fbpx

Edição #189

R$29,00

Gary Holt tem sido o líder e o principal compositor do Exodus por mais de trinta anos e, por mais percalços que tenha enfrentado ao longo desse tempo, o grupo jamais abriu mão de fazer Thrash Metal. Único integrante a constar em todos os lançamentos da…

Em estoque

EXODUS

Por Ricardo Batalha e Steven Rosen Gary Holt tem sido o líder e o principal compositor do Exodus por mais de trinta anos e, por mais percalços que tenha enfrentado ao longo desse tempo, o grupo jamais abriu mão de fazer Thrash Metal. Único integrante a constar em todos os lançamentos da banda norte-americana desde a estreia com Bonded By Blood (1995), Holt é responsável por alguns dos mais conhecidos e saudados riffs do Thrash da Bay Area. Além de tocar com o Exodus, que agora conta novamente com o vocalista Steve “Zetro” Souza, ele tem feito jornada dupla no Slayer substituindo Jeff Hanneman, falecido em maio do ano passado. Isso exige muito trabalho e dedicação, mas o guitarrista de 50 anos de idade, nascido em Oakland, na Califórnia (EUA), parece se alimentar disso. Tanto que, mesmo em meio a tantas atividades, ele arrumou um tempo para conversar com a ROADIE CREW sobre o Slayer e o Exodus, que acaba de lançar o seu décimo álbum de estúdio, Blood In, Blood Out.

DYNAZTY

Por Guilherme Spiazzi Depois de três discos no mercado e uma base de fãs já formada, os suecos do Dynazty optaram sem o menor receio por uma mudança abrupta quando decidiram largar as influências do Hard Rock para escrever Renatus, seu quarto disco de estúdio. O grupo, atualmente formado por Nils Molin (vocal), Rob Love Magnusson e Mike Lavér (guitarras), Jonathan Olsson (baixo) e George Egg (bateria), decidiu trilhar um caminho totalmente diferente, ainda que dentro do Metal, e isso certamente representa riscos. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, o vocalista Nils Molin esclarece o que exatamente motivou essa mudança e o que a banda espera conquistar com essa atitude.

HAMMERFALL

Por Guilherme Spiazzi Há um momento na carreira de algumas bandas em que elas são obrigadas a dar um tempo para rever as suas ações e colocar na balança se vale a pena continuar ou não. Depois de lançar seis discos de estúdio e experimentar a ascensão na carreira, o HammerFall começou a sentir os efeitos do tempo e as mudanças no mercado. Após o lançamento de No Sacrifice, No Victory (2009) e Infect (2011), o freio de mão parecia ter sido puxado e isto obrigou o grupo sueco a repensar a sua estratégia. Nesta entrevista para a ROADIE CREW o vocalista Joacim Cans fala do recém lançado (r)Evolution e sua conexão com os primórdios da banda e o que eles pensam sobre o futuro.

BLUES PILLS

Por Guilherme Spiazzi O fato de estarmos vivendo um momento tão distante daquela época não impediu um grupo de jovens músicos de se aventurarem por sonoridades que foram sucesso indiscutível entre as décadas de 60 e 70 do século passado. O Blues Pills surgiu de forma tão espontânea quanto sua música e construiu seu nome lançando demos e fazendo apresentações pelo velho continente. A banda formada atualmente por Elin Larsson (voz), Dorian Sorriaux (guitarra), Zack Anderson (baixo) e André Kvarnström (bateria) chega ao seu primeiro disco, Blues Pills, com muita bagagem e expectativas dentro do seu universo musical composto de várias ótimas influências. Se alguns chamam o som de datado, Elin esclarece que ele é honesto e espontâneo, e completa dizendo que eles vieram para ficar.

DELAIN

Por Guilherme Spiazzi Em aproximadamente oito anos de estrada, o grupo holandês Delain conseguiu construir sua carreira dentro do Metal objetivando fazer a sua própria música ao invés de pegar carona na onda de outras bandas do mesmo gênero. O diferencial do grupo está na espontaneidade dos arranjos e melodias, que muitas vezes flertam com o Pop, e em suas letras, que estão cada vez mais elaboradas. Com o novo disco The Human Contradicion em mãos o grupo formado atualmente por Charlotte Wessels (vocal), Martijn Westerholt (teclados), Timo Somers (guitarra), Otto Schimmelpenninck van der Oije (baixo) e Ruben Israel (bateria) prepara-se para divulgar sua música de braços abertos para o que vier. Numa conversa aberta com a ROADIE CREW, Charlotte fala sobre o significado de suas letras, a naturalidade do som e suas expectativas quanto ao futuro do Delain.

BELPHEGOR

Por Luciano Krieger Helmuth Lehner está à frente da banda austríaca Belphegor desde sua fundação, ocorrida há dezenove anos. Chegando agora em seu décimo trabalho de estúdio, Conjuring The Dead, trocamos uma ideia com Helmuth, que está por dentro de política e religião, além de ser um poliglota, acompanhando o que acontece no mundo à sua maneira…

EYEHATEGOD

Por Guilherme Spiazzi Uma união entre amigos sem muitas perspectivas, de certa forma odiada pelo seu som, mas uma banda com uma base de fãs sólida e um status ‘cult’. Essa seria uma maneira de resumir os mais de 25 anos de carreira dos norte-americanos do Eyehategod. Após um hiato de lançamentos que durou quatorze anos, Mike Williams (vocal), Jimmy Bower (guitarra), Brian Patton (guitarra), Gary Mader (baixo) e Aaron Hill (bateria) finalmente arregaçaram as mangas e soltaram o sexto trabalho de estúdio, Eyehategod. Este período de abstinência não aconteceu por acaso ou por simples descaso dos integrantes – para continuar vivo o grupo teve que passar por cima de problemas pessoais, desastres naturais e ainda encarar a perda de um grande amigo e companheiro. Nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW, Mike fala sobre como foi manter-se vivo, fazer shows e dar a volta por cima.

CHAOS SYNOPSIS

Por Leandro Nogueira Coppi Contando com a maturidade atingida após o bem sucedido álbum de estreia, Kvlt Ov Dementia (2009), o Chaos Synopsis disponibilizou em 2013 o sucessor Art Of Killing, um trabalho conceitual baseado em diversas histórias de assassinos em série espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil. Eles serviram de fonte inspiradora para que a banda, através de cada uma das composições, tentasse explicar os muitos mistérios envolvendo a mente e os atos doentios praticados por essas pessoas. Histórias de passados conturbados, os pontos em comum que conectam as ações e a natureza da patologia que os levaram a cometer crimes horripilantes que marcaram a história são expostos. Após retornarem de mais uma recente e bem sucedida turnê internacional, o baterista Friggi Mad Beats (ex-Attomica) e o baixista e vocalista Jairo Vaz Neto deram mais detalhes à ROADIE CREW a respeito da temática que envolve o novo álbum, além da resposta positiva que estão alcançando e os frutos colhidos depois de outro giro internacional.

ACE FREHLEY

Por Steven Rosen

Steven Rosen

Ace Frehley é um daqueles músicos que acabou influenciando qualquer um que tenha pegado numa guitarra ao menos uma vez na vida. Isso pode não ser novidade para ninguém, mas é a mais pura verdade. Todos, de Eddie Van Halen e Alex Skolnick a Dimebag Darrell e dúzias de outros ícones da guitarra, sempre citam Frehley como uma de suas influências. E quando você pede para o próprio Ace explicar o motivo disso, ele admite que não sabe: “Eu não sei exatamente o que eles veem no meu trabalho, mas certamente veem algo”, diz. “Eu sempre tive muito ‘feeling’ e muita atitude. Eu sei que às vezes sou um pouco desleixado e mesmo nesse novo álbum, Space Invader, alguns dos solos são meio largados. Mas sempre tive pegada e um timbre legal. Isso é porque eu nunca estudei música, toco de forma não-ortodoxa. Sei que muitas vezes músicos mais estudados podem dizer: ‘Mas isso aí está errado!’, mas minha resposta é: não tem certo ou errado no Rock’n’Roll. Você simplesmente vai lá e toca. É tudo uma questão de ‘feeling’ e atitude.” Ace está absolutamente certo. Em Space Invader, seu primeiro disco solo desde Anomaly (2009), ele leva a cabo essa maneira despojada de ser através de um punhado de músicas que mostram um ótimo uso de wah-wah, como na faixa título, e levadas bem pensadas, a exemplo de Inside The Vortex. Ainda há um tema instrumental que remete a The Who em Starship, bem como um cover de Steve Miller, The Joker. Frehley gravou todas as guitarras, praticamente todos os baixos (ele responde pelo instrumento em dez dos doze temas) e os vocais – e sua voz nunca soou melhor -, além de produzir o álbum. Seu modo de ver as coisas é simples: quanto menos gente houver no estúdio, menor a chance de algo dar errado e mais rápido você acaba o serviço. Aqui ele fala sobre o novo disco e sobre o caminho que percorreu para chegar até ele.

NOCTURNAL BREED

Por André Gaius Em meados da década de 90, o Nocturnal Breed parecia ser apenas uma válvula de escape para S.A. Destroyer e Ed Damnator, que até então estavam imersos no Black Metal através do Gehenna e do Dimmu Borgir (o último usando o pseudônimo Silenoz). O crescimento do Dimmu Borgir obrigou Ed a deixar a banda logo que saiu o segundo álbum, No Retreat… No Surrender, em 1998. Mas isso não abalou o vocalista e baixista Destroyer, que perdeu a regularidade nos lançamentos, mas manteve o grupo ativo e agregando cada vez mais versatilidade ao seu Thrash Metal. No recém lançado Napalm Nights, os noruegueses tratam de um tema batido, mas com bastante propriedade. Muito disposto a falar, Destroyer revela na entrevista a seguir como suas inspirações musicais e líricas surgem do ambiente inusitado em que vive e do histórico beligerante de sua família, além de esclarecer alguns pontos que cercam o novo álbum.

EDITORIAL

Por Airton Diniz Música que se perpetua é arte

É muito comum me perguntarem qual é a banda nova que está aparecendo com destaque no cenário do Rock e do Heavy Metal. Normalmente quem faz esse tipo de pergunta é quem não acompanha o que acontece no mundo da música pesada e espera que eu diga um nome que em pouco tempo venha a aparecer na mídia “mainstream” e a lotar estádios pelo mundo afora. Entretanto a realidade do mercado fonográfico é muito diferente do que acontecia num passado relativamente recente, ou seja, até o final dos anos 1990. Até então a dimensão do sucesso de um artista era medida pela quantidade de discos vendidos aos milhões, e as gravadoras aplicavam dinheiro alto na divulgação dos lançamentos. Mas a tecnologia digital se encarregou de mudar esse padrão. Tivemos um período de confusão generalizada onde ninguém sabia como, ou o quê, fazer para estancar a proliferação de downloads ilegais e desenvolver meios que permitissem restaurar a preservação do direito do músico ser remunerado com a comercialização de sua obra.

A mesma tecnologia que fez desmoronar a estrutura que existia anteriormente passou a proporcionar condições da produção musical ser feita também de forma independente, e com custos relativamente baixos, compensando assim a redução dos investimentos que as gravadoras faziam em produção e divulgação. Na área da produção e gravação já não se depende dos estúdios majestosos que sempre foram mantidos pelas grandes gravadoras, e na área da divulgação o papel da Internet passou a ser fundamental para o artista conseguir fazer chegar aos ouvidos do público o som da sua música. O inconveniente é que esse é um meio de comunicação exageradamente vulnerável ao uso irresponsável, tanto por parte de quem o utiliza para expor algum conteúdo quanto por quem procura algo de seu interesse na rede. Apesar disso, atualmente um trabalho bem feito disponibilizado na Internet passou a ser mais uma opção para uma banda se tornar conhecida e, eventualmente, ser descoberta por algum profissional de negócios na área musical, e consequentemente ter acesso a uma carreira bem sucedida. Mas o que significa uma carreira bem sucedida? Para o verdadeiro artista é conseguir manter-se em atividade por muitos anos, agradando aos fãs, mas, principalmente, satisfazendo sua própria exigência com seu trabalho.

O valor artístico é aquele que continua permanentemente conquistando admiradores, como o nosso leitor Rickson Alves de Araújo, de 14 anos de idade, que gosta de Heavy Metal e seguramente conhece e ouve bandas da época que seus pais eram crianças.

Hoje eu responderia à pergunta que citei acima que a jovem banda Blues Pills, entrevistada nesta edição, tem tudo para fazer muito sucesso e se juntar aos nomes consagrados do cenário, mas o mais importante é que tendo a idade do Rickson, ou a minha idade, não precisamos ficar preocupados com o que pode vir a acontecer de novidade nesse ramo, pois já temos à disposição uma infinidade de obras para curtir, inclusive do Exodus, nossa capa deste mês.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

NERVOSA: A NOVA FORÇA DO THRASH METAL NACIONAL

O Metal feminino brasileiro atravessa um grande momento e o trio Nervosa, que acaba de lançar o ‘debut’ Victim Of Yourself, atualmente é nosso maior representante mundo afora. Fernanda Lira (vocal e baixo) falou à ROADIE CREW sobre o crescimento da banda no cenário mundial, além de dar detalhes do álbum.

 

BASE ROCK PROMETE ABASTECER OMERCADO MUSICAL COM NOVAS BANDAS AUTORAIS

Seis bandas nacionais se uniram para reconectar o Rock ao cenário nacional e abrir espaço na mídia para novas bandas autorais. Integrantes dos grupos paulistanos Sioux 66, Burlesca, Mattilha, Shocker, Trezzy e SUN criaram a Base Rock, que tem como ideia principal fortalecer a cena do Rock nacional e abastecer o mercado musical com novas bandas autorais.

 

PAURA: COESOS E DESTEMIDOS

Um dos maiores representantes do Hardcore nacional, o Paura está em plena divulgação de Tameless, já considerado por fãs e críticos como um dos melhores trabalhos que a banda lançou. Fatores como mudanças de formação, produção ou até mesmo a maturidade depois de tanto tempo de estrada são alguns dos motivos que explicam essa boa repercussão. “Apesar do clichê de as bandas sempre falarem que o lançamento mais recente é o melhor, eu concordo absolutamente. Esse é um dos melhores trabalhos já lançados pelo Paura. E acho que a razão disso é um pouco de cada fator. O processo de composição, gravação, finalização e lançamento foram similares. Mas, hoje há uma unidade muito forte dentro da banda, o que facilitou para que chegássemos ao nível de exigência que nos impusemos internamente”, explica o vocalista Fabio Prandini.

 

SUNROAD: HARD ROCK NA ESTRADA DO SOL

As capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte sempre foram referência no cenário metálico brasileiro desde os anos 80. No entanto, fechar os olhos para outras regiões do país é perder a oportunidade de conhecer outras possibilidades do Metal nacional. No estado de Goiás, notadamente conhecido por suas duplas sertanejas, o Sunroad desenvolve seu trabalho longe das tendências sazonais musicais do estilo. A carreira iniciou em 1996 na capital goiana e em quase vinte anos de atividades a banda tem cinco álbuns, um EP e uma coletânea no currículo. O mais recente, Carved In Time, foi lançado em 2013 pela MS Metal Records e um novo álbum já está garantido para 2015. Com Marco de La Luna (vocal), Netto Mello (guitarra), Akasio Angels (baixo) e Fred Mika (bateria) o grupo assume que possui algumas letras com temáticas cristãs, porém, o baterista afirma que não estão agrilhoados a nenhuma doutrina.

 

 ECLIPTYKA: UMA BANDA COM IDENTIDADE

Parece que o Ecliptyka achou seu som e seu caminho com o novo álbum Times Are Changed, lançado recentemente – um trabalho muito bem composto e produzido, que consegue apresentar músicas diversas e com identidade própria. Com a palavra Gui Bollini, guitarrista e vocalista da banda.

ANEUROSE: “DO INFERNO” PARA TODO BRASIL

Ter consciência das possibilidades e, com isso, buscar amadurecimento musical é uma característica mais que necessária em uma banda underground. Os mineiros do Aneurose têm essa visão explícita em sua carreira. Daquele grupo que iniciou os trabalhos em 2002 e demorou dez anos para lançar a primeira demo devido às várias instabilidades, surgiu uma poderosa banda de Thrash Metal. O primeiro disco, From Hell, completou um ano de lançamento. Ainda assim, a banda não tem planos para um novo trabalho, porém, Wallace Almeida (vocal), Sávio Chaves (guitarra), Lucas Marson (guitarra) Sthefano Dias (baixo) e Bruno Lelis (bateria) não concedem trégua em suas apresentações ao vivo. Nesta conversa, o vocalista Wallace Almeida fala sobre essa “tara” pelo palco e muito mais.

DAN LILKER: O BRUTAL TRUTH PARA, ELE NÃO

A notícia de que o baixista Dan Lilker iria se aposentar quando completasse 50 anos de idade pegou seus fãs de surpresa. Sempre ativo e produzindo, o músico norte-americano está na estrada há mais de trinta anos, tendo estreado em 1984, quando o Anthrax lançou seu primeiro álbum. Com passagens também por Nuclear Assault, S.O.D., Brutal Truth e alguns projetos menores, Lilker está embarcando para shows no Brasil. Desta vez, com o Brutal Truth, que realmente irá encerrar as atividades.

ROADIE MAIL - TOP 3 - MEMÓRIA

Por Redação

RAMONES

Talvez a ROADIE CREW seja a melhor publicação de entretenimento dos últimos anos. Sim, de entretenimento. É uma baita revista e tudo mais… Mas os “Backgrounds” tem sido o ponto alto da revista. Abrir a guarda pra entrar os Ramones, uma banda nada Classic Rock e nada Metal e chegar ao ponto que chegaram (Anselmo Teles, você foi foda!) em pouco espaço, foi a derradeira. Terminei vários “Background” emocionado, feliz pela banda existir e tal. Mas o dos Ramones terminei em prantos. Por mais sucesso que a banda tenha feito ou tenha seu nome atualmente como grife, sempre foi incompreendida, subestimada e injustiçada. E com poucas palavras e poucos acordes conseguiram passar o que sentiam. Como eu digo e sempre direi: Ramones é o tipo de banda que transforma um gênio em burro. Parabéns, ROADIE CREW e staff, eu sou um fanático por Metal que ama Ramones!

Vitor Franceschini

Descalvado/SP

Salve, Vitor! A gente simplesmente não podia ignorar uma história tão rica e de uma banda tão influente como o Ramones! A quantidade de bandas de Rock e de Metal que foi influenciada pelo quarteto é absurdamente grande. E discordo sobre a denominação Classic Rock aplicada à banda. Esse rótulo se refere mais a uma época do que a um estilo musical, então creio que ele é adequado ao grupo.

BLIND EAR – ALEXANDRE CUNHA (MX)

Por Ricardo Batalha

Fotos Claudia Christo

“Baixão bem pipocadão. Olha, que raiva, conheço a música inteira e não estou conseguindo falar o que é. Ah não, isso é aqui é Nasty Savage! Eu ouvia isso direto! Na época, quando a gente tinha gravado só o Headthrashers e não tinha nem o Simoniacal, uma amiga nossa, Andréa Koga, viu um show dos caras nos Estados Unidos e voltou falando do Nasty Savage. Aí quando chegou o LP nós ouvimos muito. AsmodeusXXX…”.

Nasty Savage – No Sympathy

Nasty Savage

HIDDEN TRACKS - HORNED GOD

Por André Gaius

Não há dúvida de que o maior produto de exportação dentro do cenário Metal brasileiro é o Brutal Death Metal. Embora em meio aos representantes do estilo estejam clones baratos do precursor do movimento, Krisiun, há uma grande quantidade de grupos que agregam personalidade ao seu trabalho. Principalmente no exterior, a atenção é dobrada quando a descrição “from Brazil” vem atrelada ao nome da banda, atraindo os adeptos do gênero e quase sempre as reações são bastante entusiasmadas.

Assim como muitas bandas, a trajetória dos paulistas do Horned God começou entre amigos de escola em julho de 1998 sob o nome Sacrifice, quando Bruno Corrêa (bateria), então com 15 anos, juntou-se a Erico Pedrosa (vocal e baixo). O direcionamento musical foi adotado por razões além das influências musicais, como conta Bruno: “A escolha do Death Metal como meio de expressão foi simples, basta olhar ao seu redor: fome, miséria, homens-bomba, terra prometida, mortes, fanatismo religioso… É a trilha sonora perfeita e combina muito com esse clima de morte e fim dos tempos em que vivemos.”

Os guitarristas Victor (Necrópole)

ETERNAL IDOLS - ALLEN COLLINS

Por Leonardo M. Brauna Existe uma máxima que diz “para morrer, basta estar vivo”. A lógica que se cria aqui perseguiu o guitarrista e compositor Larkin Allen Collins Jr. até, finalmente, fazer sentido. Considerado uma das forças motrizes do Lynyrd Skynyrd, Allen foi um dos fundadores ao lado dos companheiros Gary Rossington (guitarra), Bob Burns (bateria), Larry Junstrom (baixo) e, claro, Ronnie Van Zant (vocal, também falecido – ver ROADIE CREW #134). Ele nasceu em Jacksonville, Flórida (EUA), e teve uma vida marcada não apenas pelo sucesso, mas por tragédias que englobam acidentes graves, perda de amigos e esposa. Sua mãe, Eva, sempre relatava que Collins, mesmo antes dos primeiros passos, era um bebê cheio de energia e teve uma infância bastante agitada. Aos 8 anos, a família o levava para ver corridas e lá ele podia ficar gritando e simulando ser um piloto, sentado nas cadeiras do ponto mais alto das arquibancadas. Ainda muito jovem, criou um fascínio por carros velozes, o que o fazia ir em suas férias de verão – todos os sábados –, visitar a pista de corrida da cidade para ver seu ídolo, LeeRoy Yarbrough.

RELEASES - CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Nesta edição:

Abaddon Incarnate

Apoteom

Blackwülf

Cannibal Corpse

Climatic Terra

D.E.R./Aberrant

Deathstars

Doomsday Mourning

Dynamite

Eutha

Evil Rock

Exodus

Godskill

Hammerfall

Hatefulmurder

Helix

Imperative Music

Jeff Labar

Landau

Les Memoires Fall

Marty Friedman

Mayhem

Mike Tramp

Mount Salem

Necrobiotic

Nekrost

Primordium

Revolted

Rival Sons

Sebastian Bach

Septic Flesh

Suicide Silence

The Haunted

Twilightfall

Vehemenz

WAMI

Winterfylleth

Zargof

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Skin Risk

Blood Own Blood

Serena

Cavina

Soul In Agony

CLASSICOVER – KISSIN’ TIME

Por Leonardo M. Brauna Quando a expressão Rock And Roll foi popularizada pelo DJ Alan Freed em 1951, o termo já vinha sendo utilizado em canções de diversos artistas ainda na década de 40, mas os programas de Alan e os shows realizados por ele tiveram papéis fundamentais na proximidade dos brancos com a música negra. Essa junção formou uma das revoluções musicais e contemporâneas mais cultivadas do público jovem, tendo como consequência inúmeras ramificações. Digamos que o célebre “Moondog”, como era conhecido, morreu em janeiro de 1965 com o dever cumprido. Em 1952, uma criança da Pensilvânia (EUA) de 8 anos de idade, vencia um concurso de talentos de Paul Whiteman da TV Club Teen na Filadélfia. Seu nome: Robert Louis Ridarelli. A conquista fez o pequeno Robert ingressar no seriado de Paul por vários anos e, com isso, seu nome foi mudado para Bobby Rydell. Aos 17 anos, Bobby conseguiu lançar seu primeiro single, intitulado Kissin’ Time, pela Camel Records.

CLASSICREW–BAD COMPANY/VENOM/SOUNDGARDEN

Por Redação

1974

BAD COMPANY

Bad Company

Foram cinco anos de existência e seis discos lançados. Apesar da carreira meteórica, o legado do Free deixou frutos que são reverenciados até hoje – e, a quem interessar possa, o trabalho da banda não se resume ao superclássico All Right Now. Porém, a despeito do sucesso conquistado pela banda, os problemas do guitarrista Paul Kossof com as drogas (ele acabaria morrendo em decorrência disso em 1976, aos 25 anos) tornavam inviável o prosseguimento do grupo. Ou seja, enquanto Kossof ia aos poucos dando cabo involuntariamente da própria vida, os outros foram procurar o que fazer.

O vocalista Paul Rodgers e o baterista Simon Kirk aproveitaram o sucesso que o Free lhes rendera e resolveram montar um supergrupo.

1984

VENOM

At War With Satan

Após gravar dois álbuns seminais, o Venom partiu para sua empreitada mais ambiciosa. Welcome To Hell (1981) e Black Metal (1982) mostraram ao mundo tudo o que de mais sórdido reserva o Metal e que o trio de Newcastle poderia oferecer em demasia. Mas equivocou-se quem pensou que as glórias obtidas com os lançamentos que subverteram a lógica da New Wave Of British Heavy Metal eram suficientes. O que para alguns soou como megalomania, para Conrad “Cronos” Lant foi a realização de um projeto da juventude.

A música At War With Satan, que viria a ser a faixa que tomaria todo o lado A do LP lançado em 1984, é uma pequena parte do conto “The Book Of Armageddon”, escrito pelo adolescente Conrad e que narrava uma guerra apocalíptica entre Céu…

1994

SOUNDGARDEN

Superunknown

O mundo da música (e o mundo em geral, convenhamos) é feito de acertos e também de erros. Falando especificamente do nosso negócio, que é o Rock, um dos maiores erros que acabou se perpetuando como verdade é chamar o Soundgarden de Grunge. Tudo bem, a banda surgiu na mesma época e na mesma cidade que diversos outros grupos que podem ser enquadrados nesse estilo, mas daí a botá-la no mesmo saco de gatos que as demais vai uma longa distância. Se é pra colar algum rótulo na banda, fiquemos com a definição de Steve Huey, do site Allmusic: “O Soundgarden seria um cruzamento de Led Zeppelin com The Stooges.”

Seja como for, o som totalmente setentista da banda – graças ao vocal potente e irrepreensível de Chris Cornell e à guitarra versátil e sempre bem timbrada de Kim Tahyil (um dos músicos mais injustiçados da história, diga-se) – foi sendo moldado…

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso GENE SIMMONS: “O ROCK ESTÁ DEFINITIVAMENTE MORTO!”

 Foi com essas palavras que o baixista do Kiss, Gene Simmons, declarou, em forma de desabafo, sua opinião pessoal a respeito da situação atual do Rock’n’Roll. Ao ler o título da matéria, me veio à cabeça uma conclusão precipitada e equivocada. Algo como “o cara está de saco cheio de certas coisas e quer chamar a atenção com essa declaração”. Poderia até ser, mas como tudo que está por trás desse grande empreendedor do show business envolve muitas cifras, ao ler com atenção entende-se que Simmons se referiu à atual fase. Ela, na verdade, se arrasta por quase duas décadas devido ao alastramento, hoje sem controle, da pirataria e da troca de arquivos na internet, assim como à perda da dignidade do músico em não poder mais se sustentar com as vendas de seus próprios CDs e obter uma renda a mais na arrecadação dos direitos autorais. Sim, como suspeitava, existia o quesito “business” por trás das queixas de Gene Simmons, atenuadas com a declaração da suposta morte do Rock’n’Roll…

LIVE EVIL – KILLSWITCH ENGAGE

Por Andréa Ariani

Carioca Club – São Paulo/SP

23 de agosto de 2014

Por Andréa Ariani • Fotos: Denis Ono

Há alguns motivos para uma tour conjunta ser sucesso: boas bandas, sons novos, simpatia e uma boa dose de farra. Pois essa mais recente passagem do Killswitch Engage, que fez nove shows pela América do Sul junto com outros grandes destaques gringos, teve tudo isso. Enquanto os fãs brasileiros aguardavam a chegada deles em apresentações no Rio, Curitiba e São Paulo, puderam acompanhar o dia-a-dia dos caras pelas redes sociais e num diário da tour. A cordialidade da trupe estava registrada em todos os momentos.

Na capital paulista, a fila na porta do Carioca Club já era longa horas antes do evento. Muito por causa da divulgação de que a compra do merchandise oficial (com preços bem acessíveis) garantia direito ao ‘meet & greet’. Dentro da casa, um dos vendedores das camisetas oficiais era ninguém menos do que Kyle Gunther, o carismático vocalista do Battlecross. Poucos fãs se deram conta e muitos deles já lotavam todos os setores da casa. O quarteto norte-americano de Thrash foi uma grata surpresa na abertura, tendo uma parte da plateia cantando junto e agitando durante o show. O ótimo instrumental e a energia deles no palco são dignos de qualquer um que goste de muitos riffs, guitarras rápidas, bumbos duplos e bate-cabeça. Abriram com Push Pull Destroy Kaleb, e alguns sons de War Of Will (2013) que fizeram parte do curto set agitaram bastante, como Force Fed Lies. Kyle “Gumby” Gunther disse que era uma honra tocar num país tão lindo e agradeceu ao fã-clube brasileiro presente. Para encerrar, pediu que os fãs formassem o ‘circle pit’ para o cover de War Ensemble do Slayer. Kyle finalizou a apresentação com um ‘stage dive’, caindo nos braços da galera. Logo se recompôs, ajudou a desmontar o palco e seguiu…

LIVE EVIL – ENTHRONED

Por Thamires Melo

Hangar 110 – São Paulo/SP

30 de agosto de 2014

Por Thamyres Melo • Fotos: Evandro Camellini

Desde a destruição sonora junto ao Marduk em 2012, a volta do Enthroned ao Brasil era aguardada por muitos. Assim, após o lançamento do álbum Sovereigns, os belgas não tardaram a retornar e desembarcaram em nossas terras para uma pequena turnê. O evento, que também contou com a participação das bandas Amazarak e Ocultan, atraiu os fãs de Metal Negro para uma noite de sábado, transformando o Hangar 110 em uma verdadeira celebração ao Black Metal.

Com início marcado para 19h, após um pequeno atraso as cortinas se abriram para a primeira banda da noite, Amazarak. Postados no palco como guerreiros blasfemos, The Black Spade Cavalo Bathory (vocais), T. Anduscias e K. Profano (guitarras), F. Impaler (bateria) e T. Aversvs (baixo) abriram o set com Triunfo E Sangue, seguida por Sovereign And Proud A Ascensão Do Anticristo. A banda executava seu Black Metal cru e profano sem trégua, seguindo com músicas como Sob Ataques ProfanosHellbangers Begin The KillingSatânicos Terroristas, Lendários Batedores De Cabeça Sangue Manchado No Trono De Deus. Como em todo evento ao vivo, o risco de imprevistos é grande e nessas horas o que conta é a habilidade de contornar seja o que for. E foi isso que se viu no palco durante um problema com o amplificador de guitarra. O Amazarak aguentou a bronca com um integrante a menos por um bom tempo, sem comprometer o ritmo e a intensidade do show. Com uma apresentação claramente estendida ao que se pretendia, porém extrema e bem recebida pelos presentes, o grupo deu conta do recado e dominou o palco por cerca de uma hora, finalizando seu set com o aclamado e já aguardado cover de Bathory, Sacrifice.

Passados trinta minutos, o Ocultan subiu ao palco para…

LIVE EVIL – SABATON

Por Thiago Rahal Mauro

Carioca Club – São Paulo/SP

7 de setembro de 2014

Por Thiago Rahal Mauro • Fotos: Ronaldo Chavenco

Pela primeira vez no Brasil, os suecos do Sabaton fizeram uma apresentação arrebatadora em São Paulo na turnê que divulga o álbum Heroes (2014). Com letras que seguem uma temática histórica, o grupo atraiu um excelente público. Aliás, fazia muito tempo que não se via uma plateia tão participativa e criativa quanto a dos fãs do Sabaton.

A abertura do evento ficou por conta do Armahda, que lançou seu disco de estreia em 2013 e fez sua primeira apresentação ao vivo da carreira justamente nesta noite. Formado por Maurício Guimarães (vocal), Renato Domingos e Ale Dantas (guitarras), Paulo Chopps (baixo) e João Guilherme Pires (bateria), o grupo segue também a temática histórica, porém com base na história do Brasil, e durante o show deu várias aulas particulares com bastante conteúdo para o público. Destaque para as músicas Echoes From The RiverCanudos Queen Mary Insane. O mais legal de todo o show do Armahda foi que a banda não tocou nenhum cover e a plateia foi muito participativa, cantando as músicas e gritando o nome do grupo. Eles são a prova viva de que não é preciso apelar para ganhar público.

Formado no final dos anos 90 na cidade de Falun (SUE), o Sabaton tinha tudo para ser apenas “mais um”, mas soube como poucos se diferenciar na cena, tirando proveito das próprias limitações e cativando os fãs através do seu carisma e da temática que explora guerras e

LIVE EVIL - GHOST

Por Frans Dourado

HSBC Brasil – São Paulo/SP

05 de setembro de 2014

Por Frans Dourado • Fotos: Ricardo Ferreira

A segunda passagem do Ghost pelo Brasil não arrefeceu os ânimos dos entusiastas do som praticado pelos enigmáticos Nameless Ghouls, comandados pelo sinistro Papa Emeritus II. Ao contrário do que aconteceu em 2013 em suas apresentações, na atual turnê os suecos tiveram diante de si seu público, formado tanto por aqueles que acompanham a banda desde Opus Eponymous (2010) quanto por aqueles que conheceram o sexteto na apresentação da edição de 2013 do “Rock in Rio”.

A macabra Masked Ball, de Jocelyn Pook, usada na trilha do filme “De Olhos Bem Fechados” (Stanley Kubrick), era executada quando os ‘nameless ghouls’ entraram no altar e iniciaram o show com Infestissumam. Logo de cara ficou evidente a vantagem da apresentação numa casa desse porte. O belo ‘backdrop’ que emulava o fundo de uma catedral, com três blasfemos vitrais, deu o clima da missa que começava.

Papa Emeritus adentrou o recinto amaldiçoando os presentes com sua conhecida simpatia, momento em que assumiu o microfone para entoar o cântico de Per Aspera Ad Inferi. O sumo pontífice saudou os presentes com um simpático “boa noite” em português enquanto a aclamada Ritual era tocada com fúria por parte dos ‘ghouls’, contrastando com a habitual serenidade do Papa.

Seguiram-se mais duas músicas do ‘debut’, Prime

LIVE EVIL – DEATH DTA

Por Frans Dourado

Via Marquês – São Paulo/SP

07 de setembro de 2014

Por Frans Dourado • Fotos: Denis Ono

Domingo foi um dia de tributo no bairro da Barra Funda. Em uma controversa homenagem a um dos criadores do Death Metal, o saudoso Chuck Schuldiner (1967-2001) foi lembrado por algumas centenas de seguidores no Via Marquês.

Test e o D.E.R., que dividem o mesmo baterista, o incontrolável Thiago Barata, fizeram um set inovador, caótico e simultâneo. Com Barata ao centro do palco, João Kombi (guitarra/vocal, Test) à esquerda do público e o D.E.R., completado por Thiago, Maurício e Renato (respectivamente vocal, baixo e guitarra) à direita do público, as bandas alternaram seus sons, sempre com Barata nas baquetas. Exceção feita para a última do set, tocada simultaneamente pelas duas bandas, com o som de cada uma sendo ouvido pelo público que estava do seu lado do palco, com uma confusão sendo percebida para aqueles que se situavam na metade da pista.

Terminada a apresentação de abertura, já era evidente a crescente lotação da casa. Pouco antes do início do show principal, o telão começou a exibir em slides as capas de todos os trabalhos do Death, desde as demos, alternando fotos da carreira da banda. Causou certo incômodo a utilização do logotipo do Death em sua forma original, sem nenhuma outra indicação como o DTA (Death To All), já que não estávamos presenciando uma apresentação do Death, mesmo que contando com a presença de Steve Di Giorgio (baixo), Gene Hoglan (bateria) e Bobby Koelble (guitarra), que não gravaram isoladamente mais do que dois discos com Chuck. Para completar a trupe, foram recrutados Max Phelps (Cynic) e Steffen Kummerer (Obscura), acertadamente pela técnica, destreza e papel de suas respectivas bandas na cena Death Metal de Conservatório, nem tanto pela presença de palco e potência vocal.

LIVE EVIL – I METAL MANIFEST

Por João Messias Jr

I METAL MANIFEST

Cavalera Conspiracy / Krisiun / Korzus

HSBC Brasil – São Paulo/SP

12 de setembro de 2014

Por João Messias Jr. • Fotos: Ricardo Ferreira

Aquela famosa frase “eu faço aniversário, mas quem ganha o presente são vocês” cabe perfeitamente no evento realizado no dia 12 de setembro, uma sexta-feira de temperatura agradável, em São Paulo. Em comemoração aos vinte anos do Manifesto Bar, foi organizada a primeira edição do “Metal Manifest”, que teve como ‘headliner’ o Cavalera Conspiracy dos irmãos Max e Iggor Cavalera e participação dos grupos Krisiun e Korzus.

As expectativas foram confirmadas logo na entrada, com um ótimo público ao redor da casa, e essa boa impressão foi reforçada com a pontualidade do horário do início dos shows, quando às 21h o Korzus iniciou seu set. Com um som absurdamente alto, Marcello Pompeu (vocal), Heros Trench e Antonio Araújo (guitarras), Dick Siebert (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria) fizeram os presentes agitarem música após música num set cujos destaques foram CorreriaGuilty Silence Truth, que seria a última do show. Seria, pois após alguns minutos o quinteto mandou Who Is Going To Be The Next, além da emblemática Guerreiros do Metal. Prestes a lançar seu novo álbum, Legion, que deve sair em outubro, os ‘thrashers’ deixaram uma das novas faixas rolando no PA, o que deixou uma expectativa positiva em relação ao sucessor.

LIVE EVIL – TARJA

Por Jorge Junior

HSBC Brasil – São Paulo/SP

13 de setembro de 2014

Por Jorge Junior • Fotos: Ricardo Ferreira

Após a conturbada saída do Nightwish em 2005, Tarja Turunen gravou quatro álbuns solo. Em cada um deles ficou comprovado que sua bela voz se encaixa melhor à nova fase do que nas composições da ex-banda. Quanto ao seu desempenho ao vivo, a vocalista finlandesa segue fazendo jus ao papel de “Diva do Metal Sinfônico”, como pôde ser visto em São Paulo no dia 13 de setembro. Mesmo sendo a terceira apresentação na capital paulista nos últimos quatro anos, o HSBC Brasil esteve cheio para o show que fez parte da turnê “Colours In The Road”.

A abertura ficou por conta do Mad Old Lady, que atualmente divulga seu primeiro registro de estúdio, Viking Soul (2012). Como o próprio título entrega, a sonoridade do grupo paulistano liderado pelo vocalista Eduardo Fagundes tem ênfase no Metal com temas da antiga cultura nórdica. O repertório composto por músicas do ‘debut’ – entre elas Power Of WarriorMad Train Someone – ainda contou com o cover Enter Sandman (Metallica). Após quase uma hora no palco, os competentes guerreiros brasileiros saíram de cena sob muitos aplausos…

LIVE EVIL – WACKEN OPEN AIR 2014

Por Jens Hulvershorn e Lars Heitmann

WACKEN OPEN AIR

Wacken (ALE)

31 de julho a 2 de agosto de 2014

Por Jens Hulvershorn e Lars Heitmann

Fotos: Tanja Weineköetter

A celebração que começou em 1990 diante de 800 pessoas no meio de um pasto, tornou-se uma verdadeira meca do Metal, atraindo 75 mil peregrinos para conhecer a terra sagrada situada ao norte da Alemanha para celebrar a música pesada. A Copa do Mundo tinha acabado há pouco, mas a festa tinha que continuar. O “Wacken Open Air” de 2014 aconteceu de 31 de julho a 2 de agosto – e não foi um festival qualquer, já que estava sendo celebrada sua 25ª edição!

Na verdade, muitos headbangers esperaram até o último segundo pelo anúncio do grande ‘headliner’, mas o organizador Thomas Jensen declarou na coletiva de imprensa que via “muitas atrações principais” no cast. E, no fim das contas, o festival em si era a principal atração. Muitas das bandas escaladas estavam voltando a se apresentar nos palcos do “Wacken” para comemorar os 25 anos do festival, o que dava um certo clima de ‘best of’ ao cast, e mesmo que não tenha havido uma grande atração principal, tudo acabou se tornando uma enorme celebração para os fãs.

E foi uma celebração tranquila. Houve muito menos ocorrências de furtos do que nos outros anos e, apesar do tempo realmente quente, menos atendimentos no posto médico, a cargo da Cruz Vermelha da Alemanha. Isso, ao menos em parte, se deve à atuação dos organizadores, que distribuíram copos plásticos (com a marca do “W:O:A”, é claro) para que todos se abastecessem nos postos de distribuição gratuita de água, que estavam tanto nos locais dos shows como na área de camping. Além disso, eram repetidos os avisos de que não era uma boa ideia beber apenas cerveja para amenizar o calor…

PLAY LIST – OSWALDO VECCHIONE

Por Antonio Carlos Monteiro

Anjo Da Guarda: “A inspiração foi uma mulher, uma pessoa com quem eu tinha me relacionado. Eu fiz Vou Te Virar De Ponta Cabeça pra mesma pessoa. Mas ela não sabe que essas homenagens são pra ela… (risos) As coisas boas e ruins que acontecem num relacionamento são sempre uma inspiração. E Anjo Da Guarda se tornou uma música que até hoje o pessoal pede, ela faz parte do show do Made há muito tempo.”

Álbum: Made In Brazil (1974)

COLLECTION - BENEDICTION

Por Leonardo M. Brauna Para o mundo, a cidade de Birmingham (ING) é referência nos setores industrial e de transportes. Entretanto, no universo da música pesada, outras qualidades estão representadas com filhos ilustres como Judas Priest e Black Sabbath, apenas para citar alguns dentre uma série de outros nomes da música. Em Birmingham, o cenário Death Metal também esteve presente em sua essência, acompanhando a gênese surgida na Califórnia com Possessed e na Flórida com Mantas (posteriormente, Death). O Benediction é uma das principais referências da cidade britânica e uma das maiores forças desse estilo em todo o planeta. Alguns amigos focados em temas como corrupção, misantropia e religião se reuniram em fevereiro de 1989. Foram eles: Peter Rew e Darren Brookes (guitarras), Paul Adams (baixo), Ian Treacy (bateria) e Mark “Barney” Greenway (vocal). Durante esses mais de 25 anos, a banda sofreu algumas mudanças na formação, ousou novas sonoridades, mas sempre conseguiu manter fiel sua legião de fãs. Sua última visita ao Brasil – ocasião da “Transcend The Rubicon 20th Anniversary Tour” – levou-os a lugares não percorridos até então, como Caruaru (PE) e Fortaleza (CE), demonstrando a paixão dos brasileiros.

BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE 1

Por Daniel Dutra No momento em que você lê estas linhas, garotos com guitarras, baixos, baterias e microfones ocupam garagens e salas de estúdio para levar um som, para tirar músicas de seus artistas favoritos e se divertir. É assim que uma banda dá seus primeiros passos, é assim que nasceram os grupos que tanto curtimos – a esmagadora maioria deles, sem dúvida. Foi assim que começou a história do Queensrÿche, com uma linha do tempo não muito diferente das que encontramos em alguns de nossos artistas favoritos: críticas positivas, ascensão, sucesso, críticas negativas, declínio, troca de integrantes, crises e um renascimento precedido de doses nada homeopáticas de lavagem de roupa suja – uma observação importante: todas as declarações que não tenham crédito, neste e nos próximos capítulos, foram retiradas dos vários documentos públicos que fizeram parte do processo judicial que durou de 29 de junho de 2012 até 17 de abril de 2014, quando um acordo amigável selou o futuro do grupo que pode reivindicar o posto de precursor do Progressive Metal. Entre altos e baixos, ingredientes que garantem uma história e tanto, contada aqui não de maneira derradeira, mas com detalhes esmiuçados da melhor maneira possível para levá-lo a embarcar numa viagem rumo ao som de uma banda ímpar. Boa leitura!

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Aquiles Priester em carreira internacional: dedicação e profissionalismo

Podemos contar nos dedos das mãos os músicos brasileiros do cenário Heavy Metal que obtiveram destaque no exterior e tocam ou tocaram como integrantes de bandas estrangeiras. A notícia mais recente refere-se a Aquiles Priester, baterista sul-africano, mas que vive no Brasil desde os seis anos de idade, e que em setembro último passou a integrar o grupo alemão Primal Fear.

Tivemos uma longa e agradável conversa sobre esse tema, e ele nos contou que o pontapé inicial para esta união foi dado em 2012, quando recebeu o convite do guitarrista americano Andrew Szucs para participar de um novo projeto-banda chamado Blackwelder. “Ele já tinha convidado o Bjorn Englen (baixista), que toca comigo na banda do Tony MacAlpine. Fiquei interessado em ouvir as músicas de imediato e ele também me falou que o vocalista seria o Ralf Scheepers (Primal Fear). Quando recebi as músicas ainda com bateria eletrônica, mas com a voz de Ralf, fiquei impressionado.” …

PROFILE – LIZZY DEVINE

Por Ricardo Batalha

Primeiro disco que comprou:

 “Come Out And Play – Twisted Sister.”

POSTER – ANGRA – ANGELS CRY

Por Redação Angels Cry – 20 Anos
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
Fechar
Fechar