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Edição #217

R$29,00

Machine Messiah é um álbum que promete uma vez mais reafirmar o status do Sepultura. Gravado com o conceituado produtor e engenheiro Jens Bogren, Machine Messiah não é apenas o 14º álbum de estúdio da banda, mas é também o mais completo e ousado lançado na era Derrick Green…

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SEPULTURA

Por Claudio Vicentin

Grupo grava seu melhor álbum

na fase Derrick Green e quer distância

das polêmicas declarações de Max Cavalera

Machine Messiah é um álbum que promete uma vez mais reafirmar o status do Sepultura. Gravado com o conceituado produtor e engenheiro Jens Bogren, Machine Messiah não é apenas o 14º álbum de estúdio da banda, mas é também o mais completo e ousado lançado na era Derrick Green. Afora a musicalidade acima da média, traz novos elementos, como violino e sopros, sem descaracterizar o peso fundamental do thrash metal. Assim, é possível notar, com facilidade, que é um disco que teve enorme dedicação e mostra a fase boa que vivem os músicos. O guitarrista Andreas Kisser fala, a seguir, sobre essa determinação em gravar Machine Messiah e relembra fatos do pas­sado e de seu início como músico.…

KREATOR

Por Guilherme Spiazzi

Mille Petrozza explica como o pensamento positivo o ajuda na vida pessoal e na música

Com uma longa e devidamente es­truturada carreira, o Kreator chega ao seu décimo quarto disco de estúdio, Gods of Violence, com agressividade e muita melodia. O disco que promete surpreender é resultado, segundo o entrevistado Miland “Mille” Pe­trozza (vocal e guitarra), de uma inspiração que surge quando se está em contato com o mundo. Apesar da ferocidade do thrash metal do grupo alemão, uma coisa que não se encontra é energia negativa nas composições do Kreator. Entenda como a fi­losofia de vida de Mille e os sentimentos se misturam nas músicas de um dos maiores representantes do estilo….

SINSAENUM

Por Guilherme Spiazzi

Quem conhece Frédéric Leclercq apenas como baixista do Dragonforce não imagina que ele tem como instrumento princi­pal a guitarra e carrega um outro lado bem mais sombrio. Seu projeto, ou banda, como ele mesmo defende nesta entrevista, surgiu com uma proposta agressiva de música, que traz a essên­cia do death metal com influências de thrash e black. Para deixar a coisa ainda mais provocante, Leclercq trouxe para o time que gravou Echoes of the Tortured (2016) os respeitáveis Attila Csihar (vocal, Mayhem), Sean Zatorsky (vocal, ex-Dåå­th), Stéphane Buriez (guitarra, Loudblast), Heimoth (baixo, Seth) e Joey Jordison (ba­teria, Vimic, ex-Slipknot). Com um futuro promissor, o Sinsaenum se prepara para construir seu nome, mesmo não sendo a prioridade dos integrantes…

PANTERA

Por Luiz Cesar Pimentel

O Pantera veio em uma escalada de violência nos anos 90 que culminou em 1996 com a morte (mesmo que por cinco minutos) do vocalista Phil Anselmo e o álbum mais pesado da trajetória, The Great Southern Trendkill (1996). Os quatro integrantes nunca mais se recuperaram desse ano. E o baixista Rex Brown conta como foi e como está sendo o lançamento da edição comemorativa de vigésimo aniversário do disco, com o original remasterizado e um CD extra com doze faixas ao vivo e versões não lançadas até agora. Na entrevista, Rex Brown nega muita coisa. Nega por exemplo que havia animosidade entre os integrantes da banda, algo que já foi reconhecido pelos próprios diversas vezes anteriormente…

GLENN HUGHES

Por Guilherme Spiazzi

Muito além de vocalis­ta e baixista, Glenn Hughes é o tipo de artista que transcen­de estilos musicais ao imprimir uma personalidade musi­cal ímpar em seus trabalhos. Para seu déci­mo quarto disco solo de estúdio, Resonate, Hughes resolveu trazer um álbum pesado para aqueles que amam o lado rock de sua longa carreira. Nesta entrevista, o artista deixa claro que o disco reflete exatamente quem ele é enquanto pessoa e artista, qual o seu sentimento em relação às letras e o que os fãs devem esperar dele. Com a palavra, a voz do rock….

GIRAFFE TONGUE ORCHESTRA

Por Guilherme Spiazzi

Alice In Chains, Mastodon, The Dillin­ger Escape Plan, The Mars Volta e Dethklok podem não ter muito em comum, mas William DuVall (vocal), Brent Hinds e Ben Weinman (gui­tarras), Thomas Pridgen (bateria) e Thomas Pridgen (baixo) encontraram um ponto de confluência. Dele nasceu o Giraffe Tongue Orchestra. A proposta, logo rotulada de supergrupo, trouxe um som ímpar que não tinha a obrigação de ser lançado, como ressalta DuVall nesta entrevista, mas a confiança e o apreço pelas composições foi tanto que eles seguiram em frente e ano passado sur­preenderam com Broken Lines. Como eles chegaram até aqui você confere a seguir.

GRAVE DIGGER

Por Guilherme Spiazzi

A ligação entre o heavy metal e os fãs do estilo pode ser muito intensa, a ponto de a música realmente influen­ciar, preferencialmente de forma positiva, a vida do ouvinte. Se por um lado há músicos que compõem exclusivamente para si, há outros que pensam no melhor para si e também para os fãs. Para quem já é familiarizado com o estilo, fazer metal talvez não tenha muito segredo além de persistência e atitude. De acordo com nosso entrevistado, o vocalista Chris Boltendahl, a receita de uma boa música de metal está num riff e num refrão muito bons. O músico garante que os fãs encontrarão isso em Healed by Metal, décimo oitavo disco de estúdio do Grave Digger, formado atualmente por ele, Axel Ritt (guitarra), Jens Becker (baixo), Stefan Arnold (bateria) e Marcus Kniep (teclado)…

WITHERSCAPE

Por Guilherme Spiazzi

O incansável e versátil Dan Swanö fala sobre o segundo disco do projeto ao lado de Ragnar Widerberg

Após o impacto positivo da estreia com The Inheritance (2013), a melhor coisa que o cantor, multi-instrumentista e renomado produtor Dan Swanö (ex-Edge of Sanity, Bloodbath, Nightingale) e o multi-instrumentista Ragnar Widerberg (Shadowquest, Witchcraft) poderiam fazer era lançar The Northern Sanctuary. De acordo com Swanö, o objetivo do segundo álbum do projeto, que mistura metal ex­tremo com influências de bandas dos anos 70 e 80, além de elementos de progressivo, hard rock e AOR, foi soar o melhor possível. Entretanto, ele acha pouco provável que o Witherscape se apresente ao vivo…

MICHAEL SCHENKER

Por Chris Alo

O guitarrista revive o sucesso com

o Michael Schenker Group e desabafa sobre sua

participação não creditada no Scorpions

Com uma carreira de quase cinco décadas e trabalhando em bandas emblemáticas como Scorpions e UFO, não há muito o que se dizer sobre Michael Schenker. O às vezes enigmático guitarrista passou os últimos anos gravando e excursionando com sua banda Temple of Rock, mas mais recentemente resolveu dar um tempo nas atividades do grupo e focar nos shows do Michael Schenker Fest, em que reúne ex-integrantes do MSG. Nesta conversa com a ROADIE CREW ele fala dos dois projetos, dos próximos lançamentos (um dos quais, o CD/DVD/Blu-ray Michael Schenker Fest Tokyo, foi anunciado após a realização da entrevista) e abre o jogo so­bre algumas pendências em relação à sua participação no Scorpions, em especial com seu irmão Rudolph….

SIXX:A.M.

Por Guilherme Spiazzi

James Michael explica decisão de lançar dois discos

em um ano para mudar o panorama e não ser mais visto

apenas como um projeto paralelo

De certa forma, o Sixx:A.M. sempre foi tido com um projeto paralelo do baixista Nikki Sixx (ex-Mötley Crüe), acom­panhado por James Michael (vocal, guitarra e teclados) e DJ Ashba (guitar­ra, ex-Guns N’Roses), que inicialmente serviu de trilha sonora para os dois livros lançados por Sixx – “The Heroin Diaries: A Year in the Life of a Shattered Rock Star” e “This Is Gonna Hurt”. Apesar de o envolvimento dos músicos em outros trabalhos nunca prejudicar os lançamen­tos do grupo, tal condição influenciou no resultado final das produções e também impossibilitou mais turnês. Porém, pare­ce que finalmente as coisas mudaram e os integrantes puderam focar exclusiva­mente no grupo. Como resultado, confor­me destaca James Michael, 2016 foi um ano de conquistas com o lançamento de Prayers for the Damned, Vol. 1 e Prayers for the Blessed, Vol. 2 e a promessa de muito mais shows pelo mundo…

CLAUSTROFOBIA

Por Valtemir Amler

Mais de vinte anos de carreira, seis discos lançados, shows pelo mundo todo e uma legião de fãs que aumenta a cada ano. Falando assim, até parece que as coisas foram fáceis para os paulistas do Claustrofobia. O bem humorado vocalista e guitarrista Marcus D’Angelo e seu irmão, o baterista Caio D’Angelo, mostram nessa entrevista o ou­tro lado da moeda e o caminho percorrido para chegar em Download Hatred, álbum que mostra o grupo novamente apostando firme na carreira internacional….

HEADHUNTER D.C.

Por Leonardo M. Brauna

O ano de 2017 será especial para o Headhunter D.C., pois marca trinta anos ininterruptos dedicados ao death metal. Mas isso ainda não é motivo para pensar em des­canso para Sérgio “Baloff” Borges (vocal), Paulo Lisboa e George Lessa (guitarras), Zulbert Buery (baixo) e Daniel Brandão (bateria), pois, segundo o vocalista, a banda tem planos para continuar na estrada por tempo indeterminado e já está compondo o sucessor de … In Unholy Mourning… (2011). Estas três últimas décadas já renderam ao grupo, além de uma respeitável discografia, reconhecimento no Brasil e no exterior, a exemplo do álbum Death Kurwa! – Live in Warsaw 2013, lançado no Reino Unido, e do tributo Born to Punish the Skies…, que saiu em dois volumes.

KANSAS

Por Guilherme Spiazzi

Com uma carreira de milhões de discos vendidos em pouco mais de quarenta anos, o Kansas conseguiu se reerguer após o desligamento de duas peças chave: Steve Walsh (vocal) e Kerry Livgren (guitarra), que já não tinham mais interesse de compor e gravar com o grupo. Mas, como nos conta o guitarrista Rich Williams, a banda foi em busca de sangue novo para ter continuidade e entrar numa das fases mais animadoras de sua história. O resultado foi The Prelude Impli­cit (InsideOut Music), décimo quinto álbum de estúdio e primeiro com o vocalista Ronnie Platt. Ciente do desafio e cheio de energia, o Kansas continua firme e não dá sinais de que pretende parar tão cedo….

LAST INLINE

Por Ken Sharp

Mesmo décadas depois de lançados, discos que Dio gravou no início dos anos 80, como Holy Diver (1983) e The Last in Line (1984) permanecem como clás­sicos na visão de crítica e fãs. Nesses dois álbuns havia a presença marcante do guitarrista Vivian Campbell, que deixou a banda em 1985, após o lança­mento de Sacred Heart, por divergências pessoais e artísticas com Dio e juntou-­se ao Whitesnake e, posteriormente, Riverdogs e Shadow King. Agora, além de estar no Def Leppard, Campbell também é membro do Last in Line, que traz outro ex-parceiro dos trabalhos com Dio, o baterista Vinny Appice, além do baixista Phil Soussan (Ozzy Osbourne, Vince Neil) e do vocalista Andrew Freeman. O disco de estreia da banda, Heavy Crown (2016), conquistou público e imprensa com um objetivo simples: manter vivo o espírito do saudoso Ronnie James Dio através de um tributo que resgate o estilo e a sonoridade criados naquelas obras que o vocalista nos deixou…

MELHORES DO ANO 2016 - VOTOS LEITORES

Por Redação

Melhores 2016 – Leitores

Não se trata apenas de ser o mais popular, o que atrai mais atenção dentro e fora do meio em que atua. O Metallica realmente soltou um grande disco em 2016 me­receu a sua posição de desta­que. Para os 4.168 leitores da revista que participaram da enquete, Hardwired… to Self-Destruct foi o melhor disco de 2016. Confira, a seguir, a relação dos dez mais bem colocados em todas as categorias …

MELHORES DO ANO 2016 - EQUIPE RC

Por Redação

Melhores de 2016 na opinião da equipe de redatores e colaboradores da Roadie Crew:
Airton Diniz, Alessandro Bonassoli, Antonio Carlos Monteiro, Claudio Vicentin, Daniel Dutra, Écio Souza Diniz, Frans Dourado, Guilherme Spiazzi, Heverton Souza, Ivanei Salgado, João Messias Jr., Leandro Nogueira Coppi, Leonardo M. Brauna, Luiz Cesar Pimentel, Maicon Leite, Ricardo Batalha, Sergiomar Menezes, Valtemir Amler, Vinicius Neves, e Vitão Bonesso.

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Novo visual, o mesmo compromisso

Nesta edição a ROADIE CREW apresenta um novo projeto gráfico que vem acompanhado de algumas alterações também no nosso Manual da Redação. O objetivo com essas mudanças é o aperfeiçoamento constante do trabalho que realizamos, sempre visando levar aos leitores a infor­mação com a melhor qualidade sobre o mundo do classic rock e do heavy metal, mas sem minimizar a importância do aspecto visual. Portanto, nosso foco principal continua sendo a música – e quem faz essa música – que desperta tanta paixão em todos os cantos do planeta. Contudo, também queremos valorizar a revista como um produto com aparência agradável, mantendo sua legibilidade confortável e incentivando o leitor a se interessar por guardá-la como um item de colecionador. Aliás, colecionar discos, camisetas, adesivos, pôsteres etc, e também revistas, é muito comum entre os fãs de som pesado. Eu mesmo jamais descartei meus exemplares de Rock Brigade, Dynamite, Valhalla, Disconnected, Comando Rock, poeira Zine, Metal e tantas outras publicações que guardo com carinho há muitos anos e tenho certeza que muitos headbangers fazem o mesmo que eu.

Inaugurando esta nova fase o Sepultura e o Kreator dão o brilho especial como matérias de capa. As duas bandas estão juntas em turnê pela Europa para divulgação de seus álbuns recém lançados (Machine Messiah e Gods of Violence, respectivamente). Todos os detalhes destes lançamentos podem ser conferidos nas entrevistas com Andreas Kisser e Mille Petrozza. Sobre o disco novo do Sepultura eu tenho que expressar minha opinião, não como crítico musical (que não sou, pois música para mim é paixão, não é razão, nem profissão), mas Machine Messiah me prendeu a atenção de tal forma que arrisco a dizer que está entre os três melhores trabalhos de toda a carreira da banda. Musicalmente falando é o mais sofisti­cado, complexo e bem-acabado álbum de todas as fases da história do Sepultura, um nome que já figurava entre os grandes no cenário do metal mundial, e agora pode atingir um nível ainda superior ao que se enquadrava anteriormente.

Mantendo o nosso critério na programação do conteúdo de cada edição, as matérias me trazem sempre novas e boas surpresas ou re­cordações maravilhosas. Na RC217, além das atrações internacionais, entre elas o Grave Digger, um ícone do metal para mim, as matérias com as bandas nacionais mostram quanta gente boa faz rock/metal neste país e merece ter seu trabalho reconhecido. Vale conferir Black­ning, Tamuya Thrash Tribe, Underload, Surra, Goatlove, Basttardos, Headhunter D.C., e o Claustrofobia, que conheci quando ainda eram crianças e já faziam um metal de gente grande.

Já se sabe que a mídia mainstream, principalmente a TV (seja aber­ta ou fechada), não dá mesmo espaço para música de qualidade, e quando se está no mês do carnaval aí é que a coisa se deteriora ainda mais, por isso recomendo o playlist que a ROADIE CREW mantém em parceria com o DEEZER (dzr.fm/roadiecrew217) para que sejam ouvidas as músicas de bandas que estão nesta edição. Com isso a trilha sonora do mês da folia será muito melhor e servirá de inspiração para comprar os CDs que mais agradarem ao leitor..

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

BLACKNING:

SEM DESCANSO

É muito bom ver bandas formadas por músicos experientes manterem aquele gás do começo de carreira. Um exemplo é o Blackning que, com pouco mais de três anos de estrada, possui dois álbuns e muitos shows pelas regiões Sudeste, Norte e Nordeste. Cleber Orsioli (vocal e guitarra), Francisco Stanich (baixo) e Elvis Santos (bateria) lançaram em 2016 ALieNation, que tem tudo para se tornar um clássico do thrash metal nacional. Nesta entrevista para a ROADIE CREW, a cozinha do grupo, além de falar do disco, comentou sobre shows e a homenagem prestada ao eterno Lemmy Kilmister…

TAMUYA THRASH TRIBE:

MUSICALIDADE, OUSADIA E PESO

The Last of the Guaranis, lançado no ano passado pelos cariocas da Tamuya Thrash Tribe, tem tudo para ser lembrado como um disco de vanguarda, daqueles que marcarão as gerações futuras do metal. Junto ao peso e a cadência do death/thrash metal, Lu­ciano Vassan (vocal e guitarra), Leonardo Emmanoel (guitarra), J.P. Mugrabi (baixo) e Bruno Rabello (bateria) adicionaram idiomas indígenas e elementos da nossa música, só que de uma forma diferenciada e homogênea. Nesse bate papo com a ROADIE CREW, Vassan nos conta como foi criar o conceito do novo álbum, a participação de Marcelo D2 (Planet Hemp) e a polêmica reforma do ensino médio…

OBI’: RELEVANTE OU

MERO DETALHE?

Na cultura japonesa, em especial nas artes marciais, OBI é uma longa faixa ornamental amarrada à cintura que, em sentido amplo, é usada para manter um quimono fechado. Também é usado no vestuário de homens e mulheres. O professor de judô Fernando Catalano explica o significado de amarrar o OBI ao quimono: “Foi o professor Jigoro Kano, nobre idealizador do judô, quem introduziu o uso da faixa e, a partir daí, ela foi sendo adotada pelas outras artes marciais.”

Sensei Catalano, faixa preta 5º dan, também revela que há um significado por trás de simplesmente amarrar a faixa ao quimono. “São dadas duas voltas na cintura antes de se dar o nó. A primeira volta significa o espírito, a segunda, o físico e as pontas, depois de feito o nó, devem estar alinhadas com o mesmo comprimento, representando o equilíbrio físico e espiritual.”…

UNDERLOAD: ROCK CLÁSSICO VINDO DO SUL

Vem do sempre prolífico Rio Grande do Sul uma das mais interessantes bandas surgidas nos últimos tempos. Misturando duas vertentes do rock clássico (a tradicional, representada por Led Zeppelin e Aerosmith, e a mais moderna, na figura de nomes como The Winery Dogs e Black Country Communion), o Underload ainda tempera sua música com muito groove. Beto Vianna (vocal), Sasha Z (guitarra), Joce Cristóvão (baixo), Maurício Gomes (bateria) estrearam com um disco independente e au­tointitulado e agora lutam para levar o nome do Underload a todos os cantos do país. Sasha contou para nós como está essa batalha…

SURRA:

CACETADA CAIÇARA

Formado por Leo Mesquita (vocal e guitarra), Guilherme Elias (baixo e vocal) e Victor Miranda (bateria), o Surra tornou-se, de forma surpreendente­mente rápida, a principal novidade do rock pesado santista na atualidade. A chegada ao primeiro disco, Tamo na Merda (2016), ratifica tal merecimento: orgulhosamente thrashcore, porém aberto a absorver outros estilos sem perder sua força crossover, os treze sons contidos no disco transformam em música as gotas de suor de um selvagem ‘mosh pit’. O baterista Victor nos conta mais sobre o passado, o presente e o futuro…

“HAIR I GO AGAIN”

EMOCIONA COM BOM HUMOR

Ao invés de encarar a crise da meia-idade, dois amigos ameri­canos de longa data resolveram se reunir para um projeto arriscado no meio musical: fazer um filme. Para quem não tinha patrocínio ou fundos suficientes para bancar a produção, o risco era ainda maior. Porém, ambos tinham como meta conseguir o que não puderam fazer na juventude: se dar bem no rock. O mote do projeto, nomeado “Hair I Go Again” era “as primeiras e últimas chances acontecem apenas uma vez”…

GOATLOVE: LONGE DE MODAS E TENDÊNCIAS

Ouvir um disco dos “bodes” é uma experiência única, que desperta no ouvinte as mais variadas sensações. Da euforia até a tranquilidade, Roger Lombardi (vocal), Marco Nunes e Pedro Lobão (guitarras), Lucas Barone (baixo) e Alexandre Watt (bateria) têm tudo para angariar uma variada gama de fãs por suas canções transitarem por diversas vertentes do rock e do metal sem se prender a nenhum deles. Para saber um pouco mais sobre o segundo trabalho, Guadalajara, Lombardi e Nunes bateram um papo com a ROADIE CREW…

BASTTARDOS: VELHO OESTE NO METAL CARIOCA

Algumas bandas compõem suas canções apenas por amor à música, mas há aquelas que acrescentam características visuais e sonoras, passando a se identificar por temas. O trio Basttardos, composto por Alex Campos (vocal e guitar­ra), Bernardo Martins (bateria) e “Terceiro Elemento” (baixo), adotou a estética do faroeste e segue promovendo seu segundo EP, O Último Expresso (2015). Falamos com Alex sobre os atributos e conquistas do “bando” que navega nas águas do hard rock e heavy metal…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

ESPECIAL HARD ROCK

Gente, o que foi essa edição sobre hard rock e glam metal? Sensacional é pouco pra descrever uma obra de arte como essa. Na verdade, vocês escreveram uma enciclopédia. Mais uma vez, a ROA­DIE CREW está mostrando a seriedade e o compromisso com os leitores que tanto pediram por esse material. Muito obriga­do por me fazerem comprar de novo dois exemplares, já que um eu vou detonar de tanto ler e o outro vai direto para o plástico se juntar aos outros especiais. Um ótimo 2017 pra todo mundo. Long live, ROADIE CREW.

Reinaldo Elias

São Paulo/SP

Muito obrigado pelas palavras, Reinaldo. Muita gente tem elogiado o especial hard rock, inclusive falando que compraram dois exemplares. Isso realmente nos enche de orgulho. Abraço. (Ricardo Batalha)

COLUNISTAS

Por Redação

Backstage

Vitão Bonesso

Alice Cooper: um cara gente fina!

O mínimo que um fã que acompanha a carreira de Vincent Furnier desde seus primórdios, é achar que o cara é muito gente fina. Não tenha dúvida quanto a isso. Ele não o é só pela forma como trata seus admiradores, a imprensa e a longa lista de músicos que já fizeram parte de suas bandas ao longo de quatro décadas. Cooper soube admi­nistrar como poucos o passado turbulento com seus ex-compa­nheiros de banda, mais preci­samente os que estiveram com ele até Muscle of Love, lançado em 1973. Este foi o último disco que contou com a excepcional The Alice Cooper Band, que logo depois se autointitularia Billion Dollar Babies.

O time contava com dois excelentes guitarristas, Michael Bruce e Glen Buxton, o baixista Dennis Dunaway e o baterista Neal Smith. Muscle of Love, se comparado ao anterior, Billion Dollar Babies, que chegou ao primeiro posto nas paradas americanas, foi um “fracasso”, já que não passou da 10ª posição nos charts…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel (*)

Estamos na decadência dos cinquentões?

Escrevo este texto na sexta-feira, 13 de janeiro. Exato um mês antes de mais um aniversário da estreia do Black Sabbath, quando deram às trevas o heavy metal. 47 anos. Alguns consideram os pais do metal o Led Zeppelin, que soltou o debut um ano antes. Ou o Deep Purple, um ano e meio antes do Sabbath. Os mais descolados citam o Blue Cheer, dois anos antes. Qualquer demônio em que você acredite, o certo é que o gênero mais pesado da música está à beira dos cinquenta anos. E se essas efemérides servem para alguma coisa, é para fazer um balanço da vida até agora.

Tudo bem que os primeiros anos de um gênero tendem a ser imbatíveis. Tanto que se contarmos quarenta anos para trás desde agora, surge uma sequência de trabalhos que se me dissessem que formam uma lista de preferidos de algum conhecedor de música, não estranharia. Apagaram quarenta velinhas Sad Wings of Destiny (Judas Priest), A Day at the Races (Queen), Destroyer (Kiss), Jailbreak (Thin Lizzy), 2112 (Rush), Rocks (Aerosmith) e por aí segue…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves (*)

Souvenir para poucos

Eventos mundo afora, incluindo diversos festivais de heavy metal, têm a prática de usar copos sustentáveis para vender bebidas, seja cerveja, refrigerante, água ou drinques. Esta iniciativa serve a alguns propósitos: reduz o uso de des­cartáveis, vira souvenir para o público e gera receita. O fã paga um euro pelo copo e, se quiser, recebe o dinheiro de volta se decidir devolver o copo no bar. Em nossa coleção, por exemplo, temos quinze copos diferentes (mais alguns repetidos) do fes­tival alemão Wacken Open Air e também do festival francês Hellfest. É um ótimo souvenir, seja para colecionar ou para presentear amigos.

Há uns três anos, grandes eventos nacionais e também shows de heavy metal em estádios ou arenas passaram a ter copos dos patrocinadores (leia-se: marca de cerveja) perso­nalizados com a atração, data e local do show. Mas esses copos não possuem a mesma dinâmi­ca daqueles “sustentáveis”…

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

Hello Hooray!

O tal do rock entrou cedo na minha vida, mais precisamente aos 7 anos, com Help!, dos Beatles. Em 1968 foi a vez de Jumpin’ Jack Flash, dos Stones. E em 1971, a pá de cal: numa loja de discos (sim, existia isso na época) pedi para colocarem pra tocar aquele disco com uma cabeça de cobra na capa e assim que ouvi os primeiros acordes decidi que era aquilo que ia querer pra minha vida. O disco era Killer, de Alice Cooper.

Naqueles tempos, ter show internacional no Brasil era algo tão raro quanto um discurso coerente na boca de político. Então, imaginem meu estupor quando fiquei sabendo que Alice Cooper viria ao Brasil! Seriam três shows entre o final de março e o início de abril de 1974 – e eu definitivamente não poderia perder aquilo!

O primeiro show (e de ingressos mais baratos, ou seja, o que cabia no meu bolso) aconteceu no Palácio das Exposições do Anhembi, em São Paulo. Pra quem não co­nhece, é uma espécie de galpão gigantesco onde acontecem exposições como Salão do Automóvel e Expomusic…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha (*)

Ouvindo, gravando e descobrindo

Há trinta anos, mais precisamente em 25 de fevereiro de 1987, meu falecido pai, meu irmão, meu saudoso tio Vicen­te e eu fomos para Campinas ver a final do Campeonato Brasileiro de 1986 entre São Paulo e Guarani, um dos jogos mais emocionantes que vi na vida. O jogo terminou 3 a 3, mas, felizmente, deu Tricolor nos pênaltis. Naquele dia não levei meu walkman da marca Broksonic ao estádio Brinco de Ouro da Princesa. Explico: era tão vidrado em heavy metal (era?!) que o levava em praticamente todos os lugares que ia, como você faz facil­mente hoje com seu celular.

Quando ia jogar basque­tebol nos finais de semana à tarde, chegava ao cúmulo de levar o walkman para sair do vestiário e logo sintonizar os programas de rádio. Lembro que gravei The War Drags Ever On (Tank) ouvindo o “Riff Raff”, na antiga 97 FM. Detalhe: sintonizei a rádio dentro vestiário e gravei andando pelo clube, batendo cabeça como qualquer adoles­cente, ingênuo e empolgado, fã de metal fazia.…

BLIND EAR – NICK HOLMES (PARADISE LOST)

Por Claudio Vicentin

fotos Fernando Pires

“Soa familiar. É do álbum The Last in Line? (R.C.: É Black Sabbath). Ah, OK! Deixa eu escutar o refrão. Dehumanizer, sensacional! Como demorei tanto? (risos) Gosto muito da música TV Crimes, mas prefiro os primeiros álbuns do Sabbath com Dio, como Heaven and Hell e Mob Rules. (R.C.: A música I desse CD é uma das que Dio mais gostava). Eu iria assistir ao Dio no Sabbath acho que um ou dois anos antes dele falecer, mas eles acabaram não tocando por algum problema téc­nico. Apenas vi Sabbath com Ozzy, o que é uma pena. Falar da voz dele é desnecessário. Quando era mais jovem, escutei Sabbath com Dio, achava que era o Ozzy cantando e dizia: ‘Esse Ozzy é demais!’ (risos) Depois que descobri a banda com Ozzy e a discografia do início. (R.C.: Hoje uma das maiores influências do Paradise Lost). Com certeza! Os primeiros álbuns do Sabbath são influência direta e indireta para qualquer banda de heavy metal.”

Time Machine

BLACK SABBATH

DEHUMANIZER

CLASSICREW

Por Redação

1977

KISS

Alive II

Antonio Carlos Monteiro

Lá em meados dos anos 70, o Kiss estava vivendo um dilema: seus shows eram um verdadeiro furor, com lotação esgotada e saudados em verso e prosa, enquanto seus discos vendiam timidamente. A solução foi ób­via: lançar um álbum ao vivo, reunindo os sucessos de seus três primeiros trabalhos em estúdio. O resultado foi Alive! (1975), um dos discos ao vivo mais controversos da história pela quantidade de overdubs de recebeu – até o alarido da audiência era ‘fake’…

O resultado junto ao público, no entanto, foi plenamente satisfatório, o que levou o quarteto a querer repetir a dose depois de lançar mais três discos de estúdio. Só que a essa altura Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Frehley e Peter Criss já tinham elevado o Kiss ao status de máquina de fazer dinheiro…

1997

Megadeth

Cryptic Writings

Leandro Nogueira Coppi

Drogas, desavenças, mudanças na formação… Tudo isso fazia dos bastidores do Megadeth uma ver­dadeira bagunça até So Far, So Good… So What! (1988). Porém, quando o líder Dave Mustaine resolveu botar ordem na casa e, junto com seu escudeiro David Ellefson, trouxe o guitarrista Marty Friedman e o hoje saudoso baterista Nick Menza, a carreira da banda decolou na primeira metade da década de 90. Juntos, os quatro foram responsáveis pelos imbatíveis Rust in Peace (1990), Countdown to Extinction (1992) e Youthanasia (1994), obras eterniza­das como clássicos do metal.

Com o sucesso, a pressão interna au­mentou, ainda mais porque na outra meta­de daquela década a situação era negra na indústria musical…

2007

VOLBEAT

Rock The Rebel/Metal The Devil

Valtemir Amler

O rock e o metal nunca foram estilos fáceis de rapidamente atrair a atenção e cair nas graças do público. Apesar disso, alguns parecem fazer o impensado de forma tão orgânica que acabam por seduzir plateias ao redor do mundo. O dinamarquês Volbeat se encai­xa nesse grupo. Após anos tentando o sucesso no death metal com o Dominus, o guitarrista e vocalista Michael Poulsen resolveu dar novos rumos à sua carreira e fundou o Volbeat – o nome foi tirado do terceiro álbum do Dominus, Vol.Beat (1997).

O novo grupo debutou em 2005 com The Strength/The Sound/The Songs e, dois anos depois, apresentou Rock The Rebel/Metal The Devil. A inusitada mis­tura do moderno thrash metal, repleto do groove de bandas como Machine Head, com rockabilly, country, hard rock e até pitadas de pop, realmente agradou.)…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Por Redação

Nesta edição:

Accept

Acod

Ancient

Arkona

Armored Saint

Avenged Sevenfold

Aversions Crown

Black Star Riders

Borealis

Busic

Darktower

Devilment

Dirkschneider

Eternal Idol

Fallen Idol

Graham Bonnet Band

Heavenless

Herman Frank

I Prevail

Inquisition

Jack Russel’s Great White

Kreator

Lancer

Magnum

Melanie Klain

Memphis May Fire

Overtures

Panzer

Quartz

Rolling Stones

Sanctuary

Stephen Pearcy

Stop. Stop

Stringbreaker And The Stuffbreakers

Surra

The New Roses

Törr

Uada

Ulver

Vader

Walsung

Garage Demos

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Confectors

Contempty

Warfactor

HIDDEN TRACKS – ELOY

Por Antonio Carlos Monteiro

Em “The Time Machine” (1895), o escritor inglês H.G. Wells conta como um viajante no tempo ajudou a raça humana, que ele chama de “Eloy”, a se reorganizar e reiniciar sua trajetória. Já na Alemanha dos anos 60, era raro as bandas de rock investirem em composições próprias. O guitarrista Frank Bornemann resolveu apostar em suas próprias músicas, o que ele via como um recomeço para o rock de seu país – como na história de HG Wells. Por isso, resolveu chamar sua banda de Eloy.

Apostando no rock progressivo, Bor­nemann se juntou a Manfred Wieczorke (guitarra), Erich Schriever (vocal e tecla­do), Wolfgang Stöcker (baixo) e Helmut Draht (bateria) e logo de cara ganhou um festival local, o que permitiu gravar seu primeiro single em 1970. No ano seguinte, a banda conseguiu um contrato com uma grande gravadora, a Phillips, e lançou o primeiro disco, Eloy…

ETERNAL IDOLS – GREG LAKE

Por Antonio Carlos Monteiro

As músicas mais sensacionais são aquelas que foram feitas por amor, não por dinheiro.” Era assim que Gregory Stuart Lake entendia a música, mundo em que viveu por mais de meio século como Greg Lake.

Baixista, guitarrista, compositor e produtor, Greg nasceu em 10 de novem­bro de 1947 em Dorset, sul da Inglaterra, e sofreu como toda a geração do pós-guer­ra: morando em uma casa pré-fabricada com seus pais Harry e Pearl, ele lembrava do frio que passou nos rigorosos inver­nos britânicos. Porém, mesmo lutando contra dificuldades financeiras, sua mãe, pianista amadora, conseguiu comprar um violão de segunda mão para o filho e ensinar a ele os acordes básicos.

Greg passou a ter aulas com Don Stri­ke, que não só o ensinou a ler e escrever música como o apresentou ao violinista e compositor genovês Niccolò Paganini. “Há uma linha que une todos os tipos de música. Eu me sinto orgulhoso por ter sido influenciado tanto por Elvis e Little Richard como (Aaron) Copeland e (Sergei) Prokofiev”, disse Greg anos mais tarde…

COLLECTION – BEHEMOTH

Por Valtemir Amler

Tornar-se gigante pratican­do música extrema é para poucos, mas o vocalista, gui­tarrista e compositor Adam Michał Darski, popularmente conhecido como Nergal, sabia o caminho. Desde a fundação da banda, que anteriormente atendia por Baphomet, em 1991, ele se dedicou com afinco à missão. Com sabedoria e coragem, tomou as atitudes que eram necessárias para que o Behemoth desfrutasse do status atual que ostenta. Nascido como uma formação de black metal, o grupo lançou dois trabalhos nes­te gênero, mas gradualmente foi inserin­do elementos de death metal em sua rica sonoridade, forjando assim sua identi­dade sonora, facilmente identificável e venerada nos quatro cantos do mundo. “Não é possível agradar a todos e tenho consciência disso quando estou com­pondo. Sempre haverá pessoas que irão reclamar, mas não dou a mínima, o que importa é que eu esteja feliz”, disse certa vez Nergal à ROADIE CREW. Contando com quase três décadas de história e dez discos de estúdio, parece não haver limi­tes para o crescimento de Nergal, Patryk “Seth” Sztyber (guitarra), Tomasz “Orion” Wróblewski (baixo) e Zbigniew “Inferno” Promiński (bateria), que reinam no mais alto patamar do metal extremo…

PLAY LIST – CHINA LEE (SALÁRIO MÍNIMO)

Por Ricardo Batalha

Beijo Fatal: “Essa eu me lembro como se fosse hoje. O guitarrista Junior (Muzilli) costumava ir à minha casa de praia e ele estava em um momento maravilhoso, compondo uma obra-prima atrás da outra. Fumamos um baseado e aí ele cantou Beijo Fatal para mim. Confesso que naquela hora me soou meio brega, meio sertanejo… Mudei um pouco a melodia e dias depois fomos para o estúdio. Junior tinha a música na cabeça pronta, com o peso da banda e a melodia da voz, e não é que deu certo?!… Criamos um clássico.”…

LIVE EVIL - BLACK SABBATH

Por Ricardo Batalha

Black Sabbath

Estádio Cícero Pompeu de Toledo – São Paulo/SP

4 de dezembro de 2016

Por Ricardo Batalha • Fotos: Régis Andaku

No momento em que você lê estas linhas, o pioneiro do heavy metal já terá feito a sua despedida oficial. Os dois últimos shows da história do Black Sabbath ocorrem em Birmingham (ING), a 3 e 4 deste mês de fevereiro. Exatamente dois meses antes da retirada dos palcos, o grupo esteve em São Paulo para uma das datas da “The End Tour”, que também passou por Porto Alegre/RS (28/11), Curitiba/PR (30/11) e Rio de Janeiro/RJ (02/12).

Não houve comoção. O sentimento geral era o de “eu tinha que estar lá para ver o fim”, mesmo porque o repertório da “The End Tour” não era tão diferente do apresentado por Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (bai­xo), Tommy Clufetos (bateria) e Adam Wakeman (teclado) em 2013, quando estiveram no Brasil para promover o álbum 13.

O sol brilhava enquanto o estádio ia tendo suas dependências tomadas por fãs, que recebe­ram bem a brasileira Dr. Pheabes e a americana Rival Sons. Digno de nota, o Rival Sons já tinha passado por aqui no “Monsters of Rock” de 2015…

BACKGROUND – MARDUK - PARTE 1

Por Valtemir Amler

O Objetivo do sueco Patrik Niclas Morgan Håkansson

era criar a mais brutal e blasfema banda

de todos os tempos Em 1984, pela primeira vez a Suécia faria o mundo do metal estremecer quando Ace Börje Forsberg, o Quorton, lançou o debut autointi­tulado do Bathory, disco que bradaria ao mundo os ditames do que viria a se tornar o black metal escandinavo da década seguinte. Pouco mais tarde, outro sueco, Per Yngve Ohlin, mais conhecido como Dead, se uniria ao grupo norueguês Mayhem e ajudaria a banda a passar do death para o black metal, forjando de vez a sonoridade escandinava. Como se isso não bastasse, em 1990 o sueco Patrik Niclas Morgan Håkansson, ou Evil, daria início às atividades de uma banda que almejava ser a mais brutal e blasfema de todos os tempos: nascia o Marduk.

Aproximando-se de sua terceira déca­da de atividade ininterrupta, o grupo fez de tudo para alcançar esse objetivo inicial planejado por Evil. Baseando sua imagem lírica e sonora em tudo o que existe de mais violento e blasfemo, a banda já rodou o mundo com apresentações que extasiam os fãs do extremismo sonoro, vendeu discos como água e se tornou um dos mais importantes e reverentes nomes da cena black metal. Toda essa longa tra­jetória começou com cinco composições gravadas em uma demo

PROFILE – SAMEJ COATL (MYTHOLOGICAL COLD)

Por Ricardo Batalha

Primeiro álbum que comprou:

“Crusader – Saxon.”

POSTER – OPETH

Por Redação

Álbum Sorceress

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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