Esmorecer ou afrouxar certamente não são palavras contidas no dicionário viking dos componentes do Amon Amarth. De Tumba, na Suécia, para o mundo, o grupo trabalhou para conquistar sua base de fãs começando com Once Sent From The Golden Hall (1998)…
Edição #207
R$29,00
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AMON AMARTH
AUTOGRAPH
LOST SOCIETY
RESURRECTION KINGS
JUDAS PRIEST
SATAN
ARIA
PAUL STANLEY
AXEL RUDI PELL
BORKNAGAR
EVIL INVADERS
EDITORIAL
Rock: verdadeiro símbolo de liberdade
É incontestável o fato de que o Rock tem um significado muito maior do que um simples gênero musical, e se tornou um componente de integração cultural no mundo inteiro. Mesmo as mais descaradas ditaduras comunistas já não conseguem manter fechados os portões de suas muralhas para o que, cinicamente, eles classificam de “música de ‘yankees’ imperialistas”. Por isso chega a ser irônico lembrar que a primeira banda de Heavy Metal a tocar em Cuba foi o Sepultura, banda brasileira que em 2008 se apresentou num local chamado “Tribuna Antiimperialista de Havana”. E agora em março de 2016 os Rolling Stones, representantes do Império Britânico (não ianque, portanto), também tiveram a oportunidade de mostrar seu Rock’n’Roll na ilha, para a satisfação dos cubanos que têm bom gosto musical.
Coincidentemente, nesta edição publicamos a entrevista com a banda Aria, que é de Moscou, na Rússia, o berço do regime totalitário que por algum tempo influenciou algumas cabeças ambiciosas (materialmente falando) e metidas a donas da verdade. O baixista Vitaly Dubinin nos fala sobre a cena russa e a heroica trajetória do Aria em mais de 30 anos de carreira convivendo com perseguições e repressão explicita, um tipo de dificuldade que faz parecer um “refresco” o calvário que muitas bandas brasileiras enfrentam para trabalhar com Metal. Nós já havíamos publicado anteriormente (edição #198) a matéria com o Skyforger, da Letônia, onde o guitarrista Peteris Kvetkovskis nos relatou as agruras pelas quais todo o cenário do Rock/Metal já passou no país dele.
No mundo das ideologias ridículas os fanáticos conservadores de direita (onde se inclui fundamentalistas de várias religiões) nunca aceitaram o Rock como elemento da cultura universal, enquanto os fanáticos de esquerda (onde se inclui fundamentalistas não-religiosos que mesmo sendo ateus não têm escrúpulo em usar, retoricamente, causas sociais defendidas pelas igrejas) sempre encararam o Rock como uma ameaça à sua ambição de poder porque o Rock representa o que há de mais autêntico no conceito de liberdade cultural e social.
No Brasil há uma lenda de que o Rock era tido como coisa de “cabeludo subversivo” durante o regime militar, o que não corresponde à verdade, absolutamente. E afirmo isso com a convicção de quem viveu, literalmente, a realidade desse tempo, portanto eu não “ouvi falar” nem li isso escrito por alguém querendo empurrar goela abaixo uma falsidade ideológica. Quem perseguiu os que curtiam Rock naquela época eram os comunistas e “intelectuais de botequim” que queriam exterminar os “cabeludos que gostavam de música americana”. Notou o detalhe? Eles chamavam de “música americana” o Rock tocado por Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, etc (todos ingleses e, na maioria, oriundos da classe operária). Havia um movimento ridículo querendo impedir a participação de bandas que usassem guitarra nos festivais da Record (maiores festivais de música naqueles anos). E não eram os militares que queriam impor essa discriminação sobre nós, mas sim os pseudo-intelectuais e os “astros da música brasileira”, tipo bossa nova, incluindo alguns que até hoje mamam nas tetas do governo..
Airton Diniz
CENÁRIO
BRASIL HEAVY METAL: DO SONHO À REALIDADE
Sabe quando você conta um fato a uma pessoa e ela lhe responde: “Essa história renderia um filme…”? Pois a do Heavy Metal no Brasil certamente não só vale, como ganhou um. Graças à luta incessante do diretor e idealizador Ricardo “Micka” Michaelis (Santuário, Extravaganza, Naja), o projeto “Brasil Heavy Metal” está em sua reta final. Conversamos com ele para saber os motivos da demora e falar do sucesso em relação ao financiamento coletivo.
APOPHIZYS: A NOVA GERAÇÃO DO METAL GAÚCHO
Mantendo a tradição de revelar excelentes bandas, o Rio Grande do Sul sempre teve uma queda forte pelo Metal Extremo, não sendo à toa que de lá surgiram nomes como Krisiun, Rebaelliun, Nephast e Abominattion, dentre inúmeros outros. E o interior gaúcho, mais uma vez, apresenta um forte candidato a revelação do Death Metal, o Apophizys. Se para chegar ao lançamento de Into The Chaos (2015) a banda teve que batalhar intensamente, agora cabe a Ederson Aguirre (vocal), Juliano dos Santos e Arthur Navarini (guitarras), Daigo Darrel (baixo) e Luana Dametto (bateria) a tarefa de colher os frutos desta elogiosa estreia. Luana nos deu mais detalhes sobre a trajetória do Apophizys e explicou como é moldada a sonoridade da banda
MARILLION: NOVO DISCO E A CAMINHO DO BRASIL
Resumir a extensa carreira do Marillion em algumas linhas não é justo, ainda mais quando os ingleses se preparam para o lançamento do seu décimo oitavo disco de estúdio e para mais uma passagem pela América do Sul. Em mais de trinta anos lançando álbuns, a banda sempre mostrou muita versatilidade e criatividade. Tal característica rendeu uma base de fãs sólida, milhares de álbuns vendidos e até convenções próprias. Agora, Steve Hogarth (vocal), Steve Rothery (guitarra), Pete Trewavas (baixo), Ian Mosley (bateria) e Mark Kelly (teclados) estão prestes a desembarcar mais uma vez no Brasil para uma sequência de shows e a ROADIE CREW conversou com Mosley sobre as apresentações, sobre o novo disco que está sendo preparado e sobre a convenção temática do grupo.
ROT: RETORNAR E DESTRUIR
Tente imaginar a sensação de uma lobotomia feita com britadeira – se tal ideia precisasse de uma tradução musical, esta seria Nowhere, EP que marca o retorno do Rot, maior nome do Grindcore brasileiro em todos os tempos, após quatro anos de retiro. E que tremenda retomada: Marcelo e Marcolino (vocais), Mendigo (guitarra), Alex (baixo) e Rafael (bateria) destroçam o que surge pela frente com doze torpedos do mais puro e meteórico Grind. Chamamos Marcelo para trocar com a ROADIE CREW algumas impressões sobre o momento vivido pelo grupo paulista.!
INSANE DEVOTION: RESSURGIDO E AINDA MAIS DEDICADO
Devido a frequentes instabilidades para se manter ativo e produtivo, e também por não se promover ao vivo (em vinte anos de carreira, fez apenas dois shows), o Insane Devotion não consegue projetar tanto seu nome e atingir uma repercussão à altura do seu trabalho. Entretanto, os materiais esporádicos que lança são sinônimo de capricho e dedicação. Com Infidel, o segundo ‘full length’, que ainda traz o ótimo ‘debut’ como bônus, os curitibanos dão continuação ao Black Metal Sinfônico sofisticado dos registros anteriores. Fernando Nahtaivel (teclado, vocal e programação) e A. Maurício Laube (guitarra, baixo, vocal e programação) revelam mais detalhes..
FORKILL: THRASH METAL CURTO E GROSSO
O Rio de Janeiro sempre teve forte ligação com o Thrash Metal, tendo expoentes como Dorsal Atlântica e Taurus, além de Necromancer, Explicit Hate, Anschluss, Calibre 38, Extermínio, Mortalha, Kripta e Hicsos, que pavimentaram a estrada que continua sendo asfaltada por outros grupos. Entre eles, Farscape, Flageladör, WARFX, Thrashera e Forkill, que chegou causando boa impressão com Breathing Hate (2013). Entre os atrativos, estão as participações não só de músicos do Stress, como de Robertinho de Recife, que produziu e também tocou em uma das músicas. Joe Neto (vocal e guitarra), Ronnie Giehl (guitarra) e Gus NS (baixo) falam a respeito de Breathing Hate e antecipam o que estão preparando para o novo trabalho, Old Skulls…
HARPPIA: TRÊS DÉCADAS DE DEVOÇÃO AO METAL
Falar de Harppia é tratar da história do próprio Metal nacional. Afinal, já se vão mais de trinta anos do lançamento do EP A Ferro E Fogo, que trazia clássicos atemporais como Salém (A Cidade Das Bruxas), Náufrago, Asas Cortadas e a faixa título. Porém, mesmo com a competência provada, não foi possível que o grupo permanecesse no primeiro escalão das bandas nacionais, fato que se agravou graças às diversas mudanças de formação. Hoje, sempre capitaneado pelo baterista Tibério Correa Neto, o vocalista Eric Bruce, o baixista Nando Simões e a guitarrista Aya Maki completam o line-up de um grupo fortalecido e com planos de lançar um novo material de estúdio. Nesta entrevista, o baterista fala dos trinta anos da banda: passado, presente e futuro.
ROÇA’N’ROLL: ATINGINDO A MAIORIDADE
No dia 28 de maio, acontece pelo 18º ano consecutivo o “Roça’n’Roll”. Neste ano, o cast traz vinte bandas, entre elas o finlandês Amorphis, Torture Squad, Noturnall, Jackdevil, Mythological Cold Towers, Impurity, O Satânico Dr. Mao e Os Espiões Secretos e Tuatha de Danann. E quem fala mais sobre esse festival, que já povoa o imaginário da galera metálica brasileira, é o organizador Bruno Maia que, além de coordenar o “Roça”, também está à frente do Tuatha de Danann.
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
PARCEIRO DE MÚSICA
Olá amigos! Meu nome é Michel, tenho 29 anos e acompanho a revista sempre que posso desde 1999 (aquela com o Manowar na capa). Gostei muito da entrevista com Perry McCarty, pois sou grande fã do Fighting For The Earth do Warrior e, principalmente, da matéria com o Sabbath. E esse especial do Lemmy foi épico! Tenho uns dois amigos apenas com quem posso conversar sobre música e devido à falta de tempo não os vejo com frequência, então as páginas da ROADIE CREW são minhas parceiras de música. Graças a vocês conheci muitas bandas e ultimamente estou pirando no Enforcer! No mais, gostaria de agradecer pelo excelente trabalho que fazem com tanto amor e se possível gostaria de pedir um “Background” com o Journey. Forte abraço a todos!
Michel Lopes de Almeida
Itapetininga/SP
Obrigado pelos elogios, Michel. Foi muito legal ter conversado com o vocalista Parramore Thomas “Perry” McCarty, do Warrior e Atomic Playboys. Ele se dá bem tanto no Metal quanto no Hard, mas você já o ouviu emulando Bon Scott no disco que homenageia o saudoso ex-vocalista do AC/DC com o Monster Traxx? Anotamos os seus pedidos e siga sendo nosso parceiro de música. Abraço. (Ricardo Batalha)
BACKSPAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA
Backspage
Vitão Bonesso
George Martin: muito mais que o quinto Beatle
Muitas pessoas questionam o que seria dos Beatles sem George Martin. Poucos invertem o questionamento: o que seria de George Martin sem os Beatles? Na opinião de muitos, inclusive a minha, a junção Martin/Beatles, ou vice-versa, foi mais exata que um cálculo de física. Mas até mesmo os encontros mais perfeitos precisam de ajustes.
Músico, produtor, condutor, compositor e engenheiro de som, em 1950 Martin trabalhava no setor de Música Clássica da BBC. Logo depois, passou a ser funcionário da EMI, no Abbey Road Studios, em Londres, na produção musical de trilhas sonoras para novelas e programas de comédia. No início dos anos 60, o Rock se mostrava numa encruzilhada. O público ainda o consumia, mas a indústria fonográfica já condenava o estilo ao esquecimento. Martin não tinha nenhum envolvimento com o Rock’n’Roll até que, no início de 1962, uma ordem superior determinou que ele deveria cuidar de uma nova banda de Liverpool chamada Beatles. Depois de alguns encontros com Brian Epstein, entre fevereiro e maio de 1962, em que analisou os tapes recusados pela Decca meses antes, Martin começou a trabalhar…
BLIND EAR – MIKE HOWE (METAL CHURCH)
Texto e fotos: Daniel Dutra
“Esse é o cara! (risos) Bon Scott. AC/DC com Girls Got Rhythm, de um dos meus discos favoritos em todos os tempos. (N.R.: E as comparações entre Bon e Brian Johnson?). É como comparar laranja com maçã. Passei por isso quando entrei no lugar de David Wayne. No fundo, é a mesma banda, mas com vocalistas de estilos diferentes. Bon é insubstituível. Adorava a sua atitude ‘foda-se, porque não dou a mínima’. Depois, Brian chegou com aquela voz mais poderosa. Back In Black é um grande disco, porque as músicas ainda eram sensacionais, mas a fase com Bon é intocável.”
Girls Got Rhythm
AC/DC – Highway To Hell 512
ETERNAL IDOLS – KEITH EMERSON
Fama é um negócio complicado. Quando o famoso é um perfeccionista, então, a coisa pode atingir níveis perigosos, como aconteceu com Keith Emerson.
Keith Noel Emerson nasceu no dia 2 de novembro de 1944 em Todmorden, Yorkshire (ING). Seu pai era um pianista amador e quis ver no filho o músico de sucesso que não foi por não ter tido um aprendizado formal. Assim, aos 8 anos o menino Keith começou a ter aulas de piano e logo seu gosto musical foi se expandindo, indo do Western ao Jazz, do Rock à Música Clássica.
Participando de várias bandas de menor expressão, Emerson, além de músico de vasto conhecimento, também se dedicava a extrair o máximo de seu equipamento. Com uma de suas primeiras bandas, usando um Hammond, acabou com uma briga que estourou na plateia simulando som de bombas e tiros de metralhadora com o teclado…
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY
GARAGE DEMOS
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Blaze Hearts
Luttera
Barbaric Horde
Apeyron
Beheader
PROMOÇÃO AUDIO-TECHNICA:
A cada mês uma das bandas com resenha publicada na seção “Garage Demos” será premiada com um Microfone ATM 610 da Audio-Technica.
Bandas já premiadas em 2016:
Janeiro – Melyra
Fevereiro – Blacklist
Março -Incarcehated
HIDDEN TRACKS – BILLION DOLLAR BABIES
A urgência com que as coisas costumam acontecer no mundo do Rock às vezes chega a impressionar. Em 1968, Alice Cooper (vocais), Michael Bruce e Glen Buxton (guitarras), Dennis Dunaway (baixo) e Neal Smith (bateria) assustavam plateias com seu Rock alto, teatral e mal tocado. Menos de seis anos depois, já tinham lançado sete discos, tocado em boa parte do mundo todo (incluindo o Brasil, no quase pré-histórico 1974), se tornado celebridades e ficado ricos.
Naturalmente, com isso vieram aqueles problemas tradicionais, como desentendimentos, divergências musicais e, óbvio, álcool e drogas. Shep Gordon, empresário da banda à época (e que até hoje trabalha com Alice), definiu a situação: “O que começou como algo simples e divertido acabou se tornando um fardo para todos.”
Resolveu-se, então, que a banda iria dar
CLASSICOVER / LADO B+
COLLECTION – KROKUS
CLASSICREW
1976
LED ZEPPELIN
The Song Remains The Same
Ali por volta de 1973, o Led Zeppelin era considerado por muitos como “o maior grupo de Rock do planeta”. Com vendas milionárias de seus cinco primeiros discos, o quarteto estava naquela rotina de viajar em avião particular, fazer arruaça em hotéis, abusar de várias substâncias e lotar os espaços em que se apresentava. Faltava algo, no entanto: um trabalho ao vivo. Mas um simples disco não seria algo à altura do que a banda representava. Assim, decidiu-se, com o empresário mão-de-ferro Peter Grant à frente, fazer um álbum e um filme de uma apresentação da banda.
O local escolhido foi o Madison Square Garden, em Nova York, onde o Led agendou três shows, nos dias 26, 27 e 28 de julho de 1973. As três apresentações seriam…
1986
CINDERELLA
Night Songs
“Esta é a mais poser de todas!”; “Uma banda com esse nome não pode ser boa!”; “Que capa ridícula, olha o visual desses caras!”. Esses são alguns dos comentários típicos de “Beavis & Butthead” ditos sobre o Cinderella, um dos orgulhos do Hard Rock da Filadélfia (EUA) ao lado do Britny Fox e, em menor escala, do Heavens Edge.
A despeito da capa, com foto de Mark Weiss, a resposta para as outras afirmações é um sonoro “não!” “Parece que as pessoas em geral consideram que todas as bandas de Hard Rock dos anos 80 faziam o mesmo tipo de som”, declarou certa vez o vocalista, guitarrista e compositor Tom Keifer à ROADIE CREW. “Cada um tinha seu estilo próprio e fazia música de qualidade. Os vocalistas eram totalmente diferentes uns dos outros,..
1996
MARILYN MANSON
Antichrist Superstar
Para certas bandas não existe meio termo. Com o Marilyn Manson, por exemplo, é “ame-o ou odeie-o”. O clima que pairou sobre a indústria musical na segunda metade da década de 90 era de monotonia. Parecia que, para o bem ou para o mal, o mercado carecia de alguém capaz de balançar as estruturas do Rock’n’Roll, dividir opiniões, polemizar, quebrar tabus, levantar questões e ser controverso em relação a diversas ideologias e conservadorismos que sempre existiram em assuntos que até hoje causam furor entre os povos: sexo, drogas, política e religião.
O tímido Brian Hugh Warner, um sujeito estranho e colecionador das coisas mais ‘non sense’ possíveis como lancheiras, manequins e aparelhos médicos, através de sua personificação rebelde no andrógino Mr. Manson, ao lado de seus comparsas de banda, peitou não só o…
2006
AMORPHIS
Eclipse
O Amorphis sempre esteve em constante mutação ao longo de sua história, que começou com um Death/Grind. Assim, apenas em sua primeira década, passou por Death/Folk, Death/ Folk/Prog, Folk/Prog e em 2003 já praticava um Prog flertando com elementos Pop, acompanhando a evolução do vocalista Pasi Koskinen. Apesar de conhecidos por suas constantes mudanças, os finlandeses haviam perdido algo no caminho quando em 2004 ocorreu a saída de Pasi.
Com isso, os fundadores Esa Holopainen e Tomi Koivusaari enxergaram no vocalista e multi-instrumentista Tomi Joutsen uma esperança de renovação positiva. Com sua bela voz grave, o finlandês de rastafári chegou trazendo de volta os…
LIVE EVIL – MONSTERS OF ROCK CRUISE
Monsters Of Rock Cruise
Florida (EUA) e Mar do Caribe
22 a 26 de fevereiro de 2016
Texto e fotos: Daniel Dutra
Imagine um festival de quatro dias com 70% de “Sweden Rock” – mais Hard Rock – e 30% de “Wacken Open Air” – com pitadas de Heavy Metal. Agora imagine esse mesmo festival sendo realizado nos anos 80. Para completar, coloque bandas e público num navio. Pronto, você tem o “Monsters Of Rock Cruise”, realizado na Costa Leste dos Estados Unidos, de 22 a 26 de fevereiro, saindo de Miami, Flórida – em seu quinto ano, o cruzeiro foi dividido em duas edições, e a da Costa Oeste será realizada em outubro, com partida em Los Angeles, Califórnia.
Sim, estamos em 2016, mas o evento foi uma verdadeira viagem no tempo. Nem tanto pelas bandas, uma vez que a maioria continua produzindo e se mantém relevante, mas basicamente pelo público formado em boa parte por americanos entre 40 e 50 anos que viram as principais bandas do elenco em ação na década de 80 e início de 90. Portanto, lá estavam para reviver algumas das memórias de um período de ouro para a música pesada nos EUA. Fãs que eram felizes e sabiam disso, por isso vale a pena ver de novo…
LIVE EVIL – ROLLING STONES
Rolling Stones
Estádio do Maracanã (RJ) e
Estádio do Morumbi (SP)
20, 24 e 27 de fevereiro de 2016
Por Antonio Carlos Monteiro
Fotos: Fernando Pires
Sim, estamos passando por um momento muito complicado em relação ao destino de nossos ídolos e, mais ainda, do estilo de música que amamos. Boa parte dos pioneiros, em idade avançada, está optando pela aposentadoria. Não bastasse isso, as mortes recentes e trágicas de ídolos como Lemmy, David Bowie e Keith Emerson expuseram de forma clara e cruel que ninguém está imune ao peso dos anos e que o fim é inexorável para todos.
Diante desse cenário triste é revigorante ver que os veteraníssimos Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood continuam com a mesma garra e o mesmo pique de cinquenta anos atrás quando em cima de um palco e com microfone, guitarras e bateria nas mãos – e chega a ser digna de estudos a energia de Jagger, aos 72 anos, correndo, dançando e pulando pelo grande palco e pelas passarelas à frente e dos dois lados sem demonstrar o menor sinal de cansaço. E cabe o registro: apesar de estar em plena forma como músico, Ron…
LIVE EVIL – TYGERS OF PAN TANG E PICTURE
Tygers Of Pan Tang e Picture
Carioca Club – São Paulo (SP)
13 de março de 2016
Por Ricardo Batalha • Fotos: Fernando Pires
Um evento reunindo o precursor do Metal holandês e um dos grandes nomes da NWOBHM deveria atrair a atenção de um grande número de fãs. No entanto, em São Paulo, a turnê do Tygers Of Pan Tang e Picture não lotou as dependências do Carioca Club em dia de manifestações contra o Governo de Dilma Rousseff. A excursão, que ainda passou pelo Rio de Janeiro/RJ (10/03), Curitiba/PR (11/03) e Limeira/SP (12/03), pelo menos conseguiu reunir fãs de diferentes gerações.
O Tygers Of Pan Tang, que conta apenas com o guitarrista Robb Weir da formação original e esteve pela primeira vez no país, vem lançando bons discos nessa fase com Jacopo Meille (vocal) – o line-up atual é completado por Micky Crystal (guitarra), Gavin Gray (baixo) e Craig Ellis (bateria). Para os brasileiros, foi a grande chance de ver mais um representante da NWOBHM em ação – em novembro do ano passado, o vocalista original do Tygers, Jess Cox, abriu as apresentações do Blitzkrieg com U.D.O. por aqui…
LIVE EVIL - STEVEN WILSON
Steven Wilson
Carioca Club – São Paulo/SP
20 de março de 2016
Por Claudio Vicentin • Fotos: Edu Lawless
Um telão grande de fundo e todo o equipamento da banda de Steven Wilson muito bem distribuídos. Esta foi a primeira boa impressão ao entrar no Carioca Club. O telão é fundamental para as apresentações deste artista, pois existe uma interação forte entre suas letras e as imagens, ainda mais em se tratando de seu mais recente álbum, Hand Cannot Erase (2015). A primeira parte do show é centralizada neste disco e é uma experiência arrebatadora acompanhar a história através do telão.
O conceito e a história são inspirados no caso de Joyce Carol Vincent, uma mulher que vivia em uma grande cidade – Londres – e morreu em seu apartamento sem ninguém perceber. O mais perturbador é que ela era jovem, atraente, tinha amigos e família, mas, por alguma razão, ninguém sentiu falta dela por três anos. Nesse mundo louco em que vivemos é fácil perceber que podemos ter muitos conhecidos, alguns amigos, mas poucas conexões verdadeiras. Assim, vimos imagens poderosas da menina vestindo uma camisa com o escrito “Love Will Tear Us Apart”, em referência ao Joy Division que ela gostava de escutar, entre outras bandas, como This Mortal Coil e Dead Can Dance. Tudo estava bem sincronizado, com letra e música caminhando unidas…
LIVE EVIL - IRON MAIDEN
HSBC Arena – Rio de Janeiro/RJ
17 de março de 2016
Por Daniel Dutra • Fotos: Alessandra Tolc
O retorno do Iron Maiden ao Rio de Janeiro, puro e simples, já seria razão suficiente para um frisson entre os fãs cariocas de Heavy Metal. De fato, a Donzela pode tocar na cidade ano sim, ano também que a expectativa sempre será como a da primeira vez, mas outros dois fatores ajudaram o público a encarar não apenas o trânsito caótico e o canteiro de obras que virou a região da HSBC Arena, mas a chance de ficar ilhado em algum lugar graças às chuvas que vinham castigando os cariocas. Primeiro, The Book Of Souls é o melhor disco da banda em muitos anos. Segundo e mais importante, ver Bruce Dickinson depois de sua batalha para vencer um câncer na língua.
Exatamente por isso, imagina-se, o local já tinha um público razoável nas pistas VIP e comum quando o The Raven Age subiu ao palco às 18h40. Porque, sejamos sinceros, o quinteto não vale o esforço. O problema não é a sonoridade mais moderna, é o fato de tudo soar muito parecido – as três primeiras músicas, Uprising, Eye Among The Blind e The Death March mais parecem uma grande suíte. No fim, ficou reforçada a sensação de que Michael Burrough (vocal), George Harris e Dan Wright (guitarra), Matt Cox (baixo) e Jai Patel (bateria) estavam ali porque um dos guitarristas é filho do cara. Não é o suficiente, claro, e algo me diz que veio daí o total respeito da plateia. Ainda assim, o futuro é mais palpável do que teve Lauren Harris, afinal, alguém ainda lembra-se dela?
BACKGROUND – MR. BIG - PARTE 1
PLAY LIST – UDO DIRKSCHNEIDER
Decadent: “Eu estava em casa assistindo à televisão quando passou um comercial da organização Save The Children mostrando crianças famintas na África. Foi a partir daí que tive a ideia para esta música. Estamos vivendo num mundo decadente, em que há crianças que não têm o que comer. A gente já não tem mais a classe média, são pessoas ricas ou muito pobres. Muita gente rica poderia ajudar algumas crianças, não somente na África, mas ao redor do mundo. Este é um álbum que traz dois jovens que curtem o Heavy Metal clássico e dois caras ‘old school’. Além disso, há as diferenças culturais que acabam influenciando o trabalho. Estes são os segredos para o resultado deste disco. Foi muito bom poder voltar a compor como uma unidade.”
Álbum: U.D.O. – Decadent (2015)
PROFILE - MIZUHO LIN (SEMBLANT)
Primeiro álbum que você comprou:
“Twelve Deadly Cyns (Cyndi Lauper) em fita cassete, aos 4 anos!”
POSTER – DEATH
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |