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Edição #200

R$29,00

Como já havíamos publicado especiais com grandes discos, álbuns ao vivo, performers e guitarristas, entre outros, voltamos ao ponto em que partimos. A revista foi criada em agosto de 1994 como um fanzine, tendo seu nome inspirado na profissão de roadie…

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ESPECIAL: 60 PESOS PESADOS DA BATERIA

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 1

redaçao

A ROADIE CREW chegou ao número 200 e precisávamos celebrar esta marca.

Como já havíamos publicado especiais com grandes discos, álbuns ao vivo, performers e guitarristas, entre outros, voltamos ao ponto em que partimos. A revista foi criada em agosto de 1994 como um fanzine, tendo seu nome inspirado na profissão de roadie. Nosso editor, Claudio Vicentin, exercia esta função na época, trabalhando com o então baterista do Angra, Ricardo Confessori. Seu substituto no cargo foi justamente o nosso redator-chefe, Ricardo Batalha, que realizou a turnê do álbum Holy Land. Ambos tiveram contato com o instrumento, integraram bandas, realizaram shows, gravaram em estúdio, mas não seguiram como músicos. Assim, chegou o momento de falar sobre a magia que a bateria exerce e eleger os grandes nomes do instrumento.

Para esta edição comemorativa, a missão que a redação passou para os mais de 200 votantes (bateristas, jornalistas, radialistas, produtores e personalidades em geral) era a seguinte: cada um deveria listar os seus dez bateristas de Heavy Rock preferidos.

Que fique claro que, somente pela linha editorial da publicação, não incluímos lendas como Buddy Rich, Gene Krupa, Louie Bellson e Shelly Manne, por exemplo. São hors concours que influenciaram muitos que constaram nas escolhas dos votantes. Fique agora com os 50 estrangeiros mais bem votados e o Top 10 dos bateras brasileiros.

1 – Neil Peart

2 – John Bonham

3 – Carmine Appice

4 – Dave Lombardo

5 – Mike Portnoy

6 – Vinny Appice

ESPECIAL BATERISTAS - 2

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 2

7 – Cozy Powell

8 – Keith Moon

9 – Ian Paice

10 – Tommy Aldridge

11 – Bill Ward

12 – Deen Castronovo

13 – Vinnie Paul

14 – Alex Van Halen 

ESPECIAL BATERISTAS - 3

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 3

15 – Ringo Starr

16 – Simon Phillips

17 – Gene Hoglan

18 – Mike Mangini

19 – Bill Bruford

20 – Charlie Benante

21 – Pete Sandoval

22 – Lars Ulrich

23 – Scott Travis

24 – Nicko McBrain

ESPECIAL BATERISTAS - 4

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 4

25 – Paul Bostaph

26 – Carl Palmer

27 – Phil Rudd

28 – Ginger Baker

29 – Mikkey Dee

30 – Don Brewer

31 – Pat Torpey

32 – Roger Taylor

33 – Mitch Mitchell

34 – Eric Carr

ESPECIAL BATERISTAS - 5

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 5

35 – Marco Minnemann

36 – Clive Burr

37 – Chad Smith

38 – Terry Bozzio

39 – Mike Terrana

40 – Chris Adler

41 – Phil Collins

42 – Charlie Watts

ESPECIAL BATERISTAS - 6

Por Redação

Os pesos pesados da bateria – 6

43 – Virgil Donati

44 – Rod Morgenstein

45 – Scott Rockenfield

46 – Eric Singer

47 – Phil Animal Taylor

48 – George Kollias

49 – Matt Sorum

50 – John Tempesta

TOP 10 - BATERISTAS BRASILEIROS

Por Redação

Top 10 – Bateristas Brasileiros

1 – Eloy Casagrande

2 – Iggor Cavalera

3 – Rolando Castello Jr.

4 – Aquiles Priester

5 – Ivan Busic

6 – Max Kolesne

7 – Amilcar Christófaro

8 – Ricardo Confessori

9 – Paulo Zinner

10 – Fernando Schaefer

DEMAIS BATERISTAS BEM VOTADOS

Por Redação

Demais bateristas bem votados

– Estrangeiros e nacionais

Relação dos votantes

RINGO STARR

Por Ken Sharp

Nos idos tempos da beatlemania, alguém perguntou a Ringo Starr: “O que você vai fazer quando essa bolha estourar?” Irônico, ele respondeu: “Vou abrir um salão de beleza.” Bem, décadas depois, a bolha ainda não estourou e o batera de Rock’n’Roll mais famoso do mundo não tem planos de parar. Na verdade, ele anda mais ocupado do que nunca. Está tocando direto com a sua All-Starr Band, supergrupo que inclui Todd Rundgren, Steve Lukather (Toto), Gregg Rolie (Santana, Journey) e o batera Gregg Bissonette (David Lee Roth, ELO). Teve sua indicação aprovada ao Rock And Roll Hall Of Fame como artista solo (e seu padrinho será ninguém menos que seu amigo Paul McCartney), lançou um novo disco, Postcards From Paradise, e tem um novo livro de fotos programado para sair até o final do ano. Uma prévia do trabalho, em versão luxuosa, já foi lançada e traz 250 fotos inéditas da coleção pessoal de Ringo, muitas delas de autoria do próprio batera – e essas imagens unidas aos comentários feitos por ele acabam funcionando como uma espécie de biografia dele. Nós nos encontramos em um dia especialmente atarefado para Ringo. E depois de esperar um pouco numa ampla suíte e fartamente servida de pães e frutas de um hotel em West Hollywood (EUA), aquela voz inconfundível, com um forte sotaque de Liverpool, vem se aproximando. Em seguida, ele aparece. Aos 74 anos, mas aparentando vinte anos menos, ele está pronto para falar. E assunto não falta.

BILL WARD

Por Steven Rosen

Muito se especulou a respeito da relação entre o baterista Bill Ward e o Black Sabbath nos últimos tempos, com direito a constrangedoras discussões públicas. No fim das contas, Ward queria assinar um contrato para prosseguir com a banda; Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler queriam que o batera emagrecesse e cuidasse da saúde para aguentar o tranco de uma turnê. Mas há muito mais por trás dessa história. É até fácil esquecer o quanto essa banda lutou para chegar onde chegou, levando avante aquela postura “nós contra o mundo”; o quanto os músicos dependiam uns dos outros; o quanto eles eram próximos; o quanto eles gostavam uns dos outros. Lembrando disso, é triste ver o legado do Sabbath ser manchado pela inabilidade de resolver problemas até certo ponto simples. Nessa entrevista, Ward fala sobre seu novo disco solo, Accountable Beasts, mas principalmente sobre o que aconteceu entre ele e o Black Sabbath…..

BATERIA ESPETÁCULO

Por Aquiles Priester

Quem nunca ouviu aquela piada sem graça entre os músicos que diz o seguinte: “Músico é uma coisa, baterista é outra, é acompanhante musical.” Estou aqui representando a classe para provar o contrário, pois há muito tempo o baterista ocupa um espaço de destaque nas bandas. Algumas vezes acaba sendo até a figura mais importante.

Para começar a história de forma brilhante, não posso iniciar esse texto sem citar Ringo Starr, um dos bateristas mais copiados da história, e Keith Moon, figurinha carimbada – era tão maluco que resolveu nem usar máquina de chimbal… No entanto, há unanimidades respeitadas por todas as gerações: John Bonham e Ian Paice. Paice tem a pegada mais Funk Fusion e, como diria o Vitão Bonesso (que também toca muita bateria), tem uma “munheca” que é só dele. Já Bonham sempre será citado por ser o precursor do ditado que diz que “todo batera de Rock deve ‘bater’ forte”. Carmine Appice, que escreveu um dos livros mais importantes da história da bateria (Realist Rock), dizia que se achava um cara que tocava forte até ver o Bonzo ao vivo. E foi justamente Bonzo o primeiro que apareceu fazendo um solo com as mãos – seus solos eram shows à parte!

KEITH MOON

Por Steven Rosen

Aquele foi um dia muito especial. No começo daquela tarde em 1975, entrevistei Ron Wood, então no Faces e que em breve entraria nos Rolling Stones. Depois, teria que cruzar a cidade de Los Angeles num trânsito sempre horroroso para falar com Keith Moon. Quando me despedi de Ron e disse para onde iria, ele deu um tapinha no meu ombro e disse: “Boa sorte com Keef.” Consegui chegar a tempo à casa dele. Estacionei, respirei fundo e caminhei até a porta. Notei que ela estava entreaberta e bati suavemente. Nada. Esperei um pouco, bati mais forte. Nada de Keith Moon. Comecei a imaginar que ele tinha esquecido ou que tinha havido alguma confusão com data ou horário. Só me restava ir embora. Comecei a andar de volta para o carro quando ouvi um motor potente em alta rotação. Foi quando surgiu um Porsche com pneus gritando em meio a uma curva. Ele estacionou com uma derrapagem a alguns centímetros de mim. Dentro dele um Keith Moon visivelmente embriagado com um copo na mão. Desceu do carro, estendeu a mão sem copo e disse: “Oi, eu sou o Keith.” Como se eu não soubesse, como se o mundo não soubesse…

ESCÂNDALOS DE BATERISTAS

Por Redação

Vamos ser francos: músico de Rock é um escândalo ambulante, daqueles que só procura um lugar para acontecer. Tudo bem que de uns anos para cá a coisa se profissionalizou bastante e hoje raramente vemos músicos em cena caindo de bêbados ou coisa do tipo. Mas fora do palco o negócio desanda com certa facilidade e muitos desses episódios foram protagonizados por bateristas.

O pior de todos talvez seja Keith Moon. Com fortes tendências autodestrutivas e o nada salutar hábito de misturar álcool e qualquer tipo de droga que passasse ao alcance de sua mão, certa vez, num hotel, ele recebeu uma reclamação vinda da recepção por conta da música alta. Alguém tinha reclamado “do barulho”. Ele simplesmente estourou uma banana de dinamite (não me pergunte como ele conseguiu aquilo) dentro do banheiro do quarto. Não satisfeito, ligou de volta para a recepção: “Isso é barulho. Aquilo era The Who.”

IGGOR CAVALERA

Por Claudio Vicentin

Por bateristas brasileiros, conduzido por Claudio

“Na bateria o mais legal para mim é o cara que cria algo e não o baterista super técnico que faz um milhão de coisas. Interessante é o cara que cria uma batida e você fica tentando entender o que ele está criando”, afirma Iggor Cavalera, baterista do Cavalera Conspiracy e que estreou há trinta anos com o Sepultura no Split-LP Bestial Devastation. Referência quando o assunto é Thrash Metal, Iggor revela que há uma nova geração de bons músicos e aponta algumas de suas descobertas. “Estava vendo outro dia uma banda chamada Code Orange e é o batera quem canta. Acabou me lembrando algumas coisas antigas como Exciter e Triumph, só que essa banda é brutal e o cara cantando. Inacreditável! Eu nunca consegui cantar quando estou tocando”, diz. “O batera do Full Of Hell também é muito bom e me lembra Mick Harris, do Napalm Death. Há muita gente nova vindo aí e é legal buscar isso. Não adianta achar que só os mais antigos faziam coisas boas. Se você procurar tem muita gente legal aparecendo a todo o momento”, acrescenta o baterista. A seguir, Iggor responde as perguntas enviadas por bateristas brasileiros especialmente para esta edição temática da ROADIE CREW, além de comentar sobre algumas músicas que marcaram sua carreira.

MARKY RAMONE

Por Steven Rosen

Quando alguém pergunta para Marky Ramone: “Tudo bem com você?” Ele sempre responde: “Sim, estou vivo!” E não é uma resposta engraçada. Apesar de ter lá sua mordacidade, a verdade é que o fato de ele ainda poder tocar sua bateria é algo digno de comemoração. Afinal, o baterista teve uma batalha contra a bebida por muitos anos, enquanto fazia parte da cozinha do Ramones. E, não bastasse isso, ele ainda passou boa parte de seu tempo na banda em conflito com os demais membros. Porém, quando foi convidado a se retirar da banda, em 1983, viu ali uma ótima oportunidade para finalmente ficar sóbrio. De lá para cá não bebeu mais. Ele voltou à banda em 1988 e ficou até o final, em 1996. Dali em diante, participou de inúmeros projetos e não parou mais. Hoje Marky é um músico que resistiu bravamente a algumas tempestades muito perigosas e se sente feliz por ter sobrevivido a elas. Nesta conversa, ele traça um panorama geral de sua produtiva carreira, falando sobre o Ramones e sua entrada no Rock And Roll Hall Of Fame…

MATT SORUM

Por Steven Rosen

Matt Sorum é mais conhecido como baterista do Guns N’Roses da fase Use Your Illusion e por seu trabalho com o Velvet Revolver. Mas Matt é muito mais que isso. Antes de se unir ao Guns, ele trabalhou com os mais variados artistas, desde a cantora Tori Amos, passando pelo projeto de World Music Y Kant Tori Read até o The Cult. Além disso, o baterista lançou dois discos solo, sendo o último Stratosphere (2014), no qual ele assumiu o papel de compositor, guitarrista e vocalista, deixando o posto de baterista para Brian MacLeod, veterano que já acompanhou Sheryl Crow, Barbra Streisand e Diana Ross. Nessa entrevista, Sorum lembra alguns dos momentos mais importantes de sua carreira…

ELOY CASAGRANDE

Por Guilherme Spiazzi

Para alguns o futuro de Eloy Casagrande já estava escrito quando, ainda criança, começou a chamar atenção pela sua destreza na bateria. Mas a vida ainda traria várias perguntas para confundir os planos e provocá-lo na escolha de uma carreira. Das apresentações em programas de TV para a banda solo de Andre Matos foi um pulo e, depois de experiências no AcllA, Glória, Iahweh e algumas outras bandas, veio um salto ainda maior: o Sepultura. Atualmente com 24 anos, Eloy toca na banda de Metal de maior renome já exportada pelo Brasil, mas nem por isso ele se dá por satisfeito. Entre outros projetos musicais, o estudo da bateria e as turnês com o Sepultura, ele encontrou um tempo para conversar com a ROADIE CREW sobre sua escolha musical, as perspectivas e os desafios de um baterista…

AQUILES PRIESTER

Por Claudio Vicentin

Aquiles Priester apareceu na cena musical através da banda Hangar em 1999 e logo ganhou fama como um baterista de enorme técnica. Isso o levou a integrar o Angra após a saída de Ricardo Confessori. Sem descanso, hoje no campo nacional ele também integra o Noturnall, o About2Crash, e passou a se inserir na cena internacional tocando com virtuoses da guitarra, como Vinnie Moore e Tony MacAlpine. E teve o teste para entrar no Dream Theater, um processo de enorme repercussão que lhe traz benefícios até hoje. Aquiles “Polvo” Priester com a palavra!

INTROS MARCANTES

Por Amilcar Christófaro

A primeira coisa que sou obrigado a fazer é parabenizar a ROADIE CREW por essa homenagem aos bateras em sua edição de número 200. Que animal! Parece que foi ontem que peguei a primeira edição, com o Biohazard na capa, tendo a resenha da primeira demo do Torture Squad na última página. Me sinto honrado em estar aqui falando sobre as ‘intros’ de batera que considero emblemáticas no Rock/Metal. Naturalmente, os primeiros que vieram à mente foram dos bateras que me influenciaram diretamente, mas depois me vieram muitas outras de bandas e bateras que fizeram história. Ah, no final listo algumas que não poderiam passar em branco!..

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Edição #200: mais que dobramos a “meta” (!?)

O título deste editorial pode até parecer brincadeira… E é mesmo! Entretanto tem um pouco de verdade nisso, pois em maio de 2007, quase dez anos depois da fundação da editora, a revista ROADIE CREW chegou à sua edição de número 100 e agora, em setembro de 2015, estamos publicando a 200ª edição. Completam-se exatamente 100 meses após aquela que foi nossa primeira experiência de produzir um conteúdo temático para celebrar uma ocasião especial. Isso quer dizer que se passaram 8 anos e 4 meses desde então, portanto menos tempo do que levamos para lançar a primeira centena de revistas e temos o “direito” de dizer que mais que dobramos aquela que poderia ter sido uma meta. Mas, brincadeiras à parte, nossos objetivos são muito mais nobres do que analisar números para obter posições estatísticas e usar isso para medir o que é um trabalho bem sucedido, ou não. Quem nos acompanha por esses anos todos sabe que a devoção à música é nossa prioridade e o prazer de fazer esse trabalho supera em muito a recompensa material que possa resultar da atividade empresarial da editora. Felizmente temos contado com o apoio de nossos parceiros comerciais e com o permanente suporte dos leitores de todas as regiões do país, e é por isso que temos vencido todas as adversidades impostas por circunstâncias típicas de uma economia instável. Estaremos aqui para comemorar as próximas 300, 400 edições, e muito mais.

O tema especial da edição #200 é uma figura que todo mundo considera imprescindível: o BATERISTA. Sim, todos concordam que não pode existir uma banda autêntica sem bateria. E, mais que isso, para se caracterizar como banda de Rock/Metal a bateria tem que ser “de verdade”, acústica, daquelas que têm que ser tocadas na base da “porrada” – bateria eletrônica, nem pensar, é uma profunda ofensa no nosso ramo.

Apesar da importância do instrumento para a música, o baterista em geral recebe uma atenção de nível secundário em vários sentidos. A sua visibilidade como artista no show é prejudicada, pois normalmente fica isolado no fundo do palco e é escondido pelo próprio instrumento, além disso, raramente aparece nas fotos das coberturas. Nas fichas técnicas de discos e releases seu nome sempre aparece por último – a ordem mais “natural” é vocalista, guitarrista, baixista, tecladista e… baterista. Chega a ser vítima de comentário jocoso, pretensamente humorístico, de que “baterista não é músico” – já ouvi isso da boca de gente incapaz de dar três batidas no tempo certo com um bongô no meio das pernas. É disparado o componente de uma banda que mais se desgasta fisicamente durante uma apresentação, e sem se mover do lugar, preso a uma banqueta, mas movimentando braços e pernas o tempo todo.

É com uma satisfação enorme que produzimos esse material em homenagem aos bateristas. O que nossa equipe escreveu para enaltecer o trabalho desses heróis talvez ainda não seja suficiente para fazer justiça plena ao brilho que eles acrescentam ao som do Rock, mas tudo o que exprimimos aqui foi sincero. E eu não posso deixar de registrar uma emoção especial por ter na Roadie Crew uma entrevista com Ringo Starr (foto), um Beatle em atividade!

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

DIRK VERBEUREN: BATERIA E TECNOLOGIA

Além do amor pela bateria, seja tocando para o grupo sueco Soilwork e outros artistas, ou dando aulas presenciais e online, Dirk Verbeuren também é envolvido com o aspecto tecnológico da música, tanto na utilização dela em produções, gravações ou no desenvolvimento de samples de levadas e midis. Dirk navega por esses dois mares buscando o melhor de ambos para o seu lado profissional. Dono de uma técnica muito apurada e à procura constante pela evolução, o músico belga de 40 anos de idade conversou com a ROADIE CREW sobre a sua história, os desafios e tendências.

PERCUSSION SHOW: A BATERIA NOS DIAS ATUAIS

Graças a uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o “Percussion Show” – evento de cultura e negócios voltado ao universo da bateria e da percussão – foi realizado entre os dias 6 e 9 de agosto na Bienal e na Arena de Eventos do Parque Ibirapuera, em São Paulo. “A nossa proposta é proporcionar cultura e beneficiar nossa música e sua cadeia produtiva, aqui representados no amplo e enraizado universo da percussão”, comentou o coordenador André Jung, ex-baterista do Ira! e Titãs.

A programação contou com exposição e comércio de vários instrumentos de marcas nacionais e importadas, com a presença de lojistas e fabricantes. Foram mais de 500 produtos expostos. Além disso, o público pôde conferir pocket…

MARCELO MOREIRA: RITMO, PERSISTÊNCIA E NEGÓCIOS

Desde os tempos de Burning In Hell, o nome do baterista Marcelo Moreira tem circulado o globo. Os lançamentos do grupo e as séries de workshops com diversos músicos realizados pelo Brasil e América Latina trataram de evidenciá-lo. Tal exposição o levou ao Almah, banda com a qual gravou três discos de estúdio, mas que deixou recentemente. Porém, pouco antes disso, ele já havia garantido o seu passe na banda norte-americana Circle II Circle. Neste papo, Moreira conta suas experiências nacionais, internacionais epreferências “baterísticas”.

IVAN BUSIC: TALENTO QUE VEM DO BERÇO

Ivan Busic está diretamente ligado ao crescimento do Hard Rock e Heavy Metal no Brasil. Do Platina ao Dr. Sin, seu nome está escrito em mais de 30 anos dessa história… E contando. Acrescente a isso o fato de estarmos falando de um dos nossos grandes bateristas. Pronto. Temos um belo papo sobre como tudo começou: do Jazz oriundo do pai, André, à trajetória com o irmão, Andria, temos o gene Busic enriquecendo a música. E também uma resposta sincera sobre o fim do Dr. Sin – resumindo: quando um não quer, três não brigam, mas continuam amigos…

BRUNO VALVERDE: FOCADO NO ANGRA E NA CARREIRA SOLO

Bruno Valverde sempre foi um baterista à frente do seu tempo. Aos dez anos de idade, ele já estava fazendo barulho com o instrumento e, anos depois, ganhou o concurso ‘Odery & Modern Drummer’. Em 2012, passou a tocar com o guitarrista Kiko Loureiro e a parceria foi um sucesso. Kiko estava lançando seu quarto álbum solo e Bruno foi convidado a integrar o Kiko Loureiro Trio, chegando a excursionar pelos Estados Unidos em 2014. Então, após a saída de Ricardo Confessori do Angra, foi convidado para substituí-lo e registrou o novo álbum do grupo, Secret Garden, na Suécia. O baterista fala, a seguir, sobre sua trajetória e os planos futuros…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

DISCOS MALDITOS

Gostaria de felicitar quem teve essa belíssima ideia para a capa da edição 195. Desde moleque, tenho fascínio por discos considerados malditos. Acho que meu gosto musical é uma droga mesmo. Dos 50 listados, somente três realmente não me descem: St. Anger, do Metallica – provavelmente a maior porcaria da história da música pesada; What’s Funk? do Grand Funk, e o do Ted Nugent, mas ele não conta, porque não consigo curtir nada do que ele faz. Não sei por que, mas, nesse caso específico, o discurso e as atitudes do guitarrista me impedem de apreciar a arte, embora nem sempre eles tenham correlação. Voltando ao assunto… O próprio Metallica tem outros discos malditos. Load é um excelente disco de Rock, mas com certeza é um mau álbum para o Metallica. Exemplos desse tipo estão na matéria, como (Music From) The Elder (Kiss) e Chameleon (Helloween). Sou fã dos dois, assim como de Unmasked e Pink Bubbles Go Ape. Turbo, do Judas Priest, é o que mais curto de toda a discografia da banda, assim como Van Halen III. E para finalizar, uma pergunta que não tem muito a ver com o assunto: quando é que vocês vão fazer o “Collection” do Jethro Tull? Grato pela atenção.

Arthur Lara Moreira

Belo Horizonte/MG

Legal que curtiu a ideia do especial de 50 Discos Malditos da ed. #195, Arthur. Muitos pensaram que todos os mencionados seriam tratados como obras tenebrosas e ruins mesmo, mas a questão era mais abrangente. São trabalhos polêmicos, mas em muitos casos nós falamos justamente que, embora considerados “malditos”, têm valor e precisam ser redescobertos pelos fãs. Eu também curto o Unmasked e o (Music From) The Elder do Kiss, o Chameleon do Helloween e muita coisa da carreira de Ted Nugent, inclusive alguns dos discos “malditos” dele. E o What’s Funk? do Grand Funk tem Rock & Roll American Style e El Salvador, hein? Ah, valeu por lembrar que falta o “Collection” do Jethro Tull! Em tempo: eu entendi direito você afirmando que o disco que mais gosta do Van Halen é o Van Halen III? Se for, nessa você está sozinho, meu amigo. Abraço. (Ricardo Batalha)

COLUNAS

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

De batera para batera: uma conversa rápida com Vinny Appice

Eu não incluí Vinny Appice na minha na votação dos dez mais para este especial, mas é claro que tanto ele como muitos outros poderiam engordar uma lista de pelo menos cinquenta grandes bateristas. Appice sempre foi um dos meus preferidos e, para ele, reservei esse espaço com algumas perguntas e respostas feitas na última passagem dele pelo Brasil. Um papo informal, mas bastante interessante.

Você teve uma lesão no ombro direito na época em que The Devil You Know estava sendo preparado. Com se sente agora?

Vinny Appice: Bem melhor, não era nada grave, mas poderia vir a atrapalhar anos mais tarde, por isso aproveitei e fiz uma pequena cirurgia…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Let there be drums. And there was drums.

Quando estavam gravando All That You Can’t Leave Behind, o baterista do U2, Larry Mullen Jr., e o produtor do disco, Brian Eno, quebraram o pau numa tarde por causa do ajuste de um click. O click track é um recurso de batida em ritmo determinado para sincronizar áudio durante gravação, show… Estavam lá os dois para gravação de bateria quando Larry começou a falar que estava errado o tempo do click, e que “daquela maneira ele não conseguia gravar.” “Frescura”, pensou o produtor.

– Já revisamos cem vezes o click e está tudo certo.

Larry não gravou. Mais tarde, quando foi dar uma checada, Eno percebeu que o click estava com um atraso de seis milionésimos de segundo. Admitiu o erro e quando estava reajustando o tempo da batida, Larry soltou um: “Agora está errado pelo inverso.” Eno checou e estava realmente adiantado. Dois milionésimos de segundo…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

Profissão: Baterista

Não podemos dizer que qualquer uma das posições ocupadas por músicos dentro de uma banda seja fácil. Porém, a de baterista se apresenta como a mais complexa. A começar pelas dimensões de seu instrumento, composto por tambores, pratos e ferragens. Volumoso e pesado, são poucos os bateristas que se dão ao luxo de excursionar com o próprio kit. Quando envolve transporte aéreo então, é certo o pagamento de excesso de bagagem. Em muitos casos, o músico leva apenas sua caixa e pratos, ficando as ferragens e demais tambores – bumbo(s), tom(ns) e surdo(s), entre outros – a cargo do contratante, que loca o material com base no ride informado.

Até em casa é complicado ter um espaço para montar a bateria. Fora que ela não é nada discreta, o som das batidas é naturalmente alto, e só de segurar as baquetas é capaz dos vizinhos já começarem a reclamar do barulho. Felizmente, também existem no mercado as baterias eletrônicas que permitem eliminar este problema.

Além disso, há a manutenção rotineira do equipamento em função do uso. Se em guitarras e contrabaixos na maioria das vezes isso se resume à substituição de cordas, o baterista tem a reposição das peles dos tambores, consumo de baquetas, e ainda pode se deparar com rachadura de pratos, o que não é barato…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha

Nunca quis ser Baterista

Sabe quando você escuta que o crítico é um músico frustrado? OK, tudo bem. Só que, no meu caso, nunca quis ser baterista. Fui levado a isso. Ainda assim, esse instrumento me fascina desde criança. Se a modalidade de “air drumming” fosse olímpica, eu certamente teria ajudado o Brasil a conquistar medalhas. Sempre fui de prestar atenção a todos os detalhes e lembro que, desde pequeno, o primeiro músico que olhava era o baterista. Depois vinha “o resto”…

Em meados dos anos 80, alguns amigos reclamavam sobre como era difícil conseguir um baterista para montar uma banda. Aí, de repente, um deles falou: “A gente fica batendo na cadeira para dar ritmo! Por que você não compra uma bateria?” Respondi que não sabia e não queria tocar. Ponto final! Semanas depois, lá estava eu dando meus primeiros “tá-tum” numa Gope vermelha.

Naquela época, editava o fanzine DeathCore, um hobby que passou a ser dividido com outro: tocar na banda Cizânia. Dava o sangue e tentava aprender o mais rápido possível. Os anos foram passando, o Cizânia encerrou as atividades e passei pelo Swingfire.

(We Are) The Road Crew

Claudio Vicentin

A bateria passou a ser o instrumento admirado por mim quando escutei I Love It Loud do Kiss. Paixão imediata pelo peso absurdo e por aquele bumbo explodindo no ouvido. Algo simples e eficiente, mas marcante. Dali em diante era um tal de serrar cabo de vassoura para funcionar como baqueta e usar o sofá da sala como kit de bateria.

O tempo passou, eu e meus amigos conseguimos nossos instrumentos. Estava ali curtindo cada vez mais o universo do Heavy Metal e, ao mesmo tempo, mantendo minha carreira como jogador de futebol.

Quando o futebol foi abandonado, entrei de cabeça! Era início dos anos 90. Ir para a Expomusic para ver de perto Ivan Busic, Paulo Zinner, Cuca Teixeira, Ricardo Confessori, entre outros, era mágico. Nessa mesma época, poder admirar o trabalho de Iggor Cavalera, Mike Portnoy arrebentando em Images & Words, Vinnie Paul aparecendo com o Pantera… E ainda tinha Lars Ulrich tocando no tributo ao Queen e sentando o pé no bumbo em Sad But True; Dave Lombardo destruindo em Decade Of Aggression; Scott Rockenfield no excelente Empire do Queensrÿche; Scott Travis em Painkiller do Judas Priest e no Fight; Nick Menza no Megadeth…

Punch

Leandro Nogueira Coppi

Desça o braço!

Rudimentos, rulo aberto, rulo fechado, double kick, double bass, tercinas, sextinas, trigger, metrônomo, overdubs, paradiddle, papa-mama… Tudo isso tem a ver com o mundo da bateria, mas existem outras coisas que não podemos deixar de lado.

Aos 11 anos, descobri o mágico universo dos tambores, indo assistir aos ensaios do Dreadful e fuçando na bateria deles durante a semana. Mas, foi quando ouvi o Alive! do Kiss, prestando atenção na performance de Peter Criss, que me empolguei. Apaixonei-me pela bateria e decidi aprender a tocar, embora, didaticamente, seja algo complicado.

Nas bandas em que tocava, tentava incorporar as influências que ia adquirindo por nomes como Blas Elias (Slaughter), Vikki Foxx (Enuff Z’ Nuff, Vince Neil), Iggor Cavalera (Sepultura), Robert Sweet (Stryper), Randy Castillo (Ozzy), John Bonham (Led Zeppelin), Tommy Lee (Mötley Crüe), Nick Menza (Megadeth) etc. Muita gente me indicava músicos como Neil Peart ou, já no início dos anos 90, Mike Portnoy, os quais eu sempre lia a respeito e até gostava deles.

ETERNAL IDOLS – A. J. PERO

Por Antonio Carlos Monteiro

É normal os músicos iniciarem suas carreiras muito cedo, mas a trajetória de Anthony Jude Pero, nascido em Staten Island, Nova York, em 14 de outubro de 1959, desafia a lógica: ganhou sua primeira bateria aos 3 anos de idade, quando seus pais o viam batucando em potes e panelas quase diariamente. No ano seguinte já era dono de uma Ludwig vermelha.

Começou a estudar com um professor de Jazz – e assim ia realizando o sonho que seu pai, um saxofonista amador, não realizou, o de se tornar músico profissional. Chegou a ter aulas com um dos maiores bateristas de Jazz de todos os tempos, Gene Krupa. Começou a se apresentar nas festas de família e logo seu talento passou a ser reconhecido, a ponto de aos 7 anos se apresentar no programa de TV “The Mike Douglas Show”. Quem assistiu disse que foi uma performance impressionante. Aos 10 anos fez outra apresentação na TV, dessa feita no “Jerry Lewis Telethon”, tocando músicas.

COLLECTION – MIKE PORTNOY

Por Claudio Vicentin

Mike Portnoy tem uma carreira que impressiona pela enorme quantidade de ótimos álbuns que registrou. Sua técnica empolga e, por isso, aos 37 anos de idade ele é o segundo baterista mais jovem no Hall of Fame da Modern Drummer – Neil Peart é o primeiro. Além de seu trabalho com o Dream Theater, grupo que deixou em 2010, Portnoy sempre esteve envolvido em projetos paralelos. Fundou o Liquid Tension Experiment em 1997. Ele também é um membro fundador do Transatlantic, que conta com o ex-Spock’s Beard Neal Morse (tecladista/vocalista), o guitarrista do Flower Kings, Roine Stolt, e o baixista do Marillion, Pete Trewavas. Também faz parte da banda de Neal Morse e já trabalhou, seja fazendo shows ou gravando em estúdio, com as bandas OSI, Hail! Stone Sour, Fates Warning, Overkill, G3 e Avenged Sevenfold. Além disso, após sair do Dream Theater montou o Adrenaline Mob, do qual já não faz mais parte, e foi um dos fundadores do Flying Colors. Hoje, seu principal grupo é o power trio The Winery Dogs, que ainda traz Billy Sheehan (Mr. Big) e Richie Kotzen. Escolher o melhor disco que Portnoy tocou, dentro de uma discografia vasta, é um ótimo desafio…

PLAY LIST – VINNY APPICE

Por Claudio Vicentin

Turn Up The Night: “Muito bom, essa vem de Mob Rules. Lembro que escrevemos todas as músicas desse álbum em Los Angeles, onde eu e Ronnie vivíamos. Todas, exceto a faixa Mob Rules, que foi composta na Inglaterra. Tony Iommi apareceu com o riff de Turn Up The Night e nós gostamos de imediato. Ele foi tocando e Ronnie começou a encaixar as melodias. Não me recordo direito, mas sempre estávamos falando em começar o álbum com uma música mais rápida e foi ótimo. Nós não tocamos muito essa música ao vivo, acho que apenas quando o álbum foi lançado e nem sei o motivo. Mas é uma ótima música!”

Álbum: Mob Rules (Black Sabbath, 1981)

BLIND EAR – PAULO ZINNER

Por Antonio Carlos Monteiro

“(N.R.: três segundos depois, rindo). Moby Dick, do Led Zeppelin II. Normalmente, o John Bonham fazia solos longos, mas aqui ele teve que fazer uma versão mais curta porque era uma versão de estúdio. Mas mesmo assim ele manteve a parte em que solava com as mãos. (R.C.: O que você acha de colocar solo de bateria em disco de estúdio?) Maravilhoso! (risos) Não existe regra, não existe fórmula. Existe arte, que é feita com o que você sente. Então, quando você está no estúdio, que é um lugar mais frio, tem que fazer aquilo ficar o mais perto possível de um show.”

Moby Dick

Led Zeppelin – Volume II

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Akrotheism/Septuagint

Andralls

Astafix

Axel Rudi Pell

Bella Utopia

Cadaveric Fumes/Demonic Oath Heavydeath

Chaos_Echoes

Chaotic System/Still Fucking Dead

Cradle Of Filth

Diemonds

Disgrace And Terror

Felipe Machado

Ghost

Hardshine

Huntress

Inculter

Into The Dust

Iron Maiden

Krisiun

Lamb Of God

Lindemann

Lucifer

Pregierz

Razer

Red Razor

Royal Hunt

Sabbath Assembly

Soilwork

The Night Flight Orchestra

Tourette

Válvera

Viper

W.A.S.P.

Wolfheart

PROFILE – ROLANDO CASTELLO JR.

Por Antonio Carlos Monteiro

Primeiro disco que você comprou:

“Foi um compacto simples dos Beatles, que tinha no lado A I Call Your Name e no lado B, Long Tall Sally.”

POSTER – BATERISTAS TOP 5

Por Redação/Luciano Cunha

Neil Peart, John Bonham, Carmne Appice, Mike Portnoy e Dave Lombardo

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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