Lars Ulrich está olhando para o disco que sedimentou não apenas a base da carreira de sua banda, mas criou uma nova sonoridade no Heavy Metal. Já se foram 33 anos desde que o Metallica, com seu disco de estreia, Kill ‘Em All, surgiu como um furacão a partir de São Francisco, arrastando tudo consigo…
Edição #210
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METALLICA – O INÍCIO
Lars Ulrich está olhando para o disco que sedimentou não apenas a base da carreira de sua banda, mas criou uma nova sonoridade no Heavy Metal. Já se foram 33 anos desde que o Metallica, com seu disco de estreia, Kill ‘Em All, surgiu como um furacão a partir de São Francisco, arrastando tudo consigo. “Eu tenho uma mistura de lembranças”, fala o baterista sobre um dos discos de estreia mais influentes da história. “As mais remotas dizem respeito a juventude, inocência, ignorância e uma ausência de noção sobre o que o futuro nos reservava.”
Lars está no intervalo no que ele chama de “retoques finais” no ainda sem título décimo disco da banda, um projeto cercado de um mistério e um sigilo dignos dos segredos de estado. Não apenas Kill ‘Em All, mas também Ride The Lightning (1984) está sendo relançado em alto padrão, edições em box que trazem versões raras e inéditas de demos da banda. E logo Lars começa a confundir passado com presente. “É até um pouco estranho, mas uma coisa de que eu só me dei conta nos últimos meses é que havia muito de instintivo naquilo que fazíamos. Era isso que nos movia, na realidade. Éramos garotos de 19, 20 anos, nós nunca parávamos para pensar no que estávamos fazendo – a gente ia lá e fazia.”
Seja como for, a verdade é que Kill ‘Em All mudou toda uma cena. O então jovem Metallica – com Lars, James Hetfield, Cliff Burton e Kirk Hammett, que substituíra o guitarrista original e futuro líder do Megadeth Dave Mustaine – pegara a New Wave Of British Heavy Metal, da qual o baterista era fã declarado, e misturou-a com o Punk Rock americano. E se para muitos eles não foram os criadores do Thrash Metal – o Exodus, banda anterior de Kirk, é creditado como o pai do estilo -, o Metallica deve reconhecido como o grupo que o transformou em um fenômeno mundial que permanece até os dias de hoje. “Sim, tinha um quê de arrogância naquilo tudo, uma petulância juvenil”, afirma o guitarrista. “mas, ao mesmo tempo, nós não estávamos especialmente conscientes do que estava rolando, nem tínhamos muita bagagem musical. Estávamos nos metendo num território totalmente novo e aconteceu de fazermos aquilo melhor do que todos os outros.”
GRAND MAGUS
Mais rápido, agressivo, extremo e pesado. Este é Sword Songs, oitavo álbum do Grand Magus e o melhor do trio sueco. Ao menos na afirmação do guitarrista e vocalista Janne “JB” Christoffersson – Mats “Fox” Skinner (baixo) e Ludwig “Ludde” Witt (bateria) completam a formação. De fato, o CD é mais um belíssimo petardo numa discografia que completa quinze anos e é mesmo acima da média. E foi para saber como foi forjado o novo trabalho que conversamos com JB. Da sonoridade às músicas de um CD direto e objetivo, foram dissecadas também as influências da banda e, principalmente, de seu líder, incluindo uma bem-humorada intervenção a respeito de um quarteto americano que costuma reivindicar o trono do Heavy Metal. Então, divirta-se…
METAL CHURCH
As portas da Igreja do Metal estão abertas e a cerimônia está sendo rezada pelo pastor favorito da congregação. Vinte anos depois de encerrar as atividades pela primeira vez, o Metal Church: Rick Van Zandt (guitarra), Kurdt Vanderhoof (guitarra), Mike Howe (vocal), Jeff Plate (bateria) e Steve Unger (baixo) – foto – deu aos fãs o presente que todos esperavam: o retorno de Howe ao microfone. Exagero? XI, o novo álbum, chegou ao 57º lugar do Top 200 da Billboard, com mais de dez mil cópias vendidas na primeira semana, a melhor marca da história da Rat Pak Records nos EUA – na Europa, o CD foi lançado pela Nuclear Blast; no Brasil, pela Shinigami Records. Uma amostra da euforia que tomou conta dos fiéis seguidores quando, em abril de 2015, foi anunciada a reunião. E para explicar a volta e a nova fase, batemos um papo com Howe e Vanderhoof…
ARTILLERY
Depois de encarar dois períodos sabáticos de praticamente dez anos cada, os dinamarqueses do Artillery iniciaram uma nova jornada em 2009, com o lançamento de When Death Comes. Desde então, seguem firme e agora apresentam o oitavo álbum de estúdio, Penalty By Perception (Metal Blade). Michael Bastholm Dahl (vocal), os irmãos Michael e Morten Stützer (guitarras), Peter Thorslund (baixo) e Josua Madsen (bateria) demonstram estar vivendo os tempos mais frutíferos da carreira com seu Thrash Metal característico. A seguir, Michael Stützer nos dá mais detalhes e conta curiosidades do mais recente trabalho..
WOSLOM
Passo a passo, o Woslom vem se destacando por sua sonoridade bem trabalhada, que remete aos bons tempos do Thrash Metal de bandas como Metallica e Testament. Entretanto, há um toque de modernidade e uma identidade própria que fazem com que o grupo não se submeta à mesmice encontrada em tantos outros representantes do gênero. Desde o ‘debut’ Time To Rise (2010), tudo o que veio a seguir – no caso, o sucessor Evolustruction (2013) e o DVD DestrucTVision (2014) – tem evidenciado ainda mais a busca da banda pela qualidade. No recém lançado A Near Life Experience, o Woslom deve ganhar ainda mais fãs, já que resolveu investir em elementos vindos do Punk Rock e até do Death Metal, sem se desviar de suas principais características. Nesta entrevista, André G. Mellado (baixo), Silvano Aguilera (vocal e guitarra), Fernando Oster (bateria) e Rafael Iak (guitarra), – foto – nos contam todos os detalhes sobre o novo álbum e também dão sua visão a respeito dos headbangers europeus e do atual momento do Thrash Metal..
TWISTED SISTER
Quando tomou de assalto as rádios e a MTV com a clássica We’re Not Gonna Take It, o Twisted Sister experimentou uma das ascensões mais meteóricas da história. Mas o sucesso não veio de mão beijada, como bem demonstra o novo documentário sobre a banda, We Are Twisted F***ing Sister, disponível no Brasil através do Netflix. Pelo contrário, as glórias só vieram após muitas decepções, portas fechadas e vários outros obstáculos que fizeram diversas bandas desistirem pelo caminho. Só que o quinteto não jogou a toalha e venceu cada barreira que surgiu em sua trajetória. Como um verdadeiro time, o Twisted Sister tomou como lema “nunca desistir!” e é dessa luta que o documentário trata. Nesta entrevista, o guitarrista Jay Jay French conta como tudo aconteceu..
DESTRUCTION
Apesar do peso que o nome Destruction tem no cenário Thrash Metal mundial, o trio não entra em campo para jogar uma simples pelada. Para esquentar as coisas, Wawrzyniec “Vaaver” Dramowicz (bateria), Marcel “Schmier” Schirmer (vocal e baixo) e Mike Sifringer (guitarra) – foto – decidiram mudar um pouco o rumo das coisas na hora de trabalhar no mais recente álbum, Under Attack. A experiência, conquistada em mais de três décadas de carreira, trouxe confiança suficiente para que Schmier direcionasse o décimo quarto disco de estúdio conforme suas convicções e sem muitas amarras. Além disso, o músico ainda aponta o dedo para os detratores do Metal e os valentões da internet. Com Schmier o papo é reto, como você pode conferir a seguir…
VANDEN PLAS
O Vanden Plas resolveu levar ainda mais a sério o título de banda progressiva quando decidiu ousar direcionando seus esforços para o teatro e posteriormente encarar o estúdio. A experiência de mais de vinte anos com a mesma formação possibilitou que o grupo inovasse ao se juntar ao renomado autor alemão Wolfgang Hohlbein para a produção da peça teatral “Blutnacht”. O resultado do trabalho foi então dividido em duas partes: Chronicles Of The Immortals – Netherworld (Path One) (2014) e Chronicles Of The Immortals: Netherworld II (Path Two) (2015). Juntando os dois discos, temos uma das obras mais impressionantes já lançadas pelo Vanden Plas. Nesta entrevista, o baterista Andreas Lill explica como tudo isso se desenvolveu…
CORROSION OF CONFORMITY
Há mais de três décadas, o baterista Reed Mullin fundou o Corrosion Of Conformity com o baixista Mike Dean e o guitarrista Woody Weatherman. Ao longo dos anos, a banda tocou um pouco de tudo, do mais caótico e radical Hardcore e do Thrash Metal ao Heavy Metal inspirado em Black Sabbath. Como é normal, diversos músicos passaram pela banda ao longo desses trinta anos, mas o trio original finalmente se reuniu com o vocalista Pepper Keenan. E foi essa versão em quarteto do C.O.C. com Pepper à frente que viveu o período de maior sucesso com discos como Deliverance (1994) e Wiseblood (1996). Após uma bem-sucedida turnê para celebrar a reunião, um contrato para a gravação de um novo disco e ainda trabalhando com o supergrupo Teenage Time Killers, Reed Mullin não anda com muito tempo para falar com a imprensa. Mesmo assim, a ROADIE CREW conseguiu conversar com ele sobre todas essas novidades..
VAN CANTO
Parece que foi ontem, mas faz dez anos que o Van Canto surgiu com uma proposta diferente no mundo do Metal Sinfônico: as vozes seriam efetivamente os instrumentos musicais. Cinco discos de estúdio depois, uma sacudida se fazia necessária para revigorar o ar de novidade no trabalho do sexteto alemão hoje formado por Jan Moritz (“baixo”), Stefan Schmidt (“guitarra”), Inga Scharf (vocal feminino), Dennis “Sly” Schunke (vocal masculino), Bastian Emig (bateria, único instrumento não simulado pelas cordas vocais) e Ross Thompson (“guitarra”) – foto. E o resultado foi Voices Of Fire, o Vocal Metal Musical que conta a história de um livro escrito junto com as canções. E com a participação do coral inglês Metro Voices, famoso pelo trabalho na trilha sonora de “O Senhor Dos Anéis”; do ator John Rhys-Davies, que viveu o anão Gimli na adaptação cinematográfica da obra de J. R. R. Tolkien; e das crianças do coral alemão Chorakademie Dortmund. Curioso? Empolgado, Schmidt explicou tudo num agradável bate-papo com a ROADIE CREW…
BLOOD CEREMONY
Com o nome inspirado no filme espanhol “Ceremonia Sangrienta” (1973), a banda canadense formada por Alia O’Brien (vocal, flauta e órgão), Sean Kennedy (guitarra), Lucas Gadke (baixo) e Michael Carrillo (bateria) encontrou no gosto em comum por filmes de horror e pelo som da década de 70 a fórmula para construir seu repertório. Fazendo uma espécie de Occult Rock desde sua estreia em 2008, com Blood Ceremony, o grupo vem conquistando espaço e agora com o recém lançado Lord Of Misrule pretende alçar voos ainda mais altos, mesmo estando ciente de que o estilo tem suas limitações. Nesta entrevista com O’Brien você conhece um pouco mais do mundo oculto do Blood Ceremony…
ASTAFIX
Em março de 2014, a irreparável perda do guitarrista Paulo Schroeber abalou e comoveu todo o cenário da música pesada nacional. Assim, o futuro do Astafix ficou incer to. Todavia, em 2015, os músicos anunciaram seu retorno ao estúdio e aos palcos. Cássio Viana, que já havia excursionado com a banda, foi convocado para assumir o posto como novo guitarrista e logo se uniu a Wally (vocal e guitarra), Ayka (baixo) e Thiago Caurio (bateria) para entrar em estúdio e gravar um dos melhores discos nacionais de 2015: Internal Saboteur. Transitando entre o Thrash e o Doom Metal de maneira competente, com afinações baixas e uma produção de primeira a cargo de Brendan Duffey, o disco ainda brinda os fãs com a par ticipação de Schroeber, que já havia gravado algumas par tes de guitarra. Conversamos com os músicos sobre todos esses pontos que estão no entorno de Internal Saboteu…
KING BIRD
Depois de dois álbuns (Jaywalker, de 2005, e Sunshine, 2008) e dois EPs (The Gods’ Train, de 2003, e Beyond The Rainbow, 2012), o King Bird viu seu vocalista João Luiz deixar a banda em 2014 e colocar dúvidas sobre seu futuro. Mas Silvio Lopes (guitarra), Fábio Cesar (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria) não se abateram com isso e, após uma, duas ou dez cervejas na mesa de um bar, resolveram sair em busca de um novo ‘frontman’ e dar continuidade à história do “Pássaro Rei”. Ele veio na pessoa de Ton Cremon e, junto com ele, uma mudança (que já estava em curso) na identidade musical do quarteto, que recebeu influências nítidas do Hard dos anos 80 e até do Heavy, tendências que se somaram ao som tipicamente setentista que marcou a trajetória da banda. Isso tudo fica claro em Got Newz, novo disco do King Bird e que vem repleto de novidades. Silvio contou todas elas com exclusividade para a ROADIE CREW….
TEXTURES
Quando o Textures surgiu na cena em 2003 com o lançamento de Polars, nem o próprio grupo ou o mercado faziam ideia de que seria um dos responsáveis por influenciar outras bandas e contribuir para a pavimentação do caminho para o Djent. Com o passar dos anos, os holandeses foram evoluindo e agregando novos sons, cada vez mais se distanciando de rótulos e sempre reforçando sua personalidade musical. Além da experiência, a troca de integrantes contribuiu na evolução da banda, hoje formada por Daniël de Jongh (vocal, ex-Cilice), Bart Hennephof (guitarra), Joe Tal (guitarra), Remko Tielemans (baixo), Stef Broks (bateria) e Uri Dijk (teclados). Com Phenotype, quinto disco da carreira, o grupo dá um novo passo e já prepara o caminho para o próximo, conforme nos conta Daniël de Jongh na entrevista a seguir…
EDITORIAL
Lugares que o Rock tornou sagrados
Existem vários lugares espalhados pelo mundo que despertam o interesse das pessoas de os visitarem, motivadas pelo valor cultural e histórico que adquiriram em função da música. Em alguns casos esse interesse extrapola até mesmo o conceito de atração turística do lugar para se tornar algo próximo de uma devoção religiosa.
Para quem sente especial atração pelo Jazz e pelo Blues, por exemplo, é indispensável que faça uma visita às cidades de Nova Orleans e a Chicago, e perambule pelas casas noturnas para viver experiências inesquecíveis. Agora, especificamente em se tratando de Rock/Heavy Metal, existem paraísos neste planeta que todo fã de Rock precisa conhecer. São “santuários” que devem ser visitados ao menos uma vez na vida. Só para citar alguns, devido à limitação deste espaço, é importante começar com a referência a Graceland, em Memphis (EUA), que foi a residência de Elvis Presley e é aberta à visitação para uma jornada plena de emoção. Já aqueles headbangers mais extremos vão encontrar os lugares dos seus sonhos na Noruega, com a obrigatoriedade de conhecer Oslo e Bergen onde, ao conversar com quem atua na cena Metal é possível entender como a música que já foi tão discriminada e oficialmente reprimida acabou sendo integrada à cultura do país e aceita como ar te até pelas autoridades locais.
Bem, não vai dar para falar de Londres, porque a quantidade de pontos de interesse relacionados com a história do Rock/Metal é muito grande. O mesmo é válido com relação à Nova York, mas é bom citar a cidade de Bethel, a cerca de 160 km da Big Apple, pois é de causar arrepios pisar naquele gramado que em 1969 virou um lamaçal sob os pés de 500 mil pessoas durante o festival de Woodstock. Do outro lado do país, Los Angeles abriga um gigantesco acervo da história da música pesada, além de ser local de residência da grande parte dos astros do Rock e do Metal vindos de vários outros países, entre eles Ozzy Osbourne. Sem contar que algumas de suas casas de shows têm o significado de templos sagrados para os fãs, como o Whisky A Go Go, cuja visita emociona desde os senhores que dançaram na juventude com os discos de Johnny Rivers gravados ali, como os fãs de Hard Rock e de bandas como Slayer e Metallica, que também tocaram naquele pequeno, mas venerado palco. Por falar em Metallica, nossa matéria de capa é exatamente focando o início da carreira da banda em São Francisco. Aliás, sobre a região da Bay Area nem é necessário dizer que todo amante da boa música tem obrigação de conhecer antes de morrer. É simplesmente o berço do Thrash Metal, e do movimento psicodélico do Flower-Power.
Porém, nenhum lugar supera o mais sagrado de todos: a cidade de Liverpool (ING). Caminhar por suas ruas, circular pelo píer do Mersey River, fazer a Magical Mistery Tour, entrar nas casas onde viveram John e Paul, assistir ao show da banda Cavern Club Beatles no lounge do Cavern Club… É impossível traduzir em palavras a emoção de rever mentalmente o filme que relata a existência de alguém que viveu parte da infância e adolescência na década de 1960.
Airton Diniz
CENÁRIO
TEST: EXPERIMENTAÇÃO EM ESPÉCIE
Muito mais do que folclore, o Test não é somente aquela dupla de malucos que aparece na porta de shows internacionais para tocar na calçada, mas um dos nomes mais criativos e desafiadores do som extremo atual. Seu mais recente álbum, Espécies (2015, Peculio Discos), mostra um Grindcore permanentemente inquieto e talentoso o suficiente para desbravar quaisquer territórios a que se proponha. O guitarrista e vocalista João Kombi nos conta mais sobre esse novo disco, fala da evolução, detalha a saudável obsessão do duo em fazer shows mundo afora e entrega o segredo do sobrenatural baterista Barata…
ANGRY: ATRAVESSANDO FRONTEIRAS
Bastou lançar o ‘debut’, Future Chaos, em 2014, para que o Angry visse seu nome espalhado por diversos países onde o álbum passou a ser vendido. Apesar disso, alguns percalços surgiram nesse meio tempo, como o veto do YouTube em relação ao videoclipe de Future Chaos, uma baixa na formação e o falecimento do ex-vocalista do Attomica Alex Rangel, que participou como convidado no álbum. Contudo, a banda não se deixou abater e, mesmo como power trio, Diego Armando (vocal e baixo), Alex (guitarra) e Ricardo Luiz (bateria) seguem disseminando seu Thrash Metal por onde passam e já anunciam nesta entrevista, através de Diego, que um novo álbum está sendo preparado para o segundo semestre…
BUCOVINA: FOLK METAL ROMENO A CAMINHO DO BRASIL
Quando se fala em Romênia, pensa-se logo em Transilvânia, Drácula e Vlad Tepes. No entanto, o país possui uma grande tradição folclórica que passa longe de seres noturnos que se alimentam de sangue. Difundindo a tradição romena temos o Bucovina, formado em 2000 e que atualmente promove Nestrămutat (2015). Crivăţ (guitarra e vocal), Luparul (guitarra e vocal), Mishu (bateria) e o brasileiro Jorge Coan (baixo) aportarão por aqui no mês de setembro para seis shows no país, entre eles o tradicional evento “Thorhammerfest”…
PROJECT BLACK PANTERA: CONFIANÇA NO TRABALHO
Com letras dissertativas e um instrumental tão pesado quanto variado, os irmãos Charles Gama (guitarra, vocal), Chaene da Gama (baixo, vocal) e Rodrigo “Pancho” Augusto (bateria) vão abrindo caminho através do cenário underground e já receberam até convite para tocar na França no “Afropunk Fest Paris – 2016”. O trio de Uberaba (MG) está promovendo seu primeiro álbum, autointitulado, de 2015 e nos fala um pouco sobre suas realizações e sobre como conseguiram importante atenção fora do país…
BURN THE MANKIND: A TRADIÇÃO DO DEATH METAL GAÚCHO
Além de serem bandas de Death Metal, Krisiun, The Ordher e Nephast possuem em comum o fato de terem origem no Rio Grande do Sul. Além desses nomes, o estado é um vasto celeiro da música extrema e revela mais um grande nome: Burn The Mankind. Pedro Webster (baixo e vocal), Marcos Moura (guitarra), Rafael Barros (guitarra) e Raissan Chedid (bateria) lançaram em 2015 o álbum To Beyond, que une brutalidade e momentos atmosféricos e cadenciados. Webster, Moura e Barros contam como está a repercussão do trabalho, a sonoridade desenvolvida, além da polêmica questão da limitação do uso da internet…
XEI: ÁLBUM SOLO E STORMENTAL EM STAND-BY
Alexei Leão, o Xei, ficou conhecido como vocalista e um dos compositores da sempre inovadora banda catarinense Stormental, além de trabalhar como produtor musical. Em 2014, deixou Florianópolis rumo a Nova York para complementar seus estudos na área de engenharia de áudio e produção, enquanto o baterista Markus Feminella mudou para a Alemanha, onde passou a integrar o InLegend, deixando a trajetória do Stormental em suspenso. Nos EUA, Xei preparou um álbum solo bem diferente do estilo que o consagrou…
PRIMATOR: UM PASSO DECISIVO NA CARREIRA
É natural aquela rotina das bandas na luta por um lugar ao sol. Escolha dos integrantes, afinidade, ensaios, shows, mudanças de formação, até chegar à gravação de um trabalho e às apresentações para sua divulgação. E depois, quais os próximos passos? Voltar à garagem ou buscar algo novo? Um novo conceito pode ser a saída. Essa foi a estratégia seguida pelo grupo de Metal Tradicional Primator, formado por Márcio Dassié e Diego Lima (guitarras), André dos Anjos (baixo) e Lucas Assunção (bateria), que ainda colhe os frutos do bem sucedido ‘debut’, Involution (2015). Sem se acomodar, a banda iniciou 2016 com uma bela novidade: a música inédita To Mars, composta pelo renomado vocalista Mario Linhares (Dark Avenger, Harllequin) e que fará parte do novo trabalho de inéditas, ainda em fase de composição…
SODOMIZER: MAIS UM CAPÍTULO DE HORROR
Os cariocas do Sodomizer já estão na ativa há 17 anos e seus lançamentos são conferidos em diversos países graças a parcerias com selos como Horror Records (DIN), Iron Bonehead (ALE) e Deathrash Armageddon (JAP). Inaugurando uma nova parceria com a Dying Music, um dos principais selos de música extrema no Brasil, lançaram este ano o álbum Confessioni Di Un Cannibale, trabalho em que entregam seu Horror Speed/Black Metal com técnica, agressividade e perversão. O vocalista e baixista Leatherface fala sobre os anos de estrada e o novo material…
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
PUNK ROCK
Salve, salve, equipe da ROADIE CREW! Estou achando muito legal a abertura que a revista está fazendo para as bandas Punks. Já estava mais do que na hora. Curti muito vocês terem feito uma resenha sobre o show da banda Punk The Adicts (no qual eu estava lá no Carioca Club), porque se não for a ROADIE CREW pra fazer resenha sobre o show, quem irá falar sobre essas clássicas bandas Punks? Sou fã de Rock em geral e tenho muita influência de Heavy Metal, mas comecei com o Punk Rock e hoje sei da sua importância para o Rock no geral. E temos que apenas acrescentar e nunca deixar as nossas raízes. Enfim, venho aqui para mandar para vocês o meu TCC da faculdade de História. O trabalho ganhou o prêmio José Luiz Pasin da Faculdade Unisal e foi publicado no site oficial do Vale do Paraíba. O Tema é: “Culturas negra e indígena no Heavy Metal Nacional”, com foco nos discos Roots do Sepultura e Holy Land do Angra. O trabalho está muito legal e fácil de ler e é claro usei muitas das edições da ROADIE CREW como referência. Caso queiram indicar aos leitores ficaria grato (valedoparaiba.com/pages/site/premio_pasin.faces).
William Castilho Moraes
Por email
Salve, William. Desde sempre, a postura da ROADIE CREW foi a de jamais discriminar qualquer estilo dentro do Rock. Nosso foco é no Heavy Metal e no Classic Rock, mas gêneros como o Punk jamais serão deixados de lado na revista justamente por sua importância para a história do Rock, como você mesmo disse. Parabéns pelo seu TCC e pelo prêmio que você ganhou com ele. E o link está aí para quem quiser conferir. Forte abraço! (Antonio Carlos Monteiro)
BACKSTAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA
Backstage
Vitão Bonesso
Surpresas e bizarrices do Heavy Rock
Lembro-me de uma noite, em agosto de 1983, quando um amigo saltou do carro com o som nas alturas e questionou: “Sabe o que é isso?” Estávamos na época da fita cassete, o som estava um tanto embolado e, naquele momento, eu não identifiquei o que seria. “É o novo do Black Sabbath, cara, com o Ian Gillan nos vocais.” Esse talvez tenha sido um dos episódios mais hilários que eu já vivi. Fã de Deep Purple e de Black Sabbath, o que mais poderia ser de maravilhoso? No caso do Sabbath, outras surpresas viriam, como as participações de Glenn Hughes, Ronnie James Dio e Cozy Powell; e, em 1997, o retorno da formação original.
Foram surpresas agradáveis, é claro, mas existem aquelas que beiram o bizarro. Uma delas é este retorno do Rainbow, que deve fazer uma meia dúzia de shows no verão europeu com músicos aparentemente talentosos (acredito que Blackmore não chamaria qualquer prego para a banda), mas, com exceção do tecladista Jens Johansson, desconhecidos..
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel (*)
Metal Up Your Ass
Um dia antes de eu receber do Ricardo Batalha o ‘deadline’ deste texto, estive na Amoeba, em São Francisco, onde peguei pela primeira vez nas mãos os boxes que o Metallica está lançando dos dois primeiros álbuns. Eu tinha todos os motivos do mundo para comprar pelo menos Kill ‘Em All, meu disco favorito deles (aliás, minha ordem de discos favoritos deles é decrescente até o mais recente, que acho melhor que Load).
Voltemos aos motivos. Estava na cidade deles. No começo deste ano, eles fizeram um show íntimo como embaixadores do Record Day Store na loja Rasputin, da vizinha Berkeley. Lars Ulrich declarou que um de seus três filhos é frequentador assíduo da Amoeba e que ele adora levar o filho lá. Só que não tive coragem de comprar. Um pouco pelo preço, que com o dólar salgado ultrapassa os 500 reais. Mas muito por talvez representar uma espécie de urna funerária de um grande herói..
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)
Traços da história do Rock
Birmingham, além de ser a maior e mais populosa cidade da Inglaterra depois de Londres, ficou conhecida mundialmente no cenário musical como o berço do Heavy Metal, já que o Black Sabbath foi formado ali, no bairro de Aston.
Acontece que ao ter a oportunidade de visitar esta cidade recentemente, não foi muito fácil seguir os passos de Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward antes deles alcançarem a fama. Quer dizer, não existe nem na internet um roteiro orientando quem queira visitar locais relevantes na carreira do grupo e na vida de cada integrante, como acontece em Liverpool com os Beatles. E também não há centros de informações turísticas que disponham de tais dados, mesmo com bandas tão relevantes para a cena da música pesada tendo nascido ali (Judas Priest e Napalm Death estão entre elas).
Porém, pesquisando pontos de interesse envolvendo o Black Sabbath em Birmingham, o “Crossroads Of Sabbath” veio à tona,…
Campo de Batalha
Ricardo Batalha (*)
Não vamos jogar a toalha
Na edição passada (# 209), foi abordado um tema interessante sobre o papel das mulheres no Rock. Agora, chama a atenção a ascensão das crianças do Babymetal. É indiscutível o papel importante destas japonesas na captação de novos fãs para a música pesada. Se antes a criançada ficava encantada com a imagem do Kiss, hoje venera o Babymetal.
Criado há pouco menos de seis anos, seu estilo “Kawaii Metal”, combinando música Pop e Metal com movimentos padronizados de dança, tornou-se um fenômeno não só no Japão. É um espetáculo que vem sendo amplamente divulgado no meio do Metal, com reportagens de capa em publicações tradicionais e visto no mundo inteiro. Massificação não é novidade no meio do Rock. Nunca foi. Temos visto armações e jogos de interesses desde os anos 60 – The Monkees que o diga. Entretanto, o papel de fazer com que as crianças e os mais jovens tomem contato com o peso das guitarras é o maior mérito das performers Suzuka “Su-metal” Nakamoto, Yui “Yuimetal” Mizuno e Moa “Moametal” Kikuchi. Elas cantam seus hits, como Head Bangya!!, Ijime, Dame, Zettai e Megitsune enquanto dançam, tendo uma banda de apoio competente por trás. Não só isso, mas no sucesso de vendas, mesmo em tempos em que discos de ouro e platina são coisas do passado e em que grupos comemoram vendagens que passam das poucas mil cópias. Ainda que a conta seja baseada pela soma da venda do material físico ao streaming, não se pode tirar o mérito de o álbum de estreia do Babymetal ter sido o mais vendido por um artista do Japão na América do Norte em 2014….
BLIND EAR – STEVEN WILSON
“Por favor, coloque música boa! (risos). (R.C.: Sim, mas como marcamos em cima da hora, tive que pegar sons que já estavam no meu iPod). É verdade, mas vamos em frente… Isso parece aquelas bandas americanas superproduzidas de Rock. Não gosto desse esquema, mas não odeio. Tem algo de bom, mas em poucos momentos. Isso está parecendo Def Leppard, certo? (R.C.: Correto). Não são americanos, mas fazem um estilo americano para estádios. Isso me leva aos 12 anos de idade, quando era uma banda faminta, crua, pesada e poderosa no que fazia. Agora já tem um bom tempo que tudo mudou.”
Let’s Go
Def Leppard – Def Leppard
ETERNAL IDOLS – NICK MENZA
Com apenas 2 anos de idade, o prodígio Nicholas Menza já estava tocando bateria no “Festival de Jazz de Montreaux”. Nascido na Baviera, em Munique (ALE), Nick (como era chamado) era filho de Rose Menza e do famoso saxofonista de Jazz Don Menza. Suas influências iam do Jazz ao Rock: Steve Gadd, Buddy Rich, Jeff Porcaro, Louie Bellson, Nick Ceroli, Jason Bonham, Neil Peart, Simon Phillips, Steve Smith e Rod Morgenstein eram as principais. Sua primeira banda de Heavy Metal foi o Rhoads, que tinha como líder o irmão do saudoso Randy Rhoads, Kelle Rhoads. Em 1986, Menza gravou com esse grupo seu primeiro disco, Into The Future, porém, não durou muito ali e então foi fazer testes em grupos como Autograph e Slaughter. Mas foi no Slayer que quase se estabeleceu….
HIDDEN TRACKS – UNION
Às vezes não importa se você é bom no que faz. Em algumas situações nem mesmo um currículo de qualidade ajuda. Se você não estiver no lugar certo e na hora certa, todo o trabalho vai por água abaixo. Pronto, este é o resumo de vida da banda formada por Bruce Kulick e John Corabi depois que suas passagens por Kiss e Mötley Crüe, respectivamente, chegaram ao fim. A reunião da formação original do Kiss, em 1996, deixou Kulick sem emprego depois de doze anos de serviços prestados a Paul Stanley e Gene Simmons. Corabi, por sua vez, foi dispensado em 1997, já que a gravadora exigira o retorno de Vince Neil depois do fiasco comercial do excelente Mötley Crüe (1994)…
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY
Releases
Nesta edição:
Black Stone Cherry
Black Trip
Bonfire
Candlemass
Charing Cross
Danger Zone
Deep Purple
Demon’s Eye
Desaster
Deströyer 666
Destruction
DNA
Fallujah
Gojira
Grand Magus
Grave Desecrator
Horisont
Imperative Music Vol XI
Intuitive
Jaded Heart
Jorn
Leather Heart
Lita Ford
Made In Brazil (DVD)
Motörhead
Purson
Ricky Warwick
Rival Sons
Scorpion Child
Seu Juvenal
Silent Cry
Skinless
Suicidal Angels
Tarja
The 69 Eyes
Thunderstone
Treat
Whitechapel
Wolf Hoffmann
Zodiac
Zumbis Do Espaço
GARAGE DEMOS
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Degenerate
F.O.S.
Mensageiro Do Prazer
Monolith Moon
Soez
CLASSICOVER – LADO B+
ClassiCover
Sympathy For The Devil
Antonio Carlos Monteiro
“Sempre que a gente toca essa música, alguma coisa estranha acontece…” A declaração de Mick Jagger sobre Sympathy For The Devil aconteceu no final dos anos 60, quando uma nuvem negra surgiu sobre o quinteto, como a saída da banda e a morte de Brian Jones e o assassinato de um jovem que acabou esfaqueado durante o show que eles fizeram em Altamont (muitos dizem que o crime aconteceu durante Sympathy For The Devil, mas foi quando eles tocavam Under My Thumb). Ficaram sete anos sem tocá-la ao vivo.
Mesmo assim, a verdade é que a música se tornou um dos hits incontestáveis da banda. Os backing vocals “woo-woo” surgem na plateia já nos primeiros compassos da bateria de Charlie Watts….
Lado B+
Rancid Amputation (Cannibal Corpse)
Valtemir Amler
Como acontece com quase tudo que diz respeito à carreira do grupo norte-americano Cannibal Corpse, todos os detalhes de seu segundo disco, Butchered At Birth, foram trabalhados para soar ofensivos e repulsivos. Essa impressão fica nítida desde a violenta, pútrida e doentia capa criada pelo parceiro Vincent Locke, desembocando na “sutileza” das letras que acompanham as músicas…
LIVE EVIL - DREAM THEATER
Espaço das Américas – São Paulo/SP
22 de Junho de 2016
Por Claudio Vicentin (1º ato) e
Thiago Rahal Mauro (2º ato e bis)
Fotos: Fernando Pires
Primeiro Ato
O álbum duplo The Astonishing, uma Ópera Rock, está polarizando os fãs do Dream Theater. Existem os que consideram a empreitada ousada, eficiente e com uma história interessante. Outros preferem o esquema de um disco simples, com composições mais épicas e mais pesadas. Em todo caso, o novo trabalho exige que o ouvinte esteja com as letras em mãos, pelo menos a princípio, para poder entender a ligação das músicas com a temática e entender o álbum de forma completa. E, mesmo assim, há momentos não tão envolventes. Independentemente de você gostar do álbum ou ter um sentimento menos positivo em relação a ele, acredito que muitos concordam que executá-lo na sua totalidade ao vivo pode ser um tiro no pé. A banda, logicamente, avisou a todos os fãs o que estaria fazendo nessa turnê. Nada dos clássicos antigos, apenas o show em dois atos e mais o bis. Todos os shows com a plateia sentada…
PLAY LIST – MANTAS
Welcome To Hell: “Lembro-me de chegar ao estúdio em que gravamos as demos e o primeiro single, então o cara da gravadora perguntou se tínhamos mais músicas para o álbum. Nós respondemos que sim, mas, de fato, ela foi criada no estúdio. Eu tinha os riffs, Cronos fez a letra. Essencialmente, a música que deu título ao álbum ganhou vida no estúdio. Para mim, é o melhor disco do Venom.”
Álbum: Venom – Welcome To Hell (1981).”
COLLECTION – NILE
Mitologia egípcia e Death Metal. Estas foram, basicamente, as premissas de Karl Sanders (guitarra e vocal) ao fundar, em 1993, o Nile. Surgindo das cinzas do grupo de Thrash Metal Morriah, primeiro de Sanders, o Nile nasceu em Greenville, Carolina do Sul (EUA) e em 1998 angariou fãs com o “étnico” Death Metal brutal de seu primeiro registro, Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka, cuja formação já contava com Dallas Toler-Wade (vocal e guitarra). Mantendo a proposta, o grupo seguiu crescendo no underground e, paralelamente, tornando sua música cada vez mais intrincada e distinta. O reconhecimento viria, principalmente, após o lançamento de In Their Darkened Shrines (2002). Aos poucos, a influência da cultura egípcia, além das letras, ganharia ainda mais força no instrumental do Nile. No ano de 2004, a entrada do grego George Kollias encerraria a rotatividade de bateristas. Contudo, o grupo seguiu sem baixistas fixos (Sanders e Toler-Wade se revezaram, em estúdio, no instrumento) até que contratou, em 2015, Brad Parris para a função. Apesar de ser fiel à sua essência, o Nile mostra como evoluir sem descaracterizar seu propósito original…
BACKGROUND – MR. BIG - PARTE FINAL
O bom relacionamento com Billy Sheehan e Pat Torpey acabou sendo fundamental para que Richie Kotzen aceitasse substituir Paul Gilbert no Mr. Big. A experiência no Poison não havia sido essencialmente das melhores, afinal, ele acabou sendo dispensado no meio da turnê de Native Tongue, em 1993, por ter se envolvido com a então noiva do baterista Rikki Rockett, Deanna Eve – não muito depois, os dois teriam uma filha, August Kotzen. Além disso, estava trabalhando à época com alguns de seus ídolos no Vertú, a nova versão do Return To Forever, famoso grupo de Jazz Fusion dos anos 70 que teve em suas fileiras nomes como o baixista Stanley Clarke, o pianista Chick Corea, o guitarrista Al Di Meola e o baterista Lenny White.
“E antes de eu entrar na banda o guitarrista seria o Allan Holdsworth! Quase ninguém sabe disso”, contou um empolgadíssimo Kotzen a este repórter em 2004. “O empresário que trabalhou comigo quando assinei com a Geffen (Records, em 1994) era o mesmo do Stanley. Fui apresentado a ele e ao Lenny, mostrei meu disco Inner Galactic Fusion Experience (1995) e os dois gostaram tanto que me chamaram para um ensaio. Quando me mostraram algumas partituras, disse que não sabia ler música. Stanley tocou as músicas…
CLASSICREW
1976
QUEEN
A Day At The Races
Antonio Carlos Monteiro
A dúvida aflige dez entre dez artistas que conseguem emplacar um sucesso incontestável: o que fazer na sequência? Pois após lançar seu disco mais bem-sucedido até então, o Queen resolveu fazer justamente isso: uma sequência dele.
O auge tinha vindo em 1975, quando Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor haviam soltado A Night At The Opera, álbum que tinha temas inesquecíveis como You’re My Best Friend, Love Of My Life e o maior de todos, Bohemian Rhapsody. E A Night At The Races tinha não só um título semelhante ao seu antecessor, mas, como ele, teve seu nome tirado de um filme dos irmãos Marx. A capa também tinha grandes semelhanças com o disco lançado no anterior, mantendo ao centro o logotipo…
1986
THE ACCÜSED
The Return Of… Martha Splatterhead
Valtemir Amler
Não é novidade para ninguém que os gêneros mais extremos do Rock pesado foram fortemente influenciados pela miscigenação da sonoridade Punk/Hardcore com o Metal. Assim sendo, os primeiros grupos a fazerem essa mistura sempre foram tidos como os grandes responsáveis pela profusão de bandas extremas que tomou conta do cenário metálico a partir da década de 80. Nomes como D.R.I. e S.O.D. serão sempre honrados pela violência e despojamento que trouxeram ao estilo, mas existe outra que não pode ser esquecida: The Accüsed.
O quarteto formado em Seattle pelo vocalista Blaine Cook, pelo baterista Dana Collins, pelo baixista Chewy Batterman e pelo guitarrista Tommy Niemeyer estreou em…
1996
BURZUM
Filosofem
Valtemir Amler
Dono de uma história e de opiniões sempre muito polêmicas, o músico Varg Vikernes, de Bergen (NOR), provou seu valor no mundo da música com o Burzum. A sua ‘one man band’ lançou discos que resistiram ao teste do tempo e marcaram história dentro do Black Metal. Com um início avassalador, a banda rapidamente chamou a atenção e logo se tornou um dos principais nomes da cena norueguesa, status que ainda é mantido principalmente por conta de seus quatro primeiros registros. Filosofem é justamente o quarto da discografia e tido como um dos favoritos por quase 100% dos fãs ao redor do mundo. Motivos para essa devoção são fáceis de perceber. Para começar, é necessário dizer que a banda mantinha intacta a tradição que tinha estipulado para si mesma nos álbuns anteriores. A razão para tal fidelidade às raízes é bem simples, já que os quatro primeiros discos foram gravados quase simultaneamente,..
2006
PAUL STANLEY
Live To Win
Daniel Dutra
Fazia oito anos desde o último disco de estúdio do Kiss, o controverso Psycho Circus (1998), e a turnê de despedida no início dos anos 2000 foi transformada no trampolim para a formação que se estabilizou pouco tempo depois e segue firme e forte até hoje. O processo, no entanto, permitiu aos integrantes se aventurarem em outras frentes – longe do estúdio, o Kiss só voltaria a ser uma máquina de turnês constantes a partir de 2008. Tommy Thayer continuava bastante ocupado como produtor executivo do próprio grupo, Eric Singer aproveitava o tempo livre excursionando e eventualmente gravando com Alice Cooper, Gene Simmons havia lançado o ainda mais controverso Asshole (2004) e tocava seus vários negócios, ou seja, faltava a escapulida de Paul Stanley. E ela veio na forma de seu segundo álbum solo, Live To Win.
Registrado no Henson Recording Studio, em Los Angeles, Califórnia, produzido pelo próprio…
PRIFILE – SAKIS TOLIS (ROTTING CHRIST)
Primeiro álbum que você comprou:
“Maiden Japan (Iron Maiden).”
POSTER – WHITESNAKE
Whitesnake
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |