Pela primeira vez em três décadas de produção abundante e ininterrupta, o vocalista King Diamond completa seis anos sem lançar um álbum novo de inéditas. Ainda que pareça muito, o simples fato de estarmos aqui cogitando e falando sobre…
Edição #169
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KING DIAMOND
TÍTULO INTERNO: OS DIAS DE HORROR DE KING DIAMOND
Pela primeira vez em três décadas de produção abundante e ininterrupta, o vocalista King Diamond completa seis anos sem lançar um álbum novo de inéditas. Ainda que pareça muito, o simples fato de estarmos aqui cogitando e falando sobre o próximo trabalho, já é motivo de celebração. Afinal, três anos após apresentar Give Me Your Soul… Please! (2007) – disco que inclui Never Ending Hill, faixa indicada ao Grammy de 2008 –, o lendário músico dinamarquês foi hospitalizado com graves problemas cardíacos que o a ser operado em caráter de urgência para a colocação de três pontes de safena. Depois de um longo período de recuperação, ele retomou suas atividades no meio musical e agora celebra a assinatura de um novo contrato mundial com a Metal Blade Records. Três álbuns, inúmeras turnês e produções colossais estão a caminho. Em entrevista exclusiva à ROADIE CREW, um bem-disposto e falante King Diamond nos deu várias informações sobre seus planos para o futuro, discorreu sobre o Mercyful Fate e o reencontro com seus ex-companheiros de banda no aniversário de trinta anos do Metallica, revisitou o também trintão e clássico Melissa (1983) e relembrou os momentos mais difíceis e curiosos que viveu durante sua recuperação.
AEON
DILACERANDO OUVIDOS
Os suecos do Aeon estão de volta com Aeons Black (2012), quarto álbum da carreira iniciada em meados de 1999 quando os músicos do Defaced Creation resolveram alterar a sua musicalidade e criar uma nova banda após o lançamento do álbum de estreia, Serenity In Chaos. De lá para cá, o Aeon sofreu algumas mudanças de formação, mas Tommy Dahlström (vocal) e Sebastian “Zeb” Nilsson (guitarra) se mantém firmes na proposta iniciada com o EP Dark Order (2001). Aeons Black, sucessor de Path Of Fire (2010), pode ser considerado seu trabalho mais maduro e deverá ser uma porta de entrada para que o grupo se torne um dos grandes do Death Metal mundial. Conversamos com o guitarrista e fundador Zeb Nilsson, que nos deu mais detalhes sobre o processo de criação do novo disco.
AC/DC (MARK EVANS)
LEMBRANÇAS E MÁGOAS DO AC/DC
Mark Evans começou sua carreira musical como guitarrista, fazendo jams com seus chapas em seu país natal, a Austrália, O começo foi fazendo covers dos Stones, mas logo estava arriscando suas próprias composições. Em 1974, ele fez a troca que mudaria sua vida para sempre: passou da guitarra para o baixo. Em março de 1975, ele assistiu, num pub, a um show de uma banda promissora chamada AC/DC. Dois dias depois, ele estava no palco com a banda num show no Waltzing Matilda Hotel. Mas em Mark Evans
foi dispensado da banda, não sem antes gravar três álbuns seminais, T.N.T.
(1975), Dirty Deeds Done Dirt Cheap (1976) e Let There Be Rock(1977). Há dois anos o baixista escreveu um livro rememorando aqueles áureos tempos, “Dirty Deeds: My Life Inside And Outside Of AC/DC”, e nesta entrevista relembra alguns episódios que viveu com a banda.
ALL THAT REMAINS
VENCENDO A GUERRA
O All That Remains há tempos vem elaborando uma sonoridade própria e quem ainda insiste em classificá-lo apenas como Metalcore certamente mudará de ideia ao ouvir o álbum A War You Cannot Win (“uma guerra que você não pode vencer’), lançado em novembro de 2012. A banda fez parte do início da New Wave Of American Heavy Metal e na época ajudou a consolidar o Metalcore na região da Nova Inglaterra (EUA). Philip “Phil” Labonte (vocal), Oli Hebert e Mike Martin (guitarra), Jeanne Sagan (baixo) e Jason Costa (bateria) chegam ao sexto trabalho e, com quase um milhão de discos vendidos, seguem firmes fazendo de tudo para manter a relevância da banda. Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Phil Labonte mostrou a personalidade e o direcionamento objetivo que a banda tem.
CAVALEIRO DRAGÃO
HONRA, CORAGEM E PODER
Num primeiro momento, o quinteto de Hortolândia (SP) Cavaleiro Dragão pode dar a entender que executa aquele Speed Metal Melódico com bumbos à velocidade da luz. Entretanto, Charles Arce (vocal), Rafael Miguel e Mauro Soares (guitarras), Andrey Cardoso (baixo e vocal) e Jayme Neto (bateria) revivem o lado épico do Metal, com temática medieval, e que no passado contou com diversos representantes brasileiros, entre eles os saudosos Santuário, Excalibur e Máscara de Ferro. O álbum de estreia, intitulado simplesmente Cavaleiro Dragão, foi lançado no ano passado pela Attitude Headbanger’s House e agora o grupo já trabalha no sucessor e adianta, na entrevista a seguir, que abordará uma temática apocalíptica.
DREAM THEATER
SONHO REALIZADO PARA MIKE MANGINI
Conversar com o baterista Mike Mangini atualmente é o mesmo que ir a um bar e se sentar com um velho amigo que acaba de conquistar a mulher com quem sempre sonhou. O sujeito, como se imagina, está nas nuvens. A descrição feita por ele para a moça é óbvia: perfeita, incrível, linda, inigualável etc. A manifestação, diga-se, não é maquiada; trata-se, claramente, de algo autêntico. Percebe-se que há ali alguém envolvido, deslumbrado, apaixonado. Os resultados do romance são, além de legítimos, extremamente proveitosos. No caso do Dream Theater, A Dramatic Turn Of Events (2011) e os shows da turnê que o sucedeu comprovam isso. Aliás, pelos relatos gerais de membros e pessoas próximas à banda, o novo DVD ao vivo e o próximo álbum tendem a repetir os feitos do sucesso do trabalho anterior. A lua-de-mel, portanto, prossegue e, para a alegria dos fãs, muitíssimo bem. Resta torcer para que, diferentemente da história do velho amigo, o relato, naquele mesmo bar, anos depois, não tenha mudado drasticamente.
GOLPE DE ESTADO
MAIS VIVO DO QUE NUNCA
Alguns grupos já extrapolaram o simples rótulo de “banda de Rock” para se tornarem verdadeiras instituições desse estilo musical de que tanto gostamos. Aqui no Brasil há alguns honrosos representantes dessa categoria, como Made In Brazil, Patrulha do Espaço e alguns poucos outros nomes. Porém, uma lista dessas jamais ficaria completa se nela não estivesse o Golpe de Estado. Criado em 1985 por Catalau (vocal), Hélcio Aguirra (guitarra), Nelson Brito (baixo) e Paulo Zinner (bateria), o grupo conquistou notoriedade graças a um repertório acessível mas rockeiro do primeiro ao último acorde, embalado pelas letras brilhantes de Catalau e por shows sempre inesquecíveis, marcados pela performance do vocalista e pelos temas que misturavam Hard Rock e Rock’n’Roll – que acabou sendo batizado de Hard And Roll. Os cinco primeiros discos, lançados entre 1986 e 1994, colocaram a banda em posição de destaque no cenário nacional. Em 1996, no entanto, Catalau converteu-se e optou por deixar a banda. Foi substituído num primeiro momento por Rogério Fernandes (atual Carro Bomba) e em seguida por Kiko Müller. São desse período um disco ao vivo (com faixas cantadas tanto por Catalau como por Fernandes) e outro de estúdio com Kiko nos vocais. Até que em 2010, a bomba: além de Kiko, o baterista Paulo Zinner também anunciou sua saída do Golpe. Quando muitos pensavam que esse poderia ser o fim da banda, eis que o Golpe de Estado renasce, mais forte do que nunca, com Dino Linardi (vocal) e Roby Pontes (bateria) na formação e mais um trabalho nas mãos: Direto Do Fronte. Após acompanhar a banda desde sua criação, eis que este redator é mais uma vez encarregado de entrevistar o Golpe, missão que confunde trabalho com satisfação e emoção, já que falar com Hélcio e Nelson é como bater um papo numa mesa de bar com velhos amigos. E a entrevista ainda ganha em importância por ser a primeira que o Golpe de Estado concede à ROADIE CREW. Hélcio e Nelson não falaram muito, é verdade. Mas quem disse que quantidade tem a ver com qualidade?
KAMELOT
HORA E VEZ DE TOMMY KAREVIK
A última conversa que tivemos com Thomas Youngblood (guitarra), publicada na ROADIE CREW #146, deixou claro que os dias de Roy Khan (vocal) no Kamelot estavam contados. Na verdade, os rumores da saída do vocalista começaram antes mesmo do lançamento de Poetry For The Poisoned (2010). Porém, o conjunto norte-americano, recusando-se a abrir mão do músico que o consagrou, se viu defrontado com uma situação delicada que se arrastou por mais de um ano e meio: sem rumo, perdendo dinheiro e provavelmente já sem a voz que o levara a uma posição de destaque na cena Metal, mas apostando avidamente em uma reviravolta na mente de Khan. Como isso não se concretizou, o Kamelot oficializou em abril de 2011 a saída de sua maior estrela e iniciou a busca por alguém capaz de substituí-lo. O período de turbulências e incertezas só se encerrou em outubro último, com o lançamento do álbum Silverthorn (2012), já contando com o novo ‘frontman’ Tommy Karevik. Revitalizado e empolgado com as perspectivas para o futuro, Youngblood nos falou sobre o disco e detalhou todo o processo que o levou a Karevik.
KHROPHUS
POWER TRIO AFIADO E COMPETENTE
“Apenas flui.” Com essas poucas palavras, o baixista e vocalista Alex Pazetto justifica a incrível técnica que permeia as composições do Khrophus. Oriundo de São José (SC), o grupo vem consolidando seu nome no underground nacional e, inclusive, internacional – o grupo já realizou turnês na Europa e, em breve, retornará ao velho mundo para divulgar seu terceiro disco, o violentíssimo Eyes Of Madness. Pesado e brutal, porém direto ao ponto, o registro exibe riffs afiadíssimos de Adriano Ribeiro – único membro original –, um incrível trabalho de bateria de Carlos Fernandes e linhas de baixo e vocais guturais característicos de Alex Pazetto. Conversamos com os músicos para saber sobre a atual situação do Khrophus.
NECROMANCIA
ORGULHO DO ABC PAULISTA
Bandas formadas por irmãos curiosamente conseguem um lugar ao sol no cenário da música pesada no Brasil, como Sepultura dos irmãos Cavalera e Viper dos Passarell, além de outros que estão aí até hoje para comprovar – Made In Brazil, Dr. Sin, Krisiun, Claustrofobia, Obskure, Chaosfear e, por que não?, Cavalera Conspiracy. No ano passado, além do Dorsal Atlântica dos irmãos Lopes, o Necromancia dos manos Kiko e Marcelo d’Castro retomou as atividades com o álbum Back From The Dead. Lançado dez anos depois de Check Mate (2002), o trabalho foi bem recebido e vem chamando a atenção não só dos antigos seguidores da região do ABC como dos fãs que só conheciam a banda por nome. O baterista Kiko d’Castro falou sobre o retorno e outras passagens da carreira, além de recordar momentos ocorridos na região do ABC, centro que revelou outros grandes nomes para o Metal brasileiro.
OBSKURE
INFERNO NA TERRA DA LUZ
Com mais de vinte anos de estrada, o grupo cearense Obskure lançou um dos melhores trabalhos produzidos no Brasil no ano passado, Dense Shades Of Mankind. Mesmo com diversas mudanças de formação e os percalços comuns a quem atua no underground, o grupo formado pelo vocalista Germano Monteiro, os guitarristas Daniel Boyadjian e Amaudson Ximenes, o baixista Jolson Ximenes, o baterista Wilker D’Ângelo e o tecladista Fábio Barros se tornou um dos pilares do Metal nordestino. Na entrevista a seguir, os músicos contam um pouco mais sobre a trajetória e o momento atual desta instituição do Metal Extremo cearense.
PHILM
O LADO MAIS LEVE DE DAVE LOMBARDO
O baterista do Slayer Dave Lombardo nunca se intimidou na hora de expandir seus limites. Com o Philm, power trio que conta com o guitarrista e vocalista Gerry Nestler (Civil Defiance) e o baixista Pancho Tomaselli (War), Lombardo tirou um bumbo de seu kit para mostrar suas habilidades em um gênero totalmente diferente do que está habituado a tocar, às vezes flertando com Rhytm’n’Blues e Jazz. Em Harmonic, primeiro disco da banda, não há um ‘blast beat’ sequer. Por outro lado, lá há desde músicas sombrias como Way Down até temas que misturam o peso do Metal e a suavidade do Jazz como Held In Light. Nesta entrevista, o baterista conta como a banda foi criada e como surgiu seu primeiro disco.
SATAN
Apesar de ser responsável por um dos mais brilhantes registros da New Wave Of British Heavy Metal, o Satan ficou pelo caminho e não passou de uma formação ‘cult’ com Court In The Act. Logo após o lançamento, ocorrido há trinta anos, perdeu o vocalista Brian Ross, que focou sua carreira no Blitzkrieg e foi substituído por Lou Taylor. A mudança foi tão drástica que Steve Ramsey e Russ Tippins (guitarras), Graeme English (baixo) e Sean Ramsey (bateria) passaram a se chamar Blind Fury quando soltaram Out Of Reach (1985). Com o passar dos anos e mais trocas de formação com a entrada de Michael “Mike” Jackson no posto de Taylor, voltou a se chamar Satan mas depois mudou para The Kindred e, finalmente, Pariah. Hoje em dia, sem se preocupar com as infundadas acusações de satanista por causa do nome, mas com o objetivo de apresentar aos fãs o que seria o sucessor natural de Court In The Act, a formação original se reuniu e soltará em breve o novo trabalho, Life Sentence. Brian Ross e Steve Ramsey contam os detalhes a seguir.
VOIVOD
30 ANOS SEM PERDER A PEGADA
O sotaque do baterista Away entrega sua ascendência franco-canadense, mas não disfarça sua devoção e sua paixão pela música que faz com seus parceiros do Voivod. Michel “Away” Langevin não é apenas fundador da banda mas o único membro que permanece desde sua criação, em 1982. Houve alguns percalços pelo caminho, como um grave acidente automobilístico em 1998 e a morte do guitarrista Piggy, vítima de câncer aos 45 anos, em 2005, mas Away não se deixou abalar e manteve o grupo na ativa. Recentemente, o Voivod lançou seu 13º disco, Target Earth, o primeiro trabalho com o guitarrista Daniel Mongrain. O Voivod também está comemorando seu trigésimo aniversário e é justamente por aí que começamos essa conversa.
ZZ TOP
O PASSADO E O PRESENTE
Poucas bandas podem ostentar aquilo que o ZZ Top conquistou. Criado em 1969, o trio texano composto por Billy Gibbons (guitarra e vocal), Dusty Hill (baixo e vocal) e Frank Beard (bateria) está há mais de quatro décadas criando música e não apenas lançando discos para “cumprir tabela”, mas que mantêm a fama conquistada pelo grupo ao longo dos anos. La Futura, lançado em setembro de 2012, é seu primeiro disco em quase uma década (o anterior, Mescalero, saiu em 2003) e traz aquele Blues elétrico que esperamos do ZZ Top com elementos mais modernos. Billy Gibbons conversou com a gente para falar sobre o novo álbum, sobre o passado e sobre os detalhes que fazem essa banda ser tão interessante.
BACKGROUND – SODOM (PARTE 1)
Sodoma e Gomorra
Um adolescente proativo, baderneiro e fanático pelo Motörhead costumava ouvir em alto e bom som: “Jesus, este quarto está parecendo Sodoma e Gomorra!” Era a mãe de Thomas Such, quase implorando para que ele arrumasse o quarto, situação comum para nove entre dez jovens. Porém, além das broncas, a mãe de Such já havia lhe contado toda a história por trás de Sodoma e Gomorra que, segundo a Bíblia judaica, eram duas cidades que teriam sido destruídas por Deus, devido à prática de atos imorais, com fogo e enxofre descido do céu.
Nascido em 19 de fevereiro de 1963 em Gelsenkirchen (ALE), que abriga a importante equipe do Schalke 04, Thomas Such era um típico fã de Heavy Metal e gostava de futebol. “Eu costumava ir com meu pai ao Parkstadion para nos juntarmos à torcida do Schalke”, recorda Such, que começou a se interessar por música ainda criança ao ouvir os discos de sua irmã mais velha, que curtia Slade, T. Rex, Sweet e The Hollies, além das bandas que faziam sucesso nas paradas da época. “Eu gostava do Sweet, mas quando estava na escola todos ouviam AC/DC e eu também era um grande fã”, conta Such. “Mas eu era o único dos 35 alunos da minha classe que ouvia Metal, e todos tiravam sarro de mim”, salienta.
A história de jovens trabalhadores e rebeldes que habitavam cidades industriais, cinzentas e poluídas já havia resultado na criação de diversas bandas de som pesado na Inglaterra no início dos anos 70 e depois as do movimento da New Wave Of British Heavy Metal.
BACKSPAGE
ANOS 70, A ÉPOCA DE OURO DOS ÁLBUNS AO VIVO
Como observamos nos dois últimos meses, o álbum Made In Japan do Deep Purple serviu para abrir os olhos das grandes, médias e pequenas gravadoras. Isso ocorreu principalmente na primeira metade de década de 70, quando produzir um disco ao vivo era um investimento barato. Apesar disso, muitos chefões ainda achavam que o risco não compensava. Porém, o duplo Made In Japan não só fez bonito no mês em que foi lançado (dezembro de 1972), como adentrou 1973 mantendo o mesmo nível de vendas do mês do Natal, tornando-se muito lucrativo para as gravadoras e também para a banda.
BLIND EAR - MARIO LINHARES
Texto e fotos: Thiago Rahal Mauro
“Essa música não tem como não acertar. Espera um pouco, não é a original com o Judas Priest. É o Andre Matos cantando? (R.C: Sim, é uma versão que o Angra fez para um tributo ao Judas Priest e também saiu no Freedom Call). Tem umas partes do Andre que são irreconhecíveis. Ele tenta inclusive simular o mesmo sotaque do Rob Halford. Excelente versão.”
Angra – Painkiller
Freedom Call
CENÁRIO
GUITARRISTA DO AZUL LIMÃO OFICIALIZADO NO METALMORPHOSE
O Metalmorphose, que segue promovendo o álbum Máquina Dos Sentidos, encerrou o ano de 2012 com a oficialização do guitarrista Marcos Dantas (Azul Limão, X-Rated) no posto de Leon Manssur (Apokalyptic Raids). “Sempre admirei o trabalho do Metalmorphose, principalmente a partir de Maldição, que eles gravaram na mesma época e no mesmo estúdio que o Azul Limão gravou Vingança“, diz Marcos Dantas.
Pioneiro do Heavy Metal brasileiro, Marcos Dantas formou o Azul Limão no começo da década de 80, com o qual lançou trabalhos expressivos, como os álbuns Vingança (1986) e Ordem & Progresso (EP, 1987). “Eu tinha a maior amizade com o Celso Suckow e gostava muito da voz do Tavinho Godoy, e quando Rodrigo e Vinícius saíram do Azul Limão, em 1989, não demorei em chamá-los para fazer os shows que estavam agendados”, recorda o guitarrista, que também chegou a tocar com o baterista André Delacroix no X-Rated. “Foi nessa época que nossa amizade cresceu. Portanto, estar no Metalmorphose é estar entre amigos!”, comemora…
CLASSICOVER - CENTERFOLD
Ricardo Batalha
CENTERFOLD
Original: J. GEILS BAND
Álbum: Freeze Frame (1981)
Cover: TANKARD
Álbum: Stone Cold Sober (1992)
Quem assistia aos videoclipes de Centerfold e Freeze Frame na TV e escutava aquelas músicas tipicamente Pop dos anos 80 nas rádios nem imaginava que a J. Geils Band se iniciou como um trio acústico de Blues. Contando com o vocalista e guitarrista John Geils, o baixista Danny Klein (Dr. Funk) e o gaitista Richard “Magic Dick” Salwitz, o grupo estreou em meados dos anos 60 ainda como Snoopy And The Sopwith Camels.
Pouco tempo depois, em 1967, ocorreram a adição do baterista Stephen Jo Bladd e do vocalista Peter Wolf e a mudança de nome para J. Geils Blues Band. Quando retirou o Blues do nome e deu outro sentido à música, houve a entrada do tecladista Seth Justman. Com a formação estabilizada, o grupo assinou com a gravadora Atlantic em 1970. Com a boa receptividade de diversos covers que faziam, entre eles First I Look At The Purse (The Contours), Looking For A Love (The Valentinos), Ain’t Nothin’ But A Houseparty (The Showstoppers), além de Give It To Me, Musta Got Lost, a J. Geils Band rumou para a gravadora EMI. Após mais alguns sucessos com os álbuns Sanctuary (1978) e Love Stinks (1980)
CLASSICREW NAZARETH/TWISTED SISTER/RUSH
1973
NAZARETH
Razamanaz
Antonio Carlos Monteiro
No início dos anos 70, depois de mudar de sua Escócia natal para a Inglaterra em busca de dar mais visibilidade à carreira, o Nazareth experimentou algum sucesso com seus dois primeiros discos, Nazareth (1971) e Exercises (1972). Esse segundo álbum acabou resultando numa tour como banda de abertura para o Deep Purple, o que acabou sendo fundamental para a trajetória dos escoceses. Afinal, o baixista do Purple, Roger Glover, iniciava uma carreira como produtor (havia assinado apenas dois trabalhos até então) e se interessou na mistura de Hard Rock, Rock’n’Roll e Blues promovida por Dan McCafferty (vocal), Manny Charlton (guitarra), Pete Agnew (baixo) e Darrell Sweet (batreria). Assim, o baixista resolveu colocar sua assinatura e, principalmente, seu prestígio no disco seguinte do quarteto, o que representaria uma virada na sua carreira.
O disco foi gravado na Escócia, numa unidade móvel, e mixado no AIR Studios, em Londres, com exceção de uma faixa: Broken Down Angel, que foi registrada no Island Studios, também na capital britânica, por exigência de Glover. Segundo Pete Agnew, “Roger queria um som especial para essa música. Ele dizia que ia ser nosso primeiro sucesso.”
1983
TWISTED SISTER
You Can’t Stop Rock ‘N’ Roll
Ricardo Batalha
“Esse é o único álbum que eu realmente consigo ouvir”, revela o guitarrista Jay Jay French sobre o sucessor de Under The Blade (1982). Mesclando Heavy Metal, Hard Rock e Rock’n’Roll, o grupo norte-americano Twisted Sister não baixou a guarda e teve uma estreia digna pela gravadora Atlantic com You Can’t Stop Rock ‘N’ Roll. “Acho as músicas ótimas e a performance honesta. Nós nos divertimos muito gravando-o, e era como se tivéssemos que provar algo para o mundo”, conta o guitarrista.
Realmente, Dee Snider (vocal), Eddie “Fingers” Ojeda e Jay Jay French (guitarras), Mark “The Animal” Mendoza (baixo) e A.J. Pero (bateria) precisavam provar que poderiam vingar em seu país de origem após ter conseguido boa reputação na Inglaterra.
Apesar disso, a gravação foi comandada pelo produtor inglês Stuart Epps, que havia trabalhado com Alvin Lee, Elton John, Led Zeppelin, Vandenberg e Wishbone Ash. “Primeiro, houve certo desespero, já que a Secret Records faliu. Achamos que nossa sorte tinha ido para o buraco e que fazer sucesso talvez não seria para nós”, conta Jay Jay. “Então, veio a salvação quando assinamos com a Atlantic. Nos sentimos salvos no último minuto”, acrescenta.
Uma das músicas que estampa este sentimento é We’re Gonna Make It, que caiu como uma espécie de previsão do futuro. “Acredito que essa seja uma das mensagens mais claras e diretas de Dee, na qual ele mostra sua paixão pela música.
1993
RUSH
Counterparts
Antonio Carlos Monteiro
Ao longo dos anos 80, o Rush foi se enveredando por um caminho, por assim dizer, perigoso: sua música cada vez mais ia se distanciando do Hard Rock trampado, que havia consagrado o trio canadense, para dar mais destaque aos teclados e aproximá-lo do Rock Progressivo – alguns fãs mais furiosos chegaram até a chamar essa fase de “New Wave”. Ainda que isso pouco tivesse interferido nas vendas de seus álbuns, a verdade é que o som do grupo começava a dar sinais de saturação, o que logo foi percebido pela crítica – sempre ela… –, que passou a receber seus lançamentos com certa indiferença.
A mudança começou bem na transição dos anos 80 para os 90, com dois discos mais diretos e com maior destaque para as guitarras, Presto (1989) e Roll The Bones (1991). Porém, foi o trabalho seguinte que definiria de vez o rumo que Geddy Lee (vocal, baixo e teclados), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria) seguiriam dali por diante.
COLLECTION - AMORPHIS
EDITORIAL
Metal também em alto e bom português
O idioma inglês é largamente utilizado no mundo todo em várias áreas de atividade, e na música, especialmente no Rock e sua principal ramificação, o Heavy Metal, a língua inglesa se consolidou como padrão na forma verbal de comunicação. É uma espécie de língua universal. Tanto assim que bandas esparramadas por países de todos os continentes lançam seus trabalhos em inglês, e não tem importância nenhuma as diferenças inerentes às tradições culturais ou religiosas, nem o nível de desenvolvimento social, ou econômico, ou o regime político, etc. E isso acontece na Alemanha, na Suécia, em Portugal, na Índia, na China, no Japão, em Israel, no Irã…
Aqui no Brasil não poderia ser diferente, mas temos também muita gente produzindo Rock/Heavy Metal cantado em português, e esse é um assunto que divide opiniões e gera animadas discussões no cenário nacional. São fartos os argumentos que dão validade às duas opções, sejam eles baseados em aspectos culturais ou meramente nos interesses comerciais. Alguns defendem o uso da nossa língua nativa nas letras das músicas porque isso facilita que o público entenda a mensagem passada pelo autor, mas nada impede que o fã tenha acesso ao conteúdo das composições mesmo quando escritas em inglês.
O que realmente importa é a qualidade do trabalho musical desenvolvido e, independentemente do idioma, podemos ter música boa ou ruim. A sonoridade do vocal em português é mais agradável do que a maioria das outras línguas, mas para atender ao mercado internacional é inegável que usar o inglês acaba sendo mais viável. Sepultura e Angra comprovam isso com o amplo destaque que conseguiram nas suas respectivas carreiras, e são nomes reconhecidos e respeitados aqui e no estrangeiro. E tem muita gente boa permanentemente fazendo os gringos baterem cabeça, como o Krisiun, além de bandas que constantemente se apresentam em turnês pelos Estados Unidos, Europa e Ásia, como Shadowside, MindFlow, Hibria, Torture Squad e outros.
É bom lembrar que grande parte da primeira geração deste cenário sempre teve seu som produzido em português, entre eles Made in Brazil e Patrulha do Espaço, que estão na ativa por várias décadas. Temos ainda os exemplos de diversos dos pioneiros que estiveram inativos mas retornaram com destaque, como Stress, Centurias, Harppia, Salário Mínimo, Metalmorphose, Golpe de Estado e Dorsal Atlântica. Há também casos como o Korzus, que começou cantando em português e mudou para inglês, e o Taurus, que fez o caminho inverso e retornou cantando em português. Nos anos mais recentes juntaram-se a essa turma que fez e continua fazendo história, grupos de extrema qualidade como Carro Bomba, Comando Nuclear, Selvageria, Baranga, Cavaleiro Dragão, e muitos outros.
Mas, é uma pena que, seja em inglês ou português, os trabalhos de tantos músicos de talento não consigam obter o espaço que merecem na grande mídia. Desgraçadamente os agentes movidos pelo “jabá” insistem em saturar os olhos e ouvidos da população com os deploráveis “tchus” e “tchãs” e outros entulhos “não-sei-lá-o-que-universitário”.
Airton Diniz
GARAGE DEMOS
Garage Demos
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected].
Nesta Edição:
Panzer
W.U.T.
Warsickness
Lepra
HIDDEN TRACKS - PRIDE & GLORY
PRIDE & GLORY
Origem: EUA
Época: Anos 90
Estilo: Southern Rock
Formação clássica: Zakk Wylde (vocais, guitarra, bandolim, banjo, harmônica, piano), James LoMenzo (baixo e backing vocais) e Brian Tichy (bateria e percussão)
Discografia: Pride & Glory (1994)
Em um breve vislumbre na carreira musical do guitarrista Zakk Wylde, podemos afirmar que o cara nasceu “virado para lua”. Com apenas 21 anos de idade, o então desconhecido Jeffrey Phillip Wielandt estreou como gente grande no mercado fonográfico substituindo Jake E. Lee na banda de Ozzy Osbourne. Já com a alcunha pela qual é mundialmente conhecido com, Zakk fez seu primeiro registro no álbum No Rest For The Wicked, lançado em 1988. Ao lado de uma das maiores lendas do Metal mundial, o jovem músico do estado americano de Nova Jersey começou a escrever sua própria história no cenário da música pesada.
Antes de cair na vida em seus próprios projetos, Zakk gravou três discos com Ozzy, entre eles o badalado No More Tears (1991), no qual assinou as onze faixas juntamente com o vocalista, e quatro delas também com Lemmy Kilmister (Motörhead). Durante a turnê do álbum, anunciada como “No More Tours”, Zakk se uniu a dois ex-integrantes do White Lion – James LoMenzo (baixo) e Greg D’Angelo (bateria) – para seu primeiro voo genuinamente autoral.
LIVE EVIL - MOONSPELL
Moonspell
Inferno Club – São Paulo/SP
15 de Dezembro de 2012
Texto: Heverton Souza / Fotos: Ricardo Ferreira
A quarta passagem dos lusitanos do Moonspell por São Paulo foi cercada de muita expectativa e ansiedade, principalmente por ser em uma casa pequena e com pouca estrutura para shows como o Inferno Club. Com meia hora de atraso, às 20h30 de um domingo, logo após entrar na casa passando pelo meio da pista cheia (um dos citados problemas estruturais da casa), os lusitanos deram início à apresentação com a nova Axis Mundi, do álbum Alpha Noir (2012), seguida da faixa título do álbum.
Simpático, Fernando Ribeiro disse saber que há grande diferença entre o português de Portugal e o do Brasil e que quando tenta falar de modo “abrasileirado” soa meio “engraçado”, e que tentaria apenas falar devagar para que todos o entendessem. E assim ele chamou a todos para uma viagem ao fim da terra com Finisterra. E com a frase: “São Paulo, a noite é nossa e a noite é eterna”, anunciou Night Eternal, uma das melhores músicas da banda. O som, que até aqui ainda estava um pouco embolado, logo foi ajustado e ficou perfeito. A sequência foi um êxtase para os velhos fãs, com Opium e Awake, e o mais irônico é que, justamente por ser em uma casa pequena e por vezes desconfortável para a locomoção em seu interior, o show estava muito intenso, com a banda bem próxima do público e a pista respondendo o tempo todo ao show, cantando intensamente.
PLAYLIST – IVAN BUSIC
Playlist – Ivan Busic (Dr. Sin)
ESPECIAL “DR. SIN” (1993)
Após estrear em grande estilo com a banda de Hard Rock Platina, os irmãos Ivan e Andria Busic seguiram acreditando em seu sonho e encontraram pelo caminho o guitarrista Eduardo Ardanuy. “Eu, o Andria e o Edu buscávamos basicamente os mesmo objetivos. Na realidade, ainda buscamos. Sempre tivemos admiração mútua desde os tempos em que o Edu estava numa banda de covers lá por meados de 1984 e nós tocávamos em casas de Jazz com nosso pai. Ele passou pela Chave do Sol e pelo Anjos da Noite. Eu e o Andria, por Platina, Chave do Sol, Cherokee e Taffo. O destino tentava unir os três de várias formas”, revela o baterista Ivan Busic. “Primeiro, fomos convidados pelo Edu para gravar baixo e batera no CD solo dele e depois ele nos indicou para tocar com o Wander Taffo. A princípio, ele também seria parte da banda, mas no final não entrou não sei bem por que”, acrescenta.
A união do trio se deu anos depois, em meados de 1991, quando os Busic e Edu foram base para o novo grupo do vocalista Supla (ex-Tokyo). “Além da tour, gravamos um CD emblemático no cenário nacional, mas nosso sonhos musicais ainda eram outros. Pedimos licença depois de quase um ano tocando com o Supla e fomos os três, com a cara e coragem, para Nova York tentar a sorte”, recorda o baterista.
POSTER BLIND GUARDIAN
Blind Guardian
RELEASES
Releases
Nesta edição:
Abhorrence
Ação Direta
All That Remains
Big Jack
Clutch
Crucified Barbara
Defeated Sanity
Deus Otiosus
Essenz
Fastkill
Finsterforst
Focus
Giant X
Grand Supreme Blood Court
Headhunter Dc
Huey
Incoming Cerebral Overdrive
Infecção-Raivosa
Infernal Tenebra
Khors
Khrophus
Mares-Of-Thrace
Motorguts
Motörhead (DVD)
Paradox
Pink Cream 69
Queen (DVD)
Rhevan
Sacred Reich
Sangria
Science Of Sleep
Shakra
Suicidal Angels
Symptomen
Texas Hippie Coalition
The House Of Capricorn
The Secret
Voivod
Wargate
Zombie Cookbook
ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3
VIKING METAL
Olá, pessoal da ROADIE CREW. Pensei em escrever essa carta por completar cinco anos que leio a melhor revista de Metal e Rock do mundo e, por coincidência, comprei a revista de número 16 (julho/agosto de 1999), que incrivelmente mostrava a minha banda favorita (Iron Maiden) no mês e no ano em que nasci. Tenho 13 anos e me interesso cada vez mais pelo mundo do Metal e do Rock e a revista, como sempre, está bem, mas gostaria que mostrassem mais bandas de Viking, Folk e Pagan Metal. Comecei a me interessar pelo estilo no começo do ano passado e realmente nunca vi nada igual, é um estilo que é muito diferente e muito bom de se escutar. Gosto muito de bandas como Amon Amarth, Skyfoger, Enslaved, Turisas, Finntroll, Týr e Korpiklaani. Se puderem também colocar pôsteres dessas bandas para a revista com certeza eles estarão aqui em meu quarto ou atrás da minha bateria. Gostaria também de bandas do estilo ‘Pirate Metal’, do qual não conheço muita coisa. Um forte abraço, obrigado pela atenção e Horns up!
Leonardo Rigamonti Panara (Carapicuíba/SP)
STAY HEAVY REPORT
METAL EM ALTO MAR
Cruzeiros temáticos não são uma novidade e existem aos montes para atender às demandas dos mais diversos gostos de pessoas que procuram descanso e entretenimento a bordo de um navio. Em águas brasileiras, a música é o principal tema e contempla os mais diferentes estilos, mas aqui também ocorrem cruzeiros voltados a times de futebol, moda, dança e até religião, entre outros. Entre eles está o “Motorcycle Rock Cruise”, que há três anos é o representante do Rock. Sua programação conta com bandas covers de grupos clássicos e também atrações internacionais, este ano a cargo de Bruce Kulick (ex-guitarrista do Kiss), Marky Ramone e Eluveitie.
Mas se engana o fã de Rock/Heavy Metal que pensa ter poucas opções para curtir boa música em alto mar. É lógico que elas são mais caras, pois envolvem deslocamento internacional, mas pode ser viável. Então vamos a elas.
WANTED CREW - JOHN SINCLAIR
Wanted Crew Thiago Sarkis
UM DIVÃ PARA OZZY OSBOURNE
Quem esteve no backstage de Ozzy Osbourne durante o ápice de sua carreira solo relata uma experiência incomum de excessos e caos. Certamente, algom sem qualquer relação ao que podemos imaginar da vida de um hipnoterapeuta de 60 anos morando pacatamente às margens do Lago Ness, na Escócia. Esta, porém, é a realidade do tecladista John Sinclair, requisitado músico das décadas de 70 e 80 e que passou mais de uma década e meia na banda solo do lendário vocalista do Black Sabbath. Cansado do cotidiano na estrada, Sinclair decidiu se aposentar em 2003, depois de passagens por outros grandes grupos, como Uriah Heep e The Cult. Hoje, o britânico se dedica à hipnoterapia e, ocasionalmente, à produção de bandas em seu estúdio particular. Conversamos com ele no final de 2012 e ouvimos boas histórias sobre sua trajetória.
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |