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Edição #223

R$29,00

Os inúmeros sucessos e o título de ícone do rock jamais interferiram na capacidade de Alice Cooper sempre entregar o seu melhor em estú­dio e ao vivo nos seus quase cinquenta anos de carreira. Em seu 27º disco de estúdio, Paranormal, o artista vem…

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ALICE COOPER

Por Guilherme Spiazzi Os inúmeros sucessos e o título de ícone do rock jamais interferiram na capacidade de Alice Cooper sempre entregar o seu melhor em estú­dio e ao vivo nos seus quase cinquenta anos de carreira. Em seu 27º disco de estúdio, Paranormal, o artista vem acompanhado de músicos renomados pretendendo o mesmo hard rock cheio de personalidade que lhe deu sucesso. Como se não bastasse, assim como no trabalho anterior, o aclamado Welcome 2 My Nightmare (2011), Cooper trouxe seus parceiros da versão original do Alice Cooper Group – Dennis Dunaway (baixo), Michael Bruce (guitarra) e Neal Smith (bateria) – para duas faixas mais que especiais e já anunciou que eles dividirão o palco ainda este ano.

ACCEPT

Por Guilherme Spiazzi

Wolf  Hoffmann

A década de 80 viu o ápice do Accept. A determina­ção do grupo alemão fez com que eles constru­íssem um nome tão forte que nem mesmo um hiato de quatorze anos foi capaz de abalar. A versão reformulada com o voca­lista Mark Tornillo (T.T. Quick) prometia muito, tanto que depois do lançamento de Blood of the Nations (2010) o Accept coroou um estrondoso retorno e não parou mais. Chegando ao quarto disco desta nova fase, The Rise of Chaos, a ROADIE CREW conversou com guitar­rista Wolf Hoffmann, que mostra traços interessantes de sua personalidade, como foco e determinação. Por mais que pareça ríspido, ele está apenas defendendo seu jeito de trabalhar e seu ponto de vista. Muitas vezes este é o segredo do negócio….

Mark Tornillo

Enquanto o Accept já trilhava o sucesso e rumava para a conquista mundial, o vocalista Mark Tornillo tentava seu espaço integran­do o T.T. Quick, banda que andou ao lado de grupos que a história hoje tem como expoentes do thrash metal. Tornillo lançou três álbuns com o T.T. Quick, fez turnês cruzando os EUA, mas nunca passou disso. Já o Accept viveu seu momento de ascensão e queda, até entrar num hiato de quatorze anos. Apesar de caminhos tortuosos e opostos, o destino, se é que ele existe, tratou de unir uma banda icônica que precisava de um músico à sua altura com um vocalista que nunca havia desistido do sucesso. Quando Tornillo foi anunciado como o novo ‘frontman’ do gru­po houve aquele momento de dúvida, mas o lançamento de Blood of the Nations (2010) tratou de calar qualquer incrédulo. A união entre as partes provou ser frutífera e hoje o músico comemora seu quarto disco ao lado do expoente do metal teutônico.

ICED EARTH

Por Guilherme Spiazzi Engana-se quem imagina que vi­ver de música significa apenas fazê-la. Pelo menos no metal, as coisas são diferentes e nos­so entrevistado, Jon Schaffer, deixa isso bastante claro. De cuidados com a sua saúde até o traçar dos planos mais ousados para garantir a sobrevivência do Iced Earth, o guitarrista e compositor americano mostra um lado que transcende a música e dá detalhes exclusi­vos sobre os próximos passos. Ele promete mudanças, mas, assim como apresentado no recém-lançado Incorruptible, 12º disco de estúdio, a música continuará sendo sempre 100% Iced Earth…

ANATHEMA

Por Guilherme Spiazzi Em 24 anos lan­çando discos, o Anathema mu­dou. Mostrou um constante desenvolvimen­to e cresceu. Cada vez mais sua música vem dando espaço para passagens ora sutis, ora carregadas de emoção, tensão e com doses de me­lancolia e esperança. A personalidade desenvolvida pelos ingleses vem cada vez mais proporcionando composições constituídas de letras, harmonias e melodias inspiradoras. Desta vez, a banda inglesa chega ao seu 11º disco de estúdio, The Optimist, contando uma história que parte de onde A Fine Day to Exit (2001) parou. Prestes a desembarcar no Brasil, Daniel Cavanagh, guitarrista e um dos principais compositores do grupo, falou à ROADIE CREW sobre o novo álbum…

ALTER BRIDGE

Por Daniel Dutra A primeira vez a gente nunca esquece. É basicamente assim que se sentem Myles Kennedy (vocal e guitarra), Mark Tremonti (guitar­ra), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) às vésperas das primeiras apresentações do Alter Bridge em solo brasileiro, em setembro – a banda toca em Curitiba (19) e nos festivais São Paulo Trip (21) e Rock in Rio (22). Se para os fãs o aquecimento acontece com o lançamento de Live at the O2 Arena + Rarities, para o quar­teto a bateria chega carregada pelos vários shows para promover o bem-sucedido The Last Hero. Então fomos atrás do simpático e educadíssimo Kennedy, que contou mais detalhes. Confira!…

STONE SOUR

Por Steven Rosen O vocalista Corey Taylor não consegue para de falar sobre o quanto foi divertido gravar o novo disco do Stone Sour, Hydrograd. “Cara, foi incrível”, diz ele. “Tudo que fizemos seria um tormento para muitas bandas. A gente chegava cedo no estúdio e saía tarde, ficávamos lá mesmo quando não tínhamos trabalho. Ficávamos lá pra bater papo, para termos ideias. E a gente ria muito o tempo todo, cara! Foi uma expe­riência incrível, um dos momentos mais legais que já passei entre grandes amigos. Tanto que quando chegou o último dia e o pessoal começou a desmontar todo o equipamento, aquilo partiu meu coração. Eu chorei, cara… Não queria ir embora. Foi muito triste, eu fiquei bem emocionado…” É difícil imaginar Corey Taylor chorando. Afinal, ele mesmo se descreve como um sujeito forte, divertido, rude e durão. Só que o cantor e letrista do Stone Sour e do Slipknot tem um lado mais contemplativo e sério que nem sempre é visto. Nessa conversa, ele mostra um pouco desse lado ao falar sobre a morte de Chris Cornell e sobre o lado ruim de ser um rockstar…

AYREON

Por Daniel Dutra O fã já está acostuma­do: toda obra com a assinatura de Arjen Anthony Lucassen é de uma riqueza única. E o composi­tor e multi-instrumentista não fugiu à regra com The Source, nono trabalho do Ayreon e a retomada da história contada em 01011001 – na verdade, uma ‘prequel’ do disco lançado em 2008. Em seu retorno à ficção científica, Lucassen moldou um álbum conceitual para contar a origem da raça Forever, e aí você mergulha numa história passada seis bilhões de anos atrás, mas que hoje você encontra nas manche­tes dos jornais, em capas de revistas e nos telejornais. Quer saber mais? Compre o CD, leia o enredo no encarte e ouça a música acompanhando as letras. Pode ser antes ou depois de devorar estas páginas. Acredite, você não vai se arrepender…

BITTEN­COURT PROJECT

Por Daniel Dutra O resultado de um sonho. É esta a definição de Brainworms Live in Brazil, DVD que registra o retorno do Bitten­court Project aos palcos e que, como conta seu mentor, foi possível graças aos fãs e aos que acredi­taram na empreitada. Ao lado de Amon Lima (violino), Fernando Nunes (baixo), Nei Medeiros (teclados), Marcell Cardoso (bateria) e Wellington Sancho (percussão), Rafael Bittencourt recebeu, em janeiro de 2016, alguns amigos no palco para registrar o momento: Alírio Netto (Age of Artemis), Marcello Pompeu (Korzus), Edu Ardanuy (ex-Dr. Sin), Michel Leme, Fabio Zaganin e nomes do passado (Ricardo Confessori) e presente (Felipe Andreoli e Bruno Valverde) do Angra também ajudaram na idealização. Mas quem melhor para explicar do que se trata do que o próprio anfitrião? Além de dar mais detalhes, o guitarrista e vocalista também falou do novo disco do Angra – no momento em que você estiver lendo estas linhas, Rafael, Felipe, Bruno, Fabio Lione e Marcelo Barbosa provavelmente já estarão na Suécia gravando – e da recente polêmica com Edu Falaschi…

VULCANO

Por Valtemir Amler Até pouco tempo atrás, o guitar­rista Zhema Rodero não tinha noção da veneração mundial pela sua banda. Uma visita à Escandinávia bastou para mostrar que, além de exaltado como pioneiro do metal extremo na América do Sul, o Vulcano é considerado uma lenda entre os fãs de black e death metal na Europa e uma influência direta em suas carreiras. Agora consciente de seu papel e mais firme no underground do que nunca, a banda santista retorna com XIV, décimo disco de estúdio e mais um ataque do metal extremo oitentista que o Vulcano sempre represen­tou. Confira a nossa conversa com Zhema…

MUNICIPAL WASTE

Por Daniel Dutra Não fosse músico, Ryan Waste poderia facilmente ganhar a vida como contador de histó­rias. Não apenas os detalhes do sexto álbum do Municipal Waste, Slime and Punishment, viram capítulos nas palavras do guitarrista do quinteto americano – Tony Foresta (vocal), Nick Poulos (guitarra), Phil Hall (baixo) e Dave Witte (bateria) completam a formação do grupo de crossover, speed ou thrash metal. Tanto faz. Qualquer assunto, relacionado à banda ou não, se transforma num caso. E no melhor dos sentidos, porque é genuína a sua vontade de falar de música, de cinema e até de Donald Trump, único assunto que o faz adotar um tom mais sério, diga-se. Descubra o porquê nas duas páginas que você tem em mãos…

JØRN LANDE

Por Daniel Dutra Entrevistar Jørn Lande é o mais próximo que se pode chegar de botar em dia as novidades com aquele amigo que você não encon­tra há algum tempo. Em um papo de duas horas, dividido entre uma tarde de sexta-feira e uma manhã de sábado, rolou até mesmo uma troca de ideias sobre o café brasileiro, da Colômbia e de alguns países europeus – isso porque ambos concordamos que o americano não é bom. Se o norueguês é sempre uma simpatia, imagine quando está entusiasmado com o lançamento de um novo disco. E ao lado de Alex Beyrodt (guitarra), Mat Sinner (baixo), Alessandro Del Vecchio (teclados) e Francesco Jovino (bateria), além das participações de Gus G. (Firewind) e Craig Goldy (ex-Dio), o vocalista aproveitou a mudança de ares para fazer do ótimo Life on Death Road o trabalho mais consistente do Jorn em uma década...

EDITORIAL

Por Airton Diniz

Imortalidade virtual aumentada

Já estamos mais do que acostumados com a frase “Elvis não morreu”, pronunciada em todas as línguas e em todos os cantos do mundo há 40 anos, mais precisamente desde o dia 16 de agosto de 1977 quando o Rei do Rock partiu para o andar de cima (ou de baixo, ninguém sabe ainda ao certo). Mas a tecnologia na era digital tem operado milagres que permitem desenvolver soluções maravilhosas, e também algumas coisas de­sastrosas. Quem não se lembra do famigerado Pokémon GO, aquele joguinho eletrônico feito para matar bichinhos virtuais usando ‘smart phones’, e que acabou deixando pelo caminho algumas vítimas entre os fanáticos e distraídos usuários? O gênero daquele aplicativo é identificado como “realidade aumentada”. Pois bem, o mundo do entretenimento musical também conta com recursos técnicos que permitem criar a “imortalidade virtual aumentada”. Se é que podemos chamar assim a produção de um show em que um grande ídolo falecido pode se apresentar ao lado de seus parceiros de banda ainda vivos, através da projeção de holograma com sua imagem tridimensional ocupando o espaço que sempre foi dele em cima de um palco. A triste ironia é que o ídolo que se tornou um imortal no sentido legítimo da palavra através da obra que deixou em vida, agora passou a ser um “imortal virtual”.

A empresa Eyellusion Hologram Production, especializada nesse tipo de produção, já está divulgando as datas da turnê “Dio Returns: The World Tour”, com o holograma de Ronnie James Dio se apresentando “ao vivo” juntamente com os membros da banda Dio – Craig Goldy (guitarra), Simon Wright (bateria), Scott Warren (teclados) e Bjorn Englen (baixo), além de convidados especiais em algumas datas. Serão mais de 80 shows pelo mundo todo, incluindo o Brasil, com início em Helsinki, na Finlândia, no próximo dia 30 de novembro, e finalizando em junho de 2018 nos Estados Unidos. A realização dessa turnê tem causado polêmica, com muitos aprovando a ideia por proporcionar a oportunidade de saciar o desejo dos fãs de assistir a um belíssimo show de um dos maiores ícones do heavy metal com sua presença, mesmo que virtual; e outros desaprovando, com o argumento de que uma turnê nesses moldes ofende a memória de um ídolo e que visa apenas o lucro financeiro através da exploração da imagem de Dio.

Num caso como esse é importante saber quem está envolvido no projeto, com qual motivação e com que autoridade, para assu­mir a responsabilidade de usar, nessas circunstâncias, a memória de alguém tão importante para tanta gente pelo mundo afora. E é tranquilizador saber que Wendy Dio está supervisionando cada detalhe da “Dio Returns”. Ela que foi esposa de Ronnie e era sua empresária, continuou cuidando com muita competência de todo o legado de sua vitoriosa carreira. Wendy está muito animada e segu­ra do sucesso dessa turnê, portanto está garantido que o trabalho está sendo feito com o carinho e seriedade que merece.

Uma verdade que ninguém pode duvidar é que Ronnie James Dio, assim como Elvis, permanece vivo nos corações e mentes de milhões de fãs, e acho que vale a pena conferir sim esse tipo de show. Eu adoraria poder ver novamente o Motörhead com Lemmy, o Queen com Freddie Mercury…

 

Airton Diniz

CENÁRIO

Por Redação

Cenário / Redação

 

 JOE SATRIANI: FALA, MESTRE!

O cara que deu aula para Steve Vai, Alex Skolnick (Testament), Kirk Hammett (Metallica), Larry LaLonde (Possessed e Primus) e outros. Não há muito mais o que falar de Joe Satriani, um dos maiores guitarristas de todos os tempos. E isso você também já sabia, então deixemos o professor falar um pouco de seus trinta anos de carreira. Com a palavra, Satriani….

 

 

 

SERPENTINE DOMINION: ARMANDO O BOTE

Da soma do Killswitch Engage com o Cannibal Corpse nasceu o Serpentine Dominion. Sim, porque dá para dizer que o metalcore da banda do guitarrista Adam Dutkiewicz e o death metal do grupo liderado pelo vocalista George “Corpsegrinder” Fisher se fundiram num projeto de metal extremo com peculiarida­des bem interessantes – o baterista Shannon Lucas (ex-The Black Dahlia Murder) comple­ta a formação. E Dutkiewicz fala um pouco sobre a empreitada e o homônimo álbum de estreia, lançado no fim de 2016…

 

 

ACT OF DEFIANCE: A IDENTIDADE SONORA DE SHAWN DROVER E CHRIS BRODERICK

Ao sair do Megadeth, Shawn Drover (bateria) e Chris Broderick (guitarra) formaram o Act of Defiance. E eles surpreenderam com Birth and the Burial (2015), álbum que mostrava um thrash metal mais pesado que o da banda de Dave Mustaine. Dias antes desta entrevista, Drover nos disse estar orgulho­so do novo álbum que o Act of Defiance está gravando. Já aqui ele fala mais desse novo material, do debut, do Eidolon, sua ex-banda com seu irmão Glen Drover, e de sua relação com Broderick. Econômico quando o assunto é Megadeth, Drover nem menciona o nome, mas comenta sua entrada no grupo…

 

 

  ESCARNNIA: FIDELIDADE ‘OLD SCHOOL

Surgido em 2013 na cidade de Palmas (TO), o quarteto Escarnnia nem parece ser tão novo. Logo em seu show de estreia, a banda sentiu a boa receptividade do público ao seu death metal tradicional e se sentiu motivada para seguir em frente em sua proposta, che­gando agora ao primeiro disco, Humanity Isolated. Apostando no som de antigos medalhões dos anos 80 e 90, Ismael Santana (vocal e guitarra), Valber Sousa (guitarra), Natanael dos Santos (baixo) e Samuel dos Santos (bateria) chegam para dar mais força à pouco comentada cena do metal do Tocantins….

 

 

 

LABORATORI: MENTE ABERTA

Agregar diversos elementos na música é uma tarefa que dá em duas coisas: uma química perfeita ou um vexame. O quinteto paulista Labora­tori, formado por Bruno Chilli (vocal), Rick Rocha (guitarra), Bruno Kozseran (guitar­ra), Fellipe Nemen (baixo) e Jean Forrer (bateria), acertou em cheio na primeira alternativa, unindo a fúria do hardcore ao peso do metal e mostrando uma linguagem urbana em seu primeiro álbum, Na Casa dos Antigos, Conselho É Terapia. No papo com a ROADIE CREW, Rick Rocha nos contou da alquimia musical do grupo, da razão de nomearem o álbum desta forma e sobre a importância dos shows para o grupo, que em 2016 sagrou-se vencedor do Manifesto Rock Fest…

 

NONCONFORMITY: BACK TO THRASH!

Com Shackled (2016) na praça, A. “Fumanchu” Marcos Teixeira (vocal), Adriano Zietlow (guitarra), Cássio Araújo (baixo) e Rafael Kniest (bateria), voltam à carga com força e fúria renovadas, demonstrando todo o poderio que o thrash metal tem para oferecer. Com os olhos no passado e os pés cravados no presente, Zietlow nos conta um pouco sobre a história desse grande representan­te do thrash metal gaúcho…

 

 BAMBERG: PARAÍSO DA CERVEJA E DO ROCK EM VOTORANTIM

Sábado, 8 de julho de 2017. Depois de uma madrugada gelada na capital paulista, uma manhã fria veio com uma oferta charmosa para que permanecêssemos sob os cobertores. Só que tínhamos bons motivos para jogar o edredom de lado e vestir as jaquetas: era chegado o dia de conferir o evento “Bebo Socialmente”, promovido pela Cervejaria Bamberg de Votorantim, interior de São Paulo. Ainda meio sonâmbulos, rumamos para Votorantim numa van e com altas expectativas, já que o evento mensal pro­metia ser muito bacana. E, embora altas expectativas geralmente sejam inimigas da opinião final, pode-se dizer que ninguém ficou decepcionado…

 

 

MANTAR: O ESTRESSE NO LUGAR DA ARTE

Como uma das novidades do cenário metal mundial, o duo alemão Mantar sabe que os anos do sonho rock’n’roll de fama e fortuna ficaram perdidos no passado, uma lembrança distante de uma época que passou e que não tem perspectivas reais de retorno. Se a glória e a fortuna ficam para poucos, o trabalho duro ao menos costuma ser recompensador, e a dupla alemã radicada nos EUA, Hanno Klänhardt (vocal e guitarra) e Erinc Sacarya (bateria), tem corrido atrás do reconhecimento. Sem meias palavras, Hanno Klänhardt falou com a ROADIE CREW sobre sua trajetória até aqui…

ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA

Por Redação

IRON MAIDEN

Por muito pouco a intensa vida laboral e a correria do dia a dia me impediriam de adquirir a edição de ju­nho da ROADIE CREW, o que me faria lamentar profundamente por meses e meses. Desde 2003, quando passei a colecionar a revista, sinto um grande prazer em ir a uma banca, sobretudo uma ali na Praça Sete, no centrão de BH, para pegar a edição da vez. Só que a de junho passado só foi comprada por este assíduo leitor que vos escre­ve em 5 de julho, à beira da data em que se recolhem as revistas “velhas”. Seria realmente uma calamidade se eu tivesse perdido essa chance. Felizmen­te, naquela noite tive uma folguinha e pude perambular pela cidade carregan­do a revista cuja maravilhosa capa já me dava indícios de que seria mais que marcante, nostálgica e prazerosa. Ler sobre cada uma das 50 músicas da lista de canções mais relevantes da história do Iron Maiden foi revisitar uma vida inteira, relembrando episódios épicos de minha trajetória nesta terra: os dias em que ouvi Killers No Prayer for the Dying, os primeiros álbuns do Iron que escutei, no ensino fundamental, o impacto de ouvir The Number of the Beast Hallowed Be Thy Name (minha favorita) com meu grande brother Bruno num volume capaz de fazer com que toda a fervorosa cidade-cristã Jeceaba (cidade natal de minha mãe) escutasse (a contragosto) os furiosos gritos de Bruce, os momentos em que eu entoava “Iron Maiden” sempre que meu time de futebol do ensino médio, intitulado “Os Bárbaros”, fazia um gol, o prazer inenarrável de conferir o show de 2009 no Mineirinho (graças a meu outro brother Abílio, que me emprestou o dinheiro para comprar o ingresso, um presente para o até então desempregado jornalista e aficionado maidenmaníaco), a alegria em rever o grupo na Esplanada do Mineirão em 2016 com a mana Débora, que realizava ali o sonho de ver sua banda favorita pela primeira vez (sonho nutrido por mim sete anos antes), dentre outros ca­pítulos pertencentes a essa antologia. Ouvi cada uma das 50 músicas enquan­to lia cada texto destinado a elas (e não importa que músicas estivessem ali na lista, tudo é Maiden; cada pessoa tem suas favoritas, o que ótimo, e em nada existe um consenso, o que só fortalece os debates tendo o amor à música como carro-chefe), num misto de lágrimas, punhos cerrados para o alto, tentativas frustradas de acompanhar as notas de Bruce e uma boa cerveja no copo. Mais do que agradecimentos, desejo muito sucesso e sorte a todos da ROADIE CREW. Obrigado, sorte e ‘up the irons’… (mas, ao mesmo tempo, fica aqui um agradecimento especial ao Daniel Du­tra, que, puta que pariu, escreve bem demais, sô!)

Thiago Prata

Belo Horizonte/MG

Salve, Thiago! Beleza? Olha que curio­so: sempre fui muito crítico em rela­ção à Donzela e havia perdido as espe­ranças com a banda depois do Seventh Son of a Seventh Son. À exceção de Brave New World, não havia escutado mais do que duas ou três vezes cada álbum que veio depois. Isso até The Book of Souls, de que gostei bastante, e o especial da Donzela me fez ouvir toda a discografia de uma tacada só, de Iron Maiden até o mais recente. Algumas opiniões seguem imutáveis, mas passei a encarar alguns trabalhos com boa vontade, como The X Factor. Há ótimos momentos nele além de Sign of the Cross, admito… (risos) No mais, um grupo que grava aqueles sete primeiros discos e um cara que compõe Rime of the Ancient Mariner merecem reverência e tapete ver­melho! Muito obrigado pelo elogio e continue com a gente. Grande abraço! (Daniel Dutra)

BLIND EAR – ROD ROSSI (REC/ALL)

Por Leandro Nogueira Coppi

fotos: Leandro Almeida

“Isso já é mais atual. Com tan­ta distorção é difícil reconhecer a voz. Me lembra (Chris) Cornell. É mais nasalado, americano com certeza, certo? (R.C.: Certo). Bem moderno, tem uns loops no meio. Às vezes lembra Cornell, outras Avenged Sevenfold. Tem alguma coisa que remete àquelas bandas da geração passada da Suécia. Mais moderno, meio pesado e ao mesmo tempo melódico, tem elementos eletrônicos, modula­ções. Não vou saber. (R.C.: Art of Anarchy). Ah, tá, do Bumblefoot e do Scott Weiland, né? (R.C.: Sim, mas essa é do novo disco, já com Scott Stapp, do Creed). Essa era difícil eu conhecer mesmo, mas é um som legal!”

Música: Afterburn

Banda: ART OF ANARCHY

Álbum: THE MADNESS

ETERNAL IDOLS – JOHN WETTON

Por Antonio Carlos Monteiro

Quando se fala em rock progressivo, logo pensamos, entre tantos ou­tros, em Steve Howe, Robert Fripp, Geoff Downes, Steve Hackett e Carl Palmer. Mas teve alguém cuja importância no gênero nem sempre é lem­brada e trabalhou com todos esses nomes e muitos outros: John Wetton.

John Kenneth Wetton nasceu em Derby (ING) em 12 de junho de 1949, e sua habilidade musical foi descoberta ainda na infância, quando aprendeu a tocar baixo para ajudar seu irmão pianista a estudar as músicas que apresentaria na igreja. Segundo consta, foi essa experiência que o levou a desenvolver melodias no baixo, e não usá-lo como um mero instrumento de acompanhamento.

Logo conheceu um Richard Palmer-Ja­mes, com quem desenvolveu uma parceria que durou décadas. Nessa época, estiveram juntos em bandas como The Corvettes, Tetrad e Ginger Man. Também trabalhou com o Renaissance e com o Family…

CLASSICREW

Por Redação

1977

PINK FLOYD

Animals

Antonio Carlos Monteiro

O Pink Floyd já era uma banda consagrada e detentora de vários discos de ouro e de platina quando aconteceu um dos maiores fenô­menos da história do rock. O nome dele? The Dark Side of the Moon (1973). Além dos milhões vendidos, o disco levou a banda a uma crise criativa. Afinal, o que fazer após um sucesso retumbante como aquele? O resultado foi Wish You Were Here (1975), trabalho que misturava uma homenagem ao antigo parceiro Syd Bar­rett com críticas ao mercado musical – cortesia de Roger Waters (baixo e vocal), que sempre manteve suas convicções políticas à flor da pele.

Assim, no álbum seguinte ele resolveu escancarar de vez. O conceito do disco lem­braria vagamente o livro “A Revolução dos Bichos”, escrito em 1945 por George Orwell (mesmo autor de “1984”), que faz, através de uma paródia em que os protagonistas são animais, uma dura crítica ao comunismo implantado por Stalin na União Soviéti­ca…

1997

NIGHTWISH

Angels Fall First

Valtemir Amler

Em 1997, a banda finlandesa Nattvin­dens Gråt chegava ao seu segundo disco, Chaos Without Theory, mas, apesar disso, a situação não era das melhores e parecia certo que a banda estava muito próxima do fim. O tecladis­ta Tuomas Holopainen já vinha pensan­do em algo maior desde o ano anterior e até tinha lançado uma demo sob o nome Nightwish, mas foi em 1997 que a banda definitivamente ganhou corpo. O primeiro passo foi consolidar a forma­ção inicial: a Tuomas (teclado e backing vocals), Tarja Turunen (vocal) e Emppu Vuorinen (guitarra e baixo) se uniu o baterista Jukka Nevalainen, formando o time que compareceu ao Kitee Huvike­skus Studio em abril, maio e setembro de 1997 para a gravação de Angels Fall First

2007

EPICA

The Divine Conspiracy

Valtemir Amler

Em 2006, o Epica deu um importante passo com o lançamento da com­pilação The Road to Paradiso, uma viagem na carreira do grupo com tudo aquilo que seus fãs novos e antigos pode­riam querer. Mas o que veio a seguir não foi tão bom quanto a banda imaginava. Mark Jansen comentou: “Nossa grava­dora faliu, nosso baterista saiu. Então, houve muita energia negativa durante esse período.” No entanto, desanimar não era uma forma boa de encarar o proble­ma. O guitarrista e líder continua: “Nós tentamos transformar essa energia ne­gativa em algo positivo e o produto final tornou-se The Divine Conspiracy. Então, quando todas essas coisas aconteceram, trabalhamos ainda mais. Podemos dizer que, se algo negativo acontecer com o Epica, algo positivo acontecerá em troca.”…

RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS

Por Redação

Nesta edição:

Accept

Alice Cooper

Axes Connection

Beastmaker

Bittencourt Project (DVD)

Brother Firetribe

Bulletback

Captain Frapat

Cromathia

Danzig

Dark Avenger

Decapitated

Dying Fetus

Fatal Scream

Great_White

Harlott

Havok

Horny Smoke

Impalers

Lost Opera

Municipal Waste

Power Trip

Powerflo

Pyogenesis

Quiet Riot

Rage

Roger Waters

Rolling Stones (DVD)

Sacramental Blood

Selvageria

Snakechamer

Sólstafir

Stone Sour

Torture Squad

Vorgok

Wael Daou

Wildernessking

Xandria

Garage Demos

 

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Nesta edição:

Nafandus

Violent Life Violent Death

HIDDEN TRACKS – THE SINS OF THY BELOVED

Por Valtemir Amler

A Noruega é sempre lembrada quando o assunto é black metal, mas o país também sempre teve forte tradição no gothic/doom metal. Bandas seminais do gênero, como Theatre of Tragedy e Tristania, são norueguesas, além de ou­tras, como Myriads, Trail of Tears, e claro, o aqui abordado The Sins of thy Beloved.

Formado em 1996 em Bryne (Noruega) pelo guitarrista e vocalista Glenn Morten Nordbø, pelo guitarrista Arild Chris­tensen e pelo baterista Stig Johansen, o Purgatory rapidamente decidiu adotar um novo nome para não ser confundido com as bandas homônimas já existentes. Nasceu assim o The Sins of thy Beloved. Baseando sua sonoridade naquela que seus conterrâneos mais famosos vinham apresentando e com referências a bandas inglesas como Paradise Lost e Anathe­ma…

LIVE EVIL – HELLFEST

Por Jorge Krening

HellFest

Clisson (França)

16, 17 e 18 de junho de 2017

Por Jorge Krening • Fotos: Christian Ravel e David Gallard

Quando nos encaminhamos para o fim do primeiro semestre do ano, já é sabido que a temporada de festivais europeus está para iniciar. E faz muito tempo que a cidade de Clisson (FRA) entrou no circuito dos grandes festivais através do Hellfest, que promoveu esse ano sua 11ª edição, consolidando o evento como um dos maiores da Europa, senão o maior. Basta analisar os números. Para se ter uma ideia, esta edição contou com aproximadamente 356 mil expectadores durante os três dias e, segundo informações da produção, gerou uma receita de vinte milhões de euros, o que o torna o mais rentável de seu país. Nada mal para um evento dedicado exclusiva­mente ao rock/metal.

A cada ano, o Hellfest vem sofisticando não só o seu cast, que contempla nomes consagrados do cenário mundial, mas tam­bém aumentando consideravelmente sua infraestrutura – e isso sem falar do público, que não para de crescer desde a sua primei­ra edição, realizada em 2006. Incrivelmente, os ingressos se esgotaram rapidamente, antes mesmo de a produção anunciar o cast. Sendo assim, estamos diante de um festival de sucesso e de altíssima credibilidade…

LIVE EVIL – LIVERATION FESTIVAL

Por Valtemir Amler

Liberation Festival

Espaço das Américas – São Paulo/SP

25 de junho de 2017

Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires

Era um domingo preguiçoso na capital paulista e nos bairros a cara era de ressaca de quentão e de festa de São João. Mas, quanto mais nos aproximávamos do Espaço das Américas, mais os chapéus de palha e as blusas remendadas iam cedendo espaço para uma multidão de camisas pretas que rumavam em procissão a um mesmo destino. A quantidade de fãs aglomerados na porta do evento, que incluía brasileiros, argentinos, colombianos e chilenos, impressionava e a espera por um grande espetáculo ficava ainda maior. Enfim, tudo começava a parecer verdade.

No palco, para começar a festa, o death­grind poderoso do Test. Se o título daquele importante disco chamado Grind Is Protest dos belgas do Agathocles é verdadeiro, então o duo João Kombi (guitarra e vocal) e Thiago Barata (bateria) faz valer a premissa. O set foi curto, é verdade, mas as composições, regadas por partes arrastadas que evoluem em ‘crescendos’ vigorosos e descambam em ‘blast beats’ alucinantes, convenceram e agradaram ao público, que cada vez mais se aglomerava no recinto. Um show de bruta­lidade e de atitude, que compensou a curta duração com vigor de dar inveja…

LIVE EVIL–RICHIE KOTZEN/THE DEAD DAISIES

Por Leandro Nogueira Coppi

Richie Kotzen / The Dead Daisies

Carioca Club – São Paulo/ SP

13 de julho de 2017

Por Leandro Nogueira Coppi • Fotos: Edu Lawless

Qual fã de hard rock não se empolgaria assistindo numa só noite Richie Kotzen, John Corabi, Doug Aldrich, Marco Mendoza e Brian Tichy? Afinal, se fosse listar as bandas em que cada um destes tocou, não haveria espaço para falar de mais nada aqui… Kotzen já veio uma penca de vezes ao Brasil –  o ex-Poison, Mr. Big e Forty Deuce, e atual The Winery Dogs, já soma trinta apresentações no país, num total de nove visitas, tanto que em São Paulo até brincamos: ‘Esse já tem casa na Lapa!’ Alguns dos outros músicos mencionados também já tocaram aqui em outras bandas, mas o The Dead Daisies só estreou agora em solo tupiniquim, abrindo dois dos sete shows que Kotzen fez em sua recente passagem…

COLLECTION - VADER

Por Valtemir Amler Formada em 1983 em Olsztyn pelo guitarrista Zbigniew “Vika” Wróblewski e pelo então baixista Piotr “Peter” Wiwczarek, a banda polone­sa Vader tornou-se um dos mais importantes nomes da cena death metal, mas seu reconhe­cimento foi particularmente difícil e demorado. Nascido no mesmo ano que os pioneiros do Possessed, Necropha­gia, Master e Mantas (que se tornaria o Death), o Vader não costuma ser credi­tado como um dos pais do estilo por um motivo muito simples: no início a banda praticava metal tradicional, partindo então para o speed, o thrash e, já em fins da década de 80, finalmente para o death metal. Marcado por inúmeras mudanças de formação, pela perda traumática de companheiros de estrada, dificuldades decorrentes de seu país de origem e por discos clássicos e apresentações de im­pacto extremo, o grupo sempre liderado pelo vocalista e guitarrista Peter era figurinha certa nas coleções dos ‘tape traders’ das décadas de 80 e 90, cortesia de suas icônicas demos Live in Decay (1986) e principalmente Morbid Reich (1990), que esbanjava fúria em seis com­posições distribuídas em 21 minutos, e que vendeu a bagatela de dez mil cópias, prenunciando seu futuro sucesso…

PLAY LIST – ANTHARES

Por Ricardo Batalha

Anthares: “É uma música em que a parte melódica quem fez foi meu irmão, Kingoroots, quando, acredite, tinha 7 anos de idade. Eu apresentei para a banda e eles curtiram. Era uma melodia mais lenta e depois encaixamos os solos e acertamos o instrumental, que ficou bom para abrir o disco.” (Cristian Echenique) “E hoje Kingoroots é músico no Chile. Dá orgulho. E a gente sempre lembra isso para ele. Por ser curta e instrumental, tinha sentido abrir o disco e os shows.” (Zé Foschini Aranha)

Álbum: No Limite da Força

BACKGROUND – BLIND GUARDIAN – PARTE 2

Por Valtemir Amler

Tales from the Twilight World havia sido um sucesso, a banda já dispunha de um status elevado na cena metá­lica e era hora de dar o próximo passo. Como o contrato com a No Remorse tinha chegado ao fim, o grupo optou pela segurança de uma nova demo, simplesmente intulada Demo IV (1991). As três composições próprias, aliadas a dois covers (Trial by Fire do Satan e Spread Your Wings do Queen), serviram para ar­regalar os olhos da grande Virgin Records, que já tinha em seu cast material de Judas Priest, Ozzy Osbourne, Saxon e Suicidal Tendencies. Definitivamente, estar entre os grandes era o novo caminho do Blind Guardian e não é difícil perceber o quanto a banda evoluiu em seus anos na Virgin.

O primeiro passo dessa nova parce­ria foi dado nos meses de março, abril e maio de 1992, novamente no estúdio Kako Musik, onde a banda gravou seu quarto disco de estúdio, Somewhere Far Beyond. Contando novamente com uma ajudinha de Piet Sielck (Iron Savior) e Kai Hansen (Gamma Ray, Helloween), a nova emprei­tada dos alemães vinha mais uma vez com o som fortemente calcado no metal melódico e contava de novo com uma be­líssima capa criada por Andreas Marschall (Obituary, Kreator, Immolation, Sodom, Hammerfall e mais uma infinidade de bandas)… 

COLUNISTAS

Por Redação

Backstage / Brotherhood / Stay Heavy / A Look at Metal / Campo de Batalha

 

Backstage

Vitão Bonesso

 E AGORA, A POLÊMICA DOS CHIFRINHOS

De uns tempos pra cá, o baixista do Kiss, Gene Simmons, começou a chamar bastante a atenção com declarações que dão sinais de uma possível insanidade mental desse senhor. Tudo bem, o Sr. Eugene Klein é um dos maiores empreendedores do show business e tem faro certeiro para atingir o alvo dos caminhos que levam ao dinheiro. Recentemente, ele declarou que o rock’n’roll havia morrido, como se isso fosse dito pela primeira vez desde os primórdios do estilo. Não deu em nada e somente rendeu ao rabugento baixista algumas gozações…

Brotherhood

Luiz Cesar Pimentel

 LAVA JATO NA MÚSICA DIGITAL

Se você tiver uma banda, sabe quanto você pode ganhar numa platafor­ma tipo Spotify se fizer muito sucesso? Uns U$ 480. Mas se você fizer sucesso tipo pra caralho mesmo em outra como o YouTube, sabe quanto vai te render? Mais uns U$ 300.

Não inventei as cifras acima. No caso do Spotify, representam em média quanto você vai tirar se sua música for ouvida umas 100 mil vezes. Já no caso do YouTube, é a estima­tiva se seu vídeo for assistido um milhão de vezes. E isso é o valor bruto, não estou descon­tando taxas nem impostos.

Não é justo considerar que o Google, que é dono do YouTube, faturou uns U$ 60 bilhões ano passado e tem previsão de cres­cimento de faturamento neste ano. Afinal, a empresa detém quase 80% do mercado de bus­cas e de publicidade em buscas no mundo. Fora que o YouTube responde por mais da metade das músicas que são escutadas online no mundo – 52% para ser mais exato…

Stay Heavy Report

Cintia Diniz e Vinicius Neves

MAIS UM MOMENTO TRÁGICO NO MUNDO DA MÚSICA

Todos os dias, infelizmen­te, pessoas morrem ao redor do mundo vítimas de acidentes (de trânsi­to, domésticos, no trabalho etc.). Porém, isso acaba nos atingindo emocionalmente quando o fato acontece com alguém próximo a nós, como um parente, um amigo ou um ídolo, que não é alguém com quem nos relacio­namos, mas é uma pessoa da qual admiramos o trabalho e acompanhamos a carreira.

O mês de julho de 2017 reservou uma triste surpresa nesse sentido, que se junta a outras fatalidades que na maioria das vezes poderia ser evitada. No dia 14, a banda Adrenaline Mob se envolveu em um acidente na estrada em Gainesville, na Flórida (EUA), que culminou com a morte do baixista David Zabli­dowsky e deixou outros seis feridos de um total de nove ocupantes dos veículos, sendo três membros da equipe em estado crítico…

It’s Only Rock’n’Roll

Antonio Carlos Monteiro

QUANDO CHEGA A TRAGÉDIA

Escrevo sob a emoção do momento, em que as informações ainda chegam de forma de­sencontrada e falta muito a ser esclarecido. Porém, até agora o que se sabe é que a banda Adrenaline Mob viajava pela Interestadual 75 na Flórida (EUA) quando foi preciso parar por conta de um problema mecânico em um dos veículos – a banda viajava em um trailer e em um carro de passeio. Quando estavam parados, um caminhão que trafegava pela rodovia perdeu o controle e atingiu os veículos parados. À colisão seguiu-se um incêndio e várias pessoas ficaram feridas. Pior: uma delas, o baixista David Zablidowsky, conhecido como David Z, perdeu a vida…

A Look at Metal

Claudio Vicentin

FUTEBOL E HEAVY METAL!

Desde pequeno fui muito influenciado por música e futebol. Minha primeira lem­brança do futebol foi em 1980, quando Flamengo e Atlético Mineiro fizeram a final do Campeonato Brasileiro. Zico já era meu ídolo. Meu pai já me levava para ver o São Paulo F.C. com o excelente Zé Sérgio driblando pela esquerda.

Minha mãe escutava muita música italiana, além de Roberto Carlos da Jovem Guarda, e por parte do Airton Diniz, meu sócio e tio, chegou o Queen em 1981 quando eles se apresentaram no Brasil. Ele me levou para ver o show pela TV Band e fiquei fascinado com a voz de Freddie Mercury. Com o Queen iniciava minha vida no rock e metal.

Chegou 1982, um ano im­portante. Copa do Mundo na Espanha. Eu já jogava futebol de salão pelo Banespa…

Campo de Batalha

Ricardo Batalha

30 ANOS DO SHOW DA TOCHA

Quando eu e o amigo Mauricio “Gavião” Gawendo estávamos ajeitando os equi­pamentos para sair rumo ao Colégio Rio Branco, em São Paulo, não tínhamos noção de que aquele dia ficaria marca­do. Nossa missão era simples: filmar o show dos chamados “Menudos do Metal”, que fariam o lançamento do debut, Soldiers of Sunrise.

Naquela sexta-feira, 28 de agosto de 1987, saímos mais cedo para analisar o teatro do Rio Branco. Gavião, que costumava fazer as tomadas de perto – apelidadas por ele de “closes à la Cassino do Chacri­nha” –, desta vez preferiu filmar no plano geral…

PROFILE – FRANKIE BANALI (QUIET RIOT)

Por Ricardo Batalha

Primeiro disco que comprou:

Meet The Beatles! (The Beatles).”

POSTER – DEF LEPPARD

Por Redação Hysteria

 

Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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