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Edição #194

R$29,00

“Um homem criativo é motivado pelo desejo de alcance, não pelo desejo de superar outros.” Quando a filósofa Ayn Rand proferiu essa famosa frase certamente não imaginava que uma banda alemã de Metal faria valer cada uma de suas palavras…

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BLIND GUARDIAN

Por Guilherme Spiazzi

“Um homem criativo é motivado pelo desejo de alcance, não pelo desejo de superar outros.” Quando a filósofa Ayn Rand proferiu essa famosa frase certamente não imaginava que uma banda alemã de Metal faria valer cada uma de suas palavras. Em Beyond The Red Mirror, décimo disco da carreira do Blind Guardian, o grupo mergulhou numa história épica que se inicia no ponto em que Imaginations From The Other Side parou, há vinte anos. Nessas quase três décadas lançando álbuns, os alemães souberam criar um padrão sonoro e seguiram agregando cada vez mais elementos a seu som. Das influências do Folk às grandes orquestrações, o único objetivo, segundo o guitarrista Marcus Siepen, é fazer exatamente o que a música pede. Para completar a obra, o vocalista Hansi Kürsch mergulhou em letras elaboradas que forjam uma verdadeira viagem. Em entrevista para a ROADIE CREW, Kürsch e Siepen nos colocaram a par do novo álbum e das peculiaridades do Blind Guardian. Enquanto isso, no lobby do luxuoso hotel Breidenbacher Hof, em Düsseldorf (ALE), o pessoal da gravadora tentava convencer os jornalistas que esperavam para falar com a banda a não tocar nesses assuntos delicados – afinal, eles diziam respeito a um dos seus amigos mais próximos e um dos colaboradores mais tradicionais da banda. Naturalmente, toda a simpatia dos assessores da banda não foi suficiente para que o assunto não viesse à tona. E Angus Young, como de hábito, não fugiu das perguntas, assim como foi direto e completamente sincero em relação ao pior ano que a banda viveu desde a morte de Bon Scott, em 1980. “Malcolm sempre disse pra gente seguir em frente”, disse o guitarrista. “E essa sempre foi nossa postura. Desde que criamos a banda.”

ANAAL NATHRAKH

Por Guilherme Spiazzi

A dupla britânica Mick “Irrumator” Kenney (guitarra, baixo, bateria e programação) e Dave “V.I.T.R.I.O.L.” Hunt (vocal) estabeleceu um nome forte no cenário do Extreme Metal ao longo de seus quase vinte anos de carreira. Neste período, foram sete lançamentos de estúdio, mas raras apresentações ao vivo. O mais novo disco, Desideratum (2014), traz a raiz Black Metal do grupo, mas também flerta com outros elementos que, segundo V.I.T.R.I.O.L., são um reflexo da liberdade e da vontade dos compositores. Nesta franca entrevista para a ROADIE CREW, o vocalista deixa claro suas expectativas quanto ao futuro do Anaal Nathrakh.

AUDREY HORNE

Por Guilherme Spiazzi

Não é apenas de Black Metal que vive a Noruega e a prova disto está no Audrey Horne, que em mais de uma década de estrada chega ao seu quinto lançamento de estúdio, Pure Heavy. O Hard/Heavy com elementos setentistas praticado por Torkjell ‘Toschie’ Rød (vocal), Arve’Ice Dale’ Isdal (guitarra, Enslaved), Thomas Tofthagen (guitarra, Sahg), Espen Lien (baixo) e Kjetil Greve (bateria, Deride) continua desafiando moda, tendências e puritanos de plantão. Depois de lançar No Hay Banda (2005), Le Fol (2007) e Audrey Horne (2010), as coisas pareciam um tanto estagnadas e o que era para ser diversão estava tornando-se uma obrigação. O descontentamento com a situação levou o grupo a mudar sua atitude e forma de encarar seu negócio. As mudanças refletiram em Youngblood (2013), disco que abriu caminho para que a banda amadurecesse sua personalidade e chegasse confiante a Pure Heavy. Com o novo trabalho em mãos Arve, que nos concedeu esta entrevista, está mais preocupado em fazer seu som do que com qualquer outra coisa e explica como foi erguer a cabeça para continuar o Audrey Horne.

MINISTRY

Por Guilherme Spiazzi

A loucura e a revolta que dão cara às músicas e letras do Ministry são apenas uma extensão da psique de Alejandro Ramírez “Al” Jourgensen, fundador do grupo norte-americano. Com o passar dos anos, seus discos foram ficando cada vez mais ácidos e caóticos e as apresentações ao vivo seguiram a mesma “evolução”. Após ensaiar uma separação depois de The Last Sucker (2007), a banda retornou com Relapse (2012) e atualmente continua promovendo aquele que Al declara ser o último disco de estúdio, From Beer To Eternity (2013). Em trinta anos de carreira, o grupo prepara-se para deixar sua marca tocando pela primeira vez, e quem sabe última, no Brasil. Em entrevista para a ROADIE CREW, Al coloca suas ideias de forma visceral e define qual o futuro do Ministry.

CRUACHAN

Por André Gaius

A criação do Cruachan, em 1992, foi motivada pelo ímpeto de expressar o orgulho dos tempos primordiais. Desde então, os irlandeses vêm prestando homenagens para personagens históricos e lendas de um dos países que mais cultiva a reverência à civilização celta e ainda mantém viva a herança desse povo. E é nesse sentido que o papel deste grupo se torna imensurável, pois contribui amplamente para a preservação e difusão da memória ancestral com suas músicas e suas letras. Agora, com o lançamento de Blood For The Blood God, a banda liderada pelo vocalista e multi-instrumentista Keith Fay busca inspiração também no seu próprio passado. Por ser de um país marcado por guerras, até na história recente, e retratar isso na música, Keith, apesar de ser um sujeito amigável, tende a ser muito sério quando o assunto é o estilo que ajudou a consolidar. Na entrevista a seguir, ele expõe, sem tergiversar, a decepção com o direcionamento de algumas bandas de Folk Metal, além de se mostrar bastante crítico, pois não poupa sua banda e nem a si mesmo. E obviamente não deixou de falar sobre o novo álbum.

DISCOS ESQUECIDOS DOS ANOS 90 (1)

Por Redação

01 24-7-Spyz

02 Bad Moon Rising

03 Baton-Rouge

04 Carnage

05 Cycle Sluts From Hell

06 Exhorder

07 Heavens Edge

DISCOS ESQUECIDOS DOS ANOS 90 (2)

Por Redação

08 Hericane Alice

09 Ignorance

10 Kik Tracee

11 Lethal

12 Love Hate

13 Mind Funk

14 Nocturnus

15 Reverend

16 Rhino Bucket

DISCOS ESQUECIDOS DOS ANOS 90 (3)

Por Redação

17 Scatterbrain

18 Shotgun Messiah

19 Sleeze Beez

20 Southgang

21 The-Dogs-Damour

22 The Obsessed

23 The Throbs

24 Tuff

25 Xyz

CROBOT

Por Guilherme Spiazzi

Há bandas como o Crobot que parecem ter sorte, ou seja, elas estão realmente preparadas quando a oportunidade surge. O quarteto norte-americano formado por Brandon Yeagley (vocal e harmônica), Chris Bishop (guitarra e vocal), Jake Figueroa (baixo) e Paul Figueroa (bateria) trilhou seu caminho no underground, mas as coisas começaram a acontecer rapidamente e em menos de quatro anos de estrada lançaram seu ‘debut’, Something Supernatural (2014), com suporte de gravadora, um grande produtor e ótimas turnês. O som do grupo não é o mais popular, passa longe do rádio e é até considerado datado por alguns. Mesmo com tudo isso o grupo seguiu fazendo seu trabalho e o resultado está sendo colhido por Brandon, que nos concedeu esta entrevista, e seus companheiros de banda.

MISERY INDEX

Por Claudio Vicentin

O quinto álbum do Misery Index, The Killing Gods, foi um dos mais elogiados de 2014. Não à toa, pois estamos diante de um trabalho que mistura Death Metal e Grindcore com inteligência. Muitas melodias contidas em The Killing Gods fazem a diferença quando somadas à brutalidade e à técnica habituais do grupo norte-americano. Além disso, as letras são consistentes e nesse quesito a banda busca se diferenciar de tudo que existe no universo do Death Metal atualmente. Conversamos com o vocalista e baixista Jason Netherton que, além de comandar o Misery Index, é escritor e grande fã do Metal brasileiro, inclusive participando de uma banda tributo ao Sepultura.

CARRO BOMBA

Por Antonio Carlos Monteiro

Ousadia devia ser algo obrigatório no Rock. Afinal, um estilo que nasceu marcado pela contestação dos jovens à disciplina rígida e careta imposta por pais e mestres, jamais deveria ter medo de se renovar e até mesmo de se deixar levar pelas ondas das influências e da inspiração de seus músicos. Só que isso quase nunca ocorre na prática. O que mais se vê, na verdade, são grupos acomodados e aprisionados a seu passado, repetindo-se ao longo dos anos. Só que vem de São Paulo um quarteto que não teve o menor receio de dar uma enorme virada de página em sua carreira e passar do Rock’n’Roll para o Heavy Metal (mas jamais renegando suas origens rockeiras) sem maiores preocupações, a não ser a busca por sua própria identidade. Surgido em 2004, o Carro Bomba transformou-se de power trio em quarteto, mantendo da formação original apenas o guitarrista Marcello Schevano – completam o time Rogério Fernandes (vocal), Ricardo “Soneca” Schevano (baixo) e Heitor Shewchenko (bateria) -, e hoje já totaliza cinco discos de estúdio. O mais recente, Pragas Urbanas, celebra de forma definitiva aquilo que a banda chama muito apropriadamente de “Thrash’n’Roll”. Além da sonoridade pesada e “grooveada”, as letras são como pequenas crônicas urbanas que só uma metrópole como São Paulo consegue inspirar – a faixa título, Fuga e a nada sutil Esporro são exemplos acabados disso. Rogério e Marcello conversaram com a ROADIE CREW e contaram tudo sobre o novo disco e sobre as influências que levaram o Carro Bomba a fazer de seu som algo único.

U.D.O.

Por Guilherme Spiazzi

Os últimos anos da carreira do U.D.O. têm sido de adaptação e ajustes para dar sequência a uma trajetória que beira os trinta anos. Após o lançamento de Rev-Raptor (2011), a banda do vocalista Udo Dirkschneider (ex-Accept) perdeu os guitarristas Stefan Kaufmann (ex-Accept) e Igor Gianola em 2012 e 2013, respectivamente. O cenário para o vocalista não estava nada bom pois, além de ter que reformular o grupo, ele precisava reerguer uma banda que já não rendia o mesmo que no passado. Com a entrada do guitarrista russo Andrey Smirnov, o caminho se abriu para uma nova fase com o lançamento de Steelhammer (2013). Apesar da boa receptividade, Udo quis mais e trouxe Kasperi Heikkinen para o posto de segundo guitarrista. O resultado dessa soma é Decadent, décimo quinto disco de estúdio e que, nas palavras de Udo, soa mais moderno que os anteriores. Depois de finalizar álbum, a banda sofreu outra baixa, o que abriu caminho para mais sangue novo. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, Udo conta tudo que está preparando para os fãs.

NERVOCHAOS

Por Guilherme Spiazzi

O Nervochaos é uma das poucas bandas que ainda consegue encarar as circunstâncias do underground nacional lançando discos com frequência e fazendo turnês pelo Brasil e no exterior. Com The Art Of Vengeance (2014), sexto disco de estúdio, a banda formada atualmente por Guiller (vocal e guitarra), Felipe Freitas (baixo) e Eduardo “Edu” Lane (bateria) se mostra renovada e mais aberta, sem perder sua essência Death Metal. Apesar de ter perdido seu guitarrista no início deste ano, o grupo segue firme como trio – afinal, perder ou trocar membros faz parte dos quase vinte anos do Nervochaos. Em entrevista para ROADIE CREW, Edu Lane relata como é viver nesse cenário, a evolução natural do grupo e o segredo para nunca parar.

WORST

Por João Messias Jr.

Uma das bandas nacionais mais produtivas no segmento do Hardcore/Crossover/Metal é a paulistana Worst. Com pouco mais de três anos de atividade, o quarteto atualmente formado por Thiago Monstrinho (vocal), Tiago Hóspede (guitarra, ex-Dead Fish), Ricardo Brigas (baixo) e Fernando “Fernandão” Schaefer (bateria), lançou os álbuns Te Desejo Todo O Mal Do Mundo e Cada Vez Pior. Além de bem recebidos por público e imprensa, eles renderam ao grupo uma série de shows em várias partes do país – apresentações sempre bombásticas, agressivas e cheias de pogo, como no bom e velho Hardcore. Nesta entrevista, Fernandão nos fala um pouco de sua carreira, do momento atual vivido com o Worst, dos preparativos para o terceiro disco de inéditas, do lançamento de seu DVD e dos vinte anos do álbum KZS, que ele gravou com o Korzus.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

É possível evitar o fracasso de um festival?

Quase três anos após a desastrosa experiência do festival “Metal Open Air”, a temporada de eventos no cenário Heavy Metal no Brasil encerrou o ano com as tristes notícias a respeito de problemas na realização do “Zoombie Ritual Festival”, cuja resenha foi publicada no site da ROADIE CREW por ter chegado à redação após o fechamento da edição de janeiro. Shows cancelados, desabafos e acusações nas mídias sociais envolvendo bandas, produção e público… Tudo muito parecido. A diferença básica entre esses dois casos está na origem desses projetos: o “MOA” partiu da pretensão de ser um grande festival internacional com o suporte financeiro – que não se confirmou na prática – de um patrocínio oficial vinculado às comemorações dos 400 anos de São Luís (MA), enquanto o “Zoombie Ritual” começou genuinamente underground e chegou à sua 7ª edição, sempre feito na raça, sem a retaguarda de patrocínio. E essa é a palavra chave que, se não garante o sucesso, ao menos pode impedir um desastre em eventos dessa natureza. São raríssimos os casos de grandes festivais que se tornaram imunes à necessidade de parcerias que dão a sustentação financeira para cobrir os custos básicos de produção. Talvez o “Wacken Open Air” seja o maior exemplo de um projeto que começou minúsculo e progrediu muito lentamente até atingir cerca de dez anos, para então, a partir daí, passar a ter um crescimento acelerado até se tornar gigante, e chegar ao topo sem depender de patrocinadores.

Competência e profissionalismo naturalmente são quesitos indispensáveis para se levar adiante qualquer empreendimento, mas a dificuldade para se viabilizar um festival de Heavy Metal é maior do que para qualquer outra iniciativa na área de eventos musicais. Mesmo com projetos aprovados dentro dos programas de governo que concedem incentivos fiscais para que empresas façam investimentos em eventos culturais, é quase impossível conscientizar muitas das pessoas que decidem sobre onde colocar esses recursos a reconhecer que Rock é cultura da melhor qualidade. Falta exatamente a noção de cultura e profissionalismo para esses “executivos”.

Para manter viva a cena dos festivais do circuito underground é recomendável que os promotores mantenham os pés no chão e busquem sempre o crescimento, mas sem colocar em risco a credibilidade do setor. Sei de alguns festivais que quase desapareceram por arriscar com a contratação de atrações cujas exigências estavam acima de suas possibilidades. Infelizmente, em muitos casos, a convivência entre promotores e agentes de artistas se dá de forma muito competitiva – cada um tentando levar vantagem sobre o outro – ao invés de ser cooperativa.

Más notícias continuam caindo nas nossas cabeças neste início de ano. No dia 9 de janeiro Steve Wozny, tecladista do Badfinger, informou que está sofrendo de um tipo raro de leucemia, e em fevereiro foi revelado pelo site oficial do Iron Maiden que Bruce Dickinson está passando por tratamento contra um câncer na língua. Força, garotos, vocês vão superar isso.

Airton Diniz

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

MASTODON

Sei que toda lista é polêmica, mas mesmo assim não pude deixar de estranhar a ausência do (a meu ver, ótimo) álbum Once More ‘Round The Sun, da banda Mastodon, entre os melhores de 2014 segundo a equipe da revista. Enquanto a grande maioria das bandas consagradas produz no “piloto automático”, tentando agradar a “gregos e troianos” e as “novas bandas” requentam fórmulas das bandas consagradas, não podemos deixar de enaltecer a inovação feita com qualidade, afinal o velho de hoje já foinovo um dia. Abraços.

Claudinei José de Oliveira

Paraguaçu Paulista/SP

Oi, Claudinei. O Mastodon para mim é uma das melhores bandas da atualidade, principalmente pela criatividade e inovação, assim como você coloca. São músicos extraordinários! A ROADIE CREW tem como obrigação mostrar não somente o Mastodon, mas todas as bandas relevantes da cena e é isso que temos feito com o Mastodon com entrevistas de destaque. Logicamente que a banda ainda carece de conquistar mais fãs por aqui para crescer e ser mais conhecida e com isso passar a vir tocar no país. Já a votação dos Melhores de 2014 mostra a preferência de cada colaborador. Acredito que, assim como eu, muitos tiveram dúvidas na hora de fechar seus dez preferidos do ano. O Mastodon estava na minha lista, mas na hora de fechar dei preferência a outros grandes lançamentos do ano passado. (Claudio Vicentin)

BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY REPORT

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

Monsters Of Rock 2015: ainda dependendo dos “velhinhos”?

Pelo menos na América Latina, os médios e grandes festivais ainda dependem do poder de fogo da velha guarda do Heavy Rock. Logo que o cast de mais uma edição brasileira do “Monsters Of Rock” foi anunciado, notei várias reações nas redes sociais. Enquanto uma parcela aplaudia a escolha das atrações principais, outra se mostrava descontente. “Ah, sempre os mesmos…”, disseram alguns.

Analisando pelo lado do público, é de se entender que as opções para um festival, pelo menos para os nossos lados, recaiam em veteranos. Esta edição incluiu os consagrados Ozzy Osbourne, Kiss e Judas Priest como sendo os “cabeças de chave”, seguidos pelos não menos famosos Motörhead, Manowar, Accept, Primal Fear e Yngwie Malmsteen, além dos que irão pisar pela primeira vez em nossas terras, como Rival Sons, Black Veil Brides e Steel Panther…

Brotherhood

Por Luiz Cesar Pimentel (*)

Death To All But Metal

Foi a pergunta mais despretensiosa que fiz durante os 20 minutos de entrevista com o guitarrista Slash: “O que você anda ouvindo e recomenda?”. Não esperava pela resposta: “Muito Metal. É o único subgênero do Rock’n’Roll que não foi afetado seriamente pela indústria musical moderna. Muitas (das bandas de Metal) têm sido bastante criativas. Eu amo o novo álbum do Machine Head, adoro Gojira, Lamb Of God, Mastodon…”

Talvez por ter sido inesperado, o elogio ao gênero de um cara que foi considerado o artista do ano e que pariu o disco do ano (2014, claro) por tantas publicações foi uma epifania pra mim, uma peça desse quebra-cabeças que vem me desafiando há tantos anos sobre o real motivo que nos faz entrar e permanecer no Metal por séculos….

Stay Heavy Report

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Música e Turismo: uma combinação perfeita (parte 1)

O que é mais legal, ir a um festival de Heavy Metal ou viajar? Ir a um festival de Heavy Metal durante uma viagem! E é isso que muitas pessoas têm feito ao redor do mundo.

Os grandes festivais de música tiveram início ainda na década de 60, época em que a motivação era exclusivamente centrada na música. O “Monterey Pop Festival”, um evento de três dias realizado nos Estados Unidos em junho de 1967, foi o primeiro festival de Rock amplamente divulgado e visto por uma multidão, atraindo um número estimado de 55 mil pessoas. O festival é lembrado pelas primeiras grandes aparições de Jimi Hendrix, The Who e Ravi Shankar aos americanos, bem como pela primeira apresentação de Janis Joplin para um público de larga escala. O “Monterey Pop Festival” é geralmente…

BLIND EAR – JOAKIM BRODÉN (SABATON)

Por Claudio Vicentin

“É bem pesado, talvez não acerte (risos). O som da guitarra está demais e tem um riff que me lembra a Alien Nation do Scorpions. (R.C.: Verdade!). A voz já me lembra um pouco Rob Zombie, mas não tenho a menor ideia do que se trata. (R.C.: Crowbar, do guitarrista Kirk Windstein). Ah, já ouvi falar muito deles, mas nunca tinha escutado. Não é um estilo de Metal que escuto, mas é bem legal. Gostei! Provavelmente vou comprar esse álbum para escutar todas as faixas.”

Symmetry In Black

Crowbar – Symmetry In Black (2014)

HIDDEN TRACKS – WHITE SPIRIT

Por Leonardo M. Brauna

Alguns profissionais da música veem a década de 70 como um período de genialidade do Rock, mas o Hard Rock e o Heavy Metal chegaram a penar em algumas situações, pois no final daqueles anos as atenções maiores eram dadas ao Punk Rock. Apesar de ser o berço de bandas como The Clash, Buzzcocks e Sex Pistols, a Inglaterra reagiu e de lá também se originaram grupos que acrescentaram uma nova fórmula ao Heavy Metal com o surgimento da New Wave Of British Heavy Metal. Entre as diversas bandas que tiveram importância nesse quadro está o White Spirit, formado na cidade de Hartlepool.

Sua história começa com um garoto chamado John Robert Gers que, ainda criança, foi apelidado de Janick pela família. Sempre demonstrando muito interesse pela guitarra, admirava nomes como Rory Gallagher, Ritchie Blackmore, Jimmy Page, Paul Kossof, Marc Bolan e David Gilmour…

ETERNAL IDOLS – LOU REED

Por Antonio Carlos Monteiro

“Os pais de Lou odiavam o fato de ele estar fazendo música e andando por aí com tipos indesejáveis. Eu vivia com medo dos pais dele”, declara Sterling Morrison, guitarrista do Velvet Underground, no livro “Mate-me, Por Favor”. E isso resume bem o início da vida de Lewis Allan “Lou” Reed. Criado em Long Island, Lou era filho de um contador chamado Sidney Joseph Reed e de Toby Reed, judeus extremamente conservadores – tanto que quando seus pais descobriram que o filho de 14 anos era bissexual, não hesitaram em encaminhá-lo para um “tratamento” que incluía eletrochoque.

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Adrenaline Mob

Angelus Apatrida

Aquiles Priester & Gustavo Carmo

Arkhaikus

Bad Luck Train

Black Star Riders

Bloodbath

Doombringer

Dorsal Atlântica

Dysangelium

Eden’s Curse

Enforcer

Engraved Disillusion

Ensiferum

Evil Invaders

Evil Spirit

Eyes Of Gaia

Hangar

Hate

Inedia

Keep Of Kalessin

Krueger

Liv Kristine

M:Pire Of Evil

Mad Old Lady

Marcus Mausan

Marduk

Metal Cross

Mork

Necro

Occultation

Pain Of Salvation

Patrulha Do Espaço

Scalped

Scanner

Scorpions

Shed The Skin

Snowy Shaw

Soen

Soilwork

Solefald

Soto

Sweet & Lynch

The Crown

The Lurking Corpses

Thy Darkened Shade

Torche

Uriah Heep

Walsuan Miterran

Witchrist

Zom

GARAGE DEMOS

Por Redação

Garage Demos

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Dark Ensembles

Deviation

Enarmonika

Torre De Ossos

Yuri Fulone

CLASSICOVER – / LADO B+

Por Ricardo Batalha

ClassiCover – Wrathchild

O que levou uma banda como a britânica SikTh, que surgiu no início dos anos 2000 com o objetivo de criar um som versátil e com personalidade, que fosse diferente de tudo e pudesse mesclar, sem limites, elementos de Heavy, Prog, Metalcore, Thrash, Jazz e outros, a gravar um cover do Iron Maiden? E do início da carreira dos compatriotas, ainda por cima. É simples: a paixão pelo Heavy Metal. “Nunca estivemos em uma banda para sermos colocados em um gênero ou em uma cena. Nós fazemos isso pela paixão de compor Metal. Eu só acho que as pessoas têm falta de ideias e estão com medo de levar alguns anos para ter pleno domínio de seus instrumentos e do seu ofício”, disse o guitarrista fundador Dan Weller em entrevista ao Blistering…

Lado B+

Tonight (We Need A Lover)

Mötley Crüe

Ela não faz parte de um disco tão adorado assim, não virou hit, não está no repertório de shows e poucos geralmente se lembram. Tudo bem, minha coletânea eterna de Mötley Crüe sempre vai ter Tonight (We Need A Lover).

Mesmo tendo amansado o som e entrado de cabeça no lado mais leve do Hard, e mudado visualmente para o Glam explícito, a música remete ao passado Metal de Shout At The Devil (1983)…

PLAY LIST – GENOCÍDIO

Por Leandro Nogueira Coppi

Depression: “Quando começamos a compor esse álbum, queríamos algo inovador. Buscávamos por um Death Metal diferente! Começamos a ouvir bandas como Sisters Of Mercy, Joy Division e Fields Of The Nephilim. Queríamos incorporar essa nova influência na música do Genocídio. O Juma apareceu com as batidas tribais e aquilo deu início à composição. Como éramos um trio, optei por fazer um riff contínuo junto com a bateria, pois assim criaríamos uma massa sonora ao vivo. Quando enviamos o clipe para a MTV, a emissora o recusou pelo fato de ter mais de oito minutos e era fora dos padrões. Eles então fizeram uma versão mais curta para ser exibida.” – Wanderley Perna

Álbum: Depression (1990)

LIVE EVIL – MR BIG/WINGER – ARCH ENEMY

Por Redação

MR BIG / WINGER

HSBC Brasil – São Paulo/SP

07 de fevereiro de 2015

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Edu Lawless

Nada melhor para os fãs de Hard Rock do que começar o ano presenciando shows do Mr. Big e da banda convidada, Winger, atrações internacionais vindas dos anos 90 e que sempre apresentaram uma sonoridade sofisticada, que se distanciava dos grupos pertencentes ao famigerado Glam Rock (ou, se preferir, Hair Metal).

Um ótimo público já marcava presença quando, às 19h30, o Winger apresentou seu novo álbum, o bem repercutido Better Days Comin’ (2014), através da abertura com Midnight Driver Of A Love Machine. O público levantou, mas foi à loucura mesmo em Easy Come, Easy Go, de In The Heart Of The Young (1990). O grupo formado atualmente por Kip Winger (vocal e baixo), Reb Beach (guitarra e backing vocal), Rod Morgenstein (bateria) e Donnie Smith (guitarra, que substitui a John Roth) estava se apresentando pela segunda vez no país.

Novamente empolgaram, dessa vez com o ‘hit single’ Hungry, de seu ‘debut’. Não podia faltar algo do álbum Pull (1993) e então foram de Down Incognito, com direito a solo de gaita, reproduzido fielmente por Reb Beach. Além de mostrar um entrosamento absurdo, o talento individual de cada um dos quatro arrancava sorrisos na plateia, tanto que Donnie teve seu espaço concedido pela banda e em momento solo mostrou o porquê de estar fazendo dupla com o genial Reb Beach, que roubava a cena em cada arranjo. Rod Morgenstein deixou claro em seu solo o motivo de ser respeitado como baterista.

ARCH ENEMY

Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ

06 de fevereiro de 2015

Por Daniel Dutra • Fotos: Mario Alberto

O fim de semana de estreias no Rio de Janeiro teve pontapé inicial em grande estilo. O Arch Enemy levou oito anos para aportar na (outrora) Cidade Maravilhosa – contados a partir da primeira vinda ao Brasil, em 2007 –, mas compensou o atraso e até mesmo o lamento da considerável parcela de admiradores que nunca viram a banda com Angela Gossow. A expectativa, aliás, fez com que os fãs ignorassem uma nova ameaça de temporal, mesmo que dos mais brandos, e enchessem o Circo Voador. O céu desabou, sim, mas somente quando não faria diferença: durante e depois do show – o que incomodou mesmo foi o forte cheiro de urina que tomou conta das redondezas na Lapa, cortesia daqueles foliões que acreditam ser o carnaval um período sem lei.

Mas os impropérios destinados aos porcalhões calaram ao som das primeiras notas de Tempore Nihil Sanat (Prelude In F Minor), a introdução de War Eternal (2014), que anunciou a festa promovida por Alissa White-Gluz, Michael Amott, Jeff Loomis, Sharlee D’Angelo e Daniel Erlandsson. A sequência natural – com Never Forgive, Never Forget – foi quebrada com Enemy Within, uma das cinco músicas da obra-prima Wages Of Sin (2001) no set. E os convidados, claro, não tiveram nem como reclamar.

CLASSICREW

Por Redação

1975

LED ZEPPELIN

Physical Graffiti

Em 1975, com cinco discos de sucesso lançados, inúmeras e aclamadas turnês e disputando com Rolling Stones e The Who o posto de melhor banda de Rock do momento, o Led Zeppelin já estava naquele patamar em que poderia fazer o que bem entendesse em termos de disco. Ajudava muito o fato de a banda ter acabado de lançar seu próprio selo, Swan Song, o que o livrava de longas e aborrecidas argumentações com executivos de gravadoras que poderiam querer interferir no processo criativo do grupo.

Só que, em vez de fazer alguma loucura em nome da “liberdade de expressão”, Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarra), John Paul Jones (baixo e teclado) e John Bonham (bateria) reuniram algumas ideias que estavam guardadas desde o começo dos anos 70, escreveram mais um punhado de músicas e saíram do estúdio com um dos principais discos (para muitos, o principal) de sua carreira: Physical Graffiti…

1985

ALCATRAZZ

Disturbing The Peace

Imagine uma banda que consegue substituir um guitarrista como Yngwie Malmsteen pelo não menos brilhante Steve Vai. Parece até lorota, mas foi justamente isso que ocorreu com o Alcatrazz, de Graham Bonett, na transição do ‘debut’, No Parole From Rock’n’Roll (1983), para o segundo de estúdio, lançado em março de 1985. Antes disso, porém, a banda ainda soltou o ao vivo Live Sentence (1984), que marcou a despedida de Malmsteen. “Naquela época, bebíamos muito e isso faz com que os egos fiquem imensos. Discutíamos muito. Aí demitimos Malmsteen e chamamos Steve Vai”, contou certa vez Bonett à ROADIE CREW.

Para o experiente vocalista, que acumulava passagens por The Marbles, Rainbow e Michael Schenker Group, o.

1995

KRISIUN

Black Force Domain

Se tem uma banda que trabalhou (e trabalha) brilhantemente sua carreira, essa é o Krisiun. Afinal, estamos falando de um grupo que começou completamente independente e assim permaneceu durante alguns anos até passar a ser considerado uma verdadeira referência mundial do Death Metal.

Criado na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul, em 1990, o então quarteto que baseava sua música em Slayer e Morbid Angel, gravou duas demos antes de tomar a decisão que transformaria sua carreira: mudar para São Paulo, que era onde as coisas de fato aconteciam – vale lembrar que naquela época de internet ainda claudicante o mundo não era tão pequeno quanto é hoje.

Uma vez na capital paulista, lançaram de forma independente o EP Unmerciful Order (1993), ainda com um segundo guitarrista (Mauricio Nogueira), e em seguida resolveram seguir como power…

2005

HATE ETERNAL

I, Monarch

Embora tenha sido criado em 1997, em St. Petersburg/Flórida, o Hate Eternal lançou apenas cinco álbuns de estúdio, mas são trabalhos que realmente enriquecem a cena do Death Metal em todo o mundo. O guitarrista e líder Erik Rutan é um músico acima da média e também um produtor de respeito, trabalho que ele desenvolve paralelamente à banda. E logicamente que sua passagem pelo Morbid Angel lhe trouxe mais expertise para sua carreira. I, Monarch é o terceiro álbum de estúdio na discografia do Hate Eternal e representa um momento no qual Erik buscava se firmar com sua própria banda. Ele deixou o Morbid Angel em 2002 em busca dessa liberdade e chegou a gravar um álbum com eles batizado de Gateways To Annihilation (2000).

Por isso mesmo, musicalmente a banda buscava algo além, não necessariamente no…

COLLECTION – THERION

Por Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna

Quando o Death Metal começou a alçar voos mais altos no final dos anos 80, uma série de subgêneros surgiria depois, utilizando sua fórmula e tornando-o menos brutal e mais denso. O Therion foi uma das que se desprendeu dessa sonoridade e evoluiu para um dos pilares do que se convencionou chamar de Symphonic Metal. Após a fase extrema, o mentor e guitarrista sueco Christofer Johnsson uniu elementos primordiais do Metal aos de outras culturas, como recursos orientais e simbologias, para a construção de suas ideias. Sempre empenhado em novos caminhos, remodelou o grupo até culminar com o uso de corais e orquestras como parte de sua estrutura musical. Com o passar do tempo, os vocais guturais ficaram para trás, dando espaço para passagens operísticas, assim como os riffs brutais foram se transmutando até a banda adotar influências do Metal Tradicional dos anos 80. Todavia, quem mais contribuiu para a inspiração de Christofer nessa veia foi o Celtic Frost, começando pelo nome extraído de To Mega Therion, álbum lançado pelos suíços em 1985 – este mesmo nome que serviu de ‘mote’ ao ocultista Aleister Crowley em uma ordem thelêmica.

BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE 6

Por Daniel Dutra

O aquecimento já havia sido feito, Promised Land estava nas lojas havia mais de três meses, então era hora de cair na estrada. Desta vez, transformando o show do Queensrÿche num espetáculo, como queria Geoff Tate. E as cortinas foram abertas primeiramente na Europa, de 9 de fevereiro a 10 de março – foram 22 apresentações em trinta dias, passando por Escócia, Inglaterra (7), Bélgica, França, Alemanha (7), Suécia, Dinamarca, Itália, Suíça e Holanda, com uma parada nos estúdios da MTV em Londres para participar do programa “MTV Most Wanted”. Nele foram tocadas Bridge e Jet City Woman, além de uma improvisada versão instrumental de Waiting On A Friend, cover do Rolling Stones.

Na turnê, tudo era tão bem ensaiado que foi necessário ter um roteiro fixo para o setlist: 9:28 A.M., I Am I, Damaged, Screaming In Digital/NM156, My Global Mind, Neue Regel, I Remember Now, Anarchy-X, Revolution Calling, Operation: Mindcrime, Spreading The Disease, The Mission, I Don’t Believe In Love, My Empty Room, Real World, Eyes Of A Stranger, Empire, Jet City Woman, Promised Land, Disconnected, Lady Jane, Out Of Mind, One More Time, Silent Lucidity, Take Hold Of The Flame e Someone Else?. A banda decidiu tocar todas as músicas do novo álbum, o que gerou uma terceira versão para Someone Else? – não apenas com piano e voz, nem sua versão estendida com toda a banda, mas sim um híbrido das partes – e também atendeu ao desejo de Geoff Tate. No palco, o vocalista era muito mais do que apenas… um vocalista.

PROFILE – MARCUS JIDELL (AVATARIUM)

Por André Gaius

Primeiro disco que comprou:

“Saxon – Power And The Glory.”

POSTER - DORO

Por Redação

Doro Pesch

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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