Quando surgiu, há uma década, o Cavalera Conspiracy trouxe consigo a expectativa de resgate da emblemática química dos irmãos Max e Iggor dos tempos de Sepultura. Fã incondicional de metal, Max bebe em várias fontes, novas e antigas, além de…
Edição #228
R$29,00
Em estoque
CAVALERA CONSPIRACY
MISS MAY I
ELVENKING
FIREWIND
MORBID ANGEL
MARTY FRIEDMAN
BETWEEN THE BURIED AND ME
MELHORES DE 2017 - REDAÇÃO
Melhores de 2017
Segundo a equipe da Roadie Crew
AIRTON DINIZ (EDITOR)
Cartoon – V
Sons of Apollo -Psychotic Symphony
Beyond the Black – Lost in Forever
Sepultura – Machine Messiah
Destruction – Thrash Anthems II
Arch Enemy – Will to Power
Avatarium – Hurricanes and Halos
Alice Cooper – Paranormal
The Dead Daisies – Live & Louder
Inglorious – II
Capa: Mastodon – Emperor of Sand
DVD: David Gilmour – Live at Pompeii
Videoclipe: Trivium – The Sin and the Sentence
Decepção: Quiet Riot – Road Rage
Show: Paul McCartney – São Paulo/SP
Banda que quer ver em 2018: Cartoon
Veja também as escolhas de:
Alessandro Bonassoli
Antonio Carlos Monteiro
Claudio Vicentin
Daniel Dutra
Ecio Souza Diniz
Fernando Pires
Guilherme Spiazzi
Heverton Souza
Ivanei Salgado
Leandro Nogueira Coppi
Leonardo M. Bauna
Luiz Cesar Pimentel
Maicon Leite
Ricardo Batalha
Sergiomar Menezes
Valtemir Amler
Vinicius Neves
Vitão Bonesso
FATES WARNING
JAG PANZER
MARILYN MANSON
NORDJEVEL
MADAM X
STEVEN WILSON
ADRENALINE MOB
EDITORIAL
UMA DISTORÇÃO NO USO DA PALAVRA ‘ROCK’
Em dezembro último o respeitadíssimo portal Best Classic Bands (bestclassicbands.com) publicou uma matéria com o título “Rock & Roll Hall of Fame: 100 Omissões Cruciais”, e eu tive vontade de conferir alguns nomes de injustiçados dessa lista. Nunca dei atenção a essa entidade, por já saber que sua credibilidade é extremamente frágil no mundo do rock, exatamente o gênero musical pelo qual ela deveria ter como obrigação trabalhar, zelando pela preservação da memória e pela valorização do cenário. No entanto, o R&R Hall of Fame não é levado a sério por causa de deslizes escabrosos nas nominações infelizes (Madonna, por exemplo) e, principalmente, na omissão de artistas cuja ausência entre os homenageados torna ridícula a própria existência da Fundação e Museu que carrega a palavra ‘rock’ no nome. Só para citar alguns dos esquecidos, cujos milhões de fãs provavelmente se sentem tão ofendidos quanto eu, aqui vão Iron Maiden, Judas Priest, Motörhead, Def Leppard, Grand Funk Railroad, The Guess Who, o meu sagrado Badfinger… E tem muitos outros. Não existem argumentos que possam justificar a ausência dessas bandas entre os mais importantes e influentes artistas deste segmento musical.
Esse é mais um caso clássico do uso inadequado de uma palavra que deveria ser mais respeitada. É evidente que ‘rock’ agrega valor quando compõe a identificação de alguma marca, seja o nome de um evento, uma publicação, um estabelecimento comercial, uma casa de espetáculo, ou um museu. Não se pode alegar desconhecimento sobre a indústria da música por parte dos responsáveis pela entidade estabelecida em Cleveland/Ohio (EUA), que foi fundada em 1983 por Ahmet Ertegun, um executivo da Atlantic Records. A opção por fazer uma ‘salada mista’ generalizada, embutindo homenageados de outros segmentos musicais, pode ter sido por pura ‘esperteza’ na tentativa de maximizar lucros com as atividades da instituição. Mas parece que a estratégia não foi assim tão bem-sucedida, porque esvaziou o interesse do pessoal do rock nesse negócio do Hall da Fama. Até parece com algo que acontece no futebol com os famigerados rankings estabelecidos pela FIFA, nos quais ninguém acredita, até porque essa é outra entidade cuja confiabilidade é praticamente nula.
Está aí um tema que bem poderia resultar em canções de protesto, já que o rock é uma ferramenta perfeita para ser usada no confronto contra as injustiças e opressões de todo tipo. A história do rock está repleta de bons exemplos na área de contestações, como fizeram na década de 60 Bob Dylan e Joan Baez, dois ícones na defesa dos direitos civis, da igualdade racial e causas sociais, e que foram incansáveis na luta contra o envolvimento americano na guerra do Vietnã.
Por falar nesse assunto que trata da defesa da dignidade de um povo, toda vez que publicamos alguma matéria com a banda Miasthenia me sinto orgulhoso de podermos mostrar na ROADIE CREW algo desse trabalho sério e muito consciente. Trata-se de música extrema diferenciada, cuja mensagem é de uma profundidade admirável. Ah, como seria bom se Susane Hécate pudesse mostrar essa arte em programa de rede nacional, como numa aula, substituindo aquelas atrações musicais deprimentes que são mostradas na TV.
Airton Diniz
CENÁRIO
Cenário / Redação
MIASTHENIA: RESISTÊNCIA METAL
DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA
Desde as demos Para o Encanto do Sabbat (1995) e Faun – Trágica Música Noturna (1996) que o Miasthenia se mostra peculiar na cena extrema nacional. E não apenas pela música ou pelo conceito lírico, mas também pela postura ímpar referente à cultura underground brasileira. A discografia do trio, atualmente formado por Hécate (vocal e teclado), Thormianak (guitarras e baixo) e Nygrom (bateria), conta com os álbuns XVI (2000), Batalha Ritual (2004), Supremacia Ancestral (2008), Legados do Inframundo (2014) e Antípodas (2017), o DVD O Ritual da Rebelião (2011) e o emblemático Visions of Nocturnal Tragedies (1998), split CD com a banda carioca Songe D’Enfer. O trabalho mais recente ganhou uma edição em vinil pela Mutilation Records e agora o grupo se prepara para uma turnê europeia. Quem nos fala sobre a banda desde sua formação, em 1994, até os dias de hoje é a vocalista e mentora Susane Hécate.
VERSOVER: VELHAS HISTÓRIAS
E UM NOVO MOMENTO
O tempo de espera foi longo, muito longo. Se contarmos desde o último disco completo de estúdio, foram catorze anos sem um álbum do VersOver. Felizmente, a pausa pareceu produtiva e, além de realizar o sonho de contar com o trabalho do lendário Hugh Syme (Rush) na arte de seu novo álbum, Hell’s Inc., o quarteto que tirou seu nome de um disco do Rush com arte de Syme parece estar com seu disco mais bem trabalhado, uma grande ode ao metal com requintes técnicos soberbos e aquela emoção sempre presente em seus discos. Conversamos com Mauricio Magaudi (bateria), Gustavo Carmo (guitarra), Leandro Moreira (baixo) e Rodrigo Carmo (vocal), que nos contaram as novidades e um pouco da história desta grande banda brasileira.
WAEL DAOU: CRIATIVIDADE A SERVIÇO DO METAL EXTREMO
Wael Daou já tinha dado mostras de sua criatividade em 2013, quando lançou o EP Ancient Conquerors. Desde então, a vontade de compor não amenizou. Novamente unindo com precisão o metal extremo à música árabe, o guitarrista paraense lança o ‘full-length’ Sand Crusader, que já se mostra superior pela existência de vocais, o que possibilitou letras inteligentes que narram uma história no mínimo interessante. Confira a seguir o que Daou nos contou sobre o trabalho.
WEAKLESS MACHINE: SOM PESADO E MELODIA INSPIRADA
Criatividade é palavra de ordem para quem pretende se destacar em um espaço cada vez mais repleto de grandes talentos, como é o cenário da música pesada. O que foi feito nas décadas de 70, 80 e 90 agora é constantemente visitado por novas bandas que mantêm aqueles estilos ou criam os seus próprios. O Weakless Machine é um grupo gaúcho de Porto Alegre que se esforça em suas ideias e foi capaz de mostrar para as pessoas que o peso não apenas nunca morrerá, mas caminhará sempre junto à melodia. Conversamos com o baixista Gustavo Razia e descobrimos como ele e seus companheiros Jonathan Carletti (vocal), Fernando Cezar (guitarra) e Renato Siqueira (bateria) fazem para sobreviver artisticamente em um mundo que vem ficando mais complexo para a música.
HEAVENLESS: PROPAGAÇÃO INCELESTIAL
Não é sempre que uma banda surge e em pouco tempo chama a atenção do público, mas o Heavenless conseguiu. O fato de Kalyl Lamarck (baixo e vocal, ex-Monster Coyote), Vinicius Martins (guitarra, ex-Bones in Traction) e Vicente Andrade (bateria, ex-Bones in Traction) terem pertencido a bandas respeitadas do Nordeste ajudou no reconhecimento, que aumentou com a chegada do álbum Whocantbenamed (2017). A ROADIE CREW foi saber mais sobre o trio de Mossoró/RN, que iniciou sua jornada em 2015, e traz os detalhes para você.
VELHO: HONRA E SABEDORIA DO PRIMITIVO
O black metal é o fio condutor para a propagação do Velho, que externa suas ideias nas letras do guitarrista e vocalista Thiago Caronte. Mas a sonoridade da horda completada por Thiago “Splatter” (bateria) e Rafael Lopes (baixo) – este último, por motivos particulares, temporariamente substituído por Michael Kramper (Lápide) – também é responsável pela legião de seguidores que conquistou nos últimos anos. Com lançamentos como Vida Longa ao Primitivo (EP, 2009), Senhor de Tudo (EP, 2013) e Decrepitude & Sabedoria (2015), a banda carioca conquistou muito respeito no cenário negro do metal brasileiro. Com sua habitual sinceridade e lucidez, Caronte nos recebeu e discorreu sobre a literatura do Velho e alguns de seus pontos de vista.
METALTEX: HEAVY METAL FORJADO A AÇO
Apesar de não conseguirem atingir o patamar de bandas como Iron Maiden e Judas Priest, formações como Manowar, Grave Digger e Running Wild contribuíram de forma ampla na formação e crescimento do heavy metal. Seja pela temática ou pelo caráter épico de suas canções, a verdade é que essa explosão musical gerou – e gera – novos discípulos ao redor do mundo. Este é o caso da banda paulistana Metaltex. Lucio de Castro (vocal), Walber Tavares (guitarra), Rafael Kempp (baixo) e Lucas Lima (bateria) lançaram em 2016 o EP Spikes and Leather, que vem conquistando adeptos aqui e no exterior. Em exclusiva para a ROADIE CREW, o guitarrista Walber falou sobre os primeiros dias da banda, a repercussão do EP e os lançamentos das bandas clássicas de heavy metal.
WILD WITCH: TRADIÇÃO METÁLICA REVISITADA
Se a Noruega sempre é vista como a pátria do black metal, embora não faltem boas bandas de outros gêneros por lá, o mesmo parece acontecer com o Brasil, sempre visto como parte da elite do thrash/death metal. Com o passar dos anos, a cena metálica nacional começou a ter um reconhecimento mais amplo no exterior e parte disso se deveu a bandas como a paranaense Wild Witch, que vem conseguindo se destacar com o seu heavy metal calcado nas bases mais tradicionais do estilo. Na entrevista a seguir, Felipe “Rippervert” (vocal e baixo) nos conta um pouco da trajetória e dá detalhes do debut, The Offering (2017), primeiro grande passo de mais um bom grupo do metal paranaense.
ROADIE MAIL / TOP 3 / MEMÓRIA
SOBRE A CARTA DO EDITOR (ED. 226)
Sou leitor desde o início da revista e quero parabenizar mais uma vez pela absurda qualidade editorial dessa que é a melhor publicação de música do país e que nada deve às gringas. Sou o leitor que lê a revista inteira, mas na ordem das páginas, portanto a Carta do Editor é naturalmente o meu primeiro contato com a revista. Não sou de escrever, pois os elogios de outros leitores me contemplam, mas na ed. #226 vi com certo estranhamento a Carta do Editor. Louvável defender a tolerância e a cabeça aberta em relação à arte em tempos sombrios, salutar esclarecer as perseguições que o rock sofreu por diferentes espectros ideológicos ao longo da História. Aliás, sou professor de História o que também me aproxima da temática de muitas letras e aumenta a paixão pela música. Mas indo direto ao ponto: por que o Sr. Airton Diniz escreve que “os de esquerda e direita odeiam o rock, principalmente os de esquerda”. Após essa frase não há um esclarecimento que fundamente a afirmação. Cordialmente gostaria de saber no que se baseia essa afirmativa? Fatos históricos? Estatísticas? Ou é apenas uma opinião pessoal ou da publicação? Lembrando da perseguição que os rockeiros brasileiros sofreram na ditadura militar, lembrando de como entre os trinta mil desaparecidos na ditadura militar argentina a maioria era jovem, alguns sendo capturados inclusive em shows de rock, idem no Chile de Pinochet. Gostaria de saber da fundamentação da afirmação até para contribuir nessa relação música/repressão com a qual meus interesses acadêmicos e musicais se cruzam. Caso seja uma opinião não baseada em fatos ou mensurável, Airton, eu respeito-a, embora desde já espero que a carta seja publicada pois gostaria de ter uma opinião diferente da sua exposta. Obrigado e parabéns a todos da ROADIE CREW.
Sandro Ribeiro
São Paulo/SP
Olá, Sandro. Muito obrigado por nos acompanhar e apoiar o trabalho da nossa equipe na ROADIE CREW. Quanto à minha afirmação, que você cita em sua carta, confesso que me dá muita satisfação ter a oportunidade de falar sobre esse assunto novamente, pois essa também não foi a primeira vez que citei algo exatamente neste sentido. Aliás, na edição #207, quando publicamos entrevista com a banda Aria, de Moscou, o tema do meu editorial foi justamente esse, e eu acreditava que tinha deixado claro as razões da minha indignação com os extremistas de direita e também com os de esquerda naquele texto. Os de direita, com suas mentes doentes e com profunda dependência de alguma seita ou religião, e os de esquerda com a obsessão pelo poder totalitário que veem na liberdade inspirada pelo rock uma ameaça ao projeto de submissão das pessoas onde a formação educacional é frágil (América Latina, por exemplo). Eles abusam do povo que se torna refém e dependente de líderes/ídolos populistas vendidos como intocáveis deuses materialistas. Minhas afirmações são fundamentadas em fatos históricos sim, mas na realidade da vida. Tenho 67 anos de idade e tudo o que falo em relação a esse assunto é baseado no que vivenciei, não falo do que ouvi dizer, nem do que eventualmente tenha lido em algum livro escrito por alguém que não tem muita noção de que “os dias não eram bem assim” ou quer fazer outros acreditarem que tivessem sido, porque assim é mais romântico. Daria para eu escrever um livro sobre esse tema. Quando escrevo sobre a discriminação praticada por esses radicais (de direita e de esquerda) contra o rock, não tenho a menor intenção de politizar o assunto porque esses extremistas não fazem política, fazem terrorismo. Me preocupa a perseguição ao rock/ metal que existe em países como o Irã (conversei sobre isso com uma banda iraniana que conseguiu comparecer a um festival na Noruega em 2012). Sei que é normal não ter conhecimento de nenhuma banda de rock cubana ou norte-coreana (já falei sobre a Rússia e a Romênia em edições anteriores). Seria ótimo conversarmos um dia desses sobre tudo isso, com uma trilha sonora baseada no conteúdo editorial da ROADIE CREW. Sinta-se à vontade para entrar em contato sempre que quiser. Abração. (Airton Diniz)
BLIND EAR – BRUNO SÁ (TARJA, ANGRA, TSO)
Começou me fisgando pelo coração (risos). O Savatage sempre foi uma das minhas bandas favoritas. Ensinou-me a fazer música pesada com elegância, a acompanhar os riffs com as linhas graves do piano. Jon Oliva é uma grande influência. Não é um virtuoso, mas é genial no que faz. Tive a sorte de ser chamado pela Trans-Siberian Orchestra em 2009, e o empresário perguntou se eu conhecia o projeto. Sério? (risos) Minutos antes eu estava tocando algo do Savatage no piano. Passei três dias com eles no lendário Morrisound, em Tampa, e conhecer Paul O’Neill foi um dos pontos altos da minha carreira até hoje.”
Música: Christmas Eve (Sarajevo 12/24)
Álbum: DEAD WINTER DEAD
Banda: SAVATAGE
ETERNAL IDOLS – ALLAN HOLDSWORTH
CLASSICREW
1968
STEPPENWOLF
Steppenwolf
Antonio Carlos Monteiro
Depois de fazer relativo sucesso no Canadá com a banda Jack London & The Sparrows entre 1964 e 1966, John Kay (vocal), Goldy McJohn (teclado) e Jerry Edmonton (bateria) resolveram tentar a sorte em Los Angeles, que parecia um mercado bem mais favorável ao rock. Lá espalharam cartazes procurando músicos para completar a banda e assim Michael Monarch (guitarra) e Rushton Moreve (baixo) se juntaram ao time.
Por sugestão do produtor Gabriel Mekler, mudaram o nome para Steppenwolf, baseado no livro de mesmo nome (“O Lobo da Estepe” em português) do escritor alemão Hermann Hesse, publicado em 1927.
1998
BRUCE DICKINSON
The Chemical Wedding
Daniel Dutra
Depois de largar o Iron Maiden em 1993, Bruce Dickinson escorregou na retomada da carreira solo. Tudo bem, Balls to Picasso (1994) tem Tears of the Dragon, mas Skunkworks (1996)… Sejamos sinceros, foi com Accident of Birth (1997) que o negócio começou a ficar bonito. Ao lado de Adrian Smith, o vocalista correspondeu às expectativas e deu um xeque-mate na sua então ex-banda. E The Chemical Wedding saiu melhor do que qualquer coisa que a Donzela havia lançado desde Seventh Son of a Seventh Son, dez anos antes.
É fácil ser tomado pela sinceridade quando a comparação é feita com uma pérola, mas The Chemical Wedding é uma obra-prima do heavy metal. Das músicas e seus arranjos, melodias e execução às letras.
2008
TESTAMENT
The Formation Of Damnation
Valtemir
Nós superamos e esmagamos os problemas que tivemos. Este álbum é uma grande recompensa ao grupo que tanto lutamos para manter em atividade, e o sucesso que ele vem fazendo nos alegra muito”, declarou o empolgado vocalista Chuck Billy sobre o décimo disco do grupo americano de thrash metal Testament. E caso você esteja se perguntando sobre os problemas que ele citou, saiba que não foram poucos, como o guitarrista Eric Peterson recordou: “Vivemos o pior momento de nossas carreiras quando Chuck foi diagnosticado com câncer. Depois quebrei minha perna e Nick Barker teve que sair pouco antes das gravações.” Ainda poderíamos acrescentar a tudo isso uma gravadora desinteressada, que pouco fazia pela banda e cujo contrato estava enfim encerrado.
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
Nesta edição:
Annihilator
Arthanus
Babylon A.D.
Black Sabbath (DVD)
Black Witch
Bruno Sutter
Carniça
Cartoon
Cavalera Conspiracy
Céu em Camas
Charlie Bonnet III
Converge
Coven
Cranial Engorgement
Desolation Angels
Dorsal Atlântica
Electric Wizard
Final Desaster
Ghost
Heretïc
Impiedoso
Iron Maiden
Jibe
Krokus
Lynch Mob
Madam X
Magnum
Manilla Road
Marius Danielsen
Midnite City
Mile
Morbid Angel
Morcrof
Mugo
Oz
Phantom V
Pink Cream 69
Premiata Forneria Marcon
Project46
Rik Emmet & Resolution 9
Rival Bones
Sarke
Serious Black
Slagmaur
Sweet & Lynch
The Quireboys
The Whinery Dogs
Thunder
Toxic Revolution
Front Cover (por Marcelo Vasco)
Nesta edição:
Metallica – Master of Puppets
Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: [email protected]
HIDDEN TRACKS – DEFLESHED
Considerada por muitos como uma das pátrias supremas do death metal, a Suécia realmente fez muito para merecer o título, tanto em quantidade quanto na qualidade das bandas do estilo que nasceram naquelas terras desde meados da década de 80. Em meio a este grande furor, claro que nem todos tiveram seu lugar ao sol, enquanto outros, malgrado sua qualidade e sucesso inicial, terminaram no limbo dos eternos “injustiçados”. O Defleshed é uma dessas formações que surgiu, chamou atenção e conquistou respeito, mas que um dia simplesmente cessou sua existência em meio à nuvem de torpor causada pelo seu som de intensidade maníaca.
Em 1991, o guitarrista Lars “Hell Y. Hansen” Löfven se viu desiludido com sua antiga banda, o Convulsion, e resolveu tomar as rédeas em um novo projeto sob o seu comando. “No Convulsion, tocávamos um thrash metal fodão”, explicou ele em entrevista. “Certo dia, os outros caras decidiram que queriam tocar um tipo de metal progressivo sinfônico.
LIVE EVIL – SOLID ROCK
SOLID ROCK FESTIVAL
Allianz Parque / SP
13 de dezembro de 2017
Por: Ricardo Batalha – Fotos: Fernando Pires
A realização do Solid Rock, que passou por Argentina, Chile e, no Brasil, por Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), foi cheia de percalços. Primeiro, cogitava-se a presença do ZZ Top, depois houve o cancelamento do Lynyrd Skynyrd por problemas com a filha de Johnny Van Zant, diagnosticada com Linfoma Linfoblástico Agudo. Assim, o Allianz Parque, que já havia abrigado grandes eventos em 2017, recebeu, em 13 de dezembro, o cast do evento. Antes, porém, houve quem devolvesse o ingresso pelo cancelamento do Lynyrd Skynyrd, mas os que estiveram presentes puderam conhecer duas atrações até então inéditas em terras brasileiras, Tesla e Cheap Trick, além do anfitrião Deep Purple.
Com tantos problemas, o público foi reduzido, mas começou a vibrar, mesmo que timidamente, com o curto set do grupo americano de hard rock Tesla. Às 18h30, muito cedo para uma quarta-feira em São Paulo, Jeff Keith (vocal), Frank Hannon e Dave Rude (guitarras), Brian Wheat (baixo) e Troy Luccketta (bateria) foram devidamente apresentados com a chamada “Vocês estão prontos, São Paulo? Deem as boas-vindas ao palco… Tesla!” e, após a introdução, iniciaram o set com o hit single Edison’s Medicine, de Psychotic Supper (1991).
PLAY LIST – MICHAEL SWEET (STRYPER)
You Know What To Do: “Esta foi uma das primeiras músicas que compus para o Stryper. Voltando no tempo, a gravamos em 1983 e a lançamos em 1984, mas compus em 1980. Percorremos um longo caminho, mas, definitivamente, quando eu penso em You Know What to Do, imediatamente lembro lá do comecinho do Stryper. É a nossa raiz, nosso início. É uma canção clássica.”
Álbum: Stryper – The Yellow and Black Attack (1984)
COLLECTION – EPICA
BACKGROUND – KREATOR – PARTE 2
COLUNISTAS
Backstage/Brotherhood/Stay Heavy/A Look at Metal/Campo de Batalha
Backstage
Vitão Bonesso
FILHOS QUE SÃO O ORGULHO DOS PAIS (PARTE 1)
Parece que foi ontem que os fãs do Led Zeppelin se deliciaram ao ver no filme The Song Remains the Same aquele garotinho rechonchudo fazendo algumas viradas com estilo, com direito a uma girada das baquetas numa das mãos num kit diminuto. Ao lado, John Bonham, o pai todo orgulhoso, acompanhava com um par de atabaques. O garotinho, Jason John Bonham, na época com 7 anos de idade, teria pela frente pouco mais de outros 7 anos para desfrutar os ensinamentos do pai, falecido em setembro de 1980. John Bonham certamente iria se orgulhar de ver seu filho seguindo, com muito talento, a carreira do pai frente a bandas e músicos veteranos, como UFO, cujos integrantes eram amigos de ‘Bonzo’.
Depois da morte do pai, Jason passou algum tempo procurando o caminho certo e aos 17 anos formou o Airrace.
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel
2017 FOI UMA PORCARIA; 2017 FOI EXCELENTE
Chuck Berry, Gregg Almann, Chris Cornell, Chester Bennington, Martin Eric Ain (Celtic Frost), Chuck Mosley (Faith no More), Tom Petty, Cherry, Malcolm Young. Quanta gente boa 2017 levou da face da Terra. Fora o acidente com o ônibus do Adrenaline Mob e o último show do Black Sabbath, em fevereiro.
Ah, não dá para esquecer também que vivemos 2017 em um país onde noventa das cem músicas mais tocadas em rádios e serviços de streaming são do (deturpado) gênero sertanejo. Só uma moça dessas rainhas da sofrência, Marilia Mendonça, soma mais de quatro bilhões de plays (nem sei se é o termo correto, mas é quantas vezes alguma música dela foi disparada num desses serviços). Henrique & Juliano vêm na cola, com 3,8 bilhões. Não sei se tenho orgulho ou vergonha de falar que não faço a menor ideia de quem sejam os três e que nunca os escutei nem por curiosidade. Quer dizer, decidi: tenho orgulho.
Stay Heavy Report
Cintia Diniz e Vinicius Neves
NOVO SITE DO STAY HEAVY NO AR!
O Programa Stay Heavy teve início em outubro de 2003 com o intuito de divulgar o melhor do rock e do heavy metal na TV. Começou primeiro numa webTV e depois foi espalhando seu conteúdo para diversas emissoras de TV, em canais abertos e a cabo, Brasil afora.
Nesses catorze anos muita coisa aconteceu. Inicialmente, a produção do programa contava com apresentações de bandas ao vivo e entrevistas no estúdio. Já passaram tocando pelo palco do Stay Heavy bandas internacionais como Epica, Van Canto, Jeff Scott Soto, Gotthard, Agnostic Front, Hatebreed e Rage, sendo que este último inseriu em seu DVD uma faixa bônus com a apresentação, levando o nome do programa para seus fãs do mundo inteiro. Dezenas de bandas nacionais também participaram tocando no Stay Heavy, como Krisiun, Torture Squad, Korzus, Tuatha de Danann, Kiko Loureiro, Bittencourt Project e mais dezenas de bandas e de personalidades do meio foram entrevistadas. Foram nove anos consecutivos cobrindo o festival alemão Wacken Open Air, uma cobertura do Hellfest na França e uma do Tuska na Finlândia, além dos cruzeiros Barge to Hell e 70,000 Tons Of Metal.
It’s Only Rock’n’Roll
Antonio Carlos Monteiro
QUE ELA NÃO VOLTE!
Estamos entrando em um ano que promete ser crucial em termos políticos e sociais no Brasil. As eleições que se aproximam têm tudo para polarizarem ainda mais as opiniões, já que, de uns tempos para cá, tudo virou Fla x Flu – ou Grenal, ou Atletiba, ou Corinthians x Palmeiras… pode escolher seu clássico favorito.
E nesse contexto um aspecto bastante sério que observamos recentemente é a possibilidade de retrocesso no que se refere à liberdade de expressão – usando um português bem claro, é do risco da volta da censura que estou falando. Para quem ainda não ouviu essa história, cursei Jornalismo na segunda metade dos anos 70, no auge da ditadura militar. Era tenso. Só pra dar uma ideia, lá pelas tantas acabamos descobrindo que uma colega de classe, figura envolvente, participativa e que ficava puxando assuntos “proibidos” durante as conversas nos intervalos, era ninguém menos que uma agente da Polícia Federal infiltrada. E pobre daquele que falasse algo que não deveria e fosse flagrado por essa criatura…
A Look at Metal
Claudio Vicentin
2017/2018
Os grandes acontecimentos de 2017 no heavy metal trazem muitas coisas boas e outras nem tanto. Para nós, amantes do estilo, o pior foi o fim definitivo do Black Sabbath, o fato mais marcante. O mais engraçado é que minha história com o Black Sabbath não começa com Ozzy na formação, mas com uma música da sua era, Iron Man. Lembro-me de um amigo na escola que colocou a versão ao vivo de Iron Man, de Live Evil. Após War Pigs, Vinny Appice começa um solo memorável até entrar em Iron Man de maneira triunfal. Então, após escutar aquele riff e a voz de Dio, comecei a ir atrás da obra completa do Sabbath e tudo que saiu depois. O Black Sabbath se foi. O que Tony Iommi e Geezer vão fazer não se sabe, mas Ozzy vem aí com sua turnê solo e com Zakk Wylde de volta na guitarra.
Campo de Batalha
Ricardo Batalha
1978-2018: MUITO A CELEBRAR
Mais um ano que se inicia cheio de expectativas. Não só de novos lançamentos que irão fazer a festa dos fãs da música pesada e dos shows já agendados no Brasil, mas também pela comemoração de algumas datas marcantes.
Há quarenta anos, quando o Van Halen estava prestes a soltar seu mágico debut e o Judas Priest, o clássico Stained Class, os rockeiros brasileiros ficavam vidrados na Rede Globo (sim, na Globo!) vendo o programa Rock Concert. Durou de março de 1977 a setembro de 1978, quando foi substituído pelo Disco Show, que estreou em novembro daquele ano e causou a ira dos fãs de rock.
Já a loja Baratos Afins, aberta por Luiz Carlos Calanca, fará também quarenta anos no próximo dia 24 de maio.
PROFILE – MARCELO BARBOSA (ANGRA/ALMAH)
POSTER - SLAYER
Arte da capa do livro Repentless (por Marcelo Vasco)
POSTER - CALENDÁRIO 2018
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |