Desde os primórdios, Angus e Malcolm Young já estavam decididos: iriam formar a maior banda de rock do mundo. Com muito trabalho, talento e determinação, levaram o AC/DC ao topo. Mas não foi fácil… Neste especial, falamos sobre os anos de…
Edição #225
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ESPECIAL AC/DC - INTRO
ESPECIAL AC/DC – 2
ESPECIAL AC/DC – 3
AC/DC ESPECIAL – DISCOS I
AC/DC ESPECIAL – DISCOS II
AVENGED SEVENFOLD
PRONG
SOULSPELL
RAGE
AVATARIUM
MASTERPLAN
GENOCÍDIO
EDITORIAL
Dias de festa, em nome do rock
Neste mês de setembro recém terminado ocorreu uma grande abertura de espaço para o rock nos meios de comunicação dedicados ao ‘mainstream’, principalmente por causa da realização do “Rock in Rio”, o festival que já nasceu com a estatura de megaevento desde sua primeira edição em 1985. E seu gigantismo e repercussão mundial tem muito a ver com o suporte de uma das maiores redes de televisão do mundo, a Globo, o que fez com que a participação no RiR se tornasse objeto de desejo para artistas de todos os gêneros musicais e atraísse o interesse de público dos mais variados gostos. Para alguns o que importa é ostentar na volta para sua cidade ou seu bairro aquela camiseta com a inscrição infalível “eu fui…”, mesmo que nunca vá lembrar o nome de uma música sequer que tenha ouvido, se é que prestou atenção em alguma, mas não há nada de mal nisso, pelo contrário, tudo é uma festa. Por outro lado é bem possível que alguém que nunca tenha tomado conhecimento da existência do Aerosmith, por exemplo, vendo in-loco ou pela TV, acabou se emocionado com a apresentação do grupo de Steven Tyler, e isso venha a despertar interesse em conhecer outras bandas e descobrir que há um mundo maravilhoso a ser explorado no cenário do rock. Graças ao poderio do grupo Globo, esta aproximação do povo com a música não se restringe àqueles que tiveram a chance de estar presente fisicamente no local do festival, ou às matérias veiculadas em seus diversos canais, mas também na programação de transmissões de shows completos ao vivo ou gravados, que permitiu a muita gente assistir a espetáculos de altíssimo nível de profissionalismo. Nem chegou a incomodar alguns comentários de telespectadores em mensagens enviadas por celular ao estúdio durante as transmissões, assustados com a vitalidade e energia dos “velhinhos” do The Who. Acho que se perguntavam: o que é que tem de especial esse tal de rock ‘n’ roll que faz com que alguém com mais de 70 anos de idade demonstre tanto prazer em apresentar suas criações, algumas tocadas durante quase 50 anos? A resposta é que esse tipo de música é arte de verdade, é muito mais do que meramente a trilha sonora de baladas. A passagem do tempo não tem qualquer significado, não afeta, nem desgasta sua qualidade como obra artística. A palavra “rock” carrega uma magia tão poderosa que permite ‘dar carona’ a outros estilos musicais na realização de grandes eventos como esse.
Uma das provas que o tempo não passa para a arte musical é a matéria especial que fazemos neste mês com o AC/DC. A lei da natureza exerceu seu papel implacável deteriorando a saúde do corpo físico dos músicos, mas não mexeu no prazo de validade ilimitado das músicas por eles criadas. O ‘rock-jardim-de-infância’, como foi descrito o som do AC/DC por alguém que participou da cobertura quando eles se apresentaram no Rock in Rio de 1985, continua tão bom de ouvir como naquela época.
Eu gostaria demais que muitas coisas fossem tão permanentes como o bom e velho rock ‘n’ roll, mas, infelizmente, nessa vida a realidade não é bem assim. Preciso prestar minha solidariedade a todos os parceiros e amigos, funcionários da Prol Editora Gráfica, com os quais convivi durante os últimos 20 anos, pois a empresa teve que encerrar as atividades no último dia 22 de setembro, aumentando o número de vítimas da terrível crise que assola nosso país. Força pessoal, essa situação ainda vai mudar.
Airton Diniz
CENÁRIO
NANDO FERNANDES: A VOZ DO ROCK
Não, meu amigo, não há nada de errado no título desta entrevista. Assim como o mestre Glenn Hughes, Nando Fernandes merece tal homenagem. Apesar de não possuir uma discografia tão extensa quando a de seu colega de profissão, o brasileiro possui registros marcantes na história do som pesado nacional: o debut do Cavalo Vapor, Greatest Little Hits (1997), e The Reason of Your Conviction (Hangar, 2007). Na entrevista a seguir, o vocalista nos fala destes trabalhos, de sua participação no Programa Raul Gil e do surgimento de um trabalho que tem tudo para figurar em destaque muito em breve…
THY ART IS MURDER: DE VOLTA AOS MELHORES DIAS
Após um pequeno susto, a banda australiana de deathcore Thy Art Is Murder está de volta com os vocais de CJ McMahon, que ficou um período ausente, mas retornou em janeiro deste ano. Mais que isso: ele, Andy Marsh e Sean Delander (guitarras), Kevin Butler (baixo) e Lee Stanton (bateria) colocaram o sucessor de Holy War (2015) na praça. Chegando para honrar a confiança de seus fãs, Dear Desolation, seu quarto full-length, foi lançado no último dia 18 de agosto através da gravadora Nuclear Blast. Quem nos contou os detalhes foi o guitarrista Andy Marsh!…
REC/ALL: UM POUCO DE TUDO
Tem sangue novo no cenário carioca. Liderado pelo vocalista Rod Rossi, a Rec/All lançou este ano seu primeiro álbum, homônimo, escorado por um supergrupo – Marcelo Barbosa e Davis Ramay (guitarras), Felipe Andreoli (baixo) e Marcelo Moreira (bateria) – e um baita time de convidados – Edu Ardanuy, Kiko Loureiro, Roy Z, Lula Washington e Alessandro Del Vecchio. O resultado do trabalho é um hard heavy de primeira, e conversamos com Rossi, a voz brasileira de “Os Cavaleiros do Zodíaco” e “Dragon Ball Z”, para contar como tudo começou.
SKYFORGER: A HISTÓRIA E A MÚSICA LETÃ DE VOLTA AO BRASIL
Pēteris “Peter” Kvetkovskis (vocal e guitarra), Edgars “Zirgs” Grabovskis (baixo) e os “novatos” Alvis Bernāns (guitarra e backing vocals) e Artūrs Jurjāns (bateria) formam o Skyforger, que é muito mais do que uma boa banda da Letônia. Desde o seu surgimento, em 1995, este nome representa a cultura e as tradições de sua terra natal, tudo embalado em música de alta qualidade e com profundo senso histórico. Prestes a desembarcar novamente no Brasil, conversamos com o vocalista Peter, que nos falou sobre Senprūsija e o DVD Senprūsija Live – ambos de 2015 –, além de sua visão sobre o papel do Skyforger para a cena de seu país
EREB ALTOR: VIKING/BLACK METAL SUECO CHEGANDO AO BRASIL
Formado em 2003 em Gävle (SUE), o Ereb Altor é um dos nomes que vem se firmando no cenário internacional, graças ao seu viking metal repleto de referências black e a um ritmo de trabalho acelerado. Foram oito discos em nove anos, um deles uma belíssima homenagem ao Bathory, que os brasileiros terão a chance de conferir ao vivo durante o Thorhammerfest. Na entrevista a seguir, o vocalista e guitarrista Mats nos falou sobre os dois últimos registros do grupo, o legado do Bathory e sua estreia no Brasil.
IMPERATIVE MUSIC: “O METAL É UM PRAZER SOMBRIO”
Gilson Rodrigues de Arruda, “o cara” da Imperative Music, não é apenas um empreendedor do heavy metal. Ele é, principalmente, um apaixonado por música pesada, um daqueles típicos fãs dos anos 80 que simplesmente resolveu arregaçar as mangas e começar a fazer algo pelo gênero que curtia, tornando-o menos recluso à obscuridade e mais viável para aqueles que estão começando a trilhar seu caminho no cenário. Confira o nosso papo com este guerreiro do underground nacional.
ELIZABETHAN WALPURGA: TRAZENDO
DIFERENCIAL PARA O METAL EXTREMO
Demorou pouco mais de duas décadas desde sua formação, mas, finalmente, o Elizabethan Walpurga chega ao seu debut, Walpurgisnacht. Mesclando black metal com heavy tradicional, o grupo pernambucano mostra um som refinado, com muitos elementos que se encaixam bem à sua proposta. Leonardo Mal’lak (vocal) e Renato Matos (baixo) falaram sobre a retomada das atividades, deram detalhes sobre Walpurginacht e opinaram sobre a mesmice no black metal atual.
SIOUX 66: O CAMINHO BEM TRILHADO DO CAOS
Gradativamente, o Sioux 66 vem se destacando no cenário do rock brasileiro. Atualmente, o grupo segue divulgando seu segundo álbum, Caos (2016), que vem obtendo boa repercussão. A exposição com a abertura de shows para o Papa Roach e, principalmente, para o Aerosmith, ajudou a banda a impulsionar seu novo álbum. O guitarrista Bento Mello, que também integra a banda Tales from the Porn como baixista, atendeu a ROADIE CREW e falou do bom momento vivido pelo Sioux 66.
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
RESPEITO ENTRE OS FÃS
Estou escrevendo para relatar um fato interessante a que assisti, acompanhando o Wacken 2017 via streaming. Se não me engano, há algumas edições vi a resenha do festival Maximus, que ocorreu em maio, e, infelizmente, alguns “desavisados”, por assim dizer, vão aos shows e festivais para ver suas bandas favoritas, mas se esquecem de respeitar outras bandas e também as pessoas que lá vão parar curtir seus shows. Como um ocorrido quando alguns menos favorecidos mentalmente jogaram garrafas e sei lá mais o que no show do Linkin Park, depois ou antes, não me recordo, de assistir ao Slayer. Se eu gosto de Slayer e não gosto de Linkin Park, eu assisto ao show do Slayer e saio para tomar minha cerveja com meus amigos e deixo as demais pessoas que curtem a outra banda assistirem a seu show tranquilamente, e com todo o respeito que o artista merece. Pois bem, ao que assisti hoje no Wacken: show do Skyline, Europe, Accept, Status Quo e pasmem, um DJ Mambo Kurt, que teoricamente nada tem a ver com metal, mas ao invés de jogar coisas no palco, ou xingar o artista, a multidão estava “enlouquecida” curtindo o som do cara. Isso é exemplo de atitude e respeito. Por isso acredito muito no trabalho da ROADIE CREW, em divulgar os eventos, fazer as resenhas, mostrar os fatos para todos nós, e “sim”, mostrar aos fãs brasileiros que todos têm e devem ter espaço. Que é possível passar um ou dois dias em um festival ouvindo do hard rock ao metal extremo, e até mesmo a um DJ, sem que façamos “papelão” perante os artistas, organizadores e público.
Marcio Camargo
Londrina/PR
Isso é o que todos nós buscamos. Esse assunto é tratado também com muita competência pelo jornalista Daniel Dutra na entrevista com o Avenged Sevenfold que figura nesta edição. Sobre o Mambo Kurt, ele é uma espécie de “prata da casa”. Participa há anos do Wacken divertindo o público. É conhecido por todos os frequentadores do evento e suas apresentações no decorrer do Wacken são sensacionais. Uma festa! E seu hino principal é The Final Countdown do Europe! Estamos batendo nessa tecla há anos em nossas coberturas no exterior e, com certeza, dessa forma estamos contribuindo. Abraço. (Claudio Vicentin)
BLIND EAR – LUIZ SYREN (SYREN)
“Isso é meio Judas Priest. (R.C.: É do novo disco de uma banda cascuda). Mas o vocalista é antigo? (R.C.: Sim e não). Essa voz… É o Accept! O show no Monsters of Rock foi maravilhoso, o som estava tão bom que parecia que estava rolando o CD. Fui ao festival para ver o Manowar e empolgado porque assistiria ao Kiss mais uma vez, mas o Accept foi destruidor. Apesar de a banda continuar fazendo o tradicional, ela conseguiu unir o antigo a uma coisa nova, talvez por causa da produção. A música não mudou, mas a sonoridade é diferente. Está mais agressiva. Gosto muito do que vem fazendo com o Mark Tornilo”.
Música: The Rise of Chaos
Banda: ACCEPT
Álbum: THE RISE OF CHAOS
ETERNAL IDOL – CHRIS CORNELL
A vida do sujeito é a melhor possível, até invejada por muitos. Mas sabe-se lá o que se passa na cabeça dele. A depressão é uma doença silenciosa, incompreendida e, por isso mesmo, cruel. E uma de suas mais recentes vítimas era o cara considerado um dos criadores do grunge.
Christopher John Boyle nasceu na Seattle que lhe deu fama em 20 de julho de 1964. Filho do farmacêutico Edward Boyle e da contadora Karen Cornell, Chris anos depois definiria seus pais como “alcoólatras”. Ele mesmo aos 12 anos travou contato com a bebida e com drogas como ácido e maconha. Pouco antes, no entanto, tinha travado contato com a obra dos Beatles e aquilo o fascinou. Já sentindo os efeitos da depressão que o acompanharia por toda a vida, tornou-se um adolescente solitário que caiu de cabeça na música. Foi aí que decidiu que se tornaria um músico profissional. “Isso salvou minha vida”, diria ele anos depois.
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
Nesta edição:
Act of Defiance
Alpha Tiger
Arcádia
Arch Enemy
Au-Dessus
Autograph
Balthazar
Belphegor
Cannabis Corpse
Deranged
Die Apokalyptischen Reiter
Draconis
Edguy
Enslaved
Epica
Eternal
Faces of Death
Goatwhore
Graham Bonnet
Kee of Hearts
Masterplan
Motherwood
Noturnall
Pagan Altar
Putrefaction
Septic Flesh
Syn TZ
Tales from the Porn
Terrorsphere
Trezzy
Trooz
Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
Nesta edição:
Eclair
Rerfind
Godhelmet
Front Cover (por Marcelo Vasco)
Nesta edição:
Tankard – One Foot in the Grave
HIDDEN TRACKS – GRAND PRIX
PLAY LIST – JOHN LAWTON
Ride in the Sky: “Esta foi a primeira música que compus junto com Peter Hesslein (N.R.: guitarrista) e foi a que realmente chamou a atenção da imprensa musical para o som do Lucifer’s Friend quando lançamos o primeiro álbum.”
Álbum: Lucifer’s Friend – Lucifer’s Friend (1970)
COLLECTION – INCANTATION
LIVE EVIL – SUMMER BREEZE
Summer Breeze
Dinkelsbühl (ALE)
16, 17, 18 e 19 de agosto de 2017
Por Claudio Vicentin • Fotos: Makila Crowley
A Alemanha, uma das economias mais fortes da Europa, além de um país com povo de cultura e educação acima da média, tem dois grandes festivais de heavy metal. O mais conhecido por todos nós, Wacken Open Air, foi o que a ROADIE CREW passou a cobrir e divulgar desde 2001, ajudando a fortalecer seu nome por aqui. O outro é o Summer Breeze Open Air, que queremos passar a destacar a partir desta edição de 2017, quando o evento completou vinte anos de vida.
Situado na cidade de Dinkelsbühl, a noventa minutos de cidades maiores como Stuttgart e Nuremberg, tem uma localização excelente e de fácil acesso. Acabei ficando hospedado em um ótimo hotel na tranquila Schnelldorf, cidade menor que fica a trinta minutos de carro do festival.
Diferentemente do Wacken, no local onde se realiza o festival não fomos “brindados” com muita chuva. Para se ter uma ideia, entre quarta e domingo, quando aconteceu o evento, choveu apenas durante uma hora no sábado. Além disso, o verão na região conta com uma temperatura agradável, de 25 a 27 graus na média. O terreno é muito atrativo, pois não há necessidade de grandes caminhadas para chegar de um palco ao outro, e o solo, mesmo com a chuva de sábado, secou rapidamente sem trazer transtornos para os fãs. Lama? Um pouco, mas nada comparado ao Wacken nos últimos anos…
LIVE EVIL – OVERLOAD MUSIC FEST
Overload Music Fest
Carioca Club – São Paulo/SP
16 de setembro de 2017
Por Valtemir Amler • Fotos: Fernando Pires
No quesito novidade, o ano de 2017 tem sido bastante positivo para o público de rock/metal em São Paulo. Afinal, apenas para ficar no lado mais pesado da coisa, já haviam rolado por aqui, em março, as estreias dos noruegueses do Borknagar e do Tsjuder. Variedade também não faltou do hard e do prog ao black metal, pois todos os estilos musicais têm sido contemplados com grandes shows que até poucos anos atrás víamos apenas como um sonho. Na esteira dos grandes espetáculos, da variedade musical e das grandes estreias em solo nacional, o Overload Music Festival precisa ser destacado, já que prima pela qualidade do seu cast e a cada edição parece se esforçar por trazer o que há de mais interessante para ser visto e ouvido no mundo da música. Em 2017 não foi diferente, e, em um sábado pavoroso de tão quente na capital paulista, lá estávamos nós, prontos para conferir nada menos do que a estreia de quatro shows inéditos no Brasil.
Para começar, aquele que talvez tenha sido o único show que decepcionou parte do público, não por conta de John Haughm, que foi bastante fiel à sua proposta artística, mas pela esperança infundada que muitos tinham quanto ao set list do show…
BACKGROUND – BLIND GUARDIAN – PARTE 3
CLASSICREW
1967
THE WHO
Sell Out
Antonio Carlos Monteiro
O final dos anos 60 foi marcante para o rock. Foi naquela época em que as bandas resolveram ousar sem medo das reações e das consequências. Melhor que isso, mesmo que eventualmente à custa de muita argumentação, acabavam tendo respaldo por parte das gravadoras. Não fosse isso, o mundo teria sido privado de obras definitivas como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Beatles) e Their Majesties Satanic Request (Rolling Stones). E dá pra colocar nesse pacote Sell Out, terceiro disco do Who.
A ideia veio dos empresários da banda, Kit Lambert e Chris Stamp: fazer um disco com músicas que se unissem umas às outras, como era a programação das rádios piratas britânicas. “Foram as rádios piratas que construíram a cena musical da Inglaterra”, declarou Pete Townshend anos mais tarde. E o que uniria uma faixa a outra seriam jingles comerciais, como acontecia nas rádios reais, o que acabou transformando Sell Out no primeiro disco conceitual do Who…
1997
JUDAS PRIEST
Jugulator
Ricardo Batalha
Quatro anos antes de Jugulator, o então ex-vocalista do Judas Priest, Rob Halford, havia chocado os fãs com a agressividade de War of Words, debut do Fight. Pois bem, a resposta dos antigos companheiros veio à altura com o trabalho que marcou a estreia de Tim “Ripper” Owens nos vocais do Priest. A começar pela faixa-título, que até pode não ter tido o mesmo impacto de Into the Pit, do Fight, mas que trouxe uma fúria nunca antes vista no som dos ingleses. “Se um jovem for pesquisar a banda e começar a comprar nossa discografia, verá toda a versatilidade e força do Priest”, disse certa vez Ripper à ROADIE CREW. “Quando gravamos Point of Entry, as pessoas disseram que havíamos mudado e o mesmo ocorreu quando lançamos Turbo, Painkiller e Jugulator. O Judas Priest não é como Status Quo ou AC/DC”, acrescentou K. K. Downing…
2007
SODOM
The Final Sign of Evil
Ricardo Batalha
A regravação do EP In The Sign Of Evil, lançado originalmente em 1984, acabou indo além de seu objetivo inicial. A intenção era apenas dar às músicas uma gravação à altura e celebrar o passado do Sodom. No entanto, pouco mais de um ano após seu lançamento veio a notícia da morte do baterista Christian Dudek, o Witchhunter, em decorrência de cirrose hepática, e o álbum virou também uma homenagem a ele.
A ideia inicial deste projeto, aliás, veio da gravadora SPV, que pretendia relançar o EP e incluir algumas faixas como bônus. Porém, o vocalista e baixista Tom Angelripper foi além, convidando o guitarrista Peppi “Grave Violator” e o próprio Witchhunter, que originalmente registraram os clássicos Blasphemer, Witching Metal, Burst Command ‘Til War, Sepulchral Voice e Outbreak Of Evil…
COLUNISTAS
Backstage
Vitão Bonesso
RUSH: HAVERIA VIDA SEM NEIL PEART?
O inconformismo continua. Depois da turnê comemorativa de quarenta anos, o trio canadense Rush anunciou que o baterista Neil Peart estava se aposentando. Nada pessoal, nem divergências musicais. Peart declarou que sofria de tendinite nos dois braços, o que lhe causava muito desconforto durante as apresentações. Além disso, ele pretendia se dedicar à família. Nada mais justo. Enquanto isso, o guitarrista Alex Lifeson já vinha acusando alguns problemas de artrite nos dedos das mãos e dos pés, e que, segundo ele, não havia analgésico resolvesse. Por sua vez, o baixista, vocalista e tecladista Geddy Lee, apesar de respeitar a decisão de Peart e Lifeson, era o único disposto a seguir em frente, nem que fosse para somente gravar mais alguns discos com o Rush….
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel
A ARTE DE DIZER ADEUS COM ELEGÂNCIA
Escrevo esta coluna na semana em que começa o Rock in Rio.
Em 1985, nada poderia ser mais importante para mim. Neste 2017, nada pode ser menos importante para mim do que a edição do festival. Entre os 32 anos que os separam, existe um mundo de transformações, enorme parte delas internas, que fazem com que pratique a budista impermanência na forma de encará-los.
Nesta mesma semana, me desfiz dos meus CDs. De TODOS. E também dos DVDs musicais. E da maior parte dos discos de vinil.
Aconteceu quando percebi que eles vinham servindo nos últimos anos (ou décadas) quase que exclusivamente como forma de exibição da minha história para as pessoas. Eram uma exposição de personalidade a quem entrava em casa….
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves
SUICÍDIO: FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO
Infelizmente, todos nós conhecemos a história de uma pessoa próxima que se suicidou ou de alguém próximo a uma pessoa com quem nos relacionamos. O mundo da música também está recheado de artistas que tiraram a própria vida. Seja a pessoa famosa ou não, esta é sempre uma notícia chocante. O suicídio é hoje um problema de saúde pública que vive uma situação de tabu e de aumento de suas vítimas. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. E tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas….
It’s Only Rock’n’Roll
Antonio Carlos Monteiro
UM CASO DE 1987
Creio que não haja atividade para gerar mais tipos folclóricos do que o esporte. Das declarações hilariantes de Maguila, passando pela sinceridade às vezes assustadora de Vampeta e chegando no bocudo Nelson Piquet, há uma infinidade de sujeitos que valem muitas histórias nesse meio. Só que o rock também tem aqueles caras carismáticos, diretos, divertidos. E em se tratando de Brasil, ninguém tira o posto de Vespaciano Ayala.
Paraguaio que adotou o Brasil há décadas, Ayala era um profissional de grande competência como produtor de palco, roadie, iluminador etc. Um verdadeiro faz tudo do rock. E, mais importante de tudo, um dos caras mais alegres, divertidos e simpáticos que conheci…
A Look at Metal
Claudio Vicentin
ROCK IN RIO – O EVENTO!
O Rock in Rio, festival mundial, aconteceu mais uma vez em sua terra natal. Teve origem aqui, foi para o mundo, continua mundo afora e também retornou para o Brasil onde se mantém a cada dois anos.
Acredito que pela situação que vive o Rio de Janeiro, esse ano ele teve um papel maior ainda: trazer um pouco de paz para a Cidade Maravilhosa! Além disso, é um festival enorme que faz a economia da cidade girar, cria empregos diretos e indiretos. 65% dos ingressos vendidos foram adquiridos por pessoas de fora da cidade e a rede hoteleira calcula uma ocupação de 85%. Tudo isso em meio à grave crise financeira da qual parece que estamos dando os primeiros passos para sair.
Recordo da primeira edição, meu desespero para ver o Iron Maiden pela TV…
Campo de Batalha
Ricardo Batalha
AINDA SOBRE 1987…
Apesar de termos listado 187 discos na edição #224, especial focando o ano de 1987 – dentre os quais 87 tiveram comentários e cem entraram numa listagem à parte –, alguns acabaram ficando fora.
O saudoso guitarrista inglês Michael “Würzel” Burston, que promovia o álbum Rock’n’Roll na estrada com o Motörhead, também estreou em carreira solo naquele ano. Bess, um EP de quatro faixas gravado ao lado de Jerry Ferguson (baixo e teclado) e Simon Moss (bateria), teve lançamento no mercado brasileiro pela Rock Brigade Records. O trabalho serviu para mostrar um pouco do “outro lado” do músico, especialmente pelo feeling da faixa-título, pelo lado hard mais festivo de Midnight in London e pela versatilidade de E.S.P...
PROFILE – FABIO LOFFS (KARYTTAH)
Primeiro disco que comprou:
“Pink Bubbles Go Ape – Helloween.”
POSTER – HELLOWEEN
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |