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Edição #181

R$29,00

O Within Temptation conquistou a fama que tem graças ao Metal Sinfônico repleto de personalidade que construiu ao longo dos anos. Os holandeses, tendo à frente a carismática Sharon den Adel, começaram mostrando riffs de guitarra poderosos acompanhados por arranjos de cordas…

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JSRG / VIXEN

Por Leandro Nogueira Coppi

O Hard Rock dos anos 80 – para alguns,“Hair Metal” – é um gênero que até hoje marca gerações mundo afora. Mesmo que não alcance o ‘mainstream’ de outrora, segue vivo no coração dos fãs e em muitas bandas vindas daquele glamoroso cenário. Atualmente, alguns desses grupos sofrem com o corriqueiro entrevero pelo direito ao uso do nome quando seus músicos se separam, casos de Great White, L.A. Guns, Tigertailz e Queensrÿche. Esse dilema também afetou as norte-americanas do Vixen quando Janet Garder, Roxy Petrucci e Share Ross (antes, Share Pedersen) se separaram da falecida guitarrista Jan Kuehnemund que, por direitos legais, se tornou detentora do nome. Enquanto juntas, fizeram bastante sucesso com os álbuns Vixen e Rev It Up e seus hits foram exaustivamente exibidos na MTV. Porém, após a separação ambos os lados chegaram a lançar álbuns usando a marca Vixen. Bem humoradas e bastante entusiasmadas, Roxy e Share falaram sobre a carreira e o quanto ficaram devastadas com o falecimento de Jan Kuehnemund.

WITHIN TEMPTATION

Por Steven Rosen

O Within Temptation conquistou a fama que tem graças ao Metal Sinfônico repleto de personalidade que construiu ao longo dos anos. Os holandeses, tendo à frente a carismática Sharon den Adel, começaram mostrando riffs de guitarra poderosos acompanhados por arranjos de cordas. Quatro discos depois, descobriram que tinham mais a dizer e em 2011 lançaram The Unforgiving, que se mostrou um verdadeiro rompimento com o passado. Influenciado por bandas de Metal dos anos 80, como Metallica e Iron Maiden, o Within Temptation abriu mão de uma sonoridade às vezes até pretensiosa em favor de algo mais simples e o resultado foi extremamente positivo. Sharon deixou os tons altos e operísticos, que eram marca registrada da banda, em favor de um vocal mais orgânico e bluesy. E seu mais novo disco, Hydra, traz ainda mais novidades. Como o próprio nome já diz (hidra é um animal fantástico da mitologia grega com corpo de dragão e várias cabeças; se lhe cortavam uma cabeça, duas nasciam no seu lugar), Hydra vem repleto de sonoridades surpreendentes. Há tanto músicas que remetem ao passado da banda, a exemplo das guitarras gêmeas de Mother Earth (2000), como apresenta alguns detalhes de música eletrônica. Há um pouco de gutural nos vocais, mas isso é tratado de forma sutil, assim como em muitos momentos Sharon canta com aquela voz pura e cristalina que os fãs vão reconhecer de imediato. Além disso, há quatro convidados vindos de gêneros musicais bem distintos: o rapper X-Zibit e os vocalistas Howard Jones (ex-Killswitch Engage), Dave Pimer (Soul Asylum) e Tarja Turunen (ex-Nightwish), cada um oferecendo um vocal totalmente diferente ao disco. De sua casa na Holanda, Sharon den Adel falou com a ROADIE CREW sobre o novo trabalho e sobre como a banda criou seus demais álbuns.

SLIPKNOT

Por Steven Rosen

Quase seis longos anos já se passaram desde que o Slipknot soltou seu último disco, All Hope Is Gone (2008). Logo após o lançamento, a banda foi para a estrada a fim de promovê-lo, numa turnê que se estendeu até o ano seguinte. Em seguida, entrou num período de recesso para recarregar as baterias. E foi aí que as coisas começaram a sair dos eixos. Na verdade, já fazia tempo que a coisa não andava bem. “Eu adorei fazer Vol. 3: (The Subliminal Verses) (2003) porque naquela época a gente ainda era unido como uma banda deve ser”, lembra o guitarrista Jim Root. Mas aí começaram a surgir uns problemas gerenciais e algumas pessoas começaram a perder o foco na banda.” A gota d’água veio no dia 24 de maio de 2010, quando o baixista Paul Grey foi encontrado morto num quarto de hotel, vítima de uma overdose de medicamentos. No fim do ano passado, foi a vez de o baterista Joey Jordison sair. Tudo isso representou obstáculos que a banda teve que tirar do caminho para seguir adiante. Eles fizeram isso e voltaram a atenção para começar as gravações de seu quinto disco de estúdio, o que fez Root trabalhar de forma ensandecida para compor o novo repertório. Além disso, ele também lançou um DVD solo, Jim Root: The Sound And The Story. Nessa entrevista, ele fala sobre os problemas enfrentados pelo grupo, conta um pouco de sua história e revela detalhes sobre o álbum que está por vir.

REVAMP

Por Guilherme Spiazzi

Após o final do After Forever, a vocalista Floor Jansen viu que era hora de capitanear o seu próprio projeto e logo criou o ReVamp. Motivada a não perder tempo, a banda lançou o seu disco homônimo em 2010, mas, meses depois, viu-se obrigada a suspender atividades porque sofreu da síndrome de burnout (esgotamento físico e mental intenso, normalmente gerado por excesso de trabalho). Superados os problemas, a máquina voltou a girar e finalmente Floor, agora acompanhada por Arjan Rijnen e Jord Otto (guitarras), Ruben Wijga (teclados), Matthias Landes (bateria) e o baixista Henk Vonk – seu mais novo integrante –, lançou o seu segundo disco, Wild Card (2013). A vocalista atualmente divide o seu tempo entre seu grupo e o Nightwish, prometendo equilibrar as coisas e seguir firme no seu propósito. Confira toda a jornada de Floor nesta exclusiva para a ROADIE CREW..

MELHORES DE 2013 - LEITORES

Por Redação

A votação dos ‘Melhores de 2013’ segundo os leitores da ROADIE CREW, que teve entre os indicados bandas/músicos que lançaram material no ano passado, foi novamente feita através da página oficial da revista no Facebook (www.facebook.com/roadiecrewmag). No terceiro ano consecutivo da nova forma de votação, com a equipe da revista oferecendo as opções entre as diversas categorias, tivemos aproximadamente 9 mil votos válidos. Confira o resultado final completo!

TRIVIUM

Por Guilherme Spiazzi

Apesar da carreira do Trivium ter começado há pouco mais de dez anos e as coisas terem dado certo logo no início, eles tiveram que encarar adversidades que vão desde as questões financeiras até as instabilidades que ameaçaram a vida do grupo. A banda formada atualmente por Matt Heafy (vocal e guitarra), Corey Beaulieu (guitarra e vocal de apoio), Paolo Gregoletto (baixo e vocal de apoio) e Nick Augusto (bateria) chega ao seu sexto disco de estúdio mostrando estar numa evolução constante e buscando estar sempre um passo à frente para se manter firme. Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Paolo conta como é a vida dedicada exclusivamente à banda e o que o fã encontrará no mais novo disco, Vengeance Falls.

NIGHTWISH

Por Guilherme Spiazzi

A história do Nightwish tem sido escrita em cima de muito trabalho e de situações que exigiram bastante paciência e jogo de cintura. É uma luta constante para se manter em pé e assegurar seu lugar no mundo da música. Isso mais uma vez ficou evidente quando a vocalista Anette Olzon deixou o grupo durante a “Imaginaerum World Tour”. Com toda uma estrutura à beira de um colapso, o grupo se viu obrigado a agir rápido e conseguiu virar o jogo a seu favor com a ajuda de Floor Jansen (ReVamp, ex-After Forever). O que veio depois é história e isso agora está registrado no recémlançado DVD Showtime, Storytime. Com material ao vivo em mãos e muita coisa para contar, o baixista e vocalista Marco Hietala teve uma conversa com a ROADIE CREW sobre o mais recente episódio, o peso das decisões, o fato de agora serem um sexteto e o que preparam para o futuro.

ONSLAUGHT

Por Thiago Rahal Mauro

Após o anúncio da saída do baterista Steve Grice, um dos fundadores do grupo britânico Onslaught, o guitarrista Nige Rockett foi obrigado a procurar novos companheiros para realizar a turnê de divulgação do álbum Sounds Of Violence (2011), que não foi tão bem quanto os anteriores da banda. Com o grupo reformulado, Nige então buscou ajuda de pessoas que acreditavam na história dos ingleses para seguir em frente. Contando atualmente com Nige e Andy Rosser-Davies (guitarras), Sy Keeler (vocal), Jeff Williams (baixo) e Michael Hourihan (bateria), o Onslaught conseguiu o apoio da gravadora AFM Records que, dentre outras coisas, deu aval para uma gravação em três estúdios na Inglaterra, além da masterização feita pelo experiente Thomas “Plec” Johansson no Panic Room Studios, na Suécia. Buscando reconhecimento pelos seus feitos na carreira e bastante solícito na entrevista, Nige Rockett contou detalhes do novo álbum, VI, e falou abertamente sobre a saída de Steve Grice da banda.

MASTERPLAN

Por Claudio Vicentin

A carreira do Masterplan passou por um período confuso quando o vocalista Jorn Lande e outros integrantes deixaram a banda. Foi uma situação complicada para o ex-Helloween Roland Grapow. Mas, sem se abater, Roland retornou em 2013 com o novo álbum Novum Initium que, como o título em latim diz, é o novo começo. Confira a entrevista na qual o guitarrista fala não somente do Masterplan, mas de muitos momentos de sua carreira nos tempos de Helloween.

SCORPION CHILD

Por Steven Rosen

Quinteto americano surgido em 2006 em Austin, o Scorpion Child lançou em 2013 seu disco de estreia homônimo, revelando um repertório que mistura Hard Rock e Blues e é movido por um poderoso som de guitarra. Formado por Aryn Jonathan Black (vocal), Chris Cowart e Tom “The Mole” Frank (guitarras), Shaun Avants (baixo) e Shawn Alvear (bateria), a banda trabalha com desenvoltura temas que vão do Rock claramente influenciado em Rainbow (Polygon Of Eyes, primeiro single do álbum) a um tema de quase catorze minutos de duração, a épica Red Blood (The River Flows), que traz elementos como violão e percussão. Produzido por Chris “Frenchie” Smith (Jet, The Answer, And You Will Know Us By The Trail Of Dead), o disco foi gravado em fita, o que só reforça as influências de Classic Rock que envolvem o grupo. Aryn atendeu à ROADIE CREW para falar sobre o disco, sobre as comparações com Led Zeppelin e sobre os planos do Scorpion Child.

TORTURE SQUAD

Por Claudio Vicentin

O Torture Squad emplaca mais um trabalho, o sétimo de sua carreira, mostrando muitas características marcantes. Este é um álbum que fala sobre o Regime Militar no Brasil e também é o primeiro como um trio. Além disso, conta com muitos convidados especiais que trouxeram mais musicalidade para as composições. O resultado é satisfatório até porque a parte instrumental mantém aquela pegada agressiva e técnica que sempre marcou a trajetória da banda. Confira a entrevista com Amilcar Christófaro e Castor, que falam sobre o processo de composição de Esquadrão de Tortura.

CONFRONTO

Por Christiano K.O.D.A.

O novo álbum dos cariocas do Confronto, que mistura Metal e Hardcore como gente grande, tem gerado críticas bastante positivas no cenário musical extremo nacional. Contentes pela repercussão de Imortal, mas sempre com os pés no chão, Felipe Chehuan (vocal), Maximiliano Moraes (guitarra), Eduardo Morator (baixo) e Felipe Ribeiro (bateria) seguem divulgando o elogiado material. Felipe Ribeiro e Felipe Chehuan dão mais detalhes da produção e falam da determinação de seguir em frente, sempre se aperfeiçoando.

HEADHUNTER D.C.

Por Christiano K.O.D.A.

Manter uma banda ativa por 27 anos é um grande desafio. Quando as coisas vão bem, a tendência é sempre se aperfeiçoar, e isso o Headhunter D.C. fez muito bem. Ao soltar em 2012 um dos grandes discos de Death Metal nacional, …In Unholy Mourning…, o grupo baiano saiu divulgando o material e teve a oportunidade de fazer uma turnê pela primeira vez na Europa. Pouco depois, um relançamento – a fitinha cassete Brazilian Deathkult Live Violence… – em CD também marcou a importância da banda no cenário brasileiro. O vocalista Sérgio “Baloff” Borges falou com a ROADIE CREW sobre isso e ainda fez um balanço da carreira. Aqui, o Metal da Morte é levado realmente a sério.

HAVOK

Por Guilherme Spiazzi

Apesar de chegar junto na onda de bandas revivendo o Thrash Metal, o Havok tem se destacado pelos riffs marcantes, pela atitude e pelos incontáveis shows. A banda norte-americana formada em 2004 já passou por várias trocas de integrantes e hoje se encontra estabilizada com David Sanchez (vocal e guitarra base), Reece Scruggs (guitarra solo), Mike Leon (baixo) e Pete Webber (bateria). Com o lançamento de Unnatural Selection (2013), terceiro álbum de estúdio de sua carreira, eles prometem garantir o seu lugar e esperam conquistar a tão sonhada independência financeira, ou seja, viver de música. O Havok pode ser visto como uma soma de persistência, trabalho duro e honestidade nas palavras e atos – o fundador David Sanchez é quem assegura isso na conversa franca com a ROADIE CREW.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Editorial

Gosto não se discute, mas se respeita

O Rock n’ Roll superou amplamente o conceito de um simples gênero musical e se transformou num fenômeno cultural e social que se espalhou pelo mundo todo. O apelo inicial que o caracterizava como “a música dos jovens” deu espaço para a consolidação de um segmento artístico que se tornou imune à passagem do tempo, se distanciou da futilidade representada pela “moda”, e evoluiu a partir de uma raiz muito sólida, com ramificações em diversas direções. Essa pluralidade representada pela subdivisão do Rock em vários estilos tem vantagens e desvantagens. As vantagens estão vinculadas à riqueza de opções para se ouvir música de qualidade, as desvantagens estão diretamente ligadas à intolerância dos fanáticos e fracos de personalidade.

A ROADIE CREW tem o perfil editorial estabelecido com base no que nós do staff da revista entendemos que seja o que de melhor existe no mundo do Rock, com ênfase no Heavy Metal. Dentro do Heavy Metal existem alternativas para todos os gostos, e isso inclui desde o mais sofisticado até o mais simples. Não importa se a música em alguns segmentos privilegiam os arranjos complexos e produções grandiosas, enquanto em outros ela seja concebida com o básico e mínimo necessário: a guitarra, o baixo e a bateria. O que realmente importa é a qualidade da música, que é resultado da competência de quem as cria e executa, e só então é que vem o principal: a sensibilidade do público que a ouve, e identifica-se emocionalmente com ela, ou não.

Tecnicamente uma música pode ser excelente, mas isso não significa que consiga agradar a todas as pessoas, pois é aí que entra o gosto particular de cada um. Infelizmente, quando se fala de estilos musicais, encontramos as mais explícitas manifestações de preconceito dos fundamentalistas que não aceitam o fato de que as opções dos outros têm o mesmo valor e importância que as suas. Acabei de ver o trecho de um filme da série “Homeland” que exemplifica esse preconceito: a sessão de tortura de um prisioneiro inclui a audição de Death Metal em volume muito alto, o personagem parece sofrer, mas eu reagiria de forma totalmente oposta, pois sentiria prazer em ouvir aquela música extrema, mesmo em condições tão adversas.

