Edição #37

Os holandeses do After Forever tiveram o início parecido com a maioria das bandas de Metal surgidas após a segunda metade da década de 90. Iniciaram tocando covers de bandas das quais gostavam, no caso, Iron Maiden e The Cult. Isso ocorria em 1995, quando ainda se chamavam Apocalyps. Em 1997, já sob o nome de After Forever, ocorre a entrada da vocalista Floor Jensen, que expandiu completamente os horizontes sonoros da banda. Em 1999, pela Transmission Records, sai o primeiro álbum, Prison Of Desire, que foi calorosamente recebido pelos novos fãs e pela mídia mundial. Neste período, o ‘line-up’ da banda estabilizou-se com Mark Jensen (guitarra e vocal gutural), Sanders Gommans (guitarra e vocal gutural), Lando van Gils (teclado), Luuk van Gerven (baixo), Andre Borgman (bateria e guitarra acústica), além de Floor. Finalmente em 2001 pudemos conferir o sucessor do Prison Of Desire, Decipher, que mostrou a banda apostando numa dose adicional de peso, com as guitarras mais presentes e com riffs mais agressivos. Saiba através das palavras de Floor Jensen um pouco mais sobre a carreira da banda e o ótimo momento que atravessam.

Em seus onze anos de carreira, a banda inglesa Benediction, formada atualmente por Dave Hunt (vocal), Darren Brookes e Peter Rew (guitarras), Frank Healy (baixo) e Neil Hutton (bateria), sempre figurou no alto escalão do Death Metal mundial. A estréia foi com Subconscious Terror (1990), que contou com o vocalista Barney Greenway (Napalm Death), rapidamente substituído por Dave Ingram. Depois, bastaram The Grand Leveller (1991) e Transcend The Rubicon (1993), para que o fiel público do Death transformasse o Benediction numa referência do estilo. Após uma pequena mudança na sonoridade em The Dreams You Dread (1995), a banda voltou a atacar com o som mais violento em Grind Bastard (1998). No mais recente lançamento, Organized Chaos (2001), o poder sonoro característico da banda promete levá-la novamente ao topo. Mas, para Neil Hutton, isto só será possível se a gravadora Nuclear Blast voltar a investir na promoção e divulgação do álbum.

A vocalista alemã Dorothee Pesch, 37 anos de idade, começou sua carreira na banda Snakebite, mas logo se juntou a músicos de sua cidade, Düsseldorf, formando o Warlock, uma das bandas mais cultuadas em todos os tempos. Ao lado de dos guitarristas Rudy Graf e Peter Szigetti, o baterista Michael Eurich e o baixista Frank Rittel, Doro lançou seu primeiro álbum no final de 1983, Burning The Witches, pela gravadora Mausoleum. Com a boa receptividade, conseguiu um contrato com a Phonogram/Vertigo e gravou Hellbound, que novamente obteve destaque na cena. Ao longo dos anos o line-up da banda foi alterado, mas os álbuns continuavam tendo destaque, especialmente Triumph And Agony (1987), onde Doro estava acompanhada por Niko Arvanitis e Tommy Bolan (guitarras), Michael Eurich (bateria) e Tommy Henriksen (baixo). Após passarem por problemas com respeito ao nome da banda, Doro decide seguir em carreira solo, passando a dividir seu tempo na Alemanha e nos Estados Unidos. Desde então, a alemã lançou os seguintes trabalhos: Force Majeure (1989), Doro (1990), Rare Diamonds (coletânea, 1991), True At Heart (1991), Angels Never Die (1993), Doro Live (ao vivo, 1993), Machine II Machine (1995) e Calling The Wild (2000). Na entrevista a seguir, Doro dá uma geral em sua carreira, confira!

A carreira do Edguy está numa ascensão surpreendente. A banda alemã lançou seu primeiro álbum em 1985 e, desde então, os trabalhos seguintes mostraram constante evolução, culminando com o mais recente, Mandrake. Apoiado pelo sucesso do trabalho Avantasia, o vocalista Tobias Sammet e sua banda vêm obtendo uma excelente resposta do público. E não é por menos, pois Mandrake mostra ingredientes que o fazem um dos melhores álbuns de Heavy Metal de 2001. Confira a entrevista com Tobias, um músico que apesar de novato esbanja experiência e capacidade ilimitada em compor no estilo melódico.

O guitarrista e vocalista alemão Kai Hansen continua sendo o grande mestre do Heavy Metal Melódico. É aquele mesmo músico que praticamente compôs todas as obras presentes nos clássicos álbuns Keeper Of The Seven Keys partes 1 e 2 do Helloween. Após sua saída do Helloween, montou o Gamma Ray, banda que seguiu a mesma linha musical, mas Kai sempre procurou acrescentar algo diferente para tentar se desligar do passado. Isso logicamente nunca aconteceu, apenas diminuiu com o passar do tempo. Para tentar aumentar esse distanciamento, o novo trabalho do Gamma Ray vem bem mais direto e mais pesado, numa linha na qual Kai busca no Heavy Metal dos anos 80 uma saída para fugir um pouco da linha totalmente melódica. Se ele foi além em suas influências, fazendo com que algumas músicas mostrassem uma veia Judas Priest descarada, quem somos nós para julgar? O próprio Kai admite, na entrevista a seguir, que era isso mesmo que eles estavam a fim de fazer. Ruim? Longe disso, pois No World Order é 100% Heavy Metal e isso sempre será o fator predominante, ainda mais no momento que estamos com toneladas de bandas que fazem um som ridículo achando que estão abafando.

Dissidentes da banda holandesa Highway Chile, o baterista Ernst van Ee e o guitarrista Ben Blaauw uniram se a Stan Verbraak (vocal), Marchell Remeeus (baixo) e Arjan Boogerds (guitarra) para formar o Helloïse. Juntos lançaram Cosmogony (1985) e Polarity (1986) e depois se separaram. Com o relançamento dos dois álbuns em 1996, pela Pseudonym Records, resolveram fazer uma turnê de reunião e acabaram gravando o álbum A Time And Place For Everything. Agora, não contando mais com Marchell Remeeus e Arjan Boogerds no ‘line-up’, lançaram Fata Morgana (2001) e confiam muito no próprio futuro. Saiba de todos os planos nas palavras de Ernst van Ee, que ainda fala de seus projetos e sobre o que fez durante o tempo que a banda ficou inativa.

Mundialmente famoso por ser o ‘frontman’ da banda norte-americana Dream Theater, o vocalista James LaBrie está num grande momento de sua carreira. Sua banda principal acaba de lançar mais um trabalho de estúdio, o duplo Six Degrees Of Inner Turbulence, e ainda colhe os frutos do ao vivo Live Scenes From New York. Já seu projeto paralelo Mullmuzzler chega ao segundo trabalho, Mullmuzzler 2, também com sucesso.

A banda italiana Novembre surgiu das cinzas do Catacomb, banda de Death Metal formada em meados de 1990 pelos irmãos Carmelo (guitarra e vocal) e Guiseppe Orlando (bateria). Em novembro de 1991 foi lançado a primeira DT, Unreal, que foi bem recebida e deu a oportunidade da banda gravar o 7″EP, The Return Of The Ark. Por volta de 1993, decidem mudar o nome para Novembre, já que a sonoridade já não coincidia com o conceito original. Na mesma época, assinam com o pequeno selo Polyphemus Records, lançando em 1994 o primeiro álbum, Wish I Could Dream Again. O trabalho seguinte, Arte Novecento, saiu dois anos depois e foi o impulso que a banda precisava, pois abriu as portas para um contrato com Century Media. O resultado da nova parceria foi o álbum Classica (1999), gravado em Roma no The Outer Studios – de propriedade do próprio Giuseppe -, e que foi mixado por Andy LaRocque. Daí em diante, os irmãos Orlando e o baixista Demian Cristiani passaram a impor respeito na cena, chegando ao novo álbum, Novembrine Waltz (2001), com muito mais ânimo para continuar na estrada. Para o entrevistado, Carmelo Orlando, o mais importante agora é conseguir atingir o maior número possível de pessoas com o som do Novembre.

A banda paulistana Panzer foi formada originalmente como um trio em 1992, mas se estabilizou como um quarteto em 1998. A partir daí, começou a investir pesado no Thrash Metal e esta mudança rendeu grandes conquistas. A primeira foi o lançamento do primeiro CD, Inside (1999), fazendo com que o nome da banda chegasse aos ouvidos de todos os fãs do estilo no Brasil. Nem mesmo os problemas de formação com as seguidas trocas de baixistas foram capazes de brecar o ímpeto de Élcio Cruz (vocal), André Pars (guitarras) e Edson Graseffi (bateria), que concentraram todas as suas forças no lançamento do álbum seguinte. O resultado foi o poderoso The Strongest, trabalho mais bem acabado e que merecidamente coloca o Panzer em lugar de destaque.

Imagine o ano de 1984. Quatro amigos têm como sonho viver a vida tocando Rock and Roll. Com U$ 700 no bolso, viajam numa van de Harrisburg (Pensilvânia-EUA) para Los Angeles (Califórnia) em busca de um lugar ao sol. Passam a morar num armazém cheio de baratas e vivem às custas de groupies e de sub-empregos de meio período. Um deles desiste da vida dura e volta para casa. Começa a procura para um novo guitarrista e num teste, tocando Johnny B-Good, o novo membro é aceito no primeiro acorde. Agora imagine a mesma banda, em 2002, dividindo o palco com Kiss, Pantera, Lit, Ratt, Dokken, Cinderella, Slaughter e Lynyrd Skynyrd, tocando para públicos de até 15 mil pessoas, e com recorde de vendas de CDs nos EUA. Estamos falando de Poison, única banda de Hard Rock sobrevivente do cenário californiano, que ainda lota estádios e é considerada, localmente, como uma banda clássica de Glam Rock. Depois de quase 20 anos na estrada, entre altos e baixos, problemas com alcoolismo e drogas, trocas de guitarristas e escândalos na mídia, o Poison tem luz própria e volta à tona, com um novo álbum e uma nova turnê, que contará, possivelmente, com bandas como Cinderella, Winger, Skid Row e Vince Neil. Nesta entrevista realizada com o vocalista Bret Michaels, ele nos conta sobre os projetos para 2002, sua vida, trabalho, música e claro, muito Rock n’Roll.

No início dos anos 80 o trio alemão Sodom iniciou sua carreira fazendo um som simples, direto, agressivo e com uma temática que o colocava como um dos pioneiros do Black Metal, como comprovam os álbuns In The Sign Of Evil (EP de 1985) e Obssessed By Cruelty (1986). Após várias mudanças no line-up, o líder Thomas Such “Tom Angelripper” (vocal e baixo) decidiu mudar o tópico das letras. Esta mudança, aliada a uma natural evolução técnica, transformou a banda como uma das grandes realidades do Thrash Metal germânico. Os constantes problemas com as trocas de integrantes não foram capazes de obscurecer o sucesso dos álbuns Persecution Mania (1987) e Agent Orange (1989). O single Ausgebombt fez com que o trio fosse o primeiro nome do estilo Thrash a entrar nos charts da Alemanha. Em 1990 saiu Better Off Dead, evidenciando a veia Punk/Hardcore que o líder tanto aprecia. O agressivo e rápido Trapping The Vein (1992) marcou a saída do baterista Christian Dudeck “Witchhunter”, que estava na banda desde o início e foi substituído por Guido Richter “Atomic Steif” (ex-Living Death). Steif permaneceu dois anos no posto, tendo gravado o ao vivo Marooned Live (1994). Já em Masquerade In Blood (1995), o line-up foi novamente mudado, com a saída do guitarrista Andy Brings e a entrada de Dirk Strahlmeister “Strahli”. Em 1996, saiu a coletânea Ten Black Years. Nesta época, Tom já colocava em prática o seu projeto Unkel Tom. O novo trabalho inédito veio somente em 1997, Til Death Do Us Unite, seguido de Code Red (1999). No entanto, Tom acredita que o novo álbum, M-16 (2001), marca uma nova fase para o Sodom, com um line-up sólido e unido. O líder espera que o trabalho ao lado de Bobby Schottkowski (bateria) e Bernemann (guitarra) seja prolongado por muitos anos.

Terceira parte da história da carreira do Deep Purple.

Vitão Bonesso é apresentador do programa BACKSTAGE RÁDIO BRASIL 2000FM (107.3 Mhz) em São Paulo. www.programabackstage.com

CHRISTOFER JOHNSSON (THERION) tenta identificar dez bandas, escutando uma música de cada grupo, e faz comentários livres a respeito do que estiver ouvindo…

Garage Demos – ROADIE CREW CAIXA POSTAL 43015 CEP 04165-970 – SÃO PAULO/SP Envie material completo: Fita-K7 ou CD, release e foto. Bandas de boa qualidade musical, dentro do seu estilo, serão selecionadas para figurarem nas páginas da Roadie Crew.

Resumo das principais notícias do mês

Cobertura dos principais eventos de Heavy Metal do planeta.

Cobertura da volta do Angra com novo line-up em São Paulo e do grande show de Dee Snider em FT. Lauderdale.

Resultado da votação da Roadie Crew.

Steve Harris (Iron Maiden) Edição # 37

Seis páginas, totalmente ilustradas, com resenhas dos lançamentos em CDs e DVDs, mais a Roadie Parade com os álbuns mais vendidos comentados pela equipe Roadie Crew.

Dicas e técnicas de áudio