Há trinta anos o Dream Theater vem se desenvolvendo continuamente e, disco após disco, provou não ser um grupo saudosista ou acomodado. Desde o primeiro lançamento, When Day And Dream Unite (1989), mostrou personalidade…
Edição #206
R$29,00
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Blind
DREAM THEATER
AVANTASIA
SAXON
PRONG
KAMPFAR
HATE ETERNAL
TRIVIUM
NEXT TO NONE
THE WINERY DOGS
ENFORCER
PRIMAL FEAR
“Desculpe-me pelo atraso, Daniel. Estava cuidando de alguns impostos no departamento responsável aqui, o que é horrível.”
“Sem problema. No Brasil trabalhamos cinco meses apenas para pagar impostos, então posso imaginar como é horrível.”
“Mais ou menos como aqui. É sempre uma situação delicada, então gosto de resolver logo. Mas está tudo bem agora e o importante é que podemos conversar.”
Sim, foi desta maneira que começou a entrevista com Mat Sinner, baixista do Primal Fear. E o clima mais descontraído não pedia comparações entre Alemanha e Brasil sobre o retorno que cada população tem com esses impostos. Pediu, na verdade, um animado bate-papo sobre Rulebreaker, 11º disco de estúdio do sexteto alemão – completado por Ralf Scheepers (vocal), Magnus Karlsson, Alex Beyrodt e Tom Naumann (guitarras) e Francesco Jovino (bateria). Pediu também uma opinião bem franca sobre o atual momento da indústria musical, mais especificamente os serviços de ‘streaming’. Confira e saiba também quando a banda volta ao Brasil.
DENNER/SHERMANN
EDITORIAL
De geração em geração, uma história sem fim
Duas das matérias que publicamos nesta edição – com The Winery Dogs e Next To None – ilustram bem a frase que dá título a este editorial, e provam que a constante oxigenação do cenário do Rock/Heavy Metal é uma realidade que só não vê quem não quer. Mike Portnoy seguramente está muito orgulhoso de seu filho Max, que seguiu seus passos na profissão, inclusive na escolha do mesmo instrumento, a bateria, assim como o fizeram outros filhos de gênios das baquetas: Zak Starkey, filho do Beatle Ringo Starr, e Jason, filho de John Bonham do Led Zeppelin. Como em qualquer outra atividade, a cobrança em relação ao trabalho desses herdeiros é sempre maior por causa da natural comparação que se pode fazer do desempenho deles com o talento já demonstrado pelos pais. Mas essa discussão é irrelevante, pois o que realmente interessa é que continua aparecendo gente nova criando arte musical no mundo do Rock e, ao mesmo tempo, os antigos astros permanecem fazendo o som rolar pesado até o último momento de suas vidas.
A palavra “renovação” não se aplica no caso do Rock porque não se dá uma substituição do que existia anteriormente. Simplesmente o que surge de novidade passa a ser incorporado ao acervo do que já foi criado durante anos e anos, desde a década de 1950. Todas as ramificações de estilo deste gênero musical, que surgiram com o passar do tempo, permanecem ativas, algumas com maior, outras com menor número de seguidores, mas jamais foram abandonadas.
Também não faz sentido a preocupação de alguns fãs ou o desejo de profetas “do contra” que vaticinam a morte do Rock. O próprio Mick Jagger, que acaba de passar pelo Brasil com uma extremamente bem-sucedida turnê lotando estádios com os Rolling Stones, chegou a duvidar que ao atingir sua fase adulta, depois dos 30 anos de idade, estaria cantando e agitando nos palcos com sua banda. Mas ele ainda não tinha notado que o mundo havia passado por profundas mudanças culturais, sociais e de comportamento nos anos 1960, e o Rock ‘n’ Roll estava estabelecido como uma forma de manifestação artística que se esparramou pelo mundo como jamais havia acontecido com qualquer tipo de música.
Foi com os Beatles que os shows evoluíram dos clubes e teatros para serem realizados pela primeira vez num estádio, em Nova York (1965). Nas décadas seguintes o gigantismo dos eventos explodiu e, até hoje, uma quantidade enorme de bandas se tornou atração suficientemente importante para que suas apresentações obrigatoriamente sejam realizadas em grandes arenas. É verdade que desde a década de 1990, quando o Metallica atingiu o auge de sua popularidade, não apareceu um novo nome que, sozinho, encha estádios, mas, por outro lado, cresceu demais a quantidade de novos grupos que passaram a ter acesso ao mercado musical com as facilidades que a tecnologia tem proporcionado. Além disso, existem festivais que se tornaram muito grandes sem depender de headliners considerados como mega atrações. Portanto, headbangers, não se preocupem, essa história nunca vai ter fim.
Airton Diniz
CENÁRIO
MAD DRAGZTER: “METAL NO BRASIL É COISA DE HERÓI”
A música pesada no mundo é sinônimo de incertezas. Não basta a aceitação dos fãs e críticas favoráveis para que seu trabalho seja bem sucedido. Um exemplo desta triste estatística são os thrashers do Mad Dragzter. Após excelentes críticas do álbum Killing The Devil Inside (2006), a banda encerrou atividades. Retornando tempos depois, Tiago Torres (vocal e guitarra), Gabriel Spazziani (guitarra), Armando Benedetti (baixo) e Eric Claros (bateria) levaram oito anos para lançar seu terceiro trabalho de estúdio, Master Of Space And Time (2015). Em entrevista para a ROADIE CREW, Tiago fala do novo disco, dos planos para apresentações e as novidades nas letras do grupo.
CAPADOCIA: COLOCANDO A MÁQUINA PRA FUNCIONAR
A ideia era formar uma nova banda no Brasil depois de uma temporada na Europa. E com Marcio Garcia (guitarrista, ex-Postwar), Gustavo Tognetti (baixista, ex-SkinCulture) e Palmer de Maria (baterista, Choldra, ex-Retturn), Baffo Neto (vocal e guitarra, ex-Retturn) conseguiu criar uma nova fase na carreira com o Capadocia. O grupo vem promovendo Leader’s Speech, álbum de estreia lançado em 2014 e divulgado ao longo do ano passado. Falamos com Baffo para saber alguns detalhes do disco e sobre Max Cavalera, com quem irão se reencontrar em breve para abrir os shows da nova turnê do Soufly pela América do Sul, a “Archangel South American Tour”.
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
COLUNISTAS
Há pouco menos de dois anos parei de ler a ROADIE CREW e no mês de março/2015 voltei a acompanhá-la. Notei três mudanças significativas: mais espaço destinado aos artistas brasileiros, menos aos colunistas (pelo menos é a impressão que tive) e perguntas mais elaboradas. Quanto às bandas nacionais, não resta dúvida de sua qualidade (busco escutá-las e não decepcionam) e merecem até mais espaço que as estrangeiras, apesar dessas serem mais famosas, porém não mais competentes que aquelas. Os colunistas precisam de mais páginas. Eles trazem informações de bastidores pouco exploradas, adentram na história de grupos obscuros e historiam o desenvolver de grupos surgidos em épocas remotas. Enfim, fogem do lugar comum de perguntas e respostas dos grupos em evidência (são pensadores e filósofos a serviço do Rock em geral). Em relação às perguntas, elas sempre estão passíveis de aprimoramento e este ofício somente é desenvolvido por quem entende do assunto (e não é mero “ouvidor” de Rock). A revista mostra investimento no fator humano e não se limita ao campo visual. Sem arrependimento de voltar a ser leitor da ROADIE CREW. Grana bem investida. Abraços.
Brenno Amazonas Galvão
Caruaru/PE
Bem, nós acrescentamos mais um colunista, Luiz Cesar Pimentel (“Brotherhood”), e, eventualmente, também escrevo o “Campo de Batalha”. Portanto, aumentamos o número de colunistas. Mas, de fato, precisaríamos de mais 100 páginas para tratar de tudo que chega à redação, meu amigo. Infelizmente, o momento não é propício para grandes saltos. Estamos tentando, como sempre, balancear bem a revista. Muito obrigado por voltar a estar conosco. Grande abraço e boa leitura. (Ricardo Batalha)
BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA
Backspage
Vitão Bonesso (*)
Phil Anselmo… Não foi a primeira vez!
Acima de ser crime, a intolerância racial e o preconceito em geral são nojentos e inaceitáveis, seja qual for o segmento social. Na história do Rock’n’Roll temos exemplos e fatos ocorridos desde os primórdios. Vale lembrar que a origem do estilo se deu com o Blues, no início do século passado. O Blues foi criado pelos negros e em meados dos anos 40 teve seu ritmo acelerado, surgindo o Rhythm’n’Blues. Na década seguinte, ele se misturaria ao Swing das ‘big bands’, se tornando o Rock’n’Roll. Consta que o primeiro Rock’n’Roll genuíno, Rocket 88, teria sido composto e gravado por Ike Turner e a banda Jackie Brenston & Della Cats em 1951. Ike era negro e nada aconteceu.
A coroa de Rei do Rock’n’Roll seria conferida anos depois a Elvis Presley, branco, boa pinta. Muitos negros envolvidos com o Rock’n’Roll sofreram com o racismo no Estados Unidos. Little Richard talvez tenha sido o alvo principal de tais ataques, já que era negro e homossexual.
Partindo para o Heavy Metal, já na década de 70, o guitarrista Ted Nugent foi o mais notório a despejar a sua insatisfação com a presença de imigrantes latinos na América do Norte. Seja durante suas apresentações ou mesmo em declarações raivosas…
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel (*)
Phil Anselmo é o cara mais burro do mundo do Metal
Se você ainda não sabe, no dia 22 de janeiro ele conseguiu protagonizar a cena mais estúpida do ano em exatos nove segundos ao fazer o gesto de saudação nazista durante show e gritar “white power”. Isso tudo durante apresentação beneficente que leva o nome do guitarrista de sua ex-banda, o Pantera. Ou seja, ofendeu mais de metade da população mundial religiosa e racialmente.
Aparentemente não se contenta com isso, dado seu histórico.
Ponto um (para contextualizar a dimensão da burrice do cara) é que viramos um universo inteiro de vigias. O mundo anda incrivelmente mais chato por conta disso. Hoje todo mundo tem uma câmera à mão (no celular), todo mundo registra TUDO e foi criada uma legião de humilhados e ofendidos (só para citar meu ídolo Dostoiévski) a partir disso. Qualquer coisa que você poste vai ofender alguém. Isso é batata.
Não estou falando isso em defesa do vocalista, pois o que ele fez é indefensável, além de ter soltado depois uma esfarrapadíssima desculpa de que o “white power” se referia ao poder do vinho branco que vinha tomando a noite toda…
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)
A arte de contar a história
Na última edição, trouxemos um pouco da história com a qual tivemos contato ao visitar o Sun Studio, na cidade de Memphis, Tennessee (EUA), considerado o local onde nasceu o Rock’n’Roll. No entanto, não fosse a forma como esse ambiente é valorizado, ele ficaria restrito às visitas apenas de conhecedores de Rock e não de turistas e curiosos em geral.
Abrindo um parêntese, o cuidado com a cultura naquele país acontece não apenas no segmento musical, mas com todo tipo de entretenimento. Praticamente todas as cidades de médio e grande porte possuem um centro de informações turísticas, além daqueles existentes nas estradas e que abrangem pontos de interesse de uma vasta região. Ao entrar em um local deste tipo você invariavelmente é bem recebido e tem acesso a ‘folders’ das mais diversas atrações, o que é fundamental, mesmo existindo sites e aplicativos específicos para viagens.
Já falamos aqui sobre o ótimo EMP Museum de Seattle que visitamos em 2014. E agora o giro pelas cidades americanas da música (New Orleans, Memphis e Nashville) confirma o cuidado dos americanos em preservar e divulgar seus legados.
Voltando a Memphis, a cidade abriga Graceland, a mansão do Rei Elvis Presley, onde ele morreu em 1977 e onde está o seu túmulo. A propriedade é aberta a visitação e recebe mais de 650 mil pessoas por ano! Foi o primeiro local relacionado ao Rock a entrar para o Registro Nacional de Lugares Históricos no país, em 1991.
Campo de Batalha
Ricarco Batalha
PAU!!!
Muita gente entrou em contato comigo recentemente para comentar sobre o quanto gostaram do documentário “Woodstock – Mais Que Uma Loja” (2014), dirigido por Wladymir Cruz e que, após sair em DVD e ser exibido em algumas salas de cinema, está disponível para assinantes do Netflix. Realmente, todos os depoimentos foram carregados de emoção, que foi justamente o meu caso. Afinal, nasci duas vezes: na maternidade São Paulo e na Woodstock Discos, quando ainda era localizada na rua José Bonifácio.
A loja foi a minha “escola do Rock” e meu professor foi Walcir Chalas. Sempre fui um aluno dedicado nesta matéria e, por isso, me sinto na obrigação de lembrar que há exatos trinta anos ia ao ar, por meio da 89FM de São Paulo, o programa Comando Metal, produzido e apresentado pelo professor Chalas sempre aos sábados, às 17h.
Os fãs da música pesada ficaram animados com a notícia de mais um programa dedicado ao Heavy Metal nas rádios. A partir de então, as novidades iriam ao ar não só pela Sessão Rockambole (97 FM), do “Capitão de Aço” Beto Peninha, ou pela Rádio Corsário (Imprensa FM 102.5), de Julio Viseu (ex-Antro do Mal), Carlos Bacalhau (ex-Antro) e Luiz Heavy. O professor, agora, nos faria ficar semanalmente segurando o dedo no ‘pause’ do Tape Deck. “O Comando Metal foi ao ar em março de 1986 e sempre procurei mostrar tudo que acontecia na cena.
BLIND EAR – OLA ENGLUND (THE HAUNTED)
Texto e fotos: Claudio Vicentin
“Isso é Lamb Of God. (R.C.: Isso mesmo, do mais recente álbum). Não conheço todos os álbuns da banda de cor e salteado, mas gosto muito do estilo deles. Não sabia que essa música era do novo álbum, mas ela carrega algo do passado. É uma banda verdadeira e honesta ao seu estilo e por isso mesmo é difícil saber de qual álbum seria a música. Eles não desapontam seus fãs. (R.C.: O que você acha dos guitarristas?). Esses caras são muito bons. Eles têm um timbre muito próprio em cima de uma produção estranha, mas que funciona. (R.C.: Quase não existem solos em suas músicas). Sem solos, mas quando você escuta a música percebe que não há necessidade. Ninguém fica esperando pelo solo (risos). Muito bom que a banda tenha crescido e conquistado seu espaço em todo o mundo.”
512
Lamb Of God – VII: Sturm und Drang
ETERNAL IDOLS – JIMMY BAIN
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY
Releases
Nesta edição:
Abbath
Acid Witch
Amon Amarth
Anthrax
Anvil
Artillery
Autograph
Aversions Crown
Borknagar
Brainstorm
Broken Flesh
Brothers Of Sword
Bury Tomorrow
Caelestia
Cauldron
Church Of Misery
Circle II Circle
Dallton Santos
Das Projekt
Desdominus
D’Hanks
Dirtbag Republic
Disgrace And Terror
Dream Theater
Dying_Suffocation
Ghost Bath
Gus G
Hegemon
Imperative Music
Inglorious
Interceptor
Ivanhoe
Keter
Last In Line
Lost Society
Nashville Pussy
Nordjevel
Onslaught
Product Of Hate
Reckless
Rhapsody Of Fire
Septagon
Seven Keys
Sodomizer
Soto
The Cult
The Resistance
Utstøtt
Varathron
Witchcraft
Worst
GARAGE DEMOS
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Timor Trail
Incarcehated
Apeyron
Underworld Secret
3cabezas
PROMOÇÃO AUDIO-TECHNICA:
A cada mês uma das bandas com resenha publicada na seção “Garage Demos” será premiada com um Microfone ATM 610 da Audio-Technica.
Bandas já premiadas em 2016:
Janeiro – Melyra
Fevereiro – Blacklist
Março -Incarcehated
CLASSICREW
1976
THE RUNAWAYS
The Runaways
É mais ou menos comum ouvir-se a expressão “banda armada” para aqueles grupos que não surgem espontaneamente, como entre amigos de escola que curtem o mesmo tipo de som. É questionável se essa prática é salutar ou não, mas, seja como for, ela existe há muito tempo – talvez o exemplo mais clássico seja o Sex Pistols, criado meticulosamente por Malcolm McLaren até que a coisa fugiu de seu controle.
E foi mais ou menos na mesma época em que McLaren lá em Londres tentava domesticar tipos como Johnny Rotten e Sid Vicious que, do outro lado do oceano, mais precisamente em Los Angeles, outro produtor, Kim Fowley, acabou reunindo cinco meninas muito jovens que queriam tocar Rock’n’Roll. Apesar de anos depois…
1986
SEPULTURA
Morbid Visions
Depois de todo o alvoroço causado pelo EP Bestial Devastation, lançado no famoso ‘split’ com o Overdose, o Sepultura começou a conquistar território, embora ainda fossem apenas garotos fazendo aquilo que gostavam: tocar Death Metal da forma mais rápida e satânica possível. Se essa época de ouro hoje ecoa como uma memória gloriosa para os fãs, na época Max Possessed, Jairo Tormentor, Paulo Destructor e Igor Skullcrusher eram apenas moleques sujos e maltrapilhos vindos de Belo Horizonte, sem instrumentos decentes, muito menos dinheiro para investir na banda.
Um release datilografado da época apenas comprovava este fato: “Banda formada em 1984, porém com um início muito ruim, sem aparelhagem, com pouca…
1996
ANGRA
Holy Land
Em meados dos anos 90, parecia que o Rock brasileiro tinha resolvido voltar os olhos (e os instrumentos) para o país. Senão, vejamos. Em 1994, o Raimundos lançou seu disco homônimo, que misturava letras sacanas com guitarras pesadas e muitos ritmos nordestinos. Já em março de 1996 (mais precisamente no dia 12), era a vez de o Sepultura assumir sua brasilidade em Roots, que teve até faixas gravadas em uma tribo xavante. Mas ninguém foi tão fundo nessa mistura de guitarras e Brasil como o Angra em Holy Land, que sucedeu o álbum de estreia, Angels Cry (1993).
O processo de composição do álbum aconteceu durante um período de quatro meses em que Andre Matos (vocal), Kiko Loureiro (guitarra e backing vocals), Rafael Bittencourt (guitarra e backing vocals), Luís Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) ficaram trabalhando num sítio no interior de São Paulo. De lá o quinteto saiu com um álbum…
2006
LAMB OF GOD
Sacrament
Sim, desde a segunda metade dos anos 90 que o cenário do Heavy Metal nos Estados Unidos ficou esquisito. Os gigantes sobreviveram, grande parte dos grupos menores não resistiu e o restante seguiu firme, mas não necessariamente forte – a projeção ficou bem menor, algumas vezes sendo apenas nostálgica. Primeiramente tomado pelo New Metal, o ‘mainstream’ americano em seguida ganharia vida com o que se convencionou chamar de New Wave Of American Heavy Metal. E é deste grupo bem mais qualificado musicalmente, digamos assim, que atualmente faz parte um dos principais nomes do Rock pesado na terra do Tio Sam: o Lamb Of God. E é curioso lembrar que já faz dez anos que saiu Sacrament, o álbum que transformou o quinteto de Richmond, capital do estado da Virgínia, num nome popular.
Quinto disco de estúdio do Lamb Of God – levando-se em consideração Burn The Priest…
HIDDEN TRACKS – CHARIOT
Além de um comércio, as lojas de discos especializadas em Heavy Metal sempre foram um grande ponto de encontro de fãs e músicos. A troca de informações e as amizades criadas foram capazes de fazer com que bandas e até cenas fossem criadas a partir delas no Brasil e no exterior. Algumas, no entanto, foram além e viraram selos, como é o caso da inglesa Shades Records, localizada no bairro de Soho, em Londres. E foi através dos esforços do proprietário Mike Shannon e do gerente Dave Constable que a banda Chariot conseguiu aparecer para o mundo.
Até chegar ao line-up que gravou o ‘debut’ The Warrior (1984) – Pete Franklin (vocal e guitarra), Scott Biaggi (guitarra), John Smith (baixo) e Jeff Braithwaite (bateria) – o grupo, formado em meados de 1981, chegou a contar com o baterista francês Olivier Le Franc e o vocalista Gez. A história da saída de Gez é, no mínimo, curiosa. Tudo estava sendo preparado para mais uma apresentação da banda e, com a passagem de som feita,…
CLASSICOVER / LADO B+
ClassiCover – Holy Diver
Ricardo Batalha
Melhor que simplesmente explicitar as referências para fazer o elo entre gerações, é se aventurar a gravar uma versão de alguma banda ou artista que serve de influência. O Killswitch Engage, um dos grandes nomes do Metalcore, fez isso em 2006 com sua versão para Holy Diver, faixa título do álbum de estreia do Dio.
Lançada originalmente em uma compilação da revista inglesa Kerrang!, High Voltage!: A Brief History Of Rock, e, posteriormente, como uma das faixas bônus do relançamento do quarto álbum de estúdio, As Daylight Dies (2006), ela rendeu até um bem-humorado clipe dirigido por Brian Thompson. Além disso, saiu como single em agosto de 2007, obtendo a 12ª...
Lado B+
Antonio Carlos Monteiro
Her Majesty
Beatles
Até minha avó sabe que, apesar de ter sido lançado antes de Let It Be (1970), Abbey Road (1969) é, de fato, o último disco dos Beatles. E não por acaso ele acaba com a música The End, tema de pouco mais de dois minutos escrito e cantado por Paul – até hoje ele encerra seus maravilhosos shows com essa canção. Só que quem deixa o disco correr mais vinte segundos se depara com outra composição de Macca, Her Majesty, ainda mais curta que a anterior (apenas 23 segundos, a menor que os Beatles gravaram em sua carreira). Nas primeiras versões do disco, essa música sequer era creditada na contracapa, tornando-se uma das mais antigas ‘hidden tracks’ da história do Rock..,.
PLAY LIST – BRIAN ROSS
Play List – Brian Ross (Blitzkrieg, Satan)
Inferno: “Ela foi composta como parte de uma trilogia, pois quando a banda foi formada nós fizemos Inferno, Armageddon e Blitzkrieg. Durante muitos anos essa música serviu de abertura de nossos shows, sendo trocada algumas poucas vezes pela Armageddon. Inferno é simples, mas marcante e os fãs sempre reagem bem nos shows, seja cantando ou agitando.”
Álbum: Blitzkrieg – A Time Of Changes (1985)
LIVE EVIL - STRATOVARIUS / TANKARD
Stratovarius
Carioca Club – São Paulo/SP
12 de fevereiro de 2016
Por Claudio Vicentin • Fotos: Fernando Pires
A perseverança de Jens Johansson e Timo Kotipelto em manter o Stratovarius vivo é digna de aplausos. Afinal, as brigas internas, as loucuras de Timo Tolkki e a troca de integrantes poderiam ter sido motivos plausíveis para sair de cena. Entretanto, além de continuar na ativa, a banda finlandesa hoje está consolidada com a formação atual e o álbum mais recente, Eternal (2015), trouxe um fôlego maior ainda por sua qualidade e por trazer de volta a qualidade de anos anteriores. O fato de a banda estar com um bom álbum para a turnê ajuda não somente em termos de set list, mas também na confiança e na vibração em cima do palco. Por isso mesmo, o show, se comparado com a turnê de 2013, foi mais impactante e o público estava empolgado, apoiando cada nota que o quinteto despejava.
A banda subiu ao palco executando My Eternal Dream e foi bem legal notar que Kotipelto estava muito bem, cantando com potência e muita atitude. A música também é bem propícia para a abertura de um show e isso ajudou demais na sequência com Eagleheart, de Elements Pt. 1, que tem uma levada muito boa, mais cadenciada e contrastando com a abertura. Problemas técnicos aqui e ali, mas rapidamente resolvidos, principalmente pelo som mais baixo da guitarra de Matias Kupiainen. Aliás, Matias já está bem adaptado e vem fazendo um bom trabalho, tanto nas músicas novas como nas mais antigas, em riffs e solos criados por Timo Tolkki…
Tankard
Hangar 110 – São Paulo/SP
21 de fevereiro de 2016
Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Fernando Pires
No Brasil, o Thrash Metal está no comando em 2016! Um mês após o show do Exodus em São Paulo, dessa vez foram os “mestres cervejeiros” do Tankard que desembarcaram na cidade para cumprir uma data única no país pela “Kings Of Beer Worldwide Tour”, que promove o álbum R.I.B. (2014). Apesar do domingo chuvoso, o Hangar 110 recebeu um bom público, que compareceu para prestigiar os alemães que já haviam nos visitado em 2007 e 2013.
Com 33 anos de experiência e dezesseis álbuns de estúdio na bagagem, o grupo, que há dezoito anos tem em sua formação o guitarrista Andreas “Andi” Gutjahr e o baterista Olaf Zissel, mais os membros fundadores Andreas “Gerre” Geremia (vocal) e Frank Thorwarth (baixo), pôs a introdução mecânica para rodar pontualmente às 20h e entrou detonando com a clássica Zombie Attack. Pronto! Estava dada a largada para os ‘stage divings’. De cara, Gerre quis saber: “Vocês estão prontos para o Thrash Metal ‘old school’ e para a manhã seguinte?” Era a deixa para The Morning After, que tratou de manter a euforia dos fãs, antes de os quatro executarem a primeira de seu novo álbum, a bem recebida Fooled By Your Guts.
Todos sabem o quanto o Tankard sempre fez questão de exaltar o Metal, a cerveja, o futebol e as mulheres (não necessariamente nessa ordem), e elas foram motivo de elogio do fanfarrão vocalista, que se disse impressionado pela beleza das garotas que estavam presentes no show, dedicando a elas a música The Beauty And The Beast…
COLLECTION – DARKTHRONE
BACKGROUND – VENOM – PARTE FINAL
PROFILE - GERMANO MONTEIRO (OBSKURE)
Primeiro disco que comprou:
“Iron Maiden – Live After Death.”
POSTER – NIGHTWISH
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |