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Edição #201

R$29,00

As especulações positivas quanto ao sucesso de The Book Of Souls, décimo sexto trabalho de estúdio do Iron Maiden, têm se confirmado. Logo na primeira semana, o grupo contabilizou 75 mil cópias vendidas, número impressionante para os dias da dita “falência da indústria musical”…

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IRON MAIDEN

Por Guilherme Spiazzi

As especulações positivas quanto ao sucesso de The Book Of Souls, décimo sexto trabalho de estúdio do Iron Maiden, têm se confirmado. Logo na primeira semana, o grupo contabilizou 75 mil cópias vendidas, número impressionante para os dias da dita “falência da indústria musical”. Tal façanha colocou uma banda de Heavy Metal entre os ícones da música Pop da atualidade. Além disso, os ingleses anunciaram sua próxima turnê mundial a bordo de um nada modesto Boeing 747-400. O novo “Ed Force One” cruzará o mundo levando toda a banda, equipe e mais de doze toneladas de equipamentos sob o comando do piloto, apresentador, escritor, esgrimista profissional, historiador, doutor em música, vocalista e recentemente sobrevivente de um câncer Bruce Dickinson. Quando Bruce, Steve Harris (baixo), Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers (guitarras) e Nicko McBrain (bateria) sentiram que era hora de entrar em estúdio após cinco anos, tudo correu bem, mas logo após a conclusão do disco Dickinson foi diagnosticado com câncer na língua. Com isso, a banda decidiu dar uma pausa para que ele se tratasse e somente depois as decisões seriam tomadas. A tensão gerada pela enfermidade do ‘frontman’, somada às expectativas para o lançamento do álbum, gerou certa pressão, mas a serenidade e a experiência os fizeram manter o foco e o resultado está aí. Em três entrevistas distintas, Steve Harris, Bruce Dickinson e Adrian Smith traçaram um panorama completo sobre o novo disco, o problema enfrentado por Bruce e o futuro da banda.

KAMELOT

Por Daniel Dutra

Em determinado momento da conversa, Thomas Youngblood ressaltou a constante ascensão do Kamelot nos Estados Unidos. Dias depois, Haven estreou em primeiro lugar no Top Hard Rock Album da Billboard – foi o 75º no Top 200 e conquistou posições significativas em outros de seus rankings. Resultado do trabalho de um grande time, como o guitarrista destacou. Afinal, apesar de ser o fundador, seu papel na banda não é mais importante do que os de Tommy Karevik (vocal), Sean Tibbetts (baixo), Oliver Palotai (teclados) e Casey Grillo (bateria). Líder? Não, apenas um orientador. E o 11º disco de estúdio do quinteto mostra não apenas uma forte unidade criativa – tanto que, quando o assunto vem à tona, em momento algum fala o nome do ex-vocalista Roy Khan –, mas também que não há amarras na hora de criar a música que faz do Kamelot uma das bandas mais singulares do Metal contemporâneo. E Haven é mais um capítulo de excelência.

LAMB OF GOD

Por Guilherme Spiazzi

Todo o drama vivido pelo Lamb Of God envolvendo o incidente ocorrido em 2010 na República Tcheca já está bem documentado e devidamente superado. Prova disso é o sétimo disco de estúdio do grupo, VII: Sturm Und Drang, trabalho que tem rendido ótimas críticas. Mas a vida da banda norte-americana continua mais agitada que o normal, em parte pelo anúncio da entrada do baterista Chris Adler no Megadeth e também pelo fato de o vocalista Randy Blythe dedicar parte do seu tempo escrevendo o livro “Dark Days”, no qual conta a experiência na prisão tcheca. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, Blythe e o baixista John Campbell vão além do novo disco e também discorrem sobre a nova etapa vivida pela banda, o posicionamento deles quanto ao ingresso de Adler em outro grupo e se, de fato, existiu a chamada New Wave Of American Heavy Metal.

HOUSE OF LORDS

Por Daniel Dutra

Algum momento em 1988. Impressionado com o baterista Ken Mary por causa de seu trabalho com Alice Cooper, principalmente no vídeo Nightmare Returns, e já tomado pela “kissmania” – afinal, tratava-se de um disco lançado pela Simmons Records – coloquei as mãos no autointitulado LP de estreia do House Of Lords. Vinte e oito anos depois, estava com o vocalista James Christian na linha para falar de Indestructible, décimo álbum de estúdio da banda, hoje completada por Jimi Bell (guitarra), Chris McCarvill (baixo) e B.J. Zampa (bateria). Para falar também de outros assuntos que sobreviveram a uma adolescência que já é memória distante. Se nunca foi uma banda do meu primeiro escalão, o House Of Lords traz boas lembranças, por isso o tom pessoal em âmbito profissional – uma vantagem de se fazer o que mais gosta. Mas principalmente porque o papo fluiu tão bem quanto a música do quarteto americano. Leve, a conversa deixou o peso extra apenas para as onze faixas do novo álbum. Que, diga-se, vale a pena conferir.

LIAR SYMPHONY

Por Antonio Carlos Monteiro

Foi um início avassalador. Após surgir, nos anos 90, o Liar Symphony emendou quatro discos em seis anos, culminando com o aclamado Choose Your Side (2005). De lá para cá, apesar de um CD/DVD ao vivo e um álbum acústico (que saiu apenas de forma virtual), desde 2010 não se ouvia falar da banda – chegou-se a cogitar que o quinteto paulistano havia encerrado atividades. Mas eis que, novamente através da Encore Records, o grupo formado por Nuno Monteiro (vocal), Pedro Esteves (guitarra), Marcos Brandão (baixo), Alecio Rodrigues (teclado) e Anderson Alarça (bateria) volta à cena com seu mais novo disco de estúdio, Before The End, que mostra uma banda mais moderna, mas coesa e pesada como sempre. Fomos falar com Nuno e com o fundador Pedro para saber mais sobre o momento atual da banda…

LUCA TURILLI’S RHAPSODY

Por Guilherme Spiazzi

Ideias grandiosas acompanham o compositor e guitarrista Luca Turilli desde que ele lançou Legendary Tales (1997) com o Rhapsody, hoje Rhapsody Of Fire. A paixão do músico pelas trilhas sonoras de filmes, pela música erudita e pelo Metal moldaram suas composições e renderam lançamentos épicos durante quase vinte anos de carreira. Após a separação em 2011, o músico decidiu criar sua própria versão do Rhapsody e atualmente comemora o lançamento de seu segundo trabalho de estúdio, Prometheus, Symphonia Ignis Divinus. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, Turilli fala sobre sua música, o aspecto profundo e místico de suas letras e como está sendo essa nova fase de independência musical..

SOTO

Por Daniel Dutra

Esquecido nos anos 80 e 90, o passado musical de Jeff Scott Soto ao lado de Yngwie Malmsteen e Axel Rudi Pell está de volta, modernizado e bem mais agressivo. O Hard Rock melódico foi guardado na gaveta, junto com qualquer remissão ao AOR que se espera do vocalista. Sim, ele resolveu pegar pesado, deixando a carreira solo de lado para dar voz ao SOTO, banda formada com Jorge Salan (guitarra), David Z (baixo) e os brasileiros BJ (guitarra e teclados) e Edu Cominado (bateria). E a surpresa se completa agradável com Inside The Vertigo, o álbum de estreia do quinteto – trabalho que conta também com uma interessante gama de convidados especiais. A ROADIE CREW bateu um papo com Jeff para falar das novidades e de assuntos, digamos, mais leves de sua carreira. Tão leves que renderam momentos descontraídos. Leia a entrevista… E ouça as músicas!..

KORPIKLAANI

Por Guilherme Spiazzi

O Korpiklaani surgiu no início da década de 90, muito antes do movimento Folk Metal, como um dueto Folk sob o nome de Shamaani Duo. Após o lançamento de Hunka Lunka (1996), o dueto deu lugar a uma banda, passando a se chamar Shaman. Então, depois de lançar dois discos – Idja (1999) e Shamániac (2002) – transformaram-se na banda que hoje conhecemos. Com o lançamento do nono trabalho de estúdio, Noita, Jonne Järvelä (vocal e guitarra), Kalle “Cane” Savijärvi (guitarra), Jarkko Aaltonen (baixo), Matti “Matson” Johansson (bateria), Tuomas Rounakari (violino) e Sami Perttula (acordeão) vêm com uma nova proposta e é Jarkko quem nos fala sobre isso…

SOULFLY

Por Daniel Dutra

Imagine estar sentado à mesa de um bar, bebendo uma boa cerveja e trocando uma ideia com Max Cavalera. É mais ou menos assim o clima de uma entrevista com o líder do Soulfly. A diferença é a linha telefônica. Mas não importa se você está ligando do Rio de Janeiro para um quarto de hotel na Alemanha, onde o vocalista e guitarrista passou o dia falando com jornalistas de todo o mundo. Max é um contador de histórias nato e muito bom de papo, o que torna mais interessante a conversa em torno de Archangel, décimo álbum da banda que hoje conta os filhos Zyon (bateria) e Igor (baixo) ao lado do fiel escudeiro Marc Rizzo (guitarra). E teve muito mais nos quarenta minutos que poderiam ser resumidos como uma grande declaração de amor ao Heavy Metal. Confira!.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Choque de gerações… O que é isso?

Acontece mais ou menos a mesma coisa toda vez que tem uma edição do “Rock in Rio” no Brasil. A palavra “rock” passa a ser citada insistentemente na mídia, principalmente porque o festival conta com o suporte gigantesco da Globo, a segunda maior rede de TV do mundo, que não é absolutamente perfeita, mas tem que ser reconhecida como uma empresa de comunicação do mais alto nível. Aliás, tecnicamente muito superior à grande maioria de grupos do mesmo ramo dos EUA e da Europa. Esse excesso de visibilidade do Rock gera uma série interminável de manifestações de novos e antigos “especialistas” do meio cultural, de pessoas comuns e de celebridades, enfim de um monte de gente que passa a achar que dá “status” falar desse estilo de música.

Todo mundo está falando de Rock (in Rio ou não), seja em programas jornalísticos, ou esportivos ou shows de variedades, na TV, no rádio e na Internet. Menos mal que a maioria dos comentários deixou de exprimir aquela carga de preconceito como acontecia até alguns anos atrás. Mas é até engraçado ouvir fãs que confundem Nirvana com Metallica fazendo declarações de amor pelos ídolos. Entretanto prefiro conferir aqueles que discorrem sobre o assunto com conhecimento de causa. Acompanho tudo o que dizem os “meninos da casa” (Batalha, Tony, Guilherme, Daniel, Frans, Heverton, Vitão… enfim toda nossa equipe) cujas tendências eu conheço profundamente. Leio o Regis Tadeu com seu adorável mau humor quando as coisas não lhe agradam, mas ele sabe muito e gosta de Rock. E também tenho visto os posts do amigo André Delacroix (vulgo Stressor – Metalmorphose e D.A.D), um militante (no sentido decente dessa amaldiçoada palavra) do cenário do Rock. Não perco suas impressões sinceras e divertidas.

A semana de “Rock in Rio” evidenciou a desconstrução do chamado “choque de gerações”. A convivência entre idosos, adultos, jovens, e até crianças, num mesmo show musical só se obteve por causa da perpetuidade do Rock. E não é a primeira vez que escrevo sobre isso, pois sempre enalteci o fato de encontrar famílias inteiras curtindo a mesma banda nos shows que frequento, com pais, filhos e netos cantando as letras das músicas lado a lado na plateia. Quem vivencia este ambiente encara isso com naturalidade, mas quem não conhece se espanta quando vê algo assim na TV.

Infelizmente algumas das principais características e virtudes do Rock/Heavy Metal – qualidade artística, riqueza cultural, abrangência de público e perenidade – ainda não foram percebidas pelo mundo corporativo porque muitos dos profissionais de publicidade não têm informação suficiente para entender o potencial mercadológico que existe nesta área. Grandes grupos financeiros, empresas aéreas, petrolíferas ou empreiteiras não patrocinam eventos ou artistas de Rock porque temem associar suas “preciosas marcas” a algo que possa comprometer a imagem de “careta” que preferem ostentar, mas, contraditoriamente, algumas delas não têm o menor escrúpulo em se envolver com políticos corruptos.

O “Rock in Rio” é uma honrosa exceção porque tem a poderosa retaguarda da Globo. Na próxima edição veja a cobertura do RiR 30 Anos na ROADIE CREW.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

TARJA TURUNEN: NOVA TURNÊ PELO BRASIL

Prestes a retornar para mais uma turnê pelo Brasil, dessa vez passando por várias cidades, Tarja nos fala um pouco sobre seu momento atual e seus vários projetos dentro da música. A banda que ela ajudou a conquistar o mundo, Nightwish, é passado, mas a finlandesa realmente conseguiu sobreviver apenas com seu nome e suas próprias composições e isso tem que ser apreciado. Afinal, ela não para e seus lançamentos são constantes, como com a Música Clássica em Ave Maria ou o ao vivo Luna Park Ride.

ECLIPSE: SENSAÇÃO DO HARD ROCK/AOR MUNDIAL

O grupo sueco Eclipse é relativamente novo no cenário do Hard Rock/AOR europeu. Muitos leitores devem conhecer a banda por causa do projeto criado pela gravadora italiana Frontiers Records, W.E.T., encabeçado pelo vocalista Jeff Scott Soto, e que na realidade é a união de três bandas: Work Of Art, Eclipse e Talisman. Mas o grupo em si já tem uma carreira bem sólida dentro deste segmento mesmo com pouco mais de dez anos no mercado. Em 2015, o Eclipse lançou pela mesma gravadora seu álbum mais elogiado pela crítica e fãs em todos estes anos de carreira, Armageddonize. Conversamos com o líder e vocalista Erik Mårtensson sobre esse trabalho e o futuro do Eclipse.

SYREN: VICIADOS EM SUAS PRÓPRIAS MÚSICAS

Heavy Metal Tradicional com melodia e agressividade. Este é o som do grupo carioca Syren, que vem agradando fãs e mídia especializada com seu segundo álbum, Motordevil. Conversamos com Luiz Syren (vocal), Leandro Carvalho (guitarra), Maurício Martins (baixo) e Júlio Martins (bateria) que, entre outras coisas, salientaram que a banda é viciada em suas próprias músicas.

ELECTRIC BLUES EXPLOSION: LEVEZA EPESO NA MEDIDA CERTA

Parece que o Sul do Brasil é, de fato, uma terra propícia para vertentes mais virtuosas do Rock e Metal. Um bom exemplo é o guitarrista Rodrigo Campagnolo, de Caxias do Sul (RS). Seu talento tem sido explorado principalmente através do Electric Blues Explosion, que mescla Rock e Heavy Metal clássico com Southern Rock e Blues. A banda atualmente divulga o seu segundo álbum, Strenght To Go On, e na entrevista a seguir Campagnolo fala sobre os trabalhos do grupo, as influências e o nosso cenário, tudo de forma bem argumentada e realista.

CREEDENCE CLEARWATER REVISITED: A CHAMA QUE NÃO APAGA

Um caminhão de hits lançados entre 1968 e 1972 levou o Creedence Clearwater Revival a uma ascensão meteórica. Entretanto, logo a banda encerrou as atividades. Pouco mais de vinte anos depois, os membros originais Doug “Cosmo” Clifford (bateria) e Stu Cook (baixo) resolveram revivê-la. Atuando sob o nome de Creedence Clearwater Revisited, há duas décadas eles viajam o mundo ao lado de John “Bulldog” Tristao (voz e guitarra), Kurt Griffey (guitarra) e Steve “The Captain” Gunner (teclado e guitarra) tocando os clássicos originais. Prestes a desembarcar no Brasil, o septuagenário e muito bem humorado Doug conversou com a ROADIE CREW e falou sobre sua carreira, o amor pela música e o eterno imbróglio envolvendo o vocalista original, John Fogerty.

DAYDREAM XI: CONSTRUINDO IDENTIDADE PRÓPRIA

A banda Daydream XI foi fundada em 2005 ainda sob o nome Osmiun. Após algumas mudanças de formação, alteração do nome e o lançamento de um EP intitulado Humanity’s Prologue, Tiago Masseti (vocal e guitarra), Marcelo Pereira (guitarra), Tomás Gonzaga (baixo) e Bruno Giordano (bateria) soltam agora seu debut, The Grand Disguise. E é para saber mais sobre esse disco que resolvemos bater um papo com os caras.

SIRIUN: SEM SE RESTRINGIR A RÓTULOS

A banda carioca Siriun surgiu em 2014, exclusivamente para dar vida às ideias musicais do guitarrista e vocalista Alexandre Castellan. Para lançar seu álbum de estreia, intitulado In Chaos We Trust, o músico contou com a ajuda de seu amigo e baixista Hugo Machado e do renomado baterista Kevin Talley (Suffocation, Six Feet Under). A sonoridade do álbum segue uma mistura de Death/Thrash e Prog Metal, com passagens acústicas e temática filosófica, social e espiritual. Alexandre comenta, na entrevista a seguir, que sua ideia “foi fazer um som que não se restringisse a rótulos.”

MAQUINARIOS: CONFIANÇA NO TRABALHO

O nível que as bandas nacionais vêm apresentando em seus primeiros álbuns é algo que beira o absurdo. Canções bem construídas e uma enorme vontade de vencer são alguns dos ingredientes encontrados nesses trabalhos, como é o caso de Intacto, do trio Maquinarios. Unindo elementos setentistas com doses de Stoner, Metal Tradicional, Hard e até Thrash, o power trio formado por Watson Silva (vocal e guitarra), Matheus Andrighi (baixo) e Diego Massola (bateria) mostra variedade, peso e o mesmo sentimento dos primeiros trabalhos dos grupos brasileiros de Metal. Nesta entrevista, Andrighi fala dos primeiros tempos, a cena nacional e as conquistas do grupo, radicado em Chapecó (SC).

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

EDIÇÃO ESPECIAL #200

Salve, galera da ROADIE CREW! Já sou leitor de vocês há alguns anos (desde 2010), mas somente agora tomei coragem de escrever algumas linhas. Sendo estudante de bateria (e totalmente aficionado pelo instrumento), simplesmente amei a edição de setembro (#200). A cada matéria eu pirava, delirava e praticamente babava (risos) de tanto que gostei. Bom, me chamou muito a atenção a coluna “Profissão: baterista” e também o formato diferente de entrevista com o Iggor Cavalera. Acredito que é algo que poderia ser esporadicamente trabalhado. Quanto às escolhas dos bateristas dissecados, eu senti muita falta de Nick Menza, Steven Adler e Uli Kusch, que não foram sequer bem votados, mas o lance é que são alguns bateras cujo trabalho eu admiro, embora saiba que em toda votação prevalece a vontade da maioria e nem sempre a nossa. Finalizando, parabéns à revista pela excelentíssima edição e que venham mais edições especiais desse formato. Um forte abraço ao amigo Ricardo Batalha, que sigo no Facebook, e despeço-me ao som de Layla, do Derek And The Dominos.

Wellington Xavier de Oliveira

Por e-mail

Sim, amigo Wellington, alguns bateristas lendários acabaram ficando de fora. Afinal, como bem explicamos, os que entraram foram por meio de uma votação feita com as 215 pessoas listadas na ed. #200. Eu mesmo votei em alguns bateras que admiro muito e acabaram não entrando, como Nigel Glockler do Saxon, por exemplo. A ideia que tivemos para a entrevista com o Iggor Cavalera remete aos primórdios da ROADIE CREW. Na longínqua ed. #08 (fevereiro de 1998), foi o baterista Ricardo Confessori, então no Angra, quem entrevistou Mike Portnoy, então no Dream Theater. Lembro que estava presente naquele encontro e foi uma experiência interessante para todos. Fique de olho que no futuro poderemos ter mais matérias com esse formato. Despeço-me ao som de Million Miles Away, do EZO. (Ricardo Batalha)

BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY REPORT

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

Com os nervos à flor da pele

Concorrência acirrada, a eterna busca por um lugar ao sol e ego nas alturas sempre fizeram parte de todos os segmentos profissionais. E claro que a música não poderia ficar de fora.

Apesar da postura ética e de um companheirismo que não passa de tapinhas falsos nas costas, farpas sempre foram trocadas no meio Heavy Rock. Mas nada como nos dias de hoje. E, pior, protagonizada por senhores bem acima dos 50 anos de idade, que já deveriam ter um controle maior de certas atitudes.

O que era comentado de forma até secreta pelos bastidores, com o advento das redes sociais se transformou em novelas com episódios bem desagradáveis aos fãs. Alguns desses exemplos são notórios nos dias de hoje, como as desavenças entre o trio remanescente do Black Sabbath – Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Tony Iommi – e o baterista original da banda, Bill Ward. O falatório vem se arrastando por quase quatro anos e tomou dimensões bizarras com assuntos de ordem financeira, contratos e o orgulho de ambos os lados, que nos distanciam cada vez mais de uma remota chance de o Sabbath se reunir com o time original completo.

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Por que eu não vou ouvir o novo do Iron Maiden

Porque o Iron Maiden é tão importante na história da música que não merece que ninguém tente gostar de seu trabalho por pena. Poderia terminar aqui o texto. Mas é melhor utilizá-lo como gancho para uma análise geral de retromania.

Por retromania entenda esses revivals todos, na cultura Pop em geral. Os lançamentos do ano no cinema são “Mad Max”, “Star Wars”, “Missão Impossível 5”. É ano de turnê (final) de Black Sabbath, Mötley Crüe, mais uma do Van Halen.

Todo esse bololô com um pouco de naftalina simplesmente porque suas carreiras se tornaram facilmente acessíveis pela web. As discografias nunca estiveram tão disponíveis, aí tome turnê de 35 anos do Defenders Of The Faith (inventei essa), volta da formação original do Exciter e do Raven (essa não inventei).

Problema disso é que bandas que vivem de diversão, como o Kiss, podem seguir rodando até Gene Simmons completar 172 anos, mas outras, como o Iron Maiden, que se baseiam numa mistura de técnica com vigor com frescor com capacidade de composição, sempre vai faltar um ou mais elementos. Isso desde (na minha opinião, que fique bem claro, pois temo o fanatismo de ‘iron maníacos’) o Seventh Son Of A Seventh Son….

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

A Crise

Difícil saber a extensão dos danos ao nosso país em função da crise político-econômica pela qual estamos passando, mas uma coisa é certa: o mercado da música fatalmente já foi afetado.

Grande parte dos produtos consumidos no segmento musical é importada, desde instrumentos até os próprios shows. O dólar começou o ano a R$ 2,69 e agora bate na casa dos R$ 4,00, quase 50% de aumento. Assim, a viabilidade de trazer ao Brasil uma banda internacional é baixa. O preço dos ingressos já está nas alturas e parece não ser uma opção repassar esse custo do dólar para o público, pois este também tem revisto seu orçamento em função do panorama do país. Então, o volume de shows internacionais tende a diminuir, e muito. Vamos ver se pelo menos o mercado interno consegue colher algum fruto deste cenário, com as bandas nacionais tendo oportunidade de realizar mais shows e o público dando o devido valor e comparecendo.

Já entre os dias 16 e 20 de setembro aconteceu a Expomusic – Feira Internacional da Música, no Expo Center Norte em São Paulo. Entretanto, a 32ª edição da maior feira de música da América Latina foi bem menor se comparada com edições de anos anteriores, restringindo-se apenas a um pavilhão do centro de exposições e com número de expositores 20% menor do que em 2014…

BLIND EAR-CARLOS ZEMA(IMMORTAL GUARDIAN)

Por Thiago Rahal Mauro

“Opa, de primeira, acho que sei qual é a banda! Posso falar? (R.C.: Claro, manda bala). É o Hammerfall, música do novo álbum, (r)Evolution. Eu tive algumas experiências muito boas com a banda, inclusive um amigo em comum chegou a trabalhar com alguns integrantes em outros trabalhos. Ele chegou a gravar com Metal Mike e Joacim Cans mais ou menos na mesma época em que também gravei um trabalho com o guitarrista Metal Mike (Halford, Testament e Painmuseum). Gosto muito do som deles, das músicas, eles têm refrãos marcantes. Um detalhe curioso é que nosso álbum tem nome parecido, mas veio antes desse novo trabalho do Hammerfall (risos).”

(r)Evolution

Hammerfall – (r)Evolution

ETERNAL IDOLS – BOB BURNS

Por Antonio Carlos Monteiro

John, Paul, George e Ringo podem ser considerados os sujeitos mais influentes do mundo da música no Século XX, já que foram inúmeros os músicos que resolveram se enveredar pelo maravilhoso mundo do Rock depois de ouvir o Fab Four. Não foi diferente com Robert Lewis “Bob” Burns Jr., nascido em Jacksonville, na Flórida (EUA), no dia 24 de novembro de 1950. Após assistir a uma apresentação dos Beatles no famoso “Ed Sullivan Show” na TV, também quis fazer aquilo. “No início, me encantei com a guitarra, mas logo vi que não teria a habilidade necessária para tocar aquilo. Então, passei para a bateria”, contaria ele anos depois.

O primeiro instrumento que comprou tem uma história interessante por trás: ele era roubado… “Eu sabia que era roubado, mas não fui eu quem roubou”, defendeu-se ele em entrevista concedida em 2011 ao site Examiner.com. “Eu paguei para o cara que me vendeu e ainda exigi um recibo!”, contou…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Nesta edição:

Amorphis

Battalion

Blazing Dog

Bon Jovi

Brutallian

Chaos Synopsis

Demian Tiguez

Disturbed

Embrio

Furia Louca

Hate Eternal

Hate In Flesh

Hibria

Hollywood Vampires

Jackdevil

John No Arms

John Wayne

Kiko Shred

Metal Allegiance

Metalizer

Michael Monroe

Misconducters

Monstractor

Motor Sister

Motörhead

Nuclear Assault

Operation:Mindcrime

Orchid

Paura

Rattle

Roadie Metal Vol 4

Satan

Skin Culture

Slayer

Tank

The Darkness

The Sword

Trator Br

Vigans

GARAGE DEMOS

Por Redação

Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

H.C.G.

Toxic Novel

Turbö

United Hate

Vizaresh

HIDDEN TRACKS – JOELHO DE PORCO

Por Antonio Carlos Monteiro

O final dos anos 60 foi uma época que podemos chamar de início do Rock de verdade na cidade de São Paulo. Made In Brazil dava seus primeiros passos, os Mutantes já abalavam as estruturas e a turma mais rockeira que resolveu dar continuidade à carreira após o fim do programa Jovem Guarda começava a se acomodar aqui e ali, como é o caso de Netinho, baterista dos Incríveis e que em seguida formaria o Casa das Máquinas.

Também se tornavam comuns os festivais de música promovidos por escolas e várias bandas se formaram por conta disso. Em outubro de 1966, João Paulo de Almeida (vocal e teclado), Fábio Gasparini (guitarra, que depois participaria do Magazine de Kid Vinil sob o pseudônimo de Ted Gaz), Gerson Tatini (baixo) e Próspero Albanese (bateria) reuniram-se para participar de um desses festivais. Joelho de Porco foi uma sugestão de Fábio, que na noite anterior ao dia em que a banda se reuniu para definir o nome havia ido a um restaurante alemão comer um einsbein – “joelho de porco” em alemão. O grupo acabou sendo desclassificado do festival por “desrespeito ao público”, dando os primeiros passos na postura que marcaria sua trajetória…

CLASSICREW

Por Redação

Black Sabbath / Aerosmith / Morbid Angel / Black label Society

1975

BLACK SABBATH

Sabotage

“Sabotage foi complicado de fazer. Estávamos em uma espiral descendente, com baixa vendagem, caos financeiro, sem empresário, nenhum apoio da gravadora e autoestima baixa”. A frase é do baixista Geezer Butler e está no livro que acompanha Black Box: The Complete Original Black Sabbath (1970–1978) sobre o período conturbado que o Black Sabbath vivia quando foi gravar seu sexto disco de estúdio.

Mesmo sem experiência para lidar com os negócios, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward viram-se obrigados a tratar de assuntos burocráticos e legais com advogados e contadores enquanto estavam gravando no estúdio londrino Morgan. “Eles apareciam toda semana enquanto tentávamos gravar. Daí o

1985

AEROSMITH

Done With Mirrors

O final dos anos 70 e o início dos 80 não foi um período exatamente bacana para o Aerosmith. Naquela época, os músicos estavam caindo de cara nas drogas (Steven Tyler chegou a declarar, tempos depois, que “eu cheirei minha casa, meu carro e meu avião”) e isso refletia nas performances da banda ao vivo. Assim, os shows começaram a rarear e a tensão se instalou dentro do grupo, culminando com uma briga física entre as esposas de Joe Perry, Elissa, e Tom Hamilton, Terry. Isso acabou causando a saída de Perry da banda (logo ele formaria o Joe Perry Project, que lançou quatro álbuns), o que agravou ainda mais o cenário em que o Aerosmith estava envolto.

Depois de dois discos sem o guitarrista (sendo que no segundo, Rock In A Hard Place, o outro guitarrista, Brad Whitford, também tinha…

1995

MORBID ANGEL

Domination

O ano de 1995 marcou o início da grande crise que se abateu sobre o Death Metal mundo afora. Com milhares de bandas correndo para produzir seus discos aos moldes do que foi feito por bandas como Cannibal Corpse, Obituary, Deicide e Suffocation, o estilo passou por uma estagnação. Isso fez com que público e gravadoras torcessem o nariz para a falta de novidades que as bandas novatas traziam para o Metal. O Morbid Angel, que vinha de um estrondoso sucesso com seu disco anterior (Covenant, 1993), ainda colhia os frutos da parceria que sua gravadora original, a inglesa Earache, tinha feito com a Giant, subsidiária da Warner. A vendagem, que superou as 150 mil cópias apenas nos Estados Unidos, empolgou a gravadora a investir pesadamente no grupo.

O posto de segundo guitarrista, que estava vago desde a saída de Richard Brunelle em 1992, foi ocupado por Erik Rutan, que chamou a atenção do Morbid Angel pela passagem pelo Ripping Corpse,…

2005

BLACK LABEL SOCIETY

Mafia

“Tudo gira em torno do riff. É essa a forma que eu adoro compor. Eu entro no estúdio sem nada. Quando fomos gravar, cheguei lá sem uma única nota escrita. Oito dias depois, tinha 23 músicas. E dos mais variados estilos! Tinha coisa que lembrava Led Zeppelin, outras eram na linha do Black Sabbath, havia até coisa que remetia a Elton John!” Foi assim que Zakk Wylde, na época do lançamento, definiu o processo de composição do disco Mafia, do Black Label Society, para o site Glam-Metal.com. E disse mais: “Nós sempre nos divertimos quando estamos no estúdio. Fazemos umas jams e as músicas vão surgindo. É simples assim. Eu sinceramente não compreendo como alguém pode ficar seis meses num estúdio trabalhando em um único disco.”

De fato, a urgência sempre foi uma característica de Zakk. Tanto que, quando Ozzy ficou seis anos sem lançar nada (entre Down To…

CLASSICOVER / LADO B+

Por Ricardo Batalha

ClassiCover: Don’t Let Me Be Misunderstood

Sucesso na época da Disco Music com o Santa Esmeralda (1977), a versão original de Don’t Let Me Be Misunderstood, composta por Bennie Benjamin, Gloria Caldwell e Sol Marcus, foi gravada primeiramente em 1964 por Nina Simone. Era uma das cinco criadas por Benjamin e Marcus para o álbum Broadway-Blues- Ballads, mas não se tornou um sucesso da cantora e pianista de Jazz. No ano seguinte, foi a vez do The Animals lançá-la como single e, aí sim, se tornou um grande hit. “Ela nunca foi muito popular, mas eventualmente chegou às nossas mãos e nos apaixonamos por ela no mesmo instante”, declarou o vocalista Eric Burdon, que a regravou outras vezes em sua carreira…

Lado B+

Sints in Hell

Judas priest

Depois de um álbum contando com o magistral Simon Phillips na bateria, a missão de Les Binks era manter a pegada e tentar impor seu estilo. Ele conseguiu, mas o próprio Phillips refletiu sobre o tema, dizendo que isso pode ter sido apenas coincidência e que não vê tanta importância nos rumos que a performance individual dos músicos tomou dali em diante. “Se minha contribuição mudou o que veio depois, então é fantástico. Eu realmente não posso levar o crédito por isso, porque Glenn (Tipton) compôs as músicas e eu apenas toquei dentro de minha perspectiva e da experiência que tinha”, explicou sobre sua performance…

LIVE EVIL – WACKEN OPEN AIR 2015

Por Ecio souza / Jens Hulvershorn

Wacken/ALE

30 de julho a 1º de agosto de 2015

Por Écio Souza Diniz e Jens Hulvershorn

Fotos: Tanja Weinekötter

Todos os anos os leitores acompanham na ROADIE CREW a cobertura deste que se tornou o maior festival de Metal do mundo. As visões são distintas, logicamente, pois cada pessoa que faz matéria tem uma forma diferente de vivenciar a coisa. Assim, dá para dizer que o “Wacken Open Air” pode ser resumido em quatro palavras: aventura, integração, excelência e diversão. Ele representa aventura por conta da grande dimensão do evento e sua área, o que costuma gerar histórias divertidas e hilárias; integração porque em grande parte a comunidade Metal é uma só e as pessoas se conhecem e curtem bons momentos; excelência por conta da estrutura dos palcos e do cast em si; diversão porque algo que também não falta são ótimas histórias para contar (vivenciadas ou presenciadas). Nesta edição 2015, apesar de algumas intempéries climáticas que dificultaram bastante, tudo correu muito bem e shows excelentes e outros raros de se ver presentearam a galera. Os detalhes mais apurados sobre cada dia do evento você verá a seguir…

LIVE EVIL – OVERLOAD MUSIC FEST

Por Heverton Souza

Overload Music Fest

Via Marquês – São Paulo/SP

05 e 06 de setembro de 2015

Por Heverton Souza • Fotos: Evandro Camellini

A segunda edição do “Overload Music Fest” chegou à cidade de São Paulo exatamente um ano depois da realização da primeira edição, trazendo um casting maior, dividido em dois dias de evento. Foi um total de oito atrações, sendo que a banda americana Novembers Doom se apresentou nos dois dias de festival, porém com shows de formatos diferentes.

A casa Via Marquês fica nas proximidades de uma estação de metrô na Zona Oeste de São Paulo, mas não próxima o suficiente para encorajar o público a encarar o frio para ir a pé até lá logo às 16h30, horário da atração de abertura do evento, Novembers Doom. Assim, a banda se apresentou para poucos ali presentes num set acústico, inédito inclusive para a banda, que não está ainda devidamente habituada com o formato. Era claro que Paul Kuhrdeve precisava rever seus vocais, pois no show, lançando mão apenas de sua voz limpa, o rapaz deu umas boas desafinadas que só não ficaram mais nítidas pelo excelente backing vocal do guitarrista Lawrence Roberts. O destaque ficou por conta das execuções do baixista Mike Feldman, pois, apesar de a banda estar completa em palco, as linhas de baixo ficaram mais que nítidas sobre o restante….

LIVE EVIL - QUEEN + ADAM LAMBERT

Por Antonio Carlos Monteiro

Queen + Adam Lambert

Ginásio do Ibirapuera – São Paulo/SP

16 de setembro de 2015

Por Antonio Carlos Monteiro • Fotos: Stephan Solon

O Ginásio do Ibirapuera, que já foi palco de shows memoráveis (de Van Halen a Metallica e The Cult), voltou a abrir suas portas a uma grande produção de Rock a fim de receber o Queen, agora denominado “Queen + Adam Lambert”. E eram essas duas últimas palavrinhas que distribuíram pulgas a granel atrás da orelha de boa parte do público. Afinal, principalmente para quem, como este redator, assistiu ao Queen “de verdade” em 1981, com Freddie Mercury à frente, a figura de um cantor conhecido apenas por ter vencido o tal do American Idol não dava mostras de se tornar uma experiência, vamos dizer, alvissareira. Além disso, houve a recente e desastrosa passagem do brilhante Paul Rodgers à frente do grupo – e não nos esqueçamos que Rodgers é um dos melhores vocalistas de Blues Rock do mundo. Mas tudo bem, ao menos poderíamos ver ao vivo o baterista Roger Taylor e, principalmente, o magistral guitarrista Brian May – o baixista John Deacon está afastado da música desde o final dos anos 90.

Pontualmente no horário, o sexteto tomou o palco ao som do riff contagiante de One Vision – sim, o Queen ao vivo tem seis membros: Lambert, May, Taylor, o tecladista Spike Edney (que acompanha a banda desde 1984), o baixista Danny Miranda e o baterista/percussionista Rufus Tiger Taylor (The Darkness). Na verdade, Rufus, filho de Roger, é muito mais baterista do que percussionista, já que na maior parte do tempo toca em pé num kit reduzido de bateria. E no decorrer do show ficaria claro o motivo…

BACKGROUND – VENOM – PARTE 1

Por Valtemir Amler

O Rock’n’Roll sempre foi sobre inovação. Por mais que explicações mirabolantes e teorias conspiratórias surjam a cada dia, o que levou o Rock a nascer e a se desenvolver foi um legítimo e urgente instinto de seguir em frente. Alcançar o novo e criar sem limites foi o que motivou lendas como os Beatles e os Rolling Stones a deixarem tendências de lado, renegarem carreiras que poderiam ser consideradas mais seguras economicamente para empunharem instrumentos e criarem suas bandas. E esse mesmo espírito levou mais tarde à formação de Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Judas Priest, Iron Maiden e tantos outros. Estes não só beberam na eterna fonte de inspiração de seus mestres, como também evoluíram suas influências até chegarem a algo novo. Assim, tornaram-se não apenas discípulos, mas mestres de um gênero que apenas crescia e parecia não conhecer limites.

A década de 80 foi muito propícia para esse cenário de evolução musical. Após os heróis da década anterior terem lançado sobre chão fértil as sementes do som pesado, caberia às novas bandas o papel de concatenar as influências das pioneiras, mesclando sons até então díspares entre si em algo novo e perigoso, que não apenas evoluísse a sonoridade do Metal, mas também desse a ele um caráter mais cruel, profano e impuro em suas raízes, perigoso em sua essência, extremo em sua manifestação. Foi justamente com a ideia de “ser mais satânico que o Black Sabbath, mais pesado que o Motörhead e fazer um show mais pirotécnico do que o Kiss” que o Venom nasceu. Desde então, o Heavy Metal nunca mais foi o mesmo…

COLLECTION – IAN GILLAN

Por Ricardo Batalha

Não, caro leitor. Este senhor de 70 anos de idade não gravou apenas aqueles ditos álbuns de Classic Rock com o Deep Purple que você escuta diariamente em rádios de Rock espalhadas pelo mundo. Fora suas obras com o Purple, o vocalista inglês Ian Gillan registrou, além do clássico Born Again (Black Sabbath), trabalhos de impacto em sua carreira solo e várias participações especiais, como a inesquecível Ópera- Rock Jesus Christ Superstar. A primeira experiência musical pós-Purple foi na Ian Gillan Band, com Child In Time (1976), em que ousou pelos lados do Jazz Rock. Além disso, gravou em carreira solo muito Hard Rock, Metal, Prog, Blues, AOR, Pop, R&B e Rock’n’Roll, seja como Ian Gillan (solo), na Ian Gillan Band, no Gillan, no Gillan & Glover ou no recente Who Cares, projeto beneficente encabeçado por ele e Tony Iommi. Cada um desses lançamentos tem sua particularidade e seu estilo, assim como todas as nuanças e a potência do chamado “Silver Voice”. Obras que ajudam não apenas a mostrar a versatilidade de Gillan, como comprovam o fato de que estamos diante da discografia de um dos maiores vocalistas de Rock de todos os tempos…

PLAY LIST – MARK SLAUGHTER

Por Ricardo Batalha

Velcro Jesus: “Esta música saiu porque eu tinha o título e um amigo meu de onde moro em Nashville é um letrista muito bom e desenvolveu-a a partir dessa ideia. Velcro Jesus fala sobre aquelas pessoas que só falam sobre Jesus e pregam o evangelho o tempo todo, só pensam e fazem coisas positivas como pessoas religiosas, mas aí descolam como se tirassem o velcro e agem de outra forma. Mas, então, quando lhes é conveniente eles o colocam de novo. Nós sempre queremos ser boas pessoas, mas a natureza humana é assim e então existem estes deslizes quando lhes é conveniente. Gravei todos os instrumentos e o vocal, exceto a bateria. Tive o lendário engenheiro de som e produtor Michael Wagener na mixagem e masterização do álbum. O restante foi tudo feito em minha casa.

Álbum: Mark Slaughter – Reflections In A Rear View Mirror (2015)

PROFILE – FABIO BONNIES (SIOUX 66)

Por Leandro Nogueira Coppi

Primeiro disco que comprou:

“Sabbath Bloody Sabbath – Black Sabbath.”

POSTER – DESTRUCTION

Por Redação

Destruction – Spiritual Genocide

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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