Gary Holt tem sido o líder e o principal compositor do Exodus por mais de trinta anos e, por mais percalços que tenha enfrentado ao longo desse tempo, o grupo jamais abriu mão de fazer Thrash Metal. Único integrante a constar em todos os lançamentos da…
Edição #189
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EXODUS
DYNAZTY
HAMMERFALL
BLUES PILLS
DELAIN
BELPHEGOR
EYEHATEGOD
CHAOS SYNOPSIS
ACE FREHLEY
Steven Rosen
Ace Frehley é um daqueles músicos que acabou influenciando qualquer um que tenha pegado numa guitarra ao menos uma vez na vida. Isso pode não ser novidade para ninguém, mas é a mais pura verdade. Todos, de Eddie Van Halen e Alex Skolnick a Dimebag Darrell e dúzias de outros ícones da guitarra, sempre citam Frehley como uma de suas influências. E quando você pede para o próprio Ace explicar o motivo disso, ele admite que não sabe: “Eu não sei exatamente o que eles veem no meu trabalho, mas certamente veem algo”, diz. “Eu sempre tive muito ‘feeling’ e muita atitude. Eu sei que às vezes sou um pouco desleixado e mesmo nesse novo álbum, Space Invader, alguns dos solos são meio largados. Mas sempre tive pegada e um timbre legal. Isso é porque eu nunca estudei música, toco de forma não-ortodoxa. Sei que muitas vezes músicos mais estudados podem dizer: ‘Mas isso aí está errado!’, mas minha resposta é: não tem certo ou errado no Rock’n’Roll. Você simplesmente vai lá e toca. É tudo uma questão de ‘feeling’ e atitude.” Ace está absolutamente certo. Em Space Invader, seu primeiro disco solo desde Anomaly (2009), ele leva a cabo essa maneira despojada de ser através de um punhado de músicas que mostram um ótimo uso de wah-wah, como na faixa título, e levadas bem pensadas, a exemplo de Inside The Vortex. Ainda há um tema instrumental que remete a The Who em Starship, bem como um cover de Steve Miller, The Joker. Frehley gravou todas as guitarras, praticamente todos os baixos (ele responde pelo instrumento em dez dos doze temas) e os vocais – e sua voz nunca soou melhor -, além de produzir o álbum. Seu modo de ver as coisas é simples: quanto menos gente houver no estúdio, menor a chance de algo dar errado e mais rápido você acaba o serviço. Aqui ele fala sobre o novo disco e sobre o caminho que percorreu para chegar até ele.
NOCTURNAL BREED
EDITORIAL
É muito comum me perguntarem qual é a banda nova que está aparecendo com destaque no cenário do Rock e do Heavy Metal. Normalmente quem faz esse tipo de pergunta é quem não acompanha o que acontece no mundo da música pesada e espera que eu diga um nome que em pouco tempo venha a aparecer na mídia “mainstream” e a lotar estádios pelo mundo afora. Entretanto a realidade do mercado fonográfico é muito diferente do que acontecia num passado relativamente recente, ou seja, até o final dos anos 1990. Até então a dimensão do sucesso de um artista era medida pela quantidade de discos vendidos aos milhões, e as gravadoras aplicavam dinheiro alto na divulgação dos lançamentos. Mas a tecnologia digital se encarregou de mudar esse padrão. Tivemos um período de confusão generalizada onde ninguém sabia como, ou o quê, fazer para estancar a proliferação de downloads ilegais e desenvolver meios que permitissem restaurar a preservação do direito do músico ser remunerado com a comercialização de sua obra.
A mesma tecnologia que fez desmoronar a estrutura que existia anteriormente passou a proporcionar condições da produção musical ser feita também de forma independente, e com custos relativamente baixos, compensando assim a redução dos investimentos que as gravadoras faziam em produção e divulgação. Na área da produção e gravação já não se depende dos estúdios majestosos que sempre foram mantidos pelas grandes gravadoras, e na área da divulgação o papel da Internet passou a ser fundamental para o artista conseguir fazer chegar aos ouvidos do público o som da sua música. O inconveniente é que esse é um meio de comunicação exageradamente vulnerável ao uso irresponsável, tanto por parte de quem o utiliza para expor algum conteúdo quanto por quem procura algo de seu interesse na rede. Apesar disso, atualmente um trabalho bem feito disponibilizado na Internet passou a ser mais uma opção para uma banda se tornar conhecida e, eventualmente, ser descoberta por algum profissional de negócios na área musical, e consequentemente ter acesso a uma carreira bem sucedida. Mas o que significa uma carreira bem sucedida? Para o verdadeiro artista é conseguir manter-se em atividade por muitos anos, agradando aos fãs, mas, principalmente, satisfazendo sua própria exigência com seu trabalho.
O valor artístico é aquele que continua permanentemente conquistando admiradores, como o nosso leitor Rickson Alves de Araújo, de 14 anos de idade, que gosta de Heavy Metal e seguramente conhece e ouve bandas da época que seus pais eram crianças.
Hoje eu responderia à pergunta que citei acima que a jovem banda Blues Pills, entrevistada nesta edição, tem tudo para fazer muito sucesso e se juntar aos nomes consagrados do cenário, mas o mais importante é que tendo a idade do Rickson, ou a minha idade, não precisamos ficar preocupados com o que pode vir a acontecer de novidade nesse ramo, pois já temos à disposição uma infinidade de obras para curtir, inclusive do Exodus, nossa capa deste mês.
Airton Diniz
CENÁRIO
NERVOSA: A NOVA FORÇA DO THRASH METAL NACIONAL
O Metal feminino brasileiro atravessa um grande momento e o trio Nervosa, que acaba de lançar o ‘debut’ Victim Of Yourself, atualmente é nosso maior representante mundo afora. Fernanda Lira (vocal e baixo) falou à ROADIE CREW sobre o crescimento da banda no cenário mundial, além de dar detalhes do álbum.
BASE ROCK PROMETE ABASTECER OMERCADO MUSICAL COM NOVAS BANDAS AUTORAIS
Seis bandas nacionais se uniram para reconectar o Rock ao cenário nacional e abrir espaço na mídia para novas bandas autorais. Integrantes dos grupos paulistanos Sioux 66, Burlesca, Mattilha, Shocker, Trezzy e SUN criaram a Base Rock, que tem como ideia principal fortalecer a cena do Rock nacional e abastecer o mercado musical com novas bandas autorais.
PAURA: COESOS E DESTEMIDOS
Um dos maiores representantes do Hardcore nacional, o Paura está em plena divulgação de Tameless, já considerado por fãs e críticos como um dos melhores trabalhos que a banda lançou. Fatores como mudanças de formação, produção ou até mesmo a maturidade depois de tanto tempo de estrada são alguns dos motivos que explicam essa boa repercussão. “Apesar do clichê de as bandas sempre falarem que o lançamento mais recente é o melhor, eu concordo absolutamente. Esse é um dos melhores trabalhos já lançados pelo Paura. E acho que a razão disso é um pouco de cada fator. O processo de composição, gravação, finalização e lançamento foram similares. Mas, hoje há uma unidade muito forte dentro da banda, o que facilitou para que chegássemos ao nível de exigência que nos impusemos internamente”, explica o vocalista Fabio Prandini.
SUNROAD: HARD ROCK NA ESTRADA DO SOL
As capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte sempre foram referência no cenário metálico brasileiro desde os anos 80. No entanto, fechar os olhos para outras regiões do país é perder a oportunidade de conhecer outras possibilidades do Metal nacional. No estado de Goiás, notadamente conhecido por suas duplas sertanejas, o Sunroad desenvolve seu trabalho longe das tendências sazonais musicais do estilo. A carreira iniciou em 1996 na capital goiana e em quase vinte anos de atividades a banda tem cinco álbuns, um EP e uma coletânea no currículo. O mais recente, Carved In Time, foi lançado em 2013 pela MS Metal Records e um novo álbum já está garantido para 2015. Com Marco de La Luna (vocal), Netto Mello (guitarra), Akasio Angels (baixo) e Fred Mika (bateria) o grupo assume que possui algumas letras com temáticas cristãs, porém, o baterista afirma que não estão agrilhoados a nenhuma doutrina.
ECLIPTYKA: UMA BANDA COM IDENTIDADE
Parece que o Ecliptyka achou seu som e seu caminho com o novo álbum Times Are Changed, lançado recentemente – um trabalho muito bem composto e produzido, que consegue apresentar músicas diversas e com identidade própria. Com a palavra Gui Bollini, guitarrista e vocalista da banda.
ANEUROSE: “DO INFERNO” PARA TODO BRASIL
Ter consciência das possibilidades e, com isso, buscar amadurecimento musical é uma característica mais que necessária em uma banda underground. Os mineiros do Aneurose têm essa visão explícita em sua carreira. Daquele grupo que iniciou os trabalhos em 2002 e demorou dez anos para lançar a primeira demo devido às várias instabilidades, surgiu uma poderosa banda de Thrash Metal. O primeiro disco, From Hell, completou um ano de lançamento. Ainda assim, a banda não tem planos para um novo trabalho, porém, Wallace Almeida (vocal), Sávio Chaves (guitarra), Lucas Marson (guitarra) Sthefano Dias (baixo) e Bruno Lelis (bateria) não concedem trégua em suas apresentações ao vivo. Nesta conversa, o vocalista Wallace Almeida fala sobre essa “tara” pelo palco e muito mais.
DAN LILKER: O BRUTAL TRUTH PARA, ELE NÃO
A notícia de que o baixista Dan Lilker iria se aposentar quando completasse 50 anos de idade pegou seus fãs de surpresa. Sempre ativo e produzindo, o músico norte-americano está na estrada há mais de trinta anos, tendo estreado em 1984, quando o Anthrax lançou seu primeiro álbum. Com passagens também por Nuclear Assault, S.O.D., Brutal Truth e alguns projetos menores, Lilker está embarcando para shows no Brasil. Desta vez, com o Brutal Truth, que realmente irá encerrar as atividades.
ROADIE MAIL - TOP 3 - MEMÓRIA
RAMONES
Talvez a ROADIE CREW seja a melhor publicação de entretenimento dos últimos anos. Sim, de entretenimento. É uma baita revista e tudo mais… Mas os “Backgrounds” tem sido o ponto alto da revista. Abrir a guarda pra entrar os Ramones, uma banda nada Classic Rock e nada Metal e chegar ao ponto que chegaram (Anselmo Teles, você foi foda!) em pouco espaço, foi a derradeira. Terminei vários “Background” emocionado, feliz pela banda existir e tal. Mas o dos Ramones terminei em prantos. Por mais sucesso que a banda tenha feito ou tenha seu nome atualmente como grife, sempre foi incompreendida, subestimada e injustiçada. E com poucas palavras e poucos acordes conseguiram passar o que sentiam. Como eu digo e sempre direi: Ramones é o tipo de banda que transforma um gênio em burro. Parabéns, ROADIE CREW e staff, eu sou um fanático por Metal que ama Ramones!
Vitor Franceschini
Descalvado/SP
Salve, Vitor! A gente simplesmente não podia ignorar uma história tão rica e de uma banda tão influente como o Ramones! A quantidade de bandas de Rock e de Metal que foi influenciada pelo quarteto é absurdamente grande. E discordo sobre a denominação Classic Rock aplicada à banda. Esse rótulo se refere mais a uma época do que a um estilo musical, então creio que ele é adequado ao grupo.
BLIND EAR – ALEXANDRE CUNHA (MX)
Fotos Claudia Christo
“Baixão bem pipocadão. Olha, que raiva, conheço a música inteira e não estou conseguindo falar o que é. Ah não, isso é aqui é Nasty Savage! Eu ouvia isso direto! Na época, quando a gente tinha gravado só o Headthrashers e não tinha nem o Simoniacal, uma amiga nossa, Andréa Koga, viu um show dos caras nos Estados Unidos e voltou falando do Nasty Savage. Aí quando chegou o LP nós ouvimos muito. Asmodeus, XXX…”.
Nasty Savage – No Sympathy
Nasty Savage
HIDDEN TRACKS - HORNED GOD
Não há dúvida de que o maior produto de exportação dentro do cenário Metal brasileiro é o Brutal Death Metal. Embora em meio aos representantes do estilo estejam clones baratos do precursor do movimento, Krisiun, há uma grande quantidade de grupos que agregam personalidade ao seu trabalho. Principalmente no exterior, a atenção é dobrada quando a descrição “from Brazil” vem atrelada ao nome da banda, atraindo os adeptos do gênero e quase sempre as reações são bastante entusiasmadas.
Assim como muitas bandas, a trajetória dos paulistas do Horned God começou entre amigos de escola em julho de 1998 sob o nome Sacrifice, quando Bruno Corrêa (bateria), então com 15 anos, juntou-se a Erico Pedrosa (vocal e baixo). O direcionamento musical foi adotado por razões além das influências musicais, como conta Bruno: “A escolha do Death Metal como meio de expressão foi simples, basta olhar ao seu redor: fome, miséria, homens-bomba, terra prometida, mortes, fanatismo religioso… É a trilha sonora perfeita e combina muito com esse clima de morte e fim dos tempos em que vivemos.”
Os guitarristas Victor (Necrópole)
ETERNAL IDOLS - ALLEN COLLINS
RELEASES - CDS/DVDS/BLU-RAY
Nesta edição:
Abaddon Incarnate
Apoteom
Blackwülf
Cannibal Corpse
Climatic Terra
D.E.R./Aberrant
Deathstars
Doomsday Mourning
Dynamite
Eutha
Evil Rock
Exodus
Godskill
Hammerfall
Hatefulmurder
Helix
Imperative Music
Jeff Labar
Landau
Les Memoires Fall
Marty Friedman
Mayhem
Mike Tramp
Mount Salem
Necrobiotic
Nekrost
Primordium
Revolted
Rival Sons
Sebastian Bach
Septic Flesh
Suicide Silence
The Haunted
Twilightfall
Vehemenz
WAMI
Winterfylleth
Zargof
GARAGE DEMOS
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Skin Risk
Blood Own Blood
Serena
Cavina
Soul In Agony
CLASSICOVER – KISSIN’ TIME
CLASSICREW–BAD COMPANY/VENOM/SOUNDGARDEN
1974
BAD COMPANY
Bad Company
Foram cinco anos de existência e seis discos lançados. Apesar da carreira meteórica, o legado do Free deixou frutos que são reverenciados até hoje – e, a quem interessar possa, o trabalho da banda não se resume ao superclássico All Right Now. Porém, a despeito do sucesso conquistado pela banda, os problemas do guitarrista Paul Kossof com as drogas (ele acabaria morrendo em decorrência disso em 1976, aos 25 anos) tornavam inviável o prosseguimento do grupo. Ou seja, enquanto Kossof ia aos poucos dando cabo involuntariamente da própria vida, os outros foram procurar o que fazer.
O vocalista Paul Rodgers e o baterista Simon Kirk aproveitaram o sucesso que o Free lhes rendera e resolveram montar um supergrupo.
1984
VENOM
At War With Satan
Após gravar dois álbuns seminais, o Venom partiu para sua empreitada mais ambiciosa. Welcome To Hell (1981) e Black Metal (1982) mostraram ao mundo tudo o que de mais sórdido reserva o Metal e que o trio de Newcastle poderia oferecer em demasia. Mas equivocou-se quem pensou que as glórias obtidas com os lançamentos que subverteram a lógica da New Wave Of British Heavy Metal eram suficientes. O que para alguns soou como megalomania, para Conrad “Cronos” Lant foi a realização de um projeto da juventude.
A música At War With Satan, que viria a ser a faixa que tomaria todo o lado A do LP lançado em 1984, é uma pequena parte do conto “The Book Of Armageddon”, escrito pelo adolescente Conrad e que narrava uma guerra apocalíptica entre Céu…
1994
SOUNDGARDEN
Superunknown
O mundo da música (e o mundo em geral, convenhamos) é feito de acertos e também de erros. Falando especificamente do nosso negócio, que é o Rock, um dos maiores erros que acabou se perpetuando como verdade é chamar o Soundgarden de Grunge. Tudo bem, a banda surgiu na mesma época e na mesma cidade que diversos outros grupos que podem ser enquadrados nesse estilo, mas daí a botá-la no mesmo saco de gatos que as demais vai uma longa distância. Se é pra colar algum rótulo na banda, fiquemos com a definição de Steve Huey, do site Allmusic: “O Soundgarden seria um cruzamento de Led Zeppelin com The Stooges.”
Seja como for, o som totalmente setentista da banda – graças ao vocal potente e irrepreensível de Chris Cornell e à guitarra versátil e sempre bem timbrada de Kim Tahyil (um dos músicos mais injustiçados da história, diga-se) – foi sendo moldado…
BACKSPAGE
Foi com essas palavras que o baixista do Kiss, Gene Simmons, declarou, em forma de desabafo, sua opinião pessoal a respeito da situação atual do Rock’n’Roll. Ao ler o título da matéria, me veio à cabeça uma conclusão precipitada e equivocada. Algo como “o cara está de saco cheio de certas coisas e quer chamar a atenção com essa declaração”. Poderia até ser, mas como tudo que está por trás desse grande empreendedor do show business envolve muitas cifras, ao ler com atenção entende-se que Simmons se referiu à atual fase. Ela, na verdade, se arrasta por quase duas décadas devido ao alastramento, hoje sem controle, da pirataria e da troca de arquivos na internet, assim como à perda da dignidade do músico em não poder mais se sustentar com as vendas de seus próprios CDs e obter uma renda a mais na arrecadação dos direitos autorais. Sim, como suspeitava, existia o quesito “business” por trás das queixas de Gene Simmons, atenuadas com a declaração da suposta morte do Rock’n’Roll…
LIVE EVIL – KILLSWITCH ENGAGE
Carioca Club – São Paulo/SP
23 de agosto de 2014
Por Andréa Ariani • Fotos: Denis Ono
Há alguns motivos para uma tour conjunta ser sucesso: boas bandas, sons novos, simpatia e uma boa dose de farra. Pois essa mais recente passagem do Killswitch Engage, que fez nove shows pela América do Sul junto com outros grandes destaques gringos, teve tudo isso. Enquanto os fãs brasileiros aguardavam a chegada deles em apresentações no Rio, Curitiba e São Paulo, puderam acompanhar o dia-a-dia dos caras pelas redes sociais e num diário da tour. A cordialidade da trupe estava registrada em todos os momentos.
Na capital paulista, a fila na porta do Carioca Club já era longa horas antes do evento. Muito por causa da divulgação de que a compra do merchandise oficial (com preços bem acessíveis) garantia direito ao ‘meet & greet’. Dentro da casa, um dos vendedores das camisetas oficiais era ninguém menos do que Kyle Gunther, o carismático vocalista do Battlecross. Poucos fãs se deram conta e muitos deles já lotavam todos os setores da casa. O quarteto norte-americano de Thrash foi uma grata surpresa na abertura, tendo uma parte da plateia cantando junto e agitando durante o show. O ótimo instrumental e a energia deles no palco são dignos de qualquer um que goste de muitos riffs, guitarras rápidas, bumbos duplos e bate-cabeça. Abriram com Push Pull Destroy e Kaleb, e alguns sons de War Of Will (2013) que fizeram parte do curto set agitaram bastante, como Force Fed Lies. Kyle “Gumby” Gunther disse que era uma honra tocar num país tão lindo e agradeceu ao fã-clube brasileiro presente. Para encerrar, pediu que os fãs formassem o ‘circle pit’ para o cover de War Ensemble do Slayer. Kyle finalizou a apresentação com um ‘stage dive’, caindo nos braços da galera. Logo se recompôs, ajudou a desmontar o palco e seguiu…
LIVE EVIL – ENTHRONED
Hangar 110 – São Paulo/SP
30 de agosto de 2014
Por Thamyres Melo • Fotos: Evandro Camellini
Desde a destruição sonora junto ao Marduk em 2012, a volta do Enthroned ao Brasil era aguardada por muitos. Assim, após o lançamento do álbum Sovereigns, os belgas não tardaram a retornar e desembarcaram em nossas terras para uma pequena turnê. O evento, que também contou com a participação das bandas Amazarak e Ocultan, atraiu os fãs de Metal Negro para uma noite de sábado, transformando o Hangar 110 em uma verdadeira celebração ao Black Metal.
Com início marcado para 19h, após um pequeno atraso as cortinas se abriram para a primeira banda da noite, Amazarak. Postados no palco como guerreiros blasfemos, The Black Spade Cavalo Bathory (vocais), T. Anduscias e K. Profano (guitarras), F. Impaler (bateria) e T. Aversvs (baixo) abriram o set com Triunfo E Sangue, seguida por Sovereign And Proud e A Ascensão Do Anticristo. A banda executava seu Black Metal cru e profano sem trégua, seguindo com músicas como Sob Ataques Profanos, Hellbangers Begin The Killing, Satânicos Terroristas, Lendários Batedores De Cabeça e Sangue Manchado No Trono De Deus. Como em todo evento ao vivo, o risco de imprevistos é grande e nessas horas o que conta é a habilidade de contornar seja o que for. E foi isso que se viu no palco durante um problema com o amplificador de guitarra. O Amazarak aguentou a bronca com um integrante a menos por um bom tempo, sem comprometer o ritmo e a intensidade do show. Com uma apresentação claramente estendida ao que se pretendia, porém extrema e bem recebida pelos presentes, o grupo deu conta do recado e dominou o palco por cerca de uma hora, finalizando seu set com o aclamado e já aguardado cover de Bathory, Sacrifice.
Passados trinta minutos, o Ocultan subiu ao palco para…
LIVE EVIL – SABATON
Carioca Club – São Paulo/SP
7 de setembro de 2014
Por Thiago Rahal Mauro • Fotos: Ronaldo Chavenco
Pela primeira vez no Brasil, os suecos do Sabaton fizeram uma apresentação arrebatadora em São Paulo na turnê que divulga o álbum Heroes (2014). Com letras que seguem uma temática histórica, o grupo atraiu um excelente público. Aliás, fazia muito tempo que não se via uma plateia tão participativa e criativa quanto a dos fãs do Sabaton.
A abertura do evento ficou por conta do Armahda, que lançou seu disco de estreia em 2013 e fez sua primeira apresentação ao vivo da carreira justamente nesta noite. Formado por Maurício Guimarães (vocal), Renato Domingos e Ale Dantas (guitarras), Paulo Chopps (baixo) e João Guilherme Pires (bateria), o grupo segue também a temática histórica, porém com base na história do Brasil, e durante o show deu várias aulas particulares com bastante conteúdo para o público. Destaque para as músicas Echoes From The River, Canudos e Queen Mary Insane. O mais legal de todo o show do Armahda foi que a banda não tocou nenhum cover e a plateia foi muito participativa, cantando as músicas e gritando o nome do grupo. Eles são a prova viva de que não é preciso apelar para ganhar público.
Formado no final dos anos 90 na cidade de Falun (SUE), o Sabaton tinha tudo para ser apenas “mais um”, mas soube como poucos se diferenciar na cena, tirando proveito das próprias limitações e cativando os fãs através do seu carisma e da temática que explora guerras e
LIVE EVIL - GHOST
HSBC Brasil – São Paulo/SP
05 de setembro de 2014
Por Frans Dourado • Fotos: Ricardo Ferreira
A segunda passagem do Ghost pelo Brasil não arrefeceu os ânimos dos entusiastas do som praticado pelos enigmáticos Nameless Ghouls, comandados pelo sinistro Papa Emeritus II. Ao contrário do que aconteceu em 2013 em suas apresentações, na atual turnê os suecos tiveram diante de si seu público, formado tanto por aqueles que acompanham a banda desde Opus Eponymous (2010) quanto por aqueles que conheceram o sexteto na apresentação da edição de 2013 do “Rock in Rio”.
A macabra Masked Ball, de Jocelyn Pook, usada na trilha do filme “De Olhos Bem Fechados” (Stanley Kubrick), era executada quando os ‘nameless ghouls’ entraram no altar e iniciaram o show com Infestissumam. Logo de cara ficou evidente a vantagem da apresentação numa casa desse porte. O belo ‘backdrop’ que emulava o fundo de uma catedral, com três blasfemos vitrais, deu o clima da missa que começava.
Papa Emeritus adentrou o recinto amaldiçoando os presentes com sua conhecida simpatia, momento em que assumiu o microfone para entoar o cântico de Per Aspera Ad Inferi. O sumo pontífice saudou os presentes com um simpático “boa noite” em português enquanto a aclamada Ritual era tocada com fúria por parte dos ‘ghouls’, contrastando com a habitual serenidade do Papa.
Seguiram-se mais duas músicas do ‘debut’, Prime
LIVE EVIL – DEATH DTA
Via Marquês – São Paulo/SP
07 de setembro de 2014
Por Frans Dourado • Fotos: Denis Ono
Domingo foi um dia de tributo no bairro da Barra Funda. Em uma controversa homenagem a um dos criadores do Death Metal, o saudoso Chuck Schuldiner (1967-2001) foi lembrado por algumas centenas de seguidores no Via Marquês.
O Test e o D.E.R., que dividem o mesmo baterista, o incontrolável Thiago Barata, fizeram um set inovador, caótico e simultâneo. Com Barata ao centro do palco, João Kombi (guitarra/vocal, Test) à esquerda do público e o D.E.R., completado por Thiago, Maurício e Renato (respectivamente vocal, baixo e guitarra) à direita do público, as bandas alternaram seus sons, sempre com Barata nas baquetas. Exceção feita para a última do set, tocada simultaneamente pelas duas bandas, com o som de cada uma sendo ouvido pelo público que estava do seu lado do palco, com uma confusão sendo percebida para aqueles que se situavam na metade da pista.
Terminada a apresentação de abertura, já era evidente a crescente lotação da casa. Pouco antes do início do show principal, o telão começou a exibir em slides as capas de todos os trabalhos do Death, desde as demos, alternando fotos da carreira da banda. Causou certo incômodo a utilização do logotipo do Death em sua forma original, sem nenhuma outra indicação como o DTA (Death To All), já que não estávamos presenciando uma apresentação do Death, mesmo que contando com a presença de Steve Di Giorgio (baixo), Gene Hoglan (bateria) e Bobby Koelble (guitarra), que não gravaram isoladamente mais do que dois discos com Chuck. Para completar a trupe, foram recrutados Max Phelps (Cynic) e Steffen Kummerer (Obscura), acertadamente pela técnica, destreza e papel de suas respectivas bandas na cena Death Metal de Conservatório, nem tanto pela presença de palco e potência vocal.
LIVE EVIL – I METAL MANIFEST
I METAL MANIFEST
Cavalera Conspiracy / Krisiun / Korzus
HSBC Brasil – São Paulo/SP
12 de setembro de 2014
Por João Messias Jr. • Fotos: Ricardo Ferreira
Aquela famosa frase “eu faço aniversário, mas quem ganha o presente são vocês” cabe perfeitamente no evento realizado no dia 12 de setembro, uma sexta-feira de temperatura agradável, em São Paulo. Em comemoração aos vinte anos do Manifesto Bar, foi organizada a primeira edição do “Metal Manifest”, que teve como ‘headliner’ o Cavalera Conspiracy dos irmãos Max e Iggor Cavalera e participação dos grupos Krisiun e Korzus.
As expectativas foram confirmadas logo na entrada, com um ótimo público ao redor da casa, e essa boa impressão foi reforçada com a pontualidade do horário do início dos shows, quando às 21h o Korzus iniciou seu set. Com um som absurdamente alto, Marcello Pompeu (vocal), Heros Trench e Antonio Araújo (guitarras), Dick Siebert (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria) fizeram os presentes agitarem música após música num set cujos destaques foram Correria, Guilty Silence e Truth, que seria a última do show. Seria, pois após alguns minutos o quinteto mandou Who Is Going To Be The Next, além da emblemática Guerreiros do Metal. Prestes a lançar seu novo álbum, Legion, que deve sair em outubro, os ‘thrashers’ deixaram uma das novas faixas rolando no PA, o que deixou uma expectativa positiva em relação ao sucessor.
LIVE EVIL – TARJA
HSBC Brasil – São Paulo/SP
13 de setembro de 2014
Por Jorge Junior • Fotos: Ricardo Ferreira
Após a conturbada saída do Nightwish em 2005, Tarja Turunen gravou quatro álbuns solo. Em cada um deles ficou comprovado que sua bela voz se encaixa melhor à nova fase do que nas composições da ex-banda. Quanto ao seu desempenho ao vivo, a vocalista finlandesa segue fazendo jus ao papel de “Diva do Metal Sinfônico”, como pôde ser visto em São Paulo no dia 13 de setembro. Mesmo sendo a terceira apresentação na capital paulista nos últimos quatro anos, o HSBC Brasil esteve cheio para o show que fez parte da turnê “Colours In The Road”.
A abertura ficou por conta do Mad Old Lady, que atualmente divulga seu primeiro registro de estúdio, Viking Soul (2012). Como o próprio título entrega, a sonoridade do grupo paulistano liderado pelo vocalista Eduardo Fagundes tem ênfase no Metal com temas da antiga cultura nórdica. O repertório composto por músicas do ‘debut’ – entre elas Power Of Warrior, Mad Train e Someone – ainda contou com o cover Enter Sandman (Metallica). Após quase uma hora no palco, os competentes guerreiros brasileiros saíram de cena sob muitos aplausos…
LIVE EVIL – WACKEN OPEN AIR 2014
WACKEN OPEN AIR
Wacken (ALE)
31 de julho a 2 de agosto de 2014
Por Jens Hulvershorn e Lars Heitmann
Fotos: Tanja Weineköetter
A celebração que começou em 1990 diante de 800 pessoas no meio de um pasto, tornou-se uma verdadeira meca do Metal, atraindo 75 mil peregrinos para conhecer a terra sagrada situada ao norte da Alemanha para celebrar a música pesada. A Copa do Mundo tinha acabado há pouco, mas a festa tinha que continuar. O “Wacken Open Air” de 2014 aconteceu de 31 de julho a 2 de agosto – e não foi um festival qualquer, já que estava sendo celebrada sua 25ª edição!
Na verdade, muitos headbangers esperaram até o último segundo pelo anúncio do grande ‘headliner’, mas o organizador Thomas Jensen declarou na coletiva de imprensa que via “muitas atrações principais” no cast. E, no fim das contas, o festival em si era a principal atração. Muitas das bandas escaladas estavam voltando a se apresentar nos palcos do “Wacken” para comemorar os 25 anos do festival, o que dava um certo clima de ‘best of’ ao cast, e mesmo que não tenha havido uma grande atração principal, tudo acabou se tornando uma enorme celebração para os fãs.
E foi uma celebração tranquila. Houve muito menos ocorrências de furtos do que nos outros anos e, apesar do tempo realmente quente, menos atendimentos no posto médico, a cargo da Cruz Vermelha da Alemanha. Isso, ao menos em parte, se deve à atuação dos organizadores, que distribuíram copos plásticos (com a marca do “W:O:A”, é claro) para que todos se abastecessem nos postos de distribuição gratuita de água, que estavam tanto nos locais dos shows como na área de camping. Além disso, eram repetidos os avisos de que não era uma boa ideia beber apenas cerveja para amenizar o calor…
PLAY LIST – OSWALDO VECCHIONE
Anjo Da Guarda: “A inspiração foi uma mulher, uma pessoa com quem eu tinha me relacionado. Eu fiz Vou Te Virar De Ponta Cabeça pra mesma pessoa. Mas ela não sabe que essas homenagens são pra ela… (risos) As coisas boas e ruins que acontecem num relacionamento são sempre uma inspiração. E Anjo Da Guarda se tornou uma música que até hoje o pessoal pede, ela faz parte do show do Made há muito tempo.”
Álbum: Made In Brazil (1974)
COLLECTION - BENEDICTION
BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE 1
STAY HEAVY REPORT
Aquiles Priester em carreira internacional: dedicação e profissionalismo
Podemos contar nos dedos das mãos os músicos brasileiros do cenário Heavy Metal que obtiveram destaque no exterior e tocam ou tocaram como integrantes de bandas estrangeiras. A notícia mais recente refere-se a Aquiles Priester, baterista sul-africano, mas que vive no Brasil desde os seis anos de idade, e que em setembro último passou a integrar o grupo alemão Primal Fear.
Tivemos uma longa e agradável conversa sobre esse tema, e ele nos contou que o pontapé inicial para esta união foi dado em 2012, quando recebeu o convite do guitarrista americano Andrew Szucs para participar de um novo projeto-banda chamado Blackwelder. “Ele já tinha convidado o Bjorn Englen (baixista), que toca comigo na banda do Tony MacAlpine. Fiquei interessado em ouvir as músicas de imediato e ele também me falou que o vocalista seria o Ralf Scheepers (Primal Fear). Quando recebi as músicas ainda com bateria eletrônica, mas com a voz de Ralf, fiquei impressionado.” …
PROFILE – LIZZY DEVINE
Primeiro disco que comprou:
“Come Out And Play – Twisted Sister.”
POSTER – ANGRA – ANGELS CRY
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |