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Edição #202

R$29,00

Quatro anos foram necessários para que o Krisiun apresentasse aos seus fãs um novo álbum. Com uma das carreiras mais sólidas e perenes do estilo, aliado a uma reputação inabalável dentro do Death Metal, Forged In Fury é resultado das várias turnês que a banda fez nesse período…

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KRISIUN

Por Frans Dourado

Quatro anos foram necessários para que o Krisiun apresentasse aos seus fãs um novo álbum. Com uma das carreiras mais sólidas e perenes do estilo, aliado a uma reputação inabalável dentro do Death Metal, Forged In Fury é resultado das várias turnês que a banda fez nesse período, visitando alguns lugares pela primeira vez, como o Japão, e apresentando seu som a novos públicos, assim como a participação da banda no “Rock In Rio” de 2013 ao lado dos alemães do Destruction, que ainda hoje repercute em todos os cantos. Já estabelecida como uma das grandes forças do Death Metal no mundo, a banda realizou uma volta às suas origens gravando com o produtor e amigo de longa data Erik Rutan nos estúdios Mana em Tampa/Flórida (EUA) e teve a capa de seu disco mais uma vez assinada pela lenda Joe Petagno (Motörhead). Mais do que repetir uma eventual receita de sucesso, Forged In Fury é o trabalho mais complexo e ambicioso do Krisiun em anos, levando o som do trio a um patamar jamais alcançado. E para falar sobre essa nova fase, a banda recebeu a ROADIE CREW após um ensaio, ainda sofrendo do ‘jet lag’ por ter acabado de voltar de mais uma turnê bem sucedida na Europa e Estados Unidos. Com a fúria e a sinceridade de sempre, Max e Moyses Kolesne falaram abertamente dos desafios e dificuldades enfrentadas após 25 anos de estrada e expuseram algumas concepções bem firmes acerca do cenário musical brasileiro. The kings of killing are back!

METAL ALLEGIANCE

Por Chris Alo

Todo mundo tem seus heróis, até mesmo os nossos heróis. E foi assim que surgiu o Metal Allegiance, projeto idealizado por Mark Menghi, executivo da indústria de instrumentos musicais e baixista nas horas vagas, ao lado de Alex Skolnick (Testament), David Ellefson (Megadeth) e Mike Portnoy (The Winery Dogs). A brincadeira ao lado de amigos para tocar clássicos de seus artistas favoritos ganhou outro contorno quando o quarteto decidiu se juntar na casa do ex-baterista do Dream Theater para escrever material inédito. O resultado está no disco homônimo com a colaboração de um verdadeiro quem é quem do Heavy Metal dos anos 80 até o mais atual – membros e ex-integrantes de bandas como Anthrax, Pantera, Lamb Of God, Machine Head, Sepultura, Arch Enemy, Trivium, Exodus, Hatebreed, Death Angel, King’s X, Mastodon, Lacuna Coil e outros. Em uma conexão Estados Unidos/Brasil, a ROADIE CREW conversou com Skolnick e Menghi para trazer a você os detalhes…

RIVERSIDE

Por Guilherme Spiazzi

Em pouco mais de uma década, os poloneses do Riverside conseguiram se reinventar e alcançar uma invejável maturidade musical comprovada no recém-lançado sexto disco de estúdio, Love, Fear And The Time Machine. O conceito musical, e principalmente das letras, evoluiu diante da superação dos desafios propostos pela própria banda. Essa evolução, além de justificar o rótulo de Prog Metal carregado pelo grupo, também define a identidade musical construída por Mariusz Duda (vocal, baixo e violão), Piotr Grudziński (guitarra), Piotr Kozieradzki (bateria) e Michał Łapaj (teclados). É isso que o próprio Mariusz afirma nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW.

YEAR OF THE GOAT

Por Guilherme Spiazzi

A busca por progresso e crescimento na música do Year Of the Goat refletem aspectos do luceferianismo defendido por Pope (mellotron e vocal) nesta entrevista exclusiva para a ROADIE CREW. A banda sueca, que além de Pope traz Thomas Sabbathi (vocal e guitarra), Marcus Lundberg (guitarra), Don Palmroos (guitarra), Tobias Resch (baixo) e Fredrik Hellerström (bateria), acaba de lançar o seu segundo disco de estúdio, The Unspeakable, e com ele os músicos seguem crescendo nos meandros do Occult Rock desde que surgiram com o EP Lucem Ferre em 2011. A preocupação com as harmonias e principalmente melodias é o foco de uma banda que está mais preocupada em expandir sua sonoridade do que se limitar a um estilo. Confira o que Pope tem a dizer sobre o caminho escolhido pelo Year Of The Goat…

STRATOVARIUS

Por Guilherme Spiazzi

Desde o lançamento de Fright Night (1989), o Stratovarius mantém-se fiel ao Power Metal carregado de bumbos duplos e vocais melódicos. Claro que esta é uma forma muito rasa de resumir o estilo praticado e difundido mundo afora pelo grupo finlandês, especialmente em discos que obtiveram sucesso, como Episode (1996), Visions (1997), Destiny (1998) e Infinity (2000), todos marcados principalmente pelas composições do ex-guitarrista e líder Timo Tolkki. Porém, os anos 2000 foram pesados para a banda de forma geral, com brigas, separações e lavação de roupa suja na mídia. Após a traumática separação de Tolkki em 2008, com momentos dignos de vergonha alheia, muitos acreditavam que a banda estava acabada. Mas não foi o caso. Desde o começo de uma nova fase com Polaris (2009), o grupo atualmente formado por Timo Kotipelto (vocal), Matias Kupiainen (guitarra), Lauri Porra (baixo), Rolf Pilve (bateria) e Jens Johansson (teclados) segue firme e tamanha dedicação é refletida em seu novo álbum, Eternal. Com duas décadas de banda, Jens viveu os melhores e piores momentos, e é ele quem fala do momento atual vivido pelo Stratovarius…

