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Edição #190

R$29,00

Em um momento da carreira muito especial, Max Cavalera segue sua marcha, sempre se mantendo como um dos músicos mais importantes do Heavy Metal mundial. Sustenta uma boa regularidade e sabe que não pode dar passo em falso…

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CAVALERA CONSPIRACY

Por Claudio Vicentin Em um momento da carreira muito especial, Max Cavalera segue sua marcha, sempre se mantendo como um dos músicos mais importantes do Heavy Metal mundial. Sustenta uma boa regularidade e sabe que não pode dar passo em falso. Mesmo há anos longe do Sepultura, ele ainda é um dos artistas mais conhecidos, seja da antiga ou da nova geração, e isso graças à sua banda Soulfly e à mais recente, Cavalera Conspiracy, sem contar o novo projeto Killer Be Killed. Não bastasse isso, Max ao vivo tem carisma e se comunica de forma espontânea com os fãs, além de ter uma voz marcante no estilo que executa. Neste terceiro CD, o Cavalera Conspiracy nos brinda com um som brutal, extremo e cheio de momentos especiais. Tocar rápido e pesado é algo que os irmãos Cavalera sempre fizeram desde pequenos, mas sempre incorporando momentos mais trabalhados e cadenciados em sua música. Pandemonium não é 100% rápido, mas chega perto. Essa guinada no instrumental vem acompanhada de uma produção mais enxuta e uma embalagem mais criativa. Com a palavra, Max Cavalera

ESPECIAL DEATH METAL – 30 ÁLBUNS (INTRO)

Por Frans Dourado

Frans Dourado

Mais do que um estilo musical, as próximas páginas versam sobre violência. Afinal, ninguém cai de paraquedas no Death Metal e no Grindcore. Algo em você sempre clamou por mais peso, velocidade, brutalidade, maldade e perversão. E se você foi adolescente na passagem dos anos 80 para os 90 do século passado, muito provavelmente lia o jornal Notícias Populares se morava em São Paulo, ou O Povo no Rio de Janeiro. Ouvia o programa do Gil Gomes e se divertiu quando a Rede OM começou a transmitir para o Brasil todo o programa Cadeia Nacional, do saudoso Luiz Carlos Alborghetti. O Brasil ainda se acostumava à abertura política que marcou o fim do regime ditatorial que subjugou o Brasil por vinte anos e à promulgação da Constituição de 1988. Por mais estranho que possa parecer, isso causou uma liberação abrupta dos conteúdos exibidos na televisão e nesse cenário caótico o Death Metal começou a ganhar os corações de quem não mais se satisfazia com o que o Thrash oferecia em termos de brutalidade.

ESPECIAL DEATH METAL - 01 A 12

Por Redação

Morbid Angel

Deicide

Repulsion

Entombed

Celtic Frost

Carcass

Obituary

Napalm Death

Cannibal Corpse

Possessed

Death

Terrorizer

ESPECIAL DEATH METAL – 13 A 24

Por Redação

Bolt Thrower

Krisiun

Autopsy

Suffocation

Nile

At The Gates

Brujeria

Brutal Truth

Benediction

Unleashed

Macabre

Immolation

ESPECIAL DEATH METAL – 25 A 30

Por Redação

Dismember

Pungent Stench

Massacre

Gorefest

Hypocrisy

Incantation

RIVAL SONS

Por Steven Rosen Em Great Western Valkyrie, quarto disco do Rival Sons, o baterista Mike Miley pode ser elevado ao posto de expoente do instrumento da nova geração, ao lado de nomes como Danny Carey (Tool) ou Brann Dailor (Mastodon). Influenciado pelos mais importantes bateristas ingleses, como John Bonham, Keith Moon, Mitch Mitchell e Ginger Baker, ele deixa isso claro em várias músicas do novo disco, a exemplo de Open My Eyes. Ao mesmo tempo, no entanto, ele inclui detalhes de outros estilos que dão um molho especial ao repertório. “São influências de Jazz e Funk”, afirma ele. “Eu toco num kit pequeno, quatro tambores e dois pratos de ataque, e uso muitas ‘ghost notes’ (N.T.: figura rítmica em que uma ou mais notas são tocadas em intensidade bem menor que as demais). Você nem sempre ouve essas notas, elas são o oposto do que normalmente se faz no Rock. É isso que dá movimento à música. Os bateristas de Funk usam esse recurso o tempo todo.” Conseguimos conversar com Mike durante a turnê do Rival Sons pela Europa e ele falou sobre o novo disco, sua paixão pelos músicos do Classic Rock e muito mais.

OBITUARY

Por Guilherme Spiazzi Se contarmos a história do Obituary a partir da formação do Xecutioner em 1984, temos três décadas dedicadas ao Death Metal da forma mais direta e crua. A estreia com Slowly We Rot (1989) colocou o nome do grupo em evidência e ajudou a fortalecer um estilo que estava nascendo e se popularizando nos Estados Unidos. Com os passar dos anos, a banda colecionou decisões acertadas e erradas, mas um dos pontos que a define é o fato de nunca forçar a sua música – ela literalmente só acontece quando os músicos têm vontade. Os lançamentos do Obituary não seguem uma agenda e os atuais integrantes – John Tardy (vocal), Donald Tardy (bateria), Trevor Peres (guitarra), Terry Butler (baixo, Massacre) e Kenny Andrews (guitarra) – felizmente resolveram quebrar o jejum de quase cinco anos com Inked In Blood, seu nono disco de estúdio. Apesar de parecer um processo sistemático, gravar e lançar o disco foi um desafio para o grupo e nesta entrevista para a ROADIE CREW John Tardy falou sobre os novos territórios explorados e os hábitos que precisaram quebrar para que Inked In Blood fosse lançado.

DEEP PURPLE

Por Ken Sharp O Deep Purple pode ser considerado um dos grupos de Rock que produziu um verdadeiro Big Bang no mundo da música. Afinal, trata-se de uma banda incrivelmente versátil, formada por músicos com talento em diversos estilos, do Jazz ao Clássico. Parte da magia que atraiu milhares de fãs pelo mundo vem das proezas que Jon Lord fazia nos teclados. O vasto legado musical de Jon, que faleceu em 2012, é festejado em um novo DVD/CD duplo, Jon Lord, Deep Purple & Friends, que mostra os dois lados de sua carreira: o Rock com Celebrating Jon Lord – The Rock Legend e o Clássico com Celebrating Jon Lord – The Composer. “Foi um show único. Todos estavam lá pelo mesmo motivo: homenagear um grande músico e um homem maravilhoso. O Royal Albert Hall é um lugar grande e pode ser intimidador, mas naquela noite foi mais uma reunião, muito grande, de amigos num pub do que um show em si. Eu acredito que todos, artistas, público e membros da equipe, sentiram que foi uma noite diferente.” O vídeo traz o show realizado no Royal Albert Hall em Londres e conta com uma grande variedade de pesos-pesados musicais, como Bruce Dickinson, o ex-baixista do Purple Glenn Hughes, Rick Wakeman e Paul Weller, entre outros, todos unidos para prestar uma linda homenagem ao gênio dos teclados com um show de quatro horas baseado somente em sua discografia. Baterista do Deep Purple e grande amigo de Jon, Ian Paice é um dos nomes por trás desse tributo. A ROADIE CREW falou com ele sobre essa noite especial e muito mais.

YES

Por Steven Rosen Fazemos a ligação para o hotel e pedimos para falar com Buddy Alan. Quem atende, no entanto, é o baterista do Yes, Alan White, que precisa usar um nome falso para evitar o assédio dos fãs. Isso é resultado de sua longa trajetória na música, desde que começou a tocar com bandas como Alan Price Set, Bell + Arc, Griffin e várias outras até se juntar ao Yes, com quem está há mais de quarenta anos – o que não o impediu de trabalhar com outros ícones da música, como John Lennon, George Harrison e Joe Cocker. No momento, o Yes acaba de lançar seu mais novo disco, Heaven & Earth, o primeiro a contar com o vocalista Jon Davison. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, White fala sobre esse disco e relembra alguns momentos marcantes de sua carreira.

EVERGREY

Por Guilherme Spiazzi Em quase vinte anos de carreira, o Evergrey passou por momentos excelentes e também mergulhou em problemas a ponto de quase encerrar atividades. Foi literalmente através da superação da dor e das frustrações que o vocalista e guitarrista Tom S. Englund encontrou forças para fazer o grupo voltar a respirar. O retorno de Henrik Danhage (guitarra) e Jonas Ekdahl (bateria) certamente reforçou o alicerce e deu segurança para que, ao lado de Rikard Zander (teclados) e Johan Niemann (baixo, ex- Therion), lançassem o nono disco de estúdio, Hymns For The Broken. O grupo sueco sempre se importou com sua música e com as letras de maneira igual, e a cada trabalho percebe-se a carga emocional das composições. O sucesso experimentado com os álbuns Recreation Day (2003) e The Inner Circle (2004) trouxe muitos fãs para abanda e proporcionou inúmeros shows, mas depois de Torn (2008) e Glourious Collision (2011) a impressão que se teve foi a de uma banda que estava minguando paulatinamente. Para reverter a situação, ela fez o que sabe fazer de melhor: música honesta, sem pretensões ou rótulos. Nesta entrevista muito descontraída, Tom S. Englund e Jonas Ekdahl deram respostas francas e diretas e, entre uma cerveja e outra, abriram o jogo sobre tudo o que aconteceu com o Evergrey.

STEEL PANTHER

Por Steven Rosen Assim que começa a conversa com Russ Parrish, guitarrista do Steel Panther, surge uma questão: “Como eu devo chamá-lo? Russ ou Satchel?” Ele responde de primeira: “Eu só respondo como Satchel!” Pensei que ele ia cair na risada em seguida, mas a resposta foi completamente a sério. A essa altura, a ligação caiu e o assessor de imprensa ligou novamente. Ele estava monitorando a conversa e disse que o guitarrista só aceita ser chamado de Stachel e que não responderia qualquer pergunta que não dissesse respeito ao Steel Panther, como sua participação no Atomic Punks, que fazia covers de Van Halen, seu trabalho com Paul Gilbert ou ter tocado com Rob Halford no Fight. Achei meio estranho, mas concordei. Ele voltou à linha e nós conversamos sobre o Steel Panther.

EDITORIAL

Por Airton Diniz A grandeza na atitude de ser fã

Quem não admite assumir a condição de fã demonstra ter uma personalidade arrogante e, na maioria dos casos, é um sujeito amargo, infeliz e que dificilmente reconhece virtudes nas pessoas do seu círculo de amizades – se é que gente assim pode chamar alguém de amigo. Especialmente na área esportiva e no mundo das artes fica muito evidente que a relação entre ídolos e fãs tem como principal componente a emoção, e isso, quando não atinge níveis exagerados e comportamentos desequilibrados, é algo muito positivo e beneficia tanto os admiradores quanto os admirados. Arrisco a dizer até que o fã é mais privilegiado que seu ídolo nessa relação, e posso citar meu exemplo, num dos casos referindo-se ao esporte, tenho consciência de que é humanamente impossível eu retribuir ao senhor Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, tudo o que ele proporcionou a mim de momentos felizes durante grande parte da minha vida. Posso dizer o mesmo em relação à música, pois o prazer de ouvir a obra criada pelos Beatles elevou significativamente minha qualidade de vida. Portanto, a verdade é que ser ídolo deve ser algo muito bom, mas ser fã é ainda melhor.

A leitura da matéria do Yes nesta edição reforçou meu desejo de falar neste assunto, pois Alan White, nosso entrevistado, viveu uma experiência extraordinária quando aos 19 anos foi convidado por seu ídolo John Lennon para tocar com ele na Plastic Ono Band. Alan, que é um baterista de muito sucesso, com prestígio profissional no mundo todo, acumula as duas condições: é fã e ídolo ao mesmo tempo.

Mas, para o espaço no “Editorial” da ROADIE CREW deste mês, eu já tinha o tema definido para homenagear a figura do fã inspirado pelas correspondências que recebemos, e em especial para prestar uma homenagem ao Paulo Carames, um grande fã de Ramones que desde 2010 mantém no ar o blog “Sequela Coletiva” (sequelacoletiva.wordpress.com), onde escreve sobre a banda fazendo resenhas de discos, vídeos e livros. Quando publicamos o “Background” dos Ramones, num trabalho do também fã Anselmo Teles, uma das fontes consultadas que mereceu toda confiabilidade, foi justamente o blog do Paulo, a quem agradecemos os cumprimentos pela iniciativa de escrever sobre esse grupo que é um ícone no mundo do Rock. Ao mesmo tempo pedimos desculpas pela falha de não ter sido citado o “Sequela Coletiva” na matéria onde mereceu o mesmo destaque das demais fontes ali relacionadas, como o documentário “End Of The Century: The Story Of The Ramones” (Jim Fields) e os livros “Coração Envenenado” (Dee Dee Ramone e Veronica Kofman), “Mate-me Por Favor” (Legs McNeil e Gillian McCain), “Hey Ho Let’s Go – A Historia dos Ramones” (Everett True), “Na Estrada Com Os Ramones”(Monte Melnick e Frank Meyer), “Eu Dormi Com Joey Ramone – Memórias de Uma Família Punk Rock” (Legs Mcneil e Mickey Leigh), “Ramones: An American Band” (Jim Bessman), “Commando – a Autobiografia de Johnny Ramone” (Johnny Ramone).

Esta edição é dedicada a Felipe Godoy. Descanse em paz, guerreiro.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

KROW: EVOLUINDO NA ESTRADA

 

 Sucesso só vem com trabalho, muita ralação e no tempo certo, e é exatamente isso que vem fazendo o Krow. Durante seus oito anos de existência, o grupo criado em Uberlândia (MG) parece ter finalmente alcançado um status que deixa seus membros satisfeitos. O ponto alto da carreira foi o convite para a participação do renomado festival britânico “Bloodstock”. O vocalista e guitarrista Guilherme Miranda nos conta mais sobre este feito e sobre a carreira da banda.

 

 

 

FURIA INC.: A OUTRA NATUREZA

Ainda que tenha iniciado suas atividades apenas por diversão, a banda paulista Furia Inc. foi moldando seu estilo e, desde 2009, vem evoluindo e merecidamente vem conquistando espaço. Depois de dois EPs, o projeto dos irmãos Gustavo (guitarra) e Neto Romão (bateria) hoje conta Victor Cutrale no vocal e Bruno Nicolozzi no baixo, formação que lançou o primeiro ‘full lenght’, Murder Nature. “Tocar Metal sempre foi nossa diversão. Deixamos de ser um projeto quando realmente encontramos os caras certos, começamos a compor em 2009 e entramos em estúdio para gravar nosso primeiro EP, Creatin’ A World (2010)”, diz Neto. Depois dele vieram Before The World Ends (2011) e algumas boas críticas.

 

 

 

REXOR: O MELHOR VEM NO FINAL

Às vezes, o melhor fica para o final. Nascido em São Paulo em 1999, o Rexor levou nove anos para lançar o EP Heavy Metal Forever e só agora solta o ‘debut’, Powered Heart. “Heavy Metal Forever seria nosso ‘debut’, não fossem as trocas de guitarristas e dificuldades financeiras. Montamos nosso estúdio e, como banda e fãs de música, não sentíamos as composições amadurecidas o suficiente. Escolhemos quatro e as reestruturamos para um EP”, explica Wander Cunha.

 

 

 

IN SOULITARY: HEAVY METAL COM ALGUMA COISA

A banda In Soulitary soltou um belo ‘debut’: Confinement percorre diversos estilos do Metal e consegue fazê-lo de maneira convincente. O guitarrista Danny Schneider contou um pouco sobre a produção do álbum, mencionando os contratempos – devidamente superados – e outros fatores que, no fim das contas, culminaram no lançamento do registro. E atente para o desafio lançado pelo músico

 

 

 

 ANTHRAX: JOEY BELLADONNA NO METAL ALL STARS

 O Anthrax encontra-se em um ótimo momento pois, além de estar gravando seu novo álbum, acaba de lançar o DVD Chile On Hell. Tratamos desses assuntos com o vocalista Joey Belladonna, que também falou a respeito de sua vinda ao Brasil para o evento “Metal All Stars”, marcado para o dia 22 de novembro no Espaço das Américas, em São Paulo (SP).

 

IMMORTAL GUARDIAN: BANDA DOS EUA, VOCAL MADE IN BRAZIL

Indo na contramão do Metalcore, a atual maior vertente de exportação do “Metal Made In USA”, o Immortal Guardian aposta em uma mescla de Metal Tradicional, Power, Prog e Thrash. A roupagem mais moderna foi batizada pelos fãs norte-americanos como “Super Metal”. A banda conta com os virtuosos Gabriel Guardian (guitarra e teclado), Jyro Alejo (guitarra), Thad Stevens (baixo), Cody Gilliland (bateria) e o vocalista brasileiro Carlos Zema, que por muitos anos esteve à frente do Heaven’s Guardian (GO) e também passou pelo Vougan (DF) pouco antes de se mudar para os EUA em 2007 e se integrar ao Outworld. O brasileiro juntou-se em 2012 ao Immortal Guardian que, no ano seguinte, lançou o EP Super Metal – Edition: Z. Trabalhando num ritmo incessante, o grupo acaba de lançar o EP Revolution – Part I, produzido por Roy Z, com quem já se prepara para voltar ao estúdio e registrar o CD Revolution – Part II, previsto para o início de 2015. A ROADIE CREW conversou com o ‘frontman’ brasileiro.

 

KYHARY: METAL ENTRE AMIGOS

Veteranos de estrada em divulgação de seu primeiro álbum, Luciano BN (vocal e guitarra), Renato Romano (guitarra), Denis Nohia (baixo) e Denis Roosevelt (bateria), lançaram virtualmente Inocência, Escolhas… Fim, recentemente disponibilizado em versão física. Depois de dez anos, além das mudanças de integrantes e do desafio de lançar um trabalho autoral, o Kyhary quer continuar se firmando com um estilo próprio, sendo mais um que optou por fazer Metal em bom português. Para saber mais desse trabalho e das novidades da nova formação, a ROADIE CREW conversou com Denis Roosevelt.

ROADIE MAIL - TOP 3 - MEMÓRIA

Por Redação

DÉCADA DE 80

  Batalha, desde que li seu artigo sobre o histórico show do Kiss em 83, “Quando não era normal ir a um show de estádio”, fiquei com vontade de compartilhar a minha história com você, pois em algum momento de nossas vidas devemos ter nos cruzado por aí! Agora ao ler sobre o ano de 1984, acabei deixando a preguiça de lado e escrevo para contar minha história, que correu paralela à sua. Você estudou no Liceu Pasteur, se me lembro bem usando aquele uniforme marronzinho! Na época do show do Kiss, havia acabado de sair do Colégio Nossa Senhora do Rosário, próximo ao Liceu, e estava estudando na Escola Técnica Federal. Tinha um amigo que estudava no Liceu e ficava sempre por ali. Desde meados de 1978, quando comecei a ouvir os tapes do meu irmão com Black Sabbath, Nazareth, Rush, Kiss e Deep Purple, comecei a curtir um som mais pesado. Mas ao ouvir Destroyer do Kiss me apaixonei pela banda da qual sou fã até hoje! Então, ao saber da vinda da banda para o Brasil, em 83, não conseguia acreditar e conter a ansiedade! Tenho até hoje muitas reportagens da época (inclusive todas que ilustraram sua matéria na edição #150). Naquela época frequentava muito a Woodstock Discos, comprava patches, bottons e LPs importados, gastando uma grana que não tinha! Curtia muito também as lojas Yesterday & Today Discos, Wop Bop, Punk Rock Discos e Baratos Afins, onde comprei vários LPs das bandas nacionais que iniciavam sua trajetória (Platina, Chave do Sol, Inox, Salário Mínimo etc.). Por volta de 86, aprendi a tocar bateria com o Zé Luis, da Chave do Sol, com a pretensão de me tornar um ‘rockstar’ (risos). Virei arquiteto! O relato que você faz do dia de 1984 mostra bem o que se passava na época e os fatos históricos relevantes para nos situar. Hoje com internet e mercado aberto, tudo é muito mais fácil. As informações chegam até nós. Foram anos duros, que duram até hoje em nossa memória! Em janeiro de 85, parti de São Paulo para o Rio para ver outras lendas do Metal, mas isso é outra história…

Alexandre Tobo

Guarulhos/SP

Belíssimo relato, Alexandre. Bem, tem mais algumas coincidências porque você estudou na mesma escola que minha mãe e minha tia estudaram, em uma época em que o Nossa Senhora do Rosário era uma escola feminina. Curiosamente, foi justamente em um festival de música do Rosário que toquei com uma banda de Gothic Rock chamada Midnight. O vocalista, e na época também baixista, era Roger Lombardi, hoje no Goatlove. Nós ganhamos aquele concurso tocando músicas autorais. Sobre a Woodstock Discos, onde “nasci pela segunda vez”, aguardo ansiosamente o documentário “Woodstock – Mais que uma Loja”, que sairá em breve e vem sendo preparado com esmero por Wladimyr Cruz e Marcelo Takeshi. Abraço. (Ricardo Batalha)

BLIND EAR – ANDRIA BUSIC (DR. SIN)

Por Leandro Nogueira Coppi

Fotos Laura Gallotti

 “Legal o riff. (N.R.: Andria faz uma longa pausa para ouvir). Eu já ouvi e não estou lembrando. Isso aí é Pantera, é o vocalista do Pantera. Não sei se é o trabalho solo dele… Mas é Pantera! É o Phil Anselmo. Parece do Cowboys From Hell, mas o Cowboys… é mais ‘ardidinho’. Essa música em particular eu não ouvia muito, mas é sensacional, essa banda era demais. Foi demais abrir os shows deles. Os caras são muito legais. A gente abriu muito show nessa época e foi um dos mais legais em que a gente tocou. (R.C.: Vocês foram respeitados pelo público). É, a galera foi muito legal. Eles tocaram Cold Gin do Kiss, e lembro que o Phil tocou guitarra. (R.C.: Na verdade, ele tocou guitarra na primeira noite apenas, em Whiplash, do Metallica. Cold Gin foi tocada na segunda). O álbum de que mais gosto deles ainda é o Cowboys…, eles misturam muita coisa e ficou legal o peso com a batera.”

Pantera – No Good (Attack The Radical)

RELEASES - CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Nesta edição:

1349

A Red Nightmare

Age Of Artemis

Ancient Vvisdom

Bandanos

Bloodtruth

Bones In Traction

Cinderella

Conquistadores

Crobot

Devilment

Dragonforce

Evergrey

Flying Colors

Higher

In Flames

Joe Bonamassa

Korzus

Laney’s legion

Lusferus

Made Of Stone

Metalmorphose

MX

Necromancer

Necromesis

Orange Goblin

Pelvic Meatloaf

Phrenesy

Redquarter

Robert Plant

Sanctuary

Semblant

Septycal  Gorge

Slash

Slipknot

Soturnus

Striker

Super Peso Brasil

The Scintilla Project

Wolf

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

V Project

Indiscipline

Evil Syndicate

Catarse

ETERNAL IDOLS - JIMI JAMISON

Por Antonio Carlos Monteiro Certamente por conta de suas origens humildes, ele sempre teve uma visão um pouco diferente da fama e do sucesso – tanto que uma de suas principais atividades além da música era a atuação social, já que se mobilizava em prol das mais diferentes causas com o mesmo empenho que empunhava um microfone diante de uma multidão. Provavelmente é por conta disso que todo mundo considerava Jimi Jamison um sujeito especial. Jimmy Wayne Jamison nasceu em 23 de agosto de 1951 na área rural do Mississippi, mas mudou-se no dia seguinte ao nascimento para Memphis, no Tenessee, que ele passou a considerar sua terra natal. E foi outro filho do Mississippi, Elvis Presley, que chamou a atenção do ainda menino Jimi para a música – na verdade, os dois chegaram a se encontrar pessoalmente numa visita de Elvis a Memphis.

HIDDEN TRACKS - KICK AXE Por

Leonardo M. Brauna

Regina é uma cidade planejada que é sede da província de Saskatchewan, ao sul do Canadá. Como metrópole, Regina é palco para grandes nomes da música e foi lá que o Kick Axe deu seus primeiros passos, tornando-se uma banda expressiva do Hard Rock da década de 80.

O guitarrista Larry Gillstrom conheceu os irmãos Victor e Gary Langen em 1976, iniciando uma amizade que renderia belos frutos. Ainda muito jovens, passaram a tirar um som com Larry tocando guitarra, Victor cantando e tocando baixo, enquanto seu irmão se arranjava na bateria. Dois anos se passaram até encontrarem Raymond Harvey e o convidarem para ser o segundo guitarrista.

Confiante no sucesso, o então quarteto começou a planejar o deslocamento da banda para um lugar onde sua música tivesse mais visibilidade. A ideia não agradou a Gary Langen, que não estava disposto a sair de Regina.

CLASSICOVER – WHITE ROOM

Por Leonardo M. Brauna O Cream foi uma espécie de “banda alfa” para o desenvolvimento do Hard Rock dos anos 70, mas quase teve fim mesmo antes de seu começo. Em 1966, Eric Clapton retornava a Londres de um show que fizera com John Mayall’s Bluesbreakers e estava de carona com o baterista Ginger Baker (Graham Bond Organisation). O guitarrista aceitou o convite do baterista para formar uma banda, mas não esperava que a condição para essa união fosse a inclusão do baixista Jack Bruce, parceiro no G.B.O. e seu desafeto confesso. O susto fez o baterista perder o controle do carro, mas, para a felicidade das futuras gerações do Rock, nada de grave aconteceu. O Cream saiu do papel e se tornou realidade, criando composições sagradas como Sunshine Of Your LoveI’m So Glad eWhite Room.
Os nomes dos membros já eram bastante comentados pelas filas de clubes e teatros do Reino Unido e até dos EUA, o que dá ao Cream uma espécie de título de supergrupo.

CLASSICREW – SCORPIONS/WARLORD/MEGADETH

Por Redação 1974 SCORPIONS Fly To The Rainbow A turnê de promoção do primeiro álbum do Scorpions, Lonesome Crow (1972), levou a banda a fazer shows pela Alemanha abrindo para Rory Gallagher, Uriah Heep e UFO. Durante essa excursão, o guitarrista Michael Schenker deixou a banda para seguir com o UFO e para assumir seu posto e terminar as datas, o guitarrista Uli Jon Roth foi contratado. Voltando para casa, o fundador e guitarrista Rudolf Schenker juntou-se à banda de Uli Roth, Dawn Road, seguido mais tarde pelo vocalista Klaus Meine. Depois de receber convite para uma turnê com o Sweet em 1973, a banda decidiu reviver o nome Scorpions e, no ano seguinte, fechou com a RCA Records para o lançamento de Fly To The Rainbow. Michael Schenker ainda contribuiu com… 1984 WARLORD And The Cannons Of Destruction Have Begun… Se você pudesse fazer uma lista das maiores bandas de Heavy Metal com temática épica, quais delas você colocaria nesta seleção? Manowar, Cirith Ungol, Virgin Steele, Heavy Load, Thor, Manilla Road, Medieval Steel, Brocas Helm ou Omen? Escolhida a lista, seja ela qual for, insira Warlord e faça uma boa viagem a um mundo em que o Metal Clássico funde-se a batalhas medievais, melodias fantásticas, histórias de heróis e muita mitologia, tudo envolto em riffs em profusão, cozinha concisa e vocalizações emocionantes. Neste caso, o Warlord, de Los Angeles, iniciou com o pé direito sua inconstante carreira, após demos, um single e um EP de destaque, além, é claro, de participar da segunda e da terceira edições da famosa coletânea Metal Massacre com as músicas Lucifer’s Hammer 1994 MEGADETH Youthanasia Era tarefa difícil para o Megadeth alcançar o sucesso estrondoso de Countdown To Extinction (1992), mas o grupo se preparou para manter a qualidade do antecessor de Youthanasia. Para tal, o líder Dave Mustaine tomou algumas medidas antes de dar início ao processo de composição e gravação do sexto álbum de inéditas. A primeira delas foi a de se mudar com a família e a banda para a pacata Phoenix, no Arizona, principalmente para que o grupo se afastasse das tentações que celebridades como eles sofriam em cidades como Los Angeles – as drogas, um vício que atormentava a vida de Mustaine, David Ellefson (baixo) e outros músicos da história do Megadeth. O baterista Nick Menza, que sempre foi genioso como Mustaine, não aceitou a mudança, tornando-se ali um futuro problema para a banda. Assim, todos passaram a fazer terapia em grupo, uma prova de que turbulências os acometiam, apesar…

BACKSPAGE

Por Vitão Bonesso

GENE SIMMONS: “O ROCK ESTÁ DEFINITIVAMENTE MORTO!” (parte 2)

 “Essas bandinhas de guitarras elétricas estão com os dias contados…”

No início da década de 60, o Rock’n’Roll encontrava-se numa ‘sinuca de bico’. As mortes prematuras de Buddy Holly e Eddie Cochran, além da saída de cena de Elvis para se dedicar ao cinema, um tanto que forçada pelo temível empresário Coronel Parker, presumia-se que o Rock não resistiria a tantas baixas.

Bill Halley e Seus Cometas, assim como Little Richard e Chuck Berry, continuavam a representar o segundo escalão do estilo. Jerry Lee Lewis chamava a atenção de forma negativa, sendo considerado o primeiro rebelde do estilo que, durante suas apresentações, chutava o banco do piano, pisoteava suas teclas e chegou até mesmo a colocar fogo no instrumento, depois de esborrifar fluído de isqueiro. Isso sem contar que na vida pessoal Lewis não se mostrava um bom exemplo para os adolescentes da época. Em 1958, durante uma turnê pela Inglaterra, a imprensa descobriu que a esposa de Lewis, Myra Gale Brown, então com 23 anos, era na verdade sua prima de segundo grau e tinha dez anos a menos. Tal descoberta provocou o cancelamento da turnê depois de três shows e, de volta aos Estados Unidos, Jerry foi praticamente banido do show business.

Com a falta de opções e de rostos bonitos…

LIVE EVIL – NAPALM DEATH / HATEBREED

Por Frans Dourado

Carioca Club – São Paulo/SP

27 de setembro de 2014

Por Frans Dourado • Fotos: Ricardo Ferreira

O S.O.D. se orgulharia de uma noite dessas. O que a banda cantou em United Forces We All Bleed Red pôde ser conferido nesta noite de sábado da capital paulista. A primeira banda a subir ao palco foi o Test. A dupla, mais acostumada a abrir os shows internacionais por conta própria na calçada das respectivas casas de espetáculo, desta feita foi oficialmente integrada ao ‘cast’ e não decepcionou.

Num show em que João Kombi manteve sua postura de comunicação zero com o público, a banda desfilou um rosário de desgraças incessante e asfixiante, numa casa ainda em vias de atingir a lotação esperada. Passaram pelos falantes algumas faixas que já se tornaram marcas registradas da banda, como Ele Morreu Sem Saber O PorquêÁrabe MacabreTestM’Boi MirimNa Pele De Deus Deus II.

Na sequência, tivemos o Paura, que milita no Hardcore há quase duas décadas e não teve a mínima demonstração de piedade após assumir o palco. Provando a que veio e sem dó alguma do público presente (já sedento por mais violência advinda do palco), o grupo formado por Fabio Prandini (vocal), Claudinei Ferreira e Rogério F.R. (guitarras), Paulo Demutti (baixo) e o experiente Fernando Schaefer (bateria) agradou aos presentes, principalmente àqueles que aguardavam a apresentação do Hatebreed. Como destaques da poderosa apresentação, tivemos os sons Bull ControlThe PrivilegeReverse The Flow e as novas EducationN.W.A. Truth Hits Hard, além da performance fantástica de Fernando, que mais uma vez provou porque é um dos bateristas mais brutais, técnicos e criativos da música pesada brasileira, já tendo desfilado seu talento em nomes como Korzus, Endrah, Worst e Treta, entre outros…

LIVE EVIL – JOE SATRIANI

Por Gabriel Souza

Citibank Hall – São Paulo/SP

01 de outubro de 2014

Por Gabriel Souza • Fotos: Ricardo Ferreira

Joe Satriani, um dos maiores guitarristas do mundo, retornou ao Brasil dois anos após sua última passagem, quando esteve por aqui para um espetáculo com o G3, acompanhado por John Petrucci e Steve Morse. Agora, o americano voltou para promover seu mais recente trabalho, Unstoppable Momentum (2013)que vem sendo aclamado pela crítica e por seus ardorosos seguidores.

A abertura ficou por conta do grupo Dead Little Chickenmais conhecido como DLC, que pratica uma sonoridade que nada tem a ver com a que o público que vai assistir a um show de Satriani está acostumado a ouvir. Entretanto, segundo o vocalista e guitarrista Fernando Ferrari, eles são um grupo de Rock’n’Roll e ali todos gostavam de Rock. Apesar de soar pesado, o DLC tem uma levada bem Pop em alguns momentos e fez uma apresentação competente, mesmo com a casa não tão cheia.

Com o Citibank Hall – outrora conhecido como Credicard Hall – agora parcialmente cheio, as luzes se apagaram e uma introdução começou a soar nos PAs enquanto Marco Minnemann (bateria), Bryan Beller (baixo) e a lenda Mike “The Wizard” Keneally (guitarra e teclados) foram se posicionando. Os primeiros riffs rapidamente se transformam no início de Jumpin’ In até a entrada do careca mais esperado da noite. Usando seus tradicionais óculos escuros, Joe Satriani chegou animado e pedindo palmas ao público, seguindo com a execução de Devil’s Slide, de Engines Of Creation (2000).

Depois, Keneally pegou seu violão e começou a executar Flying In A Blue Dream, faixa título do clássico álbum de 1991. Na primeira pausa da noite, Satriani relembrou como era bom estar de volta e pediu a todos que se juntassem a ele em “um momento que nunca para”, dando a deixa para outra faixa título, agora a do recente Unstoppable Momentum. Destaque para o trabalho do experiente Marco Minnemann (Necrophagist, Tony MacAlpine, Paul Gilbert, Kreator), que mostrou sua técnica apurada com precisão e rapidez.

LIVE EVIL – EXODUS

Por Leandro Nogueira Coppi

Carioca Club – São Paulo/SP

04 de outubro de 2014

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Ricardo Ferreira

Quando Steve “Zetro” Souza concedeu entrevista à ROADIE CREW (ed. #184) para nos falar sobre o recém-lançado segundo álbum do Hatriot, o aclamado Dawn Of The New Centurion, não fazia ideia de que um retorno para o Exodus estava bem próximo de acontecer. Pouco tempo depois, o guitarrista Gary Holt fez o anúncio e após dez anos Zetro estava de volta, inclusive para a gravação do décimo álbum de inéditas, Blood In, Blood Out.

Ainda mais alvoroçados pelos shows que já estavam anunciados desde novembro de 2013 (embora adiados de março para outubro) para Belém, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, os fãs brasileiros teriam a chance de conferir a estreia de Zetro no país, já que o saudoso Paul Baloff, o inexpressivo ‘quebra galho’ Steev Esquivel (Skinlab, ex- Defiance) e o divisor de opiniões e recém-demitido Rob Dukes foram os vocalistas que acompanharam a banda em outras ocasiões.

O eleito através do ‘vox populi’ como ‘opening act’ em São Paulo para o Exodus, com o qual já havia dividido palco em 1997, foi o lendário grupo do ABC MX, que retornou em 2012 e acaba de lançar Re-Lapse, álbum de regravações do ‘debut’ Simoniacal (1988). Dead World teve início às 18h para um Carioca Club já bem cheio de headbangers que puderam conferir a performance avassaladora de Alexandre Cunha (vocal e bateria), que estava acompanhado de Alexandre Dumbo e Décio (guitarras) e Morto (baixo). Após Mental Slavery, Dumbo saudou a plateia, que vibrou com a clássica Fighting For The Bastards. A inédita Keep Yourself Alive também foi apresentada. Morto assumiu os vocais em I’ll Be Alive e trocou de instrumento com Dumbo na clássica Jason. Outro destaque foi Décio, devido aos solos e dedilhados bem encaixados. Dirty Bitch encerrou o show certeiro do MX, que saiu ovacionado pelo público que agitou e abriu rodas durante todo o set.

Após breve pausa, a introdução de um dos maiores clássicos da história do Heavy Metal ecoou pelo Carioca Club e então o Exodus invadiu o palco com Zetro Souza, Gary Holt, Lee Altus, Jack Gibson e Tom Hunting, que fuzilaram a plateia com Bonded By Blood.

LIVE EVIL – DREAM THEATER

Por Andréa Ariani

04 de outubro de 2014

Espaço das Américas – São Paulo /SP

Por Andréa Ariani • Fotos: Denis Ono

Esta foi a sétima vez que o grupo norte-americano Dream Theater passou pelo Brasil e os fãs podem até negar, mas, um pouco mais do que nas vindas anteriores, a “Along For The Ride Tour” teve todos os elementos de gigantismo nível ‘pop star’. Depois de passagens por Chile, Argentina, Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), a turnê chegou a São Paulo, em data única, num Espaço das Américas cercado de filas gigantescas e muitos admiradores eufóricos. Todos queriam conferir de perto o resultado de Breaking The Fourth Wall, mais recente álbum e DVD ao vivo, e alguns poucos sortudos, além do show, participaram do concorrido ‘meet & greet’.

Como o set list costuma ser fixo e executado na sequência em todos os shows, todos sabiam o que iria rolar. A novidade para quem não conferiu o show de 2012 foi o desempenho do baterista Mike Mangini, substituto mais do que à altura do legado de seu xará. E, honestamente, com a precisão e simpatia do atual integrante, agora em total sincronia com os demais membros, nem as eternas viúvas de Portnoy sentiram muito sua falta.

O palco, com estrutura já montada, era escondido por um gigantesco telão móvel. Na abertura, enquanto exibia animações das capas dos discos da banda, rolava a instrumental False Awakening Inside. Ao final, o telão caiu e as luzes explodiram sincronizadas com os primeiros acordes de The Enemy Inside. Gritaria geral dos fãs que lotaram todos os setores da casa. Em vez do tradicional pano de fundo, outro telão fazia parte do cenário, exibindo imagens diversas, como trechos dos clipes originais, além do próprio show. O som, como era de se esperar, estava impecável, algo não necessariamente padrão para um espaço que normalmente tem eco e distorção como partes integrantes do evento.

LIVE EVIL – EXCITER/BRUTAL TRUTH/R.D.P.

Por Frans Dourado

Clash Club – São Paulo/SP

03 de outubro de 2014

Por Frans Dourado • Fotos: Denis Ono

Esta noite de sexta-feira reservou aos amantes da música pesada na capital paulistana um cardápio com variedade e qualidade, mas só para aqueles que suportam um “menu” pesado. Afinal, não é todos os dias que temos nomes tão consagrados reunidos no mesmo palco.

A abertura coube à veterana Ratos de Porão. Nascidos do Punk paulistano e detentores da primazia do Crossover entre Thrash e Hardcore no Brasil, João Gordo (vocal), Jão (guitarra), Juninho (baixo) e Boka (bateria) fizeram um set curto, mas muito intenso, mesclando clássicos de sua longa carreira com sons do álbum que a banda está divulgando, o recém lançado Século Sinistro. Enquanto era visível que o público que aguardava o Brutal Truth se esbaldava com os clássicos do HC nacional, muitos dos bangers oitentistas que aguardavam o Exciter pouco caso fizeram da apresentação dos brasileiros. E essa diferença de reação dos públicos se repetiria mais tarde.

Na sequência, a também veterana Exciter voltou ao Brasil para tocar pela primeira vez com sua formação original. Era possível ver a satisfação de alguns que estiveram presentes também num longínquo 1986 na turnê que os canadenses fizeram com o Venom. Não eram muitos, mas sua empolgação era evidente. O vocalista Dan Beehler em sua bateria era o retrato da satisfação e nessa noite foi o verdadeiro porta-voz de uma geração. Não há como negar a honra de vê-lo ao lado do guitarrista John Ricci e do baixista Alan Johnson, criadores de alguns dos maiores hinos do Metal oitentista – Metal esse que foi homenageado de forma ímpar com sons como Heavy Metal Maniac, Black Witch, Violence And Force, Pounding Metal Long Live The Loud, entre outros.

A casa, extremamente lotada, assistiu à empolgação 

PLAY LIST – SP METAL I

Por Leandro Nogueira Coppi

“Quando o Bob (Roberto Gomes, guitarra) trouxe o riff, achei que podíamos fazer um arranjo que unisse o Heavy Metal e o Hard Rock, que eram próximos, apesar da diferença de público. Ele soava como um hino. Era marcante, forte e fácil de assimilar. Ele compôs o solo em dueto, deixando a música ainda mais épica. Acho que atingimos o objetivo. A inspiração para a letra saiu do momento em que vivíamos, do apogeu do Heavy Metal, da ideologia e da luta pela música pesada e da vontade de mudar o mundo, além da homenagem no título para aqueles moleques espinhentos da Califórnia que nos presentearam em 1983 com a obra-prima Kill ‘Em All. Tocávamos Seek And Destroy e a plateia vinha abaixo. Missão Metálica tinha personalidade e achamos que integraria o SP Metal de forma importante.”

Luiz Teixeira (baixista)

Avenger – Missão Metálica

COLLECTION - DIAMOND HEAD

Por Écio Souza Diniz Ser referência nem sempre significa ter sucesso no mundo do Rock e Heavy Metal. A ironia entra em cena em vários casos, pois enquanto muitas bandas medianas ou de talento duvidoso surgem aos montes e caem nas graças do povo, outras tantas que poderiam merecer maior atenção encerram as atividades ou acabam obtendo uma carreira mais modesta, sem tanta expressão. O Diamond Head, originalmente formado no ano de 1976 pelo guitarrista Brian Tatler em Stourbridge, na região centro-oeste da Inglaterra conhecida como West Midlands, encaixa-se no rol dos que poderiam ter obtido maior reconhecimento. A importância da banda como um dos principais expoentes da New Wave Of British Heavy Metal é inegável e os feitos, em especial de sua formação clássica composta por Tatler, Sean Harris (vocal), Colin Kimberley (baixo) e Duncan Scott (bateria), influenciaram bandas como Metallica, um dos alicerces do Thrash Metal. Apesar de tudo, Tatler declarou certa vez à ROADIE CREW que nunca teve a pretensão de que o Diamond Head se tornasse uma megabanda. “Seria ótimo, é claro, mas nunca imaginei que isso aconteceria”, disse. Seja como for, tem seu nome marcado na história da música pesada. Am I evil? Yes I am!…

BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE 2

Por Daniel Dutra Os meses de composição e ensaio renderam frutos e o The Mob estava bem preparado para entrar em estúdio e registrar a demo tape de estreia. Mas se havia material de sobra, não havia um vocalista. Assim, Michael Wilton, Chris DeGarmo, Eddie Jackson e Scott Rockenfield recorreram novamente a Jeff Tate, mas a situação era bem diferente. A missão não era apenas subir ao palco e cantar alguns covers, mas sim colocar a voz num trabalho que duraria para sempre. Entusiasmado com a oportunidade de viver pela primeira vez a experiência de gravar num estúdio profissional, Tate quebrou a barreira do ceticismo de seus companheiros no Myth ao convencê-los de que aquela seria uma boa oportunidade para promover a própria banda. Tudo acertado, em setembro de 1982 os cinco entraram no Triad Studios, em Redmond, para gravar quatro das várias músicas que estavam prontas. Ou quase. Tate deixara claro que a sua intenção não era juntar-se definitivamente ao grupo, mas que gostaria de uma contrapartida por sua ajuda. E a primeira delas foi a participação no processo de composição. Sem tempo a perder, DeGarmo entregou ao vocalista uma música para a qual ainda não havia escrito a letra. O resultado final foi The Lady Wore Black, que se juntou a Queen Of The Reich, Nightrider e Blinded para formar a fita…

STAY HEAVY REPORT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves

Nomes de bandas e polêmicas

Já abordamos no “Stay Heavy Report” em duas oportunidades este ano temas relacionados a nomes de bandas. O primeiro deles, publicado na edição de abril, falou da importância da escolha do nome e tudo o que envolve esse passo, que não é uma tarefa das mais simples, nem tampouco tem uma receita de sucesso a ser seguida. E, em julho, apresentamos o que inspirou alguns grupos da cena Rock/Heavy Metal a escolherem seus nomes.

De fato, os nomes estão ligados à identidade individual de coisas, pessoas, empresas e também de bandas. E como se escolher um nome de banda não fosse difícil o suficiente, algumas foram forçadas a trocar seus nomes devido a questões legais. A partir do momento em que sua identidade pode vir a ser prejudicada, têm início as brigas judiciais e também as polêmicas.

Em setembro último, um grupo brasileiro precisou mostrar os dentes frente a uma ameaça estrangeira. O Panzer, grupo paulista de Thrash Metal formado em 1991, viu seu nome ameaçado por um novo grupo formado na Alemanha, que se denomina Panzer.

Primeiramente, vamos à origem do nome, que literalmente faz jus à briga. Panzer é uma abreviação para Panzerkampfwagen, substantivo da língua alemã que significa “blindado” (ou tanque). Este veículo blindado de combate foi muito usado pela Alemanha na II Guerra Mundial.

PROFILE – RAFAEL IAK (WOSLOM)

Por Ricardo Batalha

Primeiro disco que comprou:

 “O primeiro não vou lembrar, mas um dos primeiros foi Burn My Eyes, do Machine Head.”

POSTER – METAL CHURCH

Por Redação Metal Church
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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