Em novembro do ano passado, a notícia de que Michael Kiske (vocal, Unisonic) e Kai Hansen (guitarra e vocal, Gamma Ray e Unisonic) se juntariam a Andi Deris (vocal), Michael Weikath (guitarra), Sascha Gerstner (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) para uma turnê com o Helloween inundou…
Edição #218
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HELLOWEEN ESPECIAL - INTRO
PUMPKINS UNITED
Em novembro do ano passado, a notícia de que Michael Kiske (vocal, Unisonic) e Kai Hansen (guitarra e vocal, Gamma Ray e Unisonic) se juntariam a Andi Deris (vocal), Michael Weikath (guitarra), Sascha Gerstner (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) para uma turnê com o Helloween inundou as redes sociais.
Apesar de haver especulações sobre uma possível reunião da banda desde 2012, os músicos insistiam em driblar essas questões, chegando a negar publicamente qualquer possibilidade de se juntarem. Porém, nos bastidores, a agência musical Bottom Row, que cuida dos interesses do Unisonic e do Helloween, estava maquinando um evento único e tido como improvável por diversas razões.
Os que já acompanhavam a história do Helloween sabiam das insatisfações que levaram Hansen a sair para formar o Gamma Ray em 1989 e da rixa de Kiske não só com a banda, mas com o metal e a indústria musical desde que deixou o grupo em 1993. O fato é que, depois da saída de Hansen, os ânimos realmente começaram a se deteriorar na banda e a separação com Kiske cessou uma das fases mais controversas.
O Helloween foi formado em 1984 por Hansen, que à época atuava como vocalista e guitarrista, Weikath, Grosskopf e Ingo Schwichtenberg (ex-baterista, falecido em 1995) e logo vivenciou uma rápida ascensão no metal. Ao se lançar com Helloween
(EP, 1985) e Walls Of Jericho (1985), o grupo ganhou destaque graças à sua sonoridade inovadora, o que contribuiu para que o metal melódico fosse moldado…
HELLOWEEN ESPECIAL-MICHAEL WEIKATH
HELLOWEEN ESPECIAL-KAI HANSEN
HELLOWEEN ESPECIAL-MICHAEL KISKE
HELLOWEEN ESPECIAL-ANDI DERIS
JUDAS PRIEST
O BAIXISTA IAN HILL FALA SOBRE O RELANÇAMENTO DO POLÊMICOTURBO E CONTA OS PLANOS PARA O NOVO ÁLBUM
É quase impossível ler uma entrevista com uma banda de heavy metal e não ter o nome do Judas Priest citado. Afinal, o quinteto britânico influenciou quase tudo que se tornou tradicional no estilo, dos vocais rasgados às guitarras gêmeas. O Judas surgiu em 1969, com uma formação diferente da que estreou em Rocka Rolla (1974) e, apesar de um início mais voltado ao blues, logo passou a desenvolver um estilo mais pesado e arrojado. O tempo mostrou que o Judas Priest é um grupo que nunca se acomodou na fama que conquistou. Em 1986 lançou seu décimo disco, Turbo, no qual deixou de lado o som pesado de trabalhos como Screaming for Vengeance (1982) e Defenders of the Faith (1984) para adotar uma linha mais melódica e com bastante guitarra sintetizada, para desespero dos fãs na época. Ao completar trinta anos, Turbo foi remasterizado e relançado numa versão tripla, intitulada Turbo 30. Nesta entrevista, Ian Hill (único integrante a aparecer em todos os discos da banda) fala sobre o relançamento e relembra detalhes dos primórdios do Priest…
AIRBOURNE
PAIN OF SALVATION
WORST
KHONSU
ASSASSIN
BUSIC
Andria e Ivan Busic falam sobre o fim do Dr. Sin e sobre a nova fase da carreira com disco de estreia do Busic, inteiramente com letras em português
O título do último álbum do Dr. Sin, Intactus, dava a entender que o grupo estava unido e inabalável, mas os alicerces se romperam e, em meados de 2015, foi anunciado o fim da banda. No ano seguinte, os irmãos Andria e Ivan Busic partiram para uma nova empreitada, agora ao lado dos guitarristas Hard Alexandre e Zeca Salgueiro. Assim nasceu o Busic, que estreou no final de 2016 com o debut homônimo, material que expõe a personalidade musical dos irmãos Busic e matará a saudade dos fãs de Cherokee, Platina e Taffo, que curtiam as músicas cantadas em português. Andria e Ivan receberam a ROADIE CREW em seu estúdio, Busic Produções, para um longo bate papo. Falamos sobre o fim do Dr. Sin, a relação com Edu Ardanuy, a criação da banda Busic e os detalhes do álbum de estreia, assim como da biografia que está sendo preparada sobre eles. A seguir, você confere os melhores momentos dessa conversa…
GRAVE DESECRATOR
ONCE HUMAN
MASTER
Incansável Paul Speckmann fala sobre mais recente álbum, afirmando que escreveu as letras pensando no ódio que nos rodeia
É difícil imaginar a cena do death metal sem lembrar a figura quase onipresente de Paul Speckmann, lendário personagem por trás de um dos fundadores do gênero: o fundamental Master. Dono de uma carreira invejável e prolífica, o baixista e vocalista americano teve (ou ainda tem) passagem por atos seminais do estilo, como o Funeral Bitch, Abomination, War Cry, Death Strike e, mais recentemente, Martyr e Krabathor, além do Master, ao qual dedicou a maior parte de sua vida. Humilde, gentil e consciente de seu papel para o mundo da música, Speckmann falou à ROADIE CREW sobre o 13º disco de estúdio do Master, An Epiphany Of Hate, lançado no início do ano passado…
EDITORIAL
Editorial
O sonho realizadode uma (re) união
Sempre que uma banda atinge um grande sucesso num determinado período da sua carreira é natural que conquiste uma legião enorme de fãs, cuja admiração pelo trabalho artístico traz junto uma relação passional com os ídolos e isso tende a se estender para os músicos que fazem parte do grupo naquele momento de prestígio elevado. Existem inúmeros exemplos de reuniões ardorosamente desejadas e não concretizadas, e a maior e mais impactante de todas teria sido a dos Beatles, o que se tornou impossível com a morte de John Lennon em 1980. Afinal, assim como não existe “ex-Beatle” – John, Paul, George e Ringo são eternamente Beatles – não teria sentido uma apresentação da banda sem um desses quatro membros. Já no mundo dos astros normais é plenamente aceitável, e até mesmo louvável, que ocorram as reuniões, ainda que com line-ups não exatamente completos, mas que mantenham a personalidade da banda original. Em 2016 o mundo saudou a reunião do Black Sabbath (sem Bill Ward), mesmo com a tristeza de saber que era para uma turnê de despedida definitiva, e todos desejamos que haja um arrependimento deles em se despedir e continuem tocando juntos (quem sabe?). Em 2017 somos brindados com uma outra reunião, a do Helloween, e essa de um modo extremamente criativo e inusitado, pois não se resume a unir somente os membros de uma fase específica, mas juntando a formação consagrada na década de 1980 com os músicos atualmente em atividade na banda. Existem vários aspectos envolvidos nesse projeto que se mostram exemplos de inteligência, profissionalismo e bom senso. Primeiramente a superação de divergências pessoais ocorridas muitos anos atrás e que já não faziam sentido, pois os jovens deslumbrados de então já se tornaram adultos responsáveis; em seguida vem a perspectiva de que a turnê ‘Pumpkins United’ seja apenas o início de uma nova era na carreira da banda, com possibilidade de uma sequência de trabalhos com músicas inéditas, novos álbuns, novas turnês. Sim, eles vão ganhar dinheiro com isso, mas os que mais vão ser beneficiados serão os fãs, tanto os novos como os antigos, que poderão desfrutar do prazer de ver e ouvir suas músicas prediletas sendo executadas por um verdadeiro ‘dream team’ “helloweeniano”.
Pois bem, apresentamos orgulhosamente essa (re) união como matéria especial de capa desta edição, considerando inclusive o carinho que o pessoal do Helloween tem para com os fãs brasileiros. Mas, além dos “pais do metal melódico”, temos pauta para todos os gostos, mantendo o equilíbrio entre peso e velocidade, entre o moderno e o ‘old-school’. Uma combinação que precisa ser conferida é relacionada à banda Once Human: a suavidade angelical que se vê em Lauren Hart e a agressividade extrema que se ouve na sua voz, é sensacional! E temos Judas Priest nas palavras de Ian Hill; a lucidez de sempre na entrevista com Daniel Gildenlöw do Pain of Salvation; a fase madura do Airbourne; o que anda fazendo o Assassin que é a mais “brasilianer” das bandas alemãs; a sinceridade nua e crua de Paul Speckmann do Master; Khonsu com experimentalismo e ficção cientifica. Dos nacionais aqui estão a nova e excelente banda dos irmãos Busic; o Worst que se espalha pelo mundo; e ainda o discernimento e conhecimento de causa de Necrogoat, do Grave Desecrator, que chega ao mercado do exterior.
CENÁRIO
VODU: NOVO ÁLBUM
E RELANÇAMENTOS
Foram longos anos de um hiato que parecia não ter fim até que em 2015, nos bastidores de um show do Viper, os integrantes do Vodu se reencontraram. Os fundadores André Góis (vocal), André “Pomba” Cagni (baixo), Sergio Facci (bateria) e J. Luis “Xinho” Gemignani (guitarra) gravaram o debut The Final Conflict (1986) e depois se uniram ao guitarrista Paulo Lanfranchi, da fase Seeds of Destruction (1987). A história foi retomada e a banda não só terá o seu catálogo relançado pela Classic Metal Records, como também promete um novo álbum. Além das novidades em relação a esse retorno, Facci e Góis também relembraram alguns fatos do passado à ROADIE CREW…
ENTHRING:
SANGUE RENOVADO
Desde sua concepção, há uma década, a finlandesa Enthring vem trabalhando para conquistar seu espaço, mas, assim como para praticamente todo grupo iniciante, o caminho tem se mostrado árduo. Com um disco de estúdio e dois EPs, o Enthring passou por várias mudanças na formação. Único remanescente da formação original, o guitarrista e vocalista Tommi Kangaskortet, fala sobre o direcionamento musical da banda e comenta sobre os desafios encontrados nessa sua proposta de criar um som pesado e sinfônico…
STEVE GRIMMETT TEM PERNA AMPUTADA APÓS INFECÇÃO
A notícia pegou o mundo do heavy metal de surpresa: no início de ano, o vocalista do Grim Reaper, Steve Grimmett, contraiu uma infecção em seu pé direito durante a tour sul-americana do álbum Walking in the Shadows, e as complicações decorrentes do problema levaram os médicos a amputar sua perna direita do joelho para baixo.
O problema começou em um show no dia 14 de janeiro, em Guaiaquil, no Equador, de acordo com sua esposa Amelia Grimmett, conhecida como Millie. Grimmett vinha se sentindo mal desde o início da turnê, que começara dez dias antes, e tentava resolver o problema com remédios. Mas nesse dia não aguentou: “Ele saiu do show e foi levado direto para o hospital, onde detectaram uma forte infecção em seu pé direito.” Imediatamente foi operado, mas no dia seguinte exames mostraram que a infecção havia se espalhado. Voltou para a mesa de cirurgia, mas não adiantou: uma terceira operação removeu parte de sua perna direita…
EVANESCENCE: NA ESTRADA E PREPARANDO NOVO ÁLBUM
Não é segredo que a banda americana Evanescence explodiu para o mundo logo no seu primeiro disco, Fallen (2003), fazendo um rock radiofônico que agregava peso e melodia de forma bem particular. Além do carisma da vocalista Amy Lee, o grupo se valeu de hits e do apoio de uma base de fãs muito apegada ao som e à imagem. Prestes a passar pelo Brasil novamente, a vocalista falou com a ROADIE CERW sobre a sua vinda ao país, as experiências pessoais na música e dá pistas sobre o tão aguardado quarto disco de estúdio…
DARK QUARTERER:
UMA LONGA VIAGEM ÉPICA
O velho país da bota é cercado de uma história rica e inspiradora, que serve de influência para a criação de músicas igualmente belas e intrigantes, seja no campo do progressivo ou do power metal. O Dark Quarterer vem da bela cidade litorânea de Piombino, na região da Toscana, local de grande valor histórico devido à sua origem ligada ao povo etrusco. O grupo, que teve seu embrião criado ainda nos anos 70, soube aproveitar este fato ao lançar o aclamado The Etruscan Prophecy, em 1988. Considerado um importante centro histórico, Piombino foi também um porto importante da República de Pisa, na Idade Média. Repleta de sítios arqueológicos, como a necrópole de Populonia, que ilustra a capa de The Etruscan Prophecy, o clima da cidade parece inspirar imensamente os músicos. No mais recente álbum, Ithaca (2015), Gianni Nepi (baixo e vocal), Francesco Sozzi (guitarra), Francesco Longhi (teclados) e Paolo “Nipa” Ninci (bateria) utilizaram o belo poema “Ítaca” (1911), do escritor Konstantínos Kaváfis, como influência. Nepi fala, a seguir, sobre a história do grupo, considerado o maior de prog/doom metal de seu país…
ALEKTO:
DEATH, THRASH E GROOVE
A história pode ser resumida de maneira bem simples: o Krow, uma das potências do death metal brasileiro, interrompeu atividades porque o Entombed A.D., uma das potências do death metal sueco, contratou o guitarrista e vocalista dos brasileiros, Guilherme Miranda. Foi isso que realmente aconteceu, mas a história não teve ponto final e deu abertura para o surgimento do Alekto, que mistura ao death, thrash e groove. No currículo, Cauê de Marinis (baixo), Jhoka Ribeiro (bateria) e Woesley Johann (guitarra) – os três remanescentes do Krow – trazem dez turnês brasileiras, 165 shows em 25 países da Europa, presença no Rock in Rio e divisão de palco com bandas como Megadeth, Sepultura, Dimmu Borgir, Obituary, Arch Enemy, Possessed, Gojira, Napalm Death, Krisiun e por aí segue. Até que o grupo entrou em hiato com os novos compromissos de Miranda e Cauê começou a compor com o vocalista Will. O resto eles contam a seguir…
HARDSHINE: PEDRO ESTEVES E UM TIME DE FERAS NO HARD
Formado pelos experientes Leandro Caçoilo (vocal, Seventh Seal, ex-Eterna, Sancti e Magna), Pedro Esteves (guitarra, Liar Symphony), Bruno Ladislau (baixo, Andre Matos) e Anderson Alarça (bateria, Liar Symphony), o Hardshine comemora o relançamento do debut, So Far and So Close, lançado anos antes apenas de forma virtual. Pedro Esteves, guitarrista e mentor do projeto que tem força para cair nas graças de fãs de hard, AOR, metal e pop, falou com a ROADIE CREW sobre a concepção do álbum e o lançamento físico pela TRM Records…
KIKO LOUREIRO CONQUISTA GRAMMY COM O MEGADETH
Ao entrar no Megadeth, Kiko Loureiro encheu os brasileiros de orgulho. Dessa vez, o guitarrista foi ainda mais longe e ajudou o grupo a conquistar o tão almejado Grammy. Nessa entrevista, ele conta tudo sobre esse feito histórico, sobre seus cursos de ‘music business’ e detalhes sobre sua relação dentro da banda de Dave Mustaine…
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
ESPECIAL HARD ROCK
Hello, galera da ROADIE CREW! Sou leitor da revista desde 2000 (com Steve Harris e King Diamond na capa, edição #22) e acredito que essa é a segunda vez que escrevo para dizer o quanto sou fascinado pelo trabalho, profissionalismo e dedicação ao máximo pelo classic rock/ heavy metal em geral. Fiquei super fascinado com a edição #216, com o especial hard rock. Sou um fã confesso do gênero, assim como Ricardo Batalha (sei que ele nunca esconde isso). Adorei ler todas as histórias sobre o hard rock que começou lá no fim dos anos 60 até recentemente com ‘os revivals’, vamos dizer assim. Agora, gostaria de deixar apenas dois detalhes, embora o resto da matéria esteja absurdamente brilhante. O primeiro é sobre o AOR: adoro bandas como Boston, Styx, Toto, Asia, Foreigner, Survivor e o grande representante do gênero, Journey, mas o detalhe é que eu tava aqui pensando: Bryan Adams não é desse estilo, não? Isso é só uma opinião minha, porque os álbuns como You Want It, You Got It (1981), Cuts Like A Knife (1983) e o bem sucedido Reckless (1984) têm uma ligação com o AOR. Ou não têm? O segundo é sobre “Os 45 Álbuns para Entender o Estilo”, que é o glam metal, embora o Van Halen seja o pioneiro (me corrijam se eu estiver errado), é só o brilhante álbum de estreia (e eu estou ouvindo ao fundo). Pra mim, devia ter colocado mais dois clássicos no meio da grande lista: as belezuras Lee Aaron (Metal Queen) e Heart (sim, o auto-intitulado de 1985). Será que esses formidáveis álbuns se encaixam no perfil do glam? Não, né? Então, deixa pra lá! Como já disse, vocês da equipe (Batalha, Tony Monteiro, Vitão Bonesso e cia.) estão sempre nos surpreendendo, obrigado por tudo e como já diz o maravilhoso álbum do Rainbow: “Long live rock’n’roll!”.
Fabrício Assis
São José da Lapa/MG
O espaço para falar de todos os discos que poderiam estar na lista era bem curto, Fabrício. Daria para colocar mais 45 e ampliar facilmente aquela listagem que Leandro Nogueira Coppi chamou de “Hardicalizando”. Concordo que muita coisa do trabalho do canadense Bryan Adams tem a ver com o AOR. Você não está equivocado em sua análise. Michael Bolton, antes de ser um “cantor de música romântica”, começou no hard rock e AOR com a banda Blackjack, que tinha o ex-Kiss Bruce Kulick na guitarra. Abraço e siga escrevendo. (Ricardo Batalha)
BLIND EAR – MARK JANSEN (EPICA)
fotos Fernando Pires
“Isso é Sepultura! Territory é muito importante para mim, pessoalmente, porque foi naquele momento que passei a apreciar os vocais mais rasgados. Quando eu era mais novo, na época em que comecei escutar heavy metal, não gostava dos vocais mais rasgados e guturais, mas após esse álbum do Sepultura tudo mudou. Foi meu irmão que comprou o álbum e eu dizia que a música era ótima, mas os vocais eram um lixo (risos). Então, roubei o CD dele e passei a escutar mais e mais, a ponto de mudar minha visão para o resto da vida! Gosto dos outros álbuns, mas para mim Chaos A.D. é o mais legal. Acha que eles voltariam com essa formação algum dia? (R.C: Difícil demais, mas nunca podemos dizer que jamais acontecerá). Eu até me sentiria chateado por Derrick Green, ele é um cara que canta muito bem e é uma pessoa muito legal!”
Música: Propaganda
Banda: SEPULTURA
Álbum: CHAOS A.D.
CLASSICREW
1977
SEX PISTOLS
Never Mind THE Bullocks, Here’s the Sex Pistols
Ricardo Batalha
Bastou um disco oficial para o meteoro chamado Sex Pistols se tornar um dos grupos mais influentes do rock. Motörhead, Mötley Crüe, Guns N’Roses, Megadeth, Anthrax, Skid Row, Overkill, Joan Jett, Vince Neil, Quorthon, Wrathchild… Estes são alguns nomes que gravaram covers da banda inglesa, que ficou ativa apenas de 1975 a 1978 e soltou seu debut em 1977, o ano do punk rock: Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols.
Tido como uma armação do empresário Malcolm McLaren, coproprietário da loja de roupas Sex ao lado de Patrick Casey e de sua então namorada Vivienne Westwood, o fato é que a aposta obteve êxito…
1967
Jimi Hendrix
Are You Experienced?
Antonio Carlos Monteiro
Jamais na história do rock alguma banda ou artista estreou em disco de forma tão avassaladora como Jimi Hendrix com Are You Exeprienced. Afinal, nunca também a guitarra havia sido tocada daquela forma antes.
Tudo começou cerca de um ano antes. Impressionada com o que vira no palco do Cheetah Club, em Nova York, Linda Keith, então namorada de Keith Richards, falou sobre Jimi Hendrix com Chas Chandler, ex-baixista do The Animals que começava uma carreira como empresário. O queixo do sujeito caiu e ele levou Jimi para Londres, onde arregimentou os dois músicos que acompanhariam o guitarrista no Jimi Hendrix Experience, Noel Redding (baixo) e Mitch Mitchell (bateria). Chas também convenceu-o a mudar o nome artístico de “Jimmy” para “Jimi” e conseguiu um contrato com a Track Recrods, selo dos empresários do Who, os polêmicos Kit Lambert e Chris Stamp…
2007
MACHINE HEAD
The Blackening
Claudio Vicentin
Muitos preferem bandas que ousam e fazem experimentos, buscando um diferencial que possa enriquecer sua música. Claro, isso tem que vir acompanhado de sabedoria, para não criar algo enjoativo e sem categoria e, logicamente, de capacidade técnica para a execução. Não pode ser uma mudança de estilo em busca de se adequar a alguma tendência que esteja em alta. Foi justamente esse lado ruim da mudança que o Machine Head fez em 1999, quando lançou The Burning Red e, posteriormente, Supercharger, em 2001. O primeiro ainda obteve certo reconhecimento, mas o segundo foi um fracasso total. No Brasil, desde então, a banda passou a não ter mais chance. Está se recuperando por aqui com os mais recentes lançamentos…
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
Nesta edição:
Alírio Netto
Antropomorphia
Blood Feast
Cia Tóxica
Coldblood
Cruscifire
Danko Jones
Del Fuegos
Devin Townsend
Dozage
Eclipse
Enthring
Escarnium
Gestos Grosseiros
Hard Breakers
Horisont
House of Lords
Immolation
In the Woods
Kansas
Laboratori
Lacerated and Carbonized
Lionville
Lord Satanaquia
Memoriam
Misbehaviour
Mötley Crüe (DVD)
Necrobiotic
Os Capial
Overkill
Pain of Salvation
Patria
Pop Javali
Pride of Lions
Profanatica
Road Songs Collection – Vol. I
Roadie Metal – Vol. 8
Rock Soldiers – Vol. 20
Rolling-Stones (DVD)
Sainted Sinners
Sinister
Svatan
The Wild!
Usurpress
Warbringer
Wolfheart
Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Seven Days Wind
The Velhot’s
War Gods Of The Deep
ETERNAL IDOLS – MICK ZANE
Quando o fundador da gravadora Metal Blade, Brian Slagel, foi escolher bandas novas para a primeira edição da coletânea Metal Massacre, lançada em 1982, pensou em uma que tinha vindo de Portland/Oregon (EUA). Era o Malice, que estreou com as faixas Captive of Light e Kick You Down na primeira prensagem da compilação, que também trouxe Metallica, Ratt, Steeler e outros. Um dos guitarristas da então novata banda era Michael Landauer, nascido em 28 de maio de 1959. Conhecido como Mick Zane, ele fazia dupla com Jay Reynolds, que era colaborador do fanzine de Slagel, The New Heavy Metal Revue.
As coisas foram acontecendo rápido depois que Zane e Reynolds conseguiram convencer James Neal (vocal), Mark Behn (baixo) e Pete Laufman (bateria, que substituiu o integrante original Mike Tuttle, ex-The Violators e James Brown) a sair de Los Angeles e irem para Portland...
HIDDEN TRACKS – TYRAN’ PACE
A cidade de Stuttgart, em Baden-Württemberg (ALE), serviu de palco para uma das primeiras cenas de speed metal. Se no início dos anos 80 a new wave of britsh heavy metal seguia firme na Inglaterra, em Stuttgart alguns jovens absorviam suas influências e tornavam o metal mais veloz. O vocalista Ralf Scheepers era um desses. Em 1983, formou o Tyran’ Pace ao lado dos guitarristas Frank Mittelbach (ex-Sinner) e Oliver Kaufmann e do baterista Edgar Patrik (ex-Sinner). Com a adição do baixista Andy Ahues, o grupo estreou com Eye to Eye. “Foi a minha primeira experiência. Caminhávamos a passos pequenos, mas sedentos por rock’n’roll”, relembrou Ralf à ROADIE CREW.
Com um alcance incrível nos agudos, Scheepers impressionava nos shows. A cozinha era concisa e pontual, enquanto riffs agressivos, velozes e solos penetrantes combinavam-se na fórmula musical. Por estas características, não tardaram as comparações com o Judas Priest…
LIVE EVIL-EXCITER/SACREDREICH/BLACKENING
Exciter / Sacred Reich / Blackening
Clash Club – São Paulo/SP
19 de fevereiro de 2017
Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Ricardo Ferreira
Essa data ficará marcada na memória dos que lotaram o Clash Club para ver o retorno da formação original do Exciter e a tão esperada estreia do Sacred Reich em solo brasileiro.
O grupo paulistano Blackning aqueceu o ainda pequeno público com seu thrash metal. O trio entrou empolgando com Thy Will Be Done e Terrorzone, do debut Order of Chaos (2014), mas, como promove Alienation (2016), baseou o set em faixas deste mais recente trabalho. Ambos os discos têm tido boa repercussão e, ao vivo, a banda conquistou os presentes com sua performance energética. Em algumas músicas, o comunicativo vocalista e guitarrista Cleber Orsioli contava com o auxílio efetivo do baixista Francisco Stanich nos vocais e isso caiu legal. Em inspirada meia hora, o Blackning se saiu bem e se despediu sob merecidos aplausos – até Phil Rind (vocal e baixo) e Wiley Arnett (guitarra) do Sacred Reich, que no início os assistiam pela lateral, pareciam ter curtido a banda…
COLLECTION – MINISTRY
PLAY LIST – DAN LILKER
Panic: “Essa tem a ver com a fase em que começamos a tocar mais rápido. A compusemos antes da entrada do baterista Charlie Benante e ela era mais power/speed metal. Então, Charlie entrou e ela ficou ainda mais rápida, exatamente como queríamos, porque estávamos fazendo de tudo para criar coisas bem intensas, o máximo que poderíamos. Hoje pode parecer ‘bonitinha’ e não tão brutal, mas em 1983 isto era rápido. Estávamos tentando tocar o mais extremo possível e é por isso que ela se chama Panic.”
Álbum: Fistful of Metal
(Anthrax, 1984)
BACKGROUND – MARDUK - PARTE 2
As mudanças, as polêmicas e os planos audaciosos dos suecos, que se
mostraram ainda mais extremos
O lançamento do EP Here’s No Peace (1997) pela Shadow Records causou um arrepio na espinha dos fãs que, em um primeiro momento, pensaram que o Marduk tivesse rompido com a gravadora Osmose. No entanto, os suecos rapidamente esclareceram que o material, gravado em 1991, não possuía vínculo com nenhuma gravadora e isto abriu a possibilidade de aceitar a proposta da Shadow. Por outro lado, o show ao lado da lenda norueguesa Mayhem, que na época celebrava sua reunião na Alemanha, e, principalmente, o anúncio de que, em outubro e novembro de 1997, o quarteto estaria no estúdio Abyss preparando o sucessor de Heaven Shall Burn causaram alvoroço entre os seus seguidores.
Firme com a Osmose e preparando material inédito, o passo seguinte sedimentaria de vez o nome do Marduk como um dos principais representantes da cena black metal mundial. Em 1998, o mundo se depararia com Nightwing.
COLUNISTAS
Backstage
Vitão Bonesso
ENFIM, O ADEUS DO BLACK SABBATH
O dia que todos temiam chegou. Como prometido, o Black Sabbath fez sua última apresentação ao vivo no dia 4 de fevereiro. E foi na cidade onde tudo começou, Birmingham (ING), com o Genting Arena lotado de fãs de várias partes do mundo trazendo um sentimento de alegria e ao mesmo tempo de pesar. Aquele seria mesmo o derradeiro momento de Ozzy, Geezer e Tony no mesmo palco? São tantas as bandas que recentemente anunciaram suas retiradas e voltaram atrás que chega a causar certa desconfiança, já que, até o momento, somente o Rush está cumprindo o prometido.
Houve aqueles que ainda tinham a esperança de ver, pelo menos nesse último show, o baterista Bill Ward se juntando aos seus companheiros para pelo menos uma música ou duas, quem sabe…
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel
QUANDO O METAL ERA PROFÉTICO
Pouco se fala sobre letras de música no metal. De modo geral, parecem servir apenas como embalagem melódica (ou gutural). Acho isso uma pena, pois a força de um texto pode duplicar a intensidade de uma canção. Escrevo isso porque toda vez que escuto Eagle Fly Free, dos caras da capa desta edição, Helloween, a letra me faz pensar sobre seu sentido, sobre a referência à águia da liberdade, símbolo dos EUA.
Separei alguns trechos para você sacar como um texto de quase trinta anos continua fazendo todo sentido. Minto. Fazendo até mais sentido.
“People are in big confusion / They don’t like their constitutions / Everyday they draw conclusions / And they’re still prepared for war / (…) / Build up things they call protective / Well your life seems quite bizarre.”…
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves
GRAMMY AWARDS DE 2017
Na noite de 12 de fevereiro foi realizada a 59ª cerimônia do Prêmio Grammy, que acontece anualmente, com transmissão ao vivo pela CBS direto do Staples Center em Los Angeles. O Grammy reconhece as melhores gravações, composições e artistas do ano por meio dos membros votantes da Academia – para a premiação o período elegível foi de 1º de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016. Entre as nomeações, as categorias e bandas indicadas de nosso maior interesse eram:
– Performance de Rock: David Bowie (vencedor), Alabama Shakes, Beyoncé, Disturbed e Twenty One Pilots;
– Performance de Metal: Megadeth (vencedor), Baroness, Gojira, Korn e Periphery;
– Música de Rock: David Bowie (vencedor), Radiohead, Metallica, Twenty One Pilots e Hugly Supect;
– Álbum de Rock: Cage the Elephant (vencedor), Blink-182, Gojira, Panic! at the Disco e Weezer.…
It’s Only Rock’n’Roll
Antonio Carlos Monteiro
UM SUJEITO SIMPLE
Naquelas listas de Melhores do Ano que preenchemos todo mês de janeiro, durante alguns anos escrevi “Lynyrd Skynyrd” no item “quem você quer ver no Brasil”. E em 2011 isso finalmente se tornou realidade no terrivelmente mal organizado festival SWU, que aconteceu na cidade de Paulínia (SP). E o que já estava ótimo ficou sensacional quando nosso editor Claudio Vicentin ligou para perguntar se eu topava fazer uma entrevista de dez minutos com o vocalista Johnny van Zant pouco antes do show! Ver uma das minhas bandas favoritas e ainda emplacar uma entrevista era o melhor dos mundos que eu poderia imaginar. Mal sabia eu o que estava por vir…
Na hora marcada, lá fui eu ao lugar onde ficava o backstage…
Campo de Batalha
Ricardo Batalha (*)
O “BOLHA” RADICALIZOU
Esse bolha gravou um disco de heavy metal?”. Esta pergunta me foi feita vinte anos atrás. Quem a fez foi minha mãe, então com 52 anos de idade, fã de Elvis Presley, artista que representava o lado rebelde e inovador do rock. Na adolescência dela, quem estava do outro lado da moeda era o bom moço Pat Boone. Ela realmente ficou espantada quando lhe contei que Boone tinha lançado In a Metal Mood: No More Mr. Nice Guy, álbum que traz versões no estilo jazz/big band para clássicos de Judas Priest, Metallica, Guns N’Roses, Dio, Alice Cooper, Ozzy Osbourne, Van Halen, Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Jimi Hendrix e Nazareth. Realmente estranho, mas muito interessante de se ouvir. Resultado: ela me pediu para gravar o CD que, à época, causou muita polêmica…
PROFILE – FLÁVIO DE BARROS (VIRUS)
Primeiro álbum que comprou:
“UFO – Lights Out.”
POSTER – ANGEL WITCH
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |