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Edição #174

R$29,00

A notícia teve um efeito quase devastador no mundo do Rock em geral e do Heavy Metal em particular: em novembro de 2011, o Black Sabbath anunciou que voltaria a trabalhar com sua formação original, gravando um disco e emendando uma turnê na sequência. Era um sonho que se tornava realidade para nove em cada dez bangers ao redor do globo…

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BLACK SABBATH

Por Emil Persson

O MAIS AGUARDADO RETORNO DO HEAVY METAL

A notícia teve um efeito quase devastador no mundo do Rock em geral e do Heavy Metal em particular: em novembro de 2011, o Black Sabbath anunciou que voltaria a trabalhar com sua formação original, gravando um disco e emendando uma turnê na sequência. Era um sonho que se tornava realidade para nove em cada dez bangers ao redor do globo. Afinal, o último de estúdio a reunir Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) havia sido Never Say Die!, lançado no quase jurássico ano de 1978. O mais perto que a banda havia chegado de recuperar o passado acontecera em 1998, quando o quarteto se juntou para uma série de shows que resultaram no duplo ao vivo Reunion, que trazia duas faixas de estúdio inéditas. Porém, o que poderia representar um sonho dourado principalmente para os quatro músicos, acabou ganhando contornos de pesadelo. Poucos meses após o anúncio do retorno da banda, Tony Iommi foi diagnosticado com linfoma (espécie de câncer no sangue), o que forçou o grupo a reorganizar completamente a agenda, colocando um ponto de interrogação nos planos imediatos do Sabbath. Batalha vencida (apesar de o guitarrista ainda necessitar de uma série de cuidados e tratamentos), outro problema vinha à tona: Bill Ward ameaçava não participar do retorno, o que acabaria se confirmando em fevereiro de 2012. O motivo alegado pelo baterista foi divergência nos termos do contrato proposto pela banda, mas chegou-se a comentar que, na verdade, Bill não estaria apto a participar da gravação pelo longo tempo de inatividade. Após muitas especulações, foi informado que Brad Wilk, do Rage Against The Machine, assumiria as baquetas na condição de músico contratado. A partir de então, começou a expectativa em relação ao novo trabalho. Como soaria o Black Sabbath do terceiro milênio? Renovado? Ou uma paródia de si mesmo? A primeira música divulgada, God Is Dead?, revelava um tema longo que remetia aos primórdios da banda. E o disco, intitulado 13 e lançado no início de junho, acabou colecionando críticas positivas ao redor do mundo.

Uma das ações promocionais do novo disco foi uma bateria de entrevistas realizadas em Los Angeles, sendo que algumas delas foram transferidas do estúdio para a casa de Ozzy Osbourne e contando também com a presença de Geezer Butler. Antes de entrar na casa e começar a conversa, é impossível não notar na Ferrari estacionada na garagem. “Sim, eu comprei uma Ferrari no ano passado”, comentou o vocalista. “Pensei: que diabos um sujeito de 64 anos quer com uma Ferrari. Mas comprei mesmo assim.”

Uma vez instalado com a dupla, o papo abrangeu tudo o que diz respeito à banda: a doença de Tony, as divergências com Bill e o novo trabalho. Acompanhe!

DEEP PURPLE

Por Claudio Vicentin

NOW WHAT?! CAIR NA ESTRADA!

Há muitos anos se fala sobre um novo álbum do Deep Purple e finalmente ele foi lançado. Now What?! é o primeiro trabalho inédito desde Rapture Of The Deep, de 2005. O novo álbum traz muitas experiências novas para a banda. Algumas boas e outras nem tanto. Gravar com o produtor Bob Ezrin (Kiss, Alice Cooper) foi algo que se mostrou muito acertado, pois essa lenda do estúdio conseguiu apontar um direcionamento para o Deep Purple, reacendeu a chama e imprimiu um som memorável para o trabalho, como descobrimos durante nossa conversa com Gillan. A banda toda está ótima, com todos tocando demais e mostrando que têm muita lenha para queimar na estrada. Já em estúdio, na parte final das gravações, receberam a notícia da morte do grande amigo e parceiro de banda por longos anos, o fenomenal Jon Lord que tanto fez pelo som que o Deep Purple tem até hoje e pela música em geral. O álbum inteiro é dedicado a ele!

SUICIDAL TENDENCIES

Por Steven Rosen

NUM NOVO RITMO

Se você cruzar na rua com o vocalista do Suicidal Tendencies, Mike Muir, provavelmente vai mudar de calçada. Ele é grande, forte e nunca ri. Mas uma conversa com o cantor vai revelar um outro lado de sua personalidade. Ele é divertido e fica sempre demonstrando que ama a música que faz. Ao mesmo tempo, ele é totalmente previsível no sentido em que jamais colocaria em risco sua integridade musical por conta de tendências do momento ou reclamação de fãs. Ao longo de sua carreira, a banda gravou discos que abrangem Hardcore, Punk, Heavy Metal e até temas melódicos. Em 13, o primeiro trabalho da banda em treze anos, todos esses estilos estão presentes. Muir falou muito sobre o novo disco na entrevista que você vai ler a seguir e, após um papo como esse, você certamente permaneceria na mesma calçada se cruzasse com ele…

VINTERSORG

Por Heverton Souza

UMA VIAGEM PELOS QUATRO ELEMENTOS

O nome Andreas Hedlund pode não ser muito comum ao leitor, mas o músico sueco de 40 anos é logo lembrado quando citamos seu pseudônimo Vintersorg. Também conhecido como Mr. V, o vocalista e multi-instrumentista é sinônimo de versatilidade musical e muita criatividade, vide os projetos pelos quais passou, tanto como compositor, quanto como interprete: Havayoth, Otyg, Fission, Cronian, Borknagar e, claro, a banda Vintersorg. Mais que um projeto solo do músico, o Vintersorg já explorou vertentes como Folk, Black Metal, Rock Progressivo, e liricamente a ciência, a filosofia, os astros, a natureza, etc. Em sua nova jornada, o duo formado por Mr. V (vocais, guitarra, baixo, teclado e programação) e seu amigo de infância Matias Marklund (guitarras e violão) vem explorando os quatro elementos: terra, fogo, água e ar. Tendo já lançado nessa quadrilogia Jordpuls (2011), representando a terra, e Orkan (2012), representando a água, o músico conversou com a ROADIE CREW sobre esta fase atual, seus projetos paralelos, e também como funciona o Vintersorg no dia a dia.

DISTRAUGHT

Por Christiano K.O.D.A.

COMPROMISSO COM O THRASH METAL

Uma das bandas mais tradicionais do Thrash Metal nacional tem recebido muitos elogios pelo mais recente trabalho. E isso não é algo inusitado devido à qualidade da banda gaúcha Distraught. Com mais de duas décadas de estrada, a banda mostra em seu álbum The Human Negligence Is Repugnant que permanece totalmente fiel ao estilo desde as origens e sempre acrescentando elementos de estilos diversos do som extremo. A ROADIE CREW entrevistou Ricardo Silveira (guitarra) e André Meyer (vocal) para saber mais sobre a atual fase do grupo, que conta com um novo guitarrista, Everton Acosta, sobre o compromisso com o Thrash Metal e o descontentamento com o Poder Legislativo.

SOULSPELL

Por Thiago Rahal Mauro

DESBRAVANDO NOVOS HORIZONTES

O projeto Soulspell chega a seu terceiro disco em grande estilo. Hollow’s Gathering segue a linha adotada anteriormente pelo grupo capitaneado por Heleno Vale, porém agora mostrando mais maturidade e focando em grandes composições. As participações internacionais continuam, como Blaze Bayley, Tim “Ripper” Owens e Amanda Somerville. O concurso para novos vocalistas trouxe para o registro o talentoso Pedro Campos, além de Victor Emeka e Lígia Ishitani. Resumir tudo que envolve o projeto em poucas palavras ficaria impossível, por isso conversamos com Heleno que contou as novidades do Soulspell e falou de seus projetos futuros e muito mais.

ICED EARTH

Por Guilherme Spiazzi

MAIS QUE (AO) VIVO

Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Jon Schaffer deixa claro o que todos os fãs já sabem – o fato de o Iced Earth ser uma banda que sempre lutou pela sobrevivência e nunca baixou a cabeça. O que se pode entender dessas palavras é que, além de ser forte ou persistente, é preciso se adaptar aos novos tempos e encontrar os caminhos que levem à manutenção contínua da existência. Após dez trabalhos de estúdio, o grupo finalmente presenteou os fãs com um disco ao vivo com produção e planejamento de qualidade. O trabalho coroa a excelente fase vivida ao lado vocalista Stu Block (Into Eternity) e o sucesso da ‘Dystopia World Tour’. Mas nem tudo são flores e aqui você confere tudo o que envolveu a produção desse álbum e os audaciosos planos futuros.

AVANTASIA

Por Guilherme Spiazzi

SEM MISTÉRIOS

Desde que surgiu em 1999, o Avantasia roubou a cena com sua sonoridade e convidados de peso. Passados todos esses anos, a criação de Tobias Sammet continua firme e encontrou seu direcionamento, público e formato sólidos. O mais novo trabalho, The Mistery Of Time, marca o início de um novo capítulo na história do projeto e com isso expectativas quanto ao futuro também surgem. A grandiosidade do trabalho de Tobias superou vários limites e adquiriu identidade – aquilo que começou como um projeto paralelo acabou ganhando vida própria. Ao lado de Tobias (vocal e baixo) estão os músicos Michael “Miro” Rodenberg (teclados, Brainstorm, Kamelot, Rhapsody Of Fire), Sascha Paeth (guitarra e produção, Heaven’s Gate, Angra, Kamelot) e Russell Gilbrook (bateria, Uriah Heep), uma grande quantidade de convidados de renome e uma orquestra com sessenta músicos. Dentre as várias questões que surgiram, uma grande interrogação era em relação aos shows. Como seria levar a obra do Avantasia para os palcos? A resposta veio com The Flying Opera (2011) e encheu os olhos daqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo. Mais uma vez, o grupo liderado por Tobias prepara-se para a sua maior e mais ambiciosa turnê mundial promovendo o recém-lançado álbum. O disco traz um lado mais orgânico e grandioso em que, além dos vários convidados, marca a primeira incursão de uma orquestra nas gravações. Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Tobias fala da sua paixão pela música e da necessidade de fazer as coisas acontecerem.

MEGADETH

Por Steven Rosen

A MATURIDADE CHEGA AOS 30

Dave Mustaine está em plena comemoração do 30º aniversário do Megadeth. Criada em 1983, a banda completa três décadas de atividades com o lançamento de Super Collider, seu 17º disco, sempre com o incansável batalhador Mustaine à frente. O novo trabalho traz aquilo que se espera de um disco do grupo (peso, guitarras cortantes e seus vocais inconfundíveis), mas também abriga elementos melódicos e até uns toques de Country que podem assustar o fã menos atento. Nessa entrevista, ele fala sobre todos os detalhes do novo disco e sobre como se sente após tanto tempo vivendo desse negócio brutal.

YEAR OF THE GOAT

Por André Gaius

DE VOLTA AO OCULTISMO DOS ANOS 70

Nos tempos atuais, música com temática sombria é imediatamente relacionada ao Metal Extremo. Porém, esse culto ao oculto no meio musical está, sobretudo, arraigado no Rock criado nos anos 60. E é muito fácil notar que há uma tendência crescente de bandas atuais resgatando essa estética, com sonoridade apresentando nuanças acessíveis e contagiantes, enquanto as letras exaltam aspectos negros. Através da união de integrantes de bandas de Black Metal, Death Metal e Doom Metal do underground sueco, o Year Of The Goat surgiu nessa onda, mas não é apenas mais um no embalo, pois demonstra ter, acima de tudo, muita personalidade, como mostra o disco de estreia Angels’ Necropolis. O grupo vem realizando diversos shows para promover seus lançamentos, o que incluiu até uma apresentação ao lado do Marduk. Por sinal, Lars Broddesson, baterista desse ícone do Black Metal, é irmão de Per Broddesson, guitarrista do Year Of The Goat. E foi ele quem conversou com a ROADIE CREW e deu detalhes de seus intentos e ambições.

SODOM

Por Claudio Vicentin

Faz mais de trinta anos que a jornada do Sodom se mantém viva e com extrema qualidade. Obviamente que pode ter havido altos e baixos, mas atualmente a banda se encontra em um ótimo momento e com uma nova formação mais técnica com a chegada do baterista Markus Freiwald. Não apenas isso, o novo CD, Epitome Of Torture, já é

considerado um dos grandes lançamentos da banda em anos, mostrando muito peso, alternando composições rápidas com outras mais lentas e melodias variadas. Tom Angelripper continua o mesmo, ou seja, ativo, carismático e em busca de um sonho que é conseguir colocar as quatro bandas alemãs de Thrash Metal – Sodom, Kreator, Tankard e Destruction – na estrada.

SPOCK'S BEARD

Por Steven Rosen

VIVENDO O MELHOR MOMENTO

A banda Progressiva Spock’s Beard foi criada em 1992 pelos irmãos Morse, Alan e Neal, quando o tecladista e compositor Neal Morse escreveu aquele que se tornaria o disco The Light (1995) e chamou seu irmão mais novo Alan para tocar guitarra nele. Num primeiro momento, Alan não ficou muito impressionado pela música forjada pelo mano, mas quanto mais a ouvia, mais era cativado por ela. “Eu não dei muita bola para ela até que a comecei a ouvi-la no carro em meio a um congestionamento, alguns dias depois”, confessa Alan. “Foi quando aquele trabalho de repente me conquistou. Liguei na hora para meu irmão e falei: ‘Cara, vamos gravar isso!'” Eles fizeram o disco e voltaram mais algumas vezes ao estúdio até Neal começar uma carreira solo em 2002. Num primeiro momento, quem assumiu seu posto foi o baterista da banda, Nick D’Virgilio, que também acabou saindo e foi substituído pelo vocalista e guitarrista Ted Leonard e pelo baterista Jimmy Keegan. Essa nova formação gravou o 11º disco da banda, Brief Nocturnes And Dreamless Sleep, lançado no início de abril. Nesta entrevista, o guitarrista Alan Morse fala sobre os primeiros dias da banda, assim como sobre seu momento atual.

CLUTCH

Por Antonio Carlos Monteiro

ROCK’N’ROLL PURO E SIMPLES

O Rock’n’Roll é um estilo de música que não exige muito de quem o faz. O sujeito não precisa necessariamente ter cabeleira vistosa, nem ser um virtuoso do seu instrumento, tampouco se meter em um escândalo por dia para ter destaque na mídia. Porém, mesmo com todas essas facilidades, o Rock’n’Roll faz uma exigência inegociável para aqueles que se aventuram a tocá-lo: tem que ter autenticidade. Quem não é do ramo que nem se atreva! E deve ser justamente porque são do ramo que Neil Fallon (vocal e guitarra), Tim Sult (guitarra), Dan Maines (baixo) e Jean-Paul Gaster (bateria), que juntos atendem pelo nome de Clutch, estão comemorando os novos frutos de uma carreira indiscutivelmente sólida. Criado em 1990, o grupo, antes e acima de tudo, ostenta o raro feito de manter a mesma formação desde o princípio. E o trabalho do quarteto já contabiliza dez álbuns de estúdio, cinco discos ao vivo e dois DVDs, além de uma infinidade de coletâneas, EPs e singles. No palco, que é sua verdadeira casa, o grupo se alterna entre seu país de origem, os Estados Unidos, e turnês pela Europa que estão se tornando cada vez mais frequentes e mais bem sucedidas. Movido pelo prazer de tocar (“nunca almejamos ficar ricos”, diz o vocalista), o Clutch acaba de lançar mais um disco, o excelente Earth Rocker, e confessa que ainda busca uma meta em sua carreira: tocar na América do Sul – “é quase embaraçoso que nunca tenhamos ido”, confessa ele. Foi para falar de tudo isso e mais um pouco que ligamos para Neil Fallon e o resultado desse papo você vê a seguir.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Editorial

Como nos velhos tempos

Junho de 2013 – o mundo é muito diferente do que era no início dos anos 70. Afinal lá se foram mais de quarenta anos, período em que a evolução da tecnologia alterou significativamente a vida das pessoas. A área de entretenimento – em particular o setor do mercado fonográfico – passou por mudanças profundas, mas para a música que tem qualidade na sua essência não importa o meio que seja utilizado para ser ouvida, nem a época em que foi concebida. Uma perfeita prova disso é o ansiosamente aguardado álbum que ganhou o título de 13, cujo lançamento marca a volta do Black Sabbath com sua formação quase toda original. Nosso primeiro contato com esse trabalho aqui na redação da ROADIE CREW foi com a versão digital, e esse recurso da modernidade não nos permite usufruir daquele prazer irresistível de manusear o material físico que sempre foi parte imprescindível no conjunto de uma obra de arte musical. Felizmente, além do “Standard CD” com o disco normal, 13 recebeu mais três versões em edições limitadas que vão fazer a alegria dos colecionadores:

– “Deluxe 2-CD Set”, com o disco normal, mais um segundo CD com bônus;

– “Vinyl”, o disco em vinil de 180 gramas em 12”; e

– “Super Deluxe Box Set”, que inclui o “Deluxe 2-CD Set”, o disco em vinil, um DVD com o documentário “Black Sabbath – The Re-union” e cinco vídeos “por trás das cenas”, um cartão para download com comentários do grupo, fotos exclusivas e reproduções das letras escritas à mão.

Porém, o mais importante de tudo isso é o que fizeram esses senhores – Iommi, Butler e Ozzy – voltando a criar juntos a autêntica música do Black Sabbath. Ouvir esse disco traz a nítida sensação de se estar ouvindo o material que eles lançaram no início da década de 70. Qualquer uma das músicas de 13 poderia perfeitamente fazer parte dos primeiros álbuns, principalmente os produzidos entre 1970 e 1973: Black Sabbath, Paranoid, Master Of Reality,Vol. 4 ou Sabbath Bloody Sabbath. Alguém com perfeita saúde mental poderia questionar a qualidade deste disco?

Junho de 2013 – o Brasil é muito diferente do que era no início dos anos 70 e as manifestações que se esparramam pelo país não podem e não devem ser ignoradas por quem tenha orgulho de ser brasileiro. O movimento que atingiu proporções inimagináveis até pouco tempo atrás, vem com um misto de esperança e preocupação. Esperança porque efetivamente o grito “acorda Brasil” ficou impossível de não ser ouvido e, na medida em que mais pessoas do bem acordem para nossa realidade, o destino deste país pode, sim, mudar para muito melhor. Preocupação porque já faz tempo que vivemos num “estado de guerra” em várias frentes – saúde, educação, transporte, etc – e, principalmente, na área de segurança. Diariamente morrem inocentes nas mãos da bandidagem sem que os detentores do poder movam uma palha para ao menos amenizar a situação. São mantidas leis que servem apenas aos interesses dos marginais de qualquer idade, e isso vem comprometendo até mesmo a emocionante demonstração de cidadania e patriotismo dos que têm ido às ruas para mostrar um caminho melhor para o Brasil.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

Cenário

THE BLACK MORIAH: BANGUE-BANGUE METÁLICO

Surgido no Texas e inspirado pelas famigeradas histórias e lendas daquele estado norte-americano, o The Black Moriah vem se destacando pela qualidade do seu ‘debut’, Casket Prospects, lançado de forma independente no final do ano passado. Na entrevista a seguir, o guitarrista Zawicizuz fala dos propósitos do The Black Moriah e de outros temas pertinentes ao grupo.

Você criou o The Black Moriah após deixar o Absu e o estilo adotado vai na linha desse último: um Black/Thrash muito técnico e talvez um pouco mais Thrash. Algumas músicas apresentadas em Casket Prospects foram originalmente escritas para o Absu? Você pode nos dar alguma informação sobre o trabalho de criação para este debut?

E mais:

GAIJIN SENTAI: EXPOENTE DO J-ROCK NACIONAL

ACCEPT REQUISITA MATERIAL DE FÃS PARA DOCUMENTÁRIO

ANGRA: TURNÊ SERVE DE AQUECIMENTO PARA NOVO ÁLBUM

PROGRAMA METAL HEART COMPLETA DEZ ANOS NO AR

CHAKAL: NOVO CD A CAMINHO

GOATLOVE: SEMPRE PELA CONTRAMÃO

HEAVY METAL JOKE (Marcio Baraldi)

ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3

Por Redação

Roadie Mail / Memória / Top 3

ESPECIAL NACIONAL

Parabéns, ROADIE CREW! Faz tempo que os fãs do Metal nacional esperavam por essa edição. Geralmente leio a revista do começo ao fim, mas desta vez fui logo para a entrevista com o Wagner. Raridade para ficar na história! Que bom que são 60 grandes álbuns e não 60 maiores álbuns, porque seria um grande problema não colocar The Hangman Tree do The Mist, The Laws Of Scourge do Sarcófago, Mirror My Mirror ou Blood On The Rocks do Witchhammer, Funeral Serenade do Sextrash, Punishment At Dawn do HeadHunter DC, Bonegrinder do Drowned, Progress Of Decadence do Overdose, Death Is A Lonely Business do Chakal… E, ainda por cima, nada, nada mesmo de Amen Corner? Tudo bem, fica a deixa para um volume 2. Abraços.

Nilson Roberto Pereira

Belo Horizonte/MG

BLIND EAR - RAPHAEL OLMOS

Por Antonio Carlos Monteiro

RAPHAEL OLMOS (vocal e baixo, Kamala)

Fotos: Cristina Mochetti

“Essa é a minha banda do coração (R.C.: Imaginei que fosse). Foi o Metallica que me fez querer ser músico. Com 14 anos eu vi o VHS Year And A Half In The Life Of Metallica e falei que era aquilo que eu queria para minha vida. O Metallica foi a primeira banda que falou mais forte para mim (R.C.: Você escolheu ser guitarrista e vocalista por causa do Hetfield?) Não, eu era só guitarrista, virei vocalista por necessidade. O Kamala não arrumava vocalista e eu falei: ‘Vou resolver o problema!’ E agora eu virei baixista. Sempre era problema arrumar um baixista e o Luiz (Thriven) vai assumir a outra guitarra. Sempre escrevi as linhas de baixo e toco baixo em outras bandas, então foi tranquilo.”

Metallica – Fight Fire With Fire

Ride The Lightning

HIDDEN TRACKS - AVALON

Por Ricardo Batalha

AVALON

Origem: Brasil

Época: anos 80/90

Estilo: Thrash Metal

Formação clássica: Ico Almendra (guitarra e vocal), Daniel Stilling (guitarra), William Rodsam (baixo) e Alex Nasser (bateria)

Discografia: Stop The Fire (split, 1989), Time Waits For No One (single, 1992), Old Psychotic Eyes (1993) e Incognito (1994)

Você certamente já leu e ouviu muitas vezes que o Brasil possui um território de dimensões continentais. Assim, cidades sem tanta tradição no som pesado foram responsáveis por revelar alguns grandes pioneiros do Metal brasileiro. Se Belém (PA) apresentou o Stress, da capital e município mais populoso do estado do Piauí veio o Vênus, que lançou um álbum homônimo em 1986. No entanto, após cinco anos de estrada com o grupo, os guitarristas Thyrso Marechal e Ico Almendra criaram, em junho de 1987, o Avalon.

A intenção da dupla era fazer um som mais pesado, rápido e agressivo, na linha Thrash de Metallica, Megadeth e Anthrax. Para tanto, se uniram ao baterista Mauricio Barros e ao baixista Fausto Torres. Na realidade, William Rodsam seria a primeira escolha para o baixo, mas como integrava outro importante pioneiro do Metal do Piauí, Megahertz, optaram por Torres. Só após a gravação da primeira demo, ainda cantando em português, que Rosam passou a integrar o grupo.

Com a formação estabilizada, gravaram mais duas demos – Stop The Fire (1988) e Insane Revolution (1989) – antes de partir para o primeiro registro, o histórico split-LP com o Megahertz (Technodeath). As faixas No Fun, Stop The Fire, C.H.C (Classic Heavy Chords), This Time e Insane Evolution foram gravadas e mixadas no estúdio J.G., em Belo Horizonte (MG), com o engenheiro de som Gauguin. Stop The Fire, título do lado do Avalon no split, foi lançado em novembro de 1989 pela Cogumelo Discos.

ETERNAL IDOLS - TREVOR BOLDER

Por Antonio Carlos Monteiro

TREVOR BOLDER (09/06/1950 – 21/05/2013)

A cidade de Hull, na Inglaterra, foi uma das que mais sofreu com os bombardeios na II Grande Guerra. Seu povo batalhador conseguiu reconstruí-la, mas o declínio econômico marcou os anos pós-guerra. E foi nesse cenário que em 9 de junho de 1950, cinco anos após o final do conflito, que nasceu Trevor Bolder, numa família de músicos: seu pai era trompetista, seus irmãos também tocavam, uma tia era cantora de ópera, outra era professora de dança. “Na minha família, era quase obrigatório ser músico – quem não fosse parecia que tinha nascido com um defeito…”, declarou ele em entrevista concedida em 2003 para o site Let It Rock.

Assim, aos 7 anos ele já tocava corneta na banda da escola. Ficou lá sete anos e quando tinha 14 anos já era um ótimo músico, considerado o melhor da sua cidade.

Crescendo em meio ao surgimento do Rock’n’Roll, apaixonou-se primeiro pelo Rhythm’n’Blues para em seguida descobrir os Beatles, que acabaram por moldar seu direcionamento musical. “Quando eles surgiram, eu decidi que queria tocar numa banda, também.” Ele e o irmão resolveram montar uma banda e conseguiram duas guitarras. Como precisavam de um baixista e o irmão estava irredutível na sua posição de tocar guitarra, coube a Trevor ficar com as quatro cordas. “E foi ótimo, eu adorei o instrumento!”

Como vinham de uma família de músicos, os dois irmãos tiveram total apoio da família, que providenciou todo o equipamento e até conseguiu uma van para levar os garotos para tocar.

RELEASES

Por Redação

Nesta edição:

Age Of Taurus

Amon Amarth

Anciients

Black Sabbath

Black Star Riders

Brave

Dark Tranquillity

Deventter

Divided Multitude

Firewind

Fueled By Fire

Halestorm

Heavenly Kingdom

HIM

Joe Satriani

John Fogerty

Jorn

Majesty

Masterplan

Megadeth

Mors Principium Est

Oliva

Queensryche

Tesseract

The Black Dahlia Murder

The Black Moriah

The Winery Dogs

Thy Art Is Murder

Tristania

Whitesnake

Woslom

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

The Unhaligäst

Arthanus

Boitatá

Makumbah

CLASSICOVER -TIME TO ACT!

Por Christiano K.O.D.A.

TIME TO ACT!

Original: Nasum

Álbum: Inhale/Exhale (1998)

Cover: Facada

Álbum: Indigesto (2006)

OK, eles não são os pais do Grindcore, mas tiveram um modo muito próprio de executá-lo. Há mais de duas décadas, nascia na longínqua Suécia – incrível como daquele país saem coisas tão interessantes e, por que não, inovadoras – uma das bandas mais aclamadas do estilo, o Nasum. E o fato é que o grupo trouxe uma certa renovação para o Grind, o que pode explicar ser tão cultuado mesmo depois de seu trágico final. Mas isso será tratado adiante. A partir de 1993, eles começaram a bombardear o mercado fonográfico com seus registros e, após demos, splits e EPs, era chegada a hora do primeiro e merecido ‘full length’, o clássico Inhale/Exhale, lançado em 1998.

Não há dúvida de que foi um marco, obviamente para a banda e também para a cena underground em geral. Trinta e oito músicas bastante curtas e diretas, sempre velozes e demolidoras, eram escarradas dos aparelhos de som. Um detalhe que ajudou na devastação foi o praticamente inexistente intervalo entre as faixas. Como efeito, a parede sonora do álbum era de uma dureza inabalável. Além disso, a gravação é de uma qualidade excepcional, marcada pelo peso máximo dos instrumentos. Algumas composições deram origem a grandes hinos, como This Is…, I See Lies, a faixa título e claro, Time To Act! Essa última não chega a um minuto e meio de duração e mesmo assim está no coração dos ‘grinders’. Um riff diferente, seguido de ‘blast beats’ infernais e uma mensagem irada para quem vive sem um propósito no planeta foram vomitadas em forma de canção. “Você acha que faz a diferença? / Bem, você acha? Ótimo! É tempo de agir!”, diz parte da letra, em tradução livre.

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

BLACK SABBATH: DETALHES E OPINIÃO SOBRE “13”

A ideia de se gravar 13 começou a surgir no final da década de 90. A todo momento uma notícia vinha à tona e os fãs ficavam na esperança de que a coisa fosse séria. No entanto, muita água foi passando por debaixo da ponte até que em 2001, em mais uma temporada do “Ozzfest”, a coisa parecia que ia engrenar, já que durante as apresentações do Black Sabbath com Ozzy Osbourne no vocal, uma música nova, Scary Dreams, aparecia no set list – e ela, por sinal, não fugia muito do que foi apresentado em 13.

Mais alguns anos se passaram e a ideia de se fazer uma coletânea trazendo somente material da fase Dio (The Dio Years, 2007) azedou mais uma vez as esperanças de um tão aguardado novo álbum de estúdio do Sabbath com Ozzy. Isso ficou ainda mais evidente após o êxito da coletânea e do box The Rules Of Hell, que reunia todos os CDs dos tempos de Ronnie James Dio nos vocais – e esse foi o ponto de partida para a criação do Heaven & Hell.

Assim, entre os lançamentos ao vivo de Radio City Music Hall e The Devil You Know, lá se foram mais dois anos. É fato que a morte de Ronnie Dio contribuiu, e muito, para que o Black Sabbath voltasse a se reunir e colocar como meta principal a gravação do tão esperado álbum de estúdio.

CLASSICREW/ACONTECEU...

Por Redação

1973

Lynyrd Skynyrd

(Pronounced ‘Lĕh-‘nérd ‘Skin-‘nérd)

Bento Araujo

Cru, descompromissado, intransigente, descomplicado, acirrado, austero, firme, implacável, incomplacente, inexorável, inflexível, inquebrantável, intolerante, intratável, supercilioso, teimoso, rigoroso, obstinado, ditatorial, imperioso. Algo mais? Para descrever grandes discos de estreia, palavras faltam e ao mesmo tempo sobram.

Não é questão de ficar filosofando de forma gratuita, mas sim de tentar explicar o disco que não só apresentou o mais sulista dos combos sulistas ao mundo, mas que também fundou um estilo de se fazer música. Está tudo aqui, os ataques das três guitarras, os Rocks básicos, as baladas trágicas/dramáticas, a temática machista e violenta – tudo embalado dentro da tradicional e rigorosa ingenuidade Southern.

A confiança e a confidência demonstradas por Ronnie Van Zant e seu Lynyrd Skynyrd em Pronounced… é algo que marcou para sempre o gênero, servindo de modelo para as futuras gerações de bandas sulistas. A partir daqui, todos teriam que ter uma faixa longa e dramática como Free Bird para encerrar suas apresentações de maneira apoteótica.

1983

Slayer

Show No Mercy

Jorge Krening

Lançado em dezembro de 1983, o álbum de estreia do Slayer acabou se tornando o disco mais vendido do então novato selo Metal Blade. Poucos sabem que naquela época quem acabou bancando os custos de gravação foi a própria banda, sobrando para Brian Slagel a distribuição e a publicidade.

Conhecido até então na cena como uma simples banda cover, em pouco tempo o Slayer acabaria dando um salto significativo dentro de sua nova proposta. Influenciado pelo Hardcore/Punk através do guitarrista Jeff Hanneman e do baterista Dave Lombardo, a banda começaria a praticar um Metal mais rápido, intenso e cru, mas ao mesmo tempo refinado, graças às influências diretas de bandas como Judas Priest e Iron Maiden.

O registro tem pouco mais de meia hora, contendo dez petardos que se tornariam um marco do Metal mundial. Todas as composições levam assinatura dos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King, ambos com estilos diferentes, mas que se completavam de forma única.

A faixa de abertura, Evil Has No Boundaries, transborda rebeldia e agressão e logo se torna um dos grandes hits do Slayer.

1993

Paradise Lost

Icon

Maicon Leite

Após conquistar uma legião de fãs com seus três primeiros discos, os ingleses criadores do termo Gothic Metal aos poucos foram incluindo novos elementos em sua sonoridade. Saindo da zona de conforto, substituíam os vocais guturais de outrora por vocalizações mais emotivas e limpas, já utilizadas em seu disco anterior, Shades Of God (1992). A tarefa árdua de produzir material ainda mais impactante depois de uma sequência de lançamentos estupenda foi facilmente suprida, ainda que alguns fãs sentissem saudades dos vocais guturais do clássico atemporal Gothic (1991).

O peso, sempre presente através dos riffs bem Heavy Metal de Aaron Aedy e Gregor Mackintosh e da “cozinha” de Stephen Edmonson (baixo) e Matthew Archer (bateria), combina perfeitamente com a voz profunda e marcante de Nick Holmes, que compôs todas as letras, enquanto Gregor cuidou da criação das músicas. Em entrevista para a revista Kerrang! em 2008, Nick falou sobre essas mudanças, explicando o porquê de cantar de forma mais moderada, inclusive lembrando James Hetfield (Metallica) em vários momentos: “Fomos nos aprimorando como músicos e eu acho que fui ficando cada vez melhor como vocalista. Tudo bem cantar como Belzebu, mas sua voz pode ter problemas se você tem uma turnê longa.”

LIVE EVIL - YES

Por Eliton Tomasi

YES

23 de maio de 2013

HSBC – São Paulo/SP

Por Eliton Tomasi / Fotos: Victor Hugo Prado Daguano

A recente passagem do Yes pelo Brasil no último mês de maio contou com cinco apresentações, sendo duas na capital paulista, além de Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Uma turnê no mínimo histórica, afinal, o grupo de Steve Howe (guitarra), Chris Squire (baixo) e Alan White (bateria), que agora é completado pelo vocalista Jon Davison (ex-Glass Hammer) e pelo tecladista do Asia, Geoff Downes (que já havia gravado Fly From Here), tocaria três discos clássicos na íntegra: The Yes Album (1971), Close To The Edge (1972) e Going For The One (1977). O show que aconteceu no HSBC Brasil em São Paulo no dia 23 de maio foi uma data extra aberta após os ingressos do show do dia seguinte terem sido esgotados em poucos dias.

Saber o repertório da apresentação teoricamente ajudaria a conter a ansiedade, mas não foi o que aconteceu. Quando a banda surgiu no palco, o telão exibiu o nome do álbum e da suíte Close To The Edge. O mesmo se repetiria durante todo espetáculo no início de cada música, alternando com imagens dos músicos e símbolos esotéricos.

LIVE EVIL – ROÇA'N'ROLL

Por Ivanei Salgado

15º ROÇA’N’ROLL

Fazenda Estrela – Varginha (MG)

30, 31 de maio e 1º de junho

Por Ivanei Salgado / Fotos: Brendan Greene e Ivanei Salgado

Comemorando quinze anos de existência, o “Roça’n’Roll” veio com atrações como documentário especial, três nomes internacionais e grande diversidade musical dentro do Metal e Rock. A festa começou na quinta-feira (30) com as locais Silent Hall (Heavy Tradicional) e Santo Graau Bêbados SA (Rock’n’Roll). Na sexta-feira, tudo começou com o tributo a Raul Seixas pelo grupo local Jardim do Sapo, passando pelo Folk Metal do Hagbard, pelo Rock Progressivo de extremo refinamento do Cartoon, pelo Thrash Metal agressivo do Deadliness e culminando no Hard Rock furioso do Baranga.

A abertura do sábado ficou por conta dos jovens da banda Hard Z. Oficialmente, o trem começou com a segunda banda, Ossos do Banquete, de Betim (MG), que explora o Rock’n’Roll de forma precisa, colocando os elementos puros do Rock dos anos 80 e do Punk. Ainda sem um disco no currículo, tocaram composições próprias com destaque para Macro-Social e Metrópole.

Cheio de fúria, o Aneurose de Lavras (MG) apresentou músicas do primeiro álbum baseadas em um Thrash Metal transpirando agressividade e modernidade. Retornando à cidade depois de muito tempo, o belo-horizontino Drowned, com performance de palco agressiva, baseou o set list no novo Belligerent Part II: Where Death And Greed Are United, com destaque para a faixa título, World’s Full Cartridge e petardos dos álbuns anteriores, como Bio-Violence, All Despise For God e The Payback Engine.

LIVE EVIL – ANNIHILATOR E TORTURE SQUAD

Por Vinicius Mariano

ANNIHILATOR / TORTURE SQUAD

Carioca Club – São Paulo/SP

02 de junho de 2013

Por Vinicius Mariano / Fotos: Guilherme Nozawa

Em um domingo de chuva, com amistoso da Seleção e dois shows internacionais rolando ao mesmo tempo – os israelenses do Orphaned Land em São Bernardo do Campo (SP) e um improvável show acústico do Grave Digger no Manifesto Bar, na capital –, uma legião de headbangers fazia o famoso “esquenta” nos arredores do Carioca Club, aguardando a segunda passagem da lenda canadense Annihilator pela capital paulista, que contou com abertura do Torture Squad.

No relógio, 19h. Uma introdução tomou conta dos falantes até que Amilcar Christófaro (bateria), Castor (baixo) e o guitarrista e agora vocalista André Evaristo entraram em cena de forma triunfante, com o hino Horror And Torture, do não menos espetacular álbum Pandemonium (2003). Veio então Mad Illusions, de Asylum Of Shadows (1999), e com ela o princípio de uma roda de pogo. Lindo de ver. No palco, Castor dividia os vocais com André. Murder Of A God, outra do Asylum, foi executada com precisão cirúrgica. A quebradeira era intensa, com Castor e Amilcar literalmente gastando o seu repertório de técnica, precisão e bom gosto. Impossível saber se o batera do Annihilator, Mike Harshaw, estava vendo o show dos brasileiros, mas se viu deve ter ficado arrepiado com a técnica e a rítmica de Amilcar, desacelerando, imprimindo velocidade, quebras imprevisíveis e um baita suingue. O cara bota muita pressão tocando.

LIVE EVIL – HALESTORM E ADRENALINE MOB

Por Thiago Rahal Mauro

HALESTORM + ADRENALINE MOB

Carioca Club – São Paulo/SP

16 de junho de 2013

Por Thiago Rahal Mauro / Fotos: Renan Facciolo

As apresentações de Halestorm e Adrenaline Mob em São Paulo, no Carioca Club, eram aguardadas pelo público desde que a data foi anunciada. Porém, poucos dias antes da turnê sul-americana, o baterista Mike Portnoy (ex-Dream Theater) comunicou que esses seriam seus últimos shows no Adrenaline Mob, pois os trabalhos com o The Winery Dogs e outros projetos estão conflitando com sua agenda. Percebendo que essa seria uma data especial, os fãs compareceram em grande número.

Pontualmente às 19h30, o Adrenaline Mob iniciou com Psychosane, de Omertá (2012), mostrando que ao vivo tem muito mais peso. Feelin’ Me e Down To The Floor levaram velocidade e outra energia ao palco, pois os riffs tocados por Mike Orlando são bem diferentes.

A balada Angel Sky teve como destaque o vocalista Russel Allen que, como de costume, abusou da interpretação e do ‘feeling’. A pesada Indifferent era uma das mais aguardadas e teve um desempenho de Portnoy bem participativo. Em compensação, em Believe Me claramente percebe-se o lado moderno e atualizado dos músicos.

A qualidade do som estava excelente, algo que está se tornando costumeiro no Carioca Club. O set, que focou no disco de estreia, seguiu com All On The Line.

PLAYLIST – CRAIG GOLDY

Por Thiago Rahal Mauro

CRAIG GOLDY (guitarrista, Dio Disciples)

Take Her: “Essa foi uma das músicas que eu ajudei a criar com Ronnie James Dio, principalmente durante as primeiras demos do Rough Cutt. Na verdade, foi a composição que toquei na minha audição e o riff dela é bem interessante. No estúdio, eu gravei mais duas faixas com Ronnie, mas elas não entraram no álbum e até hoje não sei exatamente porquê, já que eram muito boas.”

Álbum: Rough Cutt (1985)

COLLECTION - SYMPHONY X

Por Thiago Rahal Mauro

Com o reconhecimento obtido com The Dark Chapter, primeiro disco solo de Michael Romeo (ex-Phantom’s Opera e Gemini), o guitarrista se sentiu à vontade para criar uma banda e fundou, em meados de 1994 na cidade de Nova Jersey (EUA), o Symphony X. O baixista Thomas Miller foi o primeiro a ingressar no projeto e, após alguns testes, a formação se completou com a entrada do baterista Jason Rullo, do vocalista Rod Tyler e do tecladista Michael Pinella. Rod Tyler abandonou a banda em 1995 durante as gravações do segundo álbum, The Damnation Game, e o posto foi assumido com maestria por Russell Allen. Os norte-americanos tinham até então dois discos lançados e se preparavam com afinco para as gravações de um dos melhores discos de sua história, The Divine Wings Of Tragedy (1997), que é considerado um divisor de águas na carreira até hoje. Após o lançamento de Twilight In Olympus, a banda começou a ganhar mais nome e, com V: The New Mythology Suite (2000) e The Odyssey (2002), chegou ao patamar mais alto, atingindo o status de referência do Prog Metal. Ao lado de grupos como Dream Theater e Fates Warning, o Symphony X hoje pode ser considerado banda de carteirinha dentre os milhares de fãs do estilo.

BACKGROUND - SODOM - PARTE 5 (FINAL)

Por Ricardo Batalha

América do Sul novamente

A pressão exercida pela gravadora SPV para que o Sodom lançasse rapidamente um novo disco era enorme. Tom Angelripper tinha estado ocupado na produção e em todos os detalhes do primeiro DVD da série Lords Of Depravity. Do outro lado, Bobby e Bernemann compunham o esboço do próximo trabalho, mas ainda assim era impossível soltar o álbum naquele momento.

Além disso, antes de a banda entrar no estúdio e gravar o tão esperado DVD e documentário Lords Of Depravity Part I, o Sodom agendou uma nova passagem pela América do Sul em 2005. Para aquela turnê, os alemães tiveram a companhia dos thrashers nova-iorquinos do Nuclear Assault.

Acompanhado pela primeira vez por uma equipe de filmagem profissional por exigência do próprio Angelripper, o guitarrista Bernemann declarou que considerava a realização de uma turnê pela América do Sul como um dos pontos mais altos a se atingir na carreira de um músico.

Confusão em Brasília

Por intermédio da antiga produtora de shows de Edu Lane (Nervochaos), o trio aportou novamente no Brasil, fazendo o primeiro show em Brasília. Tom comemorava seu aniversário naquele dia e, antes do show, a banda toda relaxava. Na realidade, todos estavam meio de “cara cheia” dentro do shopping que ficava ao lado do ginásio onde aconteceria a apresentação. Em que pese a aparente tranquilidade, nem tudo estava às mil maravilhas, como foi demonstrado na segunda parte do documentário Lords Of Depravity.

Um problema sério ocorreu com os organizadores locais do evento. Tudo estava tão tenso que, até o último minuto, não se sabia se o show iria ou não ocorrer. Houve um grande atraso. Conforme descrito pelo baterista Bobby no documentário, o organizador simplesmente sumiu com o dinheiro da banda. “Ele pegou o pagamento antecipado e não tivemos lucro”, explicou Angelripper.

Enquanto isso, um velho conhecido do Sodom, Matthias Prill, alertou os músicos de que se eles resolvessem subir no palco para realizar seu show, correriam o risco de nunca mais serem pagos na

DARK SIDE

Por Marcos Riva

Lobisomens

As sementes da licantropia na natureza humana

O sol é eclipsado pela Lua e, segundo a tradição mística e milenar da Cabala, as forças que atuam na constituição da natureza humana são múltiplas e dinâmicas, tornando-se complexas em suas interações ao longo de nossas vidas, experiências e vivências. Determinando nossos padrões de ação e microcosmos individuais, essas funções psíquicas têm como base uma realidade cerebral e corpórea, física e animal. Hipoteticamente, há uma tendência para uma gradativa e longa evolução psíquica possível dentro desse sistema, visando cada vez mais autoconhecimento e autodomínio. Mas há também o lado negro da moeda.

Em sentido oposto, existem tendências de sucumbir inversamente à ação de forças mais densas e descontroladas, instintivas e inferiores. Vivemos na esfera de Malkuth (Terra), sob ação da Yesod (Lua) e demais sephiras planetárias, visando equilíbrio e conexão com as sephiras superiores, acima do Sol, o centro do circuito (Tipharet). E é nos níveis inferiores desses planos em que vivemos que as energias que não alcançaram equilíbrio em cada umas dessas esferas da árvore da vida se tornam as qliphots, os esgotos das sephiras, degenerando e produzindo terrores e pesadelos em nosso mundo. Esses fenômenos acabam se tornando mitos e lendas. A luz se transforma em trevas, a razão em diferentes formas de confusão e loucura. Estranhos fenômenos nos circundam e nos ameaçam.

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

A ESCOLA DO ROCK

Há alguns anos abordamos nesta seção a Lei Federal nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008 e que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a educação básica em escolas públicas e privadas com o objetivo de desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos. Diversos países, como a Venezuela, desenvolvem projetos semelhantes e têm alcançado resultados positivos. Mas será que a lei pegou? Escolas, diretores e professores tiveram três anos para se adaptar à nova regra, que passou a vigorar em 2012. Cada estado da federação direciona o ensino da música à sua maneira e verificou-se que em sua maioria ele se aplica dentro da disciplina Arte, portanto não há um foco específico.

Mas especificidade é o que os fãs, e/ou aspirantes a fãs, de Rock encontram à sua disposição na região metropolitana de São Paulo, mais precisamente na cidade de São Caetano do Sul. Em novembro de 2012, começou a operar no ABC paulista a primeira School Of Rock brasileira, franquia da rede de escolas de música norte-americana que inspirou o filme de mesmo nome (“Escola do Rock”, 2003) protagonizado por Jack Black.

PROFILE – MIKE TERRANA

Por Claudio Vicentin

MIKE TERRANA (Tarja Turunen)

Primeiro disco que comprou: “Alive! – Kiss.”

POSTER - VOIVOD

Por Redação

Voivod

Target Earth – O álbum

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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