fbpx

Edição #222

R$29,00

What can a poor boy do / except to sing for a rock’n’roll band?” can­tava Mick Jagger em 1968 em Street Fighting Man, música inspirada nos protestos contra a Guerra do Vietnã acontecidos em Londres. Natural seu envolvimento com a causa, já que, nascido…

Em estoque

ESPECIAL BLACK SABBATH - INTRO

Por Antonio Carlos Monteiro

What can a poor boy do / except to sing for a rock’n’roll band?” can­tava Mick Jagger em 1968 em Street Fighting Man, música inspirada nos protestos contra a Guerra do Vietnã acontecidos em Londres. Natural seu envolvimento com a causa, já que, nascido em Londres em 1943 (ou seja, em meio à II Guerra Mundial), o vocalista sentiu na pele os efeitos do conflito.

John Michael Osbourne, William Thomas Ward, Anthony Frank Iommi nasceram em 1948; Terence Michael Joseph Butler, um ano depois – ou seja, logo após o final da guerra. Todos eles são de Birming­ham, cidade que fica no centro da Inglater­ra, e um dos maiores polos industriais do país à época. Por conta disso, sofreu com os bombardeios da Luftwaffe (a força aérea nazista) durante quase três anos, num episódio que ficou conhecido como “Bir­mingham Blitz”. Ou seja, nascidos e criados numa cidade devastada, só restava a John “Ozzy”, “Bill” Ward, “Tony” Iommi e “Geezer” Butler formarem uma banda de rock…

Só que muita água correu debaixo da ponte até os quatro chegarem ao status de criadores do heavy metal que ostentam hoje. Olhando a coisa friamente, dá pra ima­ginar que eles tinham tudo pra dar errado. Afinal, imagine uma banda com um vocalis­ta disléxico, um guitarrista que sofrera um acidente e perdera parte de dois dedos, um baixista fanático por ocultismo e um batera que se vestia como um mendigo…

ESPECIAL BLACK SABBATH - 1

Por Redação

01 – Black Sabbath

02 – Paranoid

03 – Master of Reality

04 – Vol 4

05 – Sabbath Bloody Sabbath

06 – Sabotage

07 – Technical Ecstasy

ESPECIAL BLACK SABBATH - 2

Por Redação

08 –  Never Say Die!

09 – Heaven and Hell

10 – Mob Rules

11 – Born Again

12 – Seventh Star

13 – he Eternal Idol

14 – Headless Cross

ESPECIAL BLACK SABBATH - 3

Por Redação

15 – Tyr

16 – Dehumanizer

17 – Cross Purposes

18 – Forbidden

19 – 13

ESPECIAL BLACK SABBATH - 4

Por Redação

Ao Vivo:

01 – Live Evil

02 – Reunion

03 – Past Lives

04 Live at Hammersmith Odeon

 

Heaven & Hell (a banda):

01 – The Devil You Know

TONY IOMMI

Por Dom Lawson A turnê de despedida do Black Sabbath, intitulada The End, encerrou-se na cidade natal da banda, Birmingham (ING), pouco mais de um ano após começar em Omaha, no Nebraska (EUA). Transmitido ao vivo através da página do grupo no Facebook, o último show teve quinze músicas e foi a segunda apresentação na Gentin Arena diante de 15.700 pessoas, colocando ponto final numa tour que totalizou 81 concertos ao redor do mundo – incluindo aí Américas do Sul e do Norte, Europa e Oceania. Assim que a última música, Paranoid, acabou, Tony Iommi falou rapidamente com o público: “Obrigado, boa noite. Muito obrigado!” E alguns dias após o show, o guitarrista falou sobre a turnê e sobre os rumores a respeito do futuro tanto dele como do Black Sabbath enquanto banda…

SUFFOCATION

Por Guilherme Spiazzi A reputação construída pelo veterano Suffocation no death metal vem sendo reforçada a cada trabalho lançado. No mais recente, …Of the Dark Light, Frank Mullen (vocal), Terrance Hobbs e Charlie Errigo (guitarras), Derek Boyer (baixo) e Eric Morotti (bateria) deixam claro que a técnica e agressividade que formam a identidade da banda continuam intactas. Por mais que venham enfrentando problemas com a agenda de Mullen e a troca de baixista e baterista, nosso entrevistado, Hobbs (guitarra solo), garante que o grupo segue com gana e, para ele, os fãs podem ficar tranquilos, pois as mudanças foram para melhor…

TANKARD

Por Guilherme Spiazzi O thrash viciante do Tankard traz como ingredientes principais muita ironia e muita cerveja misturados de maneira perspicaz. Apesar da imagem de fanfarrões, propositalmente perpetrada em mais de trinta anos de carreira, a banda leva a sério a sua proposta e sua música. Prova disso é One Foot in the Grave, décimo sétimo disco de estúdio em que o grupo traz bom humor, temas muito relevantes, atuais e provocativos. Ao ler esta entrevista com o vocalista Andreas “Gerre” Geremia, você perceberá que o Tankard tem a liberdade e o controle, mas isso tem um preço: a agenda limitada. E Gerre deixa isso bem claro, mostrando como realmente as coisas acontecem e que é normal conciliar a música e outras atividades “menos glamourosas”, mas não menos importantes…

THE DOOMSDAY KINGDOM

Por Daniel Dutra Criar sem poder executar. Basicamente, esta foi a rotina de Leif Edling no período em que teve de lidar com a síndrome da fadiga crôni­ca, doença agravada com qualquer atividade física, mas que paradoxalmente não melhora com repouso. Na reta final do processo de completa recuperação, depois de cinco anos de tratamento, o baixista marca seu retorno definitivo ao cenário com uma banda que leva o selo de qualidade do cérebro por trás do Candlemass – e também do Avatarium, Krux, Abstrakt Algebra… Ao lado de Niklas Stålvind (vocal), Marcus Jidell (guitarra) e Andreas Johansson (bateria), o músico deu vida ao The Doomsday Kingdom com agradáveis doses de metal tradicional dos anos 80 e até mesmo de hard rock injetadas no doom metal de excelência que dele se es­pera. E depois do EP Never Machine (2016), o primeiro CD, homônimo, chegou às lojas este ano para aumentar a alegria dos fãs e do próprio mentor. Com a palavra, ninguém melhor do que o responsável por tudo…

NERVOCHAOS

Por Valtemir Amler Eduardo Lane, o Edu, sempre foi um artista com fôlego de sobra. Desde os tempos de Siegrid In­grid, o baterista evoca o extremis­mo musical e o representa com a dignidade de poucos. À frente do poderoso Nervochaos por mais de vinte anos, ele coleciona bons álbuns em uma dis­cografia crescente, recentemente atualizada com Nyctophilia, o mais completo e audacio­so até o momento. Conversamos com ele para saber sobre esse novo passo, além de seu envolvimento com a Alpha Omega, algo que promete muito para os fãs de metal ex­tremo, e a polêmica turnê pela Ásia, em que tiveram sérios problemas em Bangladesh…

EDENBRIDGE

Por Guilherme Spiazzi Com o foco muito bem defi­nido, nosso entrevistado, o fundador, compositor e guitarrista Arne “Lan­vall” Stockhammer, tem guiado o Edenbridge desde o lançamento de Sunrise in Eden (2000) até o nono e mais recente álbum, The Great Momentum. Em dezessete anos de estrada, os austríacos reforçaram sua identidade e elaboraram cada vez mais o seu som. Nesta entrevista, Lanvall falou sobre o desenvolvimento da banda e os caminhos que tem percorrido para manter o grupo vivo…

HAVOK

Por Guilherme Spiazzi Para muitos, inclusive nosso entrevistado, o vocalista e guitarrista David Sanchez, o mundo está chato, a patrulha do politicamente correto está à solta e a liberdade de ideias e expressão cada vez mais comprometida. No meio disso tudo, sempre surge aquela voz rebelde, disposta a falar o que muitos não querem ouvir. Em Conformicide, quarto disco de estúdio do Havok, este e outros temas vêm embalados por um thrash metal afiado. Confira a entrevista com o líder da banda que, além de falar sobre o novo trabalho, ainda dá umas dicas do mundo metal…

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Nossa homenagem ao Black Sabbath

Se existe um grupo cujo prestígio chega a beirar a unanimidade, só pode ser o Black Sabbath. Jamais ouvi alguém que convive no nosso meio musical afirmar que não gosta dessa banda. E olha que eu já escutei até heresias do tipo “não gosto muito de Led Zeppelin…”, e não entrego quem me disse isso porque o considero meu amigo. Existem aqueles fãs que têm preferência pelo material produzido com Ozzy, outros pelas fases com Ronnie James Dio, e muitos não dão bola para os discos com Tony Martin, mas a banda Black Sabbath em si é uma espécie de instituição intocável. E em meio século de atividade construiu um legado que permanecerá sendo admirado por várias gerações de amantes do que há de melhor no mundo da música. Nos textos desta edição encontramos depoimentos que comprovam a importância do grupo para a arte e, mais do que isso, dá uma ideia de quanto contribuíram para uma melhor qualidade de vida daqueles que tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desses músicos. A ligação entre um headbanger e a música é algo tão forte que determinados momentos vivenciados por causa desse tipo de som não se apagam da memória, nunca. Quando li o comentário do Ricardo Batalha sobre sua descoberta do Sabbath com o disco Vol.4, passaram pela minha cabeça vários momentos semelhantes, inclusive da minha viagem de núpcias com o porta-luvas do meu Opala cheio de fitas cassete, entre elas gravações do Vol.4, do Sabotage, e vários outros álbuns também de outras bandas. O trajeto de São Paulo a Gramado-RS, e a volta passando por Porto Alegre, teve uma trilha sonora magnífica. Hoje, nas viagens mais longas, meu iPod tem um papel fundamental, pois comporta tudo que havia naquele porta-luvas e muito mais.

No aspecto das descobertas levo uma ligeira vantagem em relação ao Batalha: conheci o Sabbath antes dele, afinal sou alguns anos mais velho, então é possível que eu tenha ouvido seus discos algumas vezes mais que nosso chefe da redação. E de tanto ouvir cheguei à conclusão de que Black Sabbath e Tony Iommi são a mesma entidade, uma espécie de clonagem metálica da santíssima trindade. Seja com Ozzy, Dio, Gillan, Hughes, Martin, ou eu cantando, se Iommi estiver na guitarra é Black Sabbath puro. É claro que a primeira formação merece uma consideração especial porque estabeleceram os alicerces do som que criaram, mas os que vieram depois “honraram seu nome”, como costumam dizer alguns fanáticos religiosos. E como eu disse antes, onde estiver Tony Iommi estará a essência do Sabbath. Por isso a “The End Tour” não precisa ser encarada como o fim de tudo, afinal Tony está vivo, e é preciso compreender a situação considerando o estado de saúde dele. Talvez Tony, mais do que todos nós fãs, é quem sente mais profundamente a tristeza de ter que parar com as turnês, como se pode notar na entrevista que publicamos nesta edição. Resta-nos agradecer a todos que participaram de alguma forma da maravilhosa carreira do Black Sabbath, e vamos continuar saboreando até o fim dos nossos dias os riffs, os solos, os versos, enfim a música que ganhamos de presente como resultado do talento daqueles garotos de Birmingham.

Airton Diniz 

CENÁRIO

Por Redação

LACERATED AND CARBONIZED:

PROFISSIONAIS DA AGRESSIVIDADE

Speed metal com Sodomizer, thrash com Farscape e Flageladör, black metal com Unearthly e Mysteriis, culto à raiz com Whipstriker, Apokalyptic Raids e Grave Desecrator… Se faltava alguém para representar o death metal neste portentoso cenário musical do Rio de Janeiro, o Lacerated and Carbonized chega com toda a autoridade que seu terceiro disco, Narcohell, lhe concede: som enxuto, bem produzido, moderno porém à prova de “modernices”, veloz e ao mesmo tempo sem receio do groove, de vigor europeu e alma hardcore – e tudo valorizado por um senso profissional mais do que salubre. O baixista Paulo Doc toma a palavra para nos contar outros detalhes sobre esse belo registro…

 

 

ACCUSER: A FÓRMULA

DO THRASH ALEMÃO

O Accuser (Accu§er) nunca desfrutou tanto dos holofotes que a tradicional cena alemã de thrash metal tinha a oferecer. Trilhando seu caminho pela sombra, o grupo foi capaz de forjar alguns dos grandes discos do estilo nos anos 80 com The Conviction (1987) e Who Dominates Who? (1989). Como aconteceu com muitas outras, passou por profundas alterações na década de 90, que envolveram até a mudança no nome para Scartribe por certo período. De volta ao thrash, a ROADIE CREW bateu um papo com o vocalista e guitarrista Frank Thoms e com o guitarrista Dennis Rybakowski, que não se fizeram de rogados em responder sobre todos os aspectos da carreira e do mais recente álbum, The Forlorn Divide (2016)…

 

 

 

MARENNA: O BRASIL EM ALTA NO MELODIC ROCK

Pode parecer estranho, mas o Brasil ultimamente vem revelando seguidamente boas bandas de melodic rock, hard rock e AOR, algo que, anos atrás, seria até impensado. O Marenna, criado há pouco menos de três anos pelo vocalista Rodrigo Marenna (Lacross Rock), atualmente colhe os frutos do novo álbum, No Regrets, distribuído pela Alta Voltagem na América do Sul e lançado no exterior pela Lions Pride Music. A seguir, o mentor do projeto fala sobre o sucessor do EP My Unconditional Faith (2015), a montagem de sua banda solo e a alta do estilo que pratica…

 

 

 AS VÁRIAS FACETAS DO VOCALISTA E MULTI-INSTRUMENTISTA BJ

Iniciar uma carreira é algo almejado por todos os jovens apaixonados por música. Aí você entra na ralação das aulas, junta dinheiro para comprar instrumentos e, enfim, começa a se apresentar. Claro, a estrada não é um conto de fadas e logo muitos desistem do sonho, partindo para empregos “convencionais” e passam a ouvir som apenas em casa. Assim, é louvável quando nos deparamos com pessoas que acreditam no sonho. Luiz Paulo, mais conhecido como BJ, vocalista e multi-instrumentista que integra as bandas SOTO, Danger Angel e Tempestt, ralou muito para hoje poder dizer que conseguiu cravar seu espaço num meio tão concorrido e desleal. Em entrevista à ROADIE CREW, ele fala sobre sua carreira, o show que mudou a sua vida e a motivação de continuar na estrada após tantos anos…

 

 

STILL LIVING: DERRUBANDO BARREIRAS

Com o advento das redes sociais e o acesso à divulgação, a questão geográfica já não representa uma barreira intransponível”. A afirmação do vocalista Renato Costa mostra que, através da globalização provocada pela internet, não é primordial estar nos grandes centros para se destacar. Oriundo de Garanhus (PE), o quinteto de melodic rock promove seu segundo álbum, Humanity, lançado em 2015 no Brasil e no Japão e na Europa em 2016. Nesse bate-papo, Costa e o guitarrista Eduardo Holanda falaram sobre o atual trabalho e as resenhas positivas do álbum, principalmente no exterior…

CARNIÇA: MAIS

DE 25 ANOS DE ESTRADA

Caro leitor, convido você para uma reflexão: já se imaginou em algum momento da vida chegar ao jubileu de prata fazendo o que realmente gosta? Dentre as inúmeras dificuldades em se fazer algo em prol da música pesada, os gaúchos do Carniça chegaram a essa marca. No entanto, Mauriano Lustosa (vocal), Parahim Neto (guitarra), Marcelo Zabka (baixo) e Marlo Lustosa (bateria) não querem ficar presos ao passado e tra­balham em músicas para um novo álbum de estúdio. Em entrevista para a ROADIE CREW, o vocalista nos falou sobre atingir essa notável marca de 25 anos de estrada, os planos futuros e muito mais…

 

 A MELODIA REQUINTADA DE DANIELE KRAUZ

Antes de iniciar sua trajetória no metal, a paranaense Daniele Krauz já fazia trabalhos ligados ao canto. Em 2014, resolveu criar a banda D. Krauz e, ao lado de músicos competentes, gravou o EP Insight, que foi lançado há três anos e está sendo divulgado pela Black Legion Produc­tions. Em conversa com a ROADIE CREW, ela explicou o que há por trás desse lançamento, mas também contou detalhes de sua carreira, que vai muito além dos palcos.

 

AVERSIONS CROWN: VIVENDO O AUGE

Formado em 2010 em Brisbane, na Austrália, o Aversions Crown é uma banda que desafia os rótulos em busca de uma sonoridade ousada e extrema. O que antes era um sexteto agora se transformou em um quarteto, mas sem abrir mão de evoluir. Atualmente formada pelo vocalista Mark Poida, pelos guitarristas Chris Coughan e Mick Jeffery e pelo baterista Jayden Mason, o grupo chega ao seu terceiro álbum, Xenocide, lançado pela Nuclear Blast. A ROADIE CREW bateu um papo com Jeffery, que nos contou como está sendo a repercussão de seu novo trabalho e outros detalhes da carreira do grupo…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

PERCEBA O NOVO

Vicentin, o seu texto “Perceba o Novo” é uma das melhores coisas já escritas na ROADIE CREW nesses vinte anos! Tenho 46 anos e sou amante de algumas vertentes do rock’n’roll, como hard rock, heavy, progressivo e post-punk. Desde a década de 80 comprei e/ou assinei quase todas as revistas de rock do mercado editorial brasileiro: SomTrês, Metal, Roll, Bizz, Rock Brigade, Heavy, MetalHead, General, Zero, Frente, 89 – Revista Rock, Poeira Zine, Billboard, Rolling Stone e, é claro, a ROADIE CREW (desde quando era um zine). Nesses anos todos acompa­nhei bandas que já existiam e outras que foram surgindo nas décadas seguintes. Muitas se mantiveram e outras se perde­ram pelo caminho, por egos inflados ou incompatibilidade musical. O seu texto expõe verdadeiramente uma tendência de muitos ‘velhos mentais’, que execram tudo que é novo! É muito egoísmo dizer que só o que é antigo ou velho é que é bom! Esses caras se esquecem que um dia, anos atrás, The Who, Purple, Led, Sabbath, Kiss, Whitesnake, Van Halen, Iron, Judas e outros já foram as promes­sas do momento? Foram a ‘the next band’ a explodir e fazer sucesso! Isso porque algumas delas demoraram alguns discos para serem da grandeza que hoje são. Bons exemplos disso são Deep Purple, Queen e Kiss, que demoraram alguns dis­cos pra terem seu real valor reconhecido! Que possamos sair de nossa rabugenta zona de conforto e abrir nossas mentes e ouvidos pra perceber que o novo sempre vem, com novas e boas bandas! Se perma­necerão, o tempo dirá! Quantas foram as bandas das décadas de 60, 70, 80 e 90 que não vingaram!? Muitas! E hoje alguns se lamentam por isso. O Crow é um grande exemplo de um grande nome dos anos 70 que não vingou, mas muitos os veneram até hoje! Enfim, long live rock’n’roll bands (de todas as eras e décadas!). Abraço.

Rodrigo Lee

Poços de Caldas/MG

Oi Rodrigo, obrigado por escrever. Gosto realmente de escutar de tudo dentro do metal. Sou eclético. E escuto muitas bandas novas, todos os dias, nacionais e internacionais. Algumas nem mais tão novas, mas às quais ainda percebo que os fãs no Brasil não deram a devida atenção. Bandas que estão indo muito bem na Europa e nos Estados Uni­dos, mas que aqui são nada ainda. Não por falta de qualidade, mas por falta de os fãs do estilo darem uma chance. Você pode até não gostar, mas escute e tenha uma opinião. Valeu! (Claudio Vicentin)

BLIND EAR – MARKUS MKULT (COLDBLOOD)

Por Daniel Dutra

fotos: Luciana Pires

“O som da bateria é familiar, mas vou esperar entrar o vocal. (R.C.: É do novo trabalho de um dos gigantes do thrash metal). Não é o Anthrax… Pelas barbas do profeta, é o Metallica? (risos) (R.C.: Sim). Não reconheci de cara porque não tenho escuta­do o que a banda tem feito de uns tempos para cá, admito, mas o vocal entregou de vez o que a batera já estava dizendo. É bem legal, principalmente porque os caras estão fazendo um som mais rápido. Sou fã do Metallica antigo e não posso renegar tudo o que eles fizeram até o ‘Black Album’, mas essa música dá uma esperança. Vou escutar o disco todo.”

Música: Hardwired

Banda: METALLICA

Álbum: HARDWIRED… TO SELF-DESTRUCT

ETERNAL IDOLS – GEOFF NICHOLLS

Por Antonio Carlos Monteiro

Parece mais ou menos óbvio: quem se mete num negócio como o rock, em que egos estão em constante desentendimento para saber qual brilha mais, não aceita uma posição que seja menor que a de protagonista. E é aí que surge aquele monte de laterais-esquerdos pensando que são centroavantes… Porém, há alguns que não se incomodam com um lugar que não seria menos importante, mas que não aparece tanto sob os holofotes. E é função nossa resgatar esses “coadjuvantes de luxo” que existem na música. Como foi o caso de Geoff Nicholls.

Geoffrey James Nicholls nasceu em Birmingham (ING) em 28 de fevereiro de 1948. Logo no início dos anos 60, já começou a tocar guitarra em bandas locais, influenciado tanto por precursores do rock como Chuck Berry e Buddy Holly como pelo virtuoso violonista Django Reinhardt…

CLASSICREW

Por Redação

1967

ROLLING STONES

Their Satanic Majesties Request

Antonio Carlos Monteiro

Em duas palavras: foi complicado. No final de 1967, os Rolling Stones esta­vam num dos piores momentos em se tratando de, vamos dizer assim, problemas pessoais e excessos em geral. Em fevereiro a polícia invadiu a casa de Keith Richard, onde rolava uma festinha regada a vários tipos de substâncias ilíci­tas com a presença, entre outros, de Mick Jagger. Em maio era a vez de Brian Jones ser pego com maconha. Ou seja, as idas e vindas aos tribunais tomaram a maior parte do tempo de três dos cinco Stones durante todo o ano de 1967. Em paralelo a isso, havia a gravadora Decca pressio­nando a banda para que fizesse algo na mesma linha psicodélica que os Beatles haviam adotado em Sgt. Peppers Lonely Heart’s Club Band.

Os problemas com a justiça fizeram com que raramente todos os músicos se encontrassem em estúdio…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Por Redação

Nesta edição:

Adrenaline Mob

Anathema

Axel Rudi Pell

Berserkers

Clamus

Cloven Hoof

Cosmosquad

Demolition

Dream Evil

Elephant Casino

Evocation

Fates Warning

Going To Brasil (Era Great White)

Golpe Devastador

Grá

Gus Monsanto

Iced Earth

Jorn

Lock Up

Mark Slaughter

Metal Church

Monticelli

Mortem

Pallbearer

Pop Javali

Rec/All

Rock Freeday

Skinlepsy

Soen

The Dead Daisies

Trance

Vallenfyre

Warrant

Garage Demos

 

Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]

Nesta edição:

Quintessente

Superstition 13

LIVE EVIL – AMON AMARTH

Por Valtemir Amler

Amon Amarth / Abbath

Tropical Butantã – São Paulo/SP

27 de maio de 2017

Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires

O que transforma uma festa escandinava em algo memorável? Quem esteve no Tropical Butantã (SP) no último dia 27 de maio pode responder rápido: bebida em boa quantidade, música de alta qualidade, público animado e que entende da tradição de seus países de origem. Na verdade, a coisa estava tão boa e bem planejada que tivemos até uma excelente surpresa: a abertura com a banda brasileira Sinaya.

Desde o momento em que pisaram no palco, Mylena Monaco (guitarra e vocal), Renata Petrelli (guitarra), Camila Toledo (baixo) e Cynthia Tsai (bateria) detonaram o mais sujo, abjeto, esporrento e claustrofóbico death metal, tirando o fôlego daqueles tantos que chegaram um pouco mais cedo. Pratican­tes de um death ‘old school’ bem na linha dos antigos Entombed, Grave, Cancer e Massacre, a banda desfi­lou fúria em sons como Obscure Raids (faixa título do ótimo EP de 2013), Always PainBath of MemoriesBuried by Terror (confira o clipe insano no YouTube) e Legion of Demons, que fechou a apresentação. Com esse show, ganhamos uma nova banda de cabeceira e uma ânsia incrível para conferir o primeiro álbum completo da Sinaya, que deve sair muito em breve…

LIVE EVIL – EUROPE

Por Leandro Nogueira Coppi

Europe

Citibank Hall – São Paulo/SP

28 de maio de 2017

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Edu Lawless

Foram cinco anos de espera, mas enfim o Euro­pe retornou ao Brasil. Assim como aconteceu em 2010 e 2012, Joey Tempest (vocal), John Norum (guitarra), John Levén (baixo), Mic Michaeli (teclado) e Ian Haugland (bateria) novamen­te passaram apenas por São Paulo. Ainda que estejam preparando disco novo, os suecos vieram divulgar seu mais recente trabalho, o pesado War of Kings, de 2015.

Fãs de diversas gerações compareceram em bom número ao Citibank Hall e vibraram quando o Eu­rope entrou em cena tocando duas faixas do álbum atual, a própria War of Kings Hole in My Pocket. Na pausa, o simpático Tempest cumprimentou a todos e arriscou algumas palavras em português.

Para os que são familiarizados com os álbuns que foram gravados a partir do retorno oficial da banda, em 2003, o show já começou explosivo. Porém, aos que só têm os cinco primeiros vivos na memória – ou seja, de Europe (1983) a Prisoners in Paradise (1991) –, o set só começou a pegar fogo mes­mo a partir de Rock the Night, clássico presente no terceiro álbum, o aclamado The Final Countdown (1986)…

LIVE EVIL – STEVE VAI

Por Daniel Dutra

Steve Vai

Imperator – Rio de Janeiro/RJ

03 de junho de 2017

Por Daniel Dutra • Fotos: Luciana Pires

O cheiro de uma grande noite estava no ar, mas nem o fã mais otimista de Steve Vai poderia imaginar que a festa teria contornos tão especiais. E não apenas porque o anfitrião é um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Ou porque era show com casa cheia na parada carioca da turnê para comemorar os 25 anos de um dos tra­balhos essenciais de guitarra – e como bem lembrou seu criador, Passion and Warfare já estava sopran­do a 27ª velinha. De fato, o primeiro sinal de que assistiríamos a um espetáculo único começou com a exibição de uma cena do filme “A Encruzilhada” (1986, “Crossroads” no original), mais precisamente a parte em que o velho bluesman Willie Brown (Joe Seneca) e seu pupilo, Eugene Martone (Ralph Macchio), negociam com o Coisa Ruim, interpretado por Joe Morton, o fim de um contrato firmado muitos anos antes. Pronto, os fãs já sabiam o que viria pela frente: Jack Butler, quer dizer, Vai entrou em cena com o inesquecível riff de Bad Horsie. Na pista, ovação e uma felicidade que deixou o astral lá em cima para não deixá-lo cair em momento algum.

Ainda assim, o guitarrista emendou a mara­vilhosa The Crying Machine para, com menos de dez minutos, terminar de hipnotizar a plateia. Showman dos melhores, Vai trocou a roupa cheia de luzes e lantejoulas para reger a banda que o acompanha há uma década – Dave Weiner (guitarra e teclados), Philip Bynoe (baixo) e Jeremy Colson (bateria) – em Gravity Storm

PLAY LIST – MUTILATOR

Por Ricardo Batalha

Memorial Stone Whithout a Name: “Geralmente, a música que abre o disco sempre é muito marcante e com Memorial Stone Whithout a Name não foi diferente. Entrada bem cadenciada, cozinha funcionando de maneira muito eficiente e bases de guitarra muito bem elaboradas pelo Magoo (R.I.P.). Eu me lembro que na última hora, antes de entrar em estúdio, a gente conseguiu alugar um amplificador Marshall de um guitarrista de Belo Horizonte, Marcelo Paganinni (conhecido guitarrista de jazz), e esse amplificador deu outra cara ao som das guitarras, que ficaram muito mais pesadas. Não foi fácil a produção de Immortal Force, afinal naquela época poucos técnicos de som de estúdios conheciam o heavy metal, então para eles também era algo muito novo, mas no final de todo processo tive certeza de que todos os envolvidos fizeram o seu melhor.” (Ricardo Neves Costa, baixo)

Álbum: Immortal Force

HIDDEN TRACKS – SENTINEL BEAST

Por Ricardo Batalha

Certas vocalistas não são tão lembradas quando se fala em mulheres no heavy metal. Debbie Gunn, líder do Sentinel Beast, grupo formado em 1984, em Sacramento/CA (EUA), é uma delas. Ela namorava o baixista Mike Spencer, que acabou se encontrando por acaso com o guitarrista Barry Fischel em uma festa. Spencer havia saído de Phoenix e, recém chegado em Sacramento, estava buscan­do uma banda, que já contava com seu amigo da época de escola, o baterista Scott Awes. “Scott e eu gostamos do estilo de Mike e o convidamos. Foi então que ele nos contou que Debbie Gunn era vocalista”, recordou Fischel, em entrevis­ta ao site Voices From the Darkside.

Gunn aceitou o convite e assim surgiu o Sentinel Beast, nome proposto pela vocalista, que era ligada à mitologia grega. “Muitas letras dela tratam desse tema. Sentinel Beast era, na milotologia, Cérbe­ro, um cão de três cabeças que guardava a entrada do inferno”, explicou Fischel. “Uma das primeiras músicas que criamos foi Mourir, que acabou entrando no álbum Depths of Death”, contou Fischel que, meses depois, deixou o grupo para se con­centrar nos estudos no Guitar Institute of Technology (GIT)…

BACKGROUND – BLIND GUARDIAN – PARTE 1

Por Valtemir Amler

Alemanha, década de 80. Depois de mais de trinta anos do fim da II Guerra Mundial, o país ainda vivia as con­sequências dos atos de seus antigos líderes, mas os olhos já conse­guiam ver tempos melhores surgindo no horizonte. A nação permanecia dividida. De um lado, a Alemanha Oriental vivia dias sombrios, marcados pela austeridade da tutela da União Soviética; do outro, a Alemanha Ocidental, aberta para o mundo, começava a viver novos dias de ouro.

Se na porção oriental o país permane­ceu forçosamente retrógrado, os ociden­tais viam com bons olhos a evolução política de sua nação, representada pelo nascimento e fortalecimento do Partido Verde. Mas, muito mais do que isso, os ocidentais, que já haviam visto a explosão do rock progressivo na década anterior, experimentavam nos anos 80 a euforia do heavy metal, mais notadamente, do thrash metal, que tinha lá um dos seus cenários mais propícios. Se nos EUA as principais bandas de thrash metal se notabilizaram por abordar em suas letras o dia a dia do gênero, festas, bebedeiras e temas sociais (exceção feita ao Slayer), na Alemanha a coisa caminhava com outras pernas. Lá o negócio era o misticismo e o satanismo, uma postura gerada pela própria histó­ria recente do país, com uma juventude revoltada pela indulgência autodefensiva da igreja perante a crueldade nazista, o que acabou por gerar uma cena musical extrema, ferrenhamente agressiva aos valores cristãos…

COLUNISTAS

Por Redação

Backstage / Brotherhood
Stay Heavy / Rock’n’Roll
A Look at Metal / Campo de Batalha

 

Backstage

Vitão Bonesso

BILL WARD E AS CAPAS DE DISCOS DO BLACK SABBATH

Em setembro de 1994, tive a oportunidade de passar algumas horas em companhia de Bill Ward, que estava no Brasil com o Black Sabbath para o show no festival Philips Monsters of Rock. Dentre diversos assuntos, conversamos a respeito de algu­mas capas de discos de que ele mais gosta e aquelas que odeia dos tempos em que fazia parte do grupo.

SABBATH BLOODY SA­BBATH: “Minha preferida. Não me lembro quem a criou (N.R.: Drew Struzan). Retrata a morte de uma forma horrível e dolo­rosa e, na parte de trás, a morte de uma forma confortável. Foi a primeira vez que a gravadora nos deixou livres para escolher uma ilustração, que felizmente foi aceita….

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel

 A VERDADEIRA DISSONÂNCIA NÃO É O DIABOLUS IN MUSICA

Fui a uma apresenta­ção de lançamento de produto outro dia e, durante o vídeo de exibição, que iria para a TV dali alguns dias, resolvi tirar o olho do telão e mirar para trás. Uns 80% das pessoas filmavam com o próprio celular a tela do comercial de lançamento do novo celular. Tentei fugir do óbvio (e correto) que é idiotizar o povo que faz isso e abrir o questionamento: “Qual é a porra da relevância de registrar um comercial de um aparelho celular que estará na TV em algumas horas e se tornará obsoleto numas outras tantas poucas?” Isso tudo foi racio­cínio de segundos e dou um corte na cena para chegar onde interessa aqui, à música….

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

NEM SÓ DE WACKEN VIVE A ALEMANHA

O verão no hemisfério norte começou e com ele a onda de festivais de heavy metal, que se concentram principalmente na Europa. E o país europeu que possui mais eventos desse es­tilo é, sem dúvida, a Alemanha. Entre os festivais alemães que ocorrem em 2017 estão:

Wacken Open Air, desde 1990;

Rockharz Open Air, desde 1993;

With Full Force Summer Open Air, desde 1994;

Bang Your Head!!!, desde 1996;

Party.San Metal Open Air, desde 1996;

Summer Breeze, desde 1997;

Headbangers Open Air, desde 1998;

Barther Metal Open Air, desde 1999;

M’era Luna, desde 2000;

Deathfeast Open Air, desde 2007.

O Wacken Open Air é um velho conhecido dos leito­res da ROADIE CREW, que acompanharam ano a ano, desde 2000, o crescimento do festival nas páginas da revista”…

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

NOITE DE BALADA

Já virou chavão falar que crítico musical é músico frustrado. No meu caso, sempre arrisquei umas notas na guitarra sem maiores pretensões – ou frustrações –, mas já passei alguns bons momentos no palco. De quebra, meu trabalho na imprensa me permitiu trocar ideia sobre gui­tarras e guitarristas com alguns mestres do assunto.

Foi no início dos anos 90. Lá fui eu escalado para entrevis­tar mais uma vez o Golpe de Estado, banda que eu sempre admirei profundamente e com quem acabei criando uma ami­zade pessoal – principalmente com o saudoso guitarrista Helcio Aguirra.

Eu conheci a banda numa festa que aconteceu na casa de Rubens Gioia, guitarrista…

A Look at Metal

Claudio Vicentin

DESRESPEITO COM O CONSUMIDOR DE CDS

Quando nós, amantes do heavy metal, via­jamos para o exterior, faz parte da progra­mação visitar lojas de discos. Afinal, é sabido que muitos lançamentos infelizmente não chegam até aqui.

Gravadoras maiores, principalmente Universal e Warner, simplesmente ignoram algumas bandas de metal que têm em seus catálogos. As inde­pendentes, como Nuclear Blast, Century Media, SPV, Ear Music, Napalm e Frontiers, entre ou­tras, tentam colocar o máximo possível de títulos no mercado brasileiro. Claro, alguns não são lançados por serem desco­nhecidos dos brasileiros e os representantes nacionais não se arriscam por saber que boa parte desse público, como já disse aqui, não está em busca de novidades.

Voltando ao título da coluna, muitos são os motivos que nos levam às lojas de CDs…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha

É… E SEMPRE SERÁ

Eu não concedi nenhuma entrevista para “Sepul­tura Endurance”. Escre­vo esta coluna sem ter visto o filme, que foi a atração de abertura do festival In-Edit Brasil – 9º Festival Internacio­nal do Documentário Musical e estreou nos cinemas no dia 15 de junho. Mesmo assim, quero falar de algo que todo mundo está cansado de saber: Sepul­tura é, e sempre será, a maior banda de metal do Brasil. Posso garantir que isso jamais vai mudar, porque eles atingiram este conceito de fazer sucesso e de ter relevância como nenhu­ma outra formação da música pesada vai conseguir. Não é ser pessimista, mas constatar uma realidade.

Claro, você logo pensou em nomes como Krisiun ou Angra. São muito conhecidos e não menos relevantes, mas o nível…

PROFILE – GUSTAVO POLIDORI (HATEMATTER)

Por Ricardo Batalha Primeiro disco que comprou: “O primeiro disco que comprei era realmente um disco! (risos) Foi … And Justice For All do Metallica.”

POSTER – VAN HALEN

Por Redação Runnin’ with the Devil
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
Fechar
Fechar