vocal) e Josh Silver (teclados), Lou “Beateaux” Beato (bateria) e John Campos (guitarras e vocais), músicos que praticavam um som na linha Alice Cooper, Black Widow e Atomic Roosters. Como a banda não foi para frente, Josh formou o Original Sin e Peter iniciou o Carnivore em 1983, junto com Keith Alexander (guitarra) e Louie (bateria).
LIVE EVIL - EPICA
Epica
Via Funchal – São Paulo/SP
28 de setembro 2012
Por Andréa Ariani / Fotos: Renan Facciolo
Goste ou não do estilo, não se pode negar que o Epica é uma das bandas que, usando todos os recursos disponíveis – tecnológicos e criativos –, mais busca interatividade com seu público, postando fotos, interagindo com as cidades pelas quais passam ao redor do mundo, inventando concursos, promoções, se divertindo e promovendo diversão nos palcos e nas redes sociais. Foi nesse clima que os fãs foram aumentando a expectativa a cada novo post sobre a extensa tour sul-americana de divulgação do mais recente disco, Requiem For The Indifferent. A banda passou por Colômbia, Argentina, Chile e na etapa brasileira começou por São Paulo para depois prosseguir no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
Mesmo sem divulgação de que haveria banda de abertura, boa parte do público já estava dentro da Via Funchal para curtir o show do Tierramystica. Depois de ajustes no palco e algum suspense, os integrantes do Epica foram entrando um a um, começando pelo baterista Van Weesenbeek ao som de Karma, instrumental que também abre o último álbum, seguida de Monopoly Of Truth. Com pirotecnia, fogo e fumaça e cabelos esvoaçantes, Simone Simons entrou ovacionada pelos fãs.
Já no início, o set mostrou que iria também dar vez para hits antigos, como Sensorium de The Phantom Agony (2003). Antes de Unleashed, o guitarrista Mark Jansen falou que é sempre bom estar de volta enquanto mais efeitos de fumaça rolavam e uma bandeira do Brasil era estendida no amplificador pelo também guitarrista Isaac Delahaye. Por falar em retorno, o Epica voltou ao país depois da última passagem em 2010.
LIVE EVIL - EUROPE
Europe
A Seringueira – São Paulo/SP
23 de setembro de 2012
Por Guilherme Spiazzi / Fotos: Denis Ono
A passagem do Europe por São Paulo deixou claro que o grupo sueco não está fadado a viver do seu passado. O show ocorreu numa casa que comportou muito bem o público, o som estava ótimo e os efeitos de luz foram um show à parte. Para completar a noite, na parte superior da casa havia convidados da festa de 27 anos da Rádio Corsário, reunindo fãs e imprensa. O público estava bem diversificado, com pessoas mais jovens que realmente curtiam o som e os que já acompanham a banda desde a década de 80. A entrada ao local do show foi um pouco caótica, com seguranças desinformados e despreparados, tornando o acesso de convidados e imprensa quase impossível. Depois de tudo resolvido, ainda tivemos que esperar o início do show, que atrasou em quase uma hora. Mas valeu a pena.
O começo explosivo com Riches To Rags mostrava um palco esfumaçado e inundado de luzes vermelhas. Logo no início, a performance do vocalista Joey Tempest já dava a certeza de que teríamos uma apresentação de primeira. Coincidindo com a ordem do mais recente álbum, Bag Of Bones, emendaram com Not Supposed To Sing The Blues, com sua levada mais envolvente que tirou gritos das fãs, e com a excelente Firebox. Ao final dessa trinca, ficou evidente que o Europe é uma banda que rende muito ao vivo.
Palmas acompanhando o teclado deram início ao hit oitentista Superstitious, em que peso e pressão do baixo de John Levén foram marcantes. Joey então pegou uma bandeira brasileira e perguntou em português: “Como estão vocês?” E essa foi só a primeira de várias frases que ele falou na nossa língua durante a noite. Os fãs gritaram quando Joye deu a ordem: “São Paulo, scream!” Era a vez de Scream Of Anger, com o vocalista correndo.
LIVE EVIL – G3
G3 (STEVE MORSE / JOHN PETRUCCI / JOE SATRIANI)
Credicard Hall – São Paulo/SP
12 de outubro de 2012
Por Rafael Bittencourt / Fotos: Mila Maluhy
Esta foi a primeira vez que eu assisti a um show com a responsabilidade de escrever uma resenha e confesso que foi uma emoção bem diferente. Para mim, aproveitar bem um show significa deixar-se levar pelo encanto e pela magia da performance, mas também estar atento a todo o lado técnico, numa combinação de diversão e aprendizado.
Tudo relacionado à ida a um show é emocionante: as luzes da casa, o agito para estacionar, a excitação do público na fila, o encontrar com os amigos músicos etc. Esta edição do G3 trouxe três representantes de gerações bem distintas. Foi curioso vê-los lado a lado. É fácil imaginar Steve Morse tocando seu violão no campo, longe da civilização; Satriani em algum quarto de hotel, depois de um jantar com patrocinadores; e Petrucci em seu estúdio particular, com Facebook ligado pesquisando o que mais agrada seu público.
Steve Morse começou sua história nos anos 70 com o Dixie Dregs, banda instrumental de Rock/Fusion que inspirou as gerações seguintes. Ele tem em suas raízes o Country, a Música Clássica e bandas de Rock Progressivo como King Crimsom e Focus. Satriani é representante da revolução da guitarra moderna, da era Van Halen dos áureos anos 80. Além de ser um músico fenomenal, ele representa bem a força e a influência que os guitarristas têm hoje no mercado de instrumentos mundial. E Petrucci representa o Rock técnico e tecnológico dos anos 90 que procura mesclar todos os estilos anteriores mas com menos características próprias.
Steve Morse, o meu favorito, era a grande expectativa dos da minha idade. Quando entrou em cena, teve problemas com o som da guitarra, que não funcionou logo de cara, mas foi logo solucionado.
LIVE EVIL - MARILLION
Marillion
HSBC Brasil – São Paulo/SP
11 de outubro de 2012
Por Eliton Tomasi / Fotos: Renan Facciolo
Em sua última passagem pelo Brasil, Peter Gabriel concedeu entrevista a um canal de televisão em que disse que o Rock Progressivo era um estilo musical antiquado. De fato, os valores do mundo moderno são outros se comparados aos da década de 70, quando o Progressivo viveu seu melhor momento. Se o próprio conceito de álbum vem perdendo cada vez mais força frente aos singles digitais, como esperar que um estilo musical de características holísticas seja apreciado pela nova geração de consumidores dos aparelhos celulares?
O Rock Progressivo é uma expressão artística de profundidade, exige sensibilidade e, sobretudo, introspecção. Não é de se estranhar que seja considerado antiquado em tempos em que a cultura de superfície seja predominante. Dentre as chamadas bandas progressivas, o Marillion tem algo especial, um ingrediente que lhes creditou uma carreira linear: trata-se de uma banda de bem com o tempo! E isso a começar por sua própria origem, já que é considerado um dos pilares do Neo-Progressivo, ou seja, é transcendente ao próprio arquétipo clássico do Rock Progressivo. Não obstante, foi uma das primeiras bandas a apostar na internet e em todo conceito de música digital, administrando uma carreira praticamente independente bancada diretamente pelos fãs. Chegou inclusive a intitular um álbum como Marillion.com.
LIVE EVIL - SCORPIONS
Scorpions
Credicard Hall – São Paulo/SP
20 de setembro de 2012
Por Guilherme Spiazzi / Fotos: Guilherme Nozawa
Batizada de “Final Sting World Tour”, esta turnê do Scorpions tem tudo para ser realmente a última da banda alemã – ou não, já que eles anunciaram a aposentadoria dos palcos algumas vezes… A capital paulista foi agraciada com duas datas, sendo que a primeira teve os seus ingressos esgotados – e foi esse show que a ROADIE CREW conferiu.
O relógio marcava 21h35 quando as luzes se apagaram e os três painéis de led no palco se iluminaram com imagens do “US Festival” de 1983 (N.R.: realizado na Califórnia e idealizado por Steve Wozniak, co-fundador da Apple Computers). Logo veio aquele início explosivo com Sting In The Tail e o palco foi inundado por luzes vermelhas e muita energia. O guitarrista Rudolf Schenker e o baixista Paweł Mąciwoda mandaram muito bem nos vocais de apoio, característica que se manteve durante toda a apresentação. Ao final, o explosivo baterista James Kottak levantou-se e começou a chamar os fãs.
Make It Real foi a primeira de um mergulho no passado revivendo os hits. Momentos como o solo de Matthias Jabs e a marcação de bumbo sendo acompanhada por palmas fizeram a relação entre fã e banda ficar muito mais rica. Foi ao final desta que Klaus Meine, que continua cantando maravilhosamente bem, soltou o primeiro “boa noite, São Paulo!” em alto e bom português. O agitado e empolgante Rudolf comandou o palco correndo de um lado para o outro, sendo que ele e Kottak literalmente foram a adrenalina do show. Vale destacar também a performance de Paweł que, além dos vocais de apoio, manteve o som da banda coeso e incrementou com muito groove a apresentação. Durante todo o show a interação entre banda e público foi intensa, principalmente quando Klaus chamava os fãs para cantar os coros, dividir os vocais ou levantar as mãos. Matthias foi várias vezes solar na beirada do palco, encarando o público como se estivesse no meio da plateia. E James… Bem, o cara esbanja energia – subiu nos bumbos, pulou, levantou-se, tirou a camiseta diversas vezes, fez aquelas firulas na bateria e jogou muitas baquetas.
PLAYLIST – ANDREAS KISSER
ANDREAS KISSER (guitarra, Sepultura)
Nascimento: 24 de agosto de 1968, em São Bernardo do Campo (SP)
Bandas: Esfinge, Pestilence e Sepultura
Álbuns de estúdio com o Sepultura: Schizophrenia (1987), Beneath The Remains (1989), Arise (1991), Chaos A.D. (1993), Roots (1996), Against (1998), Nation (2001), Revolusongs (2002), Roorback (2003), Dante XXI (2006), A-Lex (2009) e Kairos (2011)
From The Past Comes The Storms: “Foi a primeira música que a gente escreveu quando eu entrei na banda. A gravação da demo (N.R.: The Past Reborns The Storms) foi a minha primeira experiência em um estúdio profissional, mesmo que bem capenga. (risos) Eu curto muito essa demo! Além disso, a letra foi minha e saía um pouco daquele esquema de satanismo, de copiar bandas de fora e usar frases do Destruction, Possessed, Hellhammer e Slayer. Eu trouxe uma temática mais de história, de Guerras. O Lino, que era amigo e roadie, traduzia as letras e no Schizophrenia todas foram feitas primeiro em português, sem preocupação com métrica e sem sentido algum.”
Álbum: Schizophrenia (1987)
POSTER - GRAVE DIGGER
Poster – Grave Digger (Heavy Metal Breakdown, o álbum)
RELEASES
Nesta edição:
Ace Of Hearts
Aerosmith
As Dramatic Homage
Ascariasis
Bombs Of Hades
Dublin Death Patrol
East Of The Wall
Ektomorf
Endless Massacre IV
ETHS
Evil Dead
Geoff Tate
Haarp
Head Krusher
Hexvessel
Kamala
Kiara Rocks
Kiss
Krisiun
Kvelertak
Kvlt Of Hiob
Malignancy
Michael Schenker Group
Muddy Waters e Rolling Stones (DVD)
Mutant Squad
Nervochaos
Pilgrim
Plague Rages
Rabbits
Rival Sons
Saturnian Mist
Soulspell
Steve Harris
Steve Vai
Tamuya Thrash Tribe
The ABC&D Of Boogie Woogie
Tremonti
Velvet Revolver (DVD)
Zz Top
ROADIE COLLECTION – ENTOMBED
Quando se fala em Death Metal europeu, muito provavelmente o nome Entombed figura na lista dos dez principais nomes do gênero. Na Suécia, o Entombed, depois do Bathory, acabaria se tornando uma das bandas mais influentes e seminais de sua geração, graças ao lançamento de clássicos como Left Hand Path e Clandestine. Formado das cinzas do Nihilist por Lars-Göran Petrov nos vocais, Uffe Cederlund e Alex Hellid nas guitarras e Nicke Andersson (conhecido por Nick Royale, fundador do The Hellacopters) na bateria, o Entombed ficaria responsável por ser o pioneiro do chamado Swedish Death Metal. Era um som que mesclava de forma única e inteligente o Death Metal de bandas americanas como Autopsy, Death e Repulsion com a essência do Punk/Hardcore. A cada álbum o Entombed se superava em termos de ousadia e originalidade, sendo o injustiçado Wolverine Blues (1993) considerado o marco zero de uma fase mais experimental e eclética. A cada lançamento o grupo ia afugentando a parcela mais ortodoxa dos fãs, que não se conformava com tantas mudanças. Isso até o lançamento de Serpent Saints – The Ten Amendments (2007), em que o grupo parece ter reencontrado suas origens de forma definitiva.
ROADIE NEWS
Vitor Rodrigues (VoodooPriest)
Após deixar a banda paulistana de Death/Thrash Metal Torture Squad, o vocalista Vitor Rodrigues não perdeu tempo e já está com um novo grupo, o Voodoopriest. Conversamos com o vocalista, que contou alguns detalhes sobre esta sua nova empreitada ao lado de César Covero e Renato De Luccas (guitarras), Bruno Pompeo (baixo) e Edu Nicolini (bateria), e sobre o EP que será lançado em breve.
Por que você deixou o Torture Squad?
Vitor Rodrigues: Saí porque chegou um momento em que eu tive de tomar uma decisão entre continuar o que vinha fazendo com o Torture Squad ou enfrentar novos desafios na minha vida.
ROADIE PROFILE - ANGELA GOSSOW
ANGELA GOSSOW (vocalista, Arch Enemy)
Primeiro disco que você comprou: “The Legacy (Testament).”
Melhor disco de Heavy Metal: “Master Of Puppets (Metallica).”…
STAY HEAVY REPORT
Novo espaço para o Heavy Metal na mídia
Estreou em setembro último a coluna Metal Online, um espaço 100% dedicado ao Classic Rock e Heavy Metal em dos principais portais de notícias e variedades da internet brasileira: o iG.
O portal iG, criado em janeiro de 2000, conta com cerca de 25 milhões de usuários únicos por mês, e apresenta na internet as últimas notícias do Brasil e do mundo, além de Esporte, Moda, Games, Cultura, Economia, Turismo, Saúde e muitos vídeos.
O Metal Online pretende levar um pouco mais da cultura desse segmento musical ao conhecimento da grande massa, abordando fatos e curiosidades relacionados com o cenário artístico do Classic Rock e Heavy Metal e seus subgêneros, e expondo as opiniões de quem entende do assunto.
A coluna é encabeçada por Vinicius Neves, apresentador e diretor do Stay Heavy, e colaboram Cintia Diniz, apresentadora e produtora do Programa Stay Heavy e Airton Diniz, editor da Revista ROADIE CREW.
Esta é mais uma conquista para o estilo e para todos headbangere. Confira: colunistas.ig.com.br/heavy-metal
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |