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Edição #211

R$29,00

O Rock e o Heavy Metal são gêneros musicais que sempre funcionaram bem quando unidos a outros estilos. A mistura de Rock e Música Clássica, por exemplo, gerou o até hoje aclamado Rock Progressivo…

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ANGRA - HOLY LAND 20 ANOS

Por Antonio Carlos Monteiro

O Rock e o Heavy Metal são gêneros musicais que sempre funcionaram bem quando unidos a outros estilos. A mistura de Rock e Música Clássica, por exemplo, gerou o até hoje aclamado Rock Progressivo; gêneros étnicos serviram de base a trabalhos de artistas como Peter Gabriel e Paul Simon; e mesmo estilo tradicionais de certos países/regiões alcançaram excelente resultado quando receberam doses de guitarras distorcidas e vocais agressivos – vide o Folk Metal.

Portanto, não espanta que o mesmo tenha acontecido aqui no Brasil. E se engana quem pensa que a mistura de gêneros locais com o Rock seja coisa recente. Nos quase pré-históricos (mas geniais) anos 60, o Mutantes, que tinha à frente Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, não só ousou nesse sentido em várias composições como acompanhou um cantor de MPB, Gilberto Gil, quando este apresentou a música Domingo no Parque na terceira edição do à época popularíssimo “Festival de Música Popular” da TV Record, em 1967. Essa fusão do incipiente Rock brasileiro com a MPB foi uma das vertentes da Tropicália, movimento que apostou tanto em inovações estéticas e musicais como em protestar contra a ditadura da época…

HOLY LAND – ANDRE / RAFAEL / KIKO

Por Guilherme Spiazzi e Antonio C. Moneiro

Andre Matos: Holy Land significa a imposição definitiva do que viria a ser a personalidade da banda. Seja as pessoas ou a crítica gostando logo de início ou não. Seja eles dizendo que esse é maior clássico do Angra dez anos depois. A gente acreditou numa ideia genuína…

Rafael Bittencourt: Foi uma experiência inesquecível. Muito da minha musicalidade e do meu método de composição eu desenvolvi neste trabalho…

Acho que aquele período consolidou meu estilo de tocar e de pensar as composições…

Kiko Loureiro: …E a gente ficava tocando, passeando, jogando futebol com os caras de lá – todo dia no fim de tarde tinha jogo. A gente estava relax, acordando tarde, num ócio criativo…

HOLY LAND – RICARDO / LUIS

Por Guilherme Spiazzi

Ricardo Confessori: Foi bem legal. A gente se isolou no sítio e levou toda a parafernália – bateria, amplificador e um ‘portastudio’ para as demos. Aproveitávamos o tempo para tocar o dia inteiro…

Luis Mariutti: Eu acho que (Holy Land) foi o amadurecimento. Se no primeiro disco éramos muito inexperientes em tudo, nesse segundo, por a banda ter se juntando no sítio, já teve um amadurecimento de relacionamento…

JØRN LANDE

Por Daniel Dutra

Você já deve estar cansado de saber que Jørn Lande é um dos melhores vocalistas de Heavy Metal deste planeta. E que ele gosta bastante de trabalhar, lançando discos e participando de projetos como se troca de roupa. Mas saiba que o norueguês é muito bom de papo. Durante os noventa minutos de entrevista com a ROADIE CREW para promover Heavy Rock Radio, terceiro álbum de covers de sua carreira solo, Jørn lembrou da apresentação do Masterplan no Rio de Janeiro há dez anos e falou do recente show com o Avantasia no Brasil, o que o fez lembrar de Eric Martin e da noite em que dividiu o palco com o Mr. Big em São Paulo, em 2011. Melhor apenas se estivéssemos sentados à mesa de um bar tomando uns chopes e não ao telefone. Ainda assim, quanta espontaneidade! Confira o que rolou de mais legal…

DEATH ANGEL

Por Daniel Dutra

“Você viu? Foi a primeira notícia que recebi ao acordar. Que maneira espetacular de começar a semana! É absolutamente incrível!” Foi assim que Rob Cavestany começou a entrevista para a ROADIE CREW: falando da turnê ao lado de Slayer e Anthrax que vai rolar nos EUA durantes os meses de setembro e outubro, com possibilidade de mais datas serem anunciadas. Como se isso não fosse o bastante para a empolgação do guitarrista, é fato que o oitavo trabalho de estúdio do Death Angel, The Evil Divide, não apenas é o melhor do quinteto californiano – Mark Osegueda (vocal), Ted Aguilar (guitarra), Damien Sisson (baixo) e Will Carroll (bateria) completam a formação. É também uma obra-prima do Thrash Metal em 2016, mais de três décadas depois de aqueles garotos de origem filipina terem começado a fazer um som na Bay Area. Coloque o CD para rolar em alto e bom som enquanto curte os melhores momentos de um papo que durou nada menos que uma hora e meia. E se você ainda não ouviu, faça um favor a si mesmo: compre…

KATATONIA

Por Guilherme Spiazzi

Em mais de vinte anos de carreira, os suecos do Katatonia agregaram fãs que buscam por músicas profundamente inspiradas. Entre o peso das guitarras, melodias melancólicas e letras provocativas, a banda trouxe músicas capazes de fazer brotar sentimentos e momentos de profunda reflexão no ouvinte. Mantendo uma constante de lançamentos sólidos e mostrando certa evolução, chega agora ao décimo disco de estúdio, The Fall Of Hearts. Entre lançamentos e prestes a aportar no Brasil, a ROADIE CREW conversou com o baixista Niklas Sandin sobre a identidade da banda e os caminhos que ela tem percorrido…

DARK FUNERAL

Por Luciano Krieger

Mikael Svanberg, mais conhecido como Lord Ahriman, é um músico obstinado. Em 23 anos de carreira, sua banda Dark Funeral acumula shows em dezenas de países e uma boa discografia oficial com dois EPs, um split, dois vídeos e cinco álbuns de estúdio, além de singles e boxes. Em junho de 2016, chegou ao mercado o sexto ataque Black Metal, o já aclamado pelo público Where Shadows Forever Reign. O disco consegue, de cara, chamar a atenção pela capa, com o retorno do renomado artista Necrolord, responsável pela arte do clássico ‘debut’, The Secrets Of The Black Arts, lançado há vinte anos. A sonoridade também tem chamado a atenção pelas aproximação com o estilo peculiar dos anos 90, somada a uma produção moderna e precisa. Nesta conversa, vamos percorrer o atual momento da banda quase seis anos após o último trabalho, conhecer um pouco mais da concepção até o resultado final, os novos integrantes e saber o que Lord Ahriman pretende mostrar nessa nova turnê. Com a palavra, o sombrio representante do Black Metal sueco!..

RHAPSODY OF FIRE

Por Daniel Dutra

Há males que vêm para o bem. É batido, mas ainda assim verdadeiro. Pegue o Rhapsody Of Fire como exemplo. Cultuada por fãs de Metal Sinfônico, a banda italiana que pavimentou um caminho dentro do estilo sofreu um racha em 2011, quando seus dois líderes decidiram tomar rumos diferentes. Resultado: o grupo sob o comando de Alex Staropoli (teclados) abriu seus horizontes com uma nova formação – completada por Fabio Lione (vocal), Roby De Micheli (guitarra), Alessandro Sala (baixo) e Alex Holzwarth (bateria) – e não demorou muito a encontrar uma diversidade que faz um disco não soar como se a mesma música estivesse tocando em ‘looping’. Into The Legend (2016), segundo álbum da nova fase, mostra ser possível se renovar sem perder as características. Sem moderação na sinceridade, Staropoli falou com a ROADIE CREW sobre o novo trabalho e o momento do grupo…

VOODOO CIRCLE

Por Daniel Dutra

“Uma vez estava conversando com Eddie Van Halen sobre os guitarristas que nos influenciaram e por que gostávamos deles. Ele disse que todos tinham uísque nos dedos, afinal, podíamos ouvir os anos dos shows em bares na alma de cada um. Vários músicos mais jovens são abençoados tecnicamente, mas parece que passaram todo o tempo tocando no quarto.” A declaração de Steve Stevens (Billy Idol, Vince Neil, Atomic Playboys e outros) foi o estalo para o quarto álbum do Voodoo Circle, Whisky Fingers (2015), e a banda formada por Alessandro del Vecchio (teclados e vocal), Francesco Jovino (bateria), Alex Beyrodt (guitarra), David Readman (vocal) e Mat Sinner (baixo) – foto – fez jus à ideia com um trabalho que finca o Classic Rock no presente. Para saber mais detalhes, batemos um agradável e revelador papo com Beyrodt (N.R.: algumas semanas depois, Readman anunciou que estava saindo de forma amigável do Voodoo Circle)…

CALIBAN

Por Guilherme Spiazzi

Desde o seu surgimento no underground alemão no final da década de 90, Andreas Dörner (vocal), Marc Görtz (guitarra), Denis Schmidt (guitarra e vocal), Marco Schaller (baixo) e Patrick Grün (bateria) têm trabalhado duro para expandir seu território. Enquanto muitas bandas de Metalcore sumiram ou desistiram da jornada, o Caliban segue soltando um disco de estúdio a cada dois anos. O resultado é o crescimento da sua base de fãs e da popularidade ao redor do mundo. O lançamento de Gravity, seu décimo disco de estúdio, vem para comprovar a fome por música e a eficiência do grupo, além de rebater as críticas que recebeu no disco anterior. Quem nos fala mais sobre o disco e os planos é Marc Görtz, guitarrista e principal compositor…

CHEAP TRICK

Por Ken Sharp

Por anos, o Cheap Trick teve menos reconhecimento do que mereceria. Afinal, trata-se de uma banda formada por músicos talentosos e que poderia definir a essência do Hard Rock através da grande criatividade e de musicalidade acima de qualquer suspeita. No entanto, a banda nunca recebeu o devido respaldo tanto por parte do público como da crítica, apesar de ser um dos principais nomes do Rock’n’Roll americano. Agora, prestes a passar a fazer parte do seleto grupo do “Rock And Roll Hall Of Fame”, o Cheap Trick parece estar colhendo os frutos de uma batalha que já dura mais de quarenta anos. E depois de sete anos do lançamento de seu trabalho anterior, The Latest, a banda acaba de soltar mais um álbum, Bang Zoom Crazy… Hello, e mostra que não perdeu a mão para fazer grandes músicas, como No Direction Home, Sing My Blues Away, When I Wake Up Tomorrow e All Strung Out, exemplos de temas populares, versáteis e repletos de energia. Batemos um papo com Robin Zander, vocalista, guitarrista e fundador do grupo para falar sobre o passado, o presente e o futuro do quarteto…

SPIRITUAL BEGGARS

Por Antonio C. Monteiro e Claudio Vicentin

E lá se vão mais de vinte anos desde que o Spiritual Beggars lançou seu primeiro disco, Spiritual Beggars (1994). E de lá para cá, sofrendo várias mudanças de formação e, no final das contas, tornando-se uma espécie de projeto paralelo de Michael Amott (guitarra, Arch Enemy), Ludwig Witt (bateria, Grand Magus), Sharlee D’Angelo (baixo, Arch Enemy), Apollo Papathanasio (vocal, ex- Firewind) e Per Wiberg (teclado, ex-Opeth) – foto – criou sua história, que é contada através dos nove álbuns que lançou. O último deles, Sunrise To Sundown, mostra um grupo cada vez mais maduro e coeso, graças também ao fato de ser o terceiro com a mesma formação. O tecladista Per Wiberg falou sobre esse novo trabalho e muito mais…

TYSONDOG

Por Ricardo Batalha

A história do Tysondog está ligada diretamente à época da New Wave Of British Heavy Metal. Surgido em Newcastle upon Tyne (ING), fez parte da segunda onda de bandas que levantaram o Metal na Europa e teve ramificações em diversos países. Tendo Beware Of The Dog (1984) como um clássico, o grupo passou por fases de inatividade e, entre idas e vindas, se agrupou novamente para soltar o seu terceiro disco. Agora, Clutch Carruthers (vocal), Steve Morrison e Paul Burdis (guitarras), Kevin Wynn (baixo) e Phil Brewis (bateria) promovem Cry Havoc (2015), que saiu quase trinta anos depois de Crimes Of Insanity (1986). Na entrevista a seguir, Wynn fala do passado e do presente, relembra a treta com Cronos (Venom) e garante estar animado para tocar pela primeira vez no Brasil…

DISGRACE AND TERROR

Por Valtemir Amler

Surgido na prolífica cena paraense em agosto de 2001, o Disgrace And Terror sempre teve como um de seus objetivos primordiais a elaboração de um Thrash/Death Metal violento, com altas doses daquilo de melhor e mais brutal que foi criado na década de 80. A estreia nos palcos se deu no ano seguinte, quando se apresentou na segunda edição do festival “Barulho Brutal”, ocorrido em Belém. Desde então, a banda vem colecionando shows pela América do Sul e Europa, mantendo intacta a tradição brasileira de revelar grandes nomes ao Metal Extremo. Com seu terceiro álbum, El Papa Negro (2015), uma nova forma de trabalho foi adotada. Pela primeira vez trabalhando como um trio, o vocalista e baixista Rot Terrorist, o guitarrista Vínicius Carvalho e o baterista Aldyr Rod “Rato” – foto – mais uma vez encaram a estrada, com garra e ânimo renovados. Conversamos com o trio que, além de nos contar detalhes sobre o mais recente álbum, ainda nos forneceu um breve olhar sobre a ideia que cerca El Papa Negro…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

A relevância de um assunto para ser capa

Na reunião de pauta que fazemos a cada mês nos deparamos com uma situação que está longe de configurar um problema: há sempre mais material com assunto interessante para ser publicado do que espaço disponível nas páginas da ROADIE CREW. Aí é que entra então nossa definição interna de critérios para seleção das matérias, com base na qual estruturamos o conteúdo da edição a ser produzida. Existem três pontos fundamentais que são considerados pela equipe para manter sempre o equilíbrio da publicação: abordar trabalhos de bandas novas e veteranas; garantir a presença de temas com bandas brasileiras; e contemplar da forma mais abrangente possível a diversidade de estilos que existem no cenário do Rock/Heavy Metal.

Com essas premissas em mente colhemos no ‘backlog’ todas as pautas a serem desenvolvidas, e aí entra a necessária dose de bom senso para distribuir as matérias nas páginas da revista, e inclusive definir qual vai ser a capa do mês. Mas a matéria de capa implica em algumas exigências, pois o assunto tem que ter a devida importância para a cena e o material editorial precisa ser suficientemente extenso para ocupar pelo menos cinco páginas, com textos e qualidade de imagens compatíveis com a visibilidade que a capa permite. Tratamos isso com a paixão de amadores que nutrimos pela música, mas com a seriedade de quem tem a responsabilidade de levar informação aos leitores que nos acompanham, alguns deles desde a fase romântica do fanzine, portanto por mais de 20 anos.

Nossa capa deste mês, por conta do aniversário de 20 anos do álbum Holy Land, presta homenagem aos criadores dessa que é uma das obras mais importantes do Heavy Metal, fruto do talento de um grupo de brasileiros. São eles: Andre Matos, Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Ricardo Confessori e Luis Mariutti, todos os componentes do line-up do Angra que gravou Holy Land. Eles concederam individualmente as entrevistas à Roadie Crew – conduzidas por Antonio Carlos Monteiro e Guilherme Spiazzi – falando com saudades sobre aquele período que transcorreu desde a criação, passando pelas gravações e pelo trabalho de divulgação do álbum naquela época. Certamente o pessoal que curte Metal Melódico tem tudo para sentir um prazer enorme lendo essa matéria enquanto ouve novamente o disco.

O mesmo tipo de prazer que os fãs de Metal Extremo poderão experimentar com o Enslaved ao ler o ‘Background’ da banda, que se inicia nesta edição, e ouvindo seu som, como eu fiz. Vale aqui uma referência à verdadeira aula sobre o Black Metal e sua relação com a Noruega, feita por um norueguês: Valtemir Amler. Imperdível.

Por sinal, ouvir o som de uma banda durante a leitura da revista é algo muito agradável e passei a fazer isso com certa frequência, principalmente para conhecer o trabalho de algumas bandas novas, como foi o caso do The Vintage Caravan na edição #199 que me conquistou de imediato. No fechamento da edição deste mês ouvi o álbum do Cheap Trick durante a revisão da entrevista com Robin Zander e me pareceu que a banda está ainda melhor do que na última vez que a tinha ouvido. Fica então a dica: recomendo unir a leitura ao som do Rock/Heavy Metal.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

FORA DO CHAKAL, KORG VOLTA COM O THE UNABOMBER FILES

Mineiro de Belo Horizonte, Vladimir Korg chega aos 52 anos com o mesmo estilo que o consagrou no Chakal e The Mist, duas lendas brasileiras do Metal, e em projetos como Junkie Jesus Freud e NUT. Sem medo de arriscar, continua fugindo da acomodação e fazendo da música pesada uma afiada e áspera obra de arte. Vocalista e um dos melhores compositores do Metal nacional, ele fala da nova mudança na carreira: a volta a um trabalho com Paulo Júnior (baixo, Sepultura), Alan Wallace e André Márcio (guitarra e bateria, Eminence). Apesar do potencial para ser a nova sensação do país, Korg diz ser só um projeto…

ARANDU ARAKUAA: TRANSMITINDO CULTURAS INDÍGENAS NO METAL

Fundado na cidade de Brasília em 2008, o Arandu Arakuaa (sabedoria dos cosmos, em tupi antigo) destacou-se com sua proposta ousada: fundir Heavy Metal com elementos indígenas e tribais. Agora, Nájila Cristina (vocais), Zândhio Aquino (guitarra), Saulo Lucena (baixo) e Adriano Ferreira (bateria) seguem promovendo o segundo registro, Wdê Nnãkrda (2015). “Estamos tentando despertar o interesse das pessoas para as culturas indígenas e a mãe-terra. E só temos nossa arte como arma”, explica Aquino. Confira a entrevista com o criador da banda…

THE GOTHS: PEGANDO PESADO NA FÓRMULA

Em 2004, a ideia dos irmãos Felipe (guitarra e vocal) e Lucas Disselli (bateria) de formar uma banda se concretizou. As composições foram tomando forma e os ensaios se intensificaram até que, em 2009, a dupla entrou em estúdio ao lado de Bruno Gusman (guitarra) e Fabio Ferrucio (baixo) para a concepção do primeiro material. Em 2016, o The Goths, já renovado com Felipe Hervoso na guitarra e Will Costa no baixo, lançou o álbum de estreia, The Death. A ROADIE CREW convocou os irmãos Dissolli para saber mais detalhes sobre esse trabalho…

KING OF ASGARD: TRADIÇÃO VIKING E RAIVA NÓRDICA

Com seu vigoroso Viking Metal, os suecos do King Of Asgard aportam pela primeira vez no Brasil vindo para o “Thorhammerfest”, que ocorre no dia 7 de setembro, em São Paulo. Atualmente formado por Karl Beckmann (vocais e guitarra), Jonas Albrektsson (baixo), Mathias Westman (bateria) e Ted Sjulmark (guitarra), o grupo deve destacar composições dos três álbuns da carreira, Fi’mbulvintr (2010), …To North (2012) e Karg (2014), além de músicas do novo trabalho, que está sendo gravado. Beckman arrumou um tempinho entre as gravações para falar sobre a vinda ao nosso país e sobre outros temas relacionados à banda…

DARK WITCH: VOLTADO PARA AS RAÍZES DO METAL

Na vida é assim: às vezes, as coisas demoram um pouco mais do que planejamos. E na música não é diferente. Fundado em 1999, na cidade de Santos, São Paulo, o Dark Witch, um dos grupos do vocalista Bil Martins (Hellish War e Heavenly Kingdom), levou dezesseis anos para colocar The Circle Of Blood, seu primeiro álbum, na praça. Longos dezesseis anos. Mas esse tempo, segundo o próprio Bil Martins, serviu para ‘forjarmos nossa identidade e adquirirmos experiência’, requisitos sempre muito bem vindos para uma banda. O resultado é um trabalho coeso e muito bem executado. Metal Tradicional com melodias marcantes, ótimos riffs, composições bem estruturadas e toques de Power Metal aqui e ali. Confira o bate-papo que tivemos com o vocalista…

TERRA PRIMA: DEDICAÇÃO VOLUNTÁRIA

Dedicação com foco apenas no resultado em fazer boas canções e, por consequência, um disco vencedor. Assim podemos definir a trajetória da banda pernambucana Terra Prima. Com doze anos de estrada, Daniel Pinho (vocal), Diego Veras (guitarra), Otávio Veras (guitarra), Gabriel Carvalho (baixo) e Tiago Guima (bateria) promovem atualmente o álbum Second, lançado este ano. Em entrevista para a ROADIE CREW, Otávio Veras nos conta como foram os preparativos do disco, a participação do vocalista Fabio Lione e a presença no badalado festival “Abril Pro Rock”…

EMBRIO: DEZ ANOS DE PESO

O Embrio está celebrando sua primeira década e atualmente divulga Déjà Vu, álbum de ‘b-sides’ que mostra um pouco do que esse grupo paranaense de Thrash Metal fez durante esses anos. O vocalista e guitarrista Émerson Pereira nos falou um pouco a respeito desse e do mais recente álbum de estúdio, o bem recebido Revolt Against The System (2013), e também sobre a atitude das pessoas em relação à política atual no Brasil…

FORAHNEO: COM SOTAQUE BRASILEIRO

Apesar da quantidade exorbitante de grupos promissores que surgem diariamente na música pesada, parece que algo ficou no passado: a capacidade de criarem músicas não apenas boas, mas que colem na mente, independentemente do estilo adotado. Curiosamente, os chilenos do Forahneo apostaram nesse cuidado em seu ‘debut’, Perifidy. Death/Thrash que prima pelo peso e pela intensidade, agraciado com pequenas doses de Industrial, o que dá um ar caótico ao trabalho. Um feito e tanto por se tratar apenas do primeiro álbum do grupo, formado atualmente por Tito Melin (vocal), Roberto Nervi (guitarra), Eduardo Jarry (baixo) e Felipe Zavala (bateria). Jarry, que morou muito tempo no Brasil, nos fala um pouco do disco e de alguns fatos recentes…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

LEITOR DAS ANTIGAS

Sou leitor das antigas e gostaria de agradecer a quantidade de matérias e bandas de diversos estilos dentro do Rock, do Progressivo ao mais Extremo Metal. O que importa é o verdadeiro sentido de democracia desta revista, o que só faz acrescentar a nós, leitores e consumidores. Estou com 50 anos e conheci esta maravilha chamada Rock’n’Roll através da Suzi Quatro em 1973, quando tinha 8 anos. Através desta revista, pude conhecer diversas bandas de que nunca tinha ouvido falar e poder me manter atualizado. Várias matérias de meu gosto já foram publicadas, como Journey, Rush, Ted Nugent, Krokus, Kiss, Motörhead e Damn Yankees. Gostaria de aproveitar o fato de o Cheap Trick ter sido indicado ao The Rock Hall Of Fame 2016 junto com Deep Purple, Steve Miller e Chicago e pedir uma matéria sobre esta maravilha do Power Pop e Hard Rock. Abraços ao som de Clock Strikes Ten, do maravilhoso At Budokan.

Márcio Andrei Loiacono

Santos/SP

Salve, Márcio. Legal que você sacou que nossa intenção é atingir a todos os gêneros e subgêneros do Rock e do Metal. Afinal, todos eles têm grande importância no contexto geral da música e nenhum pode ser subestimado. Espero que curta a matéria do Cheap Trick nesta edição. Forte abraço! (Antonio Carlos Monteiro)

BACKSTAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA

Por Redação

Backstage

Vitão Bonesso

Quase aconteceu, mas alguma coisa deu errado…

Na edição anterior, falamos aqui sobre fatos insólitos que, vez ou outra, acontecem na cena Heavy Rock, como Axl Rose no AC/DC, o retorno do Rainbow com uma formação bem aquém do que a banda realmente merece etc. Desta vez selecionei alguns acontecimentos, começando com os primórdios do Emerson, Lake & Palmer. Sempre existiram rumores de que o trio na verdade poderia ser um quarteto, tendo em sua formação um guitarrista. E ele seria, nada mais, nada menos, que Jimi Hendrix. Como? Jimi Hendrix? Sim… Ele mesmo!

Em 1969, o baixista Greg Lake e o tecladista Keith Emerson começaram a arquitetar a formação de um supergrupo, mas ainda faltava um baterista e, quem sabe, um guitarrista. Um dos primeiros bateristas que veio à mente de Lake foi Mitch Mitchell, que havia se desligado do Jimi Hendrix Experience. O guitarrista agora estava finalizando um trabalho com a Band Of Gypsies e Mitchell até cogitou a possibilidade de trazer Hendrix para uma possível junção com Emerson e Lake. Semanas depois, Greg Lake recebeu uma ligação do empresário do Cream e dos Bee Gees, Roger Stigwood, que disse conhecer o baterista perfeito para a banda. Era o jovem Carl Palmer que, antes mesmo de uma jam com Mitch Mitchell, se mostrou o baterista perfeito para a banda. Porém,..

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Toda vez que ouço falar de ‘turnê final’ eu tremo

Mas não é de repulsa, e sim de profundo pavor.

Pavor de enxergar a fonte secar, tal qual Cantareira há uns pouco meses.

Agora foi o Aerosmith que anunciou a turnê derradeira. Ano passado despenquei para o Rio para assistir ao Mötley Crüe. Este ano teremos a sorte de ver o Black Sabbath. E AC/DC também está vendendo os últimos goles de café no bule.

Aí penso que todas as bandas mais atraentes são tão velhas quanto o Rock. O ‘hors concours’ Rolling Stones já tem quase 55 anos de carreira, mas você pensa que Scorpions está muito longe? Pois completou 50 anos já. Judas Priest, ZZ Top e Sabbath têm seus 47; Van Halen, 44; Kiss e AC/DC, 43; Iron Maiden, 41. Até o Guns N’Roses, que vai pintar por aqui em novembro, já passou de 30.

Sei que pode parecer papo de tiozão que levanta a lata de cerveja e grita: “No meu tempo é que era bom!” E até é. Mas busquei razões que me contradissessem e simplesmente as que enxergo não dão nem para começar o volume morto.

Mais uma vez recorro ao espetacular Nails, que tem seus nove anos de vida, e ao Noisem, com três anos…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Record Store Day: cadê as lojas brasileiras?

Você sabia que em nosso país existem duas lojas de discos integrantes do Record Store Day? Não?! Mas, você sabe o que é o Record Store Day?

Bem, ao ler a entrevista do baixista do Katatonia, Niklas Sandin, para esta edição da ROADIE CREW, chamou atenção a menção sobre o Record Store Day, então fomos atrás de mais informações.

O Record Store Day foi criado em 2007 para as pessoas que compõem o mundo das lojas de discos – funcionários, clientes e artistas – com o intuito de unir e celebrar a cultura singular de uma loja de discos e o papel especial que esses estabelecimentos de propriedade independente desempenham em suas comunidades. Hoje existem lojas participantes do Record Store Day em todos os continentes, exceto na Antártida, sendo aproximadamente 1.400 estabelecimentos nos Estados Unidos e outras milhares de lojas semelhantes pelo mundo.

É um evento anual, realizado no terceiro sábado de abril de cada ano. O primeiro Record Store Day aconteceu em 19 de abril de 2008. Nesse dia, reúnem-se fãs e artistas em milhares de lojas de discos independentes em todo o mundo…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha (*)

Fãs do Angra vibraram com a Portuguesa de Desportos

O assunto da minha entrada no lugar de Claudio Vicentin como roadie de bateria do Angra havia ficado no ar em uma conversa que tivemos, certa noite, no Manifesto Bar, com o baterista e meu amigo da época do Colégio Objetivo Ricardo Confessori. Ninguém falou mais nada. Então, em um dia, sentado do lado do meu pai no hospital, vendo-o num estado lastimável em seus últimos dias de vida, minha mãe lembrou que uma pessoa tinha telefonado e dito algo sobre o Angra. Rapidamente entrei em contato, explicando minha situação. No final, deu certo.

A mudança da área do Direito para a vivência com o Angra foi brusca. Depois de um treino, em que Confessori desmontou toda a bateria que ficava no estúdio em sua casa dizendo para “montar, depois desmontar e guardar nos ‘cases’” umas duas vezes, enfim fui para um teste real. O primeiro grande evento em que trabalhei foi no extinto Palace, em São Paulo.

Tudo correu bem, mas como estava sendo realizada a primeira partida da final do Campeonato Brasileiro de 1996, em 11 de dezembro, ninguém parecia estar muito a fim de sair do camarim…

ETERNAL IDOLS – FRANK WATKINS

Por Leonardo M. Brauna

Em 1980, quando estava com 12 anos de idade, Frank Watkins tomou gosto pela música, mas não imaginava que sua preferência pelo Heavy Metal lhe renderia uma carreira com tantos frutos. Mais tarde, acompanhou o surgimento de um estilo musical pesado e visceral, praticado por pessoas que viviam ao sudeste dos EUA: o Death Metal.

Em 1986, Watkins já era músico profissional em Fort Lauderdale, Flórida (EUA), iniciando sua trajetória tocando baixo em bandas como Sacrosanct, Bad Rep e Hellwitch, com a qual participou na coletânea No Slow Thrashification Vomit I (1988) e na Rehearsal Demo (1989).

Ao deixar o trio, o músico tornou-se um dos protagonistas da “elite” do então emergente Death Metal. Foi quando os irmãos John e Donald Tardy, da cidade de Tampa/Flórida, chamaram-no para substituir o baixista Daniel Tucker no Obituary logo após o lançamento de seu primeiro álbum, Slowly We Rot (1989)…

BLIND EAR – SIMON DANIELS (AUTOGRAPH)

Por Daniel Dutra

“O som é legal, chega a lembrar Metallica. (N.R.: Foi por causa de um disco dessa banda que Bob Rock acabou produzindo o ‘Black Album’). Então é Mötley Crüe com John Corabi. Isso aqui tem um groove muito bom. É o meu disco favorito deles. (R.C.: Concordo, pena que não vendeu bem). O problema é que os fãs estão emocionalmente apegados ao cantor e ao som originais. Dizer que é melhor é relativo, mas esse álbum é de alto nível. Gosto do Vince Neil, mas às vezes ele parece o Mickey Mouse quando canta (risos). Uma pena que o público tenha sido tão agressivo com John, um cara muito talentoso e um bom amigo. Ainda não ouvi The Dead Daisies, mas tenho certeza de que vou gostar. (R.C.: É excelente). Fico feliz por ele estar num grupo novamente.”

Power To The Music

Mötley Crüe – Mötley Crüe

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Act Of Defiance

Ambush

Ancesttral

Bella D

Blackning

Brutality

Denner / Shermann

Destroyers Of All

Diagnosis

Edu Falaschi

Endrah

Entombed A.D.

Gruesome

Guerrilha

Hangar

Hyades

Imminent Attack

Lacrimas Profundere

Lightning

Magnum

Maldita

Malleus_Sonneillon

Negacy

Obtus

Omen

Pepe Bueno

QR1

Raging_Death

Ranger

Revolution Within

Ronaldo E Os Impedidos

Speed Metal Hell

Subviventes

Sunstorm

Svarttjern

Ted Poley

Texas Hippie Coalition

The Order

The Raz Band

Tigertailz

Tribulation

Umbrarigae

Voiden

Volbeat

Winterlore

Wisdom

Witherscape

Yngwie Malmsteen

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Criminal Action

Disrupting

No Time

Santopecador

The Spread

HIDDEN TRACKS – SAINTS & SINNERS

Por Ricardo Batalha

Se até o guitarrista do Venom, Mantas, certa vez deu uma escapada do Metal para gravar Hard Rock, o que dirá os canadenses do Saints & Sinners. Embora parecesse que tinham nascido para praticar Hard Rock, já que começaram tocando em um tributo ao Kiss, o vocalista Rick Hughes e o baterista Dan Hughes tinham um passado honroso no Metal com o Sword. Criado no início da década de 80 na pequena Saint-Bruno, localizada na região ao sul de Montreal, na província de Quebec (CAN), o grupo rapidamente chamou atenção e conseguiu assinar contrato com o pequeno selo Aquarius em 1984. “Éramos influenciados por Black Sabbath, Iron Maiden e Judas Priest. Minhas influências pessoais vêm de Rob Halford, Ian Gillan e Paul McCartney”, contou Hughes em entrevista ao nosso colaborador Mitch Lafon…

CLASSICOVER – LADO B+

Por Redação

ClassiCover

Under Jolly Roger

Leonardo M. Brauna

Após a promoção de Branded And Exiled (1985), que fez o Running Wild excursionar por Europa, Canadá e EUA, Rock’n’Rolf Kasparek (vocal e guitarra), Majk Moti (guitarra), Stephan Boriss (baixo) e Wolfgang “Hasche” Hagemann (bateria) tiraram um período de descanso. Rolf então aproveitou para se aprofundar em estudos relacionados à pirataria, temática que pensou cair bem para um grupo de Heavy Metal.

Under Jolly Roger foi lançado em 1987 e, de cara, trouxe como cartão de visitas a imponente canção título como faixa de abertura. ‘Jolly Roger’ é o nome que as embarcações piratas davam às suas bandeiras hasteadas no mastro principal…

Lado B+

Coronarias Redig (Deep Purple)

Batalha

As faixas do clássico Burn (1974) foram compostas pelo Purple em setembro de 1973, no Clearwell Castle (ING), e produzidas em novembro do mesmo ano em Montreux (SUI). Os trabalhos foram feitos novamente no famoso estúdio móvel dos Rolling Stones, também alugado por nomes como Led Zeppelin, Bad Company, Wishbone Ash e Iron Maiden. Já Coronarias Redig, que não entrou no repertório, foi gravada posteriormente para sair no lado B dos singles Might Just Take Your Life e Burn, que serviram de promoção do oitavo trabalho dos ingleses.

O primeiro single foi lançado apenas três dias antes do disco, a 12 de fevereiro…

LIVE EVIL - NAPALM DEATH

Por Frans Dourado

Napalm Death

Test / Genocidio

26 de junho de 2016

Clash Club – São Paulo/SP

Por Frans Dourado • Fotos: Fernando Pires

Uma história de 26 anos ganhou mais um capítulo. A saga iniciada pelo Napalm Death em 11 de maio de 1990 no saudoso Dama Xoc, em São Paulo, se repetiu mais uma vez em solo brasileiro. Sempre com Barney Greenway nos vocais e Shane Embury no baixo.

Coube ao Test a tarefa de abrir os trabalhos da noite. A dupla composta pelo guitarrista e vocalista João Kombi e pelo baterista Barata goza de prestígio entre grandes nomes da cena extrema mundial, sendo que um deles, o baixista Shane Embury, encerraria os trabalhos da noite como membro mais antigo do Napalm Death. A banda subiu ao palco por volta das 19h e mais uma vez executou um set improvisado, baseado em seu mais recente disco, Espécies (2015), além de quatro sons dos demais trabalhos, aproximadamente – nem eles sabem precisar quais foram e, pelo jeito, pouco se importam com isso. Basta dizer que os dois músicos, tocando de frente um para o outro naquele palco como se não houvesse amanhã e nem plateia, não cansam de brincar com as expectativas e subverter as convenções do estilo. Perturbador!…

LIVE EVIL - SUICIDAL TENDENCIES

Por Frans Dourado

Suicidal Tendencies

Tolerância Zero / Oitão / Ratos de Porão

Audio Club – São Paulo/SP

02 de julho de 2016

Por Frans Dourado • Fotos: Fernando Pires

Caiu como uma bomba a notícia de que Dave Lombardo seria o novo baterista do Suicidal Tendencies. A banda, que mantém apenas o vocalista Mike Muir como membro original, participou da primeira edição do “Monsters Of Rock” em 1994 e da Virada Cultural paulistana em 2012. Mas este foi certamente o show dos norte-americanos que mais mobilizou público, tanto aqueles que acompanham o grupo há décadas como os que queriam conferir a lenda da bateria mais uma vez.

O primeiro show de abertura foi do Tolerância Zero, formado em 1997 e que retomou as atividades recentemente, lançou o single Tudo Loco e pretende soltar um novo álbum ainda este ano. Natural de Indaiatuba/SP, o quarteto formado por Campa (vocal), Pé (guitarra), Thiago (baixo) e Leko (bateria) foi bem recebido por um público já presente em número razoável, mas sofreu com o som. Absurdamente alto, incomodou parte dos presentes e impediu que a performance fosse acompanhada com a devida clareza e atenção.

Na sequência subiu ao palco o Oitão, quarteto Hardcore formado por Henrique Fogaça (vocal), Ciero (guitarra), Ed Chavez (baixo) e Marcelo B.A. (bateria) e que segue com a divulgação de seu segundo álbum, Pobre Povo (2015)…

LIVE EVIL - KAMELOT

Por Daniel Dutra

Kamelot

Innocence Lost

Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ

03 de julho de 2016

Por Daniel Dutra • Fotos: Alessandra Tolc

Fato: pontualidade não é o forte do carioca. Fato: qualquer show que cai num domingo precisa começar cedo, afinal, as pessoas precisam trabalhar no dia seguinte e eficiência não é o forte do transporte público no Rio de Janeiro. Isso sem esquecer da sensação de insegurança ampliada pela onda de violência às vésperas das Olimpíadas numa cidade que há muito deixou de ser maravilhosa – quanto mais cedo chegar em casa, melhor. Fato: era previsível que houvesse pouca gente quando o Innocence Lost começou seu set pontualmente às 19h. Não que isso tenha feito alguma diferença para o quinteto, que aproveitou bem a oportunidade para divulgar o EP Human Reason.

No entanto, apesar de o disco ser de 2012 e de o grupo – Mari Torres (vocal), Juan Carlos (guitarra), Aloysio Ventura (teclados), Rodrigo Tardin (baixo) e Heron Matias (bateria) – estar na ativa desde 2007, ainda há muito o que amadurecer. É preciso enxugar alguns exageros instrumentais, principalmente ao vivo e notadamente na performance de Matias, que despeja viradas fora de propósito…

PLAY LIST – CASITO (WITCH HAMMER)

Por Leandro Nogueira Coppi

Dartherium: “Uma homenagem à minha primeira banda, de mesmo nome. É um nome fictício vindo da junção de Darth, do famoso Darth Vader, e o sufixo ‘erium’, do latim. A onda do momento era o disco To Mega Therion, do Celtic Frost e, para mim, ‘Star Wars’, que sempre achei legal. Juntei os dois de alguma forma.”

Álbum: The First And The Last (1988)

COLLECTION – AXEL RUDI PEL

Por Écio Souza Diniz

Se há um ditado que se encaixa à trajetória do guitarrista alemão Axel Rudi Pell é o que diz “alguns parecem ter nascido para fazer nada mais do que aquilo que fazem com excelência”. Nascido a 27 de junho de 1960 em Bochum, estado da Renânia do Norte-Vestfália, iniciou a carreira em 1982 no Steeler, com o qual lançou quatro álbuns. Saiu em 1989 para uma bem sucedida carreira solo. Suas influências vêm da escola de nomes como Jimi Hendrix, Ritchie Blackmore e Uli Jon Roth, além de arpejos e arranjos herdados da música erudita. As principais características de seu estilo pessoal são a precisão em mesclar elementos melódicos do Hard Rock com outros mais agressivos, além da competência ao criar baladas inspiradas. “Não sento e penso se devo ou não compor uma música veloz ou uma balada. Tudo vem naturalmente na minha mente”, disse ele certa vez à ROADIE CREW. Para completar suas composições, Axel Rudi Pell também sempre foi acompanhado por outros excelentes músicos, praticamente selecionados a dedo. Certamente suas obras serão eternas não apenas em seu país, mas para todos os apaixonados fãs de Hard, Heavy e Power espalhados pelo mundo…

BACKGROUND – ENSLAVED - PARTE 1

Por Valtemir Amler

Os noruegueses do Enslaved completarão no mês de outubro vinte e cinco anos de estrada, mas podem olhar para sua história com orgulho. Não é fácil analisar os meandros que levaram a cena norueguesa a se tornar uma referência mundial a partir da década de 90. A complexidade e a grandeza desse tema, por si só, já mereceria um estudo à parte, tendo em vista todos os pormenores que levaram a Noruega a ter um cenário tão prolífico e reverenciado. Mas se faz necessário observar alguns pontos para compreender a sedimentação do Enslaved.

Em meados dos anos 80 e início da década de 90, a vida na Noruega se assemelhava muito àquele cenário idílico que hoje nos é tão conhecido ao pensarmos no país: um lugar de natureza exuberante, onde o contato do homem com a natureza se faz intrínseco ao seu dia a dia. Um cenário ideal para se constituir uma família, sabendo que os filhos poderiam gozar de uma posição confortável no mundo, confiando que ali existia uma grande nação que os acolheria e os confortaria. Tudo isso tornava a vida não apenas um orgulho para os noruegueses, mas um sonho em potencial para todos os habitantes de grandes cidades no mundo, que viam naquele pequeno país (e até então pouco conhecido) um ideal, um símbolo de algo novo e, talvez, perfeito. Era algo distante das mazelas da sociedade industrial e desumana dos grandes centros. O que então poderia levar os jovens dessa nação a uma revolta tão profunda, a ponto de gerar o mais execrável e inacessível gênero musical?

CLASSICREW

Por Redação

1976

AC/DC

Dirty Deed Done Dirt Cheap

Antonio Carlos Monteiro

Tem uma coisa que todo mundo sabe, mas que não custa repetir: a discografia inicial do AC/DC é uma verdadeira bagunça. Acontece que os caras lançaram dois discos em 1975 que só saíram na Austrália. Depois, a Atlantic Records viu que ali tinha ouro em forma de Rock’n’Roll e excessos e assinou com os caras, colocando a banda imediatamente na estrada, principalmente na Europa. Foi o que bastou para o AC/DC ganhar experiência no circuito de estádios ao abrir para nomes como Black Sabbath, Kiss e Aerosmith. Ao mesmo tempo, a gravadora também providenciou o relançamento de parte do repertório daqueles primeiros discos nos álbuns seguintes, com algumas diferenças significativas entre os mercados europeu, americano e asiático. Pra complicar…

1986

KAMIKAZE

Kamikaze

Daniel Dutra

“Ei, você! Venha! Escute o que o som tem para dizer!” Não é profético, porque a cena já havia rendido alguns frutos fonográficos, mas a linha extraída da letra de Trilha Do Metal pode muito bem ilustrar o berço em que foi embalado o Kamikaze, banda formada em 1984 por Guilherme Bizotto (vocal), Reginaldo Silva (guitarra), Gustavo Duarte (baixo) e João Guimarães (bateria). O quarteto estava ao lado de nomes como Sepultura, Overdose, Sarcófago, Chakal, Mutilator, Witchhammer, Sextrash e Holocausto em Minas Gerais, forjando a cena da música pesada local na primeira metade da década de 80 e a consolidando nos anos seguintes, período retratado no documentário “Ruído das Minas – A Origem do Heavy Metal em Belo Horizonte”, de 2009…

1996

ARCTURUS

Aspera Hiems Symfonia

Valtemir Amler

Pode-se dizer que, no início dos anos 90, o Black Metal tinha atingido o máximo de crueza que um estilo musical poderia alcançar. Bandas como Mayhem, Burzum e Darkthrone tinham dado um caráter tão primitivo às suas músicas que elas pareciam criações paleolíticas, que até hoje se firmam no cenário como clássicos insuperáveis. O que uma banda novata poderia fazer, em um cenário como esse, para chamar atenção e ser reconhecida? Aparentemente, um quinteto de Oslo (NOR), formado por Garm (vocal), Carl August Tidemann (guitarra), Sverd (teclado), Skoll (baixo) e Hellhammer (bateria), tinha a resposta. Reunido sob o nome de Arcturus – a estrela de maior brilho do Hemisfério Norte –, romperam todos os limites do Black Metal para criar um estilo único e que seria copiado por muitos seguidores após o seu estabelecimento.

Promovendo uma mistura única de poesia…

2006

MOTÖRHEAD

Kiss Of Death

Antonio Carlos Monteiro

Apesar de Lemmy ter declarado que ganhou mais dinheiro com quatro músicas que escreveu com Ozzy Osbourne do que em quarenta anos de Motörhead, a verdade é que sua banda jamais deixou de produzir. Foram 22 discos em 38 anos, sendo que o maior período sem soltar nada foi de apenas quatro anos, entre Rock’n’Roll (1987) e 1916 (1991). Assim, não espanta que a história conte que em 2006 Lemmy, Phil Campbell e Mikkey Dee, mesmo mantendo sua rotina de shows, se dividissem entre três estúdios (Paramount e NRG, em Hollywood, e Maple, em Costa Mesa, todos na Califórnia) para registrar seu 18º disco de estúdio, Kiss Of Death. A banda vinha do bem sucedido Inferno, que saíra dois anos antes. Havia, então, o desafio extra de no mínimo igualar-se ao antecessor.

E a banda aparentemente não quis arriscar. Além de gravar nos mesmos estúdios do disco…

PROFILE – KASBAFY (MEGAHERTZ)

Por Leonardo M. Brauna

Primeiro álbum que você comprou:

“Master Of Reality (Black Sabbath).”

POSTER – SABATON

Por Redação

Sabaton
Heroes (Album)

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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