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Edição #196

R$29,00

O Nightwish já viveu a sua parcela de drama por conta da troca de vocalista, assunto sempre muito delicado em quase qualquer banda, mas parece finalmente ter encontrado em Floor Jansen (Revamp, ex- After Forever) o seu porto seguro…

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NIGHTWISH

Por Guilherme Spiazzi

O Nightwish já viveu a sua parcela de drama por conta da troca de vocalista, assunto sempre muito delicado em quase qualquer banda, mas parece finalmente ter encontrado em Floor Jansen (Revamp, ex- After Forever) o seu porto seguro. Tudo parecia estar perfeitamente em ordem para o oitavo disco de estúdio do grupo finlandês, mas durante a pré-produção o baterista Jukka Nevalainen teve que ser afastado e para seu lugar veio Kai Hahto. Com a casa em ordem Floor, Tuomas Holopainen (teclados), Marco Hietala (baixo e vocal, Tarot), Emppu Vuorinen (guitarra), Troy Donockley (gaita irlandesa, tin whistle) e Kai puderam finalmente gravar e lançar Endless Forms Most Beautiful. Este seria simplesmente mais um lançamento na carreira de uma banda, não fosse o fato de ser o primeiro disco de estúdio depois de uma das maiores crises vividas pelo grupo. A apreensão dos fãs era grande, pois, apesar de ter visto Floor com o Nightwish várias vezes ao vivo, ninguém imaginava como Tuomas abordaria suas composições para explorar da melhor forma a voz da nova cantora. Outro fato que mexeu com a comunidade de fãs foi um anúncio oficial dizendo que a banda se inspiraria na obra do biólogo evolutivo inglês Richard Dawkins na temática das letras. Após o lançamento do disco, algumas perguntas foram esclarecidas, mas muita coisa permaneceu uma incógnita. A ROADIE CREW procurou Tuomas e Floor para obter todas as respostas.

MOONSPELL

Por Guilherme Spiazzi

Em pouco mais de duas décadas, muita coisa mudou no Moonspell – desde a troca de alguns integrantes, até um notável aperfeiçoamento na técnica e na musicalidade da banda. Porém, duas coisas permaneceram: a vontade de estar sempre evoluindo e ter conseguido se manter como expoente do Metal em Portugal. O grupo continua com o seu Gothic/Dark Metal e não baixa a cabeça diante de qualquer eventual dificuldade. Tanto é que o décimo trabalho de estúdio de Fernando Ribeiro (vocal), Ricardo Amorim (guitarra), Aires Pereira (baixo), Miguel Gaspar (bateria) e Pedro Paixão (teclados) chega de forma direta e espontânea, como afirma Fernando nesta entrevista para a ROADIE CREW.

NAPALM DEATH

Por Guilherme Spiazzi

Ser brutal e caótico não é nenhuma novidade para o Napalm Death, mas, além disso, o que a banda inglesa poderia fazer? Nesta entrevista para a ROADIE CREW, o vocalista Mark “Barney” Greenway faz uma boa síntese sobre este e outros aspectos pertinentes ao grupo. Engana-se quem pensa que ele se resume a uma barulhenta soma de instrumentos e berros. As letras, por exemplo, geralmente trazem mensagens impactantes e de cunho social. Nos quase trinta anos de carreira, a banda experimentou, trouxe novas influências para o seu som e parece ter encontrado um equilíbrio em Apex Predator – Easy Meat, seu décimo sexto disco de estúdio. Mas o fato de Barney, Mitch Harris (guitarra), Shane Embury (baixo) e Danny Herrera (bateria) estarem em plena consonância não impede que surjam alguns problemas, como os vividos por Mitch recentemente. De qualquer forma, o Napalm Death segue consciente do que quer, tal como um superpredador defendendo sua existência.

AT THE GATES

Por Guilherme Spiazzi

No início da década de 90, o mundo estava em ebulição em meio a vários acontecimentos marcantes, como a reunificação da Alemanha e o fim do regime de segregação racial na África do Sul. Na música, o Metal começava a sentir bruscas mudanças vindas de todos os lados e um dos responsáveis por ajudar a criar um estilo que influenciaria várias bandas no decorrer dos anos foi o At The Gates. A banda lançou quatro discos, tornou-se conhecida, mas em 1996 Tomas Lindberg (vocal), Anders Björler e Martin Larsson (guitarras), Jonas Björler (baixo) e Adrian Erlandsson (bateria) resolveram seguir caminhos diferentes. Passados mais de dez anos, os velhos companheiros voltaram a se reunir para alguns shows, mas o que os fãs realmente queriam era o quinto disco. E eis que sem dar pista alguma quanto a um novo disco, a banda apareceu com At War With Reality (2014) e recentemente anunciou que em setembro estará no Brasil. Passaram-se quase duas décadas e o At The Gates está de volta prometendo muito, e é o que Anders dá a entender nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW.

ENSLAVED

Por Guilherme Spiazzi

O início da carreira do Enslaved por vezes se confunde com os primórdios do Black Metal na Noruega. Só que a banda sempre optou por não ficar parada no tempo e foi agregando elementos que expandiram o seu som. Essa característica fez o grupo formado por Grutle Kjellson (vocal, baixo), Ivar Bjørnson (guitarra, teclado), Herbrand Larsen (teclado, guitarra, vocal), Arve “Ice Dale” Isdal (guitarra) e Cato Bekkevold (bateria) ser respeitado no Metal e por meio de seus lançamentos alcançou o tanto de popularidade que o estilo praticado permite. Com o recém-lançado In Times, décimo terceiro disco de estúdio, a banda dá sequência a uma série de produções premiadas e de alta qualidade, além de expandir seu território sem demagogias. Quem nos fala mais sobre este mundo é o vocalista e baixista Grutle Kjellson.

MELECHESH

Por Guilherme Spiazzi

O Melechesh, impulsionado pela sua figura central que atende pelo nome de Ashmedi (vocal e guitarra), construiu um nome no Metal Extremo em mais de vinte anos de dedicação ao Black Metal ou, como eles gostam de chamar, “Oriental Black Metal”. Após o lançamento da demo As Jerusalem Burns… (1995), do EP The Siege Of Lachish (1996) e do álbum As Jerusalem Burns… Al’Intisar (1996), o grupo formado em Jerusalém (Israel) decidiu se realocar na Europa por questões pessoais, profissionais e demográficas. O que se viu em seguida foram vários lançamentos, certa rotatividade de membros e uma crescente exposição. Agora, Ashmedi, ao lado de Scorpios (baixo), Moloch (guitarra) e Lord Curse (bateria), chega ao sexto disco de estúdio do grupo, Enki, cheio de confiança e orgulho pelas conquistas nessas duas décadas de serviço. O líder da banda conversou com a ROADIE CREW sobre essa aventura que tem sido manter o Melechesh vivo.

SCORPIONS

Por Guilherme Spiazzi

Quem realmente pensou que o Scorpions manteria sua palavra de encerrar a carreira como anunciado em janeiro de 2010, deve estar empolgado com o recém-lançado 18º disco de estúdio, oportunamente batizado de Return To Forever. O meio século de carreira do grupo alemão é resultado de foco, determinação e de uma capacidade ímpar de compor hits que desconhecem fronteiras e zombam do teste do tempo. De hinos balançantes como Rock You Like A Hurricane a músicas emocionantes Wind Of Change, o Scorpions chegou num ponto em que poderia viver dos sucessos do passado, mas mesmo assim faz questão de manter-se relevante com lançamentos e turnês. O guitarrista Matthias Jabs abre esta entrevista para a ROADIE CREW falando exatamente sobre o momento que a banda vive hoje, o novo trabalho e até onde a banda pretende ir com lançamentos e shows. Na sequência, o seu parceiro de guitarra, Rudolf Schenker, fecha a matéria falando sobre uma história de vida e banda que poucas pessoas nesse mundo têm o privilégio de poder contar.

BAD COMPANY

Por Ken Sharp

Um dos contratados pelo selo do Led Zeppelin, o Swan Song Records, o Bad Company notabilizou-se por ser um supergrupo que implantou sua própria identidade no mundo do Rock. Vindos de bandas como Free, Mott The Hoople e King Crimson, Paul Rodgers (vocal), Mick Ralphs (guitarra), Boz Burrell (baixo) e Simon Kirke (bateria) surgiram em 1973 mostrando um arsenal de riffs grudentos, muito groove e a voz bluesy de Paul Rodgers. Os ingleses estouraram do outro lado do oceano no ano seguinte e tiveram um verdadeiro caso de amor à primeira vista com os EUA. Can’t Get Enough, primeiro single do trabalho de estreia (Bad Company), atingiu o 5º posto da Billboard e o álbum tornou-se um dos mais vendidos do ano. A resposta do público fez com que a banda se tornasse “headliner” quase que imediatamente. Isso durou de 1974 a 1979. Os discos Bad Company, Straight Shooter (1975), Run With The Pack (1976), Burning Sky (1977) e Desolation Angels (1979) frequentaram o topo das paradas americanas e foram certificados com Discos de Platina, levando o grupo a lotar estádios em todo o país. Ainda na ativa após algumas interrupções, a banda acaba de relançar seus dois primeiros álbuns, agora no formato duplo, ambos trazendo faixas bônus, entre temas inéditos, versões alternativas e lados B. Paul Rodgers e Mick Ralphs conversaram com a ROADIE CREW sobre a rica história do Bad Company.

HELLYEAH

Por Steven Rosen

Vinnie Paul achou que era hora de dar uma chacoalhada no Hellyeah. Em vez de produzir o álbum Blood For Blood, ele preferiu trazer o veterano Kevin Churko (Ozzy, Def Leppard) para a função. Além disso, dois membros da banda – o guitarrista Greg Tribbett e o baixista Bob Zilla – foram substituídos por Christian Brady (Magna-Fi) e Kyle Sanders (Bloodsimple), respectivamente. Eles não chegaram a gravar o último disco, mas já estão acompanhando a banda nos palcos – o que, de acordo com Vinnie, é como que um renascimento para o Hellyeah. “Nunca imaginei que um dia iria dizer isso, já que estava muito feliz com a banda”, garante o batera, “principalmente porque jamais imaginei que aconteceria alguma mudança na formação, mas a entrada de Brady e Kyle foi ótima porque são músicos sensacionais. Além disso, eles são como nós. Então surgiu uma verdadeira química entre nós e acabamos nos tornando bons amigos.” Nesta entrevista, Vinnie fala sobre a origem do Hellyeah, sobre o novo disco e sobre como trabalhar a criatividade na hora de criar uma linha de bateria.

UGANGA

Por Écio Souza Diniz

O Uganga, um dos grandes representantes do Metal do Triângulo Mineiro, é aquele tipo de banda para a qual não tem tempo ruim. Se é pra suar a camisa e correr atrás, que seja. Com essa persistência, o grupo já está há quase vinte anos na ativa, tendo lançado ótimos trabalhos, que mesclam alguns elementos diferentes ao Metal, e assume postura política e ideológica que tornam a sua música, acima de tudo, um grito de revolta contra a condição humana e do povo brasileiro. Com o bem recebido Vol. 3: Caos Carma Conceito (2009), a banda se projetou mais firmemente no cenário nacional, foi pela primeira vez para Europa e agora com seu novo álbum, Opressor (2014), mantém-se em alta. O incansável vocalista Manu “Joker” Henriques (ex-Sarcófago) falou à ROADIE CREW com sua sinceridade e boa vontade características.

IRON LAMB

Por André Gaius

O Repugnant é um raro caso de banda que recebeu muito mais atenção após ter encerrado as atividades do que enquanto estava ativa. Com o único ‘full length’, gravado quatro anos antes e lançado dois anos após seu fim, o nome do grupo comandado por Mary Goore (vocal e guitarra), Johan Wallin (guitarra), Grga Lindström (baixo) e Thomas Daun (bateria) veio à tona mais do que nunca e já se tornou uma referência para os aficionados pelo Death Metal sueco à moda antiga. Johan, Grga e Thomas, após acumularem experiência e respeito tocando com outras bandas de Death Metal, como Dismember e General Surgery, resolveram se reunir e fundaram o Iron Lamb, mas dessa vez investindo no Rock’n’Roll. Para Grga se concentrar nos vocais, o baixista e agora renomado escritor no meio Metal Daniel Ekeroth foi chamado por já possuir entrosamento com Thomas, adquirido quando formaram a cozinha do Insision. Com nova formação, contando com Daniel Bragman (vocal) e Jens Backelin (guitarra), o grupo acaba de lançar seu segundo álbum, Fool’s Gold. A fim de saber mais dessa nova promessa vinda da Suécia (mais uma!), conversamos com Johan Wallin.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

A dificuldade para mostrar a música autoral

Nos últimos dias voltou a ser assunto o problema que as bandas nacionais enfrentam com a enorme dificuldade para conseguir espaço para tocar e, principalmente, para se apresentar em eventos de grande porte. Mas a sonhada escalação para grandes festivais é apenas uma das agruras encaradas pelos músicos que heroicamente lutam para levar adiante uma carreira com som autoral. Infelizmente existem muitas explicações para isso, mas muito poucas ações concretas são bem sucedidas quando colocadas em prática para dar solução ou para ao menos diminuir o impacto desse drama.

Por mais que exista atitude e boa vontade de muita gente nessa área da música, o cenário do Heavy Metal nacional esbarra em limitações impostas por fatores que estão fora do seu alcance e que são vinculados à dura realidade vivida no Brasil. Concentrando-se em apenas duas áreas, a economia e a cultura, podemos encontrar motivos que ajudam a entender o que acontece. Como meu amigo Dr. Wlisses James (USP, Universidade Federal Acre, banda Discórdia) declarou em entrevista ao portal do “UOL”, os problemas econômicos do país estão diretamente ligados às dificuldades enfrentadas pelos artistas brasileiros para manterem uma carreira em condições dignas. Mesmo o Brasil sendo um dos países onde o Heavy Metal tem uma enorme popularidade, a fragilidade da economia faz com que o público não disponha de recursos para consumir em níveis adequados os produtos disponíveis neste mercado. Assim o pouco dinheiro destinado à compra de ingressos acaba sendo gasto com shows de bandas internacionais, especialmente das grandes atrações, ou de bandas de porte médio, mas que não podem ser vistas com muita frequência. Essa falta de dinheiro não complica apenas o setor de shows, afeta também a venda de todos os artigos relacionados com o trabalho musical das bandas: camisetas, bonés, banners, discos, downloads remunerados, etc.

Focalizando a área da cultura, ocorre aí outra grave distorção que afeta a vida dos músicos de Rock no Brasil. Meios de comunicação de grande alcance popular simplesmente não dão espaço para o segmento e vivem empurrando “atrações” de gosto altamente duvidoso. A culpa disso está na falta de noção dos responsáveis pela veiculação ou por “jabaculismo” mesmo. Há também que se lembrar dos tais incentivos fiscais, onde os beneficiários dos programas de fomento à cultura são sempre os mesmos, uma situação que é sustentada pelos amigos de quem tem o poder de decidir os destinos desses recursos, mas, via de regra, essas verbas são administradas por quem não tem a menor noção do conteúdo cultural que é produzido pelos artistas brasileiros nessa área musical.

Não bastasse tudo isso, ainda sobra um outro sério problema que é a ocupação dos palcos por bandas que tocam cover, com a complacência e apoio de alguns donos de casas noturnas, reduzindo ainda mais o espaço de quem cria sua própria arte. E este é um tema que outro amigo meu, o crítico musical Regis Tadeu, tratou com a costumeira competência no seu blog “Na Mira do Regis”, no portal do “Yahoo!”, cuja leitura recomendo.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

KIKO LOUREIRO: TEM BRASILEIRO NO MEGADETH!

Exemplos de bandas brasileiras tentando a sorte no exterior ou músicos integrando bandas estrangeiras não faltam. Desde os tempos em que o Cérbero, grupo paulistano que estaria na coletânea SP Metal 2, mas deixou a vaga para o Korzus ao largar tudo e viajar para os Estados Unidos, músicos e bandas de Heavy/Rock daqui se arriscam em novos desafios. Basta lembrar o que ocorreu com o Sepultura tempos depois. A lista de brasileiros trabalhando no exterior é grande, mas a confirmação de Kiko Loureiro (Angra) como guitarrista do Megadeth agitou o cenário nacional e internacional.

VINNY APPICE EM TURNÊ DE WORKSHOPS NO BRASIL

A Rádio Rock Freeday promoverá uma série de ‘workshows’ do lendário baterista Vinny Appice (ex-Dio, Black Sabbath, Heaven And Hell) nos meses de maio e junho. Seis cidades já foram confirmadas: Limeira/SP (30 de maio), Recife/PE (31), Londrina/PR (3 de junho), Belo Horizonte/MG (5), São Paulo/SP (6) e Curitiba/PR (7). “Farei seis workshops no Brasil do final de maio até a primeira semana de junho. Para mim é uma honra poder retornar ao Brasil e dessa vez tocar e mostrar minha técnica para os fãs e a todos que curtem Dio e Black Sabbath”, declarou o baterista, que é o autor do método “Rock Steady” e do DVD Hard Rock Drumming Techniques

D.A.M.: MAIS UM NOME DE PESO SURGIDO EM BH

Formado por Guilherme de Alvarenga (vocal), Edu Megale e Guilherme Costa (guitarras), Caio Campos (baixo) e Vinícius Diniz (bateria), o D.A.M. é mais um nome de peso surgido em Minas Gerais. A banda, que pratica uma mistura interessante de Death Metal, Power Metal e Música Clássica, lançou em 2014 The Awakening, segundo álbum de sua carreira e que tem recebido elogios de crítica e público. Na entrevista a seguir, os músicos falam sobre a busca de sua personalidade musical e adiantam os planos futuros.

FIRE HUNTER: JUNTANDO EMOÇÃO E PESO

O Fire Hunter vem de Ponta Grossa (PR) e atualmente Ronaldo Costa (vocal), Eduardo Moraes e Adriano Burey (guitarras), Natanael Gomesl (baixo) e Cleberson Neumann (bateria) promovem o segundo álbum. No Fear No Lies, sucessor de Arising From Fire (2013), foi produzido por Tito Falaschi e mostra a evolução do quinteto, que cita Iron Maiden, Judas Priest, Helloween, Europe e Edguy entre as suas influências. A dupla de guitarristas fala, a seguir, sobre a concepção do novo trabalho e sobre a ideia de incorporar viola caipira em uma das faixas do disco.

CURSED SLAUGHTER: ADRENALINA

A mistura de Thrash Metal e Hardcore tem como resultado canções que geram aquele sentimento de bater cabeça e chutar tudo pela frente. Adeptos dessa fusão, os paulistanos do Cursed Slaughter vêm conquistando os fãs do estilo, graças a canções que transbordam energia, em especial graças ao ‘debut’ Metal Moshing Thrash Machine (2013) e o EP One Last Fixxx!, lançado este ano. O vocalista Daniel “Dan” Pacheco nos dá uma geral sobre o grupo, além de comentar sobre a cena nacional.

UNMASKED BRAINS: UM PASSADO AINDA INOVADOR

Algumas bandas nos provam que o Metal tem inovação e qualidade a nos oferecer. Um bom exemplo é o quarteto carioca Unmasked Brains, que resgatou músicas compostas há duas décadas e através do seu ‘debut’ Machina prova que elas ainda soam originais. Com a adição de uma estética visual singular, a banda vem chamando a atenção por onde passa. Confira o que LGC (guitarra) e Reinaldo Leal (vocal e guitarra) nos contaram sobre essa originalidade e também sobre o álbum de estreia.

HOLLOWMIND: UMA VIAGEM À SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS

O Hollowmind não teve pressa para lançar o sucessor de Soundscape Of Emotions (2007), ressurgindo sete anos depois com The Cardinal Factor, um álbum que trata da simbologia dos números. Em tempos em que as pessoas perderam o hábito de ouvir um álbum por inteiro, The Cardinal Factor possibilita ao ouvinte embarcar no conceito proposto e ouvi-lo do início ao fim. Quem nos conta os detalhes é o baixista e vocalista Roberto Gutierrez.

CRUCIFIXION BR: PAIXÃO PELA MÚSICA EXTREMA

Montar uma banda é um dos sonhos dos meninos e meninas que começam a ouvir Rock e Metal. O passar dos anos e as prioridades fazem com que esse desejo fique para trás em nossas escolhas. Não para os gaúchos da Crucifixion BR. Com dezenove anos de estrada, Marcio Guttierres “Lord Maxx Grave War” (vocal e guitarra) e Juliana Novo “DarkMoon” (bateria) mantêm o frescor da juventude e vêm conquistando territórios graças a essa motivação, cujo ápice culmina com o lançamento do ‘debut’ Destroying The Fucking Disciples Of Christ, que resgata os primórdios do Death/Black nacional sem soar datado. A dupla nos fala do trabalho e das dificuldades encontradas durantes esses anos.

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

AOR

Olá, galera da ROADIE CREW. Tenho 22 anos e sou muito fã das bandas de AOR 70/80, como Journey, Survivor, Asia, Toto, Styx, Europe etc. Fiquei feliz com o “Eternal Idols” da edição #190 do Jimi Jamison, pois quando ele faleceu quase ninguém tinha ideia de quem ele foi; vocês deram a merecida homenagem a essa grande voz do AOR mundial. Não sabia de sua origem humilde e obras de caridade, e isso fez com que eu o admirasse mais ainda. Não tenho nenhuma crítica, pois sempre vejo bandas de Hard e AOR em edições, e lembro que a primeira ROADIE CREW que comprei tinha uma matéria do Journey espetacular – se não me engano, na edição #133, na qual Neal Schon explica a saída de Perry da banda. Despeço-me ao som The Best Of Times do Styx. Abraços, continuem assim, sempre underground e diversificados.

Elivelton Barone

Itu/SP

No “Eternal Idols” nós prestamos tributo à memória dos que se foram e com Jimi Jamison não poderia ser diferente, Elivelton. Tive o prazer de ver esta lenda do AOR ao vivo, conhecê-lo pessoalmente e até mantinha contato por e-mail de tempos em tempos. Pouco antes de sua partida, ele tinha me enviado um arquivo de áudio para um programa de rádio e ainda terminou dizendo: “Se estiver errado ou se não gostou, me avise que refaço.” Poucos músicos são assim! Entendemos os que não conseguem atender nossos pedidos pela agenda apertada ou pelos afazeres pertinentes à vida de músico, mas Jamison sempre se mostrou prestativo e pronto para ajudar. Entendi o que você quis dizer, mas pode ter certeza que nunca ficamos felizes qualquer que seja o artista que figure nessa seção, assim como ocorre agora com uma lenda do Rock brasileiro que consta nesta edição: Percy Weiss. Abraço e siga escrevendo. (Ricardo Batalha)

BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY REPORT

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

Ronnie James Dio: ainda emocionando

Onde você estava no dia 16 de maio de 2010? Parece incrível, mas muita gente se lembra desse detalhe quando ficou sabendo da morte de Ronnie James Dio. Era domingo, e na madrugada daquele dia eu estava me apresentando com minha banda (Electric Funeral) em um bar de São Paulo. Muitos ali presentes ficaram tristes quando, num certo momento do show, pedi toda energia positiva para Ronnie. Muitos não sabiam, mas um dia antes me chegaram notícias bem tristes a respeito da saúde de nosso querido baixinho.

Pouco mais de uma semana antes daquilo, a parte final da turnê que divulgava o álbum The Devil You Know (Heaven & Hell) havia sido cancelada. Os médicos não davam nenhuma esperança quanto à recuperação de Ronnie. O câncer havia se espalhado e nada mais poderia ser feito. Desde o diagnóstico da doença, no final de 2009, Ronnie encarou sua batalha com otimismo. Suspendeu todas as atividades e dedicou todo o tempo a “aniquilar aquele dragão”, como ele mesmo declarou.

Brotherhood

Por Luiz Cesar Pimentel (*)

Aprenda um instrumento. Forme uma banda.

Seja pobre. Mas salve a música

Tive essa percepção na Capela Sistina. Tudo bem que é meio pedante começar um texto com o lugar mais inacreditável do planeta, mas é bonito também fazer essa conexão, vai.

Mas voltando à capela pintada do teto ao chão por Michelangelo…

Você fica olhando os turistas entrarem e não tem um que mantenha o queixo ereto. Mas aí você lembra que é tudo obra humana e que provavelmente nunca mais teremos esse talento bruto na pintura a cruzar os séculos e embasbacar os tataranetos de nossos tataranetos.

Ninguém entende mais sequer a caligrafia do outro, catzo. A habilidade manual para expressar formas está esvaindo, justamente porque teclamos e teclamos. E quando não teclamos, lemos o que o outro teclou.

Leve isso para a música.

Há quanto você não vê um bando de garotos combinarem de um tocar guitarra, o outro, bateria e o outro cantar?…

Stay Heavy Report

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Ano de Comemorações

2015 reforça neste século XXI a importância da década de 80 para o Metal nacional, mais especificamente do ano de 1985 e final de 1984.

Enquanto boa parte dos leitores da ROADIE CREW ainda não tinha nem nascido, dezenas de bandas estavam dando os primeiros passos, desbravando um novo caminho, e também a mídia especializada e eventos de grande porte entravam em cena.

Infelizmente, muitas bandas foram ficando pelo caminho, pelos mais diversos motivos. Algumas pararam e voltaram, e outras tantas resistiram bravamente aos altos e baixos da cena metálica e, agora, grandes ícones da cena brasileira comemoram trinta anos de sua concepção.

E entre as bandas “trintonas” está a de maior expressividade para a nossa cena: Sepultura. Influência para dezenas de outras bandas ao redor do mundo, o Sepultura precisou fazer sucesso primeiro lá fora para conseguir em seguida o reconhecimento em sua terra natal.

Ao longo desses trinta anos, o Sepultura lançou treze álbuns e em comemoração a esta data especial vem lançando no decorrer de 2015 uma linha de treze camisetas comemorativas…

BLIND EAR-DIMITRI BRANDI/PSYCHOTIC EYES

Por Heverton Souza

“Orphaned Land. Ocean Land, do disco Mabool. Sou muito fã dessa banda. A mistura que eles fazem com sons étnicos é muito bem feita e acho que politicamente eles são um símbolo, mostram inclusive que o Metal tem como forma de arte uma expressão política que outros estilos não têm. Mas não são moralistas, apenas tentam pregar paz e igualdade. (R.C.: Seria algo oposto ao Black Metal?). Não acho que o seja, eles não pregam nenhuma religião, nem uma solução política. O Black Metal leva ao extremo a mensagem do respeito à autodeterminação, do individualismo, de não ser uma ovelha no rebanho. Isso é uma mensagem do Metal. Qualquer tipo de pregação é contrária a essa ideologia, que é do Metal e não apenas do Black Metal.”

Ocean Land

Orphaned Land – Mabool

ETERNAL IDOLS – PERCY WEISS

Por Antonio Carlos Monteiro

Uma verdade é incontestável: ninguém está preparado para receber uma notícia ruim, por mais que as circunstâncias indiquem que ela era inevitável. E quando essas circunstâncias não existem, tudo fica mais complicado e difícil de aceitar.

Foi assim que chegou a notícia da morte de Percy Weiss, um dos principais vocalistas brasileiros, acontecida na tarde de 14 de abril – quando estávamos prestes a fechar esta edição. Com boa saúde e trabalhando ativamente, Percy foi vítima de um acidente de carro na Rodovia dos Bandeirantes quando voltava de São Paulo, após uma reunião de trabalho, rumo a Campinas, onde morava.

Percy José Weiss nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de março de 1955. Aos 5 anos, sua família se mudou para São Paulo e na adolescência Beatles e Rolling Stones foram os responsáveis por colocá-lo no mundo do Rock.

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Agnostic Front

Anthares

Civil War

Deep Purple

Diablo Blvd

Doomsday Hymn

Drown in Blod

Faith No More

Freak Kitchen

H.E.A.T.

Heavens

Imperative Music

Imperial Triumphant

Joe Bonamassa (DVD)

Korpiklaani

Meshuggah (DVD)

Morbosidad

Morfolk

Mythological Cold Towers

Neopera

Nightwish

Nunslaughter / Witchrap

Panzer (DVD)

Periphery

Satyricon

Simbiose

Sirenia

Sons of Texas

Sweet Storm

The Agonist

The Answer

Thunder

Thunderlord

Van Halen

Vegas

Yes

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Bloodgreed

Crom

Exorddium

Mutran

Souls’ Guardian

HIDDEN TRACKS – SHARK ISLAND

Por Ricardo Batalha

Quem presenciou o surgimento da cena Hard Rock de Los Angeles no final dos anos 70 e início dos 80, jura que os trejeitos e a performance de palco de Axl Rose foram inspirados no ‘frontman’ do Sharks. O grupo, que surgiu ainda no final do ano de 1979 em Pasadena, foi fundado pelo vocalista Rick Czerny, que depois adotou o nome Richard Black. Ele conheceu o guitarrista Spencer “Burner” Sercombe quando estavam no colegial e criaram o Sharks – Sercombe se tornou conhecido por seu trabalho na empresa B.C. Rich; foi ele quem desenhou o famoso modelo Warlock da B.C. Rich, aquele usado por Kerry King e Lita Ford, apenas para citar alguns.

O nome da banda, completada por Jim Volpicelli (baixo) e Dave Bishop (bateria), surgiu por acaso.

CLASSICREW–PURPLE/ACCEPT/MOTÖRHEAD/JUDAS

Por Redação

1975

DEEP PURPLE

Come Taste The Band

Na época, a notícia soou como um problema sem solução: depois de perder seu vocalista, Ian Gillan (substituído por David Coverdale), o guitarrista Ritchie Blackmore anunciou sua saída do Deep Purple, desgostoso com o rumo musical que a banda adotara em seu então último disco, Stormbringer (1974), se aproximando cada vez mais do Funk e da Soul Music.

Mas o que para muitos poderia significar o fim da banda, acabou se tornando um dos momentos mais interessantes da carreira do Deep Purple. Disposto a não deixar o grupo acabar, Coverdale convenceu Jon Lord a prosseguir com o Purple e lá foram eles em busca de um novo guitarrista. Ele surgiu na figura de Tommy Bolin, um americano de 24 anos que já tocara, entre outros, com Albert…

1985

DIO

Sacred Heart

Era difícil superar uma estreia como Holy Diver (1983) e sua sequência com The Last In Line (1984), mas Sacred Heart manteve a decência de lançamentos da banda Dio. O momento interno, no entanto, não era dos melhores e o disco acabou marcando a despedida do guitarrista Vivian Campbell. “O processo não fluiu como nos outros álbuns e mesmo no ensaio o clima era ruim”, revelou Campbell. “Foi difícil fazer o disco porque não havia entusiasmo. Ainda assim, gosto das músicas”, acrescentou o saudoso Ronnie James Dio.

Uma das mudanças notadas é a presença maior dos teclados de Claude Schnell, especialmente nos singles (e videoclipes) Rock’n’Roll Children e Hungry For Heaven. A primeira, que obteve a 26ª…

1995

WHITE ZOMBIE

Astro Creep: 2000

A década de 90 tornou-se monótona para os fãs conservadores da música pesada que não aceitavam as novas tendências propostas pela indústria fonográfica, principalmente o Grunge. Por outro lado, o Rock/Metal Industrial ganhava força através de bandas como Ministry, Marilyn Manson, K.M.F.D.M., Treponem Pal e Nine Inch Nails, passando a fazer sentido para gente como Max Cavalera, que tomou gosto pela coisa e incorporou elementos do gênero no Sepultura e foi ainda mais longe com o Nailbomb, seu projeto com Alex Newport (Fudge Tunnel).

O White Zombie foi uma das bandas mais beneficiadas com o som Industrial, tirando a música pesada da mesmice e, apesar de ter surgido na metade da década anterior, foi no início dos anos 90 que despontou para o mundo através de seu terceiro álbum, La Sexorcisto: Devil Music Volume One (1992)…

2005

EXODUS

Shovel Headed Kill Machine

Os fãs do Exodus amargaram longos anos de espera até que um novo álbum fosse lançado após o mediano Force Of Habit (1992). Até então, nada além de retornos para alguns shows aconteciam, mas em 2004 Steve “Zetro” Souza (vocal), Gary Holt e Rick Hunolt (guitarras), Tom Hunting (bateria) e o estreante Jack Gibson (baixista que na verdade vinha acompanhando a banda ao vivo desde 1997) soltaram o impressionante Tempo Of The Damned, álbum que até hoje é considerado um dos melhores do Thrash Metal no novo século.

Porém, mal se iniciou a nova turnê e de novo a banda se desmembrou. Começando pela saída de Zetro, que, por desentendimentos com os demais integrantes, deixou a banda na mão e os fãs enfurecidos, inclusive os brasileiros, que os assistiram ao vivo com o descartável Steev Esquivel (ex-Defiance e Skinlab). A situação foi resolvida com a admissão de Rob Dukes, desconhecido…

CLASSICOVER / LADO B+

Por Redação

ClassiCover

Genocide

Leonardo M. Brauna

O Thin Lizzy andava se equilibrando em 1980. Sua formação clássica, com Brian Robertson e Scott Gorham (guitarras), Brian Downey (bateria) e o saudoso Phil Lynott (vocal e baixo), já não existia desde 1978. O próprio Lynott se envolvia em outros trabalhos, que incluíam as composições para o seu primeiro álbum solo, Solo In Soho (1980), e o lançamento do single do Greedies, projeto formado por integrantes do Thin Lizzy e Sex Pistols. Além disso, Gary Moore, amigo de Lynott e, por muitas vezes, “salvador” do Thin Lizzy, abandonara a banda em plena turnê, em 1979. “Talvez tenha feito da maneira errada. Poderia ter saído de outra forma, mas eu sabia que tinha que sair”, declarou o não menos saudoso Moore anos depois.

Lado B+

Claudio Vicentin

One Gun

Lamb Of God

Muitas vezes, uma gravadora major pode não ser uma boa para arrancar da banda sua originalidade. Mas esse não foi o caso do Lamb Of God, que já mostrava muito potencial nos álbuns anteriores, mas se ressentia da falta de uma direção musical e, logicamente, do respectivo financiamento. E foi isso que aconteceu quando assinaram com a Sony Music e lançaram o álbum Ashes Of The Wake. Dessa forma, os guitarristas Willie Adler e Mark Morton souberam, através do produtor Machina, como continuar a criar riffs brutais e aventureiros, só que de forma organizada e precisa. Vale mencionar que a faixa título, instrumental, tem solos variados e ainda…

COLLECTION –THE CULT

Por Antonio Carlos Monteiro

Em 1981, o Rock vivia a ressaca pelo arrefecimento do Punk Rock e via nascer o Pós-Punk em suas diversas variações. Uma delas, que incluía o Gothic Rock (que alguns chamavam de Positive Punk, seja lá que diabos for isso), foi o gênero escolhido pelo vocalista inglês para sua banda, chamada Southern Death Cult. O som pesado e ao mesmo tempo introspectivo não chegou a mover multidões, mas tudo mudaria dois anos depois com a entrada do guitarrista Billy Duffy na banda. Duffy se mostraria não apenas um perfeito criador de riffs como o parceiro que Astbury precisava nas composições. Ficaram seis meses com o nome de Death Cult, gravaram um EP de quatro faixas, um single da música Gods Zoo e em janeiro de 1984 simplificaram o nome para The Cult e começaram a trabalhar em seu primeiro álbum. A partir daí, a banda entrou numa crescente de sucesso, lançando discos que conquistavam público e crítica. As inevitáveis divergências musicais acabaram fazendo a banda encerrar atividades em meados dos anos 90. E quando todos imaginavam que o Cult viraria história, a dupla resolveu se reconciliar e continuar lançando trabalhos que nada deixam a dever aos seus primeiros discos.

LIVE EVIL–SLASH/OBITUARY/KORZUS-DIANNO

Por Redação

SLASH

Fundição Progresso – Rio de Janeiro/RJ

14 de março de 2015

Texto e fotos Daniel Dutra

Um guitarrista com Rock’n’Roll no sangue? Slash. Uma banda a toda prova num show de Rock’n’Roll? Slash Featuring Myles Kennedy And The Conspirators. Foi o que se viu num sábado à noite numa Fundição Progresso completamente lotada e quente pra cacete. Era um calor diretamente proporcional ao entusiasmo dos cinco mil fãs a qualquer coisa que se referisse ao ex-Guns N’Roses, o que explica a facilidade com que sete músicas do novo disco, World On Fire (2014), se encaixaram muito bem entre o que Slash produziu antes, em carreira solo, no Velvet Revolver ou ao lado de Axl Rose.

O frenesi causado pelos primeiros acordes de You’re A Lie atingiu seu primeiro ápice em seguida. Difícil não se empolgar com qualquer coisa da obra-prima Appetite For Destruction, mas Nightrain botou a casa abaixo. Avalon veio em seguida, e àquela altura Myles Kennedy e Slash já tinham o domínio completo das ações. Escorado por uma banda extremamente competente – especialmente Brent Fitz, o melhor baterista que o Guns N’Roses nunca teve –, o guitarrista despejava solos cheios de feeling e, principalmente, riffs mágicos. Aquela cartola deve servir para isso, afinal, já são quase três décadas compondo e gravando constantemente, mas a fonte não seca. O que dizer do tema da ótima Ghost?

OBITUARY

Clash Club – São Paulo/SP

04 de abril de 2015

Por Alexandre Bury • Fotos: Evandro Camellini

Muitos reclamam da frequência um tanto exagerada com que o Obituary agenda retornos ao Brasil. Eles não estão errados! De fato, foram muitas as visitas nos últimos anos, o que faz o anúncio de novas turnês em terras tupiniquins aproximar o quinteto norte-americano daquilo que a sabedoria popular chama de “carne de vaca”. Mas existe gente que ainda não havia conseguido conferir esse monstro musical no palco, e eu estava entre esses – e olha que acompanho o grupo desde a época de The End Complete, disco cujo impacto devastador dentro do Metal fez sentir-se também em minha vida, e desde então os tenho como uma das bandas de cabeceira, já que é a formação Death Metal que melhor encarou a passagem dos anos (Inked In Blood é prova cabal de que, se a banda ainda é fartamente relevante, isso se dá por entender e exaltar a própria importância). Portanto, conferi-los pela primeira vez trouxe um misto de ansiedade e estranhamento, mas foi uma experiência pra lá de satisfatória.

Estranhamento, sim, pois algo parecia fora de tom ali. Em especial com essa entidade chamada John Tardy: inicialmente, me espantou vê-lo carregar o peso da idade no rosto e não na voz…

KORZUS e PAUL DIANNO

12 de abril de 2015

Carioca Club – São Paulo/SP

Por Andréa Ariani • Fotos: Ricardo Ferreira

Por algum tempo ele até tentou desvincular um pouco sua imagem e, principalmente, sua voz da antiga banda. Tudo que ele não queria era ser apresentado como “a lendária primeira voz do Iron Maiden”. Por cansaço, doença e um pouco dessa frustração por não emplacar uma carreira solo e viver das glórias do passado, Paul Di’Anno chegou até anunciar a aposentadoria dos palcos, em 2013. Mas como é impossível dissociar seu nome da icônica banda, difícil também ignorar o fato de que o primeiro e homônimo álbum do Iron Maiden completa 35 anos de lançamento. Além disso, foi também para celebrar as três décadas de fundação da Rádio Corsário que o inglês encarou uma série de shows no Brasil e esse, em especial, na companhia não menos ilustre dos brasileiros do Korzus.

No embalo de Legion, bem sucedido disco lançado em 2014, a banda tocou novos sons e clássicos do Thrash Metal para um Carioca Club já com a pista repleta de ávidos fãs do estilo. Abriram com Guilty Silence, clássico de Ties Of Blood (2004), seguida por Vampiro…

PLAY LIST – MARK JANSEN (EPICA)

Por Claudio Vicentin

The Phantom Agony: “É uma música que ainda tocamos ao vivo regularmente. Lembro que a escrevi com base em um riff que foi escrito e gravado pelo After Forever em uma demo. Eu estava ouvindo aquelas demos antigas e o riff era bem legal. Sander Gommans não acreditava nele e o deixou de lado, mas para mim é um riff matador. Assim que o riff se tornou o ponto de partida a música se desenvolveu, mas eu queria fazer algo inesperado, deixando o final com uma peça orquestral. Fizemos uma versão especial com uma batida Disco e é uma diversão para o público, mesmo que alguns fãs odeiem essa versão Disco (risos).”

Álbum: The Phantom Agony (2003)

BACKGROUND – QUEENSRŸCHE – PARTE FINAL

Por Daniel Dutra

A turnê para promover Tribe havia ficado para trás. A divulgação do ao vivo The Art Of Live foi curta, encerrada com um show acústico no Graceland, em Seattle, no dia 23 de setembro, com um set list peculiar: Sign Of The Times, My Global Mind, Last Time In Paris, Rhythm Of Hope, The Lady Wore Black, Della Brown, Roads To Madness, The Whisper, Silent Lucidity e Eyes Of A Stranger tiveram a companhia de All Apologies, cover do Nirvana, e Join Together, do The Who, esta com a participação de Jerry Cantrell, guitarrista do Alice In Chains. O Queensrÿche resolvera dar um passo para trás para poder olhar para a frente e foi assim que a banda terminou 2004 e passou grande parte de 2005.

No esquema ‘an evening with’ e restrita à América do Norte, a “Back With One Foot In Hell Tour” tinha músicas de diversas eras em sua primeira parte – The Whisper, Empire, Another Rainy Night (Without You), Open (ou Walk In The Shadows), Take Hold Of The Flame, When The Rain Comes… (ou Sign Of The Times), Jet City Woman, Last Time In Paris, The Lady Wore Blacke Silent Lucidity – antes do ápice da noite: a íntegra de Operation: Mindcrime à la Broadway. Pamela Moore estava de volta como Sister Mary e atores interpretavam os papéis de Nikki e Dr. X. A ideia era não somente resgatar o melhor disco conceitual da história do Heavy Metal, mas também introduzir a sequência….

PROFILE – TATO DELUCA (ACLLA)

Por Leandro Nogueira Coppi

Primeiro disco que comprou:

“Iron Maiden – Powerslave.”

POSTER – TWISTED SISTER

Por Redação

Twisted Sister (Fotos Ricardo Ferreira)

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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