Seis anos já?”, diz o baixista Steve Harris, impressionado ao saber que fazia todo esse tempo que o Iron Maiden não embarcava numa turnê por sua Grã-Bretanha natal. “O tempo voa quando estamos curtindo o que fazemos”, garante ele, prestes…
Edição #221
R$29,00
Em estoque
STEVE HARRIS
MUITO LONGE DO FIM
Seis anos já?”, diz o baixista Steve Harris, impressionado ao saber que fazia todo esse tempo que o Iron Maiden não embarcava numa turnê por sua Grã-Bretanha natal. “O tempo voa quando estamos curtindo o que fazemos”, garante ele, prestes a iniciar a série de shows da versão 2017 da turnê de divulgação do disco The Book of Souls (2015). O fato é que, em tempos de tão grande incerteza no mundo do rock e do metal, o anúncio de mais uma excursão do Iron soa como um alento aos fãs da banda.
E o momento parece bem propício para falar com o líder da Donzela sobre o novo giro, a relação com o público, os velhos tempos, os excessos da vida na estrada e os próximos planos – porque aposentadoria é uma palavra que nem passa pela cabeça da banda…
IRON MAIDEN - 50 MELHORES MÚSICAS 1
IRON MAIDEN - 50 MELHORES MÚSICAS 2
Irom Maiden melhores músicas
de 21ª a 1ª
THE ANSWER
DIMMU BORGIR
BLACK STAR RIDERS
PATRIA
FREEDOM CALL
IMMOLATION
GESTOS GROSSEIROS
DRAGONFORCE
HATEFULMURDER
EDITORIAL
CENÁRIO
TORTURE SQUAD: O NOVO PETARDO DO ESQUADRÃO
O Torture Squad vem trabalhando pesado com sua nova formação. Em 2016, Mayara Puertas (vocal), Rene Simionato (guitarra) e os veteranos Castor (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria) lançaram o EP Return of Evil e logo partiram para uma turnê inédita, cruzando o Brasil com 28 shows em 32 dias. No primeiro semestre de 2017, o grupo realizou uma segunda etapa dessa tour e na sequência deu início às gravações de seu novo álbum. A ROADIE CREW esteve no estúdio Loud Factory e conversou com Castor e Mayara – que gravava os vocais – para falarmos do aguardado Far Beyond Existence…
SLAYER: “TEMOS UMAS OITO MÚSICAS COMPOSTAS POR JEFF HANNEMAN”
Pouco antes de entrar no palco do Maximus Festival, em São Paulo, o guitarrista, líder e um dos dois membros originais do Slayer, Kerry King, bateu um papo com a ROADIE CREW. Quando se acreditava que nada mais de novo poderia ser contado a respeito da banda que caminha forte para a quarta década de existência, King fez grandes revelações, como a de possuir cerca de oito músicas compostas pelo saudoso Jeff Hanneman, falecido em 2013, e que sente mais a falta de seu companheiro de guitarra pessoalmente do que musicalmente…
RANE: O VENCEDOR DO “A VOZ DO ROCK”
Tendo despontado no cenário através do trabalho feito com sua ex-banda, o Crossrock, o paulista Rane vem ganhando reconhecimento como vocalista e conquistado alguns concursos. O mais recente foi o bem disputado “A Voz do Rock”, idealizado e organizado pelo respeitado Nando Fernandes. Sobre isso e muito mais, Rane falou à ROADIE CREW.
SILVER MAMMOTH: DOIS LANÇAMENTOS FURIOSOS
Prestes a completar dois anos de lançamento, Mindlomania (MS Metal Records, 2015) ainda gera bons frutos para o Silver Mammoth. Agora com nova formação, mantendo Marcelo Izzo (vocal), Marcelo Izzo Jr. (guitarra e backing vocal) e Chakal (baixo) e com os novos Ibanes Liba (bateria) e Guilherme Barros (guitarra), além do convidado Rafael Agostino (teclados, Armored Dawn), o grupo tem tocado em rádios nacionais e internacionais, vai participar de um tributo ao Motörhead e prepara o próximo trabalho de sua discografia: um compacto com duas músicas novas. Quem nos fala sobre isso e muito mais é Marcelo Izzo…
QUANDO ELAS ROUBAM A CENA
Seja num filme, numa peça, num show ou num disco, fica bem claro quem é protagonista e quem é coadjuvante. Isso é algo que já vem definido desde a concepção da obra, por mais abertas que elas sejam. Porém, há aquelas exceções, que são aqueles casos em que os coadjuvantes acabam atraindo tanta atenção que se transformam em protagonistas.
Na música esse é um acontecimento mais raro do que num filme, por exemplo, principalmente se estamos falando de um disco. Mas há ocasiões em que essa lógica muda e quem foi contratado para fazer apenas uma participação acaba se sobressaindo mais que os músicos principais. No rock, há alguns casos clássicos, curiosamente todos protagonizados por mulheres vocalistas…
SCREAMS OF HATE: RECUPERANDO O TEMPO PERDIDO
Ser uma banda independente é algo negativo para muitos; para outros, no entanto, é motivo de orgulho e tranquilidade. Pois, sem estar vinculado a gravadoras ou agências, é possível trabalhar com calma em todas as etapas da confecção de seu trabalho, desde a criação e lapidação das canções até o cuidado com a parte gráfica e a masterização. Características que ouvimos em Neorganic, primeiro disco completo do quarteto Screams of Hate. Donos de um som que transita entre o metal europeu e o americano, Clayton Bartalo (vocal), Alexandre Bovo (guitarra), Vicente Moreno (baixo e vocal) e Marcelo Toselli (bateria) têm tudo para conquistar fãs dentro e fora do país graças ao clima moderno que permeia as canções. O vocalista do grupo nos conta algumas particularidades do debut e muito mais…
SAINTED SINNERS: O FUTURO É AGORA
Imagine um mundo sem internet. Pense no Brasil em 1987. As notícias demoravam muito a chegar aqui. Agora lembre do Accept, banda alemã que vivia o auge e era muito querida pelo público brasileiro. Após Russian Roulette (1986), o carismático vocalista Udo Dirkschneider decidiu sair e começar uma carreira solo. Ao mesmo tempo, o grupo iniciou audições para um substituto e, em 1989, Eat the Heat chegava às lojas do exterior com o americano David Reece nos vocais. Por aqui só soubemos da ordem correta dos fatos anos depois. Mas, convenhamos, em território verde e amarelo raros foram os que ouviram a performance de Reece, que sofreu críticas como se fosse culpa dele o direcionamento que o Accept tomou, tentando migrar para o hard rock “made in EUA”. O bom cantor saiu pela porta dos fundos e a banda viveu o primeiro de seus três hiatos na carreira. Reece tentou várias vezes se firmar e o máximo que obteve foi uma passagem de 2013 a 2106 pelo Bonfire, onde conheceu o guitarrista Frank Pané. Agora, quase trinta anos depois, ele vive uma nova história com o Sainted Sinners, grata revelação criada por Pané. Nessa entrevista ele dá detalhes sobre seu passado e comemora o presente com um olhar entusiasmado para o futuro…
NECROBIOTIC: NOVA VELHA ESCOLA
Quando dizemos que o underground é um “estado de espírito”, é porque não somente certos estilos musicais foram feitos para apreciação restrita de uma minoria e ali encontram seu habitat natural. Também é porque, por conta dessa energia inexplicável que só uma irmandade pode gerar, o processo artístico motiva bandas a uma constante superação, em que a dedicação suplanta os empecilhos em prol do prazer de um trabalho bem feito. O quarteto mineiro Necrobiotic, redivivo após um longo período de inatividade que abarcou toda a primeira década dos anos 2000, tem no death metal sua força motriz, e seu novo álbum, The Extinction of Faith, é uma eficiente carta de compromisso. O vocalista F.A.C.O. trocou uma ideia com a ROADIE CREW…
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
BLIND EAR – DAVE LOMBARDO (SUICIDAL TENDENCIES)
fotos: Fernando Pires
“Isso parece Van Halen. (R.C.: Conhece o baterista Brian Tichy?). Não sei quem é. Demorou demais para o vocal aparecer e não gostei muito. Não conheço a banda. Como chama? (R.C.: The Dead Daisies). Vamos para a próxima!
Música: Long Way to Go
Banda: THE DEAD DAISIES
Álbum: MAKE SOME NOISE
ETERNAL IDOLS – BUTCH TRUCKS
Muita gente ainda acha que a vida de um rockstar é uma enorme festa, em que grana e prazeres diversos nunca têm fim. Só que a realidade muitas vezes se mostra cruel e acaba ensejando reações até inexplicáveis. Foi o que aconteceu com o sujeito que um dia foi considerado um dos melhores bateristas do mundo.
Claude “Butch” Hudson Trucks nasceu em Jacksonville, na Flórida (EUA), em 11 de maio de 1947 e logo cedo descobriu que seu negócio era a bateria: certo dia, durante a aula de música na escola, o professor escolheu três alunos, deu a cada um deles um par de baquetas e desafiou: “Toquem alguma coisa.” Estava criado o monstro…
Já no ensino médio, era um dos destaques da banda da nova escola que passou a frequentar e logo estava tocando em duas bandas, The Echoes, especializada em fazer covers dos Beatles, e The Vikings, com quem gravou seu primeiro single, em 1964. Em seguida, ingressou na Florida State University, na qual ficou um ano cursando Matemática: “Eu me graduei em fugir da convocação para o Vietnã”, brincava ele sobre o risco de ir trocar tiros na Ásia.
CLASSICREW
1967
BEATLES
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
Airton Diniz
O venerado álbum dos Beatles, que celebrou cinquenta anos de lançamento neste 1º de junho, é, definitivamente, o clássico dos clássicos, a maior obra musical da história.
Citado por muitos como o primeiro álbum conceitual do rock, Sgt. Pepper’s não entrou na nossa edição que abordou quarenta álbuns conceituais porque optamos por caracterizar o termo “conceitual” no sentido de que o tema/conceito fosse desenvolvido através das letras das músicas, narrando uma história com começo, meio e fim. Mas, numa definição mais abrangente, Sgt. Pepper’s seria, sim, conceitual, e o conceito está exatamente na banda fictícia que foi criada como tema principal do álbum, a “Banda do Sargento Pimenta”, cujos personagens são vividos pelos quatro componentes dos Beatles. O único personagem identificado pelo nome é Billy Shears, o vocalista e líder da banda…
1987
BATHORY
Under the Signe of the Black Mark
Valtemir Amler
Depois de mudar a cara das bandas da primeira geração do black metal com Bathory (1984) e The Return… (1985), Tomas Börje Forsberg, o saudoso Quorthon, estava pronto para passos ainda mais largos. Terceiro disco do grupo sueco, Under the Sign of the Black Mark foi um marco não apenas para o gênero, mas para o heavy metal em geral. Todos os elementos que caracterizavam sua sonoridade até então podem ser encontrados nele: músicas rápidas e feias, produção tosca, pequenos erros na execução do instrumental, vocais ríspidos e referências a satanismo e paganismo.
O Bathory mostrava que ainda era o mesmo, que se prendia a antigos valores, mas algo estava diferente. Como a produção continuava a cargo do próprio Börje “Boss” Forsberg, o motivo que evidenciava uma evolução no som era o maior cuidado no tocante às composições. Mais experiente, Quorthon agregou mais elementos e nuances à sonoridade, o que acabou por gerar um álbum mais diversificado que seus antecessores…
2007
ALCEST
Souvenirs D’un Autre Monde
Valtemir Amler
É indiscutível o papel que o multi-instrumentista Stéphane “Neige” Paut desempenha na renovação da cena metálica da França. O trabalho com Amesoeurs, Lantlôs, Peste Noire e Alcest não deixa dúvidas quanto à criatividade e ao talento do músico. Parte dessa reputação começou a ser construída em 2007, quando Neige lançou Souvenirs D’un Autre Monde, primeiro disco do Alcest. A boa reação da mídia especializada se justificava: Neige foi o único músico a gravar o disco numa época em que as ‘one-man-bands’ ainda despertavam atenção. Outro fator foi a mistura de sonoridades, já que o disco mesclava a crueza do black metal com o som etéreo e emotivo do shoegaze.
Nascidos quase antagônicos nos anos 90, os dois gêneros passaram a trilhar caminhos mais próximos no decorrer da década até se fundirem completamente numa nova e interessante sonoridade, e Neige soube como poucos aliar elementos de ambas as vertentes…
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
Nesta edição:
Alestorm
Atropina
Ayreon
Azarath
Below
Body Count
Chastain
Darkest Hate Warfront
Drearylands
Journey
Karyttah
Killer Bee
Labyrinth
Nitrogods
One Arm Away
Radiation Romeos
Ranger
Razzmattazz
Richie Kotzen
Savant
Soul Inside
Soulspell Metal Opera
Suffocation
Tankard
The Bleeding
The Night Flight Orchestra
Trnk
Voodoo Shyne
Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Ravengar
Terrorcidio
COLLECTION – SPIRITUAL BEGGARS
HIDDEN TRACKS – NECRONOMICON
LIVE EVIL – RHAPSODY
Rhapsody / Armored Dawn
Vivo Rio – Rio de Janeiro/RJ
06 de maio de 2017
Por Daniel Dutra • Fotos: Luciana Pires
Uma noite para os fãs cariocas de metal sinfônico levarem para o resto da vida, afinal, o Rhapsody estava de volta com Fabio Lione ao lado de Luca Turilli para a “20th Anniversary Farewell Tour”. E além de a ausência de Alex Staropoli não ter esfriado os ânimos – as partes de teclados se juntaram às orquestrações no conjunto de samples utilizado pelos italianos –, a entrada ainda combinou com o prato principal. Com a missão de aquecer o público, o Armored Dawn cumpriu bem o seu papel ao apresentar material de seu álbum de estreia, Power of Warrior (2016).
Eduardo Parras (vocal), Tiago de Moura e Timo Kaarkoski (guitarras), Fernando Giovannetti (baixo), Rafael Agostino (teclados) e Rodrigo Oliveira (bateria) soam mais pesados ao vivo em canções com mais ‘punch’, como Prison, mas também na pompa e circunstância de Viking Soul e King, por exemplo. Ponto para o sexteto. No entanto, no papel de abertura, seria mais interessante trocar os solos – apenas Parras e o finlandês Kaarkoski ficaram sem – por músicas. Mesmo que fossem covers, o que foi bem feito com Rose Tattoo, do Dropkick Murphys.
Cartão de visitas guardado na carteira, hora do Rhapsody. Epicus Furor anunciou o início do show, mas bastaram alguns segundos de Emerald Sword para Turilli perceber que não saía som algum de sua guitarra. Até parar tudo, literalmente…
LIVE EVIL – SONATA ARCTICA
Sonata Arctica
Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ
18 de maio de 2017
Por Daniel Dutra • Fotos: Alessandra Tolc
Ruas interditadas e comerciantes baixando as portas de seus estabelecimentos. Um cenário que não combina com a Lapa, ponto efervescente da boemia carioca de domingo a domingo. Na praça em frente ao Circo Voador, latas de lixo em chamas iluminavam bombas de efeito moral e balas de borracha num cenário quase pós-apocalíptico que não combina com o heavy metal. O confronto entre policiais e ‘black blocs’ – eufemismo usado para identificar os vândalos e marginais que saem às ruas para colocar em risco a integridade física de terceiros e depredar patrimônios público e privado – deixou o clima tenso na região onde o Sonata Arctica se preparava para fazer o seu quinto show em quatro anos para os cariocas.
Consequência direta do escândalo político envolvendo o senador Aécio Neves e o presidente Michel Temer – isso se, no momento em que você estiver lendo estas linhas, um já não tiver sido preso, e o outro, renunciado ao posto de chefe de estado. O protesto, que começou pacífico no centro da cidade, provavelmente assustou quem acompanhava em casa o início da formação de uma zona de guerra. Resultado: o público que compareceu à lona foi bem abaixo do esperado, batendo de frente com o crescimento da banda finlandesa na cidade, assunto abordado na entrevista deste repórter com o vocalista Tony Kakko publicada na ed. #219 da ROADIE CREW. Isso, no entanto, não freou o ânimo dos fãs. E também o respeito, porque o que se viu foi uma turma hipnotizada nos muitos momentos introspectivos do set list.
LIVE EVIL – MAXIMUS FESTIVAL
Maximus Festival
Autódromo José Carlos Pace (Interlagos) – São Paulo/SP
13 de maio de 2017
Por Leandro Nogueira Coppi e Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires
Como aconteceu na estreia do Maximus Festival no Brasil, realizada apenas oito meses antes, nesta segunda edição opiniões das mais divergentes causaram alvoroço nas redes sociais acerca das bandas escaladas. Isso porque muita gente ainda não entendeu ou não se convenceu a aceitar o formato do evento, que tem como princípio unir bandas e públicos das mais diversas vertentes do punk, do rock e do heavy metal. De qualquer maneira, o Maximus Festival já tem seu nome garantido na agenda dos fãs brasileiros e argentinos da música pesada e, segundo informou a produção, cerca de quarenta mil pessoas comparecerem para prestigiar a segunda edição desse megaevento – quinze mil a mais do que na primeira.
ALGUMAS COISAS MUDARAM; OUTRAS NÃO
Dessa vez não rolou na véspera o tour pelo Autódromo de Interlagos, o que possibilitava à imprensa conhecer instalações, possíveis mudanças de estrutura e obter orientações. O resultado disso é que no dia do evento alguns jornalistas e fotógrafos se depararam com informações desencontradas por parte da organização e dos funcionários a respeito de alguns acessos.
Muitas coisas permaneceram iguais ou apenas mudaram de lugar, mas também havia novidades. Vários estandes de alimentação e de lojas, sistema de compras por meio de pulseiras ‘cashless’ – recarregadas com “metals” (moeda usada no evento) e com reembolso do dinheiro não usado – e sala de imprensa com comida e bebida à vontade para os profissionais. Tudo isso foi mantido, assim como a estrutura dos palcos Rockatansky Stage e Maximus Stage, que proporcionava a mesma atmosfera industrial, com a parte superior novamente ornamentada por velhos tonéisde gasolina que soltavam labaredas, e também os mesmos três telões – infelizmente, o que ficava na extremidade do Rockatansky teimava em não funcionar. Já o Thunderdome Stage ganhou um espaço ainda mais amplo, telões e um palco mais alto e mais bonito do que o do ano anterior.
Nos lounges, de onde se tem vista panorâmica dos palcos principais, a bebida e os aperitivos continuavam sendo oferecidos gratuitamente…
PLAY LIST – MIKE MUIR
Institutionalized: “A primeira música nossa que ouvi na rádio. Estava dirigindo e fui checar o toca-fitas, mas percebi que não era fita! Pensei comigo mesmo: ‘O que está acontecendo?’ (risos) Fui até um posto de conveniência, e estava tocando lá também. Enquanto eu ficava dizendo ‘Meu Deus!’, algumas pessoas gritavam: ‘Mudem a estação!’ (risos), mas havia um casal ao lado cuja mulher disse: ‘Isso é bem legal. Gostei!’ Mesmo quem hoje tem 13, 14 anos e ouve pela primeira vez se surpreende ao saber que foi gravada há 35 anos. No Twitter os usuários recomendam ‘essa música nova’ e as rádios recebem ligações de ouvintes perguntando que nova canção é essa (risos). Tem uma letra com a qual eles se identificam.”
Álbum: Suicidal Tendencies – Suicidal Tendencies (1983)
COLUNISTAS
Backstage
Vitão Bonesso
IRON MAIDEN: SER OU NÃO SER (FÃ)?… ESSA NÃO É A QUESTÃO!
Não é difícil numa roda de amigos, em que a discussão gire em torno de alguma banda, existirem divergências entre os participantes. Existem, é claro, nomes intocáveis que quase são unânimes em relação ao gosto dos debatentes. Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple e Motörhead são alguns do exemplos em que qualquer um tem algo a dizer a favor e muito pouco contra. O Iron Maiden pode ser incluído nesse grupo, com seus três tipos de fãs. Primeiro, o que gosta, mas que questiona certos álbuns, alguns componentes, algumas músicas e que tem preferência por alguma fase em especial da banda. Depois, o que gosta muito, tem todos os discos, DVDs, algumas raridades, mas entende que o heavy metal não se restringe somente ao Iron Maiden…
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel
A ARTE DA ENTREVISTA
Se você está lendo a ROADIE CREW, isso significa que se interessa por entrevistas e histórias (sobre música) bem contadas. E também que são enormes as chances de querer ou vir a entrevistar artistas. Pelo menos o potencial curioso certamente você tem. Portanto, vou contar e usar como exemplo uma entrevista que você pode ler nesta mesma edição, com o guitarrista do Slayer Kerry King.
O ponto a que quero chegar é que uma das tarefas mais importantes de publicações como a ROADIE CREW é registrar em pedra histórias musicais. Isso não é possível se não for por meio de entrevistas, em que os protagonistas testemunhem os feitos.
Na atual era da desatenção, isso vem se perdendo. Tente por exemplo puxar pela memória onde mais você lê entrevistas, registros históricos musicais, causos saborosos na mídia brasileira. Vai lá, pensa. Mas vou sentar, pois sei que demorará para você chegar a uma resposta…
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves
MÚSICOS BRASILEIROS BARRADOS EM BANGLADESH
Este mês demos uma pausa no assunto “estabelecimentos de rock pelo mundo” para abordar o episódio que culminou no cancelamento do show das bandas brasileiras Krisiun e Nervochaos em Daca, capital de Bangladesh, e, por consequência, de alguns outros na região. Segundo nota publicada pelas bandas em 9 de maio último, os músicos tiveram “uma experiência muito desagradável, onde fomos vítimas de um grande mal-entendido e vivenciamos mais de dez horas de puro preconceito e desinformação.”
As bandas chegaram ao aeroporto internacional de Hazrat Shahjala, em Daca, na madrugada do dia 9 e foram abordadas por agentes de segurança enquanto pegavam as malas nas esteiras do aeroporto. Segundo Moyses Kolesne (Krisiun), que falou por telefone com Eduardo Ribeiro do site Noisey diretamente de um hotel em Daca, onde aguardavam o embarque para o Japão, os agentes “não falavam inglês e apenas deram a entender que deveríamos acompanhá-los”…
It’s Only Rock’n’Roll
Antonio Carlos Monteiro
FIGHTTILL DEATH
Conformemo-nos: tudo nessa vida virou Fla x Flu (ou Grenal ou Atletiba ou Palmeiras x Corinthians – escolha sua treta futebolística favorita). A tolerância foi jogada no ralo, ninguém pode pensar diferente de você e se discordar a gente parte pra porrada! – ou melhor, pro xingamento nas redes sociais.
A verdade é que vivemos tempos de intolerância jamais vistos neste país. A exacerbação veio à tona após as últimas eleições presidenciais. E parece que o pessoal descobriu que arrumar treta nas redes sociais é um grande negócio – afinal de contas, atrás de um teclado qualquer um é machão e ainda preserva os dentes.
A mais recente desavença que dividiu o mundo em dois tem de um lado os fãs de Slayer e de outro os de Linkin Park…
PROFILE – ANDRÉ DELACROIX (METALMORPHOSE)
Primeiro álbum que comprou:
“Rolling Stones – Greatest Hits, da Som Livre.”
POSTER – CARCASS
Peso | 0,250 kg |
---|---|
Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |