Quatro anos se passaram desde que o Black Label Society soltou seu último disco de inéditas, Order Of The Black (2010). Os lançamentos seguintes incluem o acústico e ao vivo Unblackened(2013), enquanto o anterior a ele foi The Song Remains Not The Same (2011)…
Edição #184
R$29,00
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BLACK LABEL SOCIETY
ARTILLERY
LAMB OF GOD
MASSACRE
KILLER BE KILLED
SONATA ARCTICA
ADRENALINE MOB
JOE BONAMASSA
HATRIOT
PATRIA
BOSTON
EDITORIAL
É pura ingenuidade deixar de reconhecer que o mercado fonográfico mudou. Negar essa nova realidade beira a insanidade, pois a forma de se comercializar música por meio digital já se consolidou e está estruturada satisfatoriamente, seja através de “downloads” ou de aplicativos específicos que cobram assinaturas e permitem audição através de “players”, celulares ou computadores, e as empresas intermediadoras repassam a remuneração aos artistas. Mas, felizmente, o registro de música em meios físicos nos formatos de CD, DVD/Blu-Ray, e mesmo em vinil, permanecerá ainda por muitos anos. A tendência é de que os gêneros musicais cujas obras tenham conteúdo de qualidade artística, aqueles que não são descartáveis, mantenham o interesse dos apreciadores de música que sabem que colecionar discos dá o mesmo prazer que colecionar livros. A música erudita, o Jazz e, principalmente, o verdadeiro Rock e seu segmento mais importante, o Heavy Metal, continuarão a ter nas mídias físicas a representação de objetos de desejo das pessoas que sabem valorizar a arte de verdade.
Já não existem tantas lojas de discos como há alguns anos, mas é fácil constatar que muitas das que fecharam foram as “genéricas”, aquelas que vendiam qualquer coisa, e principalmente o lixo fonográfico. Quais sobreviveram? Foram as lojas especializadas, aqueles estabelecimentos que oferecem produtos com perfil definido para clientes que têm personalidade e bom gosto. Entretanto, ainda existe uma rede de lojas, de apenas três unidades, mas que é uma coisa espantosa, a Amoeba Music. Apesar de não ser necessariamente especializada, pois podemos encontrar absolutamente de tudo lá, tem um enorme espaço dedicado ao Rock/ Heavy Metal de todas as épocas e nas opções de ‘novos’ e ‘usados’. A empresa foi fundada em 1990, em Berkeley/CA, abriu a primeira filial em 1997 em São Francisco/CA e em novembro de 2001 inaugurou a maior loja de música do mundo na Sunset Strip, em Hollywood/CA – um prédio com dois pisos, que ocupa um quarteirão inteiro, com milhões de títulos em CDs, DVDs, LPs, além de acessórios, miniaturas, pôsteres, enfim, tudo o que se possa imaginar relacionado com música e também muita coisa de cinema. Não bastasse isso, a loja tem ainda um palco disponível para apresentações de artistas e é possível assistir a shows em meio aos corredores das prateleiras de discos. Só para citar um exemplo dessas apresentações, em junho de 2007 Paul McCartney fez um show de surpresa na Amoeba que gerou o lançamento de um EP com o nome de Amoeba’s Secret e um álbum com o set completo com o título de Paul McCartney Live In Los Angeles.
É indiscutível: apesar da simplicidade e das instalações despojadas, sem qualquer luxo e até com uma aparência meio ‘relaxada’, a Amoeba Music é um verdadeiro paraíso na Terra para quem gosta de música.
CENÁRIO
TAILGUNNERS: BUSCANDO INFLUÊNCIAS MAIS TRADICIONAIS
A banda Tailgunners voltou à ativa no final de 2013 com o lançamento de The Gloomy Night, trabalho que marcou a estreia do guitarrista Raphael Gazal (ex-Pastore). Entretanto, somente este ano o grupo vem recebendo o reconhecimento da mídia e do público que, após mais de dez anos de espera, tem a chance de vê-lo novamente em ação. Em conversa bem direta e honesta, os músicos comentam o processo de gravação e falam sobre as inevitáveis comparações com Iron Maiden.
PIONEIRO DO METAL NO BRASIL ARREGAÇA AS MANGAS PARA FORTALECER O MERCADO DA MÚSICA
Caio De Capua é uma figura lendária do Heavy Metal no Brasil. Como baterista da banda Vírus, que fez sua estreia na coletânea SP Metal há trinta anos, ajudou a criar um conceito de trabalho e profissionalismo até então inexistente no Brasil. Segundo Gastão Moreira, ex-VJ da MTV, “conheci o Vírus quando a cena brasileira em geral era muito amadora. Foi a primeira banda que vi se preocupar com outros aspectos essenciais do show business, como cenário, figurino, boas fotos e divulgação. Parecia uma banda ‘gringa’, dava gosto de ir nos shows. Acho que eles deram um ‘upgrade’ no Metal brasileiro com sua postura
profissional e visão mais ampla sobre o mercado da música.”
NECROMESIS: UNIDADE MANTIDA
Vindo do ABC paulista, o Necromesis era conhecido não só pelo seu Technical Death/Metal, mas pela unidade que havia em suas apresentações, pois todos os instrumentistas trabalhavam em prol da música, sem egos e vaidades. Após a saída do baixista e vocalista Victor Próspero (atual Seventh Seal), um sentimento de dúvida pairou no ar. Felizmente, a entrada do baixista Gustavo Marabiza e da vocalista Mayara Puertas proporcionou que os remanescentes Daniel Curtolo (guitarra) e Gil Oliveira (bateria) continuassem o legado sem traumas. Apesar das novas referências, o novo EP, Echoes Of A Memories, mostra que a unidade foi mantida. O guitarrista Daniel Curtolo e a vocalista Mayara Puertas contam mais sobre o presente e o futuro da banda.
LIAR SYMPHONY: VOLTANDO COM TUDO
A banda paulista Liar Symphony surgiu em 1993 na cidade de Guarulhos fazendo um Heavy Metal cheio de personalidade e grandes composições, méritos do guitarrista Pedro Esteves, que nasceu em Portugal, mas veio com a família para o Brasil ainda pequeno. Trabalhando ininterruptamente no início da primeira década de 2000, o grupo obteve destaque no cenário nacional e chegou a lançar seis álbuns, sendo quatro de estúdio (lançados inclusive no Japão e Europa), um CD/DVD ao vivo e ainda um acústico de estúdio em 2010, para logo depois sumir de cena. Após quatro anos sem notícias, eis que Pedro, Nuno Monteiro (vocal), Marcos Brandão (baixo), Alécio Rodrigues (teclado) e Anderson Alarça (bateria) ressurgem com força total. Pedro falou sobre esse retorno e o novo CD, Before The End, que já está a caminho.
V PROJECT: SERGIO FACCI REVIVE OS TEMPOS DE VODU, VIPER E VOLKANA
O baterista paulistano Sergio Facci, que registrou alguns dos grandes clássicos do Heavy Metal brasileiro com as bandas Vodu, Viper e Volkana, criou o V Project não apenas por nostalgia para reviver a memória dos fãs. A ideia do músico, que atualmente finaliza um EP contendo algumas regravações do material que registrou no passado, é também apresentar músicas autorais inéditas, baseadas em seu background musical. “Vinte anos se passaram desde que gravei o último álbum da Volkana, Mindtrips, mas eu nunca larguei a música. Senti que este era o momento de voltar ao estilo que está no meu sangue, o Heavy Metal. Mesmo tocando Rock’n’Roll, eu gosto e sinto falta dos riffs de guitarras, da velocidade, do volume, do peso…
DREADNOX: NOVO CD COM TOQUE DE ROY Z
A banda carioca Dreadnox, formada atualmente por Fabio Schneider (vocal), Kiko Dittert (guitarra), Dead Montana (baixo) e Felipe Curi (bateria), surgiu em 1993. Após uma parada de cinco anos, o grupo iniciou uma nova fase de sua carreira, que, entre outras conquistas, rendeu o álbum Dance Of Ignorance (2010), cuja turnê foi fechada com um memorável show na Fundação Progresso (RJ) em 2012. Aproveitando toda experiência, entrosamento e evolução natural de uma banda que está com a formação estável, a Dreadnox voltou recentemente ao estúdio para registrar seu novo álbum. A ROADIE CREW conversou com o vocalista Fabio Schneider sobre a trajetória da banda e as expectativas acerca de The Hero Inside, que teve produção de Renato Tribuzy e mixagem de Roy Z.
ROADIE MAIL / MEMÓRIA / TOP 3
CRÍTICAS
Sou leitor assíduo da revista, já faz alguns anos, mas venho manifestar a minha decepção. Primeiro: acho que a revista está previsível, repetitiva e com um ar de acomodação. Estamos cansados de mais do mesmo, por exemplo: Sepultura, Angra, Almah e Andre Matos. Nada contra os artistas e a sua merecida importância no cenário nacional, porém, quase sempre eles aparecem na revista e já está bem chato, principalmente, Andre Matos e Edu Falaschi, sendo que esse último está com o filme queimado com os bangers. Toda vez tem alguma coisa a respeito dessas malas que o Metal nacional tem que carregar. Por outro lado, bandas nacionais boas vão ficando no limbo. As capas se repetem muito: Motörhead, Sepultura, Tarja etc. O pôster deveria ter mais variação de estilo e bandas diferentes ao invés de muitas bandas de Hard Rock como de hábito. Com muito respeito a vossa excelência, sr. Vitão Bonesso, acho que na seção “Roadie Parade” ele deveria fazer a crítica somente dos álbuns que navegam pelo lado mais clássico – é a praia dele, pois ele deixa nítido que o que ele não gosta, despreza de forma arrogante aborrecendo os fãs das bandas. Nas bandas modernas, por exemplo, outro redator seria melhor. Batalha e ACM fazem-me continuar a comprar a revista, são mestres e peritos. E para finalizar, gostaria de pedir matérias especiais da NWOBHM, Hard Rock anos 80, cena americana e a cena do Black Metal da Noruega de 90. Obrigado. Despeço-me ao som de Brasil Heavy Metal do nosso Stress.
Hélio de Oliveira Jr.
BLIND EAR – MAURICIO “CLIFF” BERTONI
Fotos: Carla Santos
“Esse timbre de guitarra… É banda nova? (R.C.: Não, estão completando trinta anos de carreira). Trinta anos? Esse guitarrista… (R.C.: O guitarrista só tocou nesse álbum). Ratt? (R.C.: Não). Lembrou-me o Ratt pelo vocal. Isso é Megadeth?! (R.C.: Sim). Caracas! É do primeiro álbum? (R.C.: Não. Dave Mustaine critica muito a produção do álbum, pois ele gastou a maior parte do dinheiro em drogas). Então é um álbum recente? (R.C.: Não). Pelo timbre da guitarra, realmente não é. Já escutei, mas não me lembro. (R.C.: Essa música fala sobre uma lenda americana de uma bruxa do Minnesota, que foi queimada viva até morrer). Salém, do Harppia? (risos). Não sei. (R.C.: Mary Jane, do álbum So Far, So Good… So What!). Vou escutar esse álbum. Gostei.”
Megadeth – Mary Jane
HIDDEN TRACKS - HOME
ETERNAL IDOS - JOHN GLASCOCK
RELEASES
Nesta edição:
Armahda
Avec Tristesse
Black Label Society
Cartoon
Catacumba
Crematory
Crowbar
Devil You Know
Domains
Doro
Edguy
Eldritch
Ez Livin
Gotthard
H.E.A.T.
Hawthorn
Helldöradö
Hoistway
Holy Moses
Kappa Crucis
Killer Be Killed
Kiss Tribute For Cancer
Leash Eye
Living Dead Lights
Lost Society
Mano Sinistra
Mattilha
Metal Inquisitor
Miasmal
Netra
Patria
Portrait
Prong
Ron Keel
Ronnie James Dio
Scourge
Sevciuc
Seven Deadly
South Legion
Steel Panther
Symphony Draconis
Three Lions
Triptykon
Vivalma
GARAGE DEMOS
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Nesta edição:
Fist Banger
Altergeist
Reservoir
Spleenful
CLASSICOVER–THERE’S ONLY ONE WAY TO ROCK
BACKSPAGE
Shipton-On-Cherwell: o vilarejo
Situado às margens do rio Cherwell, a cerca de três quilômetros de Kidlington, em Oxfordshire, e a pouco mais de quarenta minutos do centro de Londres, Shipton-On-Cherwell é um vilarejo parado no tempo. Sua população não ultrapassa cinco mil moradores, sendo que boa parte deles trabalha no campo. O local surgiu em volta da Parish Church, que começou a ser construída no século XII, sendo totalmente concluída no século XIV, acabando por ser demolida em 1831, dando lugar à Georgian Ghotic Revival Church Of England Parish Church. Aquele era um projeto desenhado pelo artista William Turner, pintor neoclássico inglês, que viveu ali desde 1804, primeiramente com seu tio, de mesmo nome, na mansão batizada de Manor House, construída entre os séculos XVI e XVII. Na mansão, Turner se casou em 1824 e foi sepultado com a esposa no cemitério ao lado da igreja que projetou. Em 1896, uma placa de metal foi colocada na igreja com os dizeres: “Erguida em Memória de William Turner de Oxford, pintor neoclássico e arquiteto desta igreja”.
CLASSICREW/ACONTECEU...
ClassiCrew
1974
RUSH
Rush
Leonardo M. Brauna
Não se trata de um ‘mea maxima culpa’ porque esta obra não constou na edição especial da ROADIE CREW (#179), mas que a estreia do Rush é importante para o mundo do Rock, isto é inegável.
O grupo surgiu em 1968, mas sua formação definitiva com Alex Lifeson (guitarra), Geddy Lee (baixo, vocal) e Neil Peart (bateria) só se solidificou em 29 de julho de 1974, quatro meses depois do lançamento deste primeiro álbum. Este registro foi feito com o baterista John Rutsey, que fez sua última participação com a banda em 25 de junho de 1974 no Centennial Hall, London (CAN) – Rutsey faleceu a 11 de maio de 2008, aos 55 anos, vítima de ataque cardíaco. O baterista deixou sua marca sem grandes destaques, com andamento simples, mas nada que atrapalhasse o brilho dos companheiros – Before And After pode ser vista como sua melhor performance…
LIVE EVIL - METALLICA
24 de março de 2014
Texto e fotos: Guilherme Spiazzi*
“O Metallica fez um show à altura de sua reputação”, dizia a matéria de capa do jornal paraguaio Ultima Hora no dia 25 de março. De fato, a passagem de Metallica e De La Tierra pelo país não ficou em branco. O que se ouviu deles e da imprensa depois do show apenas confirmou o estado de expectativa e ansiedade dos quase quarenta mil fãs que aguardavam o primeiro show de ambas as bandas na capital paraguaia. E a experiência de participar desse momento foi muito gratificante, começando pela chegada à capital Assunção, que passou uma ótima impressão, juntamente com a receptividade da produção do De La Tierra e da própria banda.
Chegando no Jockey Club, a visão dos bastidores deixou claro que seria uma noite grandiosa. O local já estava cheio horas antes do início dos shows e enquanto o Metallica estava concentrado em seu camarim, o De La Tierra recebia a imprensa e preparava-se para apresentar o seu recém-lançado ‘debut’…
LIVE EVIL - SONATA ARCTICA
19 de março de 2014
Por Jorge Junior • Fotos: Renan Facciolo
Os finlandeses do Sonata Arctica estão cada vez mais à vontade no Brasil. Exatamente um ano após sua última passagem pelo país, o grupo retornou a São Paulo e levou em plena quarta-feira um ótimo público ao Carioca Club – mesmo local em que tocou em 2013. A “15th Anniversary Tour” marcou a data comemorativa do álbum de estreia, Ecliptica (1999), mas contou com um repertório mesclado por composições antigas e outras mais recentes, incluindo as de seu oitavo registro de estúdio, Pariah’s Child.
O show na capital paulista trouxe na formação Tony Kakko (vocal), Elias Viljanen (guitarra), Tommy Portimo (bateria), Henrik Klingenberg (teclados) e o novato Pasi Kauppinen (baixo), único estreante em terras tupiniquins. Pontualmente às 21h, o grupo subiu ao palco ovacionado para iniciar a apresentação com The Wolves Die Young, canção do novo disco e que já estava na boca dos fãs. “Buscamos fazer um álbum de Power Metal e creio que conseguimos”, disse Kakko sobre Pariah’s Child em entrevista atual. Sem a introdução original, Losing My Insanity (Stones Grow Her Name, 2012) serviu como aquecimento para My Land, do ‘debut’, cantada a plenos pulmões pelo público. Até aquele momento o som da casa estava muito baixo e embolado, mas o problema foi corrigido aos poucos.
Vale destacar o desempenho dos integrantes mais antigos do “time” atual, Kakko e Portimo. Enquanto o primeiro segue em ótima forma, cantando muito bem e interagindo o tempo todo com a plateia, o baterista continua tão competente no palco quanto seu parceiro de longa data, fato mais que comprovado durante a dobradinha Black Sheep e Sing In Silence, ambas de Silence (2001).
LIVE EVIL – ICED EARTH
23 de março de 2014
Por Thiago Rahal Mauro • Fotos: Ricardo Ferreira
O mês de março de 2014 bateu as expectativas do fã quanto à quantidade de shows internacionais que passaram pela cidade de São Paulo. E um dos eventos mais aguardados foi a apresentação dos norte-americanos do Iced Earth, no Carioca Club. A base de fãs no Brasil do grupo só tem aumentado nos últimos anos, graças, principalmente, às duas passagens anteriores pelo país, sendo a primeira ainda com Matthew Barlow no vocal e a última com o atual vocalista, Stu Block – isso sem contar o excelente trabalho de divulgação feito pelo site brasileiro Brazil Under Ice.
Divulgando seu mais recente álbum, Plagues Of Babylon, o Iced Earth lotou a casa com mais de 1.500 fãs ávidos por sua música e que, como de costume, agitaram bastante nas músicas novas e clássicas. A banda entrou no palco com a faixa título do novo álbum. O som deu uma falhada no começo, principalmente quando o vocalista Stu Block atingia notas mais altas, além de a banda parecer um pouco cansada devido às intermináveis viagens desta tour – fontes oficiais revelaram que Jon Schaffer estava com fortes dores nas costas, por isso os comentários de muitas pessoas de que o guitarrista estava bem quieto no palco.
Democide, também do novo trabalho, mostrou que o peso e as palhetadas nervosas de Schaffer continuam em alta no Iced Earth. Outro fato interessante é que o baterista Jon Dette (ex-Slayer e Testament) deu uma nova cara ao grupo, sobretudo pela pegada mais ‘old school’ e carregada de peso que trouxe para as composições. Após a saída do brasileiro Raphael Saini, a escolha de Dette para a turnê foi mais do que acertada. Os fãs só se perguntam se ele continuará até o próximo disco ou se Brent Smedley voltará para a banda, já que saiu por problemas pessoais e ainda é amigo do grupo.
LIVE EVIL – GUNS N’ ROSES
28 de março de 2014
Por Andréa Ariani • Fotos: Renan Facciolo
Não basta estar acompanhado de bons músicos, ter várias datas em capitais brasileiras, fazer uma tour elogiada e nem ser flagrado como um mortal qualquer bebendo cerveja popular num modesto boteco em BH. Nada redime Axl Rose das críticas. Ele talvez nem precise e nem tenha a intenção, mas, de fato, essa sua nova passagem pelo Brasil serviu para tirar de vez aquela má impressão do show de 2011 no encerramento do “Rock In Rio” com atrasos homéricos e uma performance sofrível. Estar com quilos a mais ou com problemas de voz não é raro e nem exclusivo de um dos rockstars mais polêmicos dos anos 80/90. E se o líder do Guns não costuma fazer aparições públicas, uma das exigências de seus atuais companheiros de banda, a exemplo do que fizeram em outras capitais, foi circular por São Paulo e visitar a exposição de David Bowie no MIS.
No dia do show o público chegou cedo à Arena Anhembi – por volta das cinco da tarde já era grande a movimentação no local. A primeira banda de abertura foi o Dr. Pheabes, que tocou faixas do álbum Seventy Dogs que já haviam sido apresentadas para aquele tipo de público no mesmo local no “Monsters Of Rock” de 2013. Em seguida, o Sioux 66, anteriormente confirmado, foi substituído pela Plebe Rude. Muitos chiaram pelo fato de o som ser bem diferente da banda principal, mas a “ordem” veio da produção do Guns, que curtiu tanto a performance deles no show de Brasília que resolveu repetir a dose. Anunciando disco novo para abril, a banda tocou alguns de seus mais conhecidos clássicos, como Censura, além do medley Proteção, Pátria Amada (Inocentes) e Faroeste Caboclo (Legião Urbana). O público, alheio ao esforço deles em busca de interação, reagiu um pouco em Should I Stay Or Should I Go do The Clash e em Até Quando Esperar, que encerrou o set.
LIVE EVIL – HIM
30 de março de 2014
Por Andréa Ariani • Fotos: Renan Facciolo
Foram exatos 23 anos de ausência. Uma espera de mais de duas décadas suprida em uma única apresentação. Por iniciativa pioneira da Rádio Corsário, com casa lotada, foi assim que o público brasileiro pode finalmente conferir o show dos finlandeses ícones do “Love Metal” ao vivo. O famoso Heartgram já brilhava no background do palco quando o público começou a gritar o nome da banda. Foi gritaria geral quando os primeiros acordes da vinheta Lucifer’s Chorale começaram a rolar. Ela veio emendada em Buried Alive By Love, faixa clássica do igualmente idolatrado Love Metal (2003). A euforia geral dos fãs do HIM era enorme e pareciam não acreditar que realmente os caras estavam ali. Tanto que o animado e simpático vocalista Ville Valo deixou a galera cantar vários trechos dessa faixa porque era praticamente impossível ouvir o som da sua voz, mesmo com o volume altíssimo. A galera agitou ainda mais com Rip Out The Wings Of A Butterfly, uma das mais aguardadas.
O HIM atualmente divulga Tears On Tape, mais recente disco, lançado em abril de 2013. Mas o set privilegiou os grandes hits e sons mais antigos, até para fazer a alegria de quem esperou tanto para vê-los em ação em terras brasileiras.
A próxima sequência foi iniciada por Right Here In My Arms, outra lindamente cantada pelo público. Na cola, tocaram The Kiss Of Dawn, uma das músicas da fase mais ‘dark’ da banda e uma das mais pesadas do set, com grande destaque para o baixo matador de Miko “Migé” Paananen…
LIVE EVIL – PARADISE LOST
12 de abril de 2014
Por Evandro Camellini • Fotos: Ricardo Ferreira
Os britânicos do Paradise Lost são mundialmente reconhecidos como um dos grandes nomes do Gothic/Doom Metal. Inovadores e com álbuns que marcaram a história do Metal, sempre foram reconhecidos também pela ousadia. Ao longo de mais de 25 anos, poucas não foram as mudanças em seu estilo de composição. Passando pelos vocais guturais que vinham à frente de um Death/Doom seco e direto do início de carreira no álbum Lost Paradise (1990), ao som completamente eletrônico e até, por que não dizer, dançante do controverso Host, e quase voltando aos seus “melhores tempos” com seu último lançamento de estúdio, Tragic Idol (2012). Fazer uma releitura completa de todas essas fases foi o pano de fundo para essa turnê que comemora essas duas décadas e meia se mantendo no topo da lista de bandas do estilo. E foi esse show que todos aqueles que compareceram ao Clash Club no segundo sábado do mês de abril puderam presenciar.
Mantendo na formação seu “quarteto intocável” desde o início, com Nick Holmes (vocais), Greg Mackintosh (guitarra solo), Aaron Aedy (guitarra base) e Steve Edmondson (baixo), e trazendo pela segunda vez consecutiva o baterista sueco Adrian Erlandsson (At The Gates, Vallenfyre), o Paradise Lost em nada inovou na formatação do show. Quem já assistiu a alguma apresentação de qualquer turnê dos ingleses, conhece a clássica formação de palco com os guitarristas nas pontas, Nick à frente, e Steve entre ele e Aaron. Bateria e background ao fundo, e a única mudança é sempre o set list apresentado.
PLAY LIST – KARL SANDERS (NILE)
Serpent Headed Mask: “Essa música é completamente malvada e brutal. As mudanças contidas nela são absurdamente impossíveis. Eu até diria que é um completo caos. É a antítese de como compor, é a anticomposição. Eu gosto muito dela!”
Álbum: Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka (1998)
COLLECTION - HAMMERFALL
BACKGROUND – RAMONES – PARTE 3
Road To Ruin
Mesmo após o lançamento de três discos com boas canções para tocar nas rádios e conquistar uma base de fãs, os Ramones ainda não haviam atingido o objetivo de ter um disco de sucesso comercial. Pelo menos não no entendimento de Johnny Ramone. Também havia o objetivo comum dos rapazes de retribuírem em vendas de discos todo suporte oferecido pela Sire Records.
Precisavam produzir um grande disco e alcançar um público mais amplo, e para isso haviam “reforçado” o time com Marky Ramone (Marc Bell) e o produtor Ed Stasium. A confiança do grupo era tão grande no êxito do novo trabalho que Tommy (agora somente como produtor), disse que se os Ramones não tivessem um “sucesso” nesse disco, nunca teriam. Tommy também estava cheio de aguentar as provocações de Johnny e Joey e com certeza estava aliviado com Marky assumindo as baquetas.
Em 31 de maio de 1978, os Ramones foram ao estúdio Media Sound focados em atingir esses objetivos. Foram necessários três meses para serem produzidas e gravadas as doze canções do álbum Road To Ruin, o primeiro a ultrapassar a marca de 31 minutos. Os rapazes também se dedicaram à composição de músicas com mais de dois minutos de duração.
STAY HEAVY REPORT
Rock em Seattle
Em se tratando de música, e especificamente Rock, em Seattle o primeiro pensamento que deve vir à mente da maioria das pessoas é o movimento Grunge, sendo que para uma boa parte delas, principalmente leitores desta publicação, essa imagem vem carregada de uma sombra negativa. Porém, a “Cidade Esmeralda” – referência às sempre verdes florestas da região – vai muito além disso. Bandas como Nevermore, Sanctuary, Queensrÿche, Demon Hunter, Metal Church e o músico Duff McKagan nasceram na própria cidade ou em seus arredores, sendo que o expoente máximo da localidade é a lenda James Marshall “Jimi” Hendrix.
E toda essa riqueza musical pode ser observada, e experimentada, em um excelente museu interativo localizado nas proximidades do “Seattle Center” (local que abrigou em 1962 a Century 21 Exposition, também conhecida como Feira Mundial de Seattle), o EMP Museum.
Antes conhecido como Experience Music Project And Science Fiction Museum And Hall Of Fame (EMP|SFM) (Projeto de Experiência Musical e Museu de Ficção Científica e Hall da Fama), o EMP Museum é uma instituição sem fins lucrativos e dedicada à cultura popular contemporânea criada pelo co-fundador da Microsoft Paul Allen. Aliás, a Microsoft é apenas uma das grandes empresas da região metropolitana de Seattle, que inclui também Boeing e Amazon.com.
PROFILE – LUIS CARLOS (STATIK MAJIK)
Primeiro disco que comprou:
“Creatures Of The Night – Kiss.”
POSTER – SLAYER
Foto Ricardo Ferreira
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |