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Edição #220

R$29,00

Se durante algum tempo o rock deu mais importância à música em si do que ao que era cantado nas letras, não dá pra dizer que o mesmo acontecia em ou­tros estilos musicais. Por exemplo, gêneros como jazz e blues…

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ESPECIAL: ÁLBUNS CONCEITUAIS - INTRO

Por Antonio Carlos Monteiro

E O ROCK COMEÇOU A CONTAR HISTÓRIAS…

Se durante algum tempo o rock deu mais importância à música em si do que ao que era cantado nas letras, não dá pra dizer que o mesmo acontecia em ou­tros estilos musicais. Por exemplo, gêneros como jazz e blues (este último com uma “sabedoria das ruas” muito latente) sempre deram bas­tante importância às letras.

Mesmo a música erudita, quando passou a se valer de corais, cantores so­listas e encenação para contar um drama, colocava em lugar de destaque o que era cantado – surgia então a ópera, que, segundo historiadores, teve sua origem com Dafne (1594), escrita por Jacopo Peri (música) e Ottavio Rinuccini (libreto). Baseada na mitologia grega, narrava a história da ninfa que lhe dava nome, mas infelizmente boa parte de sua partitura acabou se perdendo com o tempo.

Assim, é possível dizer que as obras musicais conceituais começaram ali, já que eram peças que tratavam exclusiva­mente de um mesmo tema.

Porém, o tema “conceitual” acabou ganhando abrangência um pouco maior na música moderna. Em 1940, o cantor e compositor de folk music Woody Guthrie lançou aquilo que seria considerado o pri­meiro trabalho conceitual da música po­pular. Foram duas séries, com três discos de 78 rotações em cada uma, intituladas Dust Bowl Ballads

40 ÁLBUNS CONCEITUAIS 1

Por Redação

01 – Pink Floyd – The Dark Side of the Moon

02 – The Who – Tommy

03 – Jethro Tull – Thick as a Brick

04 – Alice Cooper – Welcome to my Nightmare

05- Pink Floyd- The Wall

06 – Queensryche – Operation: Mindcrime

07 – Marillion – Misplaced Childhood

08 – King Diamond – Abigail

09 – Yes – Tales from Topographic Oceans

10 – Dream Theater – Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory

40 ÁLBUNS CONCEITUAIS 2

Por Redação

11 – The Who – Quadrophenia

12 – WASP – The Crimson Idol

13 – Savatage – Streets: A Rock Opera

14 – Genesis – The Lamb Lies Down on Broadway

15 – Rush – 2112

16 – Metallica – … And Justice for All

17 – Grave Digger – Tunes of

18 – War Nevermore – Dreaming Neon

19 – Rick Wakeman –  Journey to the Centre of Earth (1974)

20 – iron maiden – Seventh Son of a Seventh Son

21 – Kamelot – The Black Halo

22 – Kiss – Music from “The Elder”

23 – Avantasia – The Metal Opera, pt. I

24 – David Bowie – Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars

25 – Opeth – Still Life

26 – Pain of Salvation – Remedy Lane

40 ÁLBUNS CONCEITUAIS 3

Por Redação

27 – Blind Guardian – Nightfall in Middle-Earth

28 – Amon Amarth – Jomsviking

29 – Judas Priest – Nostradamus

30 – Dio – Magica

31 – Marduk – Panzer Division Marduk

32 – Frank Zappa – Joe’s Garage

33 – Iced Earth – The Dark Saga

34 – Dimmu Borgir – In Sorte Diaboli

35 – Angra – Temple Of Shadows

36 – Porcupine Tree – Fear of a Blank Planet

37 – Nightwish – Endless Forms Most Beautiful

38 – Vários – Jesus Christ Superstar

39 – Vários – William Shakespeare’s Hamlet

40 – Mastodon – Leviathan

DEEP PURPLE

Por Guilherme Spiazzi É inevitável ter que encarar que o Deep Purple, um dos ícones mundiais do rock, irá parar um dia. A julgar pelo nome da atual turnê, “The Long Good­bye Tour”, e pelas palavras do nosso entrevistado, o vocalista Ian Gillan, o futuro é incerto e esse dia parece estar próximo. Felizmente, a longa carreira dos britânicos não se resume a sucessos da década de 70, pois até hoje o grupo lança material de qualidade. Exemplo disso é o vigésimo trabalho de estúdio, Infinite, álbum que reflete o momento atual e a exacerbada experiência de Gillan, Roger Glover (baixo), Steve Morse (guitarra), Ian Paice (bateria) e Don Airey (teclados). Nes­ta entrevista, você percebe que, por mais que o grupo receba premiações e atenção, a vontade de fazer música é a razão para o Deep Purple continuar existindo….

VADER

Por Guilherme Spiazzi  Apesar de ter nascido oficialmente para o mundo com o lançamento de The Ultimate Incanta­tion (1992), a história do Vader começara uma década antes nos porões poloneses. Logo depois do fim do comunismo opressor no país e o estabelecimento da democracia em 1989, a banda teve a chance de ser vista por uma gravadora internacional e mostrar seu poder de fogo. À frente de um dos ícones do death metal estava o vocalista Piotr “Peter” Wiwczarek, que conversou com a ROADIE CREW sobre a música num as­pecto geral, os 25 anos da estreia e o mais recente lançamento, The Empire (2016)…

ARCH ENEMY

Por Guilherme Spiazzi Ao invés de perder espaço com a saída da vocalista Angela Gossow, ocorrida em 2014, o que o Arch Enemy fez ao lado de Alissa White-Gluz foi subir ainda mais um degrau em termos de popularidade, shows e vendas. Apesar de improvável, esta ascensão não veio gratuitamente, sendo fruto de um árduo trabalho que começou com a gravação de War Eternal (2014) e passou por uma massiva turnê mundial, que culminou numa apresentação única como atração principal do festival Wa­cken Open Air em 2016. Para coroar este momento, Michael Amott e Jeff Loomis (guitarras), Sharlee D’Angelo (baixo), Daniel Erlandsson (bateria) e White-Gluz lançam o DVD As the Stages Burn!, tra­zendo a apresentação no festival e vários extras. Amott conversou com a ROADIE CREW sobre o fechamento deste ciclo e o início da próxima fase do Arch Enemy…

DARK TRANQUILLITY

Por Daniel Dutra Você já sabe: ao lado de At the Gates e In Flames, o Dark Tranquillity é um dos pilares do death metal melódico sueco oriundo do que chamamos de Som de Gotembur­go. E sabe também que a banda mostrou-se musicalmente irrequieta ao longo dos anos, para alegria de muitos e irritação de tantos outros. E com Atoma, lançado em novembro de 2016, Mikael Stan­ne (vocal), Niklas Sundin (guitarra), Anders Iwers (baixo), Martin Brändström (teclados) e Anders Jivarp (bateria) resolveram sacudir novamente as coisas. Ou fazer o disco que achavam certo, como garantiu Stanne no bate-papo com a ROADIE CREW. Confira o que o vocalista tem a dizer, inclusive sobre a saída do guitarrista Martin Henriksson…

HAMMERFALL

Por Daniel Dutra O que esperar de um novo trabalho do Hammerfall? Aquele heavy metal dire­to dos anos 80, carregado de melodias e refrãos pegajosos embalados por riffs de guitarra e coros que invariavelmen­te transformam algumas músicas em hinos para os fãs. Sem esquecer das baladas. Se a banda sueca não decepcionou com Built to Last, seu décimo álbum de estúdio, trouxe também algumas novidades, como nos conta Oscar Dronjak, guitarrista e principal compositor – Joacim Cans (vocal), Pontus Norgren (guitarra), Fredrik Larsson (baixo) e Johan Koleberg (bateria), que substituiu David Wallin no fim de 2016, completam a formação. Curioso? Leia a entrevista e ouça o disco. Não necessariamente nesta ordem, mas ao mesmo tempo é melhor. Divirta-se!…

ZUMBIS DO ESPAÇO

Por Leandro Nogueira Coppi Nem bem comemorou seus vinte anos de carreira com a coletânea Der Triumph des Horrors 1996 – 2016, e logo o Zumbis do Espaço já estava presenteando seus fãs com o impac­tante Em uma Missão de Satanás. Conver­samos com o incansável Tor, líder e vocalista do grupo, que, entre outros assuntos, nos deu todos os detalhes acerca do novo álbum, como a entrada do guitarrista Manialcöol, a participação do baterista Amilcar Chris­tófaro (Torture Squad), a capa novamente assinada pelo lendário Ed Repka e o clipe da música O Mal Imortal, que contou com a atuação do icônico Zé do Caixão.

STEPHEN PEARCY

Por Chris Alo A vida anda bem corrida para o (dependendo do seu ponto de vista…) novamente atual vocalis­ta do Ratt, Stephen Pearcy. Ele acaba de lançar um excelente disco solo, Smash, que mostra treze ótimas e bastante variadas faixas e traz uma banda formada pelo velho parcei­ro de Pearcy, o guitarrista Erik Ferentinos, o baixista Matt Thorne (ex-Seahags, Rough Cutt, Jailhouse e que fez parte da primeira formação do Ratt), o batera Greg D’Angelo (ex-White Lion) e o guitarrista Frankie Wilsey (ex-Arcade). Além de promover o novo disco, o vocalista está trabalhando na sua segunda autobiografia, mantém o selo independente Top Fuel Records e se uniu à formação do Ratt na turnê Back for More. Esse time conta com Warren DeMartini (guitarra), Juan Croucier (baixo), Carlos Cavazo (guitarra, ex-Quiet Riot) e Jimmy DeGrasso (bateria, ex-Y&T, Suicidal Ten­dencies, Megadeth, Alice Cooper e outros). Com shows agendados para esse meio de ano tanto para o Ratt como para sua banda, e provavelmente com algumas aparições diante do juiz para resolver a pendenga em torno do nome da banda com o baterista Bobby Blotzer (que está se apresentando com uma outra versão do Ratt), Pearcy encontrou alguns minutos para falar sobre tudo isso com a ROADIE CREW…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Ano 20, com autenticidade

Com a edição da ROADIE CREW #220 iniciamos nosso vigésimo ano de existência de forma oficial, e como uma publicação de circulação em todo o território nacional. Nossa história, porém, teve início antes da edição #009 (de abril/maio de 1998) chegar às bancas. Foi em julho de 1994 que estreamos como fanzine, e tudo começou com uma única motiva­ção: o amor pelo heavy metal. Essa paixão pelo gênero que tem na sua base as mais profundas raízes do rock ´n´roll é o que mantém nossas vidas ligadas ao mundo da música através da revista. Todas as pessoas da nossa equipe que participam das atividades que são desenvolvidas para que a ROADIE CREW chegue às mãos dos leitores sentem o mesmo tipo de satisfação de quem vai às bancas à procura da revista ou a recebe em casa como assinante. Isso por­que todos nós somos orgulhosamente autênticos “headbangers”. Ouvimos diariamente nossas músicas preferidas, não temos receio de demonstrar que fazemos parte de uma comunidade que dedica uma atenção muito especial à arte daqueles que fazem música de qualidade. E isso é uma característica de quem curte rock e heavy metal em todas as partes do planeta.

Nas últimas duas décadas o mundo mudou demais, e a evolução dos meios de comunicação digital afetou significativamente o papel do jornalismo na sociedade. Não é mais necessário esperar pelo dia seguinte para se ler nos jornais os detalhes sobre algum fato de importância ocorrido em qualquer lugar da Terra. Nem sequer esperar pelo programa jornalístico da TV da hora do jantar. As notícias estão disponíveis na internet a partir do momento em que acontecem e estão ao alcance das pessoas através do celular, tablets ou computador. Contudo, a enorme facilidade para se postar qualquer coisa via internet e redes sociais trouxe um perigoso efeito colateral que foi a proliferação das “fake news” que ferem princípios básicos do jornalismo. Muitas das notícias falsas geradas por indivíduos mal-intencionados, são replicadas por ingênuos crédulos e chegam a milhões de pessoas, o que pode culminar em consequências desastrosas para muita gente.

A agilidade para se divulgar informação no jornalismo digital é insuperável, mas isso não significa que publicações produzidas em papel tenham sido condenadas à morte. A sobrevivência de re­vistas e jornais depende do perfil editorial e da opção dos editores por direcionar para o meio físico a informação sem preocupação com o imediatismo, o “furo”. Na verdade, o ideal é que cada órgão de imprensa faça uso dos dois meios de veiculação de matérias para obter o melhor resultado dos recursos disponíveis, de acordo com a característica de cada um. Isso é o que procuramos fazer na ROADIE CREW, mas nossa longevidade pode ser explicada por alguns outros fatores que nos favorecem O principal deles é que somos parte do público para o qual escrevemos. Pensamos e agimos exatamente como a grande maioria dos nossos leitores, sendo que as divergências de opiniões em determinados assuntos fazem parte do respeito à democracia. Por isso consideramos que nossa principal virtude é a autenticidade, somos o que parecemos ser, e gostamos de ser assim.

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação JUPITERIAN: VIVÊNCIA E APRENDIZADO Para muitos, o novo significa medo; para outros, a oportunidade de aprender e construir algo. Essa segunda definição mostra o atual momento do quarteto paulista de doom metal Jupiterian. Com quatro anos de estrada e contando hoje com V. (guitarra e vocal), A. (guitarra), R. (baixo) e G. (bateria), o grupo possui trabalhos definitivos do estilo, como o EP Archaic (2014) e o álbum Aphotic (2015). Recentemente, a banda lançou Urn, EP que conta com versões para Mine Is Yours (Anathema) e Behind the Wall of Sleep (Black Sabbath), e em breve irá realizar seu segundo giro pelo Velho Mundo. Em entrevista para a ROADIE CREW, o guitarrista e vocalista V. nos conta sobre os mistérios que rondam o grupo e sobre as experiências e aprendizados vividos pelo Jupiterian desde sua estreia… KAMBOJA: IRREVERENTE, PORÉM FOCADO Apesar da irreverência e do clima despojado, o quarteto paulistano Kamboja soube usar a experiência e a criatividade ao seu favor. Misturando sonoridades do hard e do heavy em seu rock’n’roll, fez do novo álbum, Até o Freio Estourar, um trabalho que merece atenção dos fãs dos estilos citados. Tanto isso é verdade que a anto­lógica gravadora Baratos Afins apostou em lançar o trabalho de Fabio “Maka” Mai­nente (vocal), Edu Moita (guitarra), Edu Fiorentini (baixo) e da instituição do rock/metal brasileiro Paulão Thomaz (bateria). Confira entrevista feita com o grupo, que fala com orgulho do novo trabalho… HERYN DAE: MISTICISMO E TÉCNICA NO HEAVY METAL Heryn Dae, segundo o idioma élfico criado pelo escritor J. R. R. Tolkien, significa “dama das sombras”. O nome serviu de inspiração para iniciar a jornada da banda de Victor Moura (vocal), Juliano Bianchi (guitarra), Ricardo Bach (baixo) e Cristiano Pereira (bateria). Dotados de técnicas variadas dentro do heavy metal, eles expõem boa parte do que sabem no debut homônimo, lançado em 2016. Conver­samos com Moura para saber mais sobre as composições do álbum, que está sendo bem recebido pelo público… MIKA JAXX: NAS ASAS DA MÚSICA INSTRUMENTAL Após dois álbuns e um EP com a banda Sioux 66, o guitarrista Mika Jaxx resolveu investir também em sua carreira solo. O primeiro fruto é o recém-lançado Angel’s Wings, trabalho instrumental em que Jaxx coloca suas emoções e percepções musicais à frente de qualquer virtuosismo, o que faz com que o material soe bem para qualquer pessoa, não apenas entusiastas da guitarra. Saiba mais sobre Angel’s Wings nas palavras do próprio Mika… KARYTTAH: UMA NOVA ERA TAMBÉM NA MÚSICA Um punhado generoso de metal melódico, uma pitada de pop, uma dose de hard, tudo untado com uma camada de prog. Foi à elaboração desta re­ceita que o multi-instrumentista paulistano Fabio Loffs dedicou a sua carreira. Assim, juntando a esses ingredientes uma temática rica, nasceu o Karyttah, que atualmente promove o álbum New Age – The Age of Karyttah e foi a base do nosso papo com o criador da obra…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

DESEJANDO SUCESSO

Saudações metálicas aos irmãos da ROADIE CREW… Que a “Santíssima” Trin­dade – Dio, Lemmy e Peter Steele – ilumine vocês por todo ano de 2017! Irmãos, meus sinceros parabéns pela nova ROADIE CREW, pois esse novo projeto gráfico está excelente! Gostei muito das matérias com o Helloween, Pain of Salvation e me surpre­endi (positivamente) com a entrevista com a Amy Lee do Evanescense… Apesar de não ser fã dessa banda, gostei da entrevista, pois percebo que a revista está evoluindo permitindo que outras bandas, sem neces­sariamente serem de heavy metal ou rock clássico, participem da publicação, pois o bom rock é sempre bom, independente do estilo que segue! Outro exemplo disso é a seção “Collection” com o Ministry (minha banda mais querida), muito bem escrita por Valtemir Amler… Parabéns! Só vocês, aqui no Brasil, realmente escrevem sobre bandas como essa do Papa Al Jourgensen, e isso tem um significado muito grande para os headbangers em geral! E Marcelo Vasco… Dio te abençoe, meu amigo, pois a nova seção “Front Cover”, sobre a arte gráfica dos álbuns, é tudo o que eu queria, pois para mim a arte gráfica sempre andará junto com a música, afinal, isso é arte pura! A ROADIE CREW se renova a cada ano que passa, e isso renova as esperanças por mais união de todos os headbangers brasileiros! Obrigado e sucesso!

Ricardo Alex Martins

Sorocaba/SP

Salve, Ricardo! Muito obrigado mesmo pelos comentários. Como você bem obser­vou, nossa intenção é sempre abranger o maior espectro possível de subgêneros dentro do heavy, do hard e do classic rock. Além disso, as mudanças gráficas foram implantadas com o objetivo de modernizar a revista e tornar a leitura ainda mais prazerosa – mérito do Diretor de Arte Fernando Pires. E você tem razão, nosso chapa Valtemir Amler tem feito belos textos, sobretudo de bandas mais extremas, assunto em que ele é autorida­de. Escreva sempre! Abração. (Antonio Carlos Monteiro)

BLIND EAR – ELOY CASAGRANDE (SEPULTURA)

Por Daniel Dutra

fotos Luciana Pires

“Lamb of God! Não lembro o nome da música, nem sei de qual disco é, mas conheci de cara pelos riffs de guitarra e pelo Chris Adler, que preferiu ficar apenas com a banda dele a continuar no Megadeth (R.C.: Até porque hoje o Lamb of God deve render muito mais grana). Com certeza! (risos). Ele é um baterista inovador, principalmente com aquelas acentuações acompanhando as guitarras. Os ‘breakdowns’, como o pessoal chama lá fora. E o grupo é excelente, um dos que revolucionaram naquela onda que surgiu no fim da década de 90 e início dos anos 2000, dando uma nova cara ao metal. Gosto para caramba.

Música: Desolation

Banda: Lamb of God

Álbum: RESOLUTION

COLLECTION – GOREFEST

Por Valtemir Amler Não, eles não foram os primei­ros. Afinal, quando a demo Tangled in Gore foi lançada em 1989, bandas como Sinis­ter, Pestilence e Asphyx já estavam lá, mostrando que a Holanda definitivamente ti­nha tomado gosto pelo death metal. Não foi, então, por serem os primeiros que esses holandeses chamaram a atenção do mundo, tornando-se durante alguns anos um dos nomes mais proeminentes do gênero. O que diferenciava o Gorefest das demais era sua pegada absurdamente violenta no instrumental, uma perfor­mance doentia nos palcos e os vocais extremamente guturais de Jan-Chris de Koeijer, um de seus fundadores. O quarteto chegou ao seu primeiro disco, Mindloss, em 1991, atraindo os olhares de todo o mundo, que se intensificaram ainda mais com o seu segundo e histó­rico trabalho, False. Até aí tudo indicava um caminho de permanentes glórias e elogios na carreira, mas eis que as eternas inovações e “evoluções” sonoras deram as caras. Isso, de certa forma, acabou minan­do sua base de fãs e levando o Gorefest a uma pausa na carreira, que duraria de 1998 até 2005, quando voltaram ao death metal com excelentes discos de estúdio. Eles, porém, não foram suficientes para mantê-los na ativa…

PLAY LIST – ANDRE MATOS

Por Daniel Dutra

Signs of the Night: “Uma das primeiras músicas do Viper… A segunda, se não me engano, porque a primeiríssi­ma foi Law of the Sword. Bom, é uma canção relativamente simples, que fazia parte da primeira demo e continuou no repertório até o último show que fizemos nessa volta. Ela lembra muito o meu amigo Yves Passarell, que não pôde estar conosco na maior parte da turnê. Era o seu xodó, porque ele começava a música, o solo era dele, então eu tenho um carinho especial por Signs of the Night por causa da nossa amizade. É uma memória agradável daquela época, de quando começamos a banda juntos com 13, 14 anos de idade.”

Álbum: Viper – Soldiers of Sunrise (1987)

ETERNAL IDOLS – CHUCK BERRY

Por Antonio Carlos Monteiro

Ele não foi o criador do rock de fato. Mas o foi de direito. Se não fosse por ele, os Rolling Stones, os Beatles e uma série de outras bandas que cultuamos até hoje simplesmente não existiriam. Keith Ri­chards e Mick Jagger nunca esconderam a admiração por seu trabalho, já John Lennon disse que “se você quiser dar outro nome ao rock’n’roll, ele teria que ser Chuck Berry.”

Charles Edward Anderson “Chuck” Berry nasceu em St. Louis, no Missouri, nasceu e cresceu numa família de classe média, filho de um diácono da igreja batis­ta e de uma diretora de escola.

Logo cedo se interessou pela música e aos 15 anos fez sua primeira apresentação. E logo cedo, também, começou a se mos­trar uma espécie de “garoto problema”. Aos 18 anos, foi preso pela primeira vez,

LIVE EVIL – METALLICA

Por Claudio Vicentin

Metallica

Lollapalooza

Autódromo de Interlagos – São Paulo/SP

25 de março de 2017

Por Claudio Vicentin • Fotos: Fernando Pires

Assistir ao Metallica com um set list que finalmente trouxe músicas novas foi bem mais legal. Afinal, nas outras passagens mais recentes pelo Brasil não existia um álbum novo. Muito se fala que o grupo ameri­cano prefere fazer dinheiro na estrada do que ficar em estúdio criando música nova, mas os fãs querem o CD, o vinil… Tanto que Hardwired… to Self-Destruct ficou em primeiro lugar nas vendas de diversos países.

O show também foi mais legal do que o ante­rior, em 2015, no Rock in Rio. Aquele foi morno, pre­visível e teve falhas. Agora foi diferente, pois para o fã é legal ver a banda executar músicas novas ao vivo. E ela também se sente melhor, pois existe no ar algo mais desafiante e traz mais adrenalina. Só neste show foram cinco do novo álbum!

Lá estavam cem mil pessoas – pelo menos me­tade pelo Metallica – e se não fosse em Interlagos poucos veriam algo. Por causa dos diferentes níveis do terreno, o autódromo se torna um anfiteatro na­tural e você pode ver o palco de várias localizações. No entanto, o palco era enorme e causou estra­nheza…

LIVE EVIL – OPETH

Por Valtemir Amler

Opeth

Carioca Club – São Paulo/SP

09 de abril de 2017

Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires

Desde que foi anunciado o único show no Brasil da turnê latino-americana do Opeth, convivíamos com a certeza de que seria um sucesso. Não é preciso ser expert no assunto para saber o quanto a banda sueca cresceu desde a sua primeira apresentação por aqui, e nem o quanto se tornou influente, abrangendo de fãs de sonoridades experimentais e progressivas até os de música extrema. Sendo as­sim, a fila gigantesca de fãs que aguardavam para adentrar ao Carioca Club só ajudou na confirma­ção de que todos os ingressos esgotaram e o Opeth alcançou aquele almejado selo ‘sold out’.

Restava esperar para ver como o líder Mikael Åkerfeldt (vocal e guitarra), Fredrik Åkesson (guitarra), Martín Méndez (baixo), Martin Axenrot (bateria) e Joakim Svalberg (teclados) compensa­riam tamanha dedicação de seus numerosos fãs, que abarrotaram a casa. A pergunta começou a ser respondida quando a introdução Through Pain to Heaven começou a rolar nos PAs, enquanto os músicos adentravam ao palco.

A explosiva apresentação começou com Sorceress, faixa título do mais recente disco, um petardo que vai do sludge ao classic rock com uma naturalidade tão desconcertante que seria uma surpresa se não tivesse sido cantada do início ao fim pelo público

LIVE EVIL – KORN

Por Valtemir Amler

Korn

Espaço das Américas – São Paulo/SP

19 de abril de 2017

Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires

Que o Korn é um dos pioneiros do chama­do “nu metal”, não é novidade para nin­guém. Também não é novidade que eles influenciaram centenas de bandas com seu som forte e recheado de groove. Tampouco é novidade ver o grupo americano tocando em solo paulistano, já que eles colecionam muitas passagens por aqui em diversas turnês ao longo de sua já longeva carreira, que beira trinta anos ininterruptos. Mas, sim, existia uma novidade para este show de 19 de abril no Espaço das Américas, e não estamos nos referindo às mú­sicas de seu mais novo disco de estúdio, o forte The Serenity of Suffering (2016).

Mas antes do Korn subir ao palco e mostrar aquela novidade que todos já esperavam, teve o show de um dos baluartes do heavy metal nacio­nal, o lendário Robertinho de Recife & Metal­mania. Para muitos dos que estavam presentes, essa foi a primeira oportunidade de ver a lenda da guitarra brasileira esmerilhando e dando aquela polida caprichada em seu instrumento em Fantasia Preto e Prata, a Eruption brasileira. Não existe maneira melhor de descrever essa faixa…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Por Redação

Nesta edição:

Antaeus

Art Of Anarchy

Benighted

Beyond The Black

Chickenfoot

Corazones Muertos

Darchitect

Def Leppard (DVD)

Dog’n’style

Fábrica de Animais

God Dethroned

Horror Chamber

Inglorious

Ion Britton

Kim Kehl e Os Kurandeiros

Mammoth Mammoth

Marillion

Mastodon

Steel Panther

Sumerlands

The Unity

Twisted Sister

Varg

Garage Demos

 

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Nesta edição:

Concept of Hate

Crime

Stonex

HIDDEN TRACKS – VIOLENT FORCE

Por Valtemir Amler Não importa qual gênero de rock/metal você curta, é muito provável que dentre as suas bandas preferidas ao menos uma seja alemã. Não se sabe o motivo que levou o heavy metal a se solidificar de maneira tão consistente por lá, mas, certa­mente, o sucesso internacional conquistado por pioneiros como Scorpions e Accept foi fundamental. Isso gerou uma produção intensa, a ponto de se falar até no famigera­do “teutonic metal” em referência ao cenário desenvolvido no país a partir da década de 80. E foi justamente nessa fase de ouro do metal que nasceu o Violent Force. Vindo da cidade de Velbert, o quarte­to – nos primeiros dias, a banda contou com um vocalista, que permaneceu pouco tempo e cujo nome perdura até hoje como um mistério – formado por Lemmy (baixo e vocal – não é quem você está pensando…), Stachel e Waldy (guitarras) e Guido “Atomic Steif” Richter (bateria), apresentou em 1985 suas primeiras demo tapes, Dead City e Velbert Dead City…

BACKGROUND – MARDUK - PARTE FINAL

Por Valtemir Amler

Sempre com a morte como inspiração

Bastou o lançamento de Plague Angel para que as dúvidas e as críticas sobre a mudança de formação do Marduk caíssem por terra. Mortuus (vocal), Emil (bateria), Devo (baixo) e Morgan (gui­tarras) tinham atingido seu objetivo e, para celebrar o bom momento, alguns lançamentos especiais foram planeja­dos para os anos seguintes. Ainda em 2004, a banda soltou o EP Deathmarch durante a turnê de mesmo nome que varria o mundo.

No ano seguinte, comemorando quin­ze anos de atividades, trouxeram mais material para os ávidos fãs: primeiro, veio o novo disco ao vivo, Warshau (nome alemão para Varsóvia, cidade da Polônia onde o disco foi gravado). Contando com dezessete canções e mais de uma hora de música, o disco ainda contaria com uma versão em ‘slipcase’, que trazia um DVD extra com uma apresentação do grupo em Antuérpia (BEL). O vídeo (VHS) Blackcrowned também voltou às lojas naquele ano, agora em DVD, e, no ano se­guinte, mais um foi lançado, Blood Puke Salvation. Trazendo aquele show na An­tuérpia, que antes apenas alguns poucos fãs tiveram a oportunidade de adquirir com o EP Deathmarch, além do show em Tilburg (Países Baixos) no ano anterior, Blood Puke Salvation é, até o momento, o último material em vídeo do Marduk.

COLUNISTAS

Por Redação

Backstage / Brotherhood / Stay Heavy /A Look at Metal / Campo de Batalha

 

Backstage

Vitão Bonesso

CALA A BOCA, MAGDA! (final)

Nessa última parte da série, mais algumas frases, declarações e contradições infelizes de grandes nomes do heavy rock que poderiam ter sido evitadas. Lembro-me que quando comprei os álbuns A Night at the Opera (1975) e A Day at the Races (1976), do Queen, uma frase me chamou bastante a atenção: “O Queen não utiliza qual­quer tipo de instrumentos eletrônicos e sintetizador”.

É claro que a banda es­tava mandando um recado, não muito simpático, aos usuários de tais recursos de que somente a sobreposição de notas da guitarra magis­tral de Brian May poderia suprir o uso de qualquer efeito eletrônico e, é claro, do sintetizador…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel

O QUE O ROCK TEM A ENSINAR À OPERAÇÃO LAVA-JATO E AO BRASIL

Quando percebi que minha régua de impor­tância dos políticos en­volvidos em corrupção no país estava sendo medida por quanto receberam de pro­pina, notei que estava fazendo a leitura errada da situação. Essa visão numérica dos fatos é um truque midiático para encobrir certas verdades, pois os comunicadores sabem que nosso cérebro se apega mais à vitória do que à verdade.

Perdão se o texto está um pouco filosófico demais, mas prometo que fará sentido. Es­crevo a minha percepção acima em analogia ao que jornalistas, como eu, tentam vender como qualidade musical, baseada em números. E percebo que o rock e o metal estão caindo nesse truque… Números, Discos de Ouro e de Platina importavam quando a grande mídia conse­guia pesar a mão no sucesso (ou insucesso) de um artista. Quan­do você via a Selma do Coco ganhar capa da “Ilustrada” e a intelligentsia arrotar sabedoria…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

 

ESTABELECIMENTOS TEMÁTICOS: ROCK PELO MUNDO

Com certeza a rede Hard Rock, criada em 1971 e que contempla restaurantes e bares, casa de shows, hotéis e resorts cassinos, é a mais famosa no quesito estabelecimento temá­tico, com 261 unidades do Hard Rock Cafe ao redor do mundo, por exemplo.

Na América do Sul existem treze unidades; Argentina (3), Bolívia, Chile, Colômbia (3), Paraguai, Peru, Venezuela (2) e uma no Brasil, em Curitiba. A franquia do Rio de Janeiro, pri­meira no país, fechou na Barra da Tijuca para reabrir na zona sul. Promete-se também uma unidade do restaurante e hotel para Brasília/DF e do hotel em Caldas Novas/GO.

Um dos pontos altos da visitação a qualquer Hard Rock Cafe é o acervo de objetos de músicos (instrumentos, roupas, prêmios, contratos etc.), em sua grande maioria relaciona­dos ao rock, mas que também contempla o universo pop…

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

TURN THE PAGE

De um tempo para cá, o profissionalismo impera no mundo do rock. Por um lado isso é bom, já que quem paga (caro!) para assistir a um show quer ver qualidade em cima do palco. Por outro, muitas vezes vemos apresentações tão marcadas que a espontaneidade acaba indo pro saco. Ou seja, tem horas em que nem parece que estamos falando de arte.

E é aí que dois mundos colidem. O maior exemplo disso é o Metallica. A banda nunca pensou duas vezes em ousar, em arriscar, em mudar quando julgasse necessário. Basta ver a mudança em termos de estilo dos quatro primeiros discos para o multiplatinado ‘Black Album’. Foi ali, com um som, digamos, mais abrandado que a banda se lançou ao estrelato. Podiam ter deitado na fama. Mas não. Fi­zeram LoadReload e depois St. Anger, trabalhos que quase todo mundo detesta (especialmente o último), mas que mostra que eles são tudo, menos acomodados…

A Look at Metal

Claudio Vicentin

PERCEBA O NOVO

Alguns dos momentos mais legais na vida é quando percebemos e experimentamos algo novo. Quando nos deixamos abrir para novas experiências e conseguimos através disso conhecer algo que até então passava desapercebido ou era simplesmente ignorado.

Falando em termos de mú­sica, hoje dá para notar que existem muitos fãs que estão travados no passado. Muitos se fecham, outros se acomo­dam e, o pior, outros criticam o que desconhecem. Só de ser algo novo, uma banda nova, já eliminam a possibilidade de audição. Estão perdendo a oportunidade de apreciar uma enorme quantidade de boas bandas que aparecem a todo o momento, seja do Brasil ou do exterior.

Você se recorda de quando escutou o Black Sabbath pela primeira vez? E Judas Priest, Iron Maiden, Queen, Pink Floyd, Accept, Slayer ou Deep Purple? Não foram experiên­cias emocionantes? Mas até aí ficar estacionado naqueles tempos não parece ser algo de quem tem apenas uma vida. Uma espécie de saudosismo compulsivo. Vivem dizendo: “Ah, na minha época…” Ou: “Ah, as bandas do passado eram melhores…”

Campo de Batalha

Ricardo Batalha

O “JAZZ” DO SAMPLER

Há exatos vinte anos, eu estava vivendo dentro de um tour bus. Trabalhava como roadie do Angra, que excursionava pela Europa, tendo a italiana Eldritch na abertura dos shows, que tiveram início em 11 de maio de 1997, em Atenas (GRE). Eu trabalhava para ambas, mas com o Angra era mais complicado. Além da bateria enorme de Ricardo Confessori, eu e os outros roadies – Boris Kayser e Mauricio “Gargamel” Mattos – cuidávamos dos ins­trumentos de percussão e dos teclados de Andre Matos e de Leck Filho. Eu me ferrava mais ainda, porque tinha que car­regar e cuidar do sampler da marca Akai. Era incrivelmente pesado. Quem me ensinou a usá-lo e disparar nos shows foi Andre Matos, mas Kiko Lou­reiro era quem dava sempre o sinal para que eu soltasse a introdução para rolar nos PAs: “Pode soltar lá, Batalha”, dizia. Aprendi com certa facilidade, mas o Akai nos deixou na mão em algumas ocasiões. Na Alemanha foi pior, pois rolou um “jazz”…

PROFILE – HUMBERTO ZAMBRIN (ATTRACTHA)

Por Ricardo Batalha

Primeiro álbum que comprou:

“De rock foi o Creatures of the Night, do Kiss.”

POSTER – AMON AMARTH (JOMSVIKING)

Por Redação

Amon Amarth

álbum: Jomsviking

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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