Nesta edição apresentamos o resultado dos “Melhores de 2013” na votação pelos nossos leitores, e o maior destaque neste ano foi um grupo que tem sofrido uma inexplicável discriminação de parte do próprio público do Metal, o Avenged Sevenfold. Mas essa banda chegou para ficar, quer alguns queiram ou não, e já pode ser considerada a maior expressão da música pesada entre as que surgiram após os anos 90.

Na matéria de capa focalizamos um dos expoentes do Metal Sinfônico, o Within Temptation, que mantém uma brilhante carreira num subgênero que se tornou gigante graças ao consistente trabalho desses holandeses ao lado de Nightwish, Epica, After Forever, Theatre of Tragedy, Leave’s Eyes, Xandria, Edenbridge e vários outros.

No momento do fechamento desta edição recebemos a dolorosa notícia do falecimento de Hélcio Aguirra, guitarrista do Golpe de Estado, um dos mais talentosos músicos do país e uma figura humana admirada e respeitada por todos que o conheciam. Sua música e sua luz vão continuar brilhando, Hélcio.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

Cenário

SIOUX 66: TRABALHAR BASTANTE É O SEGREDO

Igor Godoi (vocal), Fernando Mika e Bento Mello (guitarras), Fabio Bonnies (baixo) e Gabriel Haddad (bateria) afirmam que não buscaram tendências de mercado para criar o grupo paulistano Sioux 66. O objetivo era tocar Rock’n’Roll, pouco se importando se a musicalidade contemplaria elementos do Rock básico ao Hard Rock, passando pelo Punk e o Metal. Em seu álbum de estreia, Diante Do Inferno (2013), o grupo colocou todas as suas referências na mesa e se saiu vencedor. Agora, o quinteto segue trabalhando incessantemente para buscar seus objetivos.

KERNUNNA: CRIATIVIDADE PROMISSORA

Dentro da vastidão de bandas que praticam Folk Metal atualmente, há possibilidade de se fazer algo original? A resposta é sim. Formada pelo multi-instrumentista mineiro Bruno Maia (Tuatha de Danann), a banda Kernunna faz um Folk que se mescla com elementos do Rock Progressivo, música brasileira e indiana, unindo-os ao peso do Metal. Assim, acompanhado por Alex Navar (Braia, nos instrumentos irlandeses uilleann pipes, tin e low whistle), Daiana Mazza (Transfônica Orkestra, no violino), Khadhu (Cartoon, vocal, baixo, violão, cítara e esraj), Marcos Diniz (Nevermind, guitarra e vocal) e os parceiros de Tuatha Edgard Brito (teclados) e Rodrigo Abreu (bateria) lançou o ‘debut’, The Seim Anew. Nesta entrevista a ROADIE CREW, Bruno fala de forma ampla sobre tudo que ronda essa audaciosa banda, que tem obtido boa receptividade de público e crítica.

COLDBLOOD: MAIS EXPERIENTES E OBSCUROS

A carioca Coldblood já figura no underground nacional há mais de duas décadas. Muitas batalhas, lançamentos e algumas pausas depois, eles colocaram no mercado seu mais novo filho endiabrado, Chronology Of Satanic Events. Seu Death Metal ficou mais denso e essa nova atmosfera é um dos assuntos que o baterista Markus “Mkult” colocou na mesa, nessa entrevista “a sangue frio”.

OPTICAL FAZE: TRABALHANDO EM VÁRIAS VERTENTES

Com quatorze anos de estrada, a banda brasiliense Optical Faze vem trilhando seu caminho através de muita luta. Após algumas mudanças no seu direcionamento e o lançamento do excelente The Pendulum Burns em 2013, o grupo formado por Mateus Araújo (vocal e guitarra), Jorge Rabelo (guitarra), Vicente Junior (baixo), Pedro Gabriel (sintetizador/programação) e Renato de Souza (bateria) começa a despontar na cena como grande promessa. Conversamos com os caras para saber um pouco da sua história, do momento atual que vivem e dos planos para este ano.

HELLLIGHT: PERSISTENTE E DIGNO

Nos anos 90, pouquíssimas bandas praticavam o Doom Metal no Brasil, entre elas os paulistanos do Genocídio e os paranaenses do Eternal Sorrow (na época o mais específico representante). No século XXI, o estilo veio ganhando uma maior e fiel legião se seguidores por aqui. Entretanto, o gênero ainda permanece bastante no underground, com alguns nomes se destacando mais na cena. Dentre esses, está o Helllight, primoroso no que faz. Para dar mais esclarecimentos sobre sua história e o novo álbum, No God Above No Devil Below, a banda falou com exclusividade à ROADIE CREW.

ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3

Por Redação

RoadieMail / Top 3 do Mês / Memória

Sou leitor da revista há mais de dez anos, tendo sido assinante por um tempo. A revista cresceu e se tornou referência no segmento porque soube se reinventar quando necessário e sempre ofereceu boas novidades, ao contrário da concorrência. Prova disso foi a edição sobre Metal nacional, que ficou excelente! Aguardo uma sobre a NWOBHM para o número 200! Gostaria de fazer um pequeno adendo à seção “Collection” do Rotting Christ, na qual é elogiado o refrão da música Lucifer Over London do disco Khronos, mas faltou informar que se trata de um cover da banda Current 93. Afora isso, só elogios e, claro, alguns pedidos: peço entrevistas com as bandas Draconian, Swallow The Sun, Anathema, Pelican, Agalloch, Bloody Hammers, Bewitched, While Heaven Wept, Witchery e Rudra, além de “Collection” com as bandas Anathema e Therion. Sem mais, me despeço ao som de Your Ontario Town Is A Burial Ground do Woods Of Ypres! Abraços.

Luiz Rogério Guimarães

Itabuna/BA

BLIND EAR–JESSE LEACH(KILLSWITCH ENGAGE)

Por Claudio Vicentin

Fotos: Ricardo Ferreira

“O que é isso? Eu adoro essas letras satânicas, isso é bem legal para mim (risos). Muito bom! Isso é Ghost? (R.C.: Isso mesmo!). Acho o desempenho deles ao vivo muito legal. Não é meu estilo de música, não é uma banda que vou ficar escutando, mas respeito demais tudo que eles têm criado, todo o visual tanto deles em si como do palco que montam, além das partes teatrais também. Afinal é um show, vamos entreter as pessoas! Uma particularidade que tenho é achar tudo que é satânico é bem engraçado, mas com respeito. Não estou zombando.”

Ghost – Year Zero

HIDDEN TRACKS - INSANITY

Por Leonardo Brauna

Surgido numa época emergente para o Metal no Nordeste, o Insanity foi um dos grupos que mais representou o cenário daquela região. Oriundo de Fortaleza (CE), o quarteto formado por George Frizzo (baixo), Alberto Lopes (guitarra), Bruno Gabai (bateria) e Fábio Andrey (guitarra e vocal) começou a traçar seus planos a partir de uma coincidência que envolveu dois integrantes. “Tudo aconteceu quando Alberto mudou-se para a casa ao lado da minha. Ele ouvia som alto e eu tentava identificar as bandas. A curiosidade meio que nos aproximou”, relembra o baixista. Os dois possuíam guitarras e o irmão de Alberto, André, tocava bateria. Estava formado o embrião que originou o Hexistence Of Noise. André, que não tinha muito interesse em tocar Metal, logo saiu. Foi então que Bruno entrou na história, quando conheceu Frizzo em 1989 numa troca de discos. O trio continuou os ensaios tendo George como baixista (usando cordas de baixo em sua Giannini Sonic) e Bruno tocando numa bateria improvisada…

ETERNAL IDOLS – MIKE STARR

Por Antonio Carlos Monteiro

“Ela não é nova, nem bonita. Mas a frase “viva rápido, morra cedo”, tão intimamente ligada a músicos de Rock, ainda continua mais em voga do que nunca – engana-se, portanto, quem imagina que ficaram no passado o uso abusivo e descontrolado de substâncias como álcool e drogas, que levaram incontáveis músicos para aquele interminável show que acontece “do outro lado”. Só para se ter uma ideia, dois integrantes do Alice In Chains se juntaram a esse grupo já no século XXI: o vocalista Layne Staley e o baixista Mike Starr.

Michael Christopher “Mike” Starr nasceu no dia 4 de abril em Honolulu, no Havaí, mas cresceu em Seattle (EUA). Ainda adolescente juntou-se à sua primeira banda, SATO, de Heavy Metal. O grupo chegou a emplacar uma música numa coletânea chamada Northwest Metalfest, lançada pelo selo Ground Zero Records em 1984.

RELEASES

Por Redação

Nesta Edição:

A Brazilian Tribute to Napalm Death

Aborym

Ayreon

Black Bull

Blood Tears / Hermit Age

Capitão Bourbon

Chakal

Chastain

Corporate Death

Dark Avenger

Deadliness

Deathcrush

Demolishment

Denied Redemption

Envoke

Eric Clapton (DVD)

Genocídio

Green Hell Metal Collection

Gstruds

Infested Blood

Joe Bonamassa (DVD)

Kill Division

King Fear

Mad Sneaks

Morbid Vomit

Mortör

Munruthel

Murder Rape

Nervochaos (DVD)

Ricky Furlani

Rotten Cadaveric Execration

Scream Of Death

Septicflesh

Sonic Reign

Spell Forest

Torture Squad

Within Temptation

XXX

Zemial

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo),

a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Witching Altar

Bad Luck Train

Infector Cell

Black Lightning

CLASSICOVER - YOU’RE NO GOOD

Por Ricardo Batalha

Se o platinado álbum de estreia do Van Halen, Van Halen I (1978), trouxe os covers de You Really Got Me (The Kinks) e Ice Cream Man (John Brim), Van Halen II (1979) inicia com a versão de You’re No Good. A música foi composta por Clint Ballard Jr., que teve papel importante na adaptação de musicais, começando com a peça de William Inge, “Come Back Little Sheba”. Falecido em dezembro de 2008, Ballard Jr. teve duas de suas composições no Hot 100 da Billboard: Game Of Love (Wayne Fontana And The Mindbenders) em 1965 e justamente You’re No Good na versão de Linda Ronstadt, em 1974. Também é dele a autoria de I’m Alive, single do álbum Hear! Here! do The Hollies, que obteve a primeira posição das paradas inglesas em 1965…

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

Rockfield Studios, o pioneiro dos resident studios

Antes mesmo do surgimento das duas primeiras unidades móveis, estúdios montados em caminhões pertencentes a Ronnie Lane e aos Rolling Stones, já existiam estúdios fixos que propiciavam às bandas a chance de se esconderem em algum lugar remoto e gravar seus discos. Os irmãos Kingsley e Charles Ward então tiveram a ideia de criar um estúdio situado fora dos grandes centros, mais precisamente num vilarejo chamado Rockfield, próximo à cidade de Monmouth, no País de Gales. Tudo com hospedagem própria e em meio à paz do campo. O Rockfield Studios seria o primeiro do mundo nesse formato, também conhecido como “farmstudio” (estúdio na fazenda) ou “resident studio” (estúdio residência), já que aqueles que o contratavam podiam residir num dos vários flats disponíveis enquanto utilizavam suas dependências.

CLASSICREW/ACONTECEU...

Por Redação

1974

Kiss

Hotter Than Hell

Antonio Carlos Monteiro

Pode parecer estranho para quem conhece a história pela perspectiva atual, mas a verdade é que quando surgiu o Kiss chamou mais a atenção pelo inusitado de sua imagem do que pela música propriamente dita. Os quatro sujeitos mascarados na capa do disco de estreia, Kiss (veja comentário na ed.# 179), causaram todo tipo de estranhamento que se possa imaginar – e quem já acompanhava o mundo do Rock à época, como este redator, pode confirmar isso. Tanto que o disco vendeu pífias 75 mil cópias, algo irrisório naqueles tempos em que música só era consumida em disco, no show e no rádio. Assim, um segundo disco não era apenas necessário, era vital para a sobrevivência do quarteto. Portanto, mesmo estando em turnê, em agosto de 1974 Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Frehley e Peter Criss se deslocaram para o estúdio The Village Recorder, em Los Angeles, para gravar seu novo álbum.

1984

Metallica

Ride The Lightning

Antonio Carlos Monteiro

Já se tornaram clássicas as fotos do Metallica no início de carreira, mostrando quatro garotos praticamente sem barba na cara fazendo expressões carregadas de raiva diante das câmeras. Olhadas isoladamente, essas imagens podem até parecer risíveis para alguns desavisados. Mas não são. Acontece que quando se coloca para rolar algum dos discos que aqueles moleques imberbes fizeram naqueles tempos dá pra concluir que tem raiva de sobra ali – e muito talento. James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e o saudoso Cliff Burton tinham entre 19 e 21 anos quando lançaram o disco de estreia, Kill ‘Em All (1983), e fizeram aquilo que toda banda sonha, mas pouquíssimas conseguem: criaram um novo estilo de música – no caso, de Metal, o Thrash.

1994

Nailbomb

Point Black

Jorge Krening

Após a bem-sucedida turnê do álbum Chaos AD (1993), a empresária Gloria Cavalera teve a ideia de juntar Max Cavalera e Alex Newport em um projeto. Max já era fã confesso do álbum Hate Songs In E Minor do Fudge Tunnel (1991), no qual Alex desempenhava as funções de guitarrista e vocalista. O grupo já tinha sido convidado para abrir os shows do Sepultura na turnê de 1992, mas o fato de Alex ter iniciado um relacionamento com a filha mais velha de Gloria foi um fator determinante para aproximá-lo de Max.

Com o Sepultura de férias e com a mudança de Alex para Phoenix (EUA), o clima estava mais que propenso para um novo projeto. Ambos eram fãs de carteirinha de lances voltados para o Industrial, como Ministry e Godflesh, não demorando muito para que alguns riffs surgissem.

LIVE EVIL – ANDRE MATOS

Por Thiago Rahal Mauro

ANDRE MATOS

Carioca Club – São Paulo/SP

15 de dezembro de 2013

Por Thiago Rahal Mauro • Fotos: Ricardo Ferreira

Após excursionar pelo Brasil com a banda solo, Andre Matos (Viper, ex-Angra e Shaman) encerrou em pleno domingo, no Carioca Club, em São Paulo, a turnê “The Turn Of The Lights + Angels Cry”. Com a proposta de homenagear os vinte anos do Angels Cry (1993), do Angra, Andre Matos aproveitou seu novo álbum e apresentou um repertório extenso. “O mais interessante da turnê é que trabalhamos mais do que pretendíamos. Nesse meio tempo apareceram convites para festivais como ‘Rock In Rio’ e ‘Abril Pro Rock’. Por causa disso, decidimos finalizar a turnê na nossa cidade”, revelou Andre Matos à ROADIE CREW

antes da apresentação.

O evento foi um marco na história da carreira do cantor, que tocou por três horas e meia sem perder o pique – com um pequeno intervalo de dez minutos – um repertório especial para os fãs paulistanos. “Normalmente, nos shows dessa turnê a duração foi perto de duas horas e meia. A ordem é quase sempre a seguinte: no começo, músicas do disco novo e da minha carreira. Em seguida, o álbum Angels Cry na íntegra e no final algumas surpresas. Como este foi um show especial, nós resolvemos tocar cinco ou seis músicas diferentes do normal”, explicou o vocalista….

LIVE EVIL – NILE

Por Christiano K.O.D.A.

NILE

Carioca Club – São Paulo/SP

21 de dezembro de 2013

Por Christiano K.O.D.A. • Fotos: Pri Secco

A casa não estava cheia, algo estranho pelo fato de naquela noite tocar uma das maiores bandas de Death Metal da história. Mas para quem foi, o deleite foi gigantesco. Antes de os norte-americanos do Nile começarem o massacre, no entanto, o curitibano Imperious Malevolence tratou de aquecer o público, que ainda adentrava ao recinto. Com um set bem curto, começaram pontualmente às 18h para terminar o estrago em aproximadamente 45 minutos. Os veteranos da música extrema nacional basearam seu set no recém-lançado álbum Doomwitness e agradaram aos presentes, mesmo com manifestações tímidas de admiração.

O guitarrista Daniel “Danmented” não parava de agitar e chamava os espectadores para se digladiarem entre uma e outra canção. No repertório, houve tempo para um cover de Lunatic Of God’s Creation, do Deicide, antes de fecharem com a música que dá nome ao trio, formado atualmente por Antonio Death (bateria) e Alexandre Antunes (baixo/vocal), além de Danmented. Uma boa escolha para a abertura de uma noite que já estava incrível. Aproximadamente quinze minutos separaram um caos de outro: por volta das 19h, ouviu-se a instrumental introdutória Dusk Falls Upon The Temple Of The Serpent On The Mount Of Sunrise. Os gritos da plateia começaram, a cortina se abriu e na sequência surgiu o Nile, os mestres do Death Metal técnico em sua ode ao Egito. Iniciaram com a tradicional Sacrifice Unto Sebek e já dominaram o público, hipnotizado pelo espetáculo. Aliás, quase não houve ‘mosh pit’, já que o povo queria mesmo era admirar a performance do conjunto, cada palhetada, cada batida, cada urro….

LIVE EVIL – MAYHEM

Por Gabriel Souza

MAYHEM

Hangar 110 – São Paulo/SP

05 de Dezembro de 2013

Por Gabriel Souza • Fotos: Renan Facciolo

Dois anos depois de sua última passagem por aqui, a banda de Black Metal mais polêmica do mundo retornou ao Brasil. O show único no país, ocorrido no Hangar 110 (SP), teve abertura a cargo do duo de Grindcore Test, formado em 2010 pelo baterista Thiago Barata (D.E.R., Tri Lamba) e pelo vocalista e guitarrista João Kombi (ex-Are You God?). Apesar de manter a tradição de não se comunicar com a plateia, Kombi e Barata conseguiram chamar a atenção do público, que foi participativo durante o show. Com o set focado no EP Carne Humana (2011), o Test mesclou vocais guturais agudos e graves com uma guitarra suja, somados a uma bateria com pegada forte e cheia de viradas e quebradas. Sob muitos aplausos a banda deixou o palco.

Vinte minutos depois, as cortinas se abriram e pudemos ver no palco apenas um feixe de luz azul e uma nuvem de fumaça. A instrumental Silvester Anfang começou a soar nos PAs e o clima para a entrada do Mayhem estava criado. Primeiro surgiu Teloch (guitarra), usando manto marrom e capuz, seguido por Charles Hedger (guitarra) Teloch (guitarra), Necrobutcher (baixo) e Hellhammer (bateria). Enquanto os fãs gritavam incessantemente o nome da banda, Teloch iniciou os riffs de Pagan Fears, da obraprima De Mysteriis Dom Sathanas (1993)…

LIVE EVIL–DRI/RATOS DE PORÃO/BENEDICTION

Por Frans Dourado

D.R.I./ RATOS DE PORÃO/ BENEDICTION

Via Marquês, São Paulo/SP

15 de dezembro de 2013

Por Frans Dourado • Fotos: Guilherme Nozawa

Certos eventos se notabilizam por prestigiar nomes clássicos e seminais. Mas quando um festival reúne três das maiores lendas da música pesada em seus respectivos estilos, lendário se torna no ato de sua confirmação. D.R.I., Ratos de Porão e Benediction representam o que há de mais puro e relevante do Crossover Punk, Hardcore e Death Metal. Coube aos brasilienses do Violator a missão de abrir os trabalhos em um agradável e ensolarado fim de tarde paulistano de dezembro. A casa, que mesmo tomada por um bom número de pessoas ainda recebia mais gente às 18h, viu um Violator furioso e veloz tomar o palco e mobilizar boa parte dos presentes com seu Thrash direto e pródigo em honestidade. O grupo pode se orgulhar de ter um dos públicos mais fiéis e insanos dentre as bandas de sua geração. Longe de se intimidar com as atrações que a sucederiam no Via Marquês, o time capitaneado pelo comunicativo Poney apresentou um set curto e certeiro, com destaque para Thrash Maniacs e Addicted To Mosh. A sequência marcou a volta do Benediction aos palcos paulistas após o show no Inferno Club em março de 2010…

LIVE EVIL – KREATOR / TIM RIPPER OWENS

Por Heverton Souza

Kreator / Tim Ripper Owens

Carioca Club – São Paulo/SP

14 de dezembro de 2013

Por Heverton Souza • Fotos: Ricardo Ferreira

Após quatro anos de espera dos brasileiros, a ansiedade por rever os alemães do Kreator era bem grande nesta noite de 14 de dezembro. Para aquecer, a abertura com Tim “Ripper” Owens foi bem-vinda. Ex-Judas Priest, Iced Earth e até Yngwie Malmsteen, o cantor entrou no palco do Carioca Club com o jogo ganho pontualmente às 19h30, já que deu início com nada menos que Painkiller, do Judas Priest.

Acompanhado dos músicos da banda Tempestt, Tim não precisava de mais nada para ter o público em mãos, que gritou em massa por “Ripper” quando o vocalista perguntou qual era seu nome, apenas uma chamada para o clássico The Ripper. Seguindo com covers da banda inglesa, o que para muitos é bem cara-depau, foi na verdade diversão garantida. Ouvir Burn In Hell ao vivo é sempre de ranger os dentes, pois o peso do riff e a agressividade vocal mostram o quão o Judas Priest tinha avançado com seu álbum Jugulator. A sequência veio com Scream Machine, de mais um dos projetos de Tim, o Beyond Fear, e The Green Manalish, do Judas. Mas foi o medley Victim Of Changes/Metal Gods que enlouqueceu a pista lotada do Carioca Club. O cara ainda relembrou Dio com a execução de Stand Up And Shout, cantou mais uma do Beyond Fear, The Human Race, e voltou ao Judas com Electric Eye e a pesadíssima One On One. Para finalizar, o hino Heaven And Hell do Black Sabbath foi a chave de ouro dessa abertura de luxo.

PLAY LIST – ULI JON ROTH

Por Claudio Vicentin

Fly To The Rainbow: “Essa foi a primeira música longa e épica que fizemos. Quando me juntei à banda, já havia uma estrutura pronta para ela – acho que foi Michael (Schenker) quem a criou. Então, fizemos uns ajustes e saiu uma música nova. Fiz uma introdução e criei a letra para Klaus (Meine) encaixar os vocais. A parte final teve que ser bem dramática para combinar com a letra, que foi tirada do primeiro poema que escrevi quando tinha 16 anos. Era aquela parte mais falada, que surgiu a partir da ideia que usamos numa música chamada Turn The Time. Com o passar dos anos ela foi se alterando, mas quanto mais velha parece que fica mais forte. Isso não acontece sempre e ainda gosto de tocá-la.”

Álbum: Scorpions – Fly To The Rainbow (1974)

COLLECTION – ROYAL HUNT

Por André Galus

Capitaneado pelo russo André Andersen, o Royal Hunt, radicado na Dinamarca desde sua fundação em 1989, sempre primou pela originalidade, trilhando uma carreira marcada pela ousadia. Nos primórdios, a influência do Hard Rock deu a tônica, mas com o passar do tempo as referências já presentes de Prog Metal e Power Metal foram intensificadas na sonoridade, sempre incrementada pelas melodias neoclássicas, trabalhadas de uma forma completamente diferente de como se estigmatizou no Metal. O Royal Hunt não segue nenhum padrão musical e a liberdade permite que sejam inseridos em seus álbuns desde efeitos eletrônicos até composições inspiradas por Jazz, Blues e Classic Rock. Entretanto, isso não gera um emaranhado de estilos. André, responsável por praticamente 100% das composições, criou uma identidade para a banda que torna possível que seus trabalhos sejam reconhecidos facilmente. Andersen & Cia. desafiam as pressões da indústria ainda tradicionalista do Heavy Metal e gozam de uma liberdade artística que, se não proporciona um justo reconhecimento, ao menos os permitem criar obras inconfundíveis sem reprimir a criatividade para favorecer tendências ou preceitos mercadológicos.

BACKGROUND – RATT – PARTE FINAL

Por Ricardo Batalha

Novos projetos de Pearcy

Enquanto estava com o Arcade, gravando e fazendo turnês, Stephen Pearcy teve pouquíssimo contato com seus ex-companheiros de Ratt. “Os críticos nunca nos engoliram, até mesmo no auge de nossa popularidade. Pessoalmente, eu não ligava para toda aquela merda: se estivesse fazendo música, eu estava contente. Fizemos turnês com o Arcade para promover o segundo álbum, tocando em casas pequenas. Eu tinha planejado voltar aos tempos iniciais do Ratt, fazendo vinte shows em vinte dias. Mas eu sabia que era chegada a hora de mudar minhas expectativas porque começamos a ser ignorados e vaiados por nossos próprios fãs”, explicou Pearcy sobre a situação que vivia na época com o Arcade. A cada show, o que o vocalista mais ouvia da plateia eram gritos de: “Toquem Round And Round!” Mas, ao invés de atender ao pedido, Pearcy preferia desafiar o público, dizendo: “Nós não somos o Ratt”. Ainda tentando contabilizar algo de positivo após o fracasso do segundo disco do Arcade, o que mais Pearcy queria era seguir fazendo música.

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Onde está a ética?

O ano de 2014 mal começou e a sensação é de que já acabou. A máxima de que no Brasil o ano só começa após o Carnaval é verídica para muitos setores da economia, e este ano a tradicional festa acontecerá na primeira semana de março, isto é, o motor do país começará a girar quase no final do primeiro trimestre.

Mas nem haverá tempo para iniciar o funcionamento a todo vapor. No início de junho tudo para novamente para a maior celebração do mundo futebolístico: a Copa do Mundo. Teoricamente, no dia 13 de julho, data da final do campeonato e Dia Mundial do Rock, aliás, o país volta a engatar a primeira marcha. Porém, em outubro teremos eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais e o segundo semestre será movido todo em função disso, isto é, não só estaremos em ponto morto, como praticamente engataremos marcha à ré.

PROFILE – HENRIQUE PUCCI (PROJECT46)

Por Andréa Ariani

Primeiro disco que comprou:

“Nós Vamos Invadir Sua Praia – Ultraje A Rigor.”

Melhor disco de Heavy Metal:

“Reign In Blood – Slayer.”

POSTER – CHILDREN OF BODOM

Por Redação

Hatebreeder, o álbum 

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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