Ele fala sobre sua banda favorita por quase uma hora sem hesitar, sem se repetir, sem desviar do assunto. O entusiasmo é evidente em cada frase. Trata-se de um sujeito que respira aquilo que escolheu para sua vida e sabe cada detalhe dele…
Edição #170
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METALLICA
LARS ULRICH NU E CRU
Ele fala sobre sua banda favorita por quase uma hora sem hesitar, sem se repetir, sem desviar do assunto. O entusiasmo é evidente em cada frase. Trata-se de um sujeito que respira aquilo que escolheu para sua vida e sabe cada detalhe dele: a data de um show menos importante, as faixas que não entraram em cada disco, os acontecimentos mais obscuros, tudo está claro na memória de Lars Ulrich – o maior fã do Metallica que, por acaso, também é o baterista da banda. Nada escapa dele, dos maiores sucessos aos piores fracassos, e ele fala sobre tudo abertamente com seu sotaque particular que mistura Copenhague (DIN) e Califórnia (EUA). Sentado no escritório da banda, que ela chama de “quartel-general”, Lars deixa claro que “ele é o Metallica”. Claro que a banda não seria o que é se não fosse pelo vocalista e guitarrista James Hetlfield, mas se não houvesse Lars, simplesmente não existiria o Metallica. Ele toma a frente de tudo, lida com a imprensa e com os homens de negócios como faz o presidente de uma grande empresa – e assim tem sido durante os últimos trinta anos. Lars, James, Kirk e Hammett (guitarra) enfrentaram uma enorme crise no início dos anos 2000 (N.R.: Robert Trujillo entrou em 2003), que culminou com o filme “Some Kind Of Monster”, que escancarava os problemas, muitos deles pessoais, enfrentados pelos músicos. Mas, quando muitos duvidavam que o quarteto continuaria na ativa, eis que, reequilibrados, voltaram com um disco consistente (Death Magnetic, de 2008), fazendo tours aclamadas pelos quatro cantos do planeta e agora planejam um vídeo em 3D e um novo disco. Tudo sob o comando de seu maior fã, Lars Ulrich. E é justamente por aí que começamos nossa conversa com ele.
ADLER
Steven Adler finalmente conseguiu! Com sua nova banda, chamada simplesmente Adler, o baterista original do Guns N’Roses cercou-se de músicos que não somente entendem do complicado ofício de compor, mas também sabem como se apresentar nesse mundo do Rock moderno. O vocalista e guitarrista Jacob Bunton, o guitarrista Lonny Paul e o baixista Johnny Martin mostraram a que vieram com o disco Back From The Dead (2012) e Adler tem razão ao se orgulhar dele. Após passar por tantas bandas ao se desligar do Guns, ele finalmente achou o que procurava.
ADLER
Steven Adler finalmente conseguiu! Com sua nova banda, chamada simplesmente Adler, o baterista original do Guns N’Roses cercou-se de músicos que não somente entendem do complicado ofício de compor, mas também sabem como se apresentar nesse mundo do Rock moderno. O vocalista e guitarrista Jacob Bunton, o guitarrista Lonny Paul e o baixista Johnny Martin mostraram a que vieram com o disco Back From The Dead (2012) e Adler tem razão ao se orgulhar dele. Após passar por tantas bandas ao se desligar do Guns, ele finalmente achou o que procurava.
AS I LAY DYING
O COMEÇO DE UMA NOVA ETAPA
Com um disco novo em mãos desde setembro de 2012, o As I Lay Dying mais uma vez pega a estrada para promover Awakened, o seu sexto álbum. Desde o início dos anos 2000, quando foi criada em San Diego (EUA), a banda tem soado agressiva e cada vez mais refinada, seja nas composições, produção ou na qualidade individual de cada músico. O grupo, que hoje serve de influência para a nova geração da música pesada, traz como diferencial as suas letras. A maneira como elas são escritas e a mensagem que passam não são meras palavras jogadas num contexto qualquer. O responsável por elas, o vocalista Tim Lambesis, canta e expressa o que sente e pensa. E foi numa conversa exclusiva com a ROADIE CREW que ele falou sobre uma nova jornada que se inicia, acompanhada de música pesada e transformações internas.
BATTLEAXE
GUERREIROS INGLESES DE VOLTA
Quando Alexandre “Pepinho” Serrano Macia, hoje auxiliar técnico das categorias de base do Santos Futebol Clube – atual campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior –, resolveu montar uma loja de discos no bairro do Gonzaga, em Santos, não teve dúvida e colocou o nome Metal Rock Discos. O que poucos sabem, no entanto, é que o filho do ex-jogador Pepe quis homenagear a banda inglesa Battleaxe e, em especial, à música Movin’ Metal Rock, faixa de Power From The Universe (1984) – segundo disco dos ingleses e sucessor do ‘debut’ Burn This Town (1983). Formado como Warrior no final dos anos 70, o grupo de Sunderland rapidamente mudou de nome para Battleaxe e participou ativamente da cena da New Wave Of British Heavy Metal. Dos integrantes originais, hoje sobraram Dave King (vocal) e Brian Smith (baixo), que voltaram à ativa ao lado de Mick Percy (guitarra) e Paul Atkinson (bateria) após perceberem que o público não havia se esquecido do Battleaxe. Prestes a lançar o novo álbum, Heavy Metal Sanctuary, conversamos com o baixista Brian Smith para saber o que motivou o retorno e como está a expectativa para botar o pé na estrada.
CRADLE OF FILTH
ÍCONE DA CONTRARIAÇÃO
Cada álbum do Cradle Of Filth é uma oportunidade para que os fãs da banda transitem pelo imaginário de Dani Filth: um festival de horrores, sombras, vampiros, monstros, sexualidade e loucura. O vocalista inglês, mestre na arte de contrariar, regozija-se ao berrar tudo o que culturalmente se silencia. Para isso, mune-se de um instrumental por vezes grandioso como os das grandes peças orquestrais, em outras ocasiões simples e cru como o Punk, além de inúmeros momentos de evidente e clássica inspiração na New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM) – tudo isso assinado pelo guitarrista Paul Allender e pelo baterista Martin “Marthus” Škaroupka. Fiel a este conceito e sem arredar o pé dele por um momento sequer, Dani lidera uma das mais bem-sucedidas bandas de Heavy Metal das últimas décadas, irrompendo ocasionalmente também na grande cena popular da música (o dito ‘mainstream’). Imagine, então, um sujeito desses eleito como o maior ícone da história de um pacato e tradicionalíssimo município britânico. Um feito impossível? Era o que se pensava… Algo hoje efetivado? Claro que não! Em uma divertida conversa, Dani Filth conta aos fãs sobre a votação que quase o transformou em estátua em Suffolk, na Inglaterra, discorre sobre a trajetória de seu grupo e destrincha o novo álbum, The Manticore And Other Horrors (2012).
DOMINUS PRAELII
CULTO AO METAL TRADICIONAL
Nascido no clamor da batalha, o Dominus Praelii carrega toda a tradição do Heavy Metal tradicional, honrando a jornada iniciada pelos grandes nomes do estilo e forjando hinos que ecoam nos pulmões de seus fiéis seguidores. A história do “Senhor das Batalhas” remete a 1996, quando o guitarrista Silvio Rocha deixou o Psycodeath e, desde então, o grupo acumula três atos dignos de reverência: Holding The Flag Of War (2002), Bastards And Killers (2006) e Keep The Resistance (2010). De lá pra cá, ocorreram algumas mudanças de formação e várias turnês, mas hoje a banda se mantém estabilizada com Jorge Bermudez (vocal), Evandro Romero e Silvio Rocha (guitarras), Renê Warrior (baixo) e Helmut Quacken (bateria), músicos que já se preparam para gravar o novo disco, ainda sem temática definida, mas que novamente abordará algum povo, como já fizeram com vikings, mapuches e jivaros. Confira, nas palavras de Silvo Rocha, um pouco mais sobre essa banda de Londrina (PR) que já possui seu nome cravado na história do Metal nacional.
GRAVE DIGGER
ENTUSIASTAS DA MITOLOGIA GREGA
Desde o álbum Tunes Of War (1996) o grupo alemão Grave Digger vem lançando trabalhos conceituais, e o mais recente, Clash Of The Gods, fala sobre a mitologia grega. O instrumental poderoso mais uma vez está lá, sem muitas alterações, exaltando aquele Heavy Metal 100% puro e com riffs empolgantes, desta vez executados pelo novo guitarrista, Axel Ritt. Chris Boltendahl, a voz sempre certeira e marcante da banda, nos deu mais detalhes desse álbum e do próximo CD de estúdio, previsto para o ano que vem.
HATEBREED
O MELHOR DE DOIS MUNDOS
Por O vocalista Jamey Jasta começou sua carreira na música muito cedo e foi se envolvendo com a cena local de West Haven/Connecticut, organizando shows que lhe deram reconhecimento por sua vontade e perseverança. Em 1994 fundou o Hatebreed, uma banda que até os dias de hoje traz um som pesado, carregado de atitude e agressividade. A mistura do Crossover Thrash com o Hardcore trouxe uma grande quantidade seguidores, conquistando respeito e admiração tanto dos fãs de Metal quanto dos do Hardcore. Atualmente formado por Jamey, Frank Novinec e Wayne Lozinak (guitarras), Chris Beattie (baixo) e Matt Byrne (bateria), o grupo chega ao seu sétimo álbum de estúdio com força e vontade suficientes para dar mais uma virada na carreira. Confira o que Jamey Jasta tem a contar sobre o momento atual da banda nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW.
NEWSTED
O NOVO PROJETO DE JASON
Tudo começou com o Flotsam And Jetsam para o baixista Jason Newsted. Mas a coisa mudou de figura em 1986 quando o Metallica foi chamá-lo para substituir Cliff Burton, que morrera num trágico acidente. Foi ao lado de James Hetlfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett que ele ajudou o grupo a se tornar um sucesso planetário com o disco Metallica (que o mundo inteiro conhece como “Black Album”). Depois de deixar o quarteto, Jason se envolveu em vários projetos. O primeiro deles foi o Echobrain. Também fez alguns shows com Ozzy Osbourne e teve uma rápida passagem pelo canadense Voivod. Agora, ele acaba de lançar sua própria banda, chamada simplesmente Newsted, e já lançou um EP com um título tão simples como o do grupo: Metal. Aproveitamos a deixa para bater um papo com ele e falar não só de sua rica carreira, mas também de presente e futuro.
RHEVAN
CRESCENDO SEMPRE COMO EQUIPE
Se existe uma banda do cenário brasileiro que pode ser chamada de promissora e guerreira, ela é se chama Rhevan. Seis anos dedicando-se ao Symphonic Metal e o recém lançamento de seu segundo álbum, corroboram para a afirmação. A ROADIE CREW entrevistou Daniele Navarro (vocal), Aldo Carmine (baixo), Thiago Azevedo (guitarra e vocal) e Gleydson Keyler (guitarra) – completa o time o baterista Matheus Mattos – para saber mais sobre One More Last Attempt (2012), sobre os planos e curiosidades da banda, como um cover de Tim Maia gravado em 2011. Aí vão palavras de uma verdadeira equipe.
SACRED REICH
SOMENTE AO VIVO
Mesmo sem lançar um disco com músicas inéditas há dezesseis anos, o grupo norte-americano Sacred Reich continua vivo e forte. Basta assistir à performance da banda filmada durante a apresentação no festival “Wacken Open Air” em 2007, que rendeu o recém lançado DVD Live At Wacken, para entender a energia dos caras. Os cinco discos de estúdio da banda foram muito importantes para o Thrash e Crossover, tendo inspirado muitos grupos que surgiram depois deles. Foram várias as turnês de sucesso em uma época em que Pantera, Sepultura, Metallica e vários outros estavam no auge de suas carreiras. Os membros originais – Phil Rind (vocal e baixo), Greg Hall (bateria), Wiley Arnett (guitarra solo) e Jason Rainey (guitarra base) – não se intimidam com o tempo e continuam fazendo shows esporadicamente, mas se você espera por um trabalho inédito deles é melhor não se empolgar. Em uma entrevista exclusiva para a ROADIE CREW Phil explica o por quê.
SUFFOCATION
AUTORIDADE NO DEATH METAL
Desde que retornaram à ativa, os nova-iorquinos do Suffocation têm gravado um álbum melhor que o outro e no novo CD, Pinnacle Of Bedlam, atingiram um nível admirável, com um Death Metal muito técnico e agressivo. Passagens bem arranjadas com mudanças de andamento e partes mais lentas fazem deles uma banda única e de fácil assimilação, mesmo com toda a brutalidade colocada em cada nota. Conversamos com o guitarrista Guy Marchais, que entre muitos assuntos falou sobre as expectativas de conseguirem mais exposição nesse momento de sua carreira.
THERION
EN FRANÇAIS
Vinte e cinco anos de carreira, quinze álbuns de estúdio e o mais importante: a vontade de estar sempre inovando, provocando e sendo diferente. Les Fleurs Du Mal é o mais novo disco do Therion e, provavelmente, um dos trabalhos mais controversos lançado por uma banda de Metal recentemente. Desde a sua formação a banda não parou de mudar, sempre agregando novas sonoridades e se preocupando em seguir o seu caminho. Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, o guitarrista, compositor e fundador Christofer Johnsson explica muito bem a lógica por trás da loucura de lançar um álbum com covers de músicas francesas de maneira independente e ousada.
THYRFING
UMA LENDA DO VIKING METAL
Os suecos do Thyrfing são hoje uma das formações mais interessantes da cena Viking Metal. A cada álbum que lançam é uma aventura passear pelas faixas e notar a grande variedade de arranjos bem feitos, inclusive nos vocais cantados em sua língua nativa, o sueco. Com as recentes mudanças de formação, a banda sentiu-se mais forte ainda e o novo CD, De Ödeslösa, é um trabalho complexo e, ao mesmo tempo, de assimilação fácil e prazerosa, tudo capitaneado pelo guitarrista Patrik Lindgren que, com muita disposição, nos conta detalhes do momento atual dessa lenda do estilo.
BACKGROUND - SODOM PARTE 2
Background Sodom – Parte 2 Ricardo Batalha
Sodomania Tour ’88
Com um álbum que rendeu elogios e uma concorrida turnê europeia ao lado do grupo norte-americano de Thrash Metal Whiplash que promovia seu segundo disco, Ticket To Mayhem, lançado em outubro de 1987, o Sodom foi enfim “descoberto” pelos promotores de shows. “Eu não acredito que estaríamos onde estamos se não fosse por aquela turnê com o Sodom. Creio que Tom (Angelripper) tem a ver com isso. Ele escutou nosso material, gostou e achou que combinaria com o que o Sodom estava fazendo”, declarou o vocalista e guitarrista do Whiplash Tony Portaro em entrevista ao portal BW&BK/BraveWords.com. “Dividimos o mesmo ‘tour bus’, fizemos vinte e oito shows em trinta dias e nos tornamos uma família”, completou.
Com o sucesso da “Sodomania Tour ’88”, a banda se manteve ainda mais confiante para iniciar os preparativos para o trabalho seguinte, Agent Orange. Antes disso, porém, soltou em outubro o álbum duplo ao vivo e o vídeo Mortal Way Of Live. “Gravamos os shows no Zeche de Bochum e no Tor 3 de Düsseldorf dessa turnê com o Whiplash para lançar o álbum ao vivo. No final, a gravação do Tor 3 ficou melhor e então a pegamos para fazer a mixagem”, explica o guitarrista Frank Blackfire.
A imagem da capa de Mortal Way Of Live descreve a ideia do vocalista e baixista Tom Angelripper a respeito da cidade de Sodoma, obviamente remetendo ao nome da banda. Os habitantes de Sodoma eram descritos como pecadores e a capa do duplo ao vivo tentou retratar esta imagem, além de novamente fazer referência ao filme italiano “Salò” (“120 dias de Sodoma”, de 1975) e ao drama franco-italiano “La Grande Abbuffata” (1973). “Pela primeira vez, tivemos problemas com uma capa, pois as grandes lojas se recusaram a colocar o disco à venda”, recorda Angelripper.
BACKSPAGE
ANOS 70, A ÉPOCA DE OURO DOS ÁLBUNS AO VIVO (Parte 2)
Se Made In Japan (Deep Purple) fez com que as gravadoras achassem que os duplos ao vivo poderiam ser um bom negócio, com o sucesso arrebatador de Frampton Comes Alive! (Peter Frampton) ocorreu uma consolidação de que o formato era mesmo viável. Isso fez com que uma avalanche de álbuns ao vivo (duplos e simples) chegasse às lojas de discos.
LYNYRD SKYNYRD NA CARONA DO SUCESSO DE FRAMPTON COMES ALIVE!
Gravado em julho de 1976 e lançado em setembro do mesmo ano, o álbum One More From The Road registra o Lynyrd Skynyrd com sua formação clássica. A gravação ocorreu cerca de um ano antes do trágico acidente aéreo ocorrido com a banda e que ocasionou a morte de três de seus integrantes.
One More From The Road se tornou o primeiro álbum do grupo norte-americano a vender mais de um milhão de cópias, sendo considerado um dos grandes duplos ao vivo de todos os tempos e até hoje cultuado como a referência maior do Southern Rock.
A febre estava lançada e entre 1976 e 1977 centenas de “ao vivo” que em sua maioria se tornariam clássicos chegaram às lojas. Um deles foi a primeira empreitada nesse formato dos canadenses do Rush. Depois de passar maus bocados com as baixas vendas de Caress Of Steel (1975) e dar uma guinada surpreendente com 2112 (1976), não existia momento mais propício para o Rush entrar na onda – e moda – dos “ao vivo”.
BLIND EAR - RICARDO RAVACHE
icardo Ravache (Centúrias)
Por Ricardo Batalha
Fotos: Claudia Christo
“Nossa, é nacional, que beleza! Eu não conheço essa música e se for dos anos 80 vão ficar bravos comigo… Esse vocalista, espere um pouco… Isso é dos anos 80 mesmo ou não? (R.C.: A banda realmente é, e o Centúrias tocou recentemente com eles). Metalmorphose? (R.C.: Sim). É uma banda de irmãos, com músicos excepcionais e pessoas fora de série!”
Metalmorphose – Máscara
Máquina Dos Sentidos
CENÁRIO
TUMBA PRODUCTIONS ENCERRA AS ATIVIDADES
Através de um comunicado postado em sua página no Facebook, a Tumba Productions, a maior produtora de eventos com bandas extremas na América do Sul, anunciou, logo após a turnê do Tankard pelo Brasil, o encerramento de suas atividades. Criada em 1996 e responsável por eventos como “Extreme Metalfest” e “Setembro Negro Festival”, a empresa vinha dedicando seus esforços para trazer bandas de Metal Extremo para turnês no Brasil e América do Sul, incluindo medalhões do estilo como Obituary, Sadus, Dying Fetus, Napalm Death, Cannibal Corpse, Marduk, Dark Funeral, Gorgoroth, Incantation, Vader, Monstrosity e Hate Eternal, entre muitos outros. O proprietário, Edu Lane, também baterista e líder da banda Nervochaos, explicou para a ROADIE CREW os motivos que o levaram a tomar esta decisão.
CLASSICOVER - SHINING STAR CLASSICOVER - SHINING STAR
Shining Star
Original: Earth, Wind & Fire
Álbum: That’s The Way Of The World (1975)
Cover: Stryper
Álbum: Against The Law (1990)
Por
Após quatro álbuns de sucesso e turnês concorridas, a banda norte-americana Stryper resolveu mudar sua concepção visual e o foco para o novo trabalho de estúdio, Against The Law. A decisão se deu após a promoção de In God We Trust (1988), considerado muito polido pelo vocalista e guitarrista Michael Sweet. “A produção do In God We Trust ficou muito limpa. Tenho orgulho daquele disco, mas quando voltamos da turnê sentimos que era chegado o momento de adotar um direcionamento artístico diferente. Nós queríamos algo mais cru, com uma produção mais ‘na cara’ e músicas que representassem aquele som que pretendíamos”, explica. “Até Against The Law estávamos naquela coisa de ‘amarelo e preto’ por quase sete anos. Um artista sente que precisa evoluir após todo esse tempo em qualquer coisa que seja. Visualmente, removemos o ‘amarelo e preto’, mas mantivemos as listras, e sentimos que aquele era um passo natural para nós”, acrescenta.
Outra decisão tomada por Michael Sweet, Oz Fox (guitarra), Tim Gaines (baixo) e Robert Sweet (bateria) na fase de criação de Against The Law, que não trouxe letras baseadas no cristianismo, foi a de gravar, pela primeira vez na carreira, um cover.
CLASSICREW/ACONTECEU...
ClassiCrew
1973
ALICE COOPER
Billion Dollar Babies
Antonio Carlos Monteiro
Alice Cooper é um sujeito que nunca teve medo de ousar. E em 1973 ele e sua banda lançavam o sexto disco em cinco anos de trajetória (sim, naqueles tempos era desse jeito) sem o menor pudor de tocar em temas que tinham tudo para chocar a hipócrita e moralista sociedade americana. Afinal, se no trabalho anterior, School’s Out (1972), ele falava para se explodir a escola em pedaços, por que não falar de consumismo, política, crianças maltratadas e até necrofilia? Era disso que era feito Billion Dollar Babies.
Porém, internamente a banda não vivia o melhor dos momentos, principalmente por conta do excesso de consumo de, digamos assim, “substâncias estimulantes”, especialmente álcool. Mesmo assim, Alice Cooper, Michael Bruce (guitarra, teclado, backing vocals e principal compositor), Glenn Buxton (guitarra), Dennis Dunaway (baixo e backing vocals) e Neal Smith (bateria) juntaram seus talentos e após seis meses de trabalho em três estúdios diferentes (incluindo o Morgan Studios de Londres) e sob a tutela do produtor Bob Ezrin tinham pronta uma das maiores obras-primas do Rock.
1983
BARÓN ROJO
Metalmorfosis
Ricardo Batalha
Após o lançamento do álbum Mas Sexy (1980), os irmãos Carlos e Armando De Castro deixaram a banda Coz e se uniram ao vocalista e baixista José Luís “Sherpa” Campuzano (ex-Top-Ten) e ao baterista uruguaio Hermes Calabria (ex-Psiglo) para fundar o Barón Rojo, nome inspirado no piloto alemão Manfred von Richthofen, considerado um ás do voo na I Guerra Mundial.
Não demorou muito e o grupo lançou Larga Vida Al Rock & Roll (1981) e Volumen Brutal (1982), caindo nas graças de fãs não só na Espanha, mas no restante da Europa e na América do Sul. Com a boa receptividade dos shows, o quarteto conseguiu uma vaga no “Reading Festival 82” (ING), tocando com Iron Maiden, Diamond Head, Tygers Of Pan, Y&T, Gary Moore, Marillion, Twister Sister, MSG e outros.
Com composições suficientes para registrar o terceiro álbum, os músicos repetiram a fórmula de Volumen Brutal e viajaram até Londres em março de 1983, desta vez para gravar no estúdio Battery – o anterior fora feito no Kingsway, de Ian Gillan (Deep Purple) –, tendo Nigel Green (Def Leppard, Iron Maiden) e Phil Ault como engenheiros de som.
1993
OZZY OSBOURNE
Live & Loud
Antonio Carlos Monteiro
Após décadas de abusos de todos os tipos, Ozzy Osbourne resolveu finalmente dar um tempo no álcool e nas drogas antes que elas resolvessem dar um tempo com ele… E, segundo consta, sua reabilitação não foi “do jeito de Hollywood”, como comentou-se à época, mas na marra: largou mão das substâncias nocivas, passou a praticar exercícios e mudou radicalmente seus (maus) hábitos alimentares.
E foi esse renovado Ozzy que fez No More Tears (1991), que ele mesmo define como o primeiro álbum “sóbrio” de sua carreira e que, não por acaso, tornou-se um de seus maiores sucessos, conquistando Disco de Platina quádruplo nos EUA e duplo no Canadá.
Porém, apesar da nova vida e do vigor renovado, o Madman se dizia cansado da vida de rockstar e que queria passar mais tempo com a família. Dessa forma, anunciou que a próxima turnê seria a última de sua carreira. Encerrado esse giro, Ozzy se tornaria um aposentado de 44 anos. E assim teve início a “No More Tours” (trocadilho bem sacado com o título do disco), da qual sairia o ao vivo Live & Loud.
COLLECTION - BOLT THROWER
EDITORIAL
Anos 80: uma década muito especial
A década de 80 tinha tudo para ser um período obscuro e inexpressivo no cenário musical, pois o que aconteceu nos anos 60 e 70 elevou a arte da música a um patamar que parecia ser impossível criar alguma coisa nova ou que causasse impacto. Mas foi nesse período que o Heavy Metal demonstrou que não havia limites para a evolução e esparramou pelo mundo uma grande variedade de estilos dentro da música pesada. Surgiram, então, bandas que ainda hoje desfilam seus sucessos pelos palcos do mundo, gravam discos de qualidade e mantém sólidas bases de fãs que só se acumulam com o passar dos anos.
Em 1980 um dos pontos de partida da nova realidade do show business foi o aparecimento avassalador do Iron Maiden, e da cena britânica da NWOBHM. Mas essa riqueza dos trabalhos que começaram a ser produzidos naquela época me chamaram a atenção por causa da coincidência que notei por termos iniciado o ano de 2013 celebrando os 30 anos do Destruction na edição 168, depois tivemos a capa do King Diamond, que havia surgido em 1983 com o Mercyful Fate lançando Melissa, e agora, na edição 170, temos a matéria de capa com o Metallica, comemorando 30 anos de Kill’Em All, num trabalho em que apresentamos um material desenvolvido por nossa equipe, e no qual contamos com a parceria da empresa britânica Future Publishing, com a participação do jornalista Dave Everley.
É, 1983 foi um ótimo ano para o Metal. Enfim, os anos 80 de modo geral marcaram profundamente a história do Heavy Metal. Senão vejamos: nesta edição da ROADIE CREW temos sete entrevistas com bandas que nasceram naquela época: Metallica, Sacred Reich (surgido em 1985), Grave Digger e Battleaxe (ambos de 1980), Therion (de 1987, inicialmente como Blitzkrieg, depois Megatherion), Suffocation (1988) e Steven Adler (que estreou na cena em 1987 com o Guns N’ Roses).
E não podemos esquecer que foi o aparecimento de tantos grupos com diferentes estilos que inspiraram a mídia a começar a rotular os vários subgêneros do Metal. Uma das curiosidades envolvendo essas denominações de Black, Death, Thrash, etc, é a que diz respeito ao que muitos chamam de “Hard Rock”. Quem viveu nos anos 80 já como adulto, lembra muito bem que Mötley Crüe, Poison, Ratt, entre outros, significavam bandas de Heavy Metal. O Hard Rock ficava na área de Aerosmith (então uma espécie de clone dos Rolling Stones), Grand Funk Railroad, Guess Who. Mas, principalmente no Brasil, chamar o Heavy Metal do continente norte-americano de Hard Rock se tornou padrão. Um exemplo de alguém que se espantou com isso foi Sebastian Bach (foto), quando visitou o Brasil pela primeira vez com o Skid Row e fez questão de informar aos jornalistas “especializados” (ou não) que o som que sua banda fazia era sim “Heavy Metal”, com o que eu concordo plenamente, apesar que muita gente continuou pensando diferente. Mas o que importa é que no final é tudo Rock’n’Roll.
Airton Diniz
ETERNAL IDOLS -CELSO BLUES BOY
CELSO BLUES BOY (05/01/1956 – 06/08/2012)
O Blues é um estilo único. Aliás, talvez nem deva ser considerado um gênero musical; é muito mais do que isso, ele traduz um jeito único de encarar a vida. Talvez seja por isso que sejam poucos (e bons) os músicos que tenham, digamos assim, abraçado essa causa. Porque, convenhamos, não é preciso um domínio técnico absurdo do instrumento ou da teoria musical para se tornar um bom músico de Blues. Mas não tem escola que ensine como colocar tanto sentimento em cada nota como é natural nesse gênero.
Democrático, o Blues não tem fronteiras. Por isso, não é preciso que o sujeito seja neto de um escravo que colheu algodão no Mississipi. Isso pode acontecer numa metrópole como São Paulo ou numa cidade ensolarada como o Rio de Janeiro. E, por acaso ou por destino, foi na Cidade Maravilhosa que nasceu um dos maiores expoentes do gênero por aqui.
Celso Blues Boy nasceu Celso Ricardo Furtado de Carvalho no dia 5 de janeiro de 1956. Seu primeiro contato com a música veio por volta dos 11 anos, quando um tio-avô foi aos EUA e mandou a ele uns discos de Blues – no escuro, sem saber do que se tratava. Celso também não sabia, mas se apaixonou de imediato por aquele som, em especial por B.B. King. Assim, quando começou tocar, foi fazendo o Blues que o acompanharia por toda a vida.
GARAGE DEMOS
Nesta edição:
Dyingbreed
Chaos Inc
Insones
Morfolk
HIDDEN TRACKS - ROGUE MALE
ROGUE MALE
Origem: Inglaterra
Época: anos 80
Estilo: Heavy Metal
Formação clássica: Jim Lyttle (vocal e guitarra), John Fraser Binnie (guitarra), Kevin Collier (baixo) e Steve Kingsley (bateria)
Discografia: First Visit (1985), Animal Man (1986) e Nail It (2009)
O guitarrista e vocalista irlandês Jim Lyttle criou, em meados de 1977, a banda Punk Pretty Boy Floyd & The Gems, em que tocava com alguns músicos do Candy. Naquela época, Lyttle e os músicos atuavam em ambas as bandas, fazendo covers de hits do Pop com o Candy e outros do Punk Rock com o Pretty Boy Floyd & The Gems. No entanto, fazer shows com a mesma formação começou a confundir o público local de Belfast, capital da Irlanda, e então, em 1978, os músicos se concentraram apenas no Punk Rock.
Curiosamente, logo no primeiro show o promotor fez o cartaz e anunciou-os como Pretty Boy Floyd & The Gems – The New Candy. Os fãs do Candy apareceram em peso, mas deram de cara com os Punks na plateia e os músicos usando o típico visual Punk, com jaquetas de couro, spikes e cabelos bem curtos. O pau comeu solto e até os integrantes da banda foram parar no hospital, mas as escoriações e braços quebrados não foram os únicos pontos negativos pois, após o incidente, nenhum promotor queria contratar o Pretty Boy Floyd & The Gems.
Apesar disso, o grupo gravou singles pelas gravadoras Rip Off e Montreco, além de participar de coletâneas da Plastic Poison Records. Porém, quando pretendiam alçar voos mais altos tocando na Inglaterra, as coisas não saíram como planejadas e o Pretty Boy Floyd & The Gems se desfez.
LIVE EVIL - DESTRUCTION
Destruction
03 de fevereiro de 2013
Via Marquês – São Paulo/SP
Por Jorge Krening / Fotos: Ricardo Ferreira
Comemorando trinta anos de carreira, a lenda do Thrash Metal alemão Destruction desembarcou em solo brasileiro para promover seu mais recente álbum, Spiritual Genocide. A turnê “Spiritual Genocide: 30 Years Of Total Destruction” passou pela cidade de Catanduva (SP) e por cinco capitais – Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Recife (PE) –, sobrando para os paulistanos acolher os alemães na última data por aqui.
Para a abertura foram escalados dois nomes de peso de fases distintas do cenário brasileiro: Genocidio e Nervosa. Desfalcada da baterista Jully Lee, que deixou o Nervosa há pouco tempo, o power trio foi completado com a participação especial do baterista Amilcar Christófaro (Torture Squad). Ainda assim, Amilcar, Fernanda Lira (vocal e baixo) e Prika Amaral (guitarra) demonstraram bastante entrosamento, mandando muito bem na execução das faixas do EP Time Of Death, além de músicas novas como Morbid Courage, Urânio Em Nós, Envious e Into Moshpit. O final foi com Masked Betrayer, conhecida pelo clipe.
Na sequência, os veteranos do Genocidio, que estão comemorando vinte e cinco anos de serviços prestados ao Metal nacional, esbanjaram muita vitalidade e energia. Murillo Leite (guitarra e vocal), Rafael Orsi (guitarra), Wanderley Perna (baixo) e João Gobo (bateria) foram eficientes, fazendo um breve passeio pela sua discografia, com músicas como Fire Rain, Pilgrim, Rebellion, Sphere Of Lilith, Up Roar e The Clan, além da inédita Reverse, que fará parte do novo CD. Destaque ainda para o cover de Black Metal do Venom.
LIVE EVIL - ELUVEITIE
Eluveitie
Via Marquês – São Paulo/SP
02 de fevereiro de 2013
Por Elaine Ozio / Fotos: Renan Facciolo
Os suíços do Eluveitie comemoraram dez anos de formação em sua terceira passagem por São Paulo, desta vez para promover o mais recente trabalho, Helvetios, lançado em 2012. O show ocorreu através de uma campanha de ‘crowfunding’ (campanha colaborativa de financiamento) realizada em dezembro último e obteve grande êxito ao vender completamente a cota disponível pela empresa Ativaaí.
A casa Via Marquês, que foi recentemente introduzida ao cenário Metal paulistano, possui uma grande estrutura, com iluminação e som impecáveis, e cumpriu com a informação que constava na divulgação, abrindo suas portas pontualmente às 18h, já que o show estaria previsto para 20h. Porém, somente uma hora depois teve início uma encenação de uma batalha viking, algo que não agradou grande parte do público, talvez por não haver qualquer ligação com o propósito da noite. E o público, impaciente, pedia incansavelmente pelo início do show dos suíços.
Não havendo bandas de abertura, o que tira das nacionais a chance de divulgação de seus trabalhos, por volta de 21h30 surgiu a voz de introdução do ator escocês Alexander “Sandy” Morton e a banda, comandada pelo simpático vocalista Chringel Glanzmann, subiu ao palco. Sempre comunicativos e carismáticos, os músicos foram ovacionados pelos fãs, que estavam ansiosos depois da longa espera.
Após breve introdução, o Eluveitie iniciou o show com Helvetios, emendando com Luxtos, com a violinista Meri Tadic se destacando em sua performance. O público, bastante empolgado e participativo, começou a pedir por Anna Murphy, que ficou fora da turnê da América Latina por problemas de saúde até então não revelados. O show seguiu com Home, Santonian Shores e Meet The Enemy.
LIVE EVIL - TANKARD
Tankard
Hangar 110 – São Paulo/SP
24 de janeiro de 2013
Por Andréa Ariani / Foto: Renan Facciolo
Começar uma nova temporada de shows com boas expectativas é sempre bom, especialmente quando isso inclui um cast de peso e casa cheia. O retorno dos alemães do Tankard ao Hangar 110, depois de seis anos ausente dos palcos brasileiros, foi exatamente assim. A quinta-feira pré-feriado juntou uma horda de jovens e antigos fãs do Metal transformando a casa na sede da verdadeira ‘Thrash 80’s night’.
Com a bateria das bandas principais já montada, as nacionais encarregadas de abrir os trabalhos tocaram recuadas e apertadas no pouco espaço disponível. A primeira foi a veterana paulista Executer. Em vários momentos com o som do baixo muito mais alto que o restante, tocaram músicas próprias, incluindo a faixa título do segundo disco, Psychotic Mind (2003). Na sequência, o quinteto paulistano Blasthrash agitou o público com músicas de seus dois álbuns, incluindo temas de Violence Just For Fun(2008).
Enquanto o telão exibia um show do AC/DC, a pista já era um mar de gente com seus coletes jeans com patches, cintos de tachas, calças pretas e tênis de canos altos. Nesse clima entrou no palco o trio croata War Head, que baseou o set no álbum …Still No Signs Of Armaggedon (2011) mandando um Death/Thrash que impressionou pelo peso do som e pelo vocal brutal rouco do também baixista Dario Turcan.
PLAYLIST – JOHN GALLAGHER
Playlist – John Gallagher (vocalista e baixista, Raven)
Wiped Out: “O lado B de nosso primeiro single. No final da música nós arremessamos uma lata de lixo cheia de entulho escada abaixo no estúdio, que era todo feito de pedra. Claro que aquilo fez um barulho terrível, mas ficou registrado.”
Álbum: Don’t Need Your Money / Wiped Out (Single, 1980)
POSTER - WITCHFINDER GENERAL
RELEASES
Nesta edição:
Adler
Anthrax
Attacker
Attic
Carniça
Chaos Synopsis
Chariots Of The Gods
Circle II Circle
Crashdïet
Cult Of Luna
Enforcer
Fen
Girlie-Hell
Hatebreed
Hatriot
Heaven & Earth
Hell Before
Helloween
Heretic
Incantation
King Of Bones
Land Of Fog
Leviaethan
Newsted
Orange Goblin
Saratan
Saxon
Shadowsphere
Snakecharmer
Soilwork
Suffocation
The 69 Eyes
The Battle
Thyrfing
Year Of The Goat
ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3
Saudações, caros amigos da ROADIE CREW! Conheço a revista desde o seu começo, lá nos anos 90, porém essa é a primeira vez que escrevo. Primeiro, para parabenizá-los pela dedicação com que vocês vêm fazendo a revista ao longo desses anos, trazendo informação e entretenimento para seus leitores sempre com inquestionável qualidade sobre um estilo de música que infelizmente ainda é alvo de preconceito neste país por parte da grande mídia, como é o caso do Rock pesado. Em seguida, gostaria de dizer que adorei (demais da conta!) a entrevista com o Pretty Maids. Há muito eu esperava por uma entrevista ou alguma novidade relacionada à banda na revista. Em minha opinião, talvez o grupo seja o que melhor tem autoridade sobre o que faz: passear pelo Hard e pelo Heavy com total propriedade e desenvoltura. É um atributo feito só por quem entende mesmo do assunto. É uma pena que no Brasil eles não sejam tão conhecidos. Queria reiterar ainda duas coisas: aí na redação quem é o maior fã do Pretty Maids? Que tal em breve fazerem um “Roadie Collection” com a banda? Eu acho respeitável sua discografia e fico curioso em saber qual disco, por exemplo, entraria na lista dos “Imperdíveis” ou “Bons”. Por enquanto é só. Abraço, galera!
Paulo Sérgio Soares Faria (Caiana/MG)
STAY HEAVY REPORT
ROCKING IN USA!
Constantemente todos nós acompanhamos entrevistas com bandas não muito satisfeitas com a cena Metal de seu país. E o mesmo acontece com bandas norte-americanas, que citam inclusive não ter espaço em rádio e TV.
Felizmente, parece que a cena Metal daquele país, assim como a do restante do mundo, não depende de divulgação na grande mídia comercial para se manter, mas temos a impressão de que algumas bandas americanas reclamam de barriga cheia.
A equipe do Stay Heavy teve oportunidade de nos últimos anos acompanhar alguns shows naquele país, todos eles lotados! E agora em janeiro/fevereiro não foi diferente. Estivemos no segundo show da nova turnê do Testament, ocorrido em 31 de janeiro em Anaheim, CA, que contava também com o Overkill. A casa que abrigou o evento foi o House Of Blues localizado em Downtown Disney District, área de entretenimento repleta de restaurantes, bares e lojas que fica bem ao lado dos parques temáticos Disneyland Park e Disney California Adventure. E o que se viu ali foi uma verdadeira aula de Thrash Metal, tanto no palco como no público, que lotou a casa com capacidade para 1.100 pessoas em plena quinta-feira. No sábado seguinte, as bandas se apresentariam na unidade do House Of Blues de Los Angeles, em Hollywood, o que leva a crer que o público presente ali era da região de Anaheim mesmo, que está a mais ou menos quarenta quilômetros do centro de LA.
O show do Overkill teve cinquenta minutos de duração e foi irrepreensível. Mas o Testament detonou. Mesclando em dose exata músicas novas e clássicas, foi eficiente do começo ao fim. O palco também era diferenciado. A bateria foi montada num patamar bem mais elevado que formava na realidade uma passarela pela qual os músicos podiam circular. A única coisa é que Chuck Billy pareceu precisar de recursos de tecnologia para se lembrar de algumas letras… Bom, quem ficou curioso terá oportunidade de conferir tudo isso pessoalmente na passagem da “Dark Roots Tour” pelo nosso país. Apenas se lembre: “Rise up – War!”
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |