Edição #38

O vínculo do Blind Guardian com as obras do escritor J.R Tolkien sempre renderam bons resultados. Quem não se lembra da música Lord Of The Rings presente no álbum Tales From The Twilight World? Já Nightfall In Middle-Earth é o maior exemplo dessa união, com a temática baseada numa das obras de Tolkien chamada The Silmarillion e que foi recebido de maneira triunfante pelos fãs e pela mídia. Passou a ser o trabalho mais bem sucedido da banda até o momento. Mas com o novo álbum, A Night At The Opera, o Blind Guardian fez uma pausa nessa relação com o material literário de Tolkien e lança um álbum com temas diversificados, mas não menos interessantes. Em sua parte instrumental, o novo álbum passa a ser um dos mais bem acabados e complexos e que, com certeza, poderá colocá-los entre as principais bandas de Metal do mundo. Hansi Kursch conta aqui todas as aventuras para finalizar A Night At The Opera, e muito mais!

A Noruega é um dos maiores centros do Black Metal mundial. Sendo assim, consegue revelar muitas bandas boas do estilo que acabam se destacando, como é o caso do Borknagar. Empiricism é o quinto álbum na carreira, um trabalho que mostra uma banda em fase de transição pelo fato de ter tido mudanças bruscas na formação o que provocou alterações na sua sonoridade. Vieram Vintersorg, vocalista (Vintersorg e Otyg), e o baixista Tyr (Emperor, Satyricon), que são músicos bem experientes e renomados na cena européia. Isso resultou num álbum excelente e que coloca o Borknagar como uma das bandas mais admiradas e respeitadas da cena Black Metal e com maiores possibilidades de atravessar fronteiras em busca de novas platéias. Com a palavra o líder Øysten G. Brun!

O público brasileiro teve a oportunidade de conhecer os alemães do Brainstorm em 2000, quando o álbum Ambiguity, trabalho que marcou a estréia do vocalista Andy B. Franck (ex-Ivanhoe e também Symphorce), foi lançado no mercado nacional. Quase na mesma época também saiu no Brasil o álbum The Keepers Of Jericho, um tributo ao Helloween, onde a banda apareceu com destaque fazendo sua versão de Savage. No entanto, o surgimento oficial do Brainstorm data de 1989! O início foi difícil, mas após a gravação de três DTs o line-up foi estabilizado com os guitarristas Torsten Ihlenfeld e Milan Loncaric, o baterista Dieter Bernert, o baixista Andreas Mailänder e o vocalista Marcus Jürgens. Em 1997, finalmente assinam com a B.O. Records e gravam o primeiro álbum, Hungry. O segundo álbum, Unholy (1998), contou com uma produção melhor, a cargo de Dirk Schlächter (Gamma Ray), Harald Sprengler (Stormwitch) e Charlie Bauerfeind (Blind Guardian, Gamma Ray, Virgin Steele e Angra). Logo após o lançamento, ocorre a entrada de Henne Basse no lugar de Marcus. Mas, depois de algumas turnês, Henne vai para o Metalium e deixa a vaga em aberto. Foram alguns meses sem vocalista, até que chegam a Dirk Barron, que se apresentou com a banda no “Wacken’99”. Mesmo assim, Dirk foi somente um quebra galho e o escolhido em definitivo para o posto foi Andy B. Franck. Direto de Stuttgard (ALE), Andy fala sobre o novo álbum, Metus Mortis (2001), e dá uma geral em sua carreira.

O trio paulistano Brutal Faith (www.brutalfaith.hpg.com.br) foi formado em 1997 pelo baterista e vocalista Tony Fontão (ex-Leeway), o baixista Mauricio ‘Cliff’ Bertoni e o guitarrista Guilherme Mello. Após um rápido período de adaptação perceberam que tinham a mesma visão musical e começaram a criar composições próprias. Após gravar uma DT, que obteve grande repercussão na mídia especializada, a banda estava pronta para a gravação do álbum de estréia. O lançamento de Brutal Faith ocorreu em outubro de 2000 e, assim como a DT, obteve ótima reação do público, tanto dos que apreciam o velho Thrash Metal como os da nova geração, que assimilam um som com mais ‘groove’. Meses após o lançamento ocorreu uma mudança no line-up, com a entrada de Pete Cavalleiro no lugar de Guilherme Mello. Mas, com a boa divulgação do material várias faixas, como Burning Ground, Resistance, Time We Live In, Bitch e Radio Freak, chegaram a fazer parte das 10 mais pedidas no site da MP3 por duas semanas seguidas. Na entrevista a seguir, Tony dá uma geral na carreira da banda e conta como o Brutal Faith foi convidado a participar de um álbum tributo ao Metallica e também de um longa metragem que será produzido por José Mojica, o “Zé do Caixão”.

Os suecos do Carnal Forge iniciaram a carreira em 1997, apostando num Thrash Metal forte e vigoroso. No ano seguinte entraram no Studio Underground (SUE) e tiveram o primeiro registro Demo, com Sweet Bride. Ainda em 1998 conseguiram um contrato com a War Music e lançaram o ‘debut’ Who’s Gonna Burn, que foi aclamado pela mídia especializada e fãs, colocando o nome da banda quase no mesmo patamar de um Slayer, The Haunted e At The Gates. O mais normal nessa situação seria uma grande evolução, o que infelizmente não aconteceu, pois ficaram na “geladeira” por quase dois anos. Em 2000 mudaram para a Century Media e tiveram uma nova chance de emplacar com o álbum Firedemon, que não obteve uma recepção tão calorosa quanto o primeiro, mas foi suficiente para assegurar o futuro da carreira, que, em 2001, foi consolidada com Please… Die!, uma obra prima do Thrash Metal. Depois de muitas alterações, o ‘line-up’ se estabilizou como Jari Kuusisto (guitarra), Stefan Westerberg (bateria), Jonas Kjellgren (vocal), Petri Kuusisto (guitarra) e Lars Lindén (baixo), que juntos prometem assombrar o mundo em 2002. Saiba um pouco mais sobre a trajetória da banda e o novo álbum pelas palavras de Jari Kuusisto.

Conheça uma das potências do metal brasileiro.

Formado em Estocolmo, Suécia, e liderado pela guitarrista norte-americana Michelle Meldrum (ex-Phantom Blue, Wargod e Post Mortem), o Meldrum acaba de lançar o ‘debut’ Loaded Mental Cannon (Record Heaven Music) e vem se destacando como uma das grandes promessas do Metal mundial. A baixista Frida Ståhl, a vocalista Moa Holmsten e o baterista Fredrik Haake completam o ‘line-up’, que se demonstra extremamente sólido e coeso. As músicas de Loaded Mental Cannon possuem uma grande diversidade, com momentos de puro peso e riffs de guitarra cheios de ‘groove’, melodias apuradas e refrãos “grudentos”, que fazem com que o som tenha um alto potencial comercial. Conheça um pouco mais sobre o Meldrum nas palavras daquela que cedeu o sobrenome para nome da banda, Michelle, que também pode ser chama de Sra. Norum.

Em 1999 explodiu uma banda alemã, desconhecida pela maioria, que trazia em seu ‘debut’, Millennium Metal – Chapter One, um ‘line-up’ integrado por ninguém menos que o guitarrista Chris Caffery (Savatage) e o baterista Mike Terrana (Rage), os quais depois de um tempo deixaram a banda. Assim começou a ficar claro, principalmente depois do lançamento do segundo álbum, State Of Triumph – Chapter Two, que a verdadeira força do Metalium estava no baixista Lars Ratz, no guitarrista Matthias Lange e num dos maiores destaques dos últimos tempos, tratando-se de vocalistas, Henning Basse. Depois da também saída daqueles que substituíram Chris e Mike, o guitarrista Jack Frost (que foi para o Savatage) e o baterista Mark Cross (que cedeu o lugar a Michael Ehre e foi para o Helloween), a banda continua inabalada. Lançou um DVD, Metalian Attack – Part One – 1999-2001, e já prepara o próximo álbum, o Chapter Three, com lançamento em fevereiro. Saiba um pouco mais de tudo isso pelas palavras do simpático e seguro Lars Ratz, que anseia muito por conhecer o público brasileiro pelo sucesso da banda aqui. Em conversa informal até já adiantou que sabe falar uma palavra em português (“bonita”), prevendo o que um dia encontrará por aqui.

A banda alemã Primal Fear é hoje uma das mais bem aceitas na cena do Heavy Metal mundial, e não é somente pela história de seus músicos. É mais do que sabido que após a saída do vocalista Ralf Scheepers do Gamma Ray, ele se juntou ao baixista Mat Sinner, da banda Sinner, originando o Primal Fear, com uma proposta de fazer um Metal tradicional e com algumas nuances de Thrash Metal e até Hard Rock. O novo álbum, Black Sun, é o quarto da carreira, e está com lançamento previsto para o próximo dia 29 de abril. É um trabalho que tem como tema a dúvida se nós somos mesmo os únicos seres vivos no universo, temática esta já abordada por inúmeras bandas. Visando a divulgação do mesmo, a gravadora Nuclear Blast convidou a Roadie Crew para uma cobertura na cidade de El Paso, Texas, nos Estados Unidos. Lá, o Primal Fear estaria apenas mixando o álbum, sendo que a grande parte das gravações já havia sido finalizada na Alemanha. Convite aceito voamos para o Texas no dia 24 de janeiro para passar o final de semana com parte da banda, pois só estavam presentes Mat Sinner e Ralf Scheepers, e o engenheiro de Achim “Akeem” Koehler.

Sebastian era um simples adolescente que viva no Canadá quando um fotógrafo o indicou para uma banda de New Jersey (EUA) que precisava de um frontman. A banda era o Skid Row, que contava com Dave “The Snake” Sabo, amigo de infância de outro músico local bastante conhecido, Jon Bon Jovi. Sebastian tinha seu próprio sonho e até aquele momento não queria se juntar a uma banda que não tinha contrato assinado com uma gravadora. Mas, quando leu a letra de Youth Gone Wild, decidiu lutar por seu grande ideal. Ao lado de Rachel Bolan (baixo), Dave “The Snake” Sabo (guitarra) e Scotti Hill (bateria) – substituído posteriormente por Rob Affuso -, gravou o álbum de estréia da banda, Skid Row (1989), produzido por Michael Wagener e que saiu pela Atlantic Records. A turnê, ao lado do Bon Jovi, foi um grande sucesso, com a novata banda tocando em enormes arenas. Com isso, não tardou para que as emissoras de rádio e a MTV ajudassem a levar a banda para o topo da cena. Músicas como 18 And Life, I Remember You e Youth Gone Wild eram executadas à exaustão e o Skid Row tornou-se a bola da vez e a grande promessa para a década de 90. Mas, após o lançamento de mais dois álbuns, Slave To The Grind (1991) e Subhuman Race (1995), os problemas internos começaram a se agravar. Sebastian e os outros integrantes estavam se afastando cada vez mais até que em 1996 a banda o despediu. O Skid Row reuniu-se recentemente com outro vocalista e Sebastian iniciou sua carreira solo. Na entrevista a seguir, ele conta o que está fazendo no momento e os novos planos.

O Sonata Arctica vem sendo considerado a grande revelação do Metal Melódico da Finlândia, país que conta com uma das mais cultuadas bandas do estilo, o Stratovarius. O primeiro CD, Ecliptica, saiu em 1999 e obteve rápido reconhecimento na Europa e Japão. Em maio de 2000, após uma turnê de 30 datas pela Europa ao lado do Stratovarius, sai o mini-CD Successor. Em 2001, é lançado mais um single, Wolf & Raven, e o esperado segundo álbum, Silence. Bastou um giro pela Finlândia e um energético show no “Wacken Open Air 2001” (ALE) para que Tony Kakko (vocal), Jani Liimatainen (guitarra), Tommy Portimo (bateria), Mikko Härkin (teclado) e Marko Paasikoski (baixo) fossem escalados para uma turnê de 28 datas ao lado do Gamma Ray. Com o sucesso desta excursão e a grande receptividade de Silence, surgiu o convite para tocar no Brasil em março (dia 20 em Porto Alegre/RS; 22 em Curitiba/PR; 23 em Belo Horizonte/MG e 24 em São Paulo/SP). O vocalista Tony Kakko conta, com euforia, que a banda não vê a hora de se apresentar diante dos fãs brasileiros.

O compositor, vocalista, guitarrista e tecladista Johan Edlund vem trabalhando de forma incessante ultimamente. No ano passado estreou seu projeto solo Lucyfire, lançando o álbum This Dollar Saved My Life At Whitehorse, muito bem recebido pela crítica e pelos fãs. Já o Tiamat, sua banda principal, acaba de lançar o sétimo álbum de estúdio, Judas Christ. A seguir, Johan conta tudo sobre o novo trabalho doTiamat, não esconde sua paixão pelo Rock Gótico e traça planos para o futuro.

O guitarrista finlandês Timo Tolkki, 36 anos de idade, faz parte de uma das mais importantes bandas da cena do Metal Melódico mundial, o Stratovarius. Tendo a Música Barroca e o guitarrista Ritchie Blackmore (Deep Purple e Rainbow) como grandes influências, Timo iniciou sua carreira com a banda Road Block. Em 1985 entrou no Stratovarius no lugar de Staffan Stråhlman, um dos fundadores da banda, ao lado do vocalista e baterista Tuomo Lassila e do baixista John Vihervä. Pouco tempo depois, passou a conciliar as funções de guitarrista e vocalista, gravando uma DT em 1987. Após lançar dois singles, a banda finalmente solta seu primeiro trabalho, Fright Night, em maio de 1989. Três anos depois sai Twilight Time (cujo nome original era Stratovarius II), onde Timo além de gravar as guitarras e vocais, fez todas as linhas de baixo, já que o segundo baixista da banda, Jyrki Lentonen, havia os deixado. A partir daí a banda não parou mais de crescer e figurou entre as mais saudadas no Japão e Europa. Na mesma época do lançamento do álbum Dreamspace (1994), Timo começa a gravar seu primeiro trabalho solo Classical Variations and Themes, que contém a faixa Fire Dance Suite, composta em 1986. Mas, nesta fase, Timo decide abandonar os vocais e recrutar Timo Kotipelto. O novo line-up lança Fourth Dimension (1995), vendendo o dobro de cópias em relação ao trabalho anterior. Mesmo assim Tolkki decide mudar a formação da banda novamente, chamando o baterista multi-bandas Jörg Michael e o experiente tecladista Jens Johansson (ex-Silver Mountain, Yngwie Malmsteen e Dio). Todos trabalham arduamente e o resultado foi Episode, um marco na carreira do Stratovarius. Com status de banda top, lançam Visions (1997) e depois o ao vivo Visions of Europe. Um ano depois sai Destiny, que entrou direto na 1ª posição dos charts na Finlândia, conquistou disco de ouro, o prêmio de melhor banda finlandesa de Metal, além de conquistas individuais dos músicos e várias outras honrarias. Tudo se repetiu com o trabalho seguinte, Infinity (2000). Na turnê de divulgação do álbum, a banda toca na Europa ao lado do Angra, reforçando a amizade que havia se iniciado em 1997, em Atenas (GRE). Em 2001, a banda opta por dar uma pausa nas atividades, mas lança Intermission. No entanto, este período de férias foi bastante produtivo para Timo Tolkki, que lança seu segundo trabalho solo, Hymn To Life, segundo ele um álbum feito com total liberdade e num clima bastante descontraido.

Após esmiuçar tudo sobre o Império Romano em Public Glory Secret Agony (2000), a banda italiana White Skull está de volta com um novo álbum, The Dark Age, um trabalho conceitual sobre a Inquisição e que marca a entrada do vocalista Gustavo “Gus” Gavarro, que substitui Federica De Boni. Além do novo integrante, a formação atual conta com Tony “Mad” Fonto e Nick “B.B.” Savio (guitarras), Fabio Pozzato (baixo) e Alex Mantiero (bateria). Um fato muito curioso é que este material terá duas versões, uma em inglês e outra em espanhol, La Era Oscura. Conversamos com o líder Tony “Mad” Fonto e com o novo integrante ‘Gus’ para saber como será esta nova fase.

A história da carreira do Badlands

Vitão Bonesso é apresentador do programa BACKSTAGE RÁDIO BRASIL 2000FM (107.3 Mhz) em São Paulo. www.programabackstage.com

SÉRGIO CRESTANA (MOONSPELL) tenta identificar dez bandas, escutando uma música de cada grupo, e faz comentários livres a respeito do que estiver ouvindo…

Garage Demos – ROADIE CREW CAIXA POSTAL 43015 CEP 04165-970 – SÃO PAULO/SP Envie material completo: Fita-K7 ou CD, release e foto. Bandas de boa qualidade musical, dentro do seu estilo, serão selecionadas para figurarem nas páginas da Roadie Crew.

Resumo das principais noticias do mês.

SEGUNDO OS LEITORES Resultado da votação dos leitores da Roadie Crew

Edição #38

Seis páginas, totalmente ilustradas, com resenhas dos lançamentos em CDs e DVDs, mais a Roadie Parade com os álbuns mais vendidos comentados pela equipe Roadie Crew.

Dicas e técnicas de áudio