SYMPHONY X

Por Guilherme Spiazzi

Pesado demais para apreciadores de Prog Metal, muito progressivo para quem gosta de riffs agressivos. Há 21 anos o Symphony X segue com seu Metal preocupando-se em conciliar os anseios dos fãs conquistados ao longo da carreira com aquilo que Russell Allen (vocal), Michael Romeo (guitarra), Michael Lepond (baixo), Michael Pinnella (teclado) e Jason Rullo (bateria) querem expressar. Nesta entrevista com Michael Romeo, pode-se entender como o grupo conseguiu manter o peso dos últimos trabalhos e resgatar elementos muito característicos de seus primeiros álbuns, culminando no seu promissor nono disco de estúdio, Underworld…

BATTLECROSS

Por Daniel Dutra

Uma das coisas mais legais na vida é descobrir coisas novas. Na música, claro, não é diferente. E apesar de o Battlecross estar em busca de um lugar ao sol desde 2003, a música do quinteto soa revigorante no cenário Heavy Metal dos Estados Unidos. Lançado em agosto deste ano, Rise To Power mostra Kyle “Gumby” Gunther (vocal), Hiran Deraniyagala e Tony Asta (guitarras), Don Slater (baixo) e Alex Bent (bateria) em evolução no seu Thrash Metal que, se não vai reinventar a roda, e não é essa a intenção, mistura com extrema competência as influências dos músicos. Em bate-papo com a ROADIE CREW, o entusiasmado e falante Hiran deu uma geral no novo disco – o quarto da carreira, mas de fato o terceiro de inéditas – e na crescente carreira do grupo. Leia, entenda e descubra….

VIRGIN STEELE

Por Guilherme Spiazzi

A carreira dos norte-americanos do Virgin Steele é recheada de lançamentos pomposos desde 1982, quando estreou com o álbum homônimo. Destes, alguns vêm mais diretos e outros mais épicos. Tal característica vem do fato de o grupo não se deixar limitar por rótulos dentro do Heavy Metal e nem se render a letras simplistas. Pontos altos na carreira da banda ocorreram nos anos 90, com algumas obras baseadas na mitologia e em tragédias gregas, temáticas adotadas nas letras do vocalista e líder David DeFeis. Esta característica única do grupo de não se limitar também tem o seu revés, que é muitas vezes a incompreensão dos fãs e crítica. Com o recém-lançado 13o disco de estúdio, Nocturnes Of Hellfire & Damnation, não será diferente. Após cinco anos do lançamento de The Black Light Bacchanalia (2010), o grupo mergulhou numa onda de trabalho incessante para que se chegasse ao novo disco. Apesar de os últimos anos da carreira parecerem confusos, eles são explicados a seguir por David DeFeis….

CRADLE OF FILTHY

Por Guilherme Spiazzi

Há tempos o Cradle Of Filth não precisa provar ser capaz de fazer música consistente e saciar os fãs. Mesmo assim, o grupo se preocupa em ser democrático e fazer temas que agradem a eles e também aos fãs. É o que garante o vocalista e líder da banda, Dani Filth, nesta entrevista para ROADIE CREW. Além disso, o músico ressalta que o grupo trabalha de forma democrática e afasta aquela imagem ditatorial que alguns pintam a seu respeito. Em pouco mais de duas décadas, a banda teve seu momento de ascensão no Metal e depois se estabilizou com lançamentos que algumas vezes dividiram opiniões entre os fãs. O décimo primeiro disco de estúdio, Hammer Of The Witches, traz Dani, Martin “Marthus” Škaroupka (bateria), Daniel Firth (baixo) e os estreantes Richard Shaw e Marek “Ashok” Šmerda (guitarras) e Lindsay Schoolcraft (teclado) resgatando elementos da origem do Cradle somados ao momento vivido por eles hoje….

HOLLYWOOD VAMPIRES

Por Ken Sharp

Nos anos 70, havia um grupo de músicos de Rock que se reunia no Rainbow Bar & Grill, em Hollywood, para encher a cara e jogar conversa fora. Esse grupo se deu o nome de The Hollywood Vampires. O grupo tinha como principais integrantes o “presidente” Alice Cooper, o “vice-presidente” Keith Moon, o “tesoureiro” Bernie Taupin (letrista de Elton John e de Alice Cooper) e membros como John Lennon, Harry Nilsson, Micky Dolenz (The Monkeys), entre vários outros. A despeito de vários deles já terem morrido, Alice Cooper resolveu ressuscitar o clube da forma que melhor conhece: através de um grupo musical. E, apesar de os dias de bebedeira terem ficado no passado, o espírito incendiário permanece intacto, contando hoje com a participação, entre muitos outros, de Joe Perry e do ator e guitarrista de fim de semana Johnny Depp. Com produção do mago Bob Ezrin, (Alice Cooper, Kiss, Pink Floyd) o disco que leva o nome da banda traz duas músicas inéditas (All My Dead Drunk Friends e Raise The Dead) e versões de clássicos de antigos integrantes da confraria, como John Lennon, Harry Nilsson, The Who, T. Rex, The Doors e Led Zeppelin. Dentre os convidados, há gente do gabarito de Paul McCartney, Brian Johnson e Slash. Alice, Joe e Bob falaram a respeito conosco…

MARTY FRIEDMAN

Por Steven Rosen

Quando Marty Friedman atende ao telefone lá no Japão, dá pra identificar de imediato o sotaque asiático. Não é uma surpresa. Afinal, ele está morando e tocando por lá desde 2003 e durante esse tempo só tem falado japonês. Mas o ex- Megadeth e Cacophony teve que desenferrujar o inglês para fazer sua primeira tour americana após uma década, realizada a partir de setembro. A turnê foi resultado do sucesso de Inferno, disco instrumental que se tornou seu primeiro lançamento em solo americano em mais de dez anos. Ele diz que “desde que todo o processo envolvendo o disco teve início, através do selo americano Prosthetic Records, tenho tido uma surpresa agradável atrás da outra. A simples ideia de voltar a fazer alguma coisa nos EUA me fazia sentir um estrangeiro, mas me disseram: ‘Se for pra fazer algo por lá, o momento é agora.’ E quando Inferno saiu eu me esforcei ao máximo para fazer com que isso virasse realidade. E fiquei completamente feliz com a repercussão do disco e da turnê.”

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Jamais perder o orgulho de ser brasileiro

Infelizmente muitos de nós brasileiros temos tido razões de sobra para sentir vergonha do que tem acontecido nesta nossa pátria nos anos recentes. Vivemos a ressaca do fracasso numa Copa do Mundo realizada dentro de casa, agravada por uma vexaminosa derrota por um placar indecente de 7×1 e, ainda por cima, com denúncias de fraudes em obras voltadas para o evento da FIFA. Não bastasse essa desgraceira toda, estamos sofrendo na pele as consequências da maior onda de escândalos de corrupção que já aconteceu no país, algo jamais registrado nessas proporções na história da humanidade. Entretanto, resta ainda muita gente boa fazendo coisas dignas e que dão a esperança de que dias muito melhores virão pela frente, por isso não podemos deixar de registrar o que há de bom sendo feito por brasileiros.

Dentro do cenário da música, um dos exemplos mais significativos do que representa a combinação perfeita da competência profissional com a qualidade pessoal está materializado na vida e na carreira dos irmãos Alex, Max e Moyses. Eles formam o Krisiun, que está na nossa matéria de capa desta edição em entrevista do Frans Dourado, falando sobre o novo álbum, Forged In Fury. Como sempre, esse foi um papo entre verdadeiros amigos que curtem o que fazem, tanto entrevistados como o entrevistador. Também relacionado aos gaúchos, gostei demais das palavras do Luiz Cesar Pimentel na sua coluna “Brotherhood”, na página 18, onde ele relata sua participação na divulgação do álbum Southern Storm (2008), e suas impressões depois de conhecer pessoalmente os três irmãos são exatamente as mesmas de todos ao redor do mundo que têm oportunidade de se relacionar com eles: são especiais, como músicos e como gente. É impressionante o respeito e admiração com que o Krisiun é tratado no exterior, e eles merecem isso. Nós da ROADIE CREW já tivemos a oportunidade de constatar o prestígio da banda em eventos em que eles participaram fora do país, e não tenho dúvida de que representam algo de muito positivo em relação à imagem do Brasil e dos brasileiros.

Outra banda que conquistou muitos simpatizantes no estrangeiro, principalmente na Europa, com base no seu trabalho musical e comprometimento profissional foi o Torture Squad, especialmente depois que venceram o “Wacken Metal Battle” de 2007. Lembro com muita satisfação de quando Sabina Classen (Holy Moses), então na função de A.R. da Wacken Records em 2008, fez questão de me dizer que podia afirmar com segurança que nunca tinha trabalhado com uma banda com tamanho senso de profissionalismo como o Torture Squad, talvez alguma num mesmo nível, mas nenhuma m a i s profissional que eles. Aliás, o Torture também está na seção “Cenário” deste mês para anunciar nova mudança de line-up, com a entrada da vocalista Mayara Puertas e do guitarrista Renê Simionato.

Portanto, bons exemplos não faltam para confirmar que o Brasil e os brasileiros prestam sim, que temos valor e teremos força para superar essa fase extremamente negativa pela qual estamos passando.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

TORTURE SQUAD: NOVOS RUMOS

Se há uma coisa que merece ser dita a respeito do Torture Squad é a capacidade que o grupo tem em não se abalar com os obstáculos, principalmente quando relacionados a mudanças na formação. Toda vez que isso acontece, prontamente a banda se regenera trabalhando em silêncio para evitar o irremediável “disse-me-disse” antecipado. E se os fãs ficaram surpresos quando da ruptura com Vitor Rodrigues, agora novamente foram surpreendidos com a notícia da saída do guitarrista André Evaristo, que sucedia Vitor como vocalista, e com o recrutamento dos novos integrantes Mayara “Undead” Puertas (vocal) e Renê Simionato (guitarra). Nessa entrevista, o baterista Amilcar Christófaro esclarece o atual momento e antecipa as novidades que estão por vir.

RYGEL: COMANDANDO A REVOLUÇÃO

Com mudanças na formação e no som, a banda santista Rygel está promovendo atualmente seu terceiro álbum de estúdio, mantendo as raízes no Metal Tradicional, mas aberta às misturas e influências de outros estilos. Para saber dos detalhes da pré-produção de Revolution e dos novos projetos, a ROADIE CREW bateu um papo com o guitarrista e vocalista Wanderson Barreto.

MAESTAH: “O REFRÃO É A PEÇA CHAVE”

Formada por Celso de Freyn (vocal), Lucas Santana (guitarra), Eduardo Pieczarka (baixo), Diego Maciel (teclado) e Alfredo Souza (bateria), a banda Maestah lançou no final de 2014 seu ‘debut’ autointitulado, que traz um som calcado no Metal Tradicional e no Prog Metal. Mesmo com pouco mais de dois anos, o Maestah conta com músicos rodados no cenário nacional, como é o caso do vocalista Celso de Freyn, conhecido por seu trabalho ao lado da banda Stauros. Conversamos com Eduardo e Lucas sobre este trabalho de estreia dos caras.

LOTHLÖRYEN: FOLK/PROG METAL ADEPTODO “FAÇA VOCÊ MESMO

Quando o Lothlöryen lançou a demo Thousand Ways To The Same Land (2003), era apenas mais uma banda querendo se firmar com sua musicalidade Folk Metal. Em uma cena dominada pelo Death Metal e pelo Heavy Melódico, tentava seguir os passos de outra banda Folk brasileira, Tuatha de Danann. Porém, com o passar os anos, esse sexteto hoje formado por Daniel Felipe (vocal), Leko Soares (guitarra), Tim Alan Wagner (guitarra), Marcelo Godde (baixo), Marcelo Benelli (bateria) e Leonardo Godde (teclados) abraçou o requinte musical do Metal Progressivo, criando uma identidade sonora e conceitual própria. Cansados de “esperar as coisas caírem do céu”, arregaçaram as mangas e buscaram por si a sua consolidação. Hoje, aliando a eterna inspiração Folk com o Prog Metal, mostram as possibilidades do ‘do it yourself’ e o álbum mais recente, Principles Of The Past Tomorrow, comprova a viabilidade dessa postura. Quem nos fala sobre tudo isso em uma frutífera conversa é o guitarrista Leko Soares.

BLAKK MARKET: PREPARANDO O SEGUNDO ATAQUE

Três anos depois da estreia com o álbum Self-Improvement: Suicide, o quinteto catarinense Blakk Market está de volta à fase de composições. A meta é lançar em 2016 o segundo trabalho do grupo, que investe no Death Metal Melódico à la Gothenburg Sound. A diferença, desta vez, é que a produção está ocorrendo através de “rede colaborativa”. A ROADIE CREW foi conversar com Fernando Melleu (vocal), Thiago Rocha (guitarra), Felippe Chiela (baixo) e Marcelo Balbuena (bateria) para descobrir o que a banda, que conta ainda com Alexandre Schneider na outra guitarra, está preparando.

VENEREAL SICKNESS: DESMASCARANDO A FALSA MÍDIA

Muitas bandas de Death Metal são notáveis pelo discurso aterrorizante de suas letras. O universo do estilo oferece aos seus seguidores um caminho entranhado no ocultismo e tratando de anticristianismo, misantropia, sofrimento e morte. O Venereal Sickness propõe uma sonoridade típica baseada no peso e na estridência gutural, mas suas letras são bem dissertativas, o que os coloca em um lado peculiar, habitualmente mais usado por quem faz estilos como Hardcore. Para falar sobre as ideias e a trajetória da banda, a ROADIE CREW conversou com o baterista José Carlos Neto, que trabalha desde o início com Kim (guitarra, vocal) e João Carlos Júnior (baixo).

AIRTRAIN: EXPORTANDO HARD’N’HEAVY

O grupo paulistano AirTrain chega com força com seu álbum de estreia, homônimo, que tem repercutido bem dentro e fora do Brasil. A banda reforça o cenário com uma sonoridade que revive a união do Hard Rock e do Heavy Metal Tradicional, junção que foi bastante comum durante a década de 80. E o som do quinteto, formado por Caio Siriani (vocal), Julio Machia e Arthur Santos (guitarras), Guilherme Delmolin (baixo) e Ivan Rehder (bateria), remete a algumas bandas daquele período. Em paralelo, os músicos integram uma banda tributo ao Iron Maiden e esse trabalho naturalmente traz influências para o AirTrain. Guilherme falou sobre isso e também do ‘debut’, do diferencial relacionado ao visual e antecipou que um novo álbum jáestá sendo composto.

VÁLVERA: PERSONALIDADE A TODA PROVA

O Válvera chega para reforçar o cenário Metal nacional pouco se importando em fundir diversos elementos em sua sonoridade, desde que o peso fale mais alto. Cantando em português, o grupo apresenta letras conscientes em seu ‘debut’ Cidade Em Caos, álbum que vai do Thrash Metal a algo mais voltado ao Pop. Tudo com muita naturalidade, destacando-se também pela boa gravação. A ROADIE CREW conversou com o vocalista e guitarrista Glauber Barreto, que, de forma direta, fala de Cidade Em Caos e dos conceitos que envolvem os temas e a musicalidade do Válvera.

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

EDIÇÃO 200

Olá, equipe da melhor revista de Heavy Metal que já existiu no Brasil! Sei da qualidade da edição comemorativa de #200, mas esperava algo inédito, matérias especiais. Não que matéria sobre bateristas não seja legal, pelo contrário, mas ter uma edição de número #200 deveria ser mais variado nos temas abordados. De qualquer forma, a qualidade está mantida e parabéns por chegarem ao número #200!

Leonardo Reis

Por email

Salve, Leonardo. Entendemos perfeitamente sua opinião e gostamos que você tenha vindo aqui externá-la – o que é sempre um direito do leitor desde que, como você fez, de maneira educada e respeitosa. Porém, a verdade é que pela resposta que recebemos de vários outros leitores ao longo dos anos, concluímos que esse tema seria ideal para marcar a data. E creio que acertamos, já que a grande maioria entrou em contato elogiando a edição e seu tema. De todo modo, fique tranquilo porque vamos fazer muitos especiais, sobre os mais variados temas. Escreva sempre! Forte abraço. (Antonio Carlos Monteiro)

BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY REPORT

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

Gilmour no Brasil e o adeus de Roger Waters

Os fãs de Pink Floyd, especialmente aqui do Brasil, estão vivendo um mix de alegria e tristeza. A alegria fica por conta da primeira visita em dezembro, do ex (ou não) guitarrista da banda ao Brasil, promovendo o excelente Rattle That Lock. Ao mesmo tempo, Roger Waters, que perdeu bom tempo apresentando o megaconcerto The Wall pelo mundo, lançou o filme “Roger Waters The Wall”, uma espécie de segunda parte do álbum lançado pelo Floyd em novembro de 1979. Ele será seguido de mais uma temporada da mesma turnê, mesclando o material novo contido no filme com o do álbum clássico.

Waters concluiu que essa turnê deve ser sua despedida dos palcos, esboçando o desejo de se aposentar, o que enterraria de vez um remoto, mas até possível, retorno do Pink Floyd. Possível, porque boa parte das rusgas do passado teriam sido amenizadas com o encontro da banda há dez anos no “Live 8 Concert”, realizado a 2 de julho de 2005, em Londres.

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Long Live Krisiun

Em 2008 eu trabalhava num site chamado MySpace. Era uma rede social, mas como os artistas podiam criar perfis nele e colocar lá suas músicas e vídeos, ganhou fama e cresceu pra cacete no meio musical, a ponto de se tornar o maior player à época e ganhar escritórios pelo mundo. Uma das coisas mais legais do MySpace eram os “lançamentos” de discos, quase diariamente, antes das versões físicas. Cada escritório negociava com as gravadoras, selos ou com as bandas locais e se fosse acertado lançamento mundial (sempre era), os caras de conteúdo de cada país ofereciam aos outros espalhados pelo globo.

Na época, o Krisiun estava pra lançar o Southern Storm. Falei diretamente com o trio – Max, Moyses e Alex – querendo saber o que achavam de soltarmos o disco antes e oferecer para o resto do globo. Eles toparam, fiquei animado e com boa expectativa, mas não preparado para a aderência que teve.

Eu já tinha feito isso com bandas que acreditava terem certa fama global, como Cansei de Ser Sexy e Mutantes (aquele disco ao vivo). Quando lancei a ideia de os outros escritórios promoverem o lançamento do Krisiun, achei que metade curtiria a ideia. Mas 100%, todos, daqui até o Japão, passando por América Central, do Norte, Europa e Oceania, entraram no lançamento.

Eu sabia que o trio tinha sua relevância global. Em 2000 os caras fizeram a maior tour internacional que uma banda brasileira já fez. E essa relevância pegou os anos 90, quando surgiram, os 2000 e os anos 10 deste Século 21.

Continuo acompanhando os passos deles e não tem semana em que a banda não esteja desbravando algum ponto do globo ou do Brasil.

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Prevenção: pratique!

Vira e mexe nos deparamos com algum ídolo nosso passando por momentos difíceis em função de alguma doença. Ou, pior, muitas vezes isso acontece dentro da nossa própria casa.

Infelizmente, nem todas as pessoas têm a consciência e o preparo mental de Bruce Dickinson, como pudemos conferir na entrevista da edição #201 da ROADIE CREW. As frases ditas por Bruce e destacadas na entrevista dizem tudo: “Foi só um azar. Pode acontecer com qualquer um e aconteceu comigo. Então, o que restava fazer era ir em frente com aquilo.”; “Não vai ser simples assim me tirar dos palcos. Eu ainda estou aqui, eu venci.”.

Bruce está firme e forte, mas e o que a história nos conta? Apenas para lembrar alguns, Chuck Schuldiner, fundador da banda Death, faleceu devido a um câncer no cérebro aos 34 anos de idade. O mestre Ronnie James Dio partiu aos 67 anos devido a um câncer de estômago.

De acordo com o site The Metal Archives, que lista na seção ‘R.I.P.’ o falecimento de músicos de Rock/Heavy Metal e a causa da morte, pelo menos dezoito artistas morreram de câncer este ano (até outubro). Este número pode ser maior, visto que a causa da morte de muitos músicos é listada como desconhecida.

Para a estatística daqueles que perderam a batalha contra um câncer em 2015 entraram: o ex-baixista de longa data do Obituary, Frank Watkins, em outubro último, aos 47 anos de idade; Terry Jones, vocalista do Pagan Altar, aos 69 anos, em maio; e também o baixista Craig Gruber, que tocou com o ELF de Ronnie James Dio, no primeiro disco do Rainbow e em diversos outros álbuns. Este último também em maio, devido a um câncer de próstata…

BLIND EAR – MARK TORNILLO (ACCEPT)

Por Claudio Vicentin

fotos Daniel Dutra.

“Ah, essa aqui é do meu amigo Philip (risos). Nós nos tornamos bons amigos há alguns anos. O baterista original do T.T. Quick cresceu em Nova Orleans, onde ele nasceu e viveu antes de se mudar para o Texas. Fizemos algumas turnês com eles e saíamos para nos divertir. Em suma, eu adoro Pantera! Queria que a negociação deles com Zakk (Wylde) desse certo para termos o Pantera de volta. (R.C.: Pantera era bem grande no Brasil). Acredito que em todos os lugares era assim, porque eles chegaram com tudo e Phil tinha seu vocal característico. Ele era agressivo, gritava muito, mas mostrava que também sabia cantar muito bem! Apesar de amedrontador, ele é um cara muito legal. Tem uma filmagem nossa (Accept) no YouTube, acho que do ‘Sweden Rock’, em que ele aparece para cantar a Fast As A Shark conosco. Foi intenso demais aquilo!”

Walk

Pantera – Vulgar Display Of Power

ETERNAL IDOLS – DAVID GOLD

Por Thiago Pimentel

A tragédia marcara a vida de David Gold e, de forma intrínseca, a música do Woods Of Ypres. Desde a morte prematura do multi-instrumentista canadense, ocorrida a 22 de dezembro de 2011, até as camadas mais densas da atmosfera e da parte lírica de sua obra musical: a perda e o isolamento ditam o inevitável direcionamento presente no catálogo do grupo.

Aos 16 anos de idade, Gold foi afastado das quadras de basquete – uma contusão impossibilitara a prática do esporte. O acontecimento, contudo, permitira um novo foco: de forma autodidata, o então adolescente dedicou-se ao instrumento que seria a principal fundação de sua música: a bateria. Aos poucos, bandas como Pantera e Metallica cederiam espaço para grupos como Sentenced e Type O Negative na lista de influências do músico. Todavia, foi a identificação com o Black Metal europeu que, em 2002, mobilizou a criação do Woods Of Ypres em Windsor (CAN). Apesar de ser o baterista, Gold aos 22 anos tomava as rédeas tanto na composição quanto na liderança da banda – tratava-se, desde o início, do seu projeto pessoal…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Nesta edição:

Abiotic

Annihilator

Apple Sin

Billy Sherwood

Braveheart

Butcher Babies

Children Of Bodom

Danzig

Dark Witch

David Gilmour

Deez Nutz

Délétère

Desalmado

Devil City Angels

Eleven Strings

Endless Brutallity

Entwine

Gamma Bomb

Godzorder

Grave Digger

Graveworm

Guardians Of Time

Heaviest

Joel Hoekstra’s 13

Joe Satriani

Kadavar

Killing Joke

Lago

Last Joker

Morbid Evils

Ommadon

One Machine

Pagan Throne

Possession

Queensryche

Rotten Pieces

Rotting Christ

Savage

Soldier

Stratovarius

Stringbreaker And The Stuffbreakers

The Aristocrats

The Dead Daisies

The Winery Dogs

Trevas

Trivium

UDO

Vanden Plas

With The Dead

Year Of The Goat

Zumbis Que Somos

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Balística

Carpe Dien

Crom

Veiled

Vinterskögen

HIDDEN TRACKS – SOUTHGANG

Por Leandro Nogueira Coppi

Quando a década de 90 chegou, o Hard Rock desfrutava do lugar mais alto da montanha. Devido a isso, surgiu um número absurdo de bandas que se proliferavam como um surto viral, principalmente nos Estados Unidos. Só que a proporção foi tanta que uma imensidão delas – inclusive muitas que assinaram com ‘majors’ – passou despercebida do grande público, o que foi uma pena. Mesmo com o gênero se tornando repetitivo e oferecendo um monte de grupos genéricos e descartáveis, ainda assim dispunha de outros tantos que tinham talento. Foi o que aconteceu com o Byte The Bullet, que vinha de Rome, cidade pertencente ao condado de Floyd Rose, na Georgia (EUA).

Jesse Harte (vocal), Butch Walker (guitarra), Mitch “Slug” McLee (bateria) e Jayce Fincher – que assumiu a vaga do ex-baixista que abandonara o barco alegando que o Rock’n’Roll não era para ele…

CLASSICREW

Por Redação

1975

URIAH HEEP

Return To Fantasy

Em uma comparação deste oitavo álbum da carreira do Uriah Heep com os clássicos Look At Yourself (1971), Demons And Wizards (1972) ou The Magician’s Birthday (1972), Return To Fantasy pode sair perdendo. Afinal, esses três discos são considerados pérolas dos anos 70. Ainda assim, com suas nove faixas, Return To Fantasy pertence ao rol das grandes performances do Uriah Heep. Não por acaso, alcançou o sétimo lugar das paradas do Reino Unido, proporcionando um ano lucrativo para o grupo inglês.

Mesmo com esses méritos, o próprio Ken Hensley reconheceu que a banda não estava em seu melhor momento quando lançou o disco. Segundo ele, RTF, apesar de ter algumas músicas boas, não contém nenhum…

1985

HELLOWEEN

Walls Of Jericho

Até a década de 80, a bela cidade de Hamburgo (ALE) era conhecida por ter acolhido os Beatles em seu início de carreira, lá no princípio dos anos 60. Porém, graças a quatro garotos com idades de 19 a 21 anos, a cidade teria outro motivo para se orgulhar no mapa musical mundial.

Kai Hansen (vocal e guitarra), Michael Weikath (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Ingo Schwichtenberg (bateria) se uniram em 1984 sob o nome de Helloween e de cara chamaram a atenção pelo peso e velocidade de sua música, sem no entanto abrir mão do virtuosismo nas guitarras, do vocal em registro alto e das altas doses de melodia. Sem saber, os quatro estavam fazendo aquilo que toda banda mais ambiciosa almeja: criar um novo estilo musical – no caso, o…

1995

DEATH

Symbolic

No Rock’n’Roll em geral alguns nasceram para ser apenas músicos, outros para atingir a condição de mito. Exemplos não faltam, de Elvis Presley, John Lennon, Jimi Hendrix e Jim Morrison a Eric Clapton, Ozzy Osbourne, Lemmy Kilmister, Ronnie James Dio, Bruce Dickinson e tantos outros que atingiram esse status. Entretanto, no Death Metal seguramente o maior nome é Chuck Schuldiner, o mentor do Death. Desde os primórdios com o Mantas, o guitarrista e vocalista sempre procurou dar uma cara diferente ao Death Metal, embora a sujeira fosse a marca registrada nesses trabalhos. Ainda que álbuns como Spiritual Healing (1990) e Individual Through Patterns (1991) apresentem composições mais técnicas e de nível elevado, é em Symbolic que encontramos o divisor de águas do quarteto norte-americano.

Na época formado por Chuck, Bobby Koelble (guitarra), Kelly Conlon (baixo) e Gene Hoglan,…

2005

OPETH

Ghost Reveries

“A banda mais brilhante do Heavy Metal”, bradou a revista Guitar Player após a sequência com Blackwater Park (2001), Deliverance (2002) e Damnation (2003). Se a definição é subjetiva, e portanto discutível, não dá para negar que o Opeth se viu com três obras-primas na bagagem antes de começar a trabalhar em seu oitavo disco de estúdio. E sabe o que aconteceu? A banda sueca simplesmente lapidou outra pedra preciosa na forma de Ghost Reveries, um trabalho que a manteve mais forte no caminho do Rock Progressivo que viria praticamente a tomar conta de seu material dez anos depois. Mas não sem antes passar por uma mudança de procedimento e uma boa dose de polêmica.

“Decidimos que precisávamos ensaiar para este disco. Eu queria deixar os rapazes por dentro das músicas, assim eles poderiam trabalhar melhor as suas partes e fazer parte do processo criativo….

CLASSICOVER / LADO B+

Por Redação

ClassiCover – Fire And Rain

Daniel Dutra

Janeiro de 1985. James Taylor subiu ao palco do “Rock In Rio” nos dias 12 e 14 para recuperar, mesmo que involuntariamente, uma carreira que estava em baixa – a imagem do público cantando You Got A Friend marcou o festival. Não muito depois, nos dias 16 e 19, Ozzy Osbourne apresentou aos fãs brasileiros o guitarrista que matou no peito e concluiu de primeira a missão de substituir o insubstituível Randy Rhoads: Jake E. Lee. E as histórias de Taylor e Lee voltariam a se cruzar seis anos depois, quando o Badlands regravou Fire And Rain, o primeiro grande sucesso do cantor, violonista e compositor Folk.

Taylor atravessava uma crise na…

Lado B+

Ricardo Batalha

Crossfire

Scorpions

Antes de celebrar os “ventos de mudança” com o fim da Guerra Fria na balada Wind Of Change, faixa de Crazy World (1990) que obteve o primeiro lugar nas paradas de singles em onze países, o Scorpions já havia exposto sua preocupação com questões políticas por estar vivendo no meio do “fogo cruzado”….

LIVE EVIL – ROCK IN RIO 30 ANOS

Por Daniel Dutra

Rock In Rio – 30 Anos

Cidade do Rock – Rio de Janeiro/RJ

18, 19, 24 e 25 de setembro

Onde você estava em janeiro de 1985? Imagino que alguns dos nossos amigos leitores ainda não haviam nascido neste espaço de poucos mais de trinta anos ou eram muito pequenos para viver a empolgação do primeiro “Rock In Rio”, festival de música que parecia um sonho impossível no Brasil. Claro, muitos estavam na distante e então bastante isolada Cidade do Rock em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para assistir a alguns dos grandes nomes da música internacional e brasileira. E foi um deleite para os fãs de Heavy Metal: Iron Maiden, AC/DC, Ozzy Osbourne, Scorpions, Whitesnake e Queen.

Mas houve quem, apesar de seus apenas 10 anos de idade, foi proibido de ir porque Nostradamus supostamente previra a morte de milhares de jovens num grande evento na América do Sul. Resultado: esse garoto não viu Jake E. Lee, seu guitarrista favorito, e até hoje amaldiçoa o imbecil que espalhou a cascata. Mas essa é outra história… A sexta edição nacional do festival ganhou ares de festa de aniversário e, entre as críticas de sempre e mais acertos do que erros, chegou ao fim com a expectativa de sempre para o que vem pela frente – outras duas já estão confirmadas, para 2017 e 2019. Mas vamos viver o presente, pois a ROADIE CREW traz para você o que realmente interessa do trigésimo aniversário do evento: Rock….

LIVE EVIL – GAMMA RAY

Por Thamyres Melo

Gamma Ray

Carioca Club – São Paulo/SP

04 de outubro de 2015

Por Thamyres Melo • Fotos: Fernando Pires

Quando se chega a certa altura da carreira, uma licença imaginária para “curtição extra” é desbloqueada. Em termos de Heavy Metal e, principalmente, o praticado por bandas como Gamma Ray, o clima festivo é presente desde sempre em suas performances ao vivo. Às portas dos trinta anos de estrada, com uma gama de discos lançados e donos de uma personalidade tão conhecida ao vivo, nada mais justo que celebrar tanto sucesso com uma boa farra. E foi o que se viu no Carioca Club com a “Best Of The Best – Party Tour 2015”, turnê de festa para os veteranos alemães. Num domingo de casa cheia, os fãs festejariam com os ídolos o melhor dos melhores momentos de sua trajetória.

A noite prometia uma viagem aos principais álbuns e clássicos da banda, com set baseado na última coletânea, o CD duplo The Best (Of), lançado este ano. Às 20h30, o som mecânico sumiu e a intro Welcome foi suficiente para arrancar gritos do público, enquanto Michael Ehré se posicionava sorridente no kit, seguido do frontman simpatia e guitarrista Kai Hansen, do baixista Dirk Schlächter e do guitarrista Henjo Richter.

Avalon (Empire Of The Undead, 2014) abriu o set com a participação massiva do público nos primeiros versos. Já no começo, alguns problemas no baixo foram percebidos e no geral instrumentos e microfones pareciam um tanto baixos. Era possível se ouvir cantando nitidamente e a quem estava ao redor no público, mas isso não pareceu atrapalhar a apresentação. O primeiro clássico da noite, Heaven Can Wait, do debut Heading For Tomorrow (1990), viu seu refrão engolido pela voz da casa….

LIVE EVIL – BLIAND GUARDIAN

Por Daniel Dutra

Blind Guardian

Vivo Rio – Rio de Janeiro/RJ

09 de outubro de 2015

Por Daniel Dutra • Fotos: Luciana Pires

Sexta-feira, 23h10. Os três mil fãs que encheram o Vivo Rio ovacionavam Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras) e Frederik Ehmke (bateria) e também os agregados Barend Courbois (baixo) e Michael Schüren (teclados). Pode anotar: ninguém lembrava mais que o Circle II Circle havia cancelado dias antes sua participação nos shows de Rio de Janeiro e São Paulo – o Blind Guardian ainda passou por Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Sim, porque a banda de Zak Stevens definitivamente seria apenas um aperitivo. É o que acontece quando se tem uma legião fiel de admiradores e a banda alemã tem no Brasil um dos séquitos mais impressionantes do Heavy Metal.

Senão, vejamos: os dez minutos de The Ninth Wave, primeira faixa do novo álbum, Beyond The Red Mirror (2015), não fazem dela o número de abertura mais indicado para o show. Mas quem se importa? O refrão já estava na ponta da língua dos cariocas comandados com facilidade por Kürsch. “Fazia quatro anos que não os víamos, mas achamos o caminho de volta”, brincou o vocalista em seu primeiro discurso da noite. O passeio pelas três décadas de história começou mesmo com Banish From Sanctuary, aquele Power Metal lá do finzinho dos anos 80, e levou a casa ao êxtase em Nightfall – o primeiro êxtase de uma viagem que não incluiu representante algum apenas de A Night At The Opera (2002). E ninguém sentiria falta…

LIVE EVIL – FEAR FACTORY

Por Leandro Nogueira Coppi

Fear Factory

10 de outubro de 2015

Clash Club – São Paulo/SP

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Evandro Camellini

Após realizar os últimos shows da perna norte-americana da turnê de seu aclamado novo álbum, Genexus, o Fear Factory visitou novamente o Brasil para shows em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, dessa vez para celebrar os vinte anos do clássico Demanufacture, um dos álbuns mais aclamados do Metal Industrial, tocando-o na íntegra. Além disso, o vocalista Burton C. Bell também participou do show do Ministry no “Rock In Rio” algumas semanas antes.

Às vésperas do feriado, o Clash Club recebeu um bom público e grande parte já estava no local quando a banda paulistana Marrero – que abriu para o Fear Factory nas três cidades – deu início ao show às 19h30. O trio foi destaque na última edição do festival “Lollapalooza Brasil” e é formado por Anderson Kratsch (vocal), Estevan Sinkovitz (guitarra) e Felipe Maia (bateria). O público foi surpreendido pelo som pesado, lisérgico e cantado em português do Marrero, um Doom/ Stoner da escola Black Sabbath e Pentagram, acrescido de referências modernas. Você deve ter reparado na descrição do ‘line up’ a ausência de um baixista. E é isso mesmo. Mas não é exagero dizer que ninguém sentiu falta, pois o peso que Sinkovitz impunha com a sua guitarra, desde a abertura com Pense Por Dois, era tanto que isso passou batido. Sem contar que seus riffs eram cativantes, principalmente em Aquele Mesmo Lance…

PLAY LIST – FERNANDO RIBEIRO (MOONSPELL)

Por Daniel Dutra

Tenebrarum Oratorium I & II: “Queríamos trabalhar o tema ocultismo, mas de maneira mais intelectual e poética, e isso mexeu com o conceito de Under The Moonspell, curiosamente nosso único disco gravado em Portugal. Tenebrarum Oratorium compreende Erudit Compendyum, com aquela literatura, e Erotic Compendyum, próxima de assuntos que trataríamos mais tarde, como Marquês de Sade. É Black Metal mais do sul da Europa, mas com partes diferentes entre si. Regravamos o disco em 2007, como Under Satanæ, porque ficamos frustrados. As ideias eram originais, mas muito além das nossas habilidades musicais.”

Under The Moonspell (1994).

BACKGROUND – VENOM – PARTE 2

Por Valtemir Amler

Com seu primeiro disco, Welcome To Hell, o Venom fez muito mais do que apenas incluir seu nome nos catálogos das lojas de música pesada. Os membros da banda se transformaram em senhores do submundo. Foram muitas as razões para que isso acontecesse, a começar pelo ritmo estrondoso, repleto de atitude Punk mesclada à fúria metálica. A produção tosca deixava as músicas com uma sonoridade ainda mais caótica. A falta de “elegância musical” levava à construção de músicas de estrutura simples e barulhenta, com letras explicitamente satanistas. A temática não apenas assustava, mas até ofendia os ouvintes mais desavisados. Somam-se a isso os pseudônimos e a vestimenta dos integrantes, que mais pareciam parte de um filme do estilo “Conan – O Bárbaro”. Além disso, a atitude no palco beirava a insanidade, no fim das contas, o que os ingleses de Newcastle fizeram em seus primeiros anos foi muito mais do que acrescentar um nome na lista da crescente cena da New Wave Of British Heavy Metal. O Venom lançou as bases de tudo o que haveria de mais feio, gritante, extremo e desgraçado na música…

COLLECTION – EVERGREY

Por Thiago Pimentel

Sempre cinza. Nas duradouras noites de inverno, assim é o céu escandinavo e, traduzindo, o nome da banda sueca Evergrey. Em paralelo às características da terra natal do grupo, a expressão traduz tanto a sonoridade quanto o conteúdo lírico (negativista e reflexivo, em suma) do Evergrey. E a sonoridade é justamente o atributo que os destaca: mesclando ideias progressivas, cargas de modernidade e tristes melodias, o Evergrey sempre soou de maneira singular – em especial por conta dos vocais expressivos de Tom S. Englund. Liderado desde 1995 pelo vocalista (também fundador e guitarrista), o grupo seguiu uma carreira produtiva e, em 2003, praticamente estabilizou sua formação. Contudo, uma mudança abrupta quase marcou o fim: tanto Henrik Danhage (guitarra) quanto Jonas Ekdahl (bateria) abandonaram a banda, deixando Englund e Henrik Zander (teclado) sozinhos em busca de novos membros. Apesar de seguirem em frente com outros instrumentistas, os fãs sentiam falta de algo. Todavia, uma reviravolta ocorreu em 2014, quando ambos os músicos regressaram para gravar um novo álbum – o ótimo Hymns For The Broken. Fãs e o próprio Englund comemoraram o fato. Resta-nos esperar mais resultados…

PROFILE – BRUNO MAIA (TUATHA DE DANANN)

Por Claudio Vicentin

Primeiro disco que você comprou:

“Comprar mesmo com meu dinheiro foi o Rubber Soul dos Beatles. Foi com um dinheiro que meu avô tinha me dado.”

POSTER – DANGER DANGER

Por Redação

Danger Danger – Screw It!

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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