Edição #27

Engana-se quem pensa que o guitarrista (e também vocalista) holandês Arjen Anthony Lucassen apareceu recentemente. Nos anos 80, fez parte da banda Bodine, que chegou a obter repercussão em toda Europa com seus três álbuns. Sua carreira subiu ainda mais quando fez parte de uma banda de Hard Rock chamada Vengeance, numa época em que este estilo dominava as paradas. Na década de 90, Arjen começou a se dedicar à sua carreira solo. Realizando um antigo sonho de compor uma Ópera Rock, idealizou o Ayreon, que conta com uma variedade incrível de músicos de diversos estilos como: Bruce Dickinson (Iron Maiden), Fabio Lione (Rhapsody), Russel Allen (Symphony X), Ralf Scheepers (Primal Fear), Lana Lane, Andi Deris (Helloween), Timo Kotipelto (Statovarius), Aneeke Van Giersbergen (The Gathering), Johan Edlund (Tiamat), Floor Jansen (After Forever), Fish (ex-Marillion), Lenny Wolf (Kingdom Come)…

A banda norte-americana Corrosion Of Conformity iniciou sua carreira tocando o puro Hardcore. Woody Weatherman (guitarra), Mike Dean (baixo), Reed Mullin (bateria) e Simon Bob (vocal) lançaram álbuns típicos do estilo HxCx, como Eye For An Eye (1983) e Animosity (1985). A primeira mudança na sonoridade veio com o lançamento do EP Technocracy, em 1987. Após uma pequena pausa, ocorre a entrada do guitarrista e vocalista Pepper Keenan, que deu outra vida para a banda. Em 1991, gravam o álbum Blind, que apresentava uma linha bem Thrash Metal, e, na seqüência, pulam para a major Sony e soltam Deliverance, trabalho que obteve repercussão mundial. Wiseblood manteve a banda em alta e agora o COC lança America’s Volume Dealer, por uma nova gravadora, a Metal-Is. Pepper conta como as mudanças no som ajudaram a carreira da banda.

Encontrei Dani Filth numa tarde em Nova York (EUA) no escritório da gravadora Koch Records. Sem antes ter tido nenhum contato com esse ícone do Metal mundial, estava realmente curioso sobre sua personalidade e todas as preocupações em entrevistar alguém com um ego elevadíssimo. Minhas dúvidas sumiram logo após as primeiras perguntas. Dani provou ser uma pessoa entusiasmada com o Cradle Of Filth e mostrou também toda a sua preocupação com os fãs da banda, com as artes das capas de seus álbuns e seu projeto Cradle Of Fear. O vocalista aproveitou também a estadia em Nova York para comprar muitos DVD’s para sua filha, ver alguns shows, entre muitas outras diversões. Rapidamente deu para descobrir que ele não é somente o controlador desse teatro do Metal chamado Cradle Of Filth, mas também uma pessoa muito legal. Confira!

A banda paulista Delpht foi formada em meados de 1993, gravou a sua primeira Demo-Tape, Far Beyond…, em 1998 e, em 2000 lançou o ‘debut’ Screams Of Ice pela gravadora Die Hard em conjunto com a Laser Company. Ao longo desses sete anos, aconteceram diversas mudanças no line-up, que se estabilizou com Ronaldo Simolla (vocal), Alexandre Callari (bateria), Daniel Bonanni (baixo e teclado) e Patrick Graue (guitarra). A repercussão do trabalho vem sendo muito boa no cenário nacional, com shows sempre cheios, e no exterior, o CD foi licenciado para ser lançado no mercado europeu. Na entrevista a seguir, Ronaldo Simolla nos conta um pouco sobre a história da banda, o caminho até a gravação do álbum de estréia e os shows que estão ocorrendo com freqüência.

Em 1994, com três anos de existência, o Labÿrinth lançou a primeira Demo-Tape, Midnight Resistance, e começou a consolidar o seu nome por toda a Europa. Mas foi com o ‘single’ Piece Of Time e, logo depois, o ‘debut’ No Limit que esta banda italiana realmente cresceu na cena européia. Estes trabalhos foram cantados pelo vocalista Joe Terry, hoje conhecido por Fabio Lione, que optou em deixar a banda para se dedicar, na época, ao Athena e, posteriormente, o Rhapsody. Fabio foi substituído por Rob Tyrant, e o line-up se fixou como: Olaf Thörsen (guitarra), Anders Rain (guitarra), Andrew Mc. Pauls (teclado), Chris Breeze (baixo) e Mat Stancioiu (bateria), além de Rob. Com a formação estabilizada, a banda criou uma pérola do Heavy Metal Melódico, o álbum Return To The Heaven Denied, lançado em 1997, que levou-a para o Japão e à América do Sul. Em 1999 lançaram um novo ‘single’, Timeless Crime, e finalmente em 2000, Sons Of Thunder, que marca uma nova etapa na carreira do Labÿrinth, pois apresenta algumas adaptações sonoras que mostram um real amadurecimento. A turnê desse novo álbum teve início na América do Sul, obviamente passando pelo Brasil, juntamente com o Vision Divine (banda de Olaf Thörsen e Fabio Lione). Nesta entrevista, Olaf conta detalhes destes quase 10 anos de carreira, explica a adaptação sonora de Son Of Thunder e ainda fala do projeto dele em conjunto com Kiko Loureiro (Angra) e Dave Lombardo (Grip Inc.).

O som melancólico da banda italiana Lacuna Coil pouco tem a ver com a cena atual da Itália, que está recheada de bandas que tendem para o Power Metal Melódico. Mesmo assim, vem se dando bem e subindo a cada trabalho. O início da carreira deu-se em 1996, ainda com o nome de Ethereal. Um ano depois, mudam o nome para Lacuna Coil e assinam com a Century Media para gravar o primeiro registro fonográfico, o EP Lacuna Coil, que saiu em 1998. O ‘debut’, In A Reverie, obteve grande destaque e a banda começou a excursionar pela Europa. A grande performance da vocalista Cristina Scabbia certamente é um dos fatores que levaram-na a conquistar cada vez mais público, mas vamos deixar que ela nos conte os detalhes…

O Nashville Pussy, nome tirado de uma música de Ted Nugent, apareceu no ano de 1996, quando o casal Ruyter Suys (guitarra) e Baine Cartwright (guitarra e vocal) resolveram partir para longa jornada do Rock’n’Roll. Depois de algumas alterações, o line-up com a loiríssima Corey Parks (baixo) e o mórbido Jeremy Thompson (bateria) foi estabilizado e a banda produziu dois excelentes trabalhos do Rock/Heavy, Let’Em Eat Pussy e High As Hell. Devido a excepcional presença de palco, com alguns apelos bem sensuais da guitarrista Ruyter Suys, a banda foi indicada ao Grammy de 1999, como melhor performance de Metal (Best Metal Performance) com a música Fried Chicken And Coffee. No final do ano 2000, devido a alguns objetivos e desejos pessoais, Corey Sparks foi forçada a deixar a banda e foi prontamente substituída. Confira este interessantíssimo papo que tivemos com a divertida Ruyter, falando do passado, presente e futuro de banda. Let’s Rock!

Tendo como criador o vocalista e guitarrista Daniel Gildenlöw, a carreira do Pain Of Salvation começou em 1997 quando lançou o primeiro álbum, Entropia, pela gravadora japonesa Marquee. A repercussão acabou sendo excelente e, mesmo com uma fraca distribuição, a banda vendeu muito através de lojas de CDs pela Internet. As coisas ficaram melhores com o lançamento do segundo trabalho, One Hour By Concrete Lake, que resultou num contrato com a InsideOut européia, a Hellion Records no Brasil e mais tarde com a InsideOut americana. Esse trabalho foi descrito como uma obra de arte do Metal Progressivo e gerou uma excelente turnê junto com a banda inglesa Threshold e a italiana Eldritch. Após uma pequena pausa soltam o álbum The Perfect Element I, que só vem a confirmar o enorme potencial da banda num trabalho bem complexo e “viajante” em sua parte instrumental.

Quando os irmãos Jon e Criss Oliva formaram o Metropolis, depois Avatar e finalmente Savatage, não tinham consciência de que estavam prestes a entrar na história do Heavy Metal. A primeira prova veio com o aclamado EP City Beneath The Surface (1983), passando por álbuns como Sirens (1983) e Power Of The Night (1984). Depois de uma decaída em Fight For The Rock (1986), lançam The Hall Of The Mountain King (1987), mais um marco na carreira. Na seqüência, mais trabalhos magníficos e marcantes, como Gutter Ballet (1990) e Streets-A Rock Opera (1991). Após esta fase, gravam Edge Of Thorns, primeiro álbum com o vocalista Zak Stevens e que viria a ser o último com o guitarrista Chris Oliva que faleceu num acidente automobilístico. Uma nova fase se inicia na carreira da banda, com a entrada do guitarrista Alex Skolnick (ex-Testament e atual Trans-Siberian Orchestra), que gravou Handful Of Rain (1994) e Japan Live’94. Mais tarde, Al Pitrelli (ex-Asia, Alice Cooper e Widowmaker e atual Megadeth) substitui Alex, gravando Dead Winter Dead (1996) e The Wake Of Magellan (1997). Após este excelente álbum, que foi seguido por uma extensa turnê, a banda deu uma longa pausa até reiniciar os trabalhos para um novo álbum de estúdio.. Com a palavra o grande mentor, Jon Oliva…

Scorpions, banda alemã mais famosa no mundo, esteve em Lisboa (POR), gravando o seu próximo CD Unplugged in Lisbon. Nosso entrevistado, o guitarrista Rudolf Schenker, contou como foi escolhido o local da gravação (os claustros cobertos de um antigo convento) e como vai ser a vida da banda agora com três projetos distintos – plugado, com a filarmônica e acústicos – e duas gravadoras, Warner e EMI. Rudolf Schenker nasceu a 31 de agosto de 1952 e antes de fundar o Scorpions em 1971, com o seu irmão Michael Schenker e Klaus Meine, militava na banda Copernicus.

A estréia do Shaman nos palcos ocorreu em Recife (PE) no dia 10 de fevereiro e serviu, principalmente, para mostrar a união e força de André Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori após a separação dos antigos companheiros do Angra. A revista Roadie Crew, a convite do organizador, acompanhou a banda numa viagem onde o clima de confraternização foi repassado calorosamente aos fãs. Logo na chegada ao aeroporto Guararapes, no dia 9 (sexta-feira), os fãs se aglomeraram na área de desembarque e a recepção foi entusiasmante, com os músicos distribuindo muitos autógrafos, inclusive o guitarrista Hugo Mariutti, que foi saudado com fervor pelos presentes.

Desde o início, a banda inglesa Skyclad vem conquistando seus fãs através da versatilidade musical, unindo o Heavy Metal com a Folk Music. O primeiro álbum, The Wayward Sons Of Mother Earth, saiu em 1991 e, de lá para cá, foram oito álbuns até o recente lançamento de Folkemon (Nuclear Blast), um trabalho maduro e consistente. Atualmente formado por Martin Walkyier (vocal, ex-Sabbat), Stevfe Ramsey e Kevin Ridley (guitarras), Graeme English (baixo e violão), Jay Graham (bateria), George Biddle (teclados, violino e viola), o sexteto pretende incluir o Brasil em na turnê de Folkemon. Quem conta é o líder Martin Walkyier…

O Tankard surgiu em 1982 na cidade de Frankfurt (ALE) e já com a primeira Demo, Alchoholic Metal, conseguiu um contrato com a Noise Records, em 1985. No ano seguinte, Gerre Gesang (vocal), Oliver Werner (bateria), Axel Katzmann e Andy Bulgaropulos (guitarras) e Frank Thorwarth (baixo) gravam o primeiro trabalho, Zombie Attack. Na seqüência, lançam Chemical Invasion e a boa receptividade fez com que o nome da banda subisse na cena do Thrash Metal. Nada mudou a atitude destes alemães, que sempre preferem o bom humor, “reuniões” diárias em Pubs e, claro, tocar. Os anos passaram e foram soltando seus trabalhos, The Morning After (1988), The Meaning Of Life (1990), Fat, Ugly And Live (ao vivo, em 1991), Stone Cold Somber (1992) e Two Faced (1993). Depois de uma mudança na formação, com a entrada do baterista Olaf Zissel e a saída de Katzmann, lançam o ótimo The Tankard, álbum mais consciente e maduro. Em 1997, já pela Century Media, soltam Disco Destroyer, uma volta às raízes. Depois, Andy Grutjar (ex-Lightmare) é escolhido para ocupar a vaga de Katzmann. Com este line-up, gravam uma música comemorativa ao centenário do Eintracht Frankfurt, clube de futebol do qual torcem e também entram no Tributo ao Accept, com a faixa Son Of A Bitch. No ano passado soltaram Kings Of Beer, álbum que transmite o que é o Tankard: Thrash Metal, Punk Rock, cerveja, bom humor e ironia (como na capa, uma sátira ao Kings of Metal, álbum clássico do Manowar). Saiba um pouco sobre a carreira dos “reis da cerveja” na entrevista com o vocalista Gerre.

A história da carreira do DEMON.

Vitão Bonesso é apresentador do programa BACKSTAGE RÁDIO BRASIL 2000FM (107.3 Mhz) em São Paulo.

HEROS TRENCH (KORZUS) tenta identificar dez bandas, escutando uma música de cada grupo, e faz comentários livres a respeito do que estiver ouvindo…

Garage Demos – ROADIE CREW CAIXA POSTAL 43015 CEP 04165-970 – SÃO PAULO/SP Envie material completo: Fita-K7 ou CD, release e foto. Bandas de boa qualidade musical, dentro do seu estilo, serão selecionadas para figurarem nas páginas da Roadie Crew.

Resumo das principais noticias do mês.

om Araya (Slayer) Edição #27

Seis páginas, totalmente ilustradas, com resenhas dos lançamentos em CDs e DVDs, mais a Roadie Parade com os álbuns mais vendidos comentados pela equipe Roadie Crew.

Dicas e técnicas de áudio