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Edição #215

R$29,00

Saiu. Finalmente saiu. Depois de oito anos, eis Hardwired… To Self-Destruct, novo disco do Metallica e sem dúvida o trabalho mais aguardado dentro do Heavy Metal dos últimos dez anos. Na verdade, chegou-se a pensar que ele jamais veria a luz do dia…

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METALLICA

Por Merlin Alderslade

Saiu. Finalmente saiu. Depois de oito anos, eis Hardwired… To Self-Destruct, novo disco do Metallica e sem dúvida o trabalho mais aguardado dentro do Heavy Metal dos últimos dez anos. Na verdade, chegou-se a pensar que ele jamais veria a luz do dia. É um álbum cujo lançamento foi várias vezes adiado e que viu o grupo se envolver em incontáveis projetos antes de colocá-lo nas lojas – as turnês, os festivais, o filme, o disco com Lou Reed, o show na Antártida e deus sabe mais o quê – até que o novo capítulo na história da maior banda de Metal da história finalmente foi escrito.

Porém, aguardando para ouvir o disco no escritório da empresa que gerencia a carreira da banda em Nova York, ainda batia aquela dúvida: a qualquer momento Lars Ulrich poderia invadir a sala, desligar o imenso aparelho de som que estava lá, pronto para tocar o disco, e informar que não haveria álbum novo coisa nenhuma e que a banda, em vez disso, tinha optado por fazer uma tour baseada em Garage Inc. ou fazer um concerto para a lua ou lançar sua própria série de mangás… Mas não! Assim que a primeira faixa, Atlas, Rise!, irrompeu nos falantes, nós estaríamos oficialmente transitando em um território absolutamente desconhecido durante os próximos oitenta minutos.

Encerrada a audição, Lars ingressa na sala. Vestindo jeans, casaco de couro, boné de beisebol e com o inseparável palito de dentes pendurado na boca, o baterista parece pensativo, um pouco inquieto, mas aberto às perguntas, claramente disposto a falar sobre o novo disco e mostrando muito bom humor. Ótimo, porque a primeira pergunta já foi meio provocative…

RUNNING WILD

Por Daniel Dutra

Para os fãs que lamentaram o fim do Running Wild em 2009, esperar uns três aninhos por um novo disco da banda não foi assim tão difícil. E Rapid Foray, forjado enquanto Rolf Kasparek se recuperava de um acidente, acabou se beneficiando do tempo extra e involuntário que o líder da embarcação teve para cuidar dos mínimos detalhes. Com a ajuda do seu braço-direito há mais de uma década, o guitarrista Peter Jordan – Ole Hempelmann (baixo) e Michael Wolpers (bateria) completam a formação –, o lendário guitarrista e vocalista fez do 16º álbum da lenda alemã um trabalho a ser reverenciado pelos admiradores. A alma do Running Wild está presente do início ao fim, mas como nunca antes havia sido apresentada. Duvida? Quem conta é o próprio capitão. Com a palavra, Rock’n’Rolf! E seja bem-vindo a bordo…

ZODIAC

Por Guilherme Spiazzi

A chegada de Grain Of Soul, quarto disco de estúdio dos alemães do Zodiac, parece refletir muito bem um rito de passagem ou um renascimento pelo fogo, como sugere a faixa de abertura, Rebirth By Fire. O grupo formado na cidade de Münster em 2010 deu as caras na cena com A Bit Of Devil (2012), trazendo um Blues Rock que se enquadrava bem na onda retrô que tem ganhado força nesta década. Com a estreia, a banda mostrou que o peso seria uma constante em sua música, mas tal característica ainda não era predominante, pois ali ainda tinha bastante espaço para o groove e as viagens sonoras. Na sequência, A Hiding Place (2013) e Sonic Child (2014) mantiveram a pegada e trouxeram algumas novidades, mas nada como o que Nick Van Delft (vocal e guitarra), Stephan Gall (guitarra), Ruben Claro (baixo, teclado e backing vocals) e Janosch Rathmer (bateria) resolveram apresentar no novo álbum. Agora, o Blues Rock cedeu o seu espaço para um Rock mais ardido, pesado, denso, alto e malicioso. O centrado Nick Van Delft fala mais sobre o trabalho de experimentar sem perder a essência…

MICHAEL SWEET

Por Guilherme Spiazzi

Enquanto alguns músicos vão reduzindo o ritmo de trabalho com o passar dos anos, Michael Sweet (Stryper) está mais interessado do que nunca em pisar fundo e aproveitar as pausas do Stryper para trabalhar em seu projeto solo ou em parcerias com outros músicos. Longe da sua banda principal, ele chega ao sétimo disco solo, One Sided War, com uma proposta mais direta e energética. O álbum, como o vocalista e guitarrista relata nesta entrevista, vem para calar os incrédulos que achavam que ele não era capaz de produzir coisas tão Metal quanto faz no Stryper. Além de mandar o recado, Sweet deixa claro seu amor pela música e fala, sem concessões, sobre seu trabalho, os oportunistas da indústria musical e sua vontade de continuar lançando discos com outras parcerias…

PARADISE LOST

Por Daniel Dutra

Sabe aquelas entrevistas que o amigo leitor vive pedindo e que a equipe da ROADIE CREW garante que está tentando, porque nem sempre é tão simples? Acredite, é verdade que elas existem. E uma delas é com o Paradise Lost, que ano passado lançou o ótimo The Plague Within. A banda inglesa veio ao Brasil em setembro do mesmo ano, mas o bate-papo acabou não rolando por causa do corre-corre da turnê. Mandamos, então, as perguntas por e-mail. O quinteto acabou trocando de gravadora – da Century Media para a Nuclear Blast –, e o processo travou. Neste meio tempo, rolou um álbum ao vivo, Symphony For The Lost (2015), e o batera Adrian Erlandsson foi substituído por Waltteri Väyrynen, que acompanhou Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh e Aaron Aedy (guitarras) e Steve Edmondson (baixo) numa volta ao nosso país para o Epic Metal Fest, em São Paulo, e mais alguns shows em outras cidades. Pronto! Não poderíamos deixar a oportunidade escapar. Dito e feito. A pauta foi atualizada e reenviada para a banda, caindo nas mãos de Aaron. Mas por que é tão complicado entrevistar um dos pioneiros do Doom/Gothic Metal? Não é. Podemos culpar uma conjunção astral, que seja, mas saiba um pouco mais nas perguntas e respostas a seguir…

NERVOSA

Por Leandro Nogueira Coppi

Raivosas, focadas e com fome de Metal, Fernanda Lira (vocal e baixo) e Prika Amaral (guitarra) ultrapassam barreiras e seguem dando orgulho para o Heavy Metal brasileiro. Se a estreia com Victim Of Yourself (2014) colocou a banda em posição de destaque, o novo álbum, Agony, tem rendido muitos outros frutos e rapidamente as integrantes estão firmando o Nervosa como um dos nossos principais expoentes mundo afora. Fernanda e Prika atenderam a ROADIE CREW para falar sobre o novo trabalho, a vida na estrada, a troca de baterista, a rápida ascensão no cenário mundial, o respeito que têm conseguido até mesmo da parte de músicos consagrados e muitos outros assuntos…

MARILLION

Por Daniel Dutra

Quando se está no jogo há tanto tempo, é possível até mesmo criar novas regras para ele. Mais do que se reinventar, o Marillion apontou um novo caminho em meio à crise na indústria musical, ignorando o esquema das gravadoras lá em meados dos anos 90. Para continuar produzindo, apostou em seu maior patrimônio: os fãs. Você já deve ter escutado falar que foi a banda inglesa – Steve Hogarth (vocal), Steve Rothery (guitarra), Pete Trewavas (baixo), Mark Kelly (teclados) e Ian Mosley (bateria) – que deu início à onda do ‘crowdfunding’. Duas décadas depois, o quinteto soube continuar jogando e se aliou à PledgeMusic, a maior plataforma de campanhas ‘direct-to-fan’ do mercado. Resultado: seu 17º álbum de inéditas, o excepcional Fuck Everyone And Run (F E A R), atingiu o quarto lugar no Reino Unido, melhor colocação desde Clutching At Straws (1987). Nada mau para um trabalho belo, mas denso e provocador. Para falar sobre isso e outros assuntos mais, conversamos com Hogarth, que justificou por que estamos tratando de um dos grupos mais inteligentes que existem por aí…

WOLF HOFFMANN

Por Guilherme Spiazzi

Adicionar guitarras em composições eruditas consagradas não é uma grande inovação na música, mas volta e meia aparece um músico explorando essa oportunidade e imprimindo sua experiência e personalidade em composições atemporais. Em 1997, o alemão Wolf Hoffman experimentou isso pela primeira vez ao lançar Classical, mas a verdade é que muito antes disso ele dava sinais de sua inclinação para o erudito em algumas passagens nas composições do Accept. Quase vinte anos depois, Wolf finalmente lança a segunda parte desse projeto solo, Headbangers Symphony, agora com uma abordagem mais grandiosa e completa, como o próprio artista defende na entrevista a seguir…..

OPETH

Por Daniel Dutra

Está virando lugar-comum. Qualquer lançamento do Opeth é cercado de expectativas, gera novas discussões entre os fãs devido ao rumo musical e, no fim das contas, acaba altamente cotado para figurar naquelas listas de melhores do ano. E não foi diferente com Sorceress, a nova joia lapidada por Mikael Åkerfeldt (vocal e guitarra), Fredrik Åkesson (guitarra), Martín Méndez (baixo), Joakim Svalberg (teclados) e Martin “Axe” Axenrot (bateria). O 12º álbum de estúdio da banda sueca é mesmo um dos melhores de 2016, mas traz diferenças em relação aos dois anteriores, Heritage (2011) e Pale Communion (2014). Foi o que nos contou Åkerfeldt em longo e agradável bate-papo por telefone logo depois de o quinteto passar o som para um show em Copenhague, na Dinamarca. E a mente por trás de um dos mais criativos grupos de Heavy Metal surgidos dos anos 90 para cá não escondeu o jogo. Falou de tudo, até de sua coleção de discos e do que conhece de música brasileira. Saboreie os melhores momentos…

PHIL CAMPBELL

Por Daniel Dutra

O show tem que continuar. Depois de 31 anos ao lado direito de Lemmy Kilmister no Motörhead, Phil Campbell se viu sem o amigo e sem rumo. Sim, porque o guitarrista considerou a hipótese de desistir, mas felizmente havia no que se agarrar: além de um disco solo a ser finalizado, um novo capítulo começara a ser escrito em 2013 com a Phil Campbell’s All Starr Band, mas a diversão com os filhos Todd (guitarra) e Dane (bateria), ambos do grupo Straight Lines, e Tyla (baixo), membro do The People The Poet, virou coisa séria – o vocalista Neil Starr completa a formação. A turma passou a ser batizada de Phil Campbell And The Bastard Sons, entrou em estúdio e gravou o autointitulado EP com cinco músicas próprias que deixam um gostinho de quero mais. Para levarmos até você os detalhes desta nova fase, batemos um papo com Phil. Então, aumente o som e saboreie o papo que teve alguns momentos de emoção relacionados à sua história com Lemmy (e no Motörhead). Boa leitura!…

PAIN

Por Guilherme Spiazzi

Produtor, multi-instrumentista e inquieto, o sueco Peter Tägtgren começou a escrever o seu nome no Metal no início da década de 90 com o Hypocrisy após uma passagem pela Flórida (EUA), onde teve contato com Phil Fasciana (Malevolent Creation). Desde então, vem deixando sua marca produzindo inúmeras bandas e lançando discos com seu grupo e seu alter ego, o PAIN. Lançar Pain (1997) foi uma atitude ousada para um músico que vinha construindo sua carreira tocando Death Metal. Desde então, a vida de Tägtgren se divide em momentos experimentais e outros mais focados. Assim, o ano de 2016 foi dedicado a experimentar novamente com o PAIN, que lançou o seu oitavo disco de estúdio, Coming Home. A ROADIE CREW bateu um papo com Tägtgren para saber mais sobre o atual momento…

KING OF BONES

Por Claudio Vicentin

“Nós acreditamos muito na música que fazemos”, diz o guitarrista Rene Matela. Para alguns isso pode até parecer frase feita, mas a banda paulistana King Of Bones, que atualmente promove o segundo álbum, realmente pratica o que prega. Em We Are The Law (2013), o foco foi não só sair do estúdio com um trabalho bem produzido, mas garantir que a performance ao vivo tivesse impacto. Logicamente que sem ter um show redondo e datas a cumprir isso seria impossível. Assim, o grupo realizou uma turnê pelo Brasil abrindo para Andre Matos. Agora, com Don’t Mess With The King, a intenção se repete, pois Júlio Federici (vocal), Rene Matela (guitarra), Rafael Vitor (baixo) e Renato Nassif (bateria) encontraram sua personalidade musical e já estão mostrando a nova cara até fora do país. Quem dá os detalhes a seguir é Rene Matela…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Editorial

Ainda existe alguma coisa positiva neste final de ano

Encerramos o ano de 2016 com a agradável satisfação de publicar como matéria de capa a entrevista com o Metallica abordando detalhes que envolveram a criação e o lançamento do álbum Hardwired… To Self- Destruct. Esse disco resgata o entusiasmo de certa parte dos fãs da banda, especificamente daqueles que não se conformaram com os rumos que a carreira do grupo tomou a partir do álbum Load (1996) ou, para os mais radicais, desde 1991 com Metallica (ou “Black Album”) que alguns exagerados consideram um pouco “doce” demais para o gosto dos “thrashers de raiz”. Mas essa banda é tão boa que conseguiria transformar em obra-prima do Metal um cover de qualquer música do Tom Jones (assisti ao show dele esse ano e gosto de algumas coisas – pode rir quem quiser). Agora imagina uma composição nova de Hetfield-Ulrich tocada no estilo e com a mesma pegada que eles tinham na década de 1980! Pois é, Hardwired… tem várias composições que vão transportar o ouvinte ao tempo em que Lars e James ainda tinham um monte de espinhas na cara. Como é bom ouvir coisas assim…

E como é bom ler coisas sobre o trabalho desse pessoal que faz Rock e Heavy Metal. Por mais que isso faça parte do meu dia a dia sempre tem algo que me desperta a atenção de maneira especial lendo a ROADIE CREW. E aconteceu nesta edição com a entrevista com Steve Hogarth, do Marillion. Confesso que essa é uma banda para a qual eu nunca tinha dado o devido valor, afinal eu já curtia diversos grupos excelentes de Rock Progressivo quando eles surgiram. Fiquei impressionado com a simpatia e a clareza de ideias de Steve e resolvi ouvir alguns discos do Marillion que tenho, além do novo álbum objeto da matéria. Fiquei fã! E tem mais: cheguei à conclusão de que o Steve é melhor que o tal de Fish que gravou os primeiros discos.

Pena que este espaço é muito pequeno para eu expressar o que sinto com cada uma das matérias que publicamos, mas não poderia deixar de citar a entrevista com a Fernanda e a Prika da Nervosa, mais um orgulho nacional para o mundo, e o papo emocionante com Phil Campbell. E o Opeth? Wolf Hoffmann? Leia tudo, garanto que vai gostar.

O mundo foi muito castigado em 2016: guerras nos lugares de sempre; ataques e ameaças terroristas em qualquer lugar (até no Brasil, onde já não bastavam as facções criminosas – partidárias ou não); refugiados perdendo a vida ao tentar fugir da morte; terremotos, furacões, enchentes… E aqui na nossa terra o ano foi um verdadeiro terror para uma enorme parcela da população brasileira, por causa da maior crise moral, política e econômica que esse país já enfrentou em toda sua história. Palco do maior escândalo de corrupção de que se tem notícia no mundo, resta-nos o desejo e a esperança de que tenhamos chegado ao fundo do poço, e que a partir de 2017 se inicie um consistente período de recuperação para proporcionar condições de uma vida digna para todos os que aqui nasceram ou escolheram o Brasil para viver. Acrescente-se a isso o desejo de que todos os bandidos que tentaram destruir o país apodreçam na cadeia. Apesar de tudo isso, um feliz 2017 ao nosso leitor e família.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

OVERDOSE RETOMA AS ATIVIDADES

Fotos e vídeos de um ensaio no Facebook mostravam, no último 22 de outubro, os momentos iniciais da volta de um dos pioneiros da lendária cena mineira. O guitarrista Claudio David registrou que “uma estranha coincidência cabalística fez com que o dia e o horário do renascimento do Overdose, depois de quase dez anos parado, fossem exatamente os mesmos em que a banda fez seu primeiro show, no Colégio Santo Antônio, há 33 anos.” Zombie Factory, Street Law, My Rage, Manipulated Reality, How To Pray e o hino Última Estrela fizeram o êxtase dos fãs. As fotografias de Ricardo Munayer David, irmão de Claudio e que produziu o grupo no início da carreira, e os vídeos de Sofia David, filha do músico, ampliaram a mística do momento. Treze dias depois, outra surpresa: o Overdose voltou a um palco! Como convidados especiais do Hell’s Punch, banda do guitarrista Sérgio Cichovicz, tocaram Street Law e Zombie Factory no “53 HC Music Festival”, que, por outra travessura do destino, tinha como atração principal o Sepultura, banda com quem o Overdose estreou no histórico ‘split’ Século XX/Bestial Devastation (1985). No show, Bernardo Gosaric substituiu o baixista Fernando Pazzini, ainda se recuperando de uma cirurgia cardíaca realizada há pouco tempo. Dias antes, a ROADIE CREW buscou mais dados sobre esse retorno…

EXCITER: DAN BEEHLER ANIMADO

COM RETORNO AO BRASIL

O canadense Dan Beehler está animado para retornar ao Brasil no ano que vem, em uma turnê ao lado do Sacred Reich. Porém, a primeira vez ninguém esquece e o vocalista e baterista recorda com carinho sua estreia no país, ocorrida há trinta anos, quando excursionou ao lado do Venom. Depois de fazer shows no Brasil com a banda Beehler e o trio original, completado por John Ricci (guitarra) e Allan Johnson (baixo), Beehler revela que não vê a hora de rever os fãs da América do Sul. O melhor de tudo é que ele adianta que um novo álbum está a caminho…

ATTRACTHA: LUTA E DETERMINAÇÃO

Muitos fãs de música quando veem a notícia de que uma banda está lançando seu álbum pensa que foi um caminho suave e tranquilo. Salvo exceções, o lance é mais complicado do que se pode imaginar. Lidar com diferentes personalidades, troca de integrantes, investimento e roubadas são alguns dos fatores que fazem com que muitos desistam do sonho. Não para o Attractha que, após percalços, lançou No Fear To Face What Buried Inside You. O baterista Humberto Zambrin e o guitarrista Ricardo Oliveira nos contaram sobre o caminho árduo para chegar ao disco de estreia….

ADELLAIDE: AOR MADE IN BRASIL

Não é novidade que o Brasil sempre teve em suas fileiras nomes nos segmentos do Hard Rock, Melodic Rock/AOR, mas que pecavam no quesito produção. Com o avanço tecnológico e a aparição de profissionais gabaritados, essa barreira vem sendo quebrada. Um dos nomes que tem tudo para se destacar é o quinteto paulista Adellaide. Com um EP que leva o nome do grupo, Daniel Vargas (vocal), Alê Nammur (guitarra), Alek Ribet (baixo), Cláudio Nammur (bateria) e Leandro Freitas (teclado) têm tudo para agradar a fãs de formações como Journey, Toto, Work Of Art e Pride Of Lions. Os integrantes nos contam um pouco de sua história e do futuro do grupo, que tem tudo para ser promissor…

WE CAME AS ROMANS: PROMETENDO RENOVAÇÃO

Para os americanos do We Came As Romans, a vida da banda está funcionando muito bem nestes onze anos de atividade. O grupo formado por Kyle Pavone (vocal e teclados), Joshua Moore (guitarra e backing vocals), Dave Stephens (guitarra e vocal), Lou Cotton (guitarra), Andy Glass (baixo) e Eric Choi (bateria) tem lançado um disco a cada dois anos e vem rodando o mundo, chegando inclusive a passar pelo Brasil mais de uma vez. Agora, trabalhando em mais um disco de estúdio, Joshua nos conta que a banda promete mudanças positivas e uma dose extra de energia, além de contar como têm sido esses anos todos de desenvolvimento do WCAR…

FREAK COMPANY: ESTREIA EM ALTO ESTILO

Flávia Stella (vocal), Jehan Gabriel (guitarra) Henrique Ucci (baixo) e Atus Filigoi são de Campinas/SP e começaram a tocar covers em 2011. Três anos depois, o Freak Company começou a investir em músicas próprias e agora acaba de lançar seu primeiro EP, que leva o nome da banda. Mas não foi uma gravação qualquer: graças a um leilão no Ebay, o quarteto gravou no Studio 606, que pertence a ninguém menos que Dave Grohl. O som estimulante e difícil de classificar da banda acabou tendo um registro à altura da qualidade sonora do Freak Company e Flávia e Jehan contam para a ROADIE CREW como tudo isso aconteceu…

INSANE DRIVER: INSANIDADE COM AUTENTICIDADE

O pouco tempo na estrada não reflete a maturidade demonstrada pelo quinteto paulistano Insane Driver, formado em 2013 e que agora apresenta seu primeiro álbum, homônimo. Eder Franco (vocal), Danilo Bigal e Deivid Martins (guitarras), Nei Sousa (baixo) e Wagner Neute (bateria e teclado) passeiam com desenvoltura por uma vasta gama de ritmos, indo do Heavy Tradicional ao Hard mais intenso e sentimental, tudo encharcado de grandes influências progressivas. O quinteto, que se mostra como uma boa revelação no cenário nacional, falou com a ROADIE CREW e explicou como trabalhar essa musicalidade eclética…

SACRED REICH: FINALMENTE A CAMINHO DO BRASIL

Bateu na trave em 2015, mas agora os headbangers brasileiros podem se preparar para a estreia do Sacred Reich, lenda do Thrash Metal norte-americano, em solo tupiniquim. Animado com os shows agendados no país, Phil Rind (vocal e baixo) falou com a ROADIE CREW e contou sobre sua expectativa de nos visitar em fevereiro de 2017, analisou os discos da banda e também comentou algumas histórias pitorescas que aconteceram na carreira…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

EDIÇÕES TEMÁTICAS

Olá, amigos da ROADIE CREW. Meu nome é Jamerson Tupiná, tenho 25 anos, acompanho a revista desde 2011 e mais uma vez queria parabenizar vocês pelo ótimo trabalho que fazem. Minhas edições favoritas são as temáticas, como a ed. #209 sobre as mulheres no Metal, e a ed.# 179 sobre os discos de estreia. Essas foram sensacionais, mas minha edição de cabeceira, que fico relendo várias vezes, é a ed.# 172, com os 60 melhores discos do Metal nacional. Ela me fez descobrir discos que jamais imaginaria que existissem e fossem tão bons, não deixando nada a desejar com os de fora. Sou muito fã do Metal nacional, tendo a Nervosa como minha banda favorita, e gostaria que vocês fizessem mais edições ressaltando nossa cena. Uma ideia seria discos nacionais pós anos 2000, pois existem muitos clássicos que pouca gente conhece. Por exemplo, essa semana escutei Necromancia – Back From The Dead. É maravilhoso e eu nem imaginava que existia, então acho que assim como eu precisávamos de dicas de vocês de discos que acabaram passando despercebidos e que precisam ser relembrados para também valorizar o trabalho dos nossos artistas.

Jamerson Carlos Silva Tupiná

São Paulo/SP

Salve, Jamerson! É verdade, as edições temáticas, como você diz, têm tido grande repercussão junto aos leitores, o que nos enche de orgulho e daquela sensação de dever cumprido. Além disso, é sempre muito prazeroso para nós trabalhar nesse tipo de matéria, já que, também como você diz, muitas vezes envolve um trabalho de resgate de discos/músicas/bandas que acabaram passando despercebidos pelos fãs. E fique atento porque vem muito mais novidade por aí! Enquanto isso, curta a entrevista com a Nervosa nesta edição. Forte abraço (Antonio Carlos Monteiro)

BACKSTAGE/BROTHERHOOD/STAY HEAVY/BATALHA

Por Redação

Backstage

Vitão Bonesso

Desta vez aconteceu… Mas alguma coisa deu errado!

Ainda é difícil de entender certos aspectos na carreira de David Coverdale. O cara que até setembro de 1973 era apenas um vendedor numa butique na pacata cidade de Redcar (ING) passou a fazer parte de uma das maiores bandas do planeta, o Deep Purple. Lá ficou até maio de 1976, quando, por pouco (segundo o guitarrista Mick Box), não entrou no lugar de David Byron no Uriah Heep. Também foi convidado duas vezes por Tony Iommi, primeiro para substituir Ozzy Osbourne em sua primeira debandada no mesmo ano, e depois, em meados de 1986. Coverdale preferiu arriscar em sua carreira solo, que logo depois viria se tornar o Whitesnake.

Em setembro de 1990, depois da última data da turnê que promoveu o álbum Slip Of The Tongue, o vocalista resolveu colocar o Whitesnake no gelo enquanto resolvia problemas de seu divórcio com a atriz Tawny Kitaen, além de refletir sobre o futuro de sua carreira. Isso durou até a primavera de 1991, quando ele começou a traçar, ao lado do guitarrista Jimmy Page (ex-Led Zeppelin e The Firm), um novo projeto que seria batizado de Coverdale-Page. Jimmy, que há anos vinha tentando se juntar a Robert Plant para um trabalho semelhante, viu em Coverdale a possibilidade de desenvolver seus planos em um novo trabalho.

O anúncio da parceria por si só já causou alvoroço. A dupla contava com o respaldo da Geffen Records, que prometeu uma promoção massiva do álbum que estava por vir. As sessões de gravação foram divididas em quatro grandes estúdios: Little Mountain em Vancouver (CAN), Criteria em Miami (Flórida-EUA), Highbrow em Hook City (Nevada-EUA), e Abbey Road, em Londres (ING). A produção contou com Coverdale, Page e o canadense Mike Fraser….

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Os dois James Hetfield que encontrei na vida

Tive dois momentos de contato direto com Metallica na minha vida. Os dois estão separados por 24 anos. Só que, na realidade, um universo os separa. Literalmente, dado que na primeira vez, o grupo era um destacado quarteto de Heavy Metal em sua primeira visita ao país. Na segunda vez, já tinha sido e deixado de ser a maior banda da Terra. Pessoalmente, as duas ocasiões me mostraram o que é o universo da fama. Mas o universo da fama de verdade, quando você fez por merecer, chegou ao Olimpo por mérito próprio e não porque simplesmente apareceu tomando sol em um reality show da vida.

Outubro de 1989. O Metallica havia lançado naquele ano … And Justice For All, o primeiro disco sem o baixista Cliff Burton, após o espetacular (mas que ainda assim é para mim o terceiro melhor da discografia da banda) Master Of Puppets. Não satisfeitos em ter o baixista morto, James Hetfield e Lars Ulrich mataram o instrumento no disco. Duvida? Ouça com atenção e tente encontrar as linhas do substituto Jason Newsted.

O ano marcou também o primeiro clipe da história da banda, One. O vídeo, que em preto-e-branco tanto sucesso fez, serviu para uma estilingada até um público maior para a banda, que culminaria com o ‘über’ sucesso do Black Album. Mas foquemos na ocasião da primeira turnê.

Um grande amigo, fanático pela banda, conseguiu emprego vendendo merchandising nos shows em São Paulo. Numa dessas, ligaram para ele no sábado pela manhã perguntando se podia levar o James Hetfield dar uma banda por São Paulo. Meu amigo Edgard logo colocou o Uno preto dele à disposição e eu, mais que prontamente, me posicionei como co-piloto. Ele deu uma medida nos moleques e inacreditavelmente topou…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Rock Story?!

Faz tempo já que o Rock está em moda. Camisetas com estampas de bandas como Guns N’Roses, AC/DC e Ramones ou de caveiras, calças jeans justas, jaquetas e coletes de couro, sapatos e bolsas com tachas e ‘spikes’, são encontradas em grandes redes varejistas populares e também em lojas caras e chiques. É ‘cool’ ser ‘rocker’.

E eis que agora está no ar na Rede Globo a nova novela das sete, “Rock Story”. O enredo trata de um cantor de Rock que fez grande sucesso na década de 90 e tenta voltar às paradas. O ator Vladimir Brichta se inspirou em Johnny Depp (Hollywood Vampires) para criar o visual do personagem principal, que ficou também muito parecido com Chris Cornell (Soundgarden). Existe ainda uma gravadora especializada em Rock nacional em que, apesar das dificuldades, o dono resiste em diversificar o estilo. A nova novela foi anunciada como uma história de música movida a amor e uma história de amor movida a música.

Com isso, algumas pessoas alheias ao mundo do Rock/Heavy Metal, ao verem a propaganda da novela, comentaram com a gente: “Esse tipo de divulgação do Rock, numa emissora deste porte, pode ser um incentivo para o crescimento do segmento!”. Bom, a resposta é sim e não.…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha (*)

Stick To Your Guns

Sou apaixonado por Hard Rock, Glam Metal, Hair Metal – é, aquele farofa, poser, poodle mesmo! –, mas confesso que não sou tão fã de Guns N’Roses como é minha esposa Claudia. Apesar disso, pude ver a banda ao vivo algumas vezes, além de presenciar shows solo de Steven Adler, Gilby Clarke e Slash, e até do (ótimo) Slash’s Snakepit. Em quase todas as ocasiões, exceto por um dos shows de Gilby que foi pra lá de morno, saí com a mesma impressão: a banda e seus músicos merecem a fama que ostentam.

Alguns boquirrotos detestam, mas aí é aquela coisa perpetuada pelo velho Zagallo: “Vão ter que engolir”. É uma megabanda, que sabe fazer um grande show de Rock. Axl Rose pode até não ter o mesmo gogó de antes, mas quem teria isso depois de mais de trinta anos cantando rasgado e com aquele ‘drive’? Lembre-se: foi isso que o levou recentemente ao AC/DC e ele desempenhou um bom papel.

O temperamental Axl é uma lenda do Rock. O amigo pessoal da Alcione, a Marrom, ainda é capaz de encher estádios de futebol. Mesmo que longe daquela forma física da fase inicial, ele corre o tempo todo. Se fala pouco, é puramente por seu jeito de ser. Prefiro ver mais de duas horas e meia de som do que gente “rodando lâmpada” ou discursando baboseiras ao público. A comunicação inexiste, mas ele é Axl Rose. Ele criou a fama de mau e agora não vai mudá-la fingindo ser um vocalista bonzinho, que joga flores para seu público ou exagera em frases de efeito decoradas…

BLIND EAR – NEIGE (ALCEST)

Por Claudio Vicentin

“Estou esperando o cara começar a cantar, porque pelo que ouvi até agora eu não sei. Legal porque é muito Heavy Metal e, ao mesmo tempo, muito melódico. (R.C.: Neige faz a bateria com as mãos). Tem variação e muitos sons diferentes acontecendo aqui. É uma música complexa, tem muita coisa rolando ao mesmo tempo (risos). Não posso deixar de citar a produção, que também está perfeita. Não sei o que é e não é o tipo de música que escuto todos os dias, mas é muito bem feito! (R.C.: É o Moonspell). Ah, eu não conheço muito Moonspell, mas gostei dessa. Qual o melhor álbum deles em sua opinião? (R.C.: Eu gosto do Irreligious, que é mais antigo, mas também gostei muito desse novo álbum deles). Vou procurar escutar Irreligious e os outros álbuns deles.”

Extinct

Moonspell – Extinct

ETERNAL IDOLS – DALE “BUFFIN” GRIFFIN

Por Antonio Carlos Monteiro

Não adianta tentar dourar a pílula: a grande maioria dos artistas que se vão acaba encerrando suas atividades neste planeta por conta dos abusos cometidos ao longo da vida. Porém, há casos em que o destino resolve ser cruel e acaba abreviando a existência daqueles que se mantiveram longe dos excessos. Como foi o caso de Dale Griffin, baterista do Mott The Hoople e produtor musical.

Nascido em Ross-on-Wye, Herefordshire (ING), Terence Dale “Buffin” Griffin cresceu numa casa em que todos apreciavam música. Assim, logo cedo se encantou com as big bands da coleção de discos de seus pais, como The Ted Heath Band e Count Basie. Porém, logo surgiu o Rock’n’Roll e o menino se rendeu à música de Little Richard e Buddy Holly.

Logo Dale se interessou pela bateria e começou a tocar em bandas de sua escola..

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY

Por Redação

Releases

Nesta edição:

Alcest

Ancestral_Malediction

Bestial

Black Triad

Bon Jovi

Crowbar

Déluge

Enuff Z’nuff

Ghoul

Giraffe Tongue Orchestra

Glenn Hughes

Goatlove

Grave Digger

Headhunter D.C.-Tribute

Headhunter D.C.

In Flames

Inner Demons Rise

Kamboja

Karmakanic

Louder

Luís Kalil

Maïeutiste

Marenna

Metallica

Moonreich

Night Ranger

No Sinner

Older Jack

Pain

Pretty Maids

Primordial

Regarde Les Hommes Tomber

Sarke

Saxon

Sepultura

Silent

Sirenia

Slaves On Dope

Stormsons

Superjoint

Syron Vanes

Traumer

Tygers Of Pan Tang

Valient Thorr

GARAGE DEMOS

Por Redação

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Bloody Morgue

Buaiteoir

Dynamite

Great Cowboy

Vulgar Type

HIDDEN TRACKS – MACTÄTUS

Por Valtemir Amler

Após o surgimento do Mayhem, a Noruega se entregou de corpo e alma ao Black Metal. Em um cenário em crescente expansão, muitas foram as bandas que nasceram e se tornaram clássicas, mas outras nunca conseguiram chamar atenção do grande público. Uma dessas que tinha tudo para dar certo e acabou se perdendo pelo caminho atende por Mactätus e vem de Skien (NOR).

A origem do grupo remonta a 1989, quando o guitarrista Roy “Gaut” Mathisen se uniu ao vocalista Terje “Hate Rodvitnesson” Sannerholt no Blasphemy (sem ligação com a homônima canadense). Pouco depois, foi recrutado o guitarrista Kenneth “Ty” Mori, mas as coisas não andaram tanto até o ano de 1993. Após várias tentativas para encontrar um baterista, Kjetil “Mjolne” Steien também passou a integrar o grupo, que enfim adotou o nome Mactätus, um neologismo para o latim da palavra “sacrifício”…

CLASSICOVER – LADO B+

Por Redação

Raining Blood

Valtemir Amler

Certos atos só podem ser perpetrados por fãs do Slayer. A imprensa, os encartes dos discos, muitas são as maneiras de mostrar o nível do fanatismo dos admiradores dessa lenda do Thrash Metal que há mais de três décadas desafia o mundo com seu som avassalador. Este ano, em pleno aniversário de trinta anos do clássico Reign In Blood, eis que o furacão Matthew resolveu incluir os EUA em sua ‘tour’ e o que ninguém imaginava aconteceu: lá estava um fã do Slayer de Jacksonville Beach, na Flórida, em meio ao furacão. Ele “homenageava” os trinta anos do disco batendo cabeça como um possesso e empunhando uma bandeira de seu país ao som de Raining Blood. Claro que não poderíamos perder essa…

Lado B+

Antarctica (Immortal)

Valtemir Amler

Muita coisa mudou na sonoridade do Immortal desde o lançamento de seu quinto disco de estúdio, At The Heart Of Winter (1999). Ainda assim, os fãs não podem reclamar: a banda sempre se manteve fiel à sua tradição. Nunca abandonou os domínios de Blashyrkh, reino fictício criado por Demonaz Doom Occulta (Harald Nævdal).

Apoiados em letras bem elaboradas por Demonaz, os noruegueses sempre cultuaram os domínios mais frios do mundo. Mais que isso, nunca venderam barato suas convicções em troca de temas mais palatáveis para o sucesso. Sons Of Northern Darkness (2002), mais um álbum que traz a mente criativa de Demonaz, perpetrou…

COLLECTION – AMON AMARTH

Por Valtemir Amler

A Suécia é seguramente um dos países em que a tradição do Metal é mais consistente e um dos que mais contribuíram para a história do Death Metal. Seja das cinzas do Carnage, de onde sairiam membros de Dismember, Entombed e Arch Enemy, ou do Nihilist, que trazia futuros membros de Entombed e Unleashed, o país foi fundamental para a popularização do estilo na Europa, tanto do lado mais tradicional, quanto na sua nova versão, chamada Gothemburg Sound. Além disso, foi também na Suécia que o chamado Viking Metal deu seus primeiros passos firmes, com o Black Metal do Bathory e o Death Metal do Unleashed. E foi justamente mesclando o peso do Death Metal tradicional com as melodias pungentes do Gothemburg Sound e as letras do Viking Metal que surgiu em 1992, em Estocolmo, o Amon Amarth, hoje uma das mais populares bandas de Metal do mundo. Seis anos após a sua formação, o grupo lançou Once Sent From The Golden Hall, seu primeiro disco de estúdio e, desde então, segue uma incessante ascensão ao topo do cenário. Apoiados em shows seguros e violentos, dotados de forte apelo visual, os suecos parecem não reconhecer limites para a sua música…

CLASSICREW

Por Redação

1976

ZZ TOP

Tejas

Valtemir Amler

Quem é afeito ao grupo americano ZZ Top sabe que sua sonoridade sempre variou entre “venha para o mundo de Marlboro” e “Hollywood, o sucesso”. Muito dessa variação entre o mundo dos cowboys texanos e o sucesso dos boulevards de Los Angeles começa justamente com este quinto disco de estúdio, o imponente Tejas. Lançado em 29 de setembro de 1976, o álbum tinha o complicado propósito de suceder com honra os clássicos Tres Hombres e Fandango!, ambos lançados em 1973.

A missão era dura porque Tres Hombres havia garantido uma honrosa oitava posição nos charts da Billboard, enquanto Fandango! obteve o décimo posto na mesma parada. Conhecendo o tamanho do desafio, o trio partiu para o trabalho…

1986

TKO

Below The Belt

Ricardo Batalha

Que fique claro que nem a banda e muito menos este álbum, lançado há trinta anos, são clássicos. Longe disso. No entanto, há que se lembrar aqui algumas pérolas escondidas, como Below The Belt, o terceiro trabalho deste grupo de Yakima, cidade próxima a Seattle (EUA). O sucessor de Let It Roll (1979) e In Your Face (1984) mostra o TKO seguindo firme em sua mescla de Hard Rock e Metal. Apesar de não ser grandiosa, a produção do saudoso Rick Asher Kefer, fundador do Sea-West Studios e que faleceu em dezembro de 2013, conseguiu evolução em relação a In Your Face.

A faixa de abertura, Beware The Hunter, apresenta o lado mais acessível da banda. Contando com os vocais rasgados de Brad Sinsel, lembrando um misto de Dan…

1996

ACCEPT

Predator

Ricardo Batalha

O décimo primeiro trabalho de estúdio do Accept talvez seja menos comentado até que o polêmico Eat The Heat (1989). Um pecado, pois é uma obra que traz faixas marcantes e que poderiam ser colocadas junto a clássicos do grupo alemão. É bem verdade que o material foi lançado numa época em que o Heavy Metal tentava voltar aos holofotes e a banda estava com seus dias contados, o que atrapalhou na promoção. “Estávamos passando por uma fase difícil quando fomos fazer este último disco com Udo (Dirkschneider). Não estava claro que ele seria o último mesmo. Udo não estava colaborando e foi complicado”, recordou o guitarrista Wolf Hoffmann.

O sucessor de Death Row (1994)…

2006

IRON MAIDEN

A Matter Of Life And Death

Antonio Carlos Monteiro

2005 foi um ano bom para o Iron Maiden. Depois do bem sucedido Dance Of Death (2003), a banda voltou para a estrada para divulgar o DVD The History Of Iron Maiden – Part 1: The Early Days (2004). O único ponto fora da curva na turnê foi a famosa briga entre Bruce Dickinson e Sharon Osbourne no “Ozzfest”, culminando com sabotagem e até chuva de ovos durante a apresentação da Donzela. Porém, fora isso, tudo ia bem para a banda, que aproveitou boa parte do segundo semestre para descansar. No final do ano, começaram as composições do que seria seu 14º disco, A Matter Of Life And Death – um dos poucos títulos de álbuns do Iron a não receber o nome de alguma de suas músicas.

A exemplo do que acontecera nos dois últimos álbuns, Brave New World (2000) e Dance Of Death, o novo trabalho teve produção de Kevin Shirley e Steve Harris. As gravações aconteceram no Sarm…

LIVE EVIL - SABATON / ARMORED DAWN

Por Thiago Rahal Mauro

Sabaton / Armored Dawn

Via Marquês – São Paulo/SP

29 de outubro de 2016

Por Thiago Rahal Mauro • Fotos: Fernando Pires

Desde sua estreia em 2005 com o álbum Primo Victoria, os suecos do Sabaton vêm experimentando um ritmo de trabalho e crescimento acelerados, com um nível de exigência ainda maior a cada lançamento. A prova disso é que em cada turnê a banda tem se apresentado em locais maiores e em vários países diferentes. Atualmente, ao lado do Amon Amarth, o Sabaton talvez seja a banda de Heavy Metal que mais cresce em todo o mundo, o que reforça a ideia de que nos próximos anos eles comecem a encabeçar alguns grandes festivais.

Aproveitando esse grande sucesso, o Sabaton veio ao Brasil para divulgar seu novo álbum, The Last Stand, trabalho baseado no último momento de guerras históricas ao redor do mundo. O segundo show da turnê brasileira aconteceu em São Paulo, em um Via Marquês completamente lotado.

A encarregada de abrir a apresentação foi a paulistana Armored Dawn, que promove o álbum de estreia, Power Of Warrior. A sonoridade é uma mescla de Metal Tradicional com Power Metal e um vocal bem diferente do que costumamos ouvir no estilo…

LIVE EVIL - GUNS N’ ROSES

Por Leandro Nogueira Coppi

Guns N’ Roses

Allianz Parque – São Paulo/SP

11 de novembro de 2016

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Katarina Benzova

Com a bombástica confirmação da tão aguardada reunião entre Axl Rose, Slash e Duff McKagan no Guns N’Roses, restava-nos aguardar pela anunciada “Not In This Lifetime Latin American Tour”. E ela passou por Porto Alegre (RS), São Paulo (duas datas), Rio de Janeiro, Curitiba (PR) e Brasília (DF), entre os dias 8 e 20 de novembro.

Em São Paulo, a ROADIE CREW esteve presente na primeira noite, 11 de novembro, no Allianz Parque, onde semanas antes aconteceu o que deve ter sido o último show do Aerosmith na cidade.

Exceto por Porto Alegre, a veterana Plebe Rude ficou incumbida de abrir os outros shows do Guns no Brasil, para o qual já havia aberto em 2014. Philippe Seabra e Clemente Nascimento (vocais e guitarras), André X (baixo) e Marcelo Capucci (bateria) apresentaram um repertório baseado em sons novos e no consagrado ‘debut’ O Concreto Já Rachou, que completou trinta anos em 2016. Em meia hora de set, clássicos do Rock nacional, como Minha Renda, Proteção e Até Quando Esperar, fizeram a alegria de muitos. O que não agradou foi a má qualidade de som que saía dos PAs. Ainda assim, o grupo saiu aplaudido, pois compensou o péssimo serviço dos técnicos com uma performance convincente.

A partir daí, a adrenalina tomou conta de todos e duas questões viraram assunto: ‘Será que no Guns o som vai melhorar?’ e ‘Quanto tempo Axl vai atrasar o show?’….

LIVE EVIL – HELL IN RIO

Por Daniel Dutra

Hell In Rio

Terreirão do Samba – Rio de Janeiro/RJ

5 e 6 de novembro de 2016

Por Daniel Dutra

Fotos: Luciana Pires e Nayra Halm

Quantas vezes você ouviu que fazer Heavy Metal no Brasil é uma tarefa hercúlea? Sim, é verdade. Agora, imagine organizar um festival apenas com bandas nacionais, misturando nomes consagrados com revelações e atendendo ao gosto de gregos e troianos. Mas imagine que é um festival com produção de gente grande. Foi o que aconteceu no primeiro fim de semana de novembro, quando o Terreirão do Samba, tradicional local para eventos com músicas de gosto duvidoso no Rio de Janeiro, foi tomado por camisas pretas. Mas na medida do possível, porque São Pedro deve ter achado tudo aquilo uma grande heresia e, sem dó nem piedade, mandou descer água. Muita água.

Os portões abriram pouco antes de o mestre de cerimônias do evento, Bruno Sutter, passar a bola para o Reckoning Hour dar o pontapé inicial diante dos poucos corajosos que resolveram encarar a forte chuva e chegar cedo para prestigiar todos os grupos. Houve aqueles que optaram por se proteger sob as marquises dos quiosques de alimentação, mas também os que, munidos de capas ou guarda-chuvas, encararam a pista para curtir o Death Metal melódico do quinteto carioca formado por JP (vocal), Philip Leander e Lucas Brum (guitarras), Cavi Montenegro (baixo) e Johnny Kings (bateria). E foram trinta minutos de um arregaço, com destaque para o início com Misguided, Condemned To Failure e Eye For An Eye, todas do mais recente álbum, Between Death And Courage (2016).

LIVE EVIL – BMU 2016

Por Leandro Nogueira Coppi e Valtemir Amler

BMU 2016

Tropical Butantã – São Paulo/SP

13 de novembro de 2016

Por Leandro Nogueira Coppi e Valtemir Amler

Fotos: Ricardo Ferreira

Até o ano de 2000, o cenário era carente de eventos de grande porte que se dedicassem única e exclusivamente a bandas nacionais. Mas isso mudou quando Richard Navarro, responsável pelo fanzine Heavy Melody, criou em São Paulo o “Brasil Metal Union”. Chamado popularmente de “BMU”, o evento foi realizado anualmente até 2006 (exceto em 2002) e ficou marcado na história do Metal brasileiro por fazer jus à proposta de união na cena. Bandas de diversas vertentes eram escaladas e tratadas com igualdade de condições, dentro e fora do palco, podendo divulgar seu trabalho. Dez anos após a última edição, o público voltou a se animar com a confirmação de Navarro de que haveria uma edição comemorativa para celebrar os anos de sucesso de sua empreitada. Para tal, no último dia 13 de novembro, ele uniu no palco da Tropical Butantã bandas que já haviam tocado a outras que marcariam também seus nomes no “BMU”. Empolgado com a notícia, o público compareceu em bom número para prestigiar a essa edição histórica.

Ao meio-dia, quando os portões foram abertos, quem chegava notava alguns músicos que faziam questão de recebê-los nos estandes de merchandising – caso de Bruno Sutter (o eterno Detonator), que animava a todos com seu humor habitual – e que as tradições do evento estavam mantidas. Sendo assim, os primeiros a chegar ganharam o CD-coletânea do “BMU” com músicas das bandas escaladas para a ocasião. No telão, clipes de bandas brasileiras foram exibidos nos intervalos – a tradicional execução do Hino Nacional brasileiro rolou no som ambiente enquanto a cortina subia e a bandeira do “BMU” era revelada no ‘backdrop’ no palco…

PLAY LIST – CARLOS LOPES (DORSAL ATLÂNTICA)

Por Carlos Lopes

Prestes a ser relançado em vinil no exterior, Antes Do Fim é considerado por muitos o disco mais emblemático do Metal brasileiro. Gestado entre 1985 e o início de 1986, é a grande resposta brasileira à invasão do Metal vinda do exterior. Uma linguagem metálica brasileira feita por e para uma nova geração, com novos anseios, mas que também assimilava fraseados melódicos de guitarra com a ferocidade do Hardcore/ Punk. Naquela época, fundir os dois estilos era pura heresia. Mas como eu gostava… Apesar de neste disco a carreira de letrista e pensador ter alçado os primeiros voos, outras contribuições marcaram o estilo Dorsal, como cantar discursivamente no contratempo dos riffs palhetados em semicolcheias. A capa seria uma foto com três cadáveres, mas os produtores acharam “pouco comercial” e fotografaram uma camiseta que eu havia recentemente pintado. Inclusive, percebe-se que não esticaram-na bem porque o logo está torto. O que poucos sabem é que a caveira representa um preso político torturado, a boca pregada representa a censura e os pregos na cabeça são as ideias e conceitos “martelados” pela ditadura e pelas classes opressoras. Gravado às pressas por causa de promessas descumpridas dos produtores, sua “urgência” deu-lhe uma perenidade que já alcança três décadas. São nove faixas eternas. Imortais…

BACKGROUND – DEICIDE - PARTE FINAL

Por Valtemir Amler

O fedor da redenção

A apreensão tomou conta dos fãs após a notícia de que Eric e Brian Hoffman estavam fora do Deicide. Benton foi rápido em declarar que eles não haviam sido demitidos, mas tinham saído por vontade própria. Porém, não havia escapatória. Para permanecer ativo, o Deicide precisava de uma nova dupla de guitarristas. Jack Owen (ex-Cannibal Corpse) acabou sendo efetivado e Dave Suzuki (ex-Vital Remains) ajudou a banda a cumprir sua agenda de shows, fato registrado para a posteridade com o DVD When London Burns.

Apesar disso, Suzuki havia deixado claro que não entraria para a banda e a vaga teria que ser preenchida. O escolhido foi Ralph Santolla, um virtuoso guitarrista conhecido no mundo do Rock por conta do seu trabalho com o Iced Earth e com o ex-Skid Row Sebastian Bach. Com a formação estabilizada, a banda lançou, em 21 de agosto de 2006, The Stench Of Redemption.

O primeiro disco do Deicide sem dois de seus membros fundadores passou longe de ser uma decepção e soou como uma espécie de reafirmação da banda no cenário. “Definitivamente, acredito que Steve e Glen se sentem revigorados. Steve está constantemente compondo. Comigo e Jack na banda, eu acho que ele sente que pode compor qualquer coisa que quiser e nós seremos capazes de tocar”, comentou o estreante Santolla. Sem falsa modéstia, emendou: “Eu tenho profundo conhecimento de teoria musical, harmonia e coisas assim, e acho que isso torna as coisas mais fáceis para ele e eu trabalharmos juntos, pois consigo extrapolar o que ele está pensando.”…

PROFILE – EDUARDO JARRY (FORAHNEO)

Por João Messias Jr.

Primeiro álbum que comprou:

“Kiss – Lick It Up.”

POSTER – METALLICA

Por Redação

Metallica no Calendário 2017

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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