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Edição #218

R$29,00

Em novembro do ano passado, a notícia de que Michael Kiske (vocal, Unisonic) e Kai Hansen (guitarra e vocal, Gamma Ray e Unisonic) se juntariam a Andi Deris (vocal), Michael Weikath (guitarra), Sascha Gerstner (gui­tarra), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) para uma turnê com o Helloween inundou…

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HELLOWEEN ESPECIAL - INTRO

Por Guilherme Spiazzi

PUMPKINS UNITED

Em novembro do ano passado, a notícia de que Michael Kiske (vocal, Unisonic) e Kai Hansen (guitarra e vocal, Gamma Ray e Unisonic) se juntariam a Andi Deris (vocal), Michael Weikath (guitarra), Sascha Gerstner (gui­tarra), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) para uma turnê com o Helloween inundou as redes sociais.

Apesar de haver especulações sobre uma possível reunião da banda desde 2012, os músicos insistiam em driblar essas questões, chegando a negar publicamente qualquer possibilidade de se juntarem. Porém, nos bastidores, a agência musical Bottom Row, que cuida dos interesses do Unisonic e do Helloween, estava ma­quinando um evento único e tido como improvável por diversas razões.

Os que já acompanhavam a história do Helloween sabiam das insatisfações que levaram Hansen a sair para formar o Gam­ma Ray em 1989 e da rixa de Kiske não só com a banda, mas com o metal e a indústria musical desde que deixou o grupo em 1993. O fato é que, depois da saída de Hansen, os ânimos realmente começaram a se de­teriorar na banda e a separação com Kiske cessou uma das fases mais controversas.

O Helloween foi formado em 1984 por Hansen, que à época atuava como vocalista e guitarrista, Weikath, Grosskopf e Ingo Schwichtenberg (ex-baterista, falecido em 1995) e logo vivenciou uma rápida ascen­são no metal. Ao se lançar com Helloween

(EP, 1985) e Walls Of Jericho (1985), o grupo ganhou destaque graças à sua sonoridade inovadora, o que contribuiu para que o metal melódico fosse moldado…

HELLOWEEN ESPECIAL-MICHAEL WEIKATH

Por Guilherme Spiazzi Michael Weikath e Markus Grosskopf foram os únicos integrantes a viverem todos os altos e baixos do Helloween desde a sua fundação até o lançamento do último disco de estúdio, My God-Given Right (2015). Se hoje Weikath aparenta um semblante mais tranquilo, nem sempre foi assim, vide os problemas que o guitarrista teve com ex-integrantes da banda, principalmente Michael Kiske. Até que os dois se entendes­sem, as chances de ambos dividirem o palco eram nulas. Não são mais.

HELLOWEEN ESPECIAL-KAI HANSEN

Por Guilherme Spiazzi Há quem defenda que Kai Hansen seja um dos pais do metal melódico. Também pudera, o músico ajudou a fundar o Helloween e, depois de cinco anos de banda, largou o sucesso para embarcar em uma nova e bem sucedida empreitada, o Gamma Ray. Somente depois de aproximadamente duas décadas de separação, Hansen voltou a dividir o palco com o Helloween e, em 2011, se juntou a Michael Kiske no Unisonic. O próximo passo era o mais esperado: uma reunião com o Helloween. E ela veio…

HELLOWEEN ESPECIAL-MICHAEL KISKE

Por Guilherme Spiazzi A passagem de Michael Kiske pelo Helloween foi mete­órica. Foram sete anos de banda e quatro discos de estúdio, dentre eles um dos mais aclamados e um dos mais odiados entre os fãs. Kiske se tornou uma das mais influentes vozes do metal melódico no mundo. Porém, as infindáveis brigas e tensões o fizeram largar a banda e o metal. Se ver Kiske cantando metal nova­mente já era um sonho para os fãs, tê-lo no Helloween era utopia. Custou, mas depois de muito preparo e maturação os astros voltaram a se alinhar e Kiske está de volta!

HELLOWEEN ESPECIAL-ANDI DERIS

Por Guilherme Spiazzi Andi Deris foi o escolhido para assumir o posto de vocalista de uma banda que estava desmo­ronando. Sua missão era subs­tituir um vocalista referência, manter a essência do Helloween e ajudar a reerguer o grupo. Missão dada e cumprida, apesar dos desafios e comparações. Assim, Deris seguiu firme no seu propósito e continua no grupo após 23 anos de dedicação. Há quem o prefira a Kiske, há quem ache o oposto, mas, independentemente de preferências, os dois agora dividirão o palco com o Helloween.

JUDAS PRIEST

Por Steven Rosen

O BAIXISTA IAN HILL FALA SOBRE O RELANÇAMENTO DO POLÊMICOTURBO E CONTA OS PLANOS PARA O NOVO ÁLBUM

É quase impossível ler uma entre­vista com uma banda de heavy metal e não ter o nome do Judas Priest citado. Afinal, o quinteto britânico influenciou quase tudo que se tornou tradicional no esti­lo, dos vocais rasgados às guitarras gêmeas. O Judas surgiu em 1969, com uma formação diferente da que estreou em Rocka Rolla (1974) e, apesar de um início mais voltado ao blues, logo passou a desenvolver um estilo mais pesado e arrojado. O tempo mostrou que o Judas Priest é um grupo que nunca se acomodou na fama que conquistou. Em 1986 lançou seu décimo disco, Turbo, no qual deixou de lado o som pesado de traba­lhos como Screaming for Vengeance (1982) e Defenders of the Faith (1984) para adotar uma linha mais melódica e com bastante guitarra sintetizada, para desespero dos fãs na época. Ao completar trinta anos, Turbo foi remasterizado e relançado numa versão tripla, intitulada Turbo 30. Nesta entre­vista, Ian Hill (único integrante a aparecer em todos os discos da banda) fala sobre o relançamento e relembra detalhes dos primórdios do Priest…

AIRBOURNE

Por Steven Rosen O vocalista e guitarrista do Airbourne, Joel O’Keeffe, é famoso, entre outras coisas, por sua performance incendiária. Ele corre pelo palco e escala os andaimes onde estão os PAs – por mais precária que seja essa estrutura. Quem o vê em cena pensa que está diante de um maluco. Mas não é bem assim. Joel é um sujeito passional e um grande fã de rock que quando está em cena oferece o melhor de si para o público. Em seu quarto disco, Breakin’ Outta Hell (2016), o Airbourne vol­tou a trabalhar com o produtor Bob Mar­lette e pela primeira vez gravou em seu país de origem, a Austrália – os três anteriores foram feitos nos EUA. E esse novo trabalho mostra que a inclinação da banda para o hard e rock’n’roll simples, mas eficiente, na linha de AC/DC e Aerosmith, permanece intacta. Nessa entrevista, O’Keeffe fala do novo disco, de seu ídolo Lemmy Kilmister e sobre o que o motiva como artista…

PAIN OF SALVATION

Por Daniel Dutra In the Passing Light of Day está diretamente ligado ao grave pro­blema de saúde por que passou Daniel Gildenlöw há pouco mais de dois anos – o guitarrista, voca­lista e líder do Pain of Salvation foi acometido por uma bactéria que começou a devorar a carne de suas costas, causando o que se chama de infecção estrepto­cócica, e precisou de cirurgias no período em que esteve hospi­talizado. Recuperado, levou a música do quinteto – completado por Ragnar Zolberg (guitarra e vocais), Gustaf Hielm (baixo), Daniel Karlsson (teclados) e Léo Margarit (bateria), formação estável desde 2011 – a um novo patamar de beleza, intensidade e energia. Para conhecer todos os detalhes, a ROADIE CREW bateu um longo e divertido papo com Gildenlöw, e aqui você confere os melhores momentos…

WORST

Por João Messias Jr É motivo de orgulho para os fãs de metal e apoiadores da mú­sica pesada ver cada vez mais bandas nacionais conquistando o mundo. Desde o desbrava­mento iniciado pelo Sepultura, vários grupos vêm percorrendo esse caminho de cruzar o Velho Mundo para mostrar a música que produzimos. O quarteto de hardcore/metal Worst, for­mado por Tiago Monstrinho (vocal), Tiago Hóspede (guitarra), Ricardo Brigas (baixo) e Fernando Schaefer (bateria), fez um giro pela Europa em 2016 para divulgar o EP Violent Assault from the Southern Sphere, que contém duas faixas em inglês. Em entrevista para a ROADIE CREW, Monstri­nho e Schaefer nos contam sobre o saldo deste giro, o ritmo de trabalho pesado e até a devoção de um fã na República Tcheca…

KHONSU

Por Valtemir Amler O duo Khonsu foi fundado há cinco anos em Bergen (NOR), mas seu líder, o multi-instrumentista S. Grønbech, já vinha compondo há muitos anos. O grupo passou por situações extenuantes desde o seu princípio, quando precisou mudar de nome por conta de uma das razões mais inimagináveis que poderia acontecer. Com o novo nome definido, foi lançado o debut Anomalia (2012), que, a despeito da forte ligação com a cena black metal de seu país natal, mostrava uma banda diferenciada de seus conterrâneos. Justamente por conta desse diferencial, S. Grønbech conseguiu superar sua ligação passada com o Keep of Kalessin e tornar sua banda algo indepen­dente da alcunha de “banda do irmão de Obsidian C.” Com o lançamento de The Xun Protectorate (2016), o Khonsu reafirma seu caráter independente, apostando com mais força nos elementos black metal, desfilados junto a uma interessante história de ficção científica que permeia o álbum. A ROADIE CREW conversou com S. Grønbech, que relembrou a história de sua banda e contou detalhes sobre o novo trabalho…

ASSASSIN

Por Ricardo Batalha O quinto álbum de estúdio do Assassin, um dos pioneiros do thrash alemão, trouxe algumas mudanças em relação ao seu antecessor, Breaking the Silence (2011). Além da entrada do vocalista Ingo “Crowzak” Bajonczak (ex-Lord Of Giant, Supersoma e New Damage) no lugar de Robert Gonnella, o grupo resolveu trabalhar com um novo produtor e adotar uma sonoridade mais moderna. Então, quando Combat Cathedral foi para as lojas no primeiro semestre do ano passado, Michael Hoffmann já tinha cedido o posto a Frank “Blackfire” Gosdzik (ex-Sodom e Kreator), deixando agora somente Jürgen “Scholli” Scholz como único integrante da velha fase do grupo. Entusiasmado com o novo momento, o baixista Joachim Kremer fala, a seguir, sobre todas estas mudanças e a forte ligação com o Brasil, além de relem­brar o que fazia trinta anos atrás, quando o Assassin soltou seu primeiro disco, The Upcoming Terror…

BUSIC

Por Leandro Nogueira Coppi

Andria e Ivan Busic falam sobre o fim do Dr. Sin e sobre a nova fase da carreira com disco de estreia do Busic, inteiramente com letras em português

O título do último álbum do Dr. Sin, Intactus, dava a entender que o grupo estava unido e inabalável, mas os alicerces se romperam e, em meados de 2015, foi anunciado o fim da banda. No ano seguinte, os irmãos Andria e Ivan Busic partiram para uma nova emprei­tada, agora ao lado dos guitarristas Hard Alexandre e Zeca Salgueiro. Assim nasceu o Busic, que estreou no final de 2016 com o debut homônimo, material que expõe a personalidade musical dos irmãos Busic e matará a saudade dos fãs de Cherokee, Platina e Taffo, que cur­tiam as músicas cantadas em português. Andria e Ivan receberam a ROADIE CREW em seu estúdio, Busic Produ­ções, para um longo bate papo. Falamos sobre o fim do Dr. Sin, a relação com Edu Ardanuy, a criação da banda Busic e os detalhes do álbum de estreia, assim como da biografia que está sendo prepa­rada sobre eles. A seguir, você confere os melhores momentos dessa conversa…

GRAVE DESECRATOR

Por Guilherme Spiazzi Enfrentar e superar ad­versidades são caracte­rísticas natas das bandas brasileiras de metal. Assim, o que o baixista Élson “El” Necrogoat nos conta nesta entrevista só reforça a ideia de que é preciso muita vontade para continuar. Com o lançamento do seu terceiro disco, Dust to Lust (2016), a banda carioca, que agrega influências da cultura nacional ao som ríspido e de personalidade, vê seu trabalho sendo distribuído internacional­mente, fato que contribui para o desejo de Necrogoat de construir uma carreira duradoura e com alicerces…

ONCE HUMAN

Por Guilherme Spiazzi Depois de mais de uma década afastado dos palcos e dedicando-se apenas à produção musical, o guitarrista Logan Mader (ex-Machine Head e Soulfly) encontrou na vocalista Lauren Hart a oportunidade ideal para voltar a tocar metal. Assim, o Once Human mostrou a sua cara com The Life I Remember (2015), no qual apresentava um som agressivo e contemporâneo. Tais características voltaram a aparecer de forma mais elaborada no recém-lançado Evolution. A seguir, Logan e Lauren nos contam os detalhes…

MASTER

Por Valtemir Amler

Incansável Paul Speckmann fala sobre mais recente álbum, afirmando que escreveu as letras pensando no ódio que nos rodeia

É difícil imaginar a cena do death metal sem lembrar a figura quase onipresente de Paul Speckmann, lendário personagem por trás de um dos fundadores do gênero: o fundamental Master. Dono de uma carreira invejável e prolífica, o baixista e vocalista americano teve (ou ainda tem) passagem por atos seminais do estilo, como o Funeral Bitch, Abomination, War Cry, Death Strike e, mais recentemente, Martyr e Krabathor, além do Master, ao qual dedicou a maior parte de sua vida. Humilde, gentil e consciente de seu papel para o mundo da música, Speckmann fa­lou à ROADIE CREW sobre o 13º disco de estúdio do Master, An Epiphany Of Hate, lançado no início do ano passado…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Editorial

 O sonho realizadode uma (re) união

Sempre que uma banda atinge um grande sucesso num determinado período da sua carreira é natural que con­quiste uma legião enorme de fãs, cuja admiração pelo trabalho artístico traz junto uma relação passional com os ídolos e isso tende a se estender para os músicos que fazem parte do grupo naquele momento de prestígio elevado. Existem inúmeros exem­plos de reuniões ardorosamente desejadas e não concretizadas, e a maior e mais impactante de todas teria sido a dos Beatles, o que se tornou impossível com a morte de John Lennon em 1980. Afinal, assim como não existe “ex-Beatle” – John, Paul, George e Ringo são eternamente Beatles – não teria sentido uma apresentação da banda sem um desses quatro membros. Já no mundo dos astros normais é plenamente aceitável, e até mesmo louvável, que ocorram as reuniões, ainda que com line-ups não exatamente completos, mas que mantenham a personalidade da banda original. Em 2016 o mundo saudou a reunião do Black Sabbath (sem Bill Ward), mesmo com a tristeza de saber que era para uma turnê de despedida definitiva, e todos desejamos que haja um arrependimento deles em se despedir e continuem tocan­do juntos (quem sabe?). Em 2017 somos brindados com uma outra reunião, a do Helloween, e essa de um modo extremamente criativo e inusitado, pois não se resume a unir somente os membros de uma fase específica, mas juntando a formação consagrada na década de 1980 com os músicos atualmente em atividade na banda. Existem vários aspectos envolvidos nesse projeto que se mostram exem­plos de inteligência, profissionalismo e bom senso. Primeiramente a superação de divergências pessoais ocorridas muitos anos atrás e que já não faziam sentido, pois os jovens deslumbrados de então já se tornaram adultos responsáveis; em seguida vem a perspectiva de que a turnê ‘Pumpkins United’ seja apenas o início de uma nova era na carreira da banda, com possibilidade de uma sequência de trabalhos com músicas inéditas, novos álbuns, novas turnês. Sim, eles vão ganhar dinheiro com isso, mas os que mais vão ser beneficiados serão os fãs, tanto os novos como os antigos, que poderão desfrutar do prazer de ver e ouvir suas músicas prediletas sendo executadas por um verdadeiro ‘dream team’ “helloweeniano”.

Pois bem, apresentamos orgulhosamente essa (re) união como matéria especial de capa desta edição, considerando inclusive o carinho que o pessoal do Helloween tem para com os fãs brasileiros. Mas, além dos “pais do metal melódico”, temos pauta para todos os gostos, mantendo o equilíbrio entre peso e velocidade, entre o moderno e o ‘old-school’. Uma combinação que precisa ser conferida é relacionada à banda Once Human: a suavi­dade angelical que se vê em Lauren Hart e a agressividade extrema que se ouve na sua voz, é sensacional! E temos Judas Priest nas palavras de Ian Hill; a lucidez de sempre na entrevista com Daniel Gildenlöw do Pain of Salvation; a fase madura do Airbourne; o que anda fazendo o Assassin que é a mais “brasilianer” das bandas alemãs; a sinceridade nua e crua de Paul Speckmann do Master; Khonsu com experimentalismo e ficção cientifica. Dos nacionais aqui estão a nova e excelente banda dos irmãos Busic; o Worst que se espalha pelo mundo; e ainda o discernimento e conhecimento de causa de Necrogoat, do Grave Desecrator, que chega ao mercado do exterior.

CENÁRIO

Por Redação

VODU: NOVO ÁLBUM

E RELANÇAMENTOS

Foram longos anos de um hiato que parecia não ter fim até que em 2015, nos bastidores de um show do Viper, os integrantes do Vodu se reencontra­ram. Os fundadores André Góis (vocal), André “Pomba” Cagni (baixo), Sergio Facci (bateria) e J. Luis “Xinho” Gemignani (guitarra) gravaram o debut The Final Conflict (1986) e depois se uniram ao gui­tarrista Paulo Lanfranchi, da fase Seeds of Destruction (1987). A história foi retomada e a banda não só terá o seu catálogo re­lançado pela Classic Metal Records, como também promete um novo álbum. Além das novidades em relação a esse retorno, Facci e Góis também relembraram alguns fatos do passado à ROADIE CREW…

 

ENTHRING:

SANGUE RENOVADO

 

Desde sua concepção, há uma década, a finlandesa Enthring vem trabalhando para conquistar seu espaço, mas, assim como para praticamente todo grupo iniciante, o caminho tem se mos­trado árduo. Com um disco de estúdio e dois EPs, o Enthring passou por várias mudanças na formação. Único remanescente da formação original, o guitarrista e vocalista Tommi Kangaskortet, fala sobre o direciona­mento musical da banda e comenta sobre os desafios encontrados nessa sua proposta de criar um som pesado e sinfônico…

 

 

 

STEVE GRIMMETT TEM PERNA AMPUTADA APÓS INFECÇÃO

notícia pegou o mundo do heavy metal de surpresa: no início de ano, o vocalista do Grim Reaper, Steve Grimmett, contraiu uma infecção em seu pé direito durante a tour sul-americana do álbum Walking in the Shadows, e as complicações decorrentes do problema levaram os médicos a amputar sua perna direita do joelho para baixo.

O problema começou em um show no dia 14 de janeiro, em Guaiaquil, no Equador, de acordo com sua esposa Amelia Grimmett, conhecida como Millie. Grimmett vinha se sentindo mal desde o início da turnê, que começara dez dias antes, e tentava resolver o problema com remédios. Mas nesse dia não aguentou: “Ele saiu do show e foi levado direto para o hospital, onde detectaram uma forte infecção em seu pé direito.” Imediatamente foi operado, mas no dia seguinte exames mostraram que a infecção havia se espalhado. Voltou para a mesa de cirurgia, mas não adiantou: uma terceira operação removeu parte de sua perna direita…

  

 

 

 EVANESCENCE: NA ESTRADA E PREPARANDO NOVO ÁLBUM

Não é segredo que a banda ameri­cana Evanescence explodiu para o mundo logo no seu primeiro disco, Fallen (2003), fazendo um rock radiofônico que agregava peso e melodia de forma bem particular. Além do carisma da vocalista Amy Lee, o grupo se valeu de hits e do apoio de uma base de fãs muito apegada ao som e à imagem. Prestes a passar pelo Brasil novamente, a vocalista falou com a ROADIE CERW sobre a sua vinda ao país, as experiências pessoais na música e dá pistas sobre o tão aguardado quarto disco de estúdio…

 

 

 

DARK QUARTERER:

UMA LONGA VIAGEM ÉPICA

velho país da bota é cercado de uma história rica e inspiradora, que serve de influência para a criação de músicas igualmente belas e intrigantes, seja no campo do progressivo ou do power metal. O Dark Quarterer vem da bela cidade litorânea de Piombino, na região da Toscana, local de grande valor histórico devido à sua origem ligada ao povo etrusco. O grupo, que teve seu embrião criado ainda nos anos 70, soube aproveitar este fato ao lançar o aclamado The Etruscan Prophecy, em 1988. Considerado um importante centro histórico, Piombino foi também um porto importante da República de Pisa, na Idade Média. Repleta de sítios ar­queológicos, como a necrópole de Populonia, que ilustra a capa de The Etruscan Prophecy, o clima da cidade parece inspirar imensamente os músicos. No mais recente álbum, Ithaca (2015)Gianni Nepi (baixo e vocal), Francesco Sozzi (guitarra), Francesco Longhi (teclados) e Paolo “Nipa” Ninci (bateria) utilizaram o belo poema “Ítaca” (1911), do escritor Konstantínos Kaváfis, como influência. Nepi fala, a seguir, sobre a história do grupo, considerado o maior de prog/doom metal de seu país…

 

 

 

ALEKTO:

DEATH, THRASH E GROOVE

história pode ser resumida de maneira bem simples: o Krow, uma das potências do death metal brasileiro, interrompeu atividades porque o Entombed A.D., uma das potências do death metal sueco, contratou o guitarrista e vocalista dos brasileiros, Guilherme Mi­randa. Foi isso que realmente aconteceu, mas a história não teve ponto final e deu abertura para o surgimento do Alekto, que mistura ao death, thrash e groove. No currículo, Cauê de Marinis (baixo), Jhoka Ribeiro (bateria) e Woesley Johann (guitarra) – os três remanescentes do Krow – trazem dez turnês brasileiras, 165 shows em 25 países da Europa, presença no Rock in Rio e divisão de palco com bandas como Megadeth, Sepultura, Dimmu Borgir, Obituary, Arch Enemy, Possessed, Gojira, Napalm Death, Krisiun e por aí segue. Até que o grupo entrou em hiato com os novos compromissos de Miranda e Cauê começou a compor com o vocalista Will. O resto eles contam a seguir…

 

 

 

 HARDSHINE: PEDRO ESTEVES E UM TIME DE FERAS NO HARD

  Formado pelos experientes Leandro Caçoilo (vocal, Seventh Seal, ex-Eterna, Sancti e Magna), Pedro Esteves (gui­tarra, Liar Symphony), Bruno Ladislau (baixo, Andre Matos) e Anderson Alarça (bateria, Liar Symphony), o Hardshine comemora o relança­mento do debut, So Far and So Close, lançado anos antes apenas de forma virtual. Pedro Esteves, guitarrista e mentor do projeto que tem força para cair nas graças de fãs de hard, AOR, metal e pop, falou com a ROADIE CREW sobre a concepção do álbum e o lançamento físico pela TRM Records…

 

 

KIKO LOUREIRO CONQUISTA GRAMMY COM O MEGADETH

Ao entrar no Megadeth, Kiko Loureiro encheu os brasileiros de orgulho. Dessa vez, o guitarrista foi ainda mais longe e ajudou o grupo a conquistar o tão almejado Grammy. Nessa entrevista, ele conta tudo sobre esse feito histórico, sobre seus cursos de ‘music business’ e detalhes sobre sua relação dentro da banda de Dave Mustaine…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

ESPECIAL HARD ROCK

Hello, galera da ROADIE CREW! Sou leitor da revista desde 2000 (com Steve Harris e King Diamond na capa, edição #22) e acredito que essa é a segunda vez que escrevo para dizer o quanto sou fascinado pelo trabalho, profissionalismo e dedicação ao máximo pelo classic rock/ heavy metal em geral. Fiquei super fas­cinado com a edição #216, com o especial hard rock. Sou um fã confesso do gênero, assim como Ricardo Batalha (sei que ele nunca esconde isso). Adorei ler todas as histórias sobre o hard rock que começou lá no fim dos anos 60 até recentemente com ‘os revivals’, vamos dizer assim. Agora, gostaria de deixar apenas dois de­talhes, embora o resto da matéria esteja absurdamente brilhante. O primeiro é sobre o AOR: adoro bandas como Boston, Styx, Toto, Asia, Foreigner, Survivor e o grande representante do gênero, Journey, mas o detalhe é que eu tava aqui pensan­do: Bryan Adams não é desse estilo, não? Isso é só uma opinião minha, porque os álbuns como You Want It, You Got It (1981), Cuts Like A Knife (1983) e o bem sucedido Reckless (1984) têm uma ligação com o AOR. Ou não têm? O segundo é so­bre “Os 45 Álbuns para Entender o Estilo”, que é o glam metal, embora o Van Halen seja o pioneiro (me corrijam se eu estiver errado), é só o brilhante álbum de estreia (e eu estou ouvindo ao fundo). Pra mim, devia ter colocado mais dois clássicos no meio da grande lista: as belezuras Lee Aaron (Metal Queen) e Heart (sim, o au­to-intitulado de 1985). Será que esses for­midáveis álbuns se encaixam no perfil do glam? Não, né? Então, deixa pra lá! Como já disse, vocês da equipe (Batalha, Tony Monteiro, Vitão Bonesso e cia.) estão sempre nos surpreendendo, obrigado por tudo e como já diz o maravilhoso álbum do Rainbow: “Long live rock’n’roll!”.

Fabrício Assis

São José da Lapa/MG

O espaço para falar de todos os dis­cos que poderiam estar na lista era bem curto, Fabrício. Daria para colocar mais 45 e ampliar facilmente aquela listagem que Leandro Nogueira Coppi chamou de “Hardicalizando”. Concordo que muita coisa do trabalho do canadense Bryan Adams tem a ver com o AOR. Você não está equivocado em sua análise. Michael Bolton, antes de ser um “cantor de músi­ca romântica”, começou no hard rock e AOR com a banda Blackjack, que tinha o ex-Kiss Bruce Kulick na guitarra. Abra­ço e siga escrevendo. (Ricardo Batalha)

BLIND EAR – MARK JANSEN (EPICA)

Por Claudio Vicentin

fotos Fernando Pires

 “Isso é Sepultura! Territory é muito importante para mim, pessoalmente, porque foi naquele momento que passei a apreciar os vocais mais rasgados. Quando eu era mais novo, na época em que comecei escutar heavy metal, não gostava dos vocais mais rasgados e guturais, mas após esse álbum do Sepultura tudo mudou. Foi meu irmão que comprou o álbum e eu dizia que a música era ótima, mas os vocais eram um lixo (risos). Então, roubei o CD dele e passei a escutar mais e mais, a ponto de mudar minha visão para o resto da vida! Gosto dos outros álbuns, mas para mim Chaos A.D. é o mais legal. Acha que eles volta­riam com essa formação algum dia? (R.C: Difícil demais, mas nunca podemos dizer que jamais acontecerá). Eu até me sentiria chateado por Derrick Green, ele é um cara que canta muito bem e é uma pessoa muito legal!”

Música: Propaganda

Banda: SEPULTURA

Álbum: CHAOS A.D.

CLASSICREW

Por Redação

1977

SEX PISTOLS

Never Mind THE Bullocks, Here’s the Sex Pistols

Ricardo Batalha

Bastou um disco oficial para o mete­oro chamado Sex Pistols se tornar um dos grupos mais influentes do rock. Motörhead, Mötley Crüe, Guns N’Roses, Megadeth, Anthrax, Skid Row, Overkill, Joan Jett, Vince Neil, Quorthon, Wrathchild… Estes são alguns nomes que gravaram covers da banda inglesa, que ficou ativa apenas de 1975 a 1978 e soltou seu debut em 1977, o ano do punk rock: Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols.

Tido como uma armação do empre­sário Malcolm McLaren, coproprietário da loja de roupas Sex ao lado de Patrick Casey e de sua então namorada Vivienne Westwood, o fato é que a aposta obteve êxito…

1967

Jimi Hendrix

Are You Experienced?

Antonio Carlos Monteiro

Jamais na história do rock alguma banda ou artista estreou em disco de forma tão avassaladora como Jimi Hendrix com Are You Exeprienced. Afinal, nunca também a guitarra havia sido tocada daquela forma antes.

Tudo começou cerca de um ano antes. Impressionada com o que vira no palco do Cheetah Club, em Nova York, Linda Keith, então namorada de Keith Richards, falou sobre Jimi Hendrix com Chas Chandler, ex-baixista do The Ani­mals que começava uma carreira como empresário. O queixo do sujeito caiu e ele levou Jimi para Londres, onde arre­gimentou os dois músicos que acompa­nhariam o guitarrista no Jimi Hendrix Experience, Noel Redding (baixo) e Mitch Mitchell (bateria). Chas também convenceu-o a mudar o nome artístico de “Jimmy” para “Jimi” e conseguiu um contrato com a Track Recrods, selo dos empresários do Who, os polêmicos Kit Lambert e Chris Stamp…

2007

MACHINE HEAD

The Blackening

Claudio Vicentin

Muitos preferem bandas que ousam e fazem experimentos, buscando um diferencial que possa enriquecer sua música. Claro, isso tem que vir acompa­nhado de sabedoria, para não criar algo enjoativo e sem categoria e, logicamente, de capacidade técnica para a execução. Não pode ser uma mudança de estilo em busca de se adequar a alguma tendência que esteja em alta. Foi justamente esse lado ruim da mudança que o Machine Head fez em 1999, quando lançou The Burning Red e, posteriormente, Super­charger, em 2001. O primeiro ainda obteve certo reconhecimento, mas o segundo foi um fracasso total. No Brasil, desde então, a banda passou a não ter mais chance. Está se recuperando por aqui com os mais recentes lançamentos…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Por Redação

Nesta edição:

Alírio Netto

Antropomorphia

Blood Feast

Cia Tóxica

Coldblood

Cruscifire

Danko Jones

Del Fuegos

Devin Townsend

Dozage

Eclipse

Enthring

Escarnium

Gestos Grosseiros

Hard Breakers

Horisont

House of Lords

Immolation

In the Woods

Kansas

Laboratori

Lacerated and Carbonized

Lionville

Lord Satanaquia

Memoriam

Misbehaviour

Mötley Crüe (DVD)

Necrobiotic

Os Capial

Overkill

Pain of Salvation

Patria

Pop Javali

Pride of Lions

Profanatica

Road Songs Collection – Vol. I

Roadie Metal – Vol. 8

Rock Soldiers – Vol. 20

Rolling-Stones (DVD)

Sainted Sinners

Sinister

Svatan

The Wild!

Usurpress

Warbringer

Wolfheart

Garage Demos

 

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Nesta edição:

Seven Days Wind

The Velhot’s

War Gods Of The Deep

ETERNAL IDOLS – MICK ZANE

Por Ricardo Batalha

Quando o fundador da gravadora Metal Blade, Brian Slagel, foi esco­lher bandas novas para a primeira edição da coletânea Metal Massa­cre, lançada em 1982, pensou em uma que tinha vindo de Portland/Oregon (EUA). Era o Malice, que estreou com as faixas Captive of Light Kick You Down na primeira prensagem da compilação, que também trouxe Metallica, Ratt, Stee­ler e outros. Um dos guitarristas da então novata banda era Michael Landauer, nascido em 28 de maio de 1959. Conhecido como Mick Zane, ele fazia dupla com Jay Reynolds, que era colaborador do fanzine de Slagel, The New Heavy Metal Revue.

As coisas foram acontecendo rápido depois que Zane e Reynolds consegui­ram convencer James Neal (vocal), Mark Behn (baixo) e Pete Laufman (bateria, que substituiu o integrante original Mike Tuttle, ex-The Violators e James Brown) a sair de Los Angeles e irem para Portland...

HIDDEN TRACKS – TYRAN’ PACE

Por Leonardo M. Brauna

A cidade de Stuttgart, em Baden-Württemberg (ALE), serviu de palco para uma das primeiras cenas de speed metal. Se no início dos anos 80 a new wave of britsh heavy metal seguia firme na Ingla­terra, em Stuttgart alguns jovens absor­viam suas influências e tornavam o metal mais veloz. O vocalista Ralf Scheepers era um desses. Em 1983, formou o Tyran’ Pace ao lado dos guitarristas Frank Mittelbach (ex-Sinner) e Oliver Kaufmann e do bateris­ta Edgar Patrik (ex-Sinner). Com a adição do baixista Andy Ahues, o grupo estreou com Eye to Eye. “Foi a minha primeira experiên­cia. Caminhávamos a passos pequenos, mas sedentos por rock’n’roll”, relembrou Ralf à ROADIE CREW.

Com um alcance incrível nos agudos, Scheepers impressionava nos shows. A cozinha era concisa e pontual, enquanto riffs agressivos, velozes e solos penetran­tes combinavam-se na fórmula musical. Por estas características, não tardaram as comparações com o Judas Priest…

LIVE EVIL-EXCITER/SACREDREICH/BLACKENING

Por Leandro Nogueira Coppi

Exciter / Sacred Reich / Blackening

Clash Club – São Paulo/SP

19 de fevereiro de 2017

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Ricardo Ferreira

Essa data ficará marcada na memória dos que lotaram o Clash Club para ver o retorno da formação original do Exciter e a tão espera­da estreia do Sacred Reich em solo brasileiro.

O grupo paulistano Blackning aqueceu o ainda pequeno público com seu thrash metal. O trio entrou empolgando com Thy Will Be Done Ter­rorzone, do debut Order of Chaos (2014), mas, como promove Alienation (2016), baseou o set em faixas deste mais recente trabalho. Ambos os discos têm tido boa repercussão e, ao vivo, a banda conquistou os presentes com sua performance energética. Em algumas músicas, o comunicativo vocalista e gui­tarrista Cleber Orsioli contava com o auxílio efetivo do baixista Francisco Stanich nos vocais e isso caiu legal. Em inspirada meia hora, o Blackning se saiu bem e se despediu sob merecidos aplausos – até Phil Rind (vocal e baixo) e Wiley Arnett (guitarra) do Sacred Reich, que no início os assistiam pela lateral, pareciam ter curtido a banda…

COLLECTION – MINISTRY

Por Valtemir Amler “Eu sou como uma barata que come os restos do chão, que anda sem rumo pela cozinha e corre quando a luz bate ou as pessoas aparecem. Sou uma barata e sobreviverei a uma explosão nuclear.” Esta declaração vem de Alejandro Ramirez “Al” Jourgensen, uma das maiores personali­dades do metal industrial. Tendo funda­do o Ministry em 1981, ele rapidamente abandonou a new wave e o synthpop que caracterizavam o grupo em seu primei­ro disco, With Sympathy (1983), para se tornar uma das piores pedras no sapato do governo americano. Suas letras eram ácidas e sempre dotadas de forte teor sarcástico, algo que ajudou a tornar sua banda uma das mais influentes da histó­ria do metal. A força da sua criação sono­ra era tamanha que, mesmo em sua pior fase durante os anos 90, quando abusou da heroína, a banda continuou lançando discos acima da média. Limpo e renovado, o Ministry soltou uma sequência incrível de álbuns na última década, permanecen­do até hoje como um dos grupos de maior poder ao vivo, fato comprovado em vários festivais de grande porte ao redor do mundo. As apresentações energéticas e a respeitável discografia tornaram o Minis­try uma lenda na mescla de rock pesado com música eletrônica…

PLAY LIST – DAN LILKER

Por Leandro Nogueira Coppi

Panic: “Essa tem a ver com a fase em que começamos a tocar mais rápido. A compusemos antes da entrada do baterista Charlie Benante e ela era mais power/speed metal. Então, Charlie entrou e ela ficou ainda mais rápida, exatamente como queríamos, porque estávamos fazendo de tudo para criar coisas bem intensas, o máximo que poderíamos. Hoje pode parecer ‘bonitinha’ e não tão brutal, mas em 1983 isto era rápido. Estávamos tentando tocar o mais extremo possível e é por isso que ela se chama Panic.”

Álbum: Fistful of Metal

(Anthrax, 1984)

BACKGROUND – MARDUK - PARTE 2

Por Valtemir Amler

As mudanças, as polêmicas e os planos audaciosos dos suecos, que se

mostraram ainda mais extremos

 

O lançamento do EP Here’s No Peace (1997) pela Shadow Records causou um arrepio na espinha dos fãs que, em um primeiro mo­mento, pensaram que o Marduk tivesse rompido com a gravadora Osmose. No entanto, os suecos rapidamente esclareceram que o material, gravado em 1991, não pos­suía vínculo com nenhuma gravadora e isto abriu a possibilidade de aceitar a proposta da Shadow. Por outro lado, o show ao lado da lenda norueguesa Mayhem, que na época celebrava sua reunião na Alemanha, e, principal­mente, o anúncio de que, em outubro e novembro de 1997, o quarteto estaria no estúdio Abyss preparando o sucessor de Heaven Shall Burn causaram alvoro­ço entre os seus seguidores.

Firme com a Osmose e preparan­do material inédito, o passo seguinte sedimentaria de vez o nome do Marduk como um dos principais representantes da cena black metal mundial. Em 1998, o mundo se depararia com Nightwing.

COLUNISTAS

Por Redação

Backstage

Vitão Bonesso

ENFIM, O ADEUS DO BLACK SABBATH

dia que todos temiam chegou. Como prometi­do, o Black Sabbath fez sua última apresentação ao vivo no dia 4 de fevereiro. E foi na cidade onde tudo começou, Birmingham (ING), com o Genting Arena lotado de fãs de várias partes do mundo trazendo um sentimento de alegria e ao mesmo tempo de pesar. Aquele seria mesmo o derradeiro momento de Ozzy, Geezer e Tony no mesmo palco? São tantas as bandas que recentemente anunciaram suas retiradas e voltaram atrás que chega a causar certa descon­fiança, já que, até o momento, somente o Rush está cumprin­do o prometido.

Houve aqueles que ainda tinham a esperança de ver, pelo menos nesse último show, o baterista Bill Ward se juntando aos seus companheiros para pelo menos uma música ou duas, quem sabe…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel

 QUANDO O METAL ERA PROFÉTICO

Pouco se fala sobre letras de música no metal. De modo geral, parecem servir apenas como embalagem melódica (ou gutural). Acho isso uma pena, pois a força de um texto pode duplicar a intensidade de uma canção. Escrevo isso porque toda vez que escuto Eagle Fly Free, dos caras da capa desta edição, Helloween, a letra me faz pensar sobre seu sentido, sobre a referência à águia da liberdade, símbolo dos EUA.

Separei alguns trechos para você sacar como um texto de quase trinta anos continua fazendo todo sentido. Minto. Fazendo até mais sentido.

“People are in big confu­sion / They don’t like their constitutions / Everyday they draw conclusions / And they’re still prepared for war / (…) / Build up things they call protective / Well your life seems quite bizarre.”…

 

 

 

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

GRAMMY AWARDS DE 2017

Na noite de 12 de fevereiro foi realizada a 59ª cerimônia do Prêmio Grammy, que acontece anualmente, com transmissão ao vivo pela CBS direto do Staples Center em Los Angeles. O Grammy reconhece as melhores gravações, com­posições e artistas do ano por meio dos membros votantes da Academia – para a premiação o período elegível foi de 1º de ou­tubro de 2015 a 30 de setembro de 2016. Entre as nomeações, as categorias e bandas indicadas de nosso maior interesse eram:

– Performance de Rock: Da­vid Bowie (vencedor), Alabama Shakes, Beyoncé, Disturbed e Twenty One Pilots;

– Performance de Metal: Megadeth (vencedor), Baroness, Gojira, Korn e Periphery;

– Música de Rock: David Bowie (vencedor), Radiohead, Metallica, Twenty One Pilots e Hugly Supect;

– Álbum de Rock: Cage the Elephant (vencedor), Blink-182, Gojira, Panic! at the Disco e Weezer.…

 

 

 

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

UM SUJEITO SIMPLE

Naquelas listas de Melhores do Ano que preenchemos todo mês de janeiro, durante alguns anos escrevi “Lynyrd Skynyrd” no item “quem você quer ver no Brasil”. E em 2011 isso finalmente se tornou realidade no terrivel­mente mal organizado festival SWU, que aconteceu na cidade de Paulínia (SP). E o que já estava ótimo ficou sensacional quando nosso editor Claudio Vicentin ligou para pergun­tar se eu topava fazer uma entrevista de dez minutos com o vocalista Johnny van Zant pouco antes do show! Ver uma das minhas bandas favoritas e ainda emplacar uma entrevis­ta era o melhor dos mundos que eu poderia imaginar. Mal sabia eu o que estava por vir…

Na hora marcada, lá fui eu ao lugar onde ficava o back­stage…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha (*)

O “BOLHA” RADICALIZOU

Esse bolha gravou um disco de heavy metal?”. Esta pergunta me foi feita vinte anos atrás. Quem a fez foi minha mãe, então com 52 anos de idade, fã de Elvis Presley, artista que representava o lado rebelde e inovador do rock. Na adoles­cência dela, quem estava do outro lado da moeda era o bom moço Pat Boone. Ela realmente ficou espantada quando lhe contei que Boone tinha lança­do In a Metal Mood: No More Mr. Nice Guy, álbum que traz versões no estilo jazz/big band para clássicos de Judas Priest, Metallica, Guns N’Roses, Dio, Alice Cooper, Ozzy Osbourne, Van Halen, Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Jimi Hendrix e Nazareth. Realmente estranho, mas muito interessante de se ouvir. Resultado: ela me pediu para gravar o CD que, à época, causou muita polêmica…

PROFILE – FLÁVIO DE BARROS (VIRUS)

Por Ricardo Batalha

Primeiro álbum que comprou:

 “UFO – Lights Out.”

POSTER – ANGEL WITCH

Por Redação Angel Witch – o Álbum
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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