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Edição #206

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Há trinta anos o Dream Theater vem se desenvolvendo continuamente e, disco após disco, provou não ser um grupo saudosista ou acomodado. Desde o primeiro lançamento, When Day And Dream Unite (1989), mostrou personalidade…

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DREAM THEATER

Por Guilherme Spiazzi Há trinta anos o Dream Theater vem se desenvolvendo continuamente e, disco após disco, provou não ser um grupo saudosista ou acomodado. Desde o primeiro lançamento, When Day And Dream Unite (1989), mostrou personalidade, mas foi com a entrada do canadense James LaBrie no vocal e o lançamento de Images And Words (1992) que o quinteto realmente definiu sua identidade musical e começou sua jornada na popularização, na medida do possível, do Prog Metal como estilo pelo mundo. Durante a fase Falling Into Infinity (1997), as coisas pareciam dar sinais de desgaste e o grupo partiu para o “matar ou morrer” em Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory (1999). O resultado dessa investida obviamente você já sabe. Já o período de incerteza vivido em 2010, com a saída do baterista original – Mike Portnoy (The Winery Dogs, Flying Colors) –, foi devidamente enterrado com a entrada de Mike Mangini e o lançamento de A Dramatic Turn Of Events (2011). Graças à consistência dos lançamentos e sua ética de trabalho, o Dream Theater construiu uma base de fãs muito fiel, mas também bastante crítica e exigente. A cada novo disco espera-se mais de LaBrie, Mangini, John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo) e Jordan Rudess (teclados). O que poderia ser encarado como pressão acaba sendo um sinal de que os fãs querem ser provocados – eles querem algo que os desafie e faça com que eles mergulhem na jornada sonora proposta pela banda. O que se encontra em The Astonishing, décimo terceiro trabalho de estúdio, é algo além de um disco com faixas independentes ou um trabalho conceitual como tantos outros. Esta obra é a trilha sonora de uma história que mistura passado, futuro, decadência, tecnologia, opressão e esperança criada por John Petrucci, que nos concedeu esta entrevista e revelou todos os detalhes por trás deste trabalho que vem para definitivamente expandir os limites do Dream Theater.

AVANTASIA

Por Guilherme Spiazzi O Avantasia sempre passou a imagem de um projeto arrojado pela sua música ousada para os padrões do Heavy Metal e pela gama de vocalistas convidados, que, hoje somados, passa de trinta cantores de renome no estilo. Não foi à toa que o mentor do projeto, o vocalista, baixista e compositor alemão Tobias Sammet (Edguy) começou sua jornada chamando seus dois primeiros discos de “Óperas do Metal”. Com The Metal Opera (2001) e The Metal Opera Part II (2002), Tobias angariou atenção ao trazer a participação de Andre Matos (solo, Viper, ex- Angra e Shaman), Michael Kiske (Unisonic, ex-Helloween) e Kai Hansen (Gamma Ray, ex- Helloween), entre outros. Apesar do grande respaldo na época, o projeto ficou adormecido até que o músico retornou com a trilogia The Scarecrow (2008), The Wicked Symphony (2010) e Angel Of Babylon (2010). Embora tivesse declarado o fim do projeto durante o festival “Wacken Open Air” de 2011, Sammet logo voltou atrás com o ousado The Mystery Of Time (2013), abrindo mais um capítulo na trajetória de trabalhos conceituais. Dando continuidade à história, o Avantasia chega ao seu sétimo trabalho de estúdio, Ghostlights, trazendo convidados inéditos. Desde seu lançamento, o disco tem rendido ótimos resultados. Porém, por conta do histórico do projeto e da maneira espontânea de Tobias lidar com as coisas, fica a pergunta: será que o projeto continuará existindo? Haverá mais shows e álbuns? Para o mentor Sammet, que nos concedeu esta entrevista, o momento de aproveitar é agora.

SAXON

Por Guilherme Spiazzi O Saxon vem há quase quarenta anos lançando álbuns que justificam sua posição de um dos líderes da New Wave Of British Heavy Metal. Em seu vigésimo primeiro disco de estúdio, Battering Ram, Biff Byford (vocal), Paul Quinn e Doug Scarratt (guitarras), Nibbs Carter (baixo) e Nigel Glockler (bateria) trazem no título uma alusão a aríete, uma espécie de máquina das Idades Antiga e Média utilizada para romper fortificações. Considerando o conteúdo do disco e a tenacidade do grupo, tal título tem tudo a ver com sua proposta. Exemplo disso foi o fato de o Saxon não ter parado mesmo após o aneurisma cerebral sofrido por Nigel no final de 2014. Como ele nos conta nesta entrevista, sua recuperação foi muito rápida e surpreendente. Já para Biff, estar na estrada significa manter-se em forma e renovado. O Saxon não para, não economiza e tampouco se entrega ou baixa a cabeça para o peso que o tempo pode colocar nas costas de qualquer pessoa. Enquanto as raízes sonoras são preservadas, o grupo segue em frente buscando se renovar.

PRONG

Por Guilherme Spiazzi Formado há trinta anos nos Estados Unidos pelo vocalista e guitarrista Tommy Victor, o Prong é conhecido pela variedade musical de cada disco lançado e seu décimo álbum de inéditas, X (No Absolutes), confirma a tendência de moldar seu som misturando riffs marcantes a elementos de Thrash Metal, Hardcore, Punk Rock e Industrial. Após estrear no mercado com dois discos por uma gravadora independente, a banda ganhou visibilidade com Beg To Differ (1990), lançado pela major Epic Records. O relacionamento com o selo durou até que a banda fosse largada depois do lançamento de Rude Awakening (1996), o que levou o Prong a hibernar por sete anos e reaparecer com Scorpio Rising (2003). Mesmo com esse retorno, os compromissos paralelos de Tommy com Ministry e Danzig acabaram sempre obrigando o músico a colocar sua própria banda de lado. Além das pausas, a carreira do grupo foi marcada por mais de uma dezena de alterações na formação, mas depois de firmar o line-up com Tommy, Jason Christopher (baixo) e Art Cruz (bateria) e lançar Carved Into Stone (2012), o grupo vem a todo vapor lançando discos e fazendo turnês. Com o novo trabalho em mãos, Tommy falou à ROADIE CREW sobre a fase de desafios e aprimoramento que vem vivendo com o Prong.

KAMPFAR

Por Valtemir Amler Longe das polêmicas e dos atos perpetrados por parte das bandas norueguesas dos anos 90, o Kampfar vem obtendo popularidade crescente desde a sua fundação em 1994, a partir das cinzas da banda Mock (reativada em 2012, com sua formação original). Após trabalhos bem sucedidos e que despertaram o interesse dos fãs de Black Metal, como Mellom Skogkledde Aaser (1997) e Fraunderverdenen (1999) – contando apenas com o fundador Dolk (vocal e bateria) acompanhado por Thomas Andreassen (guitarra e baixo) –, a banda se estabilizou em 2003 com a entrada do baixista Jon Bakker e do baterista Ask, partindo para as apresentações ao vivo no ano seguinte. O primeiro registro desta formação em estúdio foi o já considerado clássico Kvass. Em 2008, após o lançamento de Heimgang, Andreassen deixou a banda, sendo substituído em 2011 por Ole Hartvigsen, que permanece até os dias atuais. Vivendo aquele que talvez seja o melhor momento de sua carreira, o grupo é atração garantida nos principais festivais europeus de Heavy Metal, recebeu uma indicação para o Spellemann (Grammy norueguês) e vem obtendo resenhas positivas nas principais publicações especializadas do mundo. Apesar de toda a boa repercussão, o quarteto se nega a baixar a guarda e segue faminto em busca de resultados ainda melhores e terrenos ainda inexplorados. “Ainda temos muitas metas a alcançar e espaços para conquistar. Nós não relaxamos com a fama ou deitamos nossos cadáveres em espreguiçadeiras”, garante Jon Bakker em conversa exclusiva com a ROADIE CREW…

HATE ETERNAL

Por Guilherme Spiazzi O Death Metal extremo tem na figura do músico e produtor Erik Rutan um de seus maiores representantes. Na estrada com o Hate Eternal desde 1997, o guitarrista e vocalista não economiza quando o assunto é brutalidade e dissonância em seus discos de estúdio. A experiência produzindo bandas como Krisiun e Cannibal Corpse rendeu um nome forte que, somado à carreira ao lado de sua banda, acabou rendendo dois trabalhos em tempo integral para o músico. Apesar do costumeiro problema de troca de integrantes, Rutan segue confiante ao lado do baixista J.J. Hrubovcak. Assim, o Hate Eternal chega ao seu sexto álbum, Infernus, sem mostrar sinais de cansaço. Pelo contrário, como Erik nos conta nesta entrevista, o objetivo é sempre olhar para a frente e não se repetir…

TRIVIUM

Por Guilherme Spiazzi A carreira do Trivium vem sendo construída paulatinamente desde o lançamento de Ember To Inferno (2003), época em que o Metalcore despontava. De lá para cá o que se viu foi uma banda literalmente crescendo e moldando sua sonoridade a cada álbum. Olhando para a discografia dos norte-americanos pode-se perceber que alguns elementos, como linhas limpas e melódicas de voz, estavam cada vez ganhando mais espaço e acabariam tornando-se um dos focos em suas composições. O lançamento de Silence In The Snow, sétimo disco de estúdio, vem para confirmar essa tendência. Nesta entrevista com o baixista Paolo Gregoletto nota-se que o Trivium é um grupo que busca experimentar para se manter renovado e relevante…

NEXT TO NONE

Por Guilherme Spiazzi O baterista Max Portnoy começou a oficialmente seguir os passos de seu pai (Mike Portnoy, The Winery Dogs, ex-Dream Theater) na música após se juntar a Thomas Cuce (vocal e teclados), Ryland Holland (guitarra) e Kris Rank (baixo) para formar o Next To None. O álbum de estreia, A Light In The Dark, naturalmente traz influências do Progressivo, mas também busca inspiração na sonoridade contemporânea do Metal norte-americano. Nesta entrevista, Max versa sobre as expectativas da banda, a pouca idade de seus integrantes, os planos e explica qual foi o papel de Mike Portnoy nessa empreitada….

THE WINERY DOGS

Por Daniel Dutra A expectativa era totalmente justificável: afinal, o que poderia dar errado num power trio formado por Richie Kotzen, Billy Sheehan e Mike Portnoy? E o The Winery Dogs não decepcionou em seu primeiro e homônimo álbum, lançado em 2013. E a expectativa para o segundo trabalho? Bastaria dizer que Hot Streak fez parte de muitas listas de melhores de 2015, mas a ROADIE CREW traz muito mais do que isso para você. Batemos um longo e ótimo papo com Sheehan e Portnoy para falar do novo disco, do ótimo momento da banda e, claro, de outros assuntos – que renderam respostas tão boas quanto sinceras. Leia e descubra. Ouça o CD e prepara-se para a turnê sul-americana que rola em maio próximo, com seis shows no Brasil (Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Londrina). Divirta-se com música de alto nível!

ENFORCER

Por Claudio Vicentin e Maicon Leite O grupo sueco Enforcer chega ao seu quarto álbum trazendo mais maturidade em suas músicas. A influência da New Wave Of British Heavy Metal no som praticado por Olof Wikstrand (vocal e guitarra), Joseph Tholl (guitarra), Tobias Lindqvist (baixo) e Jonas Wikstrand (bateria) é evidente. Todavia, a banda não gosta dessas comparações e costuma declarar que apenas toca Heavy Metal. Mesmo assim, é fato que existe uma base em cima das bandas que criaram o estilo. Independentemente disso, os suecos impressionam através de riffs e solos empolgantes e muita melodia que cativam à primeira audição. Atualmente, o Enforcer finalizou uma extensa turnê pela América do Norte, divulgando From Beyond (Nuclear Blast), e aporta no Brasil para mais uma série de shows. Conversamos com o guitarrista e vocalista Olof Wikstrand, que falou sobre a carreira da banda.

PRIMAL FEAR

Por Daniel Dutra

“Desculpe-me pelo atraso, Daniel. Estava cuidando de alguns impostos no departamento responsável aqui, o que é horrível.”

“Sem problema. No Brasil trabalhamos cinco meses apenas para pagar impostos, então posso imaginar como é horrível.”

“Mais ou menos como aqui. É sempre uma situação delicada, então gosto de resolver logo. Mas está tudo bem agora e o importante é que podemos conversar.”

Sim, foi desta maneira que começou a entrevista com Mat Sinner, baixista do Primal Fear. E o clima mais descontraído não pedia comparações entre Alemanha e Brasil sobre o retorno que cada população tem com esses impostos. Pediu, na verdade, um animado bate-papo sobre Rulebreaker, 11º disco de estúdio do sexteto alemão – completado por Ralf Scheepers (vocal), Magnus Karlsson, Alex Beyrodt e Tom Naumann (guitarras) e Francesco Jovino (bateria). Pediu também uma opinião bem franca sobre o atual momento da indústria musical, mais especificamente os serviços de ‘streaming’. Confira e saiba também quando a banda volta ao Brasil.

DENNER/SHERMANN

Por Chris Alo Quando se fala em grandes nomes do Metal dos anos 80, é inevitável citar os dinamarqueses do Mercyful Fate. O grupo tornou-se notório não apenas pelo vocal único de seu líder, King Diamond, mas também pelas harmonias de guitarra criadas por Michael Denner e Hank Shermann. Mais de três décadas depois do lançamento do primeiro disco, Melissa (1983), Denner e Shermann voltaram a se reunir em uma nova banda, que recebeu, é claro, o nome de Denner/Shermann. Shermann conversou com a ROADIE CREW sobre Satan’s Tomb, EP de estreia lançado pela Metal Blade Records, e também sobre o Mercyful Fate…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

De geração em geração, uma história sem fim

 Duas das matérias que publicamos nesta edição – com The Winery Dogs e Next To None – ilustram bem a frase que dá título a este editorial, e provam que a constante oxigenação do cenário do Rock/Heavy Metal é uma realidade que só não vê quem não quer. Mike Portnoy seguramente está muito orgulhoso de seu filho Max, que seguiu seus passos na profissão, inclusive na escolha do mesmo instrumento, a bateria, assim como o fizeram outros filhos de gênios das baquetas: Zak Starkey, filho do Beatle Ringo Starr, e Jason, filho de John Bonham do Led Zeppelin. Como em qualquer outra atividade, a cobrança em relação ao trabalho desses herdeiros é sempre maior por causa da natural comparação que se pode fazer do desempenho deles com o talento já demonstrado pelos pais. Mas essa discussão é irrelevante, pois o que realmente interessa é que continua aparecendo gente nova criando arte musical no mundo do Rock e, ao mesmo tempo, os antigos astros permanecem fazendo o som rolar pesado até o último momento de suas vidas.

A palavra “renovação” não se aplica no caso do Rock porque não se dá uma substituição do que existia anteriormente. Simplesmente o que surge de novidade passa a ser incorporado ao acervo do que já foi criado durante anos e anos, desde a década de 1950. Todas as ramificações de estilo deste gênero musical, que surgiram com o passar do tempo, permanecem ativas, algumas com maior, outras com menor número de seguidores, mas jamais foram abandonadas.

Também não faz sentido a preocupação de alguns fãs ou o desejo de profetas “do contra” que vaticinam a morte do Rock. O próprio Mick Jagger, que acaba de passar pelo Brasil com uma extremamente bem-sucedida turnê lotando estádios com os Rolling Stones, chegou a duvidar que ao atingir sua fase adulta, depois dos 30 anos de idade, estaria cantando e agitando nos palcos com sua banda. Mas ele ainda não tinha notado que o mundo havia passado por profundas mudanças culturais, sociais e de comportamento nos anos 1960, e o Rock ‘n’ Roll estava estabelecido como uma forma de manifestação artística que se esparramou pelo mundo como jamais havia acontecido com qualquer tipo de música.

Foi com os Beatles que os shows evoluíram dos clubes e teatros para serem realizados pela primeira vez num estádio, em Nova York (1965). Nas décadas seguintes o gigantismo dos eventos explodiu e, até hoje, uma quantidade enorme de bandas se tornou atração suficientemente importante para que suas apresentações obrigatoriamente sejam realizadas em grandes arenas. É verdade que desde a década de 1990, quando o Metallica atingiu o auge de sua popularidade, não apareceu um novo nome que, sozinho, encha estádios, mas, por outro lado, cresceu demais a quantidade de novos grupos que passaram a ter acesso ao mercado musical com as facilidades que a tecnologia tem proporcionado. Além disso, existem festivais que se tornaram muito grandes sem depender de headliners considerados como mega atrações. Portanto, headbangers, não se preocupem, essa história nunca vai ter fim.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

MAD DRAGZTER: “METAL NO BRASIL É COISA DE HERÓI”

A música pesada no mundo é sinônimo de incertezas. Não basta a aceitação dos fãs e críticas favoráveis para que seu trabalho seja bem sucedido. Um exemplo desta triste estatística são os thrashers do Mad Dragzter. Após excelentes críticas do álbum Killing The Devil Inside (2006), a banda encerrou atividades. Retornando tempos depois, Tiago Torres (vocal e guitarra), Gabriel Spazziani (guitarra), Armando Benedetti (baixo) e Eric Claros (bateria) levaram oito anos para lançar seu terceiro trabalho de estúdio, Master Of Space And Time (2015). Em entrevista para a ROADIE CREW, Tiago fala do novo disco, dos planos para apresentações e as novidades nas letras do grupo.

CAPADOCIA: COLOCANDO A MÁQUINA PRA FUNCIONAR

A ideia era formar uma nova banda no Brasil depois de uma temporada na Europa. E com Marcio Garcia (guitarrista, ex-Postwar), Gustavo Tognetti (baixista, ex-SkinCulture) e Palmer de Maria (baterista, Choldra, ex-Retturn), Baffo Neto (vocal e guitarra, ex-Retturn) conseguiu criar uma nova fase na carreira com o Capadocia. O grupo vem promovendo Leader’s Speech, álbum de estreia lançado em 2014 e divulgado ao longo do ano passado. Falamos com Baffo para saber alguns detalhes do disco e sobre Max Cavalera, com quem irão se reencontrar em breve para abrir os shows da nova turnê do Soufly pela América do Sul, a “Archangel South American Tour”.

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

COLUNISTAS

Há pouco menos de dois anos parei de ler a ROADIE CREW e no mês de março/2015 voltei a acompanhá-la. Notei três mudanças significativas: mais espaço destinado aos artistas brasileiros, menos aos colunistas (pelo menos é a impressão que tive) e perguntas mais elaboradas. Quanto às bandas nacionais, não resta dúvida de sua qualidade (busco escutá-las e não decepcionam) e merecem até mais espaço que as estrangeiras, apesar dessas serem mais famosas, porém não mais competentes que aquelas. Os colunistas precisam de mais páginas. Eles trazem informações de bastidores pouco exploradas, adentram na história de grupos obscuros e historiam o desenvolver de grupos surgidos em épocas remotas. Enfim, fogem do lugar comum de perguntas e respostas dos grupos em evidência (são pensadores e filósofos a serviço do Rock em geral). Em relação às perguntas, elas sempre estão passíveis de aprimoramento e este ofício somente é desenvolvido por quem entende do assunto (e não é mero “ouvidor” de Rock). A revista mostra investimento no fator humano e não se limita ao campo visual. Sem arrependimento de voltar a ser leitor da ROADIE CREW. Grana bem investida. Abraços.

Brenno Amazonas Galvão

Caruaru/PE

Bem, nós acrescentamos mais um colunista, Luiz Cesar Pimentel (“Brotherhood”), e, eventualmente, também escrevo o “Campo de Batalha”. Portanto, aumentamos o número de colunistas. Mas, de fato, precisaríamos de mais 100 páginas para tratar de tudo que chega à redação, meu amigo. Infelizmente, o momento não é propício para grandes saltos. Estamos tentando, como sempre, balancear bem a revista. Muito obrigado por voltar a estar conosco. Grande abraço e boa leitura. (Ricardo Batalha)

BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA

Por Redação

Backspage

Vitão Bonesso (*)

Phil Anselmo… Não foi a primeira vez!

Acima de ser crime, a intolerância racial e o preconceito em geral são nojentos e inaceitáveis, seja qual for o segmento social. Na história do Rock’n’Roll temos exemplos e fatos ocorridos desde os primórdios. Vale lembrar que a origem do estilo se deu com o Blues, no início do século passado. O Blues foi criado pelos negros e em meados dos anos 40 teve seu ritmo acelerado, surgindo o Rhythm’n’Blues. Na década seguinte, ele se misturaria ao Swing das ‘big bands’, se tornando o Rock’n’Roll. Consta que o primeiro Rock’n’Roll genuíno, Rocket 88, teria sido composto e gravado por Ike Turner e a banda Jackie Brenston & Della Cats em 1951. Ike era negro e nada aconteceu.

A coroa de Rei do Rock’n’Roll seria conferida anos depois a Elvis Presley, branco, boa pinta. Muitos negros envolvidos com o Rock’n’Roll sofreram com o racismo no Estados Unidos. Little Richard talvez tenha sido o alvo principal de tais ataques, já que era negro e homossexual.

Partindo para o Heavy Metal, já na década de 70, o guitarrista Ted Nugent foi o mais notório a despejar a sua insatisfação com a presença de imigrantes latinos na América do Norte. Seja durante suas apresentações ou mesmo em declarações raivosas…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Phil Anselmo é o cara mais burro do mundo do Metal

Se você ainda não sabe, no dia 22 de janeiro ele conseguiu protagonizar a cena mais estúpida do ano em exatos nove segundos ao fazer o gesto de saudação nazista durante show e gritar “white power”. Isso tudo durante apresentação beneficente que leva o nome do guitarrista de sua ex-banda, o Pantera. Ou seja, ofendeu mais de metade da população mundial religiosa e racialmente.

Aparentemente não se contenta com isso, dado seu histórico.

Ponto um (para contextualizar a dimensão da burrice do cara) é que viramos um universo inteiro de vigias. O mundo anda incrivelmente mais chato por conta disso. Hoje todo mundo tem uma câmera à mão (no celular), todo mundo registra TUDO e foi criada uma legião de humilhados e ofendidos (só para citar meu ídolo Dostoiévski) a partir disso. Qualquer coisa que você poste vai ofender alguém. Isso é batata.

Não estou falando isso em defesa do vocalista, pois o que ele fez é indefensável, além de ter soltado depois uma esfarrapadíssima desculpa de que o “white power” se referia ao poder do vinho branco que vinha tomando a noite toda…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

A arte de contar a história

Na última edição, trouxemos um pouco da história com a qual tivemos contato ao visitar o Sun Studio, na cidade de Memphis, Tennessee (EUA), considerado o local onde nasceu o Rock’n’Roll. No entanto, não fosse a forma como esse ambiente é valorizado, ele ficaria restrito às visitas apenas de conhecedores de Rock e não de turistas e curiosos em geral.

Abrindo um parêntese, o cuidado com a cultura naquele país acontece não apenas no segmento musical, mas com todo tipo de entretenimento. Praticamente todas as cidades de médio e grande porte possuem um centro de informações turísticas, além daqueles existentes nas estradas e que abrangem pontos de interesse de uma vasta região. Ao entrar em um local deste tipo você invariavelmente é bem recebido e tem acesso a ‘folders’ das mais diversas atrações, o que é fundamental, mesmo existindo sites e aplicativos específicos para viagens.

Já falamos aqui sobre o ótimo EMP Museum de Seattle que visitamos em 2014. E agora o giro pelas cidades americanas da música (New Orleans, Memphis e Nashville) confirma o cuidado dos americanos em preservar e divulgar seus legados.

Voltando a Memphis, a cidade abriga Graceland, a mansão do Rei Elvis Presley, onde ele morreu em 1977 e onde está o seu túmulo. A propriedade é aberta a visitação e recebe mais de 650 mil pessoas por ano! Foi o primeiro local relacionado ao Rock a entrar para o Registro Nacional de Lugares Históricos no país, em 1991.

Campo de Batalha

Ricarco Batalha

PAU!!!

Muita gente entrou em contato comigo recentemente para comentar sobre o quanto gostaram do documentário “Woodstock – Mais Que Uma Loja” (2014), dirigido por Wladymir Cruz e que, após sair em DVD e ser exibido em algumas salas de cinema, está disponível para assinantes do Netflix. Realmente, todos os depoimentos foram carregados de emoção, que foi justamente o meu caso. Afinal, nasci duas vezes: na maternidade São Paulo e na Woodstock Discos, quando ainda era localizada na rua José Bonifácio.

A loja foi a minha “escola do Rock” e meu professor foi Walcir Chalas. Sempre fui um aluno dedicado nesta matéria e, por isso, me sinto na obrigação de lembrar que há exatos trinta anos ia ao ar, por meio da 89FM de São Paulo, o programa Comando Metal, produzido e apresentado pelo professor Chalas sempre aos sábados, às 17h.

Os fãs da música pesada ficaram animados com a notícia de mais um programa dedicado ao Heavy Metal nas rádios. A partir de então, as novidades iriam ao ar não só pela Sessão Rockambole (97 FM), do “Capitão de Aço” Beto Peninha, ou pela Rádio Corsário (Imprensa FM 102.5), de Julio Viseu (ex-Antro do Mal), Carlos Bacalhau (ex-Antro) e Luiz Heavy. O professor, agora, nos faria ficar semanalmente segurando o dedo no ‘pause’ do Tape Deck. “O Comando Metal foi ao ar em março de 1986 e sempre procurei mostrar tudo que acontecia na cena.

BLIND EAR – OLA ENGLUND (THE HAUNTED)

Por Claudio Vicentin

Texto e fotos: Claudio Vicentin

 “Isso é Lamb Of God. (R.C.: Isso mesmo, do mais recente álbum). Não conheço todos os álbuns da banda de cor e salteado, mas gosto muito do estilo deles. Não sabia que essa música era do novo álbum, mas ela carrega algo do passado. É uma banda verdadeira e honesta ao seu estilo e por isso mesmo é difícil saber de qual álbum seria a música. Eles não desapontam seus fãs. (R.C.: O que você acha dos guitarristas?). Esses caras são muito bons. Eles têm um timbre muito próprio em cima de uma produção estranha, mas que funciona. (R.C.: Quase não existem solos em suas músicas). Sem solos, mas quando você escuta a música percebe que não há necessidade. Ninguém fica esperando pelo solo (risos). Muito bom que a banda tenha crescido e conquistado seu espaço em todo o mundo.”

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Lamb Of God – VII: Sturm und Drang

ETERNAL IDOLS – JIMMY BAIN

Por Ricardo Batalha James Stewart Bain, nascido em 19 de dezembro de 1947 na pequena Newtonmore, em Highland (ESC), nunca foi apontado como um “ás” do baixo. Sempre soube, porém, criar linhas marcantes e experimentar para que a seção rítmica das bandas que integrou se destacasse. Mais que isso, desde a adolescência Jimmy Bain se mostrava um compositor de mão cheia. Antes de se mudar para Vancouver (CAN), onde passou um período com seus pais e irmãos mais novos, já integrava o Street Noise. Na volta ao Reino Unido, sua aposta foi o Harlot, formado em janeiro de 1974 e no qual ocupava o posto de vocalista e baixista. Bain residia em Londres junto com alguns escoceses que trabalhavam como roadies. Fergie, um deles, foi quem o alertou que o guitarrista Ritchie Blackmore (ex-Deep Purple) estava procurando um baixista para o Rainbow. Assim,…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Abbath

Acid Witch

Amon Amarth

Anthrax

Anvil

Artillery

Autograph

Aversions Crown

Borknagar

Brainstorm

Broken Flesh

Brothers Of Sword

Bury Tomorrow

Caelestia

Cauldron

Church Of Misery

Circle II Circle

Dallton Santos

Das Projekt

Desdominus

D’Hanks

Dirtbag Republic

Disgrace And Terror

Dream Theater

Dying_Suffocation

Ghost Bath

Gus G

Hegemon

Imperative Music

Inglorious

Interceptor

Ivanhoe

Keter

Last In Line

Lost Society

Nashville Pussy

Nordjevel

Onslaught

Product Of Hate

Reckless

Rhapsody Of Fire

Septagon

Seven Keys

Sodomizer

Soto

The Cult

The Resistance

Utstøtt

Varathron

Witchcraft

Worst

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Timor Trail

Incarcehated

Apeyron

Underworld Secret

3cabezas

PROMOÇÃO AUDIO-TECHNICA:

A cada mês uma das bandas com resenha publicada na seção “Garage Demos” será premiada com um Microfone ATM 610 da Audio-Technica.

 

Bandas já premiadas em 2016:

Janeiro – Melyra

Fevereiro – Blacklist

Março -Incarcehated

CLASSICREW

Por Redação

1976

THE RUNAWAYS

The Runaways

É mais ou menos comum ouvir-se a expressão “banda armada” para aqueles grupos que não surgem espontaneamente, como entre amigos de escola que curtem o mesmo tipo de som. É questionável se essa prática é salutar ou não, mas, seja como for, ela existe há muito tempo – talvez o exemplo mais clássico seja o Sex Pistols, criado meticulosamente por Malcolm McLaren até que a coisa fugiu de seu controle.

E foi mais ou menos na mesma época em que McLaren lá em Londres tentava domesticar tipos como Johnny Rotten e Sid Vicious que, do outro lado do oceano, mais precisamente em Los Angeles, outro produtor, Kim Fowley, acabou reunindo cinco meninas muito jovens que queriam tocar Rock’n’Roll. Apesar de anos depois…

 

1986

SEPULTURA

Morbid Visions

Depois de todo o alvoroço causado pelo EP Bestial Devastation, lançado no famoso ‘split’ com o Overdose, o Sepultura começou a conquistar território, embora ainda fossem apenas garotos fazendo aquilo que gostavam: tocar Death Metal da forma mais rápida e satânica possível. Se essa época de ouro hoje ecoa como uma memória gloriosa para os fãs, na época Max Possessed, Jairo Tormentor, Paulo Destructor e Igor Skullcrusher eram apenas moleques sujos e maltrapilhos vindos de Belo Horizonte, sem instrumentos decentes, muito menos dinheiro para investir na banda.

Um release datilografado da época apenas comprovava este fato: “Banda formada em 1984, porém com um início muito ruim, sem aparelhagem, com pouca…

 

 

1996

ANGRA

Holy Land

Em meados dos anos 90, parecia que o Rock brasileiro tinha resolvido voltar os olhos (e os instrumentos) para o país. Senão, vejamos. Em 1994, o Raimundos lançou seu disco homônimo, que misturava letras sacanas com guitarras pesadas e muitos ritmos nordestinos. Já em março de 1996 (mais precisamente no dia 12), era a vez de o Sepultura assumir sua brasilidade em Roots, que teve até faixas gravadas em uma tribo xavante. Mas ninguém foi tão fundo nessa mistura de guitarras e Brasil como o Angra em Holy Land, que sucedeu o álbum de estreia, Angels Cry (1993).

O processo de composição do álbum aconteceu durante um período de quatro meses em que Andre Matos (vocal), Kiko Loureiro (guitarra e backing vocals), Rafael Bittencourt (guitarra e backing vocals), Luís Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) ficaram trabalhando num sítio no interior de São Paulo. De lá o quinteto saiu com um álbum…

2006

LAMB OF GOD

Sacrament

Sim, desde a segunda metade dos anos 90 que o cenário do Heavy Metal nos Estados Unidos ficou esquisito. Os gigantes sobreviveram, grande parte dos grupos menores não resistiu e o restante seguiu firme, mas não necessariamente forte – a projeção ficou bem menor, algumas vezes sendo apenas nostálgica. Primeiramente tomado pelo New Metal, o ‘mainstream’ americano em seguida ganharia vida com o que se convencionou chamar de New Wave Of American Heavy Metal. E é deste grupo bem mais qualificado musicalmente, digamos assim, que atualmente faz parte um dos principais nomes do Rock pesado na terra do Tio Sam: o Lamb Of God. E é curioso lembrar que já faz dez anos que saiu Sacrament, o álbum que transformou o quinteto de Richmond, capital do estado da Virgínia, num nome popular.

Quinto disco de estúdio do Lamb Of God – levando-se em consideração Burn The Priest

HIDDEN TRACKS – CHARIOT

Por Ricardo Batalha

Além de um comércio, as lojas de discos especializadas em Heavy Metal sempre foram um grande ponto de encontro de fãs e músicos. A troca de informações e as amizades criadas foram capazes de fazer com que bandas e até cenas fossem criadas a partir delas no Brasil e no exterior. Algumas, no entanto, foram além e viraram selos, como é o caso da inglesa Shades Records, localizada no bairro de Soho, em Londres. E foi através dos esforços do proprietário Mike Shannon e do gerente Dave Constable que a banda Chariot conseguiu aparecer para o mundo.

Até chegar ao line-up que gravou o ‘debut’ The Warrior (1984) – Pete Franklin (vocal e guitarra), Scott Biaggi (guitarra), John Smith (baixo) e Jeff Braithwaite (bateria) – o grupo, formado em meados de 1981, chegou a contar com o baterista francês Olivier Le Franc e o vocalista Gez. A história da saída de Gez é, no mínimo, curiosa. Tudo estava sendo preparado para mais uma apresentação da banda e, com a passagem de som feita,…

CLASSICOVER / LADO B+

Por Redação

ClassiCover –  Holy Diver

Ricardo Batalha

Melhor que simplesmente explicitar as referências para fazer o elo entre gerações, é se aventurar a gravar uma versão de alguma banda ou artista que serve de influência. O Killswitch Engage, um dos grandes nomes do Metalcore, fez isso em 2006 com sua versão para Holy Diver, faixa título do álbum de estreia do Dio.

Lançada originalmente em uma compilação da revista inglesa Kerrang!, High Voltage!: A Brief History Of Rock, e, posteriormente, como uma das faixas bônus do relançamento do quarto álbum de estúdio, As Daylight Dies (2006), ela rendeu até um bem-humorado clipe dirigido por Brian Thompson. Além disso, saiu como single em agosto de 2007, obtendo a 12ª...

Lado B+

Antonio Carlos Monteiro

Her Majesty

Beatles

Até minha avó sabe que, apesar de ter sido lançado antes de Let It Be (1970), Abbey Road (1969) é, de fato, o último disco dos Beatles. E não por acaso ele acaba com a música The End, tema de pouco mais de dois minutos escrito e cantado por Paul – até hoje ele encerra seus maravilhosos shows com essa canção. Só que quem deixa o disco correr mais vinte segundos se depara com outra composição de Macca, Her Majesty, ainda mais curta que a anterior (apenas 23 segundos, a menor que os Beatles gravaram em sua carreira). Nas primeiras versões do disco, essa música sequer era creditada na contracapa, tornando-se uma das mais antigas ‘hidden tracks’ da história do Rock..,.

PLAY LIST – BRIAN ROSS

Por Ricardo Batalha

Play List – Brian Ross (Blitzkrieg, Satan)

Inferno“Ela foi composta como parte de uma trilogia, pois quando a banda foi formada nós fizemos InfernoArmageddon Blitzkrieg. Durante muitos anos essa música serviu de abertura de nossos shows, sendo trocada algumas poucas vezes pela ArmageddonInferno é simples, mas marcante e os fãs sempre reagem bem nos shows, seja cantando ou agitando.”

Álbum: Blitzkrieg – A Time Of Changes (1985)

LIVE EVIL - STRATOVARIUS / TANKARD

Por Redação

Stratovarius

Carioca Club – São Paulo/SP

12 de fevereiro de 2016

Por Claudio Vicentin • Fotos: Fernando Pires

A perseverança de Jens Johansson e Timo Kotipelto em manter o Stratovarius vivo é digna de aplausos. Afinal, as brigas internas, as loucuras de Timo Tolkki e a troca de integrantes poderiam ter sido motivos plausíveis para sair de cena. Entretanto, além de continuar na ativa, a banda finlandesa hoje está consolidada com a formação atual e o álbum mais recente, Eternal (2015), trouxe um fôlego maior ainda por sua qualidade e por trazer de volta a qualidade de anos anteriores. O fato de a banda estar com um bom álbum para a turnê ajuda não somente em termos de set list, mas também na confiança e na vibração em cima do palco. Por isso mesmo, o show, se comparado com a turnê de 2013, foi mais impactante e o público estava empolgado, apoiando cada nota que o quinteto despejava.

A banda subiu ao palco executando My Eternal Dream e foi bem legal notar que Kotipelto estava muito bem, cantando com potência e muita atitude. A música também é bem propícia para a abertura de um show e isso ajudou demais na sequência com Eagleheart, de Elements Pt. 1, que tem uma levada muito boa, mais cadenciada e contrastando com a abertura. Problemas técnicos aqui e ali, mas rapidamente resolvidos, principalmente pelo som mais baixo da guitarra de Matias Kupiainen. Aliás, Matias já está bem adaptado e vem fazendo um bom trabalho, tanto nas músicas novas como nas mais antigas, em riffs e solos criados por Timo Tolkki… 

Tankard

Hangar 110 – São Paulo/SP

21 de fevereiro de 2016

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Fernando Pires

No Brasil, o Thrash Metal está no comando em 2016! Um mês após o show do Exodus em São Paulo, dessa vez foram os “mestres cervejeiros” do Tankard que desembarcaram na cidade para cumprir uma data única no país pela “Kings Of Beer Worldwide Tour”, que promove o álbum R.I.B. (2014). Apesar do domingo chuvoso, o Hangar 110 recebeu um bom público, que compareceu para prestigiar os alemães que já haviam nos visitado em 2007 e 2013.

Com 33 anos de experiência e dezesseis álbuns de estúdio na bagagem, o grupo, que há dezoito anos tem em sua formação o guitarrista Andreas “Andi” Gutjahr e o baterista Olaf Zissel, mais os membros fundadores Andreas “Gerre” Geremia (vocal) e Frank Thorwarth (baixo), pôs a introdução mecânica para rodar pontualmente às 20h e entrou detonando com a clássica Zombie Attack. Pronto! Estava dada a largada para os ‘stage divings’. De cara, Gerre quis saber: “Vocês estão prontos para o Thrash Metal ‘old school’ e para a manhã seguinte?” Era a deixa para The Morning After, que tratou de manter a euforia dos fãs, antes de os quatro executarem a primeira de seu novo álbum, a bem recebida Fooled By Your Guts.

Todos sabem o quanto o Tankard sempre fez questão de exaltar o Metal, a cerveja, o futebol e as mulheres (não necessariamente nessa ordem), e elas foram motivo de elogio do fanfarrão vocalista, que se disse impressionado pela beleza das garotas que estavam presentes no show, dedicando a elas a música The Beauty And The Beast

COLLECTION – DARKTHRONE

Por Valtemir Amler Um dos mais notórios nomes do Black Metal mundial, o Darkthrone iniciou a sua jornada em 1986, em Oslo (NOR), sob o nome Black Death. Praticando um Death Metal vigoroso e fortemente influenciado pelas bandas clássicas dos Estados Unidos, a banda depois não só sofreu alterações em sua formação, como mudou o nome para Darkthrone. Com um contrato assinado com a gravadora inglesa Peaceville, com a qual permanece até hoje, o grupo lançou o ‘debut’, Soulside Journey, um valoroso disco de Death Metal em que se encontram referências à escola sueca de nomes como Carnage, Entombed e Dismember. Após novas mudanças na formação, o Darkthrone alterou drasticamente sua sonoridade, partindo para o Black Metal e se tornando referência já em seu segundo álbum, A Blaze In The Northern Sky. Após estabilizar o line-up com o baterista fundador Gylve “Fenriz” Nagell e o vocalista Ted “Nocturno Culto” Skjellum, a banda ainda viria a alterar mais uma vez seu som, buscando nos clássicos do Speed Metal dos anos 80 a fonte de inspiração para sua crescente e excelente discografia…

BACKGROUND – VENOM – PARTE FINAL

Por Valtemir Amler Após o triunfal retorno da formação original em Cast In Stone, Cronos viu o Venom perder o baterista Abaddon e trouxe seu irmão Antton para o time. Assim, o novo trio – Cronos, Mantas e Antton – lançou Resurrection (2000). Entretanto, após o lançamento foi a vez de o guitarrista Mantas abandonar o barco e os irmãos Lant tiveram que escolher se queriam seguir em frente ou deixar a banda de lado. Escolhendo a primeira alternativa, Cronos e Antton se juntaram novamente a Mike Hickey, que já havia tocado com o Venom em Calm Before The Storm (1987), para darem início a um ambicioso e arriscado projeto. O próximo disco de estúdio seria um desafio, já que pela primeira vez o Venom lançaria um trabalho com apenas um único membro da formação original. Como consequência, novamente existia mais desconfiança do que triunfo nos horizontes da banda. Apenas para aumentar ainda mais a polêmica que já existia, o Venom decidiu batizar o álbum com um nome que remetia diretamente ao passado, mais precisamente ao seu maior clássico, gravado no auge da formação original.

PROFILE - GERMANO MONTEIRO (OBSKURE)

Por Ricardo Batalha

Primeiro disco que comprou:

 “Iron Maiden – Live After Death.”

POSTER – NIGHTWISH

Por Redação Nightwish – Endless Forms Most Beautiful
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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