fbpx

Edição #219

R$29,00

Desde a sua concepção, King Diamond assombra a música com uma sonoridade elaborada, dra­mática e pesada. O ícone do me­tal, comandado pelo vocalista dinamarquês que batiza a banda, construiu um caminho bem-sucedido com marcante personali­dade…

Em estoque

KING DIAMOND

Por Guilherme Spiazzi

DANDO A ALMA EM TROCA

Desde a sua concepção, King Diamond assombra a música com uma sonoridade elaborada, dra­mática e pesada. O ícone do me­tal, comandado pelo vocalista dinamarquês que batiza a banda, construiu um caminho bem-sucedido com marcante personali­dade vocal e instrumental, histórias de horror contidas nas letras e uma notável atuação teatral em cima do palco. Porém, são dez anos desde o lançamento de seu úl­timo disco de estúdio, Give Me Your Soul… Please (2007), duas décadas desde sua última passagem pelo Brasil e trinta anos do lançamento do magnífico Abigail (1987). Finalmente, o notório membro da Church of Satan se prepara para voltar ao Brasil para tocar Abigail na íntegra juntamente com outros clássicos. Além de dar detalhes sobre a passagem pelo país nesta entre­vista exclusiva, ele revela detalhes sobre o décimo terceiro disco de estúdio que a banda já está planejando…

IN FLAMES

Por Guilherme Spiazzi

CIENTE DE QUE NÃO DÁ PARA AGRADAR A TODOS

O nome In Flames é fortemente associado ao ‘gothenburg sound’, estilo de metal que influenciou todo um movimento na Europa e nos EUA. A banda ganhou atenção e cresceu muito lançando discos com perso­nalidade, porém não se rendeu a fórmulas e nunca hesitou em mostrar uma nova cara em seus álbuns. Com seu décimo segundo trabalho de estúdio, Battles (2016), a coisa não é diferente e o grupo segue firme, inde­pendentemente de críticas ou reclamações dos fãs. Nesta entrevista com o vocalista Anders Fridén, você compreende qual é a do In Flames hoje em dia…

DEAD DAISIES

Por Daniel Dutra Supergrupos. Quem não gosta? Mas tem de mostrar resultado, e aí o Dead Daisies não brinca em serviço. Formado em 2012 por David Lowy (guitarra), a banda viu passar por suas fileiras vários músicos de peso – como Richard Fortus, Dizzy Reed e Frank Ferrer (Guns N’Roses), John Tempesta (The Cult) e Tommy Clufetos (Ozzy Osbourne e Black Sabbath), entre outros – até se estabilizar com John Cora­bi (vocal), Doug Aldrich (guitarra), Marco Mendoza (baixo) e Brian Tichy (bateria). Foi essa formação que gravou o aclamado Make Some Noise e que os fãs brasileiros poderão ver de perto nos dias 12 e 13 de julho em Curitiba e São Paulo, respectiva­mente. E para prepará-lo para o que está por vir, batemos um papo com Corabi, que esmiuçou detalhes da banda e ainda falou do relacionamento com o Kiss e de sua época no Mötley Crüe. Coloque o disco para rolar, aumente o volume e divirta-se!…

REBAELLIUN

Por Maicon Leite Logo quando surgiu, em 1998, o Rebaelliun trabalhou incessan­temente para produzir material de qualidade, não medindo esforços na conquista de seus objetivos. De­pois de lançar sua primeira demo e sair em turnê pela Europa, o que lhes rendeu um contrato com a Hammerheart, o Rebaelliun lançou dois álbuns e um EP de impacto, se­guido de novas visitas ao velho continente. Apesar de toda a excelente repercussão de Annihilation (2002), anunciaram o encerra­mento das atividades. O retorno do grupo, com gás total e pronto para reassumir seu lugar de destaque no metal extremo mun­dial, ocorreu somente treze anos depois. Para falar sobre esta nova fase, iniciada com The Hell’s Decrees, conversamos com o guitarrista Fabiano Penna…

OVERKILL

Por Daniel Dutra São 37 anos de estrada, dezoito discos de estúdio, dois EPs, dois álbuns ao vivo e nome garantido no rol dos grandes do thrash metal mundial. Com The Grinding Wheel, que chegou às lojas em feverei­ro, Bobby “Blitz” Ellsworth (vocal), Dave Linsk e Derek Tailer (guitarras), D. D. Verni (baixo) e Ron Lipnicki (bateria) – que, com problemas familiares, cedeu o lugar na turnê para Eddy Garcia – entraram também no grupo dos favoritos a figurar na lista de melhores do ano. Acha pouco? Ouça o petardo e tente ficar indiferente. Leia a entrevista com Ellsworth e entenda a razão de o Overkill continuar relevante e evoluindo, incluindo uma sequência matadora de álbuns na atual década. Fãs de heavy metal fazendo música para fãs de heavy metal como se suas vidas dependessem disso. O resultado não poderia ser outro…

RHAPSODY

Por Guilherme Spiazzi O Rhapsody estreou com Le­gendary Tales em 1997 e logo chamou atenção pela singu­laridade de seu som épico, que representou uma novi­dade no metal. A alavancada veio com Symphony of Enchanted Lands (1998) e, mesmo sem fazer muitos shows, a popularidade do grupo provocou uma onda no metal italiano e no mundo, algo que reverbera até hoje. Fabio Lione (vocal), Luca Turilli (guitarra) e Alex Staropoli (teclados) pareciam formar um time inabalável mas, em 2011, Turilli deixou o grupo e em 2016 foi a vez de Lione se desligar. Agora, vinte anos depois da triunfante estreia, Lione e Turilli estão juntos novamente para a 20th Anniversary Farewell Tour, turnê que apre­sentará o segundo álbum tocado na íntegra, além de outras músicas. A ROADIE CREW conversou com Turilli sobre os detalhes deste momento que, segundo ele, será único…

KROKUS

Por Guilherme Spiazzi Com uma extensa carreira, os suíços do Krokus continuam com seu ro­ck’n’roll energético e encontraram no disco de covers, Big Rocks (2017), uma forma de homenagear grandes nomes do estilo. Apesar da empolgação com o novo trabalho e os bem-sucedidos Hoodoo (2010) e Dirty Dynamite (2013), o baixista Chris Von Rohr sinaliza, na entrevista a seguir, que o grupo está prestes a se despedir dos palcos…

ANCESTTRAL

Por Leandro Nogueira Coppi A estreia do Ancesttral com The Famous Unknown, em 2007, surpreendeu com um thrash/heavy metal visceral e letras conscientes. Em seu novo álbum, o também elo­giado Web of Lies, o resultado não se mos­tra diferente. A banda paulistana voltou explorando andamentos mais arrastados e abordando o lado negativo das redes so­ciais, em que assuntos que estão em voga no Brasil se tornam o estopim para que muitas pessoas se dividam e disseminem ódio, preconceito, rancor e muito mais pela internet. Para falar sobre Web of Lies e outros assuntos, a ROADIE CREW con­versou com Alexandre Grunheidt (vocal e guitarra) e Renato Canonico (baixo)…

TRAUMER

Por Écio Souza Diniz Há uma alegação corriqueira de que o power metal me­lódico tem seguido o típico “mais do mesmo” ou tem apelado para virtuoses enfadonhas e exa­geradas. Contudo, cabe neste contexto a indagação: se nenhum outro estilo tem reinventado a roda, por que justo este deveria? Será que o mais importante não seria fazer o que se propõe de forma bem feita e empolgante? Surgido em 2009 em São Paulo, o Traumer, atualmente composto por Guilherme Hirose (vocal), Fábio Polato (guitarra), Nelson Hamada (teclados), Regis Lima (baixo) e Felipe Santos (bateria), tem mostrado através dos seus dois álbuns, o debut The Great Metal Storm (2014) e Avalon (2016), que a segunda indagação seria a resposta mais válida. Nesta entrevista à ROADIE CREW, o vocalista e produtor Guilherme Hirose nos fala de forma empolgada e simpáti­ca a respeito do excelente momento de ascensão que a banda vive…

SONATA ARCTICA

Por Daniel Dutra “E perto da nona hora, Jesus chorou e per­guntou em voz alta: ‘Meu Deus, por que me abandonaste?’” A citação bíblica presente em Mateus 27:46 dá o norte de The Ninth Hour, a nova obra do Sonata Arctica concebida pelo líder Tony Kakko – Elias Viljanen (guitarra), Pasi Kauppinen (baixo), Henrik Klingenberg (teclados) e Tommy Portimo (bateria) completam a formação. Mas os pouco mais de sessenta minutos de mú­sica vão além, como explica o simpático e bem-humorado vocalista, ressaltando a consolidação de uma fase mais madura da banda finlandesa, que em maio próximo volta ao Brasil para uma turnê por nada menos que dez cidades (Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Belém, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, São Paulo e Limeira). Para esquentar, confira os melhores momentos do bate-papo com a ROADIE CREW…

OBITUARY

Por Guilherme Spiazzi Tanto a música do Obituary quanto as palavras do nosso entrevistado, o baterista Donald Tardy, são honestas e diretas ao ponto. A lenda americana, que já acumula três décadas de estrada e um sólido nome no death metal, chega ao seu décimo disco de estúdio, o au­tointitulado Obituary, com a certeza de que eles vivem seu melhor momento enquanto banda e indivíduos. Donos do próprio nariz e certos do que querem, os irmãos Donald e John Tardy (vocal), os guitarristas Trevor Peres e Kenny Andrews e o baixista Terry Butler souberam ouvir as críticas acerca da produção de Inked in Blood (2014) e trabalharam duro para preparar o melhor material possível para os fãs. Por sinal, a satisfação de seus seguidores é uma grande preocupação do grupo e é diretamente para eles que Tardy fala na entrevista a seguir…

TWILIGHT FORCE

Por Guilherme Spiazzi Faz pouco tempo que o mundo ganhou mais uma banda dedicada a fazer heavy metal com passagens grandiosa­mente épicas e histórias de reinos e fantasia. Da Suécia para o mundo, o Twilight Force apareceu em 2014 com Tales of Ancient Prophecies e as comparações com Rhapsody Of Fire foram inevitáveis. Agora, com o lançamento do segundo disco, Heroes of Mighty Magic (2016), o grupo composto por Chrileon (vo­cal), Lynd e Aerendir (guitarras), Born (baixo), De’Azsh (bateria) e Blackwald (teclados) está mais maduro e busca pelo seu diferencial. Apesar de o estilo ser considerado datado por alguns, Blackwald, o nosso entrevistado, garante que não está preso ao passado e que o grupo traz novos elementos…

LANCER

Por Guilherme Spiazzi Já faz algum tempo que a opulên­cia do metal melódico passou, mas nem por isso o estilo deixou de inspirar novos aspirantes ao sucesso. Com Mastery, seu tercei­ro disco de estúdio, os suecos do Lancer caminham para se estabelecer num estilo que insiste em querer voltar. Poderia ser mais do mesmo do início dos anos 2000, mas para se diferenciar dos demais, Isak Stenvall (vocal), Fredrik Kelemen e Peter Ellström (guitarras), Emil Öberg (baixo) e Sebastian Pedernera (bateria) trazem uma proposta mais direta, ou mais ‘true’, como defende o vocalista na entrevista a seguir…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Perdemos um ídolo dos ídolos

Durante o fechamento desta edição da Roadie Crew chegou a notícia da morte de Chuck Berry, ocorrida no dia 18 de março. É verdade que temos um espaço na revista especialmente dedicado a prestar homenagens aos nossos ídolos que já passaram para o outro lado da vida, e Chuck ainda terá uma página especialmente para ele na seção “Eternal Idols”. Mas eu não poderia deixar de citá-lo neste editorial, que escrevi ao mesmo tempo em que ouvia novamente seus discos, porque o considero um dos três pilares de sustentação do rock’n’roll, ao lado de Elvis Presley (1935-1977) e Buddy Holly (1936-1959). É claro que existem outros grandes nomes de importância indiscutível como Little Richards (1932), Jerry Lee Lewis (1935) e Carl Perkins (1932-1998), por exemplo, que também têm o pleno direito de rei­vindicar o papel de pais adotivos do gênero (sim, adotivos, porque o mestre Raul Seixas já determinou que o Diabo é o pai biológico). Mas acho que os três primeiros podem assumir o pódio sem que haja muita contestação por parte do pessoal que se interessa pelo tema. Além disso, o conceito que tenho a respeito do criador de Johnny B. Goode coincide com a opinião de algumas das maiores autoridades no assunto, já que John Lennon e Keith Richards sempre fizeram absoluta questão de reverenciar o talento desse americano de Saint Louis (Missouri). Isso mesmo, eles idolatraram Chuck Berry, e gravaram versões de várias de suas músicas com as suas respectivas bandas: simplesmente Beatles e Rolling Stones.

Se é que existe alguém que goste de rock e não tenha tido algum contato com a obra de Chuck, sugiro que procure ouvir as grava­ções disponíveis nos serviços de streaming, o que certamente vai despertar o interesse em adquirir e curtir seu trabalho de alto nível. É um rock’n’roll em seu estado mais puro, feito por um artista com­pleto. Não é à toa que foi considerado um dos maiores guitarristas do rock, um ótimo cantor e um compositor dos mais inspirados e influentes do cenário. Não bastasse isso sua performance no palco e seu domínio da plateia eram impressionantes.

Não é preciso dizer que seu falecimento provoca muita tristeza, afinal ninguém está preparado para a perda de alguém com quem tenha afinidade. Mas, para tentar amenizar esse sentimento, é preciso reconhecer que Chuck conseguiu alcançar os 90 anos de idade, algo acima da média entre humanos, e com uma qualidade de vida suficientemente boa para que permanecesse em atividade e produtivo artisticamente, tanto é que ainda está previsto o lançamento de novo trabalho seu neste ano de 2017.

Fazendo as contas, desde 1950 quando iniciou com sua primeira banda de rhythm and blues, foram 67 anos de carreira, sendo 60 deles criando e tocando rock. É de fato muito tempo de dedicação a uma forma de expressão de arte chamada “rock’n’roll” que, felizmente, pode até desbotar e perder o vinco, mas nunca perde a classe nem a qualidade como gênero musical.

Obrigado, Chuck Berry, a música que você ajudou a se desenvolver redefiniu a forma  de comportamento de grande parte da população mundial.


Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

HYLIDAE: METAL EXTREMO E VERSÁTIL DO ACRE

A região Norte do Brasil possui uma bela cena de metal extremo, notadamente em estados como Pará e Amazonas. Porém, o Acre não deixa de ser relevante. O Hylidae, formado por Aldine Padula (vocal), Diego Bandeira (guitarra), Alberto “Warrior” Ferreira (bai­xo) e Roberto “Bala” Padula (bateria), faz parte dessa realidade e, através do álbum Promiscuous World (2013), apresentou ao público seu thrash/death metal técnico e visceral. Conversamos com Aldine, que nos falou sobre as dificuldades e os êxitos obtidos pela banda…

 

 

ANTROPOMORPHIA: O SERMÃO DA IRA

Surgida em 1989 em Tilburg (HOL) com o nome de Dethroned Empire, o Antropomorphia conta hoje com quase três décadas de trabalho no mundo do metal extremo, quatro discos completos de estúdio, duas demos, um EP e uma coletânea em seu currículo. Ferry Damen (vocal e guitarra), Jos Van Den Brand (guitarra, Acrostichon, Razend), Marc Van Stiphout (baixo, Flesh Made Sin) e Marco Stubbe (bateria, Flesh Made Sin) encararam o desafio de superar o bom resultado de Rites ov Perversion (2014) e soltaram Sermon ov Wrath em fevereiro último pela gravadora Metal Blade. Ferry Damen, um homem de poucas palavras, mas com senso artístico e persistência que desafiam os testes do tempo, falou sobre o mais recente trabalho, que vem arrancando elogios de crítica e do público em todo o mundo…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

A IMPORTÂNCIA DO IMPRESSO

Mesmo que seja um ato nostálgico e até desafiador manter uma publicação impressa tão importante, impactante e longeva como a ROADIE CREW, permite-nos dizer que esse gênero musical/estilo de vida jamais mor­rerá, pois terá neste veículo um canal muito forte frente aos canais digitais e principal­mente aos fãs e público leitor que procuram manter a chama acesa. Por isso, e por tudo que essa revista representa, devem sempre buscar atender, cativar e surpreender os verdadeiros fãs de rock/metal, tal como tem feito desde a primeira edição. E já ficou pro­vado, pelos inúmeros pedidos enviados à re­dação, que estas matérias/edições especiais são muito desejadas e aguardadas pelos fãs, como, por exemplo, as solicitações para a edi­ção especial hard rock, que há tempos vem sendo pedida e aguardada. Por fim, há uma onda revival/retrô no rock/hard/metal nos últimos tempos que demonstra o quanto impactante e importante foi e é o verdadeiro rock/hard/metal, principalmente dos anos 80. E, acima de tudo, que ele jamais morrerá, não só graças aos artistas, bandas, mídia especializada, pessoas e empresas envolvi­das, mas principalmente aos verdadeiros fãs. Parabéns e obrigado a todos pela edição especial hard rock. E que venham mais!

Antônio Alexsandro Landim

Ibirité/MG

Salve, Antônio! A discussão sobre o fim dos veículos impressos não é tão antiga quanto a extinção do vinil por causa do CD, mas é uma realidade que assusta, porque a internet é um caminho sem volta. No en­tanto, você tocou num ponto que costumo levantar: para qual público você se dirige? O laço com os fãs de metal é muito mais estreito e a ROADIE CREW é hoje a prova viva que o nosso nicho, apesar de ignorado pela grande mídia, tem como diferencial a fidelidade. Somos colecionadores, diga-se, e há coisas simples e sintomáticas para explicar porque nunca seremos moda de verão. Por exemplo: vá a um show de axé e veja quantas pessoas estão usando a camisa do artista que está em cima do palco ou de algum de seus pares. Já num show de metal… E é para satisfazer esse público que a revista produz com carinho esses especiais, porque a equipe não apenas sabe do que está falando, mas respira o que faz. Somos tão fãs quanto o leitor que compra ou assina a ROADIE CREW e mantém o heavy metal e suas vertentes vivos. Somos um só. E, sejamos sinceros, que graça teria ler aquele espetacular especial de hard rock na internet, segurando um tablet em vez de folhear as suas páginas e apreciar todos os detalhes visuais? Não é a mesma coisa. Nunca será. Obrigado por sua mensagem e continue conosco. Tem muita coisa boa vindo pela frente. Abraço! (Daniel Dutra).

BLIND EAR – DAN BEEHLER (EXCITER)

Por Ricardo Batalha

fotos Fernando Pires

“Hum, que banda é essa? (R.C.: uma canadense de heavy metal). Não estou reconhecendo essa música. (R.C.: Anvil). Ah, nossa! (risos) Não me lembrava dessa, mas vou lhe contar uma história. Em 1979, eu tinha me juntado a John no Exciter e tinha um bar em Ottawa onde fomos para ver uma banda chamada Lips. Não fazia ideia do que era e o bar não estava cheio, mas quando começaram a tocar eu fiquei maluco. O baterista Robb Reiner era animal e eu nem sabia o que falar, pois ficamos abismados vendo aquilo! A gente se olhava e só comentava ‘Puta que pariu, quem são esses caras?’ (risos). E olha que nem era Anvil ainda. Anos depois, conseguimos abrir um show do Riot em Toronto e depois de nosso show, em que tocamos Heavy Metal Maniac na íntegra, Lips e Robb Reiner entraram no camarim gritando. Eles elogiaram muito nosso show e eu só conseguia falar: ‘Vocês que detonaram quando os vimos em 1979 em Ottawa!’ (risos) Somos amigos desde então e tenho um respeito enorme pelos meus amigos. Tenho orgulho de ser amigo deles!

Música: Heatsink

Banda: ANVIL

Álbum: METAL ON METAL

BLIND EAR – DAN BEEHLER (EXCITER)

Por Ricardo Batalha

fotos Fernando Pires

“Hum, que banda é essa? (R.C.: uma canadense de heavy metal). Não estou reconhecendo essa música. (R.C.: Anvil). Ah, nossa! (risos) Não me lembrava dessa, mas vou lhe contar uma história. Em 1979, eu tinha me juntado a John no Exciter e tinha um bar em Ottawa onde fomos para ver uma banda chamada Lips. Não fazia ideia do que era e o bar não estava cheio, mas quando começaram a tocar eu fiquei maluco. O baterista Robb Reiner era animal e eu nem sabia o que falar, pois ficamos abismados vendo aquilo! A gente se olhava e só comentava ‘Puta que pariu, quem são esses caras?’ (risos). E olha que nem era Anvil ainda. Anos depois, conseguimos abrir um show do Riot em Toronto e depois de nosso show, em que tocamos Heavy Metal Maniac na íntegra, Lips e Robb Reiner entraram no camarim gritando. Eles elogiaram muito nosso show e eu só conseguia falar: ‘Vocês que detonaram quando os vimos em 1979 em Ottawa!’ (risos) Somos amigos desde então e tenho um respeito enorme pelos meus amigos. Tenho orgulho de ser amigo deles!

Música: Heatsink

Banda: ANVIL

Álbum: METAL ON METAL

ETERNAL IDOLS – RICK PARFITT

Por Antonio Carlos Monteiro

De fato, 2016 foi “o ano a ser esque­cido” em termos de quantidade de mortes na música. Afinal, nem na véspera do natal aquele esqueleto que perambula por aí de capuz e carregando uma foice deu refresco…

Richard John “Rick” Parfitt nasceu em Surrey, na região sudeste da Inglaterra, em 12 de outubro de 1948, filho de um corretor de seguros e de uma balconista de doceria. Mesmo com um pai bastante rigoroso, Parfitt tinha boas lembranças da infância e da adolescência.

Ainda aos 11 anos ganhou sua primei­ra guitarra e aos 15 já se apresentava regu­larmente em um pub em Londres. Lá, um empresário assistiu a uma performance de Rick e ofereceu um contrato para se juntar a uma dupla que tocava num acampamento de férias. Através desse trabalho ele conheceu o também guitar­rista e vocalista Francis Rossi, que tocava numa banda chamada The Spectres e que logo se tornaria Status Quo. Começava ali uma amizade entre Parfitt e Rossi que duraria uma vida inteira…

CLASSICREW

Por Redação

1967

CREAM

Disraeli Gears

Antonio Carlos Monteiro

Tudo aquilo que se atribui às bandas dos anos 60 e 70 cabe à perfeição no Cream. Os caras produziam rápido (soltaram quatro discos em quatro anos), tinham egos imensos (tanto que a banda durou pouco), usaram e abusaram de tudo que tinham direito (o que ajudou no fim prematuro do trio) e, mais im­portante, conseguiram deixar seu nome gravado na memória dos fãs como uma das mais importantes bandas já surgidas no cenário do rock.

Considerado o primeiro supergrupo da história, não por acaso se chamava Cream (em português, “a nata”). Afinal, Eric Clap­ton (guitarra e vocal), Jack Bruce (baixo e vocal) e Ginger Baker (bateria e vocal) eram (e continuam sendo) daqueles caras que dispensam apresentações – a história musical de cada um responde por eles.

Baker e Bruce já tinham um histórico de desentendimentos da época em que tocavam no Graham Bond Organisation, o que incluía, entre outras criancices, até sa­botagem mútua de instrumentos. Porém, resolveram selar uma espécie de armistí­cio em prol da nova banda – decisão que se mostrou mais que acertada, apesar de pouco duradoura…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Nesta edição: Affront Agathocles/Peia Braba Amenize Apple Sin Arch Enemy (DVD) Black Mirrors Blazon Stone Bölzer Canilive Chaos Synopsis Crystal Viper Deep Purple Dysasther Escarnnia Extreme Extremity Firewind Galley Beggar Genocídio Gevurah Gloomy Grim Goatess Hatefulmurder Holocausto Lovell’s Blade Maurício Pedrosa – Hard Rock Summit Metalmorphose Mika Jaxx Nervochaos Nidingr Night Ranger No Trauma Nonconformity Obituary Once Human Place Vendome Reiketsu Repulsive Vision Root Sinner Sunrunner Heliodromus The Charm of the Fury The Crowling The Doomsday Kingdom The Obsessed Twisted Sister Vulcano Garage Demos Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected] Nesta edição: Candle Raising Conviction Toxicoma

HIDDEN TRACKS – AVERSE SEFIRA

Por Valtemir Amler Apesar de contar com algu­mas bandas que ajudaram a definir a estética sonora e conceitual do black metal, como o VON, os EUA nunca foram uma nação de forte tradição no gênero. Assim, a maior parte de suas bandas cresceu nas sombras. Porém, essa nada velada indiferença do mundo pelas for­mações americanas nunca impediu que o gênero se expandisse pelo país, atrain­do bandas europeias e sul-americanas em turnês que se tornaram lendárias. Dessa forma, a proliferação de novos grupos nos porões do underground era uma questão de tempo. Um dos que conseguiu superar a barreira invisível que os separava do resto do mundo foi o Averse Sefira, de Austin, Texas. Formado em 1996 pelo guitarrista e vocalista Sam “Sanguine Mapsama” Spoor e pelo baixista Jeff “Wrath Sa­thariel” Tandy, o grupo caminhava na contramão da tendência musical de sua cidade natal, que possui forte tradição no rock alternativo…

LIVE EVIL – ACE FREHLEY

Por Leandro Nogueira Coppi

Ace Frehley

Tom Brasil – São Paulo/SP

09 de março de 2017

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Ricardo Ferreira

Foram dezoito anos de espera, mas finalmente Ace Frehley voltou a se encontrar com os fãs brasileiros. Nessa segunda vez ele veio de cara limpa a São Paulo, já que na última, pela Psycho Circus World Tour, ele, Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss realizaram o sonho de milhares de “kissmaníacos” de ver de perto o Kiss com a for­mação original e maquiada. Dessa vez, mesmo com a chuva torrencial que caía na cidade, o guitarrista/ vocalista arrastou milhares de fãs ao Tom Brasil.

A abertura ficou a cargo da Mahabanda, forma­ção que há anos figura no underground. Dispondo de boa qualidade de som, Rodrigo Roviralta (vocal e guitarra), Lucio Mendes (guitarra), Edgar Zimmer­mann (baixo) e Thiago Biasoli (bateria) agradaram com seu hard rock cantado em português. Basea­ram seu set nos dois álbuns lançados, Revolução Digital (2005) e Mahabanda (2006). Conhecido por integrar algumas das principais bandas cover de Kiss no Brasil, Roviralta declama letras baseadas nas poesias de seu falecido pai, Raul Roviralta. Além dele, os integrantes não escondiam o fascínio por Ace Frehley e o trio de frente trajava camisetas do guitarrista e do Kiss…

LIVE EVIL – LACUNA COIL

Por Valtemir Amler

Lacuna Coil

Carioca Club – São Paulo/SP

11 de março de 2017

Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires

Para os fãs, foram três longos anos sem a presença do Lacuna Coil em solo brasileiro, mas os italianos finalmente os atenderam em quatro datas no começo de março – dias 7 (Limeira/SP), 8 (Belo Horizonte/MG), 10 (Rio de Janeiro/RJ) e 11 (São Paulo/SP). O velho jargão “tudo o que é bom dura pouco” costuma ter razão e a apresentação no Carioca Club seria justamente a última da passagem pelo Brasil, de onde a banda seguiu para Argentina, Peru e México.

Quem também aproveitou para matar a saudade dos paulistanos foram os cariocas do Innocence Lost, que ano passado estiveram por aqui abrindo para o Kamelot. Com dez anos de carreira nas costas e preparando seu primeiro full-length, entregaram uma apresentação intensa e precisa. A abertura veio com a forte Insomnia, que representa bem a sonoridade dos cariocas, fluindo sutilmente entre o metal sinfônico e o prog. Destaque para o guitarrista Juan Carlos, com uma performance técnica e que não rescendia a frieza, e para Mari Torres, que entre uma e outra música interagia com a plateia. Após The Dragon Inside Me, do EP Human Reason (2012), rolou até a eterna disputa do “biscoito ou bolacha?” No fim das contas, Mari Torres prometeu que dali em diante sempre dirá bolacha. Quem sabe, com o disco completo em mãos, não vol­tam para um show mais longo…

PLAY LIST – ALEX VORHEES

Por Alessandro Bonassoli

Jaya: “Uma música curiosa e polêmica de minha carreira. Foi gravada com a participação de devotos do Hare Krishna e isso chamou a atenção e fomos parar no Programa do Jô, entre outros programas de TV e rádio, por conta disso. A música possui uma temática hindu e faz homenagem ao deus Krishna. Isso acabou confundindo um pouco os headbangers. Nossa ideia surgiu tanto da amizade com alguns devotos como pela musicalidade interessante dos mantras indianos, mas ninguém na banda era devoto, eu inclusive sou agnóstico. O que importa é que a música é muito legal e causou furor na cena.”

Álbum: Dust from Misery (1997)

Banda: Dust from Misery

BACKGROUND – MARDUK - PARTE 3

Por Valtemir Amler

O sangue, o fogo e a morte

Mantendo o costume de trabalhar muito rapida­mente, o Marduk não perdeu tempo após o fim da cooperação com o selo francês Osmose. O primeiro passo nessa nova jornada foi o lançamento do EP Obe­dience, gravado ainda em outubro de 1999 e lançado em março de 2000 pela Blood­dawn Productions, selo criado pelo líder e principal compositor do grupo, o guitarrista Morgan Steinmeyer. Os motivos e as van­tagens dessa manobra foram explicitados pelo próprio em entrevista para a ROADIE CREW: “Depois de muitos problemas com gravadoras, eu decidi criar a minha própria”, contou sobre a iniciativa e a parceria de distribuição na Europa através da Regain Records. “Isso nos dá total liberdade para licenciarmos os álbuns para quem quiser­mos”, completou.

Gravado e mixado no The Abyss Studio, o EP, que não contou com as mãos de Peter Tägtgren (Tommy Tägtgren cuidou da mixagem), serviu para apresentar a nova fase do grupo. O material contava com três faixas em sua versão original: ObedienceFuneral Bitch – depois regravadas para o sétimo disco de estúdio – e o cover para Into The Crypts of Rays, um dos clássicos da len­dária banda suíça Celtic Frost…

COLLECTION – TNT

Por Ricardo Batalha Se pelos lados do pop, a Norue­ga revelou em 1982 o A-Ha na cidade de Oslo, de Trondheim surgiu seu maior represen­tante no hard rock, o TNT. Criado por Ronni Le Tekrø (guitarra), Dag Ingebrigtsen (vocal e guitarra), Steiner Eikum (baixo) e Morten “Diesel” Dahl (bateria), o grupo estreou ainda naquele ano com o álbum homônimo cantado em sua língua natal. As coisas começaram a acontecer após mudanças na formação, quando Steiner foi substituído por Morten “Morty Black” Skaget e Ingebrigtsen cedeu o posto para o americano Tony Harnell. Knights of the New Thunder, que saiu mundialmente pela gravadora Polygram em 1984, fez sucesso inclusive no Brasil. O mercado americano também acolheu bem os trabalhos seguintes – Tell No Tales (1987), Intuition (1989) e Realized Fantasies (1992) –, que obtiveram posições de destaque na Billboard. Entretanto, a sequência dos anos 90 não foi boa para a banda, que se separou e voltou experimentando em Firefly (1997) e Transistor (1999), descon­tentando seus velhos fãs. As mudanças se seguiram ao longo da carreira, com Tony Mills (Shy) entrando no lugar de Harnell que, entre idas e vindas, agora está novamente no TNT e promete um novo disco para este ano…

COLUNISTAS

Por Vitão/Luiz/Cintia-Vinicius/Tony/Batalha

Backstage/Brotherhood/Stay Heavy/ Campo de Batalha

 

Backstage

Vitão Bonesso

CALA A BOCA, MAGDA! (parte 1)

Nos dias de hoje, com o advento das redes sociais, ficou fácil destilar intrigas de forma gratuita. Deixando os xingamentos de lado, já que a lavagem de roupa na inter­net é algo deplorável, vamos analisar declarações infelizes de alguns artistas que, tempos depois, devem ter se arrepen­dido de tais deslizes. Palavras, ou frases mal colocadas, fazem parte do ser humano. Quem nunca soltou uma “pérola” que tenha causado certo alvoroço? Agora, imagine se forem ditas por alguma personalidade?

Claro que estamos nos res­tringindo à cena rock/metal. Assim, décadas atrás, muitas “abobrinhas” já provocavam polêmicas, como a declaração de John Lennon dada à repór­ter Maureen Cleave, do jornal London Evening Standard, em 4 de março de 1966…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel

 O SONHO ACABOU

E se tornou realidade. Lide com isso. Explico melhor a qual(is) sonho(s) me re­firo. Desde 1989, quando teve a tal primeira eleição presi­dencial democrática em muito tempo, sistematicamente votei nos candidatos que tendiam ao socialismo. Porque acreditava… duh… que eram mais justos e ponderados com a população toda e não voltados à elite.

Tomei algumas pancadas até que o Lula foi eleito e veio toda uma onda de justiça social a reboque. Enquanto a maré internacional estava favorável, foi um sonho. Até que a maré resolveu ressacar e deixou todo mundo que participou dos tais anos dourados de bunda de fora.

Não poderia ter maior de­cepção. Pois ao assumir um pre­sidente como Fernando Collor de Mello a decepção corruptiva já era praticamente parte do pacote.

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

SATURN: PARAÍSO ALEMÃO

Para as “futuras viúvas” (no melhor dos sen­tidos) da Amoeba de Los Angeles, templo sagrado onde se encontra de tudo relacionado à música, há, ou melhor, sempre existiu uma bela alternativa.

Apesar de se encontrar em outro continente, do outro lado do Atlântico, a loja alemã Saturn pode ser considerada também um santuário de consumo para amantes da música e coloca à disposição de seus clientes uma ótima variedade de produtos de entretenimento e tecnologia. A Saturn, juntamente com a empresa Media Markt, constitui atualmente a Media-Saturn Holding, de propriedade do grupo varejista alemão METRO. Esse conglomerado opera uma rede de 128 lojas sob a marca “Saturn” na Alemanha, e tam­bém tem unidades na Polônia, Luxemburgo, Áustria e Rússia. As lojas na Bélgica, Grécia, Hun­gria, Holanda, Espanha, Suíça, Turquia, Portugal e Itália usam a marca “Media Markt”…

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

SAD BUT TRUE

Se um sujeito não apare­ce na hora marcada ou faz um comentário ina­propriado, dizemos que isso foi um “furo”. No Jornalis­mo é diferente. Para nós, furo é quando damos uma notícia em primeira mão, “furando” a concorrência – daí o nome. E só pra constar, no Jornalismo uma mancada muito forte tem o nome de “barriga”.

Ao longo dos meus quase 32 anos de jornalismo musical consegui um único grande furo. E, confesso, não gostaria nem um pouco de tê-lo dado. Em 1986, eu tinha aulas de guitarra com o grande Michel Perie, guitarrista do Jaguar e do Firebox e um dos primeiros músicos a ensinar guitarra de verdade no Brasil. Antes de mim, tinha aula com ele outra figura também folclórica no metal brasileiro, o saudoso Jaji, editor do fanzine Heavy Metal Gods e um incansável agitador do metal brasileiro…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha (*)

RASGUEI A “CARTILHA”

O metal puro e verdadei­ro não pode ser mistu­rado a outros estilos.” Você não leu errado. Isso é o que alguns aprego­am por aí em redes sociais, grupos fechados ou mesmo a boca aberta. Amigo, você está errado! E você é um extremis­ta radical de mente pequena que precisa estudar um pouco e conhecer música.

O heavy metal, por si, já é uma mistura de estilos, uma criação que se originou do rock’n’roll. Este, por sua vez, é uma mescla da herança que veio do blues, R&B, country, gospel, jazz e boogie woogie. Se quer negar a história, apagá-la para se sair bem em uma roda de conhecidos que entendem tudo do “metal verdadeiro”, faça. Saiba, porém, que o ‘loser’ posudo e boquirroto nessa história é você. Não existem regras, muito menos uma fórmula exata ou um manual de instruções a serem seguidos, à risca, no mundo da música…

PROFILE – TARJA TURUNEN

Por Claudio Vicentin

Primeiro álbum que comprou:

 “Uma coletânea de música clássica em cassete.”

POSTER – TIGERS OF PAN TANG

Por Redação Spellbound
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
Fechar
Fechar