Quem disser que não tem ao menos um esqueleto no armário, certamente estará mentindo. Todos nós (alguns mais, outros menos) cometemos nossos deslizes, aquelas atitudes que nos fazem pensar: “Onde é que eu estava com a cabeça quando fiz isso?” Mas há também o outro lado dessa moeda…
Edição #195
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50 DISCOS MALDITOS... 1
Quem disser que não tem ao menos um esqueleto no armário, certamente estará mentindo. Todos nós (alguns mais, outros menos) cometemos nossos deslizes, aquelas atitudes que nos fazem pensar: “Onde é que eu estava com a cabeça quando fiz isso?” Mas há também o outro lado dessa moeda. É quando fazemos algo na certeza de que é a melhor atitude a se tomar, mas somos mal interpretados e, não poucas vezes, tremendamente criticados por isso.
Agora, se isso acontece nas nossas vidas particulares, imagine como deve ser no caso de bandas/músicos cujo trabalho alcança centenas de milhares de pessoas – e todas elas prontas para criticar sem dó. E quando a banda lança um disco que acaba sendo execrado por público e crítica simplesmente não tem volta: aquele álbum vai estar para todo o sempre nas prateleiras dos fãs, que, impiedosamente, tecerão críticas ferinas a cada vez que se depararem com ele.
Mas será que nós, fãs de Rock e de Metal, estamos sempre certos nessa análise? Será que uma nova audição daquele disco que odiamos anos (às vezes décadas) atrás não mudaria nossa forma de pensar? Não seria possível descobrir naquele trabalho, que um dia consideramos odioso, qualidades escondidas? Ou será que o passar do tempo e o desenrolar da carreira daquele artista não acabou explicando e justificando aquele passo que precipitadamente consideramos errado?
Pois é essa a proposta deste especial: analisar hoje discos que, na época em que foram lançados, sofreram toda sorte de críticas e, em alguns casos, até impropérios. Selecionamos 50 dessas obras polêmicas e distribuímos para nosso time de redatores fazer uma nova e isenta análise de cada um deles. Teriam sido esses álbuns injustiçados? Ou eles sempre foram ruins, mesmo?
Leia, reflita e diga se estamos certos ou errados.
AC/DC
Accept
Aerosmith
Alice Cooper
Anthrax
Bad Company
Black Sabbath
Bon Jovi
Bruce Dickinson
Celtic Frost
Deep Purple
Def Leppard
Destruction
Dio
Dokken
Entombed
Exodus
Grand Funk
50 DISCOS MALDITOS... 2
Guns n’ Roses
Helloween
Iron Maiden
Judas Priest
Kiss
Kreator
Lynyrd Skynyrd
Machine Head
Megadeth
Metallica
Morbid Angel
Mötley Crüe
My Dying Bride
Ozzy Osbourne
Paradise Lost
Queen
Queensrÿche
Rainbow
50 DISCOS MALDITOS... 3
Raven
Rolling Stones
Saxon
Scorpions
Slade
Slayer
Ted Nugent
Triumph
Twisted Sister
UFO
Uriah Heep
Van Halen
Venom
W.A.S.P.
DR. SIN
Parece que foi ontem, mas faz 23 anos que o Dr. Sin surgiu mostrando uma nova forma de fazer Rock. Além do virtuosismo de Andria Busic (vocal e baixo), Edu Ardanuy (guitarra) e Ivan Busic (bateria e vocal), o estilo da banda misturava Heavy Metal, Hard Rock, Rock’n’Roll, Blues e o que mais passasse pela cabeça do trio. Isso consolidou uma carreira que, após sete discos de inéditas e dois ao vivo, chega ao auge com o mais recente lançamento, Intactus. Elogiado por crítica e público, o disco reúne o que de melhor a banda é capaz de produzir em dez faixas que esbanjam virtuosismo e, ao mesmo tempo, não economizam nas melodias agradáveis e nos riffs grudentos. A banda já está na estrada com um show alegre, até mesmo divertido, a despeito da complexidade do material apresentado. A ROADIE CREW bateu um papo com Andria Busic e ele falou em detalhes sobre o novo álbum e sobre o momento atual da banda.
MOTÖRHEAD
O Rock’n’Roll é o que faz Ian Fraser “Lemmy” Kilmister, um senhor de 70 anos de idade, que passou por problemas de saúde e tem uma carreira na música há mais cinco décadas, continuar ativo e pensando em produzir material novo. Para o vocalista, baixista e líder do Motörhead, mais do que apresentar ao seu público os clássicos criados ao longo dos anos, é importante criar material novo para, segundo o próprio Lemmy “não virar uma caricatura de si mesmo.” E é justamente isso que ele, Phil “Wizzö” Campbell (guitarra) e Mikkey Dee (bateria) estão fazendo atualmente ao trabalhar no sucessor de Aftershock (2013), que sairá este ano. Na entrevista a seguir, Lemmy não adiantou muito sobre o 22º álbum de estúdio do Motörhead, mas falou sobre seus planos e sobre toda a mística que o envolve..
PRIMAL FEAR
O Primal Fear, com Aquiles Priester (Hangar, Noturnall) no comando das baquetas e promovendo Delivering The Black (2014), prepara-se para novamente tocar no Brasil – desta vez, na sexta edição do festival “Monsters Of Rock”. A banda alemã, comandada pelo baixista Mat Sinner e pelo vocalista Ralf Scheepers, vive uma ótima fase proporcionada pelo seu décimo álbum de estúdio e já tem planos concretos para um próximo disco. Parece que depois de encontrar um equilíbrio, o grupo renovou suas energias e está pronto para continuar sua história. É isso que Mat Sinner dá a entender quando discorre sobre a mudança na formação e os planos para o futuro nesta entrevista para a ROADIE CREW..
MANOWAR
Fanatismo e Manowar são palavras que andam de mãos dadas quando o assunto é a paixão da banda pelo Metal e dos fãs pela banda. Com o lançamento do álbum de estreia, Battle Hymns (1982), o grupo norte-americano começou a trilhar uma carreira que foi se solidificando com álbuns que traziam capas másculas e uma sonoridade padrão – num caso clássico de definição de imagem e posicionamento de mercado. Além disso, saber se vender e cativar muito o seu público talvez tenham sido alguns dos maiores trunfos da banda nesses anos todos defendendo o que chamam de verdadeiro Metal. Tamanho furor por vezes acaba gerando certo atrito entre defensores do grupo e aqueles que acham tudo isso uma bela piada. Gostos e competências musicais à parte, o fato de o Manowar estar na estrada há tanto tempo prova que a banda tem algo a oferecer..
YNGWIE MALMSTEEN
Músicos e aspirantes a ‘guitar hero’ ou apenas fãs de Hard Rock e Heavy Metal, não importa. O fato é que todos já ouviram falar algo sobre Yngwie Malmsteen, da sua destreza com a guitarra, dos discos épicos e de um ego indomável. Apesar das especulações quanto ao seu jeito, o compositor nascido na Suécia começou a provar que a guitarra poderia ser muito mais do que era por meio dos trabalhos com Steeler (Steeler, 1983) e Alcatrazz (No Parole From Rock ‘n’ Roll, 1983). Todavia, com Rising Force (1984) – seu primeiro trabalho solo – a estrela brilhou. O que se viu na sequência foi uma avalanche de álbuns que até hoje são referência para muitos músicos. Apesar de algumas derrapadas nas produções e de uma constante troca de vocalistas, Malmsteen segue firme e forte, e está prestes a tocar no Brasil mais uma vez…
BLACK VEIL BRIDES
“Acho que esse é o disco que nós sempre quisemos fazer com o Black Veil Brides,” garante o guitarrista base e multi-instrumentista Jeremy “Jinxx” Ferguson. “Creio que ele mostra o quanto amadurecemos enquanto banda. E todas as nossas influências estão claras ali, também.” Ele está falando de Black Veil Brides, mais recente trabalho da banda. E Jinxx acerta em cheio ao declarar que o disco mostra muito mais maturidade que seus três antecessores. Parte disso vem de Jinxx, Andy Biersack (vocal), Jake Pitts (guitarra), Ashley Purdy (baixo) e Christian ‘CC’ Coma (bateria), uma vez que eles mostram ter criado uma identidade musical própria em vez de repetir clichês do Rock oitentista. Mas o principal fator vem da direção musical, que caprichou nos arranjos e nos timbres de guitarra, assinada por ninguém menos que o veterano produtor Bob Rock (Metallica, Mötley Crüe). Nesta entrevista, Jinxx fala sobre o trabalho com Bob, sobre ter sido um menino-prodígio da guitarra e sobre a vinda da banda ao Brasil…
BLACK STAR RIDERS
O Black Star Riders nunca escondeu sua veia Thin Lizzy quando tratou de mostrar quem era em All Hell Breaks Loose (2013). De fato, as semelhanças na formação e na sonoridade são inegáveis, mas, segundo o que o vocalista Ricky Warwick (ex-The Almighty) passa nesta entrevista para a ROADIE CREW, o grupo norte-americano tem sua identidade própria e não viverá à sombra do passado. Com o recém-lançado The Killer Instinct eles vêm para firmar a identidade da banda, fazendo sua música com muita paixão e dedicação. Ricky, ao lado de Scott Gorham (guitarra, Thin Lizzy), Damon Johnson (guitarra, Thin Lizzy, ex-Alice Cooper), Jimmy DeGrasso (bateria, ex-Alice Cooper, Y&T, Suicidal Tendencies e Megadeth) e Robbie Crane (baixo, ex-Ratt, Vince Neil, Lynch Mob), estão prontos para mostrar ao mundo quem é o Black Star Riders..
KISS
Por mais de quatro décadas, o Kiss não tem prometido apenas um show, mas um espetáculo. Atualmente, Paul Stanley (vocal e guitarra), Gene Simmons (vocal e baixo), Tommy Thayer (guitarra e vocal) e Eric Singer (bateria e vocal) estão rodando o mundo com a “40th Anniversary World Tour” e preparam-se para uma série de apresentações no Brasil que, segundo Gene, farão você esquecer de qualquer outro show. O que o grupo construiu de Kiss (1974) até Monster (2012) não foi apenas a carreira de uma banda de Rock, mas a consolidação de uma marca que hoje está presente em diversas áreas – de comida a esportes. Num ótimo papo com a ROADIE CREW, Gene desmistifica um pouco a banda e fala da razão do seu sucesso, dos próximos lançamentos da marca e do que você pode esperar do Kiss no Brasil…
EDITORIAL
Álbuns Malditos e “Monsters Of Rock”- temas especiais
O britânico Paul Loasby registrou seu nome na história quando, ao lado de Maurice Jones, criou em 1980, em Castle Donington, Distrito de Leicestershire (ING), o primeiro festival exclusivamente dedicado ao Heavy Metal e Hard Rock. Depois disso muitos outros eventos com esse mesmo perfil musical se espalharam pelo mundo todo. Não é possível afirmar que se não fosse a iniciativa original de Loasby não existiriam hoje os badalados “Open Air” do gênero, como “Wacken”, “Hellfest”, “Sweden Rock” e tantos outros, mas não lhe pode ser negado o crédito de ter sido o primeiro a materializar essa ideia.
O projeto se expandiu e o “Monsters” se tornou a marca que simboliza o grande evento da música pesada, seja onde for que aconteça. A partir de 1983 passou a ser realizado em diversos países e chegou à América do Sul em 1994, estreando no Brasil com a produção da Mercury Concerts de José Muniz Neto (confira entrevista na seção “Cenário”). Matérias relacionadas ao “Monster” têm sempre um gostinho muito especial para a equipe da ROADIE CREW, pois foi justamente quando da primeira realização do festival em São Paulo que publicamos o fanzine experimental de número zero, com Slayer na capa. Um quadro com o exemplar deste fanzine com os autógrafos de Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Paul Bostaph, decora uma das paredes da nossa redação. Às vésperas da sexta edição brasileira do “Monsters” nos sentimos motivados a dedicar um espaço que privilegia as entrevistas com várias das bandas que participarão do festival.
Como matéria de capa – que traz a ilustração do artista Mario Alberto – neste mês fechamos o 17º ano de circulação da ROADIE CREW com o conteúdo especial sobre 50 álbuns que provocaram polêmicas e chegaram a dividir as opiniões de fãs e de críticos. No caso desses álbuns que selecionamos a maioria das pessoas os reprovou mesmo sendo discos de ídolos consagrados. Mas uma das características que o fã de Rock/Metal carrega com orgulho é a de ter uma perfeita noção do que quer e do que espera ouvir de suas bandas favoritas. Quando algum trabalho sai fora do padrão desejável é natural que seja desprezado. Mas se existem situações claramente definíveis como traição do artista perante suas origens, há também situações onde o músico faz experimentos para aperfeiçoar sua obra e o resultado fica sujeito ao julgamento público, que pode gostar ou não. Resta ainda a injustiça inexplicável, como citado na matéria, e que eu resolvi testar: eu abominava o álbum Fly On The Wall, do AC/DC, e agora ao ouvi-lo novamente, depois de anos esquecido na prateleira, devo confessar passei a gostar e reconheço que havia cometido uma injustiça para com esse disco.
Infelizmente tenho que encerrar este texto novamente com notícias ruins: dia 11 de março perdemos o guitarrista Billy Davis (Joey Molland’s Badfinger, Foghat), dia 16 o baixista Andy Fraser (Free) e no dia 20 o baterista AJ Pero (Twisted Sister, Adrenaline Mob). Grato pelo que vocês fizeram nesta vida…
Airton Diniz
CENÁRIO
MONSTERS OF ROCK:
EMPRESÁRIO FALA SOBRE
A REALIZAÇÃO DO FESTIVAL
Quando os fãs olham a imagem final do cartaz de um grande evento, a paixão faz com que muitos comemorem a vinda de suas bandas favoritas e outros passem a reclamar sem dó nem piedade. Mas para realizar um evento nos moldes do festival “Monsters Of Rock”, que teve sua primeira edição brasileira realizada em 1994, é preciso bem mais que apenas escolher as atrações. O evento, que retornou em 2013 após quinze anos fora do calendário nacional, será realizado este ano nos dias 25 e 26 de abril, priorizando os veteranos do Hard Rock e Heavy Metal, mas com algumas surpresas no cast. O empresário José Muniz Neto, no ramo desde meados dos anos 80, explica os detalhes de se produzir um festival desta magnitude.
TELLUS TERROR: MIXED METAL STYLES
Death Metal? Black Metal? Heavy Metal? Bem, a resposta dos cariocas do Tellus Terror para a definição de sua música se traduz por “Mixed Metal Styles” – estilos de Metal misturados ou, simplesmente, M.M.S.. Após dois anos de atividades, Felipe Borges (vocal), Wederson Felix (guitarra), Nelson Magalhães (guitarra), Arthur Chebec (baixo), Ramon Montenegro (teclado) e Ali Ahmed Ghazzaoni (bateria) estrearam com um registro intrigante, o álbum EZ Life DV8, de 2014. Em entrevista para a ROADIE CREW, Felipe Borges falou sobre o conceito do trabalho e, claro, adiantou novidades da banda.
PRIMORDIUM: A MALDIÇÃO EGÍPCIA DO NORDESTE
Death Metal e cultura egípcia. Até aí nada de novo, afinal o Nile já mostrou muito bem essa vertente para o estilo. Mas e em se tratando de uma banda brasileira, que faz um trabalho igualmente detalhista e bem feito? Certamente não é algo que se vê constantemente por aí. Quem assume este papel com profissionalismo e excelente qualidade é o Primordium, do Rio Grande do Norte. A banda lançou em 2014 o ótimo ‘debut’ Todtenbuch, que tem tudo para se tornar um clássico do Metal Extremo nacional. O vocalista Gerson Lima falou sobre essa conquista, além das dificuldades comuns ao underground.
PHRENESY: LATINHA NA MÃO E THRASH METAL NO TALO
Quem observa a bela capa de The Power Comes From The Beer do quinteto Phrenesy, já sabe o que encontrar: Thrash com inspiração oitentista, perfeito para os palcos e para apreciar com sua bebida favorita. Mas a cada audição do petardo nos deparamos com outras surpresas, como várias passagens voltadas ao Death Metal e a produção de primeira, a cargo de Caio Duarte (Dynahead). Embora privilegie o peso e a velocidade, o material apresenta excelentes timbres e, claro, o talento dos músicos. Há ainda uma agradável surpresa na faixa título, que apaixona de primeira os amantes da cerveja. O vocalista Wendel Aires nos conta detalhes da produção, da cena candanga e muito mais!
EYES OF GAIA: POWER SEM CAIR NA MESMICE
Muita gente vem atacando o Power Metal, conclamando que o estilo não soube se renovar e por isso passou um período de baixa. A saída para quem trilhava esse caminho foi se reinventar, como ocorreu com a banda paulistana Eyes Of Gaia. Mário Kohn (vocal), Bruno Tourino e Paulo Virtuoso (guitarras), Rodolfo Liberato (baixo) e Betto Cardoso (bateria) realmente pegaram pesado e o recém lançado álbum de estreia, Heart Never Lies, traz elementos que vão do Power, Heavy Tradicional e Hard ao Prog e Thrash Metal. Parece complicado, mas Kohn e Tourino explicam os segredos para levantar um estilo imprimindo sua personalidade.
LACHRIMATORY: PERFECCIONISMO DOOM
No ano passado, o Lachrimatory repercutiu positivamente entre os fãs de Doom Metal com o ‘debut’ Transient, lançado por um selo estrangeiro especializado no estilo. Entretanto, este trabalho foi registrado entre 2009 e 2011 e distribuído pela própria banda em CD-R na época. Para conhecer a real situação do Lachrimatory nos dias de hoje e obter detalhes de seu trabalho, a ROADIE CREW conversou com o guitarrista e fundador Tiago Alvarez e o guitarrista Alexandre Antunes.
HIGHER: UM SER HUMANO MELHOR A CADA DIA
Nascido em Campinas (SP), após conversas entre o guitarrista Gustavo Scaranelo e o vocalista Cezar Girardi, o Higher lançou seu ‘debut’ autointitulado em 2014, e recebeu inúmeras críticas positivas da imprensa especializada. Completada por Andrés Zúñiga (baixo), Pedro Rezende (bateria) e Felipe Martins (guitarra), a banda faz um Heavy Metal pesado e técnico. Conversamos com Gustavo Scaranelo sobre o trabalho e os planos futuros do grupo, além de registrar um sincero desabafo sobre a atual cena do Metal nacional.
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
ROCK IN RIO
Olá, galera da ROADIE CREW, tudo beleza? Coleciono vossa revista há cerca de seis anos e meio, todo mês vou a uma cidade vizinha comprá-la. Completaram-se trinta anos de “Rock In Rio”, e eu vou completar 30 anos de idade este ano, dos quais quatorze de “fase passageira” dedicados ao Rock/Metal. Alguns dos meus artistas favoritos tocaram na primeira edição, deve ter sido animal. Fiquei muito feliz com o “Collection” do Bon Jovi, pois foi a banda que me fez me apaixonar pela guitarra e pelo Rock lá com meus 16 anos. Aquele Hard Rock dos primeiros discos, com os grandes riffs e solos do Richie Sambora, me deu um “tapa” na cara e me fez ver o que era um bom Rock. Eu também tomei um “tapa” parecido uns dois anos depois quando ouvi pela primeira vez uma banda de Metal brasileira, o Angra, com o excelente Temple Of Shadows – fiquei de queixo caído. Que bom que eles estão numa fase boa novamente, e gostei muito da sinceridade do Rafael na entrevista. E claro que não podia faltar um pedidozinho básico, um “Collection” atualizado do Scorpions, minha banda de Hard Rock favorita. Abraço galera! Despeço-me ao som de Overlord do Black Label Society.
Gustavo Gibsson
Gramado/RS
Salve, Gustavo! Olha que interessante: você completa 30 anos este ano e em julho próximo eu arredondo trinta anos de jornalismo musical! Nós dois começamos no ano do “Rock In Rio” e do “Live Aid”, cuja realização acabou gerando o Dia Mundial do Rock, comemorado a 13 de julho (data de realização do festival). Continue acompanhando a ROADIE CREW! Escreva sempre. (Antonio Carlos Monteiro)
BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY REPORT
Backspage
Vitão Bonesso (*)
Orange Goblin: persistência a toda prova
Os últimos três anos foram de grande euforia para os ingleses do Orange Goblin. Embora tenha galgado voos mais audaciosos nos últimos tempos, o quarteto formado por Ben Ward (vocal), Joe Hoare (guitarra), Martyn Millard (baixo) e Chris Turner (bateria) já pode ser considerado quase veterano, pois tem no currículo oito álbuns de estúdio e mais um ao vivo.
Rotular a música do Orange Goblin pode ser simples e ao mesmo tempo complicado. Ali estão influências do Punk de Black Flag, Danzig e Motörhead, adicionadas a toneladas de peso subtraídas de ícones do gênero, como Black Sabbath, Candlemass e Cathedral. Stoner Rock? Doom? Sim, está tudo ali na música do Orange Goblin. Por que não somente Heavy Metal?…
Brotherhood
Por Luiz Cesar Pimentel (*)
A banda mais amaldiçoada do mundo
Uma ROADIE CREW especial “Discos Malditos” é chance de carbono 14 para pegar um tema que me assombra, a relação Rock x maldição. E como banda mais zicada da história, poderia citar o Possessed. Afinal, tiveram vocalista – Barry Fisk – que se matou antes mesmo da gravação do primeiro disco, e seu substituto, o também baixista Jeff Becerra, ficou paralisado da cintura para baixo após levar um tiro em um assalto. Mas não.
Ou então o Badfinger. Os caras foram apadrinhados pelos Beatles quando esses estavam no auge, o primeiro single foi sucesso e depois nunca mais deu em nada, tanto que dois integrantes se enforcaram, os guitarristas Pete Ham e Tom Evans. Recentemente, o grupo foi redescoberto, pois a música de encerramento do último episódio do seriado “Breaking Bad” é deles, Baby Blue. Se bem que tiveram o maior sucesso em cover na voz da Mariah Carrey, Without You, o que implica em mais zica ao grupo ainda. Mas também não…
Stay Heavy Report
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)
Música e Turismo: uma combinação perfeita (parte final)
No início do século XXI, novos festivais de Heavy Metal a céu aberto começaram a pipocar pela Europa e Estados Unidos, principalmente durante o verão no hemisfério norte, atraindo multidões até os dias de hoje – inclusive brasileiros, com a ROADIE CREW desempenhando um importante papel nesse intercâmbio. A partir do ano 2001, a ROADIE CREW, por meio de uma iniciativa inédita no segmento da música pesada, passou a levar, em parceria com a Melbourne Tour, grupos de excursão para o “Wacken Open Air” (ALE), parceria esta que se estende até os dias de hoje e foi ampliada para outros eventos, como o “Hellfest” (FRA).
Mais recentemente, zarpou para o sucesso um novo formato de evento Metal, os cruzeiros temáticos, cuja primeira edição aconteceu em 2011 sob a alcunha de “o maior palco a céu aberto do mundo a navegar pelos mares”: “70,000 Tons Of Metal”…
BLIND EAR – BLAZE BAYLEY
Fotos: Rodrigo Scelza
“Isso é Van Halen, o disco da volta com David Lee Roth. Gosto da banda desde que ela começou, tanto que não engoli a mudança para Sammy Hagar (risos). Até hoje curto apenas algumas músicas da fase com ele, mas não achava legal quando ele cantava as do Dave. É uma questão de perspectiva de fã. Isso aconteceu comigo quando entrei no lugar deixado por Bruce no Maiden. Os fãs simplesmente não aceitaram, e posso entender. Para eles se trata de autenticidade, por isso é tão complicado trocar vocalistas. Uma das poucas bandas bem-sucedidas nesse aspecto foi o Genesis, com Phil Collins no lugar do Peter Gabriel. Os fãs abraçaram a mudança, no sentido de que foi tudo bem ouvir Phil cantando as músicas antigas. (R.C.: Sobre o Van Halen, será lançado o primeiro disco ao vivo com David). Não sabia. Da turnê recente? (R.C.: Sim). Bom, boa sorte para eles (risos).”
She’s The Woman
Van Halen – A Different Kind Of Truth (2012)
HIDDEN TRACKS – TT QUICK
Aquele velho conto de fadas em que uma banda é descoberta por uma gravadora e estoura às vezes acontece. É raro, mas acontece. Mas às vezes, mesmo com a gravadora fazendo a parte dela, pouca coisa acontece – e nem é culpa da banda, às vezes as circunstâncias simplesmente não concorrem a favor e a coisa simplesmente não rola.
Dá pra dizer que foi mais ou menos isso que aconteceu com o TT Quick. O grupo formado em 1980 na cidade de Osbornville, Nova Jersey (EUA), era conhecido por estar assiduamente nos bares da região tocando covers – chegavam a fazer três apresentações numa mesma noite. Aos poucos, foram incluindo temas próprios no repertório e tanto o vocal rasgado de Mark Tornillo como o trabalho do guitarrista Dave DiPietro acabaram chamando a atenção de um selo emergente voltado ao Heavy Metal: Megaforce Records, criado por Jon Zazula. O novo selo fez uma verdadeira “limpa” entre as bandas mais promissoras da época (corria o ano de 1983) e, entre outras, assinou com Metallica, Anthrax, Overkill e TT Quick.
ETERNAL IDOLS – MATS JOHAN OLAUSSON
A notícia pegou todos de surpresa: um sueco de 54 anos de idade foi encontrado morto em um quarto de hotel no centro de Rayong, na Tailândia, na tarde de quinta-feira, 19 de fevereiro. Era o tecladista Mats Johan Olausson. O corpo do músico foi encontrado no chão, com o queixo apoiado na cama, trajando apenas bermuda e com sete garrafas vazias de uísque e várias latas vazias de cerveja em seu quarto no hotel.
Nascido em Gotemburgo em 1961, Olausson começou a demonstrar interesse pela música bem cedo e aos 7 anos de idade passou a ter aulas de piano. A evolução levou-o a estudar piano clássico e logo estava integrando suas primeiras bandas de Rock..
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY
Nesta edição:
Abyss
Alpha Tiger
Aria
Bhleg
Continuum
Cretin
Dark Funeral
Enchant
Enslaved
Europe
FM
Gruesome
Hatematter
Immortal Randy Rhoads
Impellitteri
Karyn Crisis’ Gospel Of The Witches
Kiske / Somerville
Kult Ofenzivy
Manilla Road
Mob Rules
Moonspell
Napalm Death
October 31
Prong
Raven
Richie Kotzen
Rusted
Soulburn
Steve Wilson
Stormwitch
Sylosis
The Neal Morse Band
GARAGE DEMOS
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Brand New End
Hammerhead Blues
Hemorrogical
Orphan Spirits
The Wasted
CLASSICOVER / LADO B+
ClassiCover – Unholy
Antonio Carlos Monteiro
Muita gente já ouviu a história, mas nunca é demais repetir. Vinnie Vincent, que começou a trabalhar com o Kiss em 1982 e foi oficializado como substituto de Ace Frehley no ano seguinte, resolveu peitar Paul e Gene, e não teve vida longa na banda. Porém, anos depois, apareceu de pires na mão pedindo uma ajuda. Um surpreendente coração mole de Gene Simmons levou-o a chamar o guitarrista (de resto, excelente músico e compositor) a assinar algumas músicas – três, para ser exato – que apareceriam no disco seguinte do grupo, Revenge. Vincent, depois disso, resolveu arrumar mais uma briga com o Kiss e acabou no ostracismo.
Mas uma dessas músicas deu muito certo. Unholy (“profano” em bom português)…
Lado B+
Ricardo Batalha
As Above, So Below
Yngwie Malmsteen
O sueco Yngwie Johann Malmsteen já havia passado pelo Steeler de Ron Keel e pelo Alcatrazz de Graham Bonnet, mas de uma tacada só mudou os parâmetros da guitarra no Rock e ainda pôde relevar outros grandes talentos que estavam ao seu lado. O segredo do guitarrista, então com apenas 21 anos de idade, foi unir a paixão pelo compositor e violinista Niccolò Paganini e pelos guitarristas Jimi Hendrix, Ritchie Blackmore e Uli Jon Roth. Assim, conseguiu popularizar o estilo Neoclássico e a guitarra ‘shred’, unindo velocidade e técnica apurada.)…
CLASSICREW – KISS/ACCEPT/MOTÖRHEAD/JUDAS
1975
KISS
Dressed To Kill
“O álbum parou de vender. Estou interrompendo a turnê e vocês têm de voltar a Nova York. Precisamos de um novo disco.” Foi assim que o presidente da Casablanca Records, Neil Bogart, deu a ordem para que o Kiss começasse o terceiro trabalho de estúdio, como recorda Paul Stanley na biografia “Nothin’ To Lose”. A banda estava no meio da promoção de Hotter Than Hell e, sem nada nas mangas, se viu obrigada a compor as novas músicas em estúdio.
Bogart jogou Kenny Kerner e Richie Wise para escanteio e decidiu ele mesmo ser o produtor. “Neste caso, ele funcionou mais como ‘cheerleader’. Falava sobre conceito o tempo todo, mas nada musical ou de arranjos”, contou Gene Simmons no mesmo livro. A visão do mandatário contribuiu para…
1985
ACCEPT
Metal Heart
“A gente leu uma matéria sobre um coração artificial que estava sendo desenvolvido e criamos o conceito do disco em cima disso: a rotina do dia a dia estava deixando as pessoas entediadas e, além disso, o homem estava cada vez mais sendo substituído pela máquina. Então, em resumo, é um conceito sobre a eterna guerra do homem contra a máquina.” Foi assim que o guitarrista Wolf Hoffmann explicou na época o conceito por trás de Metal Heart, sexto disco de estúdio do Accept. E, para completar o conceito futurista, a intenção era colocar o holograma de um coração mecânico na capa, o que não foi levado adiante por uma questão de logística. Ainda assim, o disco também foi inovador por ter sido um dos primeiros a ser gravado no sistema digital…
1995
MOTÖRHEAD
Sacrifice
Lemmy Kilmister é uma daquelas figuras cuja importância no mundo da música não se resume ao seu trabalho como compositor, baixista e vocalista. Lemmy, acima e antes de tudo, é uma daquelas figuras que tornam o Rock mais divertido – o que, convenhamos, não é pouca coisa. Autor de inúmeras frases geniais, ele emplacou mais uma assim que Sacrifice foi lançado: “Esse disco é ótimo, um dos meus favoritos do Motörhead. Você coloca pra tocar e sua garota tira a roupa na hora!”
Apesar de ser difícil imaginar o que levaria uma gostosa a ficar louca pra arrancar a roupa assim que ouvisse Motörhead, não é difícil concordar com Lemmy em um aspecto: Sacrifice é, sim, um excelente disco. E olha que não foi fácil gravá-lo. O produtor Howard…
2005
JUDAS PRIEST
Angel Of Retribution
Aquela famosa frase “uma coisa leva a outra” combina perfeitamente com o retorno do Judas Priest com Rob Halford nos vocais, pois o retorno do carequinha à banda com o álbum Resurrection (2000) trouxe-o de volta ao Metal Tradicional, após uma mal sucedida tentativa na música eletrônica/industrial com o projeto Two.
O retorno do Metal God ao estilo acendeu esperanças nos fãs do grupo inglês. Embora estivesse embalado por bons lançamentos de estúdio, como os álbuns Jugulator (1997) e Demolition (2001), era nítido que alguma coisa havia ficado pelo caminho. Se por um lado Tim “Ripper” Owens reproduzia com fidelidade o legado de Halford, por outro a linha de cordas estava “modernosa” demais…
COLLECTION – PRIMAL FEAR
O Power Metal foi um dos principais responsáveis pelo impulso que o Heavy Metal teve nos anos 90. Para muitos, aquele foi um período morno e quase tudo que se via fazia parte de um padrão imposto por gigantes como a MTV. Mas nem tudo que surgia e dava certo era sinônimo de “música enlatada”, pois algumas bandas novas da época faziam questão de mostrar seu trabalho laçado na raiz tradicional do Heavy Metal, como foi o caso do Hammerfall, fortemente influenciado por nomes como Accept, Manowar e Iron Maiden; e do Primal Fear, que seguiu um caminho parecido utilizando os mesmos ingredientes de bandas como Judas Priest. A banda foi formada em 1997, mas seus principais integrantes já eram conhecidos pelos fãs. Tom Naumann (guitarra e teclado) tocava na banda Sinner do baixista e vocalista Mat Sinner, e ambos planejavam montar uma banda com o vocalista do Gamma Ray, Ralf Scheepers. Tudo se concretizou após a dispensa de Ralf dos testes para vocalista do Judas Priest. No mesmo ano em que foi criada, a banda assinou com a Nuclear Blast e, a partir do ano seguinte, começou a soltar álbuns que vêm conquistando amantes do mais cru ao mais melódico Power Metal.
LIVE EVIL – SONATA ARCTICA – EPICA
SONATA ARCTICA
Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ
03 de março de 2015
Por Daniel Dutra • Fotos: Daniel Dutra
O Metal Melódico pode respirar por aparelhos, mas não morreu. De fato, o estilo parece estar em rápida recuperação. Apesar de a afirmação soar generalizada, foi a impressão que ficou estampada numa noite comum de terça-feira no Rio de Janeiro, quando o Sonata Arctica desembarcou na cidade pela terceira vez em três anos. Acha muito para uma banda que está longe de ser do primeiro escalão? O quinteto finlandês saiu do modesto Teatro Rival (450 pessoas) em 2013 para o também tradicional, porém bem mais amplo Circo Voador. E ainda que não tenha lotado a casa, que comporta dois mil fãs, arrastou um público que fez bonito ao encher o local. Os números jogam a favor de Tony Kakko (vocal), Elias Viljanen (guitarra), Pasi Kauppinen (baixo), Henrik Klingenberg (teclados) e Tommy Portimo (bateria), mas pista e arquibancada intercederam para ajudar o, como dizem por aí, combalido Metal Melódico – vá lá que, eufemismo à toda prova, podemos falar também em Power Metal.
O combustível para tanto não foi apenas o álbum mais recente, Pariah’s Child (2014), para muitos um retorno aos primórdios – ‘pero no mucho’, é bom ressaltar – depois de a banda passar os últimos anos tirando o pé do acelerador. Resgatar material do seu primeiro disco, regravado e lançado ano passado como Ecliptica: Revisited; 15th Anniversary Edition, contribuiu em muito para a animação dos presentes. Sendo assim, com algumas paradas no meio do caminho, o show levou o fã a um passado recauchutado para depois trazê-lo de volta ao presente. E vice-versa. Várias vezes…
EPICA e DRAGONFORCE
Audio – São Paulo/SP
08 de março de 2015
Por Thamyres Melo • Fotos: Evandro Camellini
Coincidência ou não, o domingo do dia 8 não foi apenas mais uma data na aquecida agenda de shows internacionais de 2015. Foi também o Dia Internacional da Mulher e, ao menos para quem compareceu na Audio, também foi dia de prestigiar uma em especial, a bela Simone Simons, juntamente com o Epica em sua “Enigma Tour”.
Organizada pela produtora Overload, a celebração melódica foi encabeçada pelos ingleses do Dragonforce, com seu Power Metal “velocidade da luz”. Em turnê de divulgação de seu mais recente álbum, Maximum Overload (2014), a banda acompanhou a agenda brasileira do Epica como um ‘opening act’ de respeito. Casa cheia e entrada tranquila, a apresentação foi iniciada pontualmente às 19h30 com Fury Of The Storm sob gritos e aplausos do público.
Marc Hudson (vocal), Herman Li e Sam Totman (guitarras), Frédéric Leclercq (baixo), Gee Anzalone (bateria) e Vadim Pruzhanov (teclado) tomaram o palco como se a noite fosse toda deles, a despeito do curto set que intercalou faixas novas, como Three Hammers e The Game, e antigas como Valley Of The Damned. Para quem nunca viu o grupo ao vivo, essa foi uma grande chance de se contagiar pela animação e pela tremenda e hilariante presença de palco dos ingleses. A obrigatória Through The Fire And Flames fechou a primeira parte da noite e esquentou definitivamente o clima para a atração principal.
A noite seria marcada pela extrema pontualidade.
PLAY LIST – MICHAEL VESCERA
Winner Takes All: “Considero este um grande álbum, especialmente para quem estava apenas iniciando a carreira. A banda era matadora e assinamos com uma grande gravadora (N.R.: Enigma Records). Queria ter feito mais com a banda, mas tivemos problemas. Seja como for, aquele disco foi quando tudo começou para nós e o considero muito bom!”
Álbum: Scarred For Life (1986)
Obsession
BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE 7
“We’re gonna put the ass back in Queensrÿche.” Desnecessário traduzir a declaração dada por Kelly Gray às vésperas do lançamento de Q2k, porque não foi exatamente isso que aconteceu. O oitavo disco de estúdio chegou às lojas no dia 14 de setembro de 1999 sob muita expectativa, mas sem retornar ao caminho dos trabalhos anteriores a Hear In The Now Frontier. Com uma exceção aqui e outra ali, a sonoridade continuava mais simples, o que intensificou as acusações de que a banda havia definitivamente migrado para o Grunge – embora o movimento nascido em Seattle já houvesse perdido parte de sua força. “Todos trabalhamos duro ao lado da equipe de Ray Danniels, a mesma que cuidava do Rush. Produzimos o álbum nós mesmos, com Kelly fazendo a engenharia de som. Uma turnê longa e decisões empresariais acertadas resultaram em bem mais de 150 mil cópias vendidas. Foi um recomeço digno sem o nosso principal compositor”, disse Michael Wilton, diplomaticamente.
Q2k foi direto para a 46ª posição do Top 200 da Billboard – o single de estreia, Breakdown, chegou ao 27º posto no Hot Mainstream Rock Tracks, e o segundo, Falling Down, não emplacou…
PROFILE – NICK SOUZA (HATRIOT)
Primeiro disco que comprou:
“Iron Maiden – Peace Of Mind.”
POSTER – OZZY OSBOURNE
Blizzard of Ozz
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |