Uma carreira de quinze anos sempre conquistando mais países como se estivesse em uma batalha viking. Dessa forma podemos enxergar os anos de estrada dos suecos do Amon Amarth, que chegam ao seu nono álbum de estúdio, Deceiver Of The Gods, o de maior sucesso até o momento…
Edição #175
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AMON AMARTH
A TRILHA SONORA DOS VIKINGS E DOS HEADBANGERS
Uma carreira de quinze anos sempre conquistando mais países como se estivesse em uma batalha viking. Dessa forma podemos enxergar os anos de estrada dos suecos do Amon Amarth, que chegam ao seu nono álbum de estúdio, Deceiver Of The Gods, o de maior sucesso até o momento. Influenciados pelo Heavy Metal tradicional dos anos 80, os integrantes do Amon Amarth desde o álbum Twilight Of The Gods (2008) sabem como ser agressivos e melódicos ao mesmo tempo. De forma verdadeira e precisa, existe uma união perfeita da voz rasgada de Johan Hegg com a avalanche de riffs e solos de uma das duplas de guitarristas mais empolgantes do momento, Olavi Mikkonen e Johan Söderberg. Conversamos com Söderberg, mais extrovertido e Johan Hegg (vocal), mais contido, mas ambos conscientes do que alcançaram até o momento, de como manter esse nível e de como buscar crescer mais ainda.
QUEENSRŸCHE
O grupo norte-americano Queensrÿche conseguiu ficar com a mesma formação por quase quinze anos, do início da carreira ao auge no ‘mainstream’. A derrocada se iniciou em 1997, com a saída do guitarrista Chris DeGarmo após o lançamento de Hear In The Now Frontier. Dali em diante, Geoff Tate (vocal), Michael Wilton (guitarra), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bateria) tiveram a companhia de diversos outros guitarristas. Com lampejos de inspiração, passaram longe do sucesso obtido em trabalhos como Queensrÿche (EP, 1983), The Warning (1984), Rage For Order (1986), Operation: Mindcrime (1988) e Empire (1990). Até aí tudo bem, pois lançar discos medianos, ou abaixo da crítica, pode ser normal na carreira de qualquer artista. No entanto, a coisa degringolou de vez com uma separação abrupta e nada amigável. Após os problemas empresariais e as divergências musicais virem à tona com força, a tensão e a animosidade entre Geoff Tate e os músicos fundadores tornaram-se públicas justamente no show de São Paulo, ocorrido em abril do ano passado. O imbróglio será decidido judicialmente em novembro próximo, quando sairá a sentença sobre os direitos de uso do nome e da marca. Até lá, os fãs seguirão vendo duas bandas homônimas atuando. Enquanto uma é vista como “Geoff Tate’s Queensrÿche” – escalada para o festival “Monsters Of Rock” a ser realizado em outubro em São Paulo –, a outra vem sendo encarada como “Todd La Torre’s Queensrÿche”, com a presença do novo vocalista, que se integrou ao grupo ainda em 2012. Com o recém lançado novo disco em mãos, conversamos com um animado Scott Rockenfield, que encara a nova fase como uma redenção.
AMARANTHE
Videoclipes com qualidade cinematográfica, som elaborado, imagem impecável, trabalho sério e muito planejamento. Tudo isso pode ser relacionado com o Amaranthe, promissora banda que vem da Suécia, criada no ‘Gothenburg Sound’, mas que não nega outras influências. Prometendo fazer muito barulho na mídia e nos palcos, Olof Mörck (guitarra, Nightrage, Dragonland), Elize Ryd (vocal), Jake E (vocal, Dreamland, Dream Evil), Andreas Solveström (vocal, ex-Cypher System), Johan Andreassen (baixo, ex-Engel) e Morten Løwe Sørensen (bateria, Mercenary) trabalham com três vocalistas de características distintas, guitarras pesadas, cozinha agressiva e melodias cativantes, elementos que têm assegurado um crescimento exponencial de popularidade para o sexteto. Confira, nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, o que Mörck disse sobre essa sua empreitada com o Amaranthe.
STONE SOUR
O nome Stone Sour ganhou muita atenção logo com o lançamento do disco homônimo em 2002 e isso não foi por acaso, já que a banda contava com ninguém menos que o vocalista Corey Taylor e o guitarrista James Root – ambos do mundialmente conhecido Slipknot. Além disso, a sonoridade do primeiro álbum também trazia uma pegada bem similar à da banda principal de ambos, mas já mostrava sua personalidade. Porém, a história do Stone Sour começou muito antes disso, mais precisamente em 1992, quando Corey, Shawn Economaki (baixo) e Joel Ekman (bateria) se juntaram e produziram algumas demos. Em 1995 James foi adicionado ao grupo, mas a união não durou muito e em 1997 a banda suspendeu atividades. O motivo? Corey estava envolvido com o Slipknot e o futuro com eles parecia muito mais promissor. Quase um ano depois, James também foi integrado ao grupo. Em 2000, o amigo e guitarrista Josh Rand estava trabalhando em algumas ideias, entrou em contato com Corey e o que se viu depois foi o ressurgimento do Stone Sour ao lado de James, Shawn e Joel. Com a formação estável veio o primeiro disco, uma indicação para o Grammy e muito barulho na mídia. A banda formada atualmente por Corey, James, Josh e Roy Mayorga (bateria, ex-Soulfly) perdeu dois de seus membros fundadores, mas não pensa em baixar a cabeça. Após o sucesso estrondoso de Come What(ever) May (2006) e do aclamado Audio Secrecy (2010), o grupo chega a seu quinto álbum, a segunda e última parte do trabalho conceitual House Of Gold & Bones, com identidade e o objetivo de sempre evoluir. Confira nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW o que Josh tem a dizer sobre o momento atual da carreira do Stone Sour.
BLACK STAR RIDERS
Damon Johnson, guitarrista que recentemente passou a integrar o Thin Lizzy, também gravou o disco de estreia do Black Star Riders. Formada por outro guitarrista do Thin Lizzy, Scott Gorham, Jimmy DeGrasso (bateria), Marco Mendoza (baixo), Ricky Warwick (vocal), a performance da banda em All Hell Breaks Loose mescla o clássico som das guitarras gêmeas típicas do som do grupo irlandês com vocais que praticamente incorporam o saudoso Phil Lynott. O disco também mistura elementos do Rock clássico com detalhes modernos, graças à produção do lendário Kevin Shirley (Led Zeppelin, Iron Maiden). Johnson, completamente orgulhoso do disco, diz que sente como se tivesse trabalhado em toda sua carreira visando esse lançamento. “Hoje eu posso dizer que estou no lugar em que sempre quis estar. Queria ser o cara que toca guitarra, faz backing vocals e compõe.” Sua carreira inclui outra banda fortemente influenciada pelo Thin Lizzy, Brother Kane, na qual esse filho do Alabama não apenas contribui com sua guitarra calcada no Southern Rock e no Blues, mas também assume o vocal principal. Aqui Damon fala sobre sua vida pré- Black Star Riders, sobre sua banda atual e, mais importante de tudo, sobre a importância do Thin Lizzy em sua carreira.
TOM KEIFER
Pode-se falar o que quiser do vocalista e guitarrista Tom Keifer, menos que ele é apressado. Afinal, ele vem trabalhando no seu disco solo desde que o Cinderella deu uma parada, nos anos 90. De lá para cá, o máximo que tinha feito foi registrar algumas músicas em 2003. O longo processo, enfim, foi concluído com o lançamento de The Way Life Goes, disco claramente calcado no Blues Rock, mas que também contempla sonoridades e texturas mais modernas que ele desenvolveu em Nashville, no Tenessee (EUA), onde mora há alguns anos. Nessa entrevista ele fala sobre sua trajetória com o Cinderella, sobre suas influências pessoais e sobre o disco que acaba de lançar.
HELLFEST
Fotos: Claudio Vicentin
Dependendo do país em que atuam, os festivais de Heavy Metal na Europa têm uma facilidade enorme de contar com vasta quantidade de bandas de todo o mundo que saem em turnê durante o verão europeu e acabam fazendo um circuito em diversos desses eventos. O “Hellfest” (FRA) vem se destacando e conquistando fãs do Metal em todo o mundo não somente pela organização impecável e pela localização atraente, mas principalmente pelo ‘cast’ diversificado e influente de bandas. E esse ano não foi diferente. Eram tantas bandas que tinha até grupo viajando conosco – afinal, estávamos no mesmo voo que os amigos do Krisiun.
O “Hellfest” é realizado na pequena e medieval cidade de Clisson, a 30 km de Nantes, uma cidade que a revista Time elegeu em 2004 como “a cidade com mais vida da Europa” e nesse ano foi eleita pela segunda vez a capital verde da Europa. Mais próxima do litoral e da Espanha, a temperatura é muito boa durante o dia, apesar de à noite cair um pouco. Nantes fica a 385 km de Paris, na região do Vale do Loire, conhecida por contar com muitas cidades históricas e um vasto patrimônio arquitetônico.
WHITESNAKE
Doug Aldrich é um músico eclético, que tanto pode subir ao palco para tocar no volume máximo com o Whitesnake como pode participar de um disco em tributo aos Beatles. Ele não é apenas conhecido pelos solos marcantes, mas pelos riffs que criou e por sua sonoridade única, que mistura o clássico e o moderno. Está há dez anos no Whitesnake, que acaba de lançar o DVD/ CD Made In Japan. Confortavelmente instalado em seu estúdio, Doug falou sobre como é trabalhar com ídolos como David Coverdale e Ronnie James Dio, sobre suas influências e sobre os diversos projetos em que está envolvido.
DYNAHEAD
Brasília tem visto diversas bandas simplesmente brotarem de sua terra fértil quando o assunto é Heavy Metal. O Dynahead, que em 2004 estava apenas aflorando, hoje começa a dar frutos. Com um currículo de respeito e soltando trabalhos cada vez mais complexos, a banda vem crescendo exponencialmente e ganha notoriedade não só no Brasil, mas lá fora também. Conversamos com Caio Duarte, vocalista e mentor do grupo, sobre essa ascensão evolutiva e as diferentes fases por que passaram até culminarem em Chordata I, o mais recente e desafiador álbum de inéditas.
KILLSWITCH ENGAGE
Disarm The Descent é o primeiro disco do Killswitch Engage com o vocalista original, Jesse Leach, desde Alive Or Just Breathing (2002). Porém, apesar de marcar a volta de Jesse ao quinteto, não foi o primeiro trabalho dele com o guitarrista Adam Dutkiewicz desde que ele deixou a banda, uma década atrás. Leach é coautor das músicas e cantou no disco The Hymn Of A Broken Man, do projeto paralelo de Adam, Times Of Grace. E é a dupla Leach/Dutkiewicz a principal responsável pelo peso do novo disco do Killswitch Engage, que chega repleto de ‘blast beats’, guitarras furiosas e vocais raivosos. Andy Sneap, que já havia trabalhado com a banda em Alive Or Just Breathing, foi o responsável pela mixagem de Disarm The Descent e o resultado é uma sonoridade mais grandiosa e brutal do que a do antecessor Killswitch Engage (2009). Na verdade, agressividade é a característica que mais faltou naquele disco, de acordo com Dutkiewicz, e dessa vez a banda estava decidida a não cometer o mesmo erro novamente.
EDITORIAL
O Brasil que faz Rock
Uma das coisas mais prazerosas que essa atividade de editor da ROADIE CREW tem me proporcionado é a possibilidade de viajar pelo Brasil e conhecer de perto a cena Rock/Metal das mais diferentes regiões desse nosso país continental. Sempre que possível temos a participação de algum representante da revista em eventos que ocorrem fora de São Paulo onde estamos sediados, e quando sou eu o escalado para a cobertura isso me faz um bem danado. Cada viagem deixa uma marca, tem uma nova descoberta e, principalmente, amplia meu rol de amigos com pessoas que têm a mesma paixão que eu pelo Heavy Metal e o Rock em geral.
Isso tem acontecido de Norte a Sul, normalmente em festivais que recebem atrações nacionais vindas de outras regiões e, em alguns casos, até artistas internacionais. Mas um fato que é muito importante é que esses eventos reservam espaço para as bandas locais, o que permite às pessoas quem venham de fora tomar contato com grupos que atuam basicamente no âmbito regional. Já testemunhei também o aparecimento de algumas gratas revelações nas seletivas que organizamos do “Metal Battle”, sempre com participação exclusivamente de bandas locais nas etapas regionais, e essa é uma das maiores motivações para que mantenhamos planos de estruturar um novo festival nos moldes do “Metal Battle”, com aperfeiçoamentos e condições mais favoráveis, especialmente em favor das bandas participantes.
Foram muitas as surpresas positivas nesses anos todos, e isso se repetiu novamente por ocasião da minha visita a Boa Vista para cobrir o “IX Roraima SESC Fest Rock”. Tive oportunidade de conhecer vários músicos locais do mais alto nível e constatar que depois dessa minha “estreia” em Roraima, eu não poderia deixar de confessar a frustração pela minha ignorância, mantida até esse final de semana em que se comemorou o Dia Mundial do Rock, por não ter conhecido antes uma banda chamada A Coisa. Essa “coisa” que começou a ser germinada em 1987, com o Galdino Pinho Cavalcante, hoje professor de história na rede pública estadual, e seu parceiro Marcelo Marques (falecido em 2007), amigos desde os tempos de estudantes nas aulas de psicologia e filosofia. Diz a lenda que A Coisa se materializou na forma de banda a partir de 1996 e consta que gravou o primeiro álbum só em 2005. Seu trabalho é desenvolvido sobre uma base musical bastante variada, com composições no mais puro Rock ‘n’ Roll, outras no autêntico Heavy Metal, outras no Blues, e a criatividade ainda permite que tenha no repertório serenas baladas e até provocativas músicas bregas. Tudo isso apimentado com letras de forte conteúdo de contestação, salpicadas com palavrões que se encaixam tão bem no contexto que, por mais cabeludos que sejam, só soam agressivos para quem é alvo das críticas. E tem mais, seu show é muito mais que um concerto musical, é um teatro com comédia e drama ao mesmo tempo. Irreverência com consciência. Imperdível!
Será que alguém já viu “ess’A Coisa” em algum programa de TV em rede nacional? Certamente não. Azar de quem nunca teve a chance de viajar até Boa Vista para assistir a um show dessa artística trindade: o Professor Galdino, ou Mr. Gal, ou simplesmente A Coisa. Um privilégio dos roraimenses.
Airton Diniz
CENÁRIO
Cenário
SKINLEYPSY: MAIS MADUROS, MAIS AGRESSIVOS
É estranho dizer que esse trio, formado por André Gubber (vocal e guitarra), Evandro Junior (bateria) e Luiz Berenguer (baixo), seja uma revelação do underground tupiniquim. Afinal, são músicos que passaram por bandas bem representativas do nosso cenário e chegaram a lançar material sob o nome Skinlepsy há uma década. No entanto, a afirmação faz sentido, já que os paulistanos pararam, mas retornaram recentemente às atividades e acabaram de soltar seu primeiro ‘full length’, Condemning The Empty Souls, uma aula de Thrash Metal em seu estado mais brutal.
DYNAZTY: PRONTO PARA VOLTAR AO ESTÚDIO
Com pouco mais de cinco anos de formação e três álbuns lançados, o grupo sueco de Hard Rock Dynazty vem chamando a atenção por sua regularidade e vontade de vencer. Em que pese o mais recente disco, Sultans Of Sin (2012), ter obtido sucesso e dado margem para mais tempo de promoção, Nils Molin (vocal), Love Magnusson e Mike Lavér (guitarras), Jonathan Olsson (baixo) e George Egg (bateria) não querem perder tempo. Os músicos já se preparam para entrar em estúdio para gravar mais um registro que, como adianta o vocalista, já tem até data marcada para sair.
SLIPPERY: REVIVENDO O HARD OITENTISTA
Criado em 2003, o grupo de Hard Rock Slippery finalmente lança seu primeiro disco, First Blow. Com um excepcional trabalho de guitarras e arranjos vocais elaborados, Fabiano Drudi (vocal), Dragão e Kiko Shred (guitarras), Erico Moraes (baixo) e Rod Rodriguez (bateria), todos também responsáveis pelos backing vocals, comemoram o retorno que têm obtido com o álbum de estreia e planejam um futuro de sucesso.
ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3
Primeiramente, queria parabenizar vocês por mais uma edição bombástica – quando vi o Sabbath na capa, pirei! Na verdade, estou enviando esse e-mail apenas para agradecer por essa edição, pois incluiu tudo que eu gosto e sempre gostei no Metal. Já ouvi o novo álbum, 13, e é aquela coisa: Sabbath é Sabbath, Ozzy é Ozzy. A entrevista com o Purple foi ótima. Ouvi o Now What? e o Purple continua como sempre, quem é fã como eu não vai reclamar, né? Também curti muito a seção com Rafael Olmos do Kamala, principalmente pela seleção dos álbuns e músicas que vocês fizeram no “Blind Ear”. Curti a entrevista com o Mike do Suicidal e vi o “Hidden Tracks” com o Avalon – pra quem não conhece, vale a pena ouvir! Para finalizar, as entrevistas com Iced Earth e Megadeth foram perfeitas! Sobre o “Collection” do Symphony X, concordo com quem fez, pois o álbum The Odyssey foi um marco na história da banda e, diga-se de passagem, é meu favorito. Valeu, ROADIE CREW. Keep rocking!
Daniel P. Gallotti
(por e-mail)
Valeu você, Daniel.
BLIND EAR - JEFF WATERS (ANNIHILATOR)
Fotos: Guilherme Nozawa
“(N.R.: Demora para arriscar). Interessante isso. A produção é muito boa! Bem, eu diria que isso é Children Of Bodom, certo? (R.C.: Sim). Ah sim, do novo álbum. (R.C.: Exatamente!) Acho a capa desse novo deles muito legal. Deixe ouvir um pouco mais. Que som legal! Tem algo de Jake E. Lee e Zakk Wylde na música, o que acho muito bom. Eu gravei um cover com eles do Bananarama que vai sair como bônus no Japão ou na Europa. Não escutei ainda o disco todo. Considero Alexi (Laiho) um dos melhores guitarristas de Metal.”
Children Of Bodom – Halo Of Blood
Halo Of Blood
HIDDEN TRACKS
Criado pelo guitarrista norte-americano de apelido Guitar Pete em meados dos anos 80, o Guitar Pete’s Axe Attack lançou apenas dois discos. Por sinal, nomes como Pete Brasino e Chris Ward podem não significar nada de especial em um primeiro momento. No entanto, se alguém disser Guitar Pete ou C.J. Ramone as coisas mudam de figura.
Brasino começou a tocar guitarra somente quando já cursava o colegial (ensino médio), mas em apenas seis meses já era tido como o melhor da escola. Foram o respeito e a admiração por sua habilidade no instrumento que lhe renderam o apelido pelo qual ficou conhecido, “Guitar Pete”.
Por ser canhoto, teve dificuldade para aprender, já que não encontrava nenhum professor que conseguisse ensiná-lo. A forma encontrada foi tocar como um destro, o que deixava muita gente abismada ao vê-lo em ação. Sem nada a perder, Brasino optou pela carreira musical e saiu em busca de seu sonho, viajando de Nova York a Memphis em seu carro para tocar onde conseguisse. Após incontáveis jams com todos os tipos de músicos, decidiu que havia chegado o momento de criar sua própria banda em Nova York.
ETERNAL IDOLS - LEE DORMAN
Para muitos desavisados, o baixo numa banda de Rock tem um papel praticamente decorativo. Enquanto o vocalista voa pelo palco, o guitarrista brilha em milhares de solos mirabolantes e o baterista tem enorme destaque até pelas dimensões de seu instrumento, o baixista está ali num canto, normalmente discreto e desempenhando sua função sem muita pirotecnia. Pois bem, quem pensa assim ou desconhece totalmente como funciona um grupo de Rock ou é um desafortunado que só teve a infelicidade de ver baixistas medíocres. Porque, além de fundamental para o bom desempenho de uma música, o baixo, quando nas mãos de alguém que sabe extrair dele todos os seus recursos, é como o tempero num bom prato – por melhor que seja, se não for bem temperado fica sem graça.
E se alguém ainda não entendeu o que estou falando, faça um favor a si mesmo e deleite-se com a performance de John Paul Jones (Led Zeppelin) no recém-lançado Celebration Day, uma aula de como aplicar o contrabaixo à boa música.
Tudo isso é para lembrar que em 15 de setembro de 1942 nasceu em St. Louis, no Missouri (EUA), um dos muitos expoentes desse instrumento: Douglas Lee Dorman, que se tornaria mundialmente conhecido por seus últimos dois nomes e que foi parte fundamental do Rock Clássico dos anos 60 e 70.
RELEASES
Nesta edição:
August Burns Red
Baranga
Centuries
Chthonic
Church Of Misery
Civil War
Doogie White & La Paz
Dusty Old Fingers
Eletric Age
Eminence
FM
Forceps
Gaijim Sentai
Gothminister
Headhunter D.C
Hibria
Hicsos
Iced Earth (DVD)
Ivanhoe
Kalmah
King Kobra
Kylesa
Lacerated And Garbonized
Living In Hell
Magnus Karlsson’s Free Fall
Malefactor
Oblivious
Philip H. Anselmo & The Illegals
Seven Witches
Siege Of Hate
Skid Row
Small Jackets
Starkill
Summoning
Tank
The Dillinger Escapeplan
Uncle Acid And The Deadbeats
Veuliah
Witherscape
GARAGE DEMOS
Envie o seu link no MySpace (com pelo menos três músicas novas disponíveis) acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Destroyers Of All
Disorder Of Rage
Armaroth
Absolem
CLASSICOVER - I WANT YOU(SHE’S SO HEAVY)
I Want You (She’s So Heavy)
Original: Beatles
Álbum: Abbey Road (1969)
Cover: Coroner
Álbum: Mental Vortex (1991)
Por Antonio Carlos Monteiro e Jorge Krening
Os Beatles estavam em pé de guerra quando lançaram seu penúltimo disco, Abbey Road, em 26 de setembro de 1969 – na verdade, esse foi o último trabalho gravado por eles, mas o disco registrado antes, Let It Be, acabou saindo depois. A efervescente criatividade musical dos músicos, somada aos atritos que envolviam a banda, certamente serviram de tempero para a ousadia musical, que atingira o ápice em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. E dentre tantos temas marcantes que Abbey Road trazia, um dos destaques é I Want You (She’s So Heavy). Embora creditada a Lennon e McCartney, a música, uma fusão de dois temas inacabados, foi escrita por John. Os Beatles chegaram a trabalhar nela durante as chamadas “Get Back/Let It Be sessions”, nas quais a banda registrou parte do repertório que sairia no álbum Let It Be.
A música é claramente inspirada em Yoko Ono e representa bem o caos interior que Lennon vivia no momento. Anos depois ele falaria a respeito para a revista Rolling Stone: “Se você está se afogando, você não chega para alguém que se aproxima e diz: ‘Eu ficaria imensamente grato caso você pudesse notar que eu estou me afogando e me socorresse.’ Você simplesmente grita como um louco!’ A letra praticamente repete o título inúmeras vezes, sendo uma das mais minimalistas que os Beatles gravaram – ela tem apenas catorze palavras.
BACKSPAGE
A NOVA ERA DO VELHO ROCK
Alguém um dia comentou numa roda de amigos que, em se tratando de música, regredir no tempo não quer dizer que o sujeito seja um alienado, mas um interessado nas raízes do que ele ouve atualmente. Pura verdade. Nesses quase 25 anos de programa Backstage, é crescente o número de ouvintes na casa dos 16 aos 20 anos interessados em conhecer mais sobre bandas – em sua maioria, dos anos 70 –, influenciados pelos pais ou por algum parente próximo que acompanha ou um dia acompanhou o programa. Entre a preferência dessa geração estão nomes como Slade, Thin Lizzy, Focus, Status Quo, Mountain, Grand Funk Railroad etc. Mas isso não ocorre somente no Brasil.
Nos últimos dez anos, não só o interesse pela música dos anos 60 e 70 vem aumentando, como também surgiram bandas engajadas em reproduzir detalhes daqueles tempos. Isso ocorre tanto no aspecto sonoro, optando por recursos utilizados naqueles tempos, como as gravações analógicas encontradas em estúdios antigos, bem como no visual nas capas dos álbuns e também nas vestimentas.
É certo que várias bandas nunca abandonaram…
CLASSICREW/ACONTECEU...
1973
Grand Funk
We’re An American Band
Tony Monteiro
De vez em quando acontecem umas injustiças no jornalismo musical que nem todo corporativismo do mundo consegue defender. Uma das mais clássicas se deu na virada dos anos 60 para os 70. Apesar de ter lançado meia dúzia de álbuns que poderiam tranquilamente ser avaliados entre “ótimos” e “excelentes” entre 1969 e 1972 (é, naquele tempo as bandas não perdiam tempo…), o Grand Funk Railroad era terrivelmente ironizado por parte da imprensa musical, que chegou a considerar o trio formado por Mark Farner (guitarra, teclado e vocal), Mel Schacher (baixo) e Don Brewer (bateria e vocal) como “a pior banda de Rock do mundo”.
Não só por isso (mas também por esse motivo), o Grand Funk promoveu grandes…
1983
Iron Maiden
Piece Of Mind
Tony Monteiro
Foi em 1982 que o Iron Maiden deu o salto de qualidade que o transformou no grupo mundialmente aclamado que é até hoje. Após lançar dois discos e demitir o autodestrutivo Paul Di’Anno, a banda arrumara outro vocalista, que abriu mão do terrível nome artístico de Bruce Bruce para se tornar Bruce Dickinson, e lançou um de seus principais discos até hoje, The Number Of The Beast, em 1982.
Como a roda da fortuna jamais pode parar, o quinteto emendou a tour mundial que se seguiu ao disco com o trabalho de composição do novo álbum. Com um novo baterista, Nicko McBrain, já que seu antecessor, Clive Burr, deixara a banda por conta de problemas pessoais (vide “Eternal Idols” da ed. #171), o grupo se trancou num hotel na…
1993
Vince Neil
Exposed
Ricardo Batalha
Em sentido amplo, a estreia solo do vocalista Vince Neil, que havia deixado o Mötley Crüe em 1992, foi um dos últimos suspiros do Hard Rock. Já na fase descendente, com diversas bandas do estilo lançando seus ‘best of’ apenas para cumprir contratos, Neil se juntou ao ex-baixista de Ozzy, Phil Soussan, para lhe ajudar nas composições. O contato veio por intermédio do empresário Bruce Bird, fundador da Camel Records e que trabalhara nas gravadoras Buddah, Casablanca e MCA. Após criar a Camel Management, Bird contratou Neil e outros artistas, como a canadense Sass Jordan.
Por ter uma sólida amizade com o baixista, vocalista e compositor Jack Blades (Night Ranger, Damn Yankees), Bird então o chamou para que a carreira solo de Neil virasse realidade. Além disso, a parceria entre Neil e Soussan fluiu bem e rendeu diversas composições. Cinco delas estavam no
LIVE EVIL - CANNIBAL CORPSE
LE Cannibal
23 de junho de 2013
Carioca Club – São Paulo/SP
Por Diego Araújo Crispim • Fotos: Guilherme Nozawa
Após a carregada semana de protestos e manifestações pelo Brasil, a noite fria de domingo em São Paulo culminou com a passagem de uma lenda do Death Metal mundial pela cidade. Em sua sexta visita ao país, o Cannibal Corpse veio promover o mais recente álbum, Torture (2012), além de comemorar seus vinte e cinco anos de estrada.
Dias antes, no Rio de Janeiro, a banda tinha passado por um grande apuro quando, no meio do set do Fórceps e do Gangrena Gasosa – bandas escaladas para a abertura –, o Circo Voador foi tomado pelo efeito de bombas de gás lacrimogêneo disparadas pela polícia para conter a ação de bagunceiros infiltrados nas manifestações populares que ocorriam no lado externo da casa.
Em São Paulo, poucas horas antes do show, o público já se encontrava presente nas proximidades do Carioca Club, casa onde a banda tocou em sua penúltima visita ao país em dezembro de 2011, ao lado do Black Dahlia Murder e Suicide Silence.
Foram executadas músicas de toda a carreira, brindando os velhos e novos fãs com muitos clássicos, como todos esperam em uma grande apresentação. O Cannibal Corpse estava ali para isso, mas ninguém imaginava o quanto.
Exatamente às 20h o grupo entrou em cena com A Skull Full Of Maggots, clássico do álbum de estreia, Eaten Back To Life, levando os presentes aos mais extremos sentimentos. De fato, a cada apresentação do Cannibal em nossa terra, a banda parece ainda mais brutal e insana. Em seguida, sem muitas palavras e interação, como ocorreu durante todo o show, veio Staring Throught The Eyes Of The Dead, faixa de The Bleeding que costumeiramente servia de abertura dos shows da banda.
O set seguiu com mais clássicos, como Edible Autopsy, Addicted To Vaginal Skin, An Experiment In Homicide, Sentenced To Burn e Gutted, deixando os fãs cada vez mais empolgados e com sentimento de missão cumprida em estar presente naquele verdadeiro holocausto sonoro….
LIVE EVIL - LOVEDRIVE / CIRCLE II CIRCLE
HSBC Brasil – São Paulo/SP
22 de junho de 2013
Por Jorge Krening • Fotos: Ricardo Ferreira
Nada melhor para uma noite de sábado do que assistir duas lendas do Rock mundial em um mesmo espetáculo. A ideia de juntar os guitarristas Uli Jon Roth e Michael Schenker em um mesmo show foi muito feliz e com certeza fez a alegria dos fãs mais antigos do Scorpions. No entanto, parece que deu uma espécie de ‘branco’ no público rockeiro de São Paulo, que compareceu em número muito discreto ao HSBC Brasil.
A primeira parte do espetáculo foi batizada de Tokyo Tapes, em homenagem ao clássico álbum ao vivo do Scorpions lançado em 1978. Aqueles eram os áureos e inesquecíveis tempos em que Uli Jon Roth era um dos principais compositores da banda alemã. Pontualmente às 22h, Uli subiu ao palco acompanhado de Niklas Turmann (vocal e guitarra), Ule W. Ritgen (baixo), Jamie Little (bateria) e Wayne Findlay (teclado) para executar, de forma competente, dez clássicos do Scorpions. A escolha de All Night Long para abrir os trabalhos foi muito feliz, pois se trata de faixa inédita lançada exclusivamente para o álbum Tokyo Tapes, um dos discos ao vivo mais clássicos do Hard Rock mundial e que serviu como registro de despedida de Uli do Scorpions.
Sempre sério e compenetrado, Uli dá uma aula de como um guitarrista deve agir no palco, desde a postura até a forma de tocar as notas da guitarra, simplesmente coisas de gênio. Logo as atenções focaram no vocalista Niklas Turmann, que teve a ingrata e difícil tarefa de interpretar as canções de Klaus Meine. Entre altos, baixos e algumas desafinadas, Niklas conseguiu, digamos, dar conta do recado.
LIVE EVIL - AVANTASIA
HSBC Brasil – São Paulo/SP
29 de junho de 2013
Por Thiago Rahal Mauro
Fotos: Alexandre Cardoso e Makila Crowley
Magnífico, majestoso, esplêndido, grandioso, magistral. Esses são alguns dos adjetivos que o público paulistano bradou ao final da apresentação do Avantasia no último dia 29 de junho, em São Paulo. Liderado por Tobias Sammet (Edguy), o projeto veio ao país pela terceira vez para divulgar seu último álbum de estúdio, The Mystery Of Time (2013), e mesmo com a quantidade gigantesca de shows internacionais na cidade, lotou a casa com quase cinco mil pessoas segundo nota oficial.
Ao contrário das últimas turnês do Avantasia, o número de vocalistas convidados foi menor do que os fãs esperavam, porém cada cantor teve seu destaque merecido no palco – as participações especiais foram Michael Kiske (Unisonic, ex-Helloween), Eric Martin (Mr. Big) e Bob Catley (Magnum).
Pontualmente às 22h, o tema do filme “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, Also Sprach Zarathustra, deu a deixa para que todos se acomodassem em seus lugares ou ligassem seus celulares para registrar o momento. Spectres, primeira faixa de The Mystery Of Time, abriu o show com muita energia e ao mesmo tempo de maneira cadenciada. A qualidade de áudio estava acima do esperado e todos os instrumentos eram escutados com perfeição. Nessa música em especial, apenas Tobias Sammet cantou com o público em todo o momento.
Acompanhado por amigos, Tobias teve o auxílio.
LIVE EVIL - IX RORAIMA SESC FEST ROCK
SESC-Mecejana – Boa Vista-RR
13 e 14 de julho de 2013
Por Airton Diniz • Fotos: Girnei de Sousa Araujo (facebook.com/DaguerreFotografia)
Colaboraram: Rodrigo Baraúna e Michel Sales
Ao ser escalado para fazer a cobertura do “Roraima SESC Fest Rock”, eu já tinha uma expectativa positiva em relação ao que iria encontrar em Boa Vista (RR), pois a experiência vivida em muitas viagens por todo o país para participar das seletivas do “Metal Battle” já havia me dado a noção da força que tem o cenário Rock/Metal em todos os estados brasileiros. Roraima confirmou com sobras tudo o que se esperava ver e ouvir na nossa fronteira no extremo norte. Boa Vista, com uma população de 300 mil habitantes, tem uma cena muito ativa e que conta com espaços dedicados ao Rock de causar inveja, como os dois bares temáticos que visitei: Chacrinha Chopp’s e Roraima Motoclube, ambos com música ao vivo. Além disso, há o programa de rádio Conexão Fora do Eixo, com conteúdo genuinamente underground, comandado por Orib Ziedson e produção de Pablo Felipe, na Transamérica Pop FM. Enfim, a cena também é rica em personagens e tem músicos da mais alta qualidade. Além disso tudo, existe um componente que é fundamental para sustentar e incentivar o crescimento do Rock local: o apoio do SESC-Serviço Social do Comércio, uma entidade de excelência em todas as atividades que desenvolve no campo social, educacional, etc.
No caso específico de Roraima, o Rock é tratado com o respeito que merece e é visto como manifestação artística e cultural, já que na direção dessa unidade do SESC está o Sr. Kildo Albuquerque, conhecedor do assunto e que gosta desse gênero musical. E isso é um grande privilégio para o povo do estado, pois não é algo muito comum de acontecer em outras regiões do país.
PLAYLIST – CARMINE APPICE
Need Love (Vanilla Fudge): “Depois que saímos em turnê com o Led Zeppelin, fomos mais para o caminho do Rock pesado. Vimos a reação das pessoas para o som deles e foi natural que seguíssemos essa direção. Ocorre que para se ter um som assim você precisa de um guitarrista que seja um ‘guitar hero’ e Vince Martell não era assim. Porém, foi ele quem me apresentou àquela levada mais rápida de bumbo duplo que gravei depois em Parchman Farm do Cactus. Essa música serviu de base para Hot For Teacher do Van Halen, gravada com Ted Templeman.”
Álbum: Rock & Roll (1969)
Bro. Bill (Cactus): “Um belo som ‘bluesy
COLLECTION - KAMELOT
A banda Kamelot foi fundada em 1991 pelo guitarrista Thomas Youngblood e pelo baterista Richard Warner em Tampa, na Flórida (EUA). Após dois discos lançados, o baterista e o primeiro vocalista, Mark Vanderbilt, resolveram deixar seus companheiros. Assim, em 1997 o grupo encontrou o baterista Casey Grilo e o vocalista do Conception, Roy Khan, que foram muito mais que meros substitutos, pois participaram da produção e criação do terceiro álbum, Siége Perilous (1998). Mesmo com diversos trabalhos de qualidade, entre eles os discos Karma (2001) e Epica (2003), foi somente com The Black Halo (2005) que os norte-americanos receberam a devida atenção do público e da crítica. O registro foi um sucesso em todo o mundo e contou com as participações especiais de Shagrath (Dimmu Borgir) e Simone Simons (Epica). Pouco antes do mais recente lançamento, Silverthorn, Roy Khan decidiu sair da banda. Preocupados com o futuro do grupo, Thomas e seus amigos escolheram Tommy Karevik para o posto e agora seguem para turnês em todo o mundo. Afora o rótulo inicial de Metal Melódico, o Kamelot pode ser considerado uma das maiores bandas da atualidade, graças à força de vontade de seus músicos.
BACKGROUND - TRIUMPH
Além da Europa, o Rock fervia nos Estados Unidos nos anos 70, mas o Canadá, logo ali em cima, ainda dava seus primeiros passos nesse quesito. Tudo bem que o Guess Who, que começara com o nome Chad Allan & The Reflections, lançava discos desde 1962, mas Bachman-Turner Overdrive e Rush, outros nomes que dominariam a cena no país, só estreariam suas discografias em 1973 e 1974, respectivamente – o Anvil, então, nem devia ser um brilho diferente nos olhos de Steve Kudlow, o “Lips”.
Mesmo assim, havia uma cena se formando no país e dela fazia parte Richard Gordon Emmett, um vocalista e guitarrista nascido a 10 de julho de 1953, em Ontário. Rick, como era conhecido, começou a tocar guitarra aos 12 anos, quando ganhou aulas grátis numa promoção de uma loja de instrumentos de sua cidade. Apesar de ser canhoto, ele acabou aprendendo a tocar como um destro (para quem não sabe, Kiko Loureiro, do Angra, é outro canhoto que toca como destro). Logo que ganhou sua primeira guitarra elétrica, aos 13 anos, juntou-se à sua primeira banda, Something Unusual. A partir daí, teve várias bandas durante seu tempo de estudante, além de tocar violino na orquestra da escola. Passou por bandas de Country & Western (John Kirk And The Amberjacks) e de uma espécie de “pré-Glam” (Justin Paige), até que se uniu ao Act III. E foi numa noite do verão de 1975 que sua banda se apresentou numa casa chamada The Hollywood Tavern com dois espectadores com segundas intenções na plateia.
STAY HEAVY REPORT
O Rock na grande mídia
Pode-se dizer que é no mínimo cômico o que acontece com o Rock na grande mídia e o sentimento que isso gera no público fã do estilo. E o mês de julho foi um prato cheio para provocar uma série de comentários em sites, blogs e redes sociais.
Primeiramente tivemos a exibição no programa Fantástico da matéria sobre o retorno do Black Sabbath com imagens da festa de lançamento do álbum 13 ocorrida em Nova York ainda em junho e uma entrevista realizada no dia seguinte ao evento. Além de alguns comentários sem sentido do repórter, como sobre o horário da entrevista agendada para as onze horas da manhã “não ser horário para rockeiros”. Ficou evidente que Ozzy Osbourne e Geezer Butler não estavam muito animados como papo. Percebe-se que algumas respostas foram bem superficiais para não estender o assunto, fora o fato de a reportagem ficar insistindo em assuntos como drogas e loucuras do passado. Quem assistiu à matéria da Rede Globo e leu a entrevista da ROADIE CREW entende bem a diferença. É óbvio que a matéria da grande mídia não é voltada para o nicho do Heavy Metal, mas à população em geral, e tenta encontrar formas de tornar o assunto mais atrativo para a maioria, polemiza, mas é necessário que a informação seja passada de uma forma menos folclórica.
PROFILE - MARCELO CAMPOS
Primeiro disco que comprou:
“Kings Of Metal do Manowar em vinil.”
Melhor disco de Heavy Metal:
“Master Of Puppets – Metallica.”
Último disco que comprou: “Faz tempo, acho que foi o The Gathering do Testament. Não que eu não queira mais comprar, mas felizmente eu ganho muitos de graça!”
POSTER - KISS (HELLFEST)
Kiss (no HellFest)
